Nesse vídeo vamos verificar como é feita a demonstração de fluxo de caixa pelo método direto e indireto, também conhecido como método da conciliação. Utilizando a demonstração do resultado do exercício e o balanço patrimonial. Vamos verificar como é possível montar a demonstração de fluxo de caixa pela variação das contas.
Para compreender o que vamos fazer, você tem que entender que todos os registros contábeis são feitos no balanço e na BR e a demonstração de fluxo de caixa vai te apresentar apenas o que afetou o caixa do período. Nem todas operações afetam o caixa da empresa. Por exemplo, depreciação de maquinário afetar o imobilizado e a despesa com depreciação não afeta caixa.
Vendas de produto a prazo afetam a receita e a conta de clientes não afeta a caixa. Compra de materiais a prazo afeta fornecedores e estoque não afeta a caixa. Agora, quando falamos de compras à vista, isso reduz o nosso saldo de caixa.
Pagamentos recebidos de clientes só aumenta o nosso saldo de caixa e aluguéis ou outras contas recebidas aumentam o nosso saldo de caixa. Entender quais são as transações que a empresa realiza com as diferentes partes do seu negócio é importantíssimo para entender como o caixa é afetado. Via de regra, normalmente o governo só tira dinheiro de caixa por meio dos pagamentos dos impostos.
Os fornecedores recebem dinheiro de seus pagamentos, os clientes colocam o dinheiro do caixa por meio do pagamento das suas compras. Os acionistas podem colocar dinheiro por meio do aumento do capital e retirar por meio de dividendos. Já uma instituição financeira pode colocar dinheiro no caixa por meio de empréstimos e retirar por meio de juros e o pagamento desses empréstimos.
Entender as entradas e saídas do caixa fica muito mais fácil quando você conhece o método das partidas dobradas que você aprende lá na contabilidade básica. Se você está estudando contabilidade e não conhece o método das partidas dobradas ainda ou tem dificuldade nos assuntos iniciais de contabilidade. E se eu te explicar tudo isso desenhando o meio de uma história?
Conheça o nosso curso Contabilidade Animada, aonde você vai aprender os assuntos iniciais de contabilidade de uma maneira didática e com mais de 100 exercícios resolvidos para você praticar e ficar por dentro da linguagem dos negócios por menos de uma mensalidade da sua faculdade. Eu vou fazer você se apaixonar por contabilidade. Clique no link e aproveite o preço de lançamento do nosso curso Contabilidade Animado.
Se você quiser relembrar os conceitos iniciais para o exercício que vamos resolver agora, não deixe de conferir os dois vídeos introdutórios que estão no card aqui em cima. Então vamos colocar a mão na massa e por meio da D. R.
e do Balanço Patrimonial, vamos montar a demonstração do fluxo de caixa pelo método indireto. O objetivo da DFC é apresentar a variação do caixa de um ano para o outro como dá para perceber aí, o nosso caixa do ano um para o ano 2 diminuiu em 50. Dessa forma, na DFC nós vamos ter o saldo inicial de caixa de 150, o saldo final de 100 e a variação a ser demonstrada de -50.
Pelo método indireto, nós partimos do lucro líquido retirado lá da RF. Nesse caso, aqui nós temos o lucro líquido de 300 R$. E agora, partindo do lucro líquido, nós vamos verificar as variações das contas operacionais, ou seja, Ativo Circulante Passivo Circulante verificar a variação do fluxo de caixa operacional.
Essas contas nós vamos tirar do balanço patrimonial e no nosso exemplo aqui nós temos as contas de duplicata a receber, que é a conta de clientes, estoques, fornecedores e contas a pagar por meio da variação da conta duplicatas a receber. Dá para perceber que ela aumentou o 300 R$. Se a conta de clientes aumenta, 300 R$ são 300 R$ da receita que está dentro do lucro que deixa de entrar no caixa.
Concorda comigo? Logo eu vou diminuir a variação do contas a receber pelo fluxo de caixa operacional. A conta de estoques aumentou 150 R$, logo esse efeito no caixa é negativo, afinal de contas eu tive que comprar esse estoque.
Portanto, -150 no fluxo de caixa operacional da conta de stocks. Os meus fornecedores aumentaram 300 R$, logo, é um dinheiro que deixou de sair do caixa. Não impactou o meu caixa.
Então eu vou somar no fluxo de caixa operacional, na conta fornecedores. É o meu contas a pagar aumentou em 200, logo foram despesas do período incluídas na DRL que ainda não foram pagas e não afetaram o meu caixa. Então esse saldo vai entrar somando na demonstração de fluxo de caixa.
Agora para o fluxo de investimentos é possível verificar pela variação da conta de investimentos do ativo não circulante que houve um aumento aumentou 200 R$, logo eu posso inferir que esse valor saiu do caixa e foi para a conta de investimentos. Portanto, esse saldo no fluxo de atividade de investimento vai aparecer, diminuindo a minha variação, pois foi uma saída de caixa. Já na parte de financiamentos é possível verificar que na conta empréstimo bancário houve um aumento de 200.
Se meus empréstimos aumentaram, houve o ingresso de recursos no caixa, logo eu vou somar 200 R$ referente a novos empréstimos. Já na conta, financiamentos a pagar, dá para perceber que houve uma diminuição de 400, logo eu posso inferir que houve o pagamento desses financiamentos, saindo o recurso de caixa. Assim eu vou ter uma variação de -400 referente a amortização de financiamento.
Dessa forma, apurando o total da variação de todos os fluxos, nós temos um fluxo de caixa operacional positivo em 350, o de investimento negativo em 200 e o de financiamento negativo 200 que nos da nossa variação de caixa de 50 de um ano para o outro. Agora vamos resolver o mesmo exemplo pelo método direto, vamos extrair as informações do balanço patrimonial e da DERRE para montar a demonstração de fluxo de caixa. A variação do caixa é a mesma, temos um saldo inicial de 151 saldo final de 100, o que nos dá uma variação de -50.
O fluxo de caixa de investimento e financiamento é calculado da mesma maneira, apurando a variação dos saldos das contas do balanço patrimonial. Esses dois fluxos são exatamente iguais no método indireto e no método direto. A grande diferença está no fluxo de caixa operacional.
Ao invés de partirmos do lucro líquido para fazer uma conciliação, nós vamos verificar todas as variações que afetaram o fluxo de caixa operacional. Maneira de calcular A variação para cada uma dessas linhas é feita calculando a variação da conta, mais o impacto que a decorrer teve sobre essa variação. Vamos começar com tudo o que saiu do contas a receber e entrou no caixa e fazemos esse cálculo da seguinte forma Saldo inicial do contas a receber mais as receitas do período retiradas da BR menos o saldo final.
Isso porque a conta de receita DDR impacta o balanço em duas contas. Se a venda é feita à vista, vai direto pro caixa e se é feita a prazo, vai direto para contas a receber. Dessa forma, nós estamos calculando tudo o que passou pelo contas a receber e foi para o caixa, o que nos dá um ingresso no caixa e 2.
700 R$ para. Vamos calcular tudo o que saiu no caixa em decorrência do pagamento aos fornecedores. Para fazer esse cálculo, nós pegamos o saldo inicial da conta de fornecedores, somamos as compras feitas no período e diminuímos o saldo final.
O saldo inicial é de 300 e o final é de 600. E agora eu te pergunto como fazemos para achar as compras do período? Para isso nós temos que verificar a variação da conta de estoques, afinal, todas as compras efetuadas tiveram entrada no estoque.
Então nós temos a variação da conta do estoque. Um saldo inicial de 550, mais as compras do período que vamos descobrir, menos tudo o que saiu do estoque. E você deve saber que tudo o que sai no estoque é um custo da mercadoria vendida.
Se transformou numa conta de resultado. Então nós temos um CMV de -1601 saldo final de estoque de 700 que está no balanço. Logo, é possível inferir que as compras do período foram de 1750.
Dessa forma, acrescentando as compras, a variação do saldo de fornecedores. Nós temos uma saída de caixa de 1450. Agora, para fechar o fluxo de atividades operacional, temos que verificar o pagamento das despesas do período.
E você já sabe que despesas, assim como receitas e custos, são contas da. E todas essas despesas aqui foram acumuladas durante o exercício, o que nos dá um total de 900 R$ de despesas incorridas e dá para perceber que todas elas foram pagas. Afinal, analisando os saldos a pagar no balanço patrimonial, encontramos nenhuma obrigação relacionadas a despesa.
Nós temos um item a pagar que é a última linha da DRT que não faz parte dessas despesas e temos um dividendo a pagar, que é uma distribuição dos lucros. Como dá para ver na conta lucros acumulados, foi incorporado ali o líquido, tirando os dividendos a pagar. Logo essas duas contas não saíram do caixa ainda e portanto fica fácil perceber que os 900 R$ despesas foram todas pagas, representando uma saída de caixa.
E assim nós temos os três fluxos pelo método direto 350 de fluxo de caixa Operacional, -200 de investimento, -200 de financiamento, o que nos dá a nossa variação de -50 no período. Comparando o método direto com indireto, dá para perceber que o indireto traz muito mais informações e talvez é mais fácil de se fazer do que o método direto, que é mais simples e não traz a conciliação do lucro líquido com o fluxo de caixa operacional. Os dois métodos te apresentam uma variação do caixa presente no balanço patrimonial.
Já se você quiser saber qual foi o lucro prejuízo incorporado ao patrimônio líquido, você deve olhar para demonstração do resultado. Essas três demonstrações em conjunto que permitem avaliar qualquer empresa e saber como anda o negócio. Talvez você queira saber mais informações de como elas funcionam Assistindo a esse vídeo que eu estou deixando na tela por aqui, eu agradeço por você entrar nesse vídeo e nos vemos no próximo.