Karl Polanyi - Introdução e argumento básico de "a falácia economicista"

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Eduardo Mariutti
Introdução ao pensamento de Karl Polanyi. Este vídeo é parte do curso de História Econômica Geral I,...
Video Transcript:
e vamos dar início aqui estão nossa primeira atividade hoje a ideia é propor o apresentar a visão geral do do calcâneo e no sequência no outro vídeo nós vamos entrar na discussão específica assistências que eu sugeri para leitura de vocês e qual é o ponto o elemento básico da visão do crânio é ideia de que existem diversas formas de integração social ea integração pelo mercado é apenas uma dentre várias né esse é o ponto de partida e o argumento básico e que ele parte o que mais ele vai dizer ele vai dizer que o sistema
de mercado ea economia de mercado sinônimos só alimentos novos né mas que parcialmente foram sendo constituídos parcialmente e de forma descontínua entre o século 17 19 mais ou menos essa o período de constituição do economia de mercado fato então ele enfatiza bastante o caráter parcial e descontínua o que quer dizer isso não tomou algum junto à sociedade não foi feito de uma vez foto só e os trancos e barrancos avanços e retrocessos agora o que que seria basicamente a ideia de uma economia de mercado ou de um mercado auto-regulado as coisas também são podem ser
entendidos como sinônimos e toda renda a deriva necessariamente de venda de alguma coisa ou seja todo vendedor e comprador tudo comprador é também o vendedor seja a venda né o aluguel da força de trabalho a venda dos seus produtos nesse sentido toda e qualquer transação com a cada pré-economia passa a ser articulada pela via do mercado e esses elementos vão receber um preço né que reflete em algum grau na oferta de mana e o que seria se nos nossos das imaginárias em forma pura uma economia de mercado ela teria que funcionar integralmente sem interferências externas
e os preços deveriam se auto-regular totalmente e numa economia de mercado na em todas as transações acabam se converterem transações monetárias ou seja todas essas transações que são são intermediadas por meio de intercâmbio uma moeda o caso e uma moeda muito particular que é uma merda que vai reunir três funções né necessariamente três a moeda dentro do sistema capitalista da economia de mercado capitalista tem três funções a primeira é mais básica dela é opera como veículo das trocas ou seja você troca as coisas né você entende seu trabalho você produz coisas recebe moeda e essa
moeda é que vai fazer com que você obtenha produtos de outras pessoas que também desejo uma moeda essa função básica da moeda né ela essa função universal em todos os sistemas a moeda é o veículo das trocas embora no sistema não capitalistas as trocas ensinam sobre poucas atividades e aí e a segunda é que a moeda deve garantir alguma reserva de valor que que é isso vocês a preservar o valor de compra da moeda em algum grau né imagina se você tivesse por exemplo ao invés de moedas como nós conhecemos o meio de troca fazer
a banana a banana ela vai amadurecendo até um ponto que ela pudesse você é por muito tempo né você não pode segurar bananas vai ter que gastar ela em algum momento a habilidade da moeda então preservar o seu valor mas ela é fundamental para garantir uma sociedade de trocas né o a equação é precisamente a corrosão na dessa capacidade de e o valor é e aí o terceiro elemento ou uma terceira característica na na verdade é que a moeda opera como indexador geral as relações econômicas ou seja você pensa no preço de uma coisa você
pensa em termos de moeda na portanto ela vai indexar por exemplo bananas tomates aviões férias por isso você faz um cálculo lá traduzem moeda e consegue comparar coisas são muito de semelhante coisas muito diferentes então né esse aspecto básico dessa moeda que congrega três funções na é fundamental para uma economia de mercado e aqui nós podemos introduzir uma diferença significativa desse tipo de economia que ela envolve o que a articulação pelo sistema de trocas e pela moeda é um grau e esferas de intercâmbio ou seja esferas de sociabilidade né que até então permaneceram separados o
movimento da sociedade comercial capitalista o movimento do mercado capitalista envolve o articular esferas distintas da vida sociedades não-capitalistas dia de um modo geral separavam essas esferas à espera do prestígio à espera de obtenção de recursos essenciais à espera do convívio o casamento cada uma dessas instâncias da vida tinha regras as formas de articulação de tintas e se existisse alguma coisa que trocar depois me passa troca desses bens né e ela não era não podia ser transposta para o mar outra espera as esferas então tinham os seus próprios meses de intercâmbio imagina você sabe como essa
seria muito restringiria de mais loucas do mercado então o ponto básico talvez e o decisivo é que a tendência é sempre e articulando as deveras as diversas esferas da existência humana e pelas trocas erradicados e tem e indexadas pela moeda todas não teríamos uma economia de mercado no sentido forte sem esse tipo de moeda que congrega dentro dela três funções e claro estamos aqui discutindo né em termos formais e o resultado parcial de um longo processo mas o que mais vai dizer polanyi em outros momentos não precisamente na falácia economicista que vai ser o eixo
na nossa discussão específica ele vai ser o seguinte e olha para que uma sociedade começa o corpo é a manifestação mais visível as transformações é a mudança na função comerciante o que quer dizer com isso a figura do comerciante de um modo geral era uma figura que não produzia suas portas mercadorias ela ganhava apenas né na transação entre regiões muito distantes muitas vezes civilizações diferentes um estilo de comportamento né que na verdade explorava a diferença de preço é essa que era na verdade a função comerciante que você vai encontrar o longo das várias sociedades e
por quê que é desse jeito acho que aí que tá o ponto básico o porquê a diferença né várias das atividades na semana de econômicas hoje elas não entravam num sistema de trocas por isso você precisava dessa figura né peculiar que na verdade está basicamente o que realocando os excedentes no interior da sociedade entre várias sociedades diferentes o que vai dizer o clone veja é é diferente porque na sociedade mercado todo mundo tem que assumir também a função conversa ele desde que existe o que nós chamamos de comércio os comerciantes o cara tendinha agora o
ponto é o seguinte todo mundo é comerciante no sentido de ter que vender algo para poder comprar uma outra coisa quando você for uma economia você vai vender basicamente o que o seu serviço alugada né e quando uma pescoço um sujeito produz por exemplo um pequeno produtor de alimentos ele é também comerciante de alimentos todo mundo então em algum grau nossa sociedade comercial é sempre vendedor e também comprador como disse no começo aqui da nossa conversa eu e mais lá e essa é uma transformação interessante que nem sempre se atentam para o pensamento do planeta
precisa transformar as crenças do ano tem que acreditar por exemplo que a natureza é um o depositário de bens que ele pode dispor a seu próprio prazer ou seja que a natureza é hora representa um conjunto na verdade de mercadorias que vai chamar de mercadorias fictícias porque na verdade isso não é do homem não foi o homem que fez entendeu mesmo quando ele se transforma a natureza ela não integralmente dele então a primeira grande mercadoria fictícia é a natureza outro é o próprio homem o homem tem que ser venal é a discussão se você pegar
que sou marxista sobre a a curtição da força de trabalho o que vai assistir o clone os homens tem que se enxergar enxergar os outros também algum grau com mercadoria a mercadoria fictícia é que eu trabalho vai assistir ele é uma atividade geral que envolve a estética os prazeres você já é quase que existência humana tanto quando isso vira uma mercadoria isso é em uma concepção muito peculiar né e nada próximo do universal bom dia o dinheiro mesmo quando ele entendido como uma mercadoria não vai poder é muito suja eles né porque a moeda é
com vimos intermediário das trocas mas entenderam dinheiro com uma mercadoria é também uma terceira forma fictícia ou eu diria se fetichista com essa aproximar da discussão o diálogo o marxismo esse é o ponto básico né do nosso amigo o que que ele tá propondo então ele pula né então enxergando essa constituição da economia de mercado como um movimento impulsionado pelo estado ele vai dizer veremos um pouco mais de calma com mais detalhe que em algum grau engloba ou vai englobando todas as dimensões da vida humana e da natureza isso só aconteceu dessa forma vai assistir
ele porque a sociedade comercial foi surgindo ao longo do século 16 e 17 e ela começou a ver para usar no sistema de máquinas crescentemente articuladas e produziram de acordo com o ritmo dos investimentos então veja como você acelerou a produção humana orientada para a acumulação de riqueza isso foi dando dinamismo crescente a essa sociedade mercado e foi aumentando a pressão sobre a natureza ea pressão sobre o homem então em algum grau não é porque ele tá querendo insistir é que a sociedade comercial a moderna aos articular um sistema fabril subordinado à acumulação né algumas
orientada sempre para a acumulação começou a transformar significativamente o cotidiano e as formas de vida das pessoas bom podemos passar agora então uma discussão mais centrada no texto a falácia economicista né então recapitulando aqui como é que o básico desse que expresso logo no início é que o bruno vai insistir que o maior obstáculo à compreensão dos meios de vida live hood de subsistência ficam uma tradução que não é excelente não é muito boa mas é muito difícil achar uma outra né mas é isso que ele tá querendo dizer uma hora obstáculo à compreensão dos
meios de vida do homem é um hábito do pensamento forjado nas sociedades industrializadas século 19 na verdade entre oi gente de 1815 e845 ele vai dizer a mentalidade de mercado e sabe hábito do pensamento essa expressão o hábito do pensamento foi sendo constituído nesse período hábito envolve formalizações envolve padrões de vida e logo não é a ideia de você simplesmente lançar como seria uma sociedade de mercado as pessoas têm que estar vivendo em algum grau sobre as pressões desse tipo de sociedade foi exatamente que ele finalização ocasionou será que eu então hábitos de pensamento né
