[Música] homem sortudo ganha em loteria Mas o que ele faz com o dinheiro Deixa todos chocados tudo começou de forma tão discreta que ninguém poderia imaginar o que estava prestes a acontecer se alguém Contasse sem mostrar o bilhete premiado de 300 milhões de reais ninguém acreditaria Lourival era um homem de 29 anos que se cruzasse na rua talvez você nem notasse magro e curvado como quem carrega um peso invisível tinha o olhar baixo sempre atento ao chão suas roupas manchadas de tinta e graxa contavam histórias de trabalhos duros e dias longos sua vida era uma
coleção de pequenos bicos feitos de forma irregular apenas para garantir o sustento era o típico trabalhador invisível das periferias de Salvador vivendo na corda bamba entre o improviso e a necessidade um cara comum sem diplomas sem contatos influentes sem qualquer sinal de que o destino lhe reservava algo brilhante a casa da mãe onde ele morava era o retrato da pobreza que os acompanhava há anos Era uma construção simples as paredes de tijolos aparentes absorviam o calor Implacável do Sol durante o dia e à noite a casa se transformava em uma verdadeira Fornalha a mobília escassa
e desgastada pelo tempo parecia implorar por misericórdia um afundado no centro com molas visíveis escapando pelas costuras gastas oferecia mais desconforto do que descanso a mesa de madeira manchada e cheia de marcas do uso diário dividia espaço com cadeiras trêmulas que rangiam ao menor movimento e um rádio pequeno cuja carcaça desgastada emitia vozes e músicas que quebravam o silêncio da casa era a principal fonte de informação e entretenimento trazendo notícias e nov el as que aliviavam por instantes o peso do dia a dia o chão de cimento áspero e frio parecia ecoar os passos solitários
de Lorival o único que permaneceu na casa enquanto a mãe e a irmã partiram para outra cidade movidas pela necessidade de buscar algo melhor Dona Rita a mãe era a personificação da luta trabalhava como doméstica em São Paulo enviando o pouco que podia para ajudar Lourival a manter a casa as remessas eram irregulares mas carregavam o peso de sacrifícios constantes cada moeda enviada era fruto de Horas de faxinas exaustivas em apartamentos luxuosos Lorival reconhecia o esforço da mãe mas em meio à dureza do dia a dia raramente permitia-se pensar nas próprias emoções ele apenas vivia
um dia de cada vez sem grandes expectativas foi então em um desses dias aparentemente normais enquanto voltava do trabalho que Lorival viveu o episódio que marcaria sua vida para sempre uma humilhação tão amarga que lhe plantaria no peito o desejo de Vingança um desejo que o destino em breve trataria de alimentar Lorival caminhava pela calçada com a camisa suada e manchada de tinta as mãos ainda ásperas do trabalho que havia feito durante o dia o cansaço era visível no seu andar mas algo lhe chamou a atenção no lobby de um hotel o com paredes de
vidro reluzentes e um ar que exalava exclusividade ele viu uma mulher ela era deslumbrante com um vestido justo e cabelos perfeitamente alinhados Lourival parou incapaz de desviar o olhar ela conversava animadamente com um homem bem vestido segurando uma taça de espumante enquanto gesticulava com elegância por um momento Lorival Deixou sua imaginação correr solta ele se viu ao lado daquela mulher Vivendo uma vida diferente cheia de conforto e estatus pensou em como seria ser alguém que pudesse entrar naquele lugar sem ser olhado de cima para baixo mas antes que pudesse continuar sonhando uma voz áspera cortou
seus devaneios como uma foice Ei o que você tá fazendo aqui sai da frente do hotel Lourival virou-se confuso sem entender o motivo do ataque só tô parado aqui não tô fazendo nada respondeu tentando sua presena esse lugar não é pra gente como você anda some daqui o segurança continuou agora empurrando Lourival pelo ombro como se estivesse enxotando um cachorro de rua a raiva tomou conta de Lourival ele tentou resistir encarando o segurança com olhos fervendo de indignação e quem você pensa que é para me tratar assim hein eu não fiz nada gritou mas sua
voz soava impotente diante da autoridade do homem vai embora antes que eu chame a polícia ameaçou o segurança cruzando os braços e encarando Lorival como se fosse um lixo Lorival sentiu o peito apertar um misto de Humilhação e fúria o consumiu Ele olhou uma última vez para o Lobby para a mulher que ainda ria e gesticulava completamente alheia à Cena que se desenrolava do lado de fora sem ter escolha Lourival virou-se e começou a caminhar mas a cada passo a raiva pulsava mais forte ele saiu murmurando xingamentos que não tinham força para atingir seu alvo
Um dia eu volto aqui um dia você vai engolir tudo isso seu desgraçado Lorival sussurrou para si mesmo com os dentes cerrados e os punhos fechados naquele momento ele não sabia mas sua vida estava prestes a mudar de um jeito que nem ele poderia imaginar a sement da vingança havia sido plantada e o destino já começava a mover suas engrenagens para trazer Lourival de volta aquele mesmo lugar mas desta vez ele não estaria de passagem os dias passaram mas a humilhação continuava viva na mente de Lourival Como uma ferida que não cicatrizava ele revivia o
momento em que foi enxotado da calçada todas as noites enquanto tentava adormecer em seu colchão velho o calor abafado da casa parecia intensificar o desconforto mas era o peso da raiva que o mantinha acordado ele sabia que sua realidade era dura mas até aquele dia nunca havia sentido tamanha indignidade naquela manhã ao sair de casa para mais um trabalho esporádico Lorival ainda sentia o gosto amargo do orgulho ferido com o dinheiro recebido pelo serviço de pintura ele comprou pão feijão e uma pequena garrafa de pinga para espantar o cansaço e afastar os problemas enquanto caminhava
pelas ruas poeirentas do bairro um letreiro e iluminado chamou sua atenção casa lotérica aqui você faz sua sorte Lourival parou por um instante encarando a placa como se ela fosse lhe oferecer alguma resposta não era a primeira vez que arriscava sua sorte de tempos em tempos quando sobrava um troco ele jogava seus números eram sempre escolhidos quase ao acaso mas naquele dia ele decidiu incluir um número estratégico a data do dia em que estava jogando o restante foi preenchido sem grande atenção Ele entrou no pequeno estabelecimento com passos tranquilos sem grandes expectativas dentro da lotérica
o ambiente era apertado e abafado a fila avançava lentamente enquanto Lourival preenchia os números com uma caneta presa a uma corrente de ferro corroída pelo tempo quando terminou entregou o papel à atendente junto com algumas notas amassadas a mulher com expressão cansada pegou o bilhete e fez o jogo quase que em movimentos automáticos inserindo os dados na máquina sem alterar o ritmo quando o bilhete impresso saiu da máquina ela o entregou a Lorival com um sorriso protocolar desejando-lhe boa sorte Lorival guardou o bilhete no bolso e saiu da lotérica sem pensar muito no que tinha
acabado de fazer para ele era apenas mais uma tentativa Afinal sonhar não custava caro pelo menos não naquele dia o bilhete permane seu esquecido no bolso de sua calça por alguns dias a rotina seguiu como sempre marcada por trabalhos ocasionais e noites solitárias na casa simples Até que certa noite Enquanto jantava Um Pedaço de Pão com café o som chiado do velho rádio chamou sua atenção boa noite ouvintes agora o momento mais aguardado o sorteio da Mega Cena anunciou o locutor com entusiasmo prival lembrou do bilhete ainda guardado no bolso sem muita consideração puxou o
papel amassado e o abriu sobre a mesa de forma distraída e automática começou a conferir os números o primeiro número é 14 1 E4 14 é nosso primeiro número anunciou o locutor Ele olhou para o bilhete o 14 estava lá não era a primeira vez que começava acertando não deixou aquilo mexer com suas expectativas mas serviu para dar um ânimo Inicial o segundo número é 28 2 8 28 é o nosso segundo número Lourival ajustou os olhos para conferir o bilhete novamente sim o 28 também estava lá sentiu seu coração bater um pouco mais rápido
do que o normal mas apenas tentou se conter o terceiro número é 35 35 35 esse é o nosso terceiro número da noite a respiração de Lorival ficou pesada ele conferiu mais uma vez aproximando o bilhete da Luz fraca da sala era outra vez um de seus números escolhidos não podia ser antes que processasse aquilo o locutor Deu sequência e agora vamos para o quarto número da noite o quarto número 44 4 4 44 a mão que segurava o bilhete começou a tremer ao constatar também o número 44 recém-anunciado ele sentiu a vista turva e
precisou piscar várias vezes tentando se concentrar nos números conferiu novamente passando o dedo por cada linha impressa no papel como se quisesse confirmar que estava vendo direito o quinto número é 50 5 e 0 50 é nosso quinto número da noite meu Deus meu Deus murmurou Lourival ao constatar o número 50 em seu jogo com o ar que restou em seus pulmões por um momento tudo ao seu redor ficou em silêncio como se o tempo tivesse parado apenas o rádio parecia estar em movimento e por fim o mais aguardado o mais decisivo o número do
ganhador nosso sexto e último número não posso acreditar só falta o 57 vamos vamos o locutor fez um silêncio em suspense e após o toque dos tambores finalmente anunciou nosso sexto número é 57 5 7 57 é o último número boa sorte a todos e até a próxima Mega da Virada Lourival ficou paralisado ele conferiu o bilhete mais uma vez depois outra e mais outra olhava para para o papel depois para o rádio e depois novamente para o bilhete sua mente recusava-se a aceitar o que estava acontecendo Meu Deus será que eu tô sonhando murmurou
apertando os olhos e balançando a cabeça como se tentasse acordar de um sonho mas o papel continuava ali os números impressos exatamente como o havia anunciado ele sentiu o peito acelerar como se estivesse prestes a explodir sua visão ainda estava turva mas a realidade começava a se formar lentamente em sua mente ganhei eu ganhei Lourival começou a andar pela sala de um lado para o outro segurando o bilhete como se fosse um troféu sagrado a incredulidade misturava-se com uma explosão de Emoções choque Euforia um medo estranho ele não conseguia parar de conferir os números como
se precisasse se convencer a cada segundo de que aquilo estava realmente acontecendo depois de vários minutos nesse estado de confusão e choque ele finalmente parou no meio da sala olhou ao redor para a mesa velha o sofá afundado a lâmpