o Olá muitas pessoas com doença de alzheimer apresentam confusão mental agitação e agressividade no final do dia isso é conhecido como a síndrome do pôr do sol a síndrome do pôr do sol causa perturbação e perda de qualidade de vida nos pacientes e é motivo de muito estresse para os cuidadores e familiares hoje nós vamos falar sobre a síndrome do pôr do sol e como nós podemos tentar controlá-la esse vídeo é especialmente pensado para os familiares e cuidadores que enfrentam a síndrome do pôr do sol no dia a dia E aí E aí Olá eu
sou o Doutor Roger Soares sou médico neurologista que trato pacientes com demências como é o caso da doença de alzheimer onde nós vamos falar de um tópico muito importante e pouco compreendido que é a síndrome do pôr do sol como nós temos muitas coisas para falar eu dividir essa apresentação em vários tópicos que você pode olhar na descrição desse vídeo e ir direto para os assuntos que mais lhe interessam nesse vídeo então eu vou falar o que é síndrome do pôr do sol quais as causas dessa síndrome quais são os sintomas que o paciente com
síndrome do pôr do sol manifesta Quais os fatores de risco os fatores agravantes dos fatores precipitantes quais são os perigos que a síndrome do pôr do sol pode trazer ao paciente como os cuidadores devem lidar com o paciente agitado e confuso os tratamentos e não farmacológicos e também quais os medicamentos disponíveis para aliviar os sintomas da síndrome do pôr do sol e em primeiro lugar a gente tem que saber que a síndrome do pôr do sol não é uma doença ela é um conjunto de sintomas que se manifesta em alguns pacientes portadores de demências a
demência mais comum mais frequente é a Doença de Alzheimer mas existem outras causas de demência que também podem levar à síndrome do pôr do sol como é o caso da demência vascular a demência com corpos de Levi a demência fronto-temporal e outras doenças degenerativas do cérebro que afetam a comissão EA funcionalidade na vida diária e a demência de Alzheimer É talvez a causa principal da síndrome do pôr do sol e ela acontece em geral nos estágios moderados da doença de alzheimer porque nos estágios mais leves iniciais o paciente ainda mantém um ciclo de sono e
vigília um ritmo de vida relativamente normal por outro lado os pacientes sem doença muito grave já permanecem confusos o tempo todo mas existe uma etapa intermediária um estágio intermediário em que os pacientes com Alzheimer podem manifestar mais confusão agitação e agressividade Em alguns momentos do dia isso acontece especialmente no final da tarde e começo da noite daí vem o nome síndrome do pôr do sol tu e nós podemos classificar os sintomas da síndrome do pôr do sol em três categorias os sintomas cognitivos os sintomas afetivos e os sintomas comportamentais ponto de vista cognitivo o paciente
com síndrome do pôr do sol manifesta confusão mental desorientação no tempo e no espaço dificuldade de compreender a onde ele está e com quem está é muito comum paciente confundir as pessoas que habitam com ele com outros já falecidos existe uma síndrome chamada síndrome de capgras em que o paciente acredita que os seus familiares foram substituídos por impostores outros sintomas cognitivo importante é que o paciente acha muitas vezes que ele não está na sua própria casa e se chama paramnésia reduplicativa é o nome técnico para dizer que na mente do paciente ele acredita ele tem
uma memória de que existe a sua casa verdadeira e que ela está em algum outro lugar que não é aonde ele se encontra entre os sintomas afetivos da cima de pôr do sol nós temos mudanças de humor instabilidade emocional choro agressividade medo ansiedade e outras alterações do afeto em termos de comportamento que a gente vê na cima do pôr do sol é uma mudança brusca da atitude do paciente ele pode ter dificuldade de pensar logicamente ele tem também dificuldade de conciliar o sono e pode ter também inquietação perambulação e outras alterações como estereótipo e o
esconder coisas Quais são as causas da síndrome do pôr do sol até hoje nós não temos uma certeza de quais são os fatores cerebrais que levam a síndrome do pôr do sol Talvez seja algo misterioso nós sabemos que provavelmente exista uma relação entre o ritmo circadiano que é o ritmo de liberação dos hormônios que obedece aos períodos de 24 horas dia e noite mas também alguns outros fatores de hábitos de vida de rotina podem estar Associados com uma causa da cima do por do sol por exemplo é normal que ao longo da vida quando chega
no final do dia a gente saia de onde a gente está esse deslock para nossa casa paciente com Alzheimer pode ter alguma recordação e precisa desse hábito dessa rotina e fica esperando o quê na terça ele espera ir para sua casa no final do dia só que ele já está em casa e não reconhece o lugar como a sua própria casa às vezes o paciente pode achar que deveria estar esperando os filhos voltarem da escola ou marido voltar do trabalho e isso pode ser um motivo de grande apreensão e de medo Outro fator interessante é
a perda da luminosidade os pacientes idosos em geral já tem uma dificuldade de visão de baixo contraste E no momento em que nós temos muitas sombras e a sombra se alongam é difícil no Crepúsculo se distinguir as formas e muitas vezes uma sombra mais alongada por exemplo uma cortina pode levar o paciente a interpretar erroneamente que existe alguém ali se escondendo então Esse aspecto visual relacionado com Crepúsculo pode e os fatores Associados à síndrome do pôr do sol e por fim não podemos nos esquecer que a síndrome do pôr do sol acontece no final do
dia e o paciente ou a paciente pode ter alguma forma de cansaço físico e mental e numa pessoa que já tem uma reserva cognitiva pequena esse cansaço pode dificultar o funcionamento normal do cérebro Além disso os pacientes com Síndrome de Alzheimer podem ter dificuldades de dizer que estão com sede com fome ou com dor isso também pode levar à síndrome do pôr do sol o estresse do cuidador EA frustração do cuidador que muitas vezes já está cansado do dia inteiro de trabalho ou de cuidados do paciente pode ser também um fator que aumenta o risco
da síndrome do pôr do sol e não podemos nos esquecer que o fim do efeito das medicações tomadas no período da manhã podem contribuir para a instalação das firmas do pôr do sol no final do dia portanto acima do pôr do sol provavelmente é causada por múltiplos fatores em Associação e quando nós pensarmos no tratamento da síndrome do pôr do sol nós vamos visitar novamente todos esses fatores porque eles precisam ser checados para que a gente tem um melhor controle do paciente Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome do pôr do
sol o consumo de álcool ou a história prévia de alcoolismo a falta de sono ou uma mudança do padrão de sono a hiperestimulação como no caso por exemplo de reuniões de família onde tem muito barulho muita agitação e isso pode causar confusão no PA e que tem dificuldade de manter uma um controle dos estímulos também muitas vezes televisão com conteúdos violentos ou agressivos podem favorecer o aparecimento da cima do pôr do sol ainda estar em um lugar estranho ter uma iluminação precária podem ser fatores de risco para síndrome do pôr do sol outra coisa que
poucas vezes nós nos damos conta é que a bagunça normal da casa pode causar apreensão no paciente com Alzheimer favorecendo o desenvolvimento da cima do pôr do sol em geral nosso toleramos melhor certas bagunças como correspondências em cima de uma mesa por exemplo faz por um paciente com síndrome de Alzheimer aquilo pode ser interpretado como contas que ele ou ela deixou de pagar e isso causa ansiedade e angústia Então é bom manter e arrumada de uma maneira que o paciente consiga fazer sentido daquilo que Ele enxerga existem ainda alguns fatores individuais que colaboram para a
manifestação da ciúme do por do sol por exemplo o cansaço a fadiga do dia o uso de novas medicações a falta do uso dos óculos ou das próteses auditivas e ainda doenças infecções não detectadas e medicações novas são fatores de riscos individuais que podem favorecer o aparecimento da síndrome do pôr do sol e quais são os perigos da síndrome do pôr do sol paciente confuso agitado e agressivo pode constituir um perigo para si mesmo e para os outros existe também um aumento do risco de quedas se o paciente ficar desacompanhado ele pode escapar de casa
e se perder na rua ah e também os pacientes com Síndrome do pôr do sol tem dificuldade de dormir perdem o sono têm dificuldade de se alimentar isso contribui para uma gravamento do quadro mais lindos um paciente com síndrome do pôr do sol que faz uso de cateteres ou sonda como é o caso da gastrostomia da colostomia da sonda vesical de demora no momento de agitação e confusão paciente pode puxar essas sondas e se machucar E aí e como nós podemos lidar com a síndrome do pôr do sol o primeiro estabelecendo rotinas na vida do
paciente hora de acordar hora de se alimentar hora de dormir segundo iluminação suficiente é bom que o paciente ou a pacientes sejam expostos à luz solar principalmente no período da manhã claro que com todos os cuidados de protetor solar e quando estiver dentro de casa sempre deixar as janelas abertas deixar a luminosidade entrar e no final do dia evitar fatores estressantes e também no momento que começa a escurecer é bom acender todas as luzes da casa de modo que o paciente não fica exposto aquele período de transição de luminosidade do dia para noite nós também
devemos evitar bagunça dentro de casa é bom ter alimentos oferecidos com a certa periodicidade e checar se o paciente está sentindo algum tipo de dor é uma boa forma de evitar assim dormir colocar objetos familiares para o paciente ou talvez se deixar ele ou ela brincando com cachorro ou fazendo alguma atividade se você é cuidador de alguém com Alzheimer que manifesta-se nome do pôr do sol se você deve tomar alguns cuidados na comunicação com o paciente primeiro quando o paciente estiver agitado procure se conectar a ele a converse chame a sua atenção peça para aquele
óleo para você e procure usar as palavras do paciente é porque o vocabulário de quem tem Alzheimer é diminuído então as palavras que ele ou ela estão utilizando são palavras que ainda estão presentes na sua mente e que podem ser utilizados para reforçar a conexão demonstre que você se preocupa com aquela aflição e que entende o que ele está passando procure transmitir segurança é interessante usar algumas técnicas de escuta reflexiva O que é isso quando o paciente falar você Repete aquilo que ele está falando e para que ele perceba que está sendo ouvido e aí
você Acrescenta alguma pergunta por exemplo e a você quer ir encontrar com o seu filho e aí o que você vai fazer quando encontrar com ele e isso faz o paciente se engajar num pensamento diferente e tira ele de um ciclo de repetição mental é sempre importante manter uma expressão acolhedora um sorriso amigável de modo que o paciente consiga ler em você tanto pelos comportamentos verbais Como não-verbais que você não representa um risco para ele e que ele está protegido e seguro e nós devemos evitar movimentos bruscos fala ríspida e principalmente não devemos segurar e
conter o paciente porque isso só piora a situação e nós podemos ainda tomar alguns cuidados diários para prevenir a síndrome do pôr do sol por exemplo ter uma rotina que seja agradável e envolvedor ao paciente e também sabendo respeitar as variações que paciente pode ter ao longo dos dias um dia que ele estiver mais cansado a gente deve respeitar isso também uma boa dica é tirar um cochilo depois do almoço que não seja muito prolongado meia hora é suficiente porque se ele dormir mais do que uma hora isso pode comprometer a qualidade do Sono à
noite mas aquele cochilo de meia hora ajuda a recuperar a energia e facilita que ele ou ela Sigam o final do dia também é bom evitar dar cafeína e açúcar ou doces para os pacientes com Alzheimer a partir da tarde porque essas substâncias e são excitantes do sistema nervoso central e podem causar algum tipo de agitação e é sempre bom tentar entender se o paciente não está com algum tipo de dor ou infecção Lembrando que a infecção urinária é muito frequente no idoso Principalmente nos pacientes com demência e naqueles com incontinência que usam fraldas a
possibilidade de uma infecção é maior e muitas vezes o primeiro sintoma é puramente confusão mental ou agitação mudança no comportamento É sempre bom quando a gente encontra um paciente com a síndrome do pôr do sol observar um pouco para saber quais são as situações o condições que podem disparar o comportamento ou seja nós procuramos gatilhos ambientais ou comportamentais que possam ajudar na manifestação da cima do pôr do sol e aí a gente tenta evitar isso momento que a gente percebe que o paciente tá começando a manifestar alguma confusão é bom a gente trazer ele ou
ela para se envolver em alguma atividade que de seja prazerosa também que ele se sinta útil como por exemplo ajudar nas atividades domésticas em alguns pacientes se entretém com brincadeiras com jogos e também animais os pets que a gente gosta tanto os cachorros e gatos e esse tipo de atividade prazerosa pode trazer uma sensação de conforto para o paciente também algumas comidas podem ajudar o paciente a sair um pouco daquele estado de confusão uma das intervenções não medicamentosas a gente recomenda aromaterapia música relaxante fazer atividade física moderada ao longo do dia mas principalmente no período
da manhã uma volta a pé perto de casa pode fazer o paciente se reencontrar e saber que está na sua própria residência e a massagem de conforto também pode ajudar a trazer mais segurança para o paciente diminuindo assim nome do pôr do sol mas é bom fazer isso logo no começo da tarde para que o paciente fique relaxado e não se sinta de alguma maneira invadido ou invadida existe um a outra intervenção não medicamentosa que tem sido estudada e que parece ajudar os pacientes que a terapia Luminosa através do uso de luzes artificiais uma potência
relativamente ao e se expõe o paciente a luminosidade em determinados horários principalmente no período da manhã isso estimula a produção de melatonina e ajuda a regular o ritmo circadiano hormonal Mas é interessante já procurar um profissional e existem alguns medicamentos que a gente pode utilizar para evitar sintomas da síndrome do pôr do sol Especialmente quando o paciente tem alucinações ou delírios agitação agressividade Esses medicamentos eles devem ser utilizados com bastante cuidado porque eles também trazem alguns riscos e o médico experiente vai saber sempre ajustar a dose é natural que se comece com uma dose mais
baixa e aos poucos a gente vai aumentando o que eu vejo muitas vezes no meu consultório é que quando os pacientes vêm Até nós trazidos pelos seus cuidadores já existe um estado de estresse e desgaste tão grande que os familiares e cuidadores querem uma resposta imediata um medicamento que subitamente resolva tudo mas como vocês viram tem várias ações que a gente deve implementar no dia a dia do paciente para ir tá dando pequenos ganhos e os medicamentos eles têm que ser iniciados em dose baixa e aumentados gradualmente para não causar danos através de efeitos colaterais
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