se consubstanciam a mentalidade mega eu tenho muito interessante a nossa obsoleta mentalidade mercado e também esse tema é abordado aí ele vai dizer né como é que a gente vai destruir esse hábito do pensamento se a gente levar em conta que a reprodução material da sociedade os meios de vida humano ocorre de diversas maneiras diversas esse treino nossas aulas presenciais algumas delas oi e a grande falácia envolve então o que primeiro acreditar nessa mentalidade mercado como a norma do nosso presente e a ideia que não alternativas a ela a segunda é classificar e medir todas
as sociedades existentes a partir desse critério impedidas então como sociedades em completas o falta mercado os mercados não são suficientemente desenvolvidos você não diz nada de positivo sobre aquela sociedade do modo como ela se organiza apenas a sua relação com uma sociedade tida como a sociedade mercado entendida como o padrão geral então aí é que é a questão base de né esse hábito do pensamento de forma não só a nossa sociedade o seu potencial e tudo mais comigo também ele penetra e altera o modo como nós vamos percebendo as outras formas de vida em sociedades
que existiram e sociedade que ainda existem lá embaixo cada vez mais raras né à margem da sociedade mercado a e aí e o elemento básico dessa falácia e aí é um ponto-chave é uma espécie de identidade entre comércio e mercado mercado não é idêntico ao comércio mercado comprar foi sugerido a pouco é um tipo muito especial de intercâmbio la sinalizado por preços auto-reguláveis comércio diferente o comércio envolve formas de intercâmbio muito distintas da de cada uma das formas mais convencionais é de simetria ou seja sociedade que por exemplo tem um componente ligado à caça e
um componente ligado agricultura o que que era são simétricas como as placas se esgotam somente nesse espaço é raro o contato com mercadorias o correto seria falar mercadorias e falar produtos mas não fala mercadorias para simplificar vindo lindas de outros povos e se o braço ou a dimensão da agricultura e leva digamos assim o seu produto e os caras não vão ter ganho adicional nenhum com isso porque a oferta da outra ponta não vai variar não tem como explorar sim no sentido que nós entendemos hoje uma metade sobre a outra então é economia simétricas tem
essa característica tem mais o sistema de trocas dificilmente envolve preço né eu tô dizendo que pudesse comer sim vou ver se o que aconteceria se um lado fosse mais produtivo os seus preços caírem um seus lucros na realidade lucro ainda aqui tá entendeu é uma ideia fora do esquadro né uma ideia correta é assim neutralizaria eu não seria maiores que a outra ponta economia simétricas na verdade operam dessa natureza outro sistema muito comum sistemas mutualistas né onde na verdade as pessoas trabalham por mutirão compartilhando e os bens fundamentais guarato replantando a semente e mais a
forma comercial mais típica quando envolve a moeda era o comércio entre povos muito distantes na que só se conectavam pelo mercador pelos grandes mercadores e esses grandes mercadores não conseguiam penetrar em nenhuma dessas sociedades ele era quase como palhas de todas as sociedades eles ficavam pairando entre as civilizações e operando que trocas entre elas a é isso não configura uma sociedade marcar e falta de um ponto que também é que é decisivo né onde existiam preços né idioma e de alguma forma sempre existir um preço mas esses preços nunca formavam o sistema próprio vai dizer
ele ou se auto-regular regulável os preços na verdade vão querer uma cadeia entre eles né e finalizando em algum grau direcionando a produção porque de um modo geral né a estabilidade era a principal fonte de lucros os preços variavam muito pouco antes na de uma sociedade mercado né algumas estabilidade socorriam essas instabilidade eram muito mais perturbadoras do que propriamente a norma uma sociedade de mercado tem que conviver com preços lutando a todo momento isso seria intolerável num sistema distinto da economia de mercado e o que vivemos então uma das transformações significativas decisivas para a constituição
do tal sistema de mercado e aqui preços que não o sílabo preços se mantenham constantes e que envolviam uma parte muito pequena das atividades humanas e passará a ser substituídas os mercados com preços flutuantes do que se chama fatores de produção trabalho terra na ou seja homem e natureza e o que que então é a tal da que é o tema do do outro livro dele é grande transformação quando um sistema de mercado orientado por preços passa a converter em mercadoria a natureza o homem e também o dinheiro esses fatores de produção então passam a
operar no sistema auto-regulador de mercados onde toda a renda sempre deriva da venda de alguma coisa eu disse mais de uma vez todo vendedora também o comprador e aí ele operaria né em grande medida apenas pela lei da oferta e da demanda ou seja seria um sistema auto regulado e articulado por transações monetárias a todo momento
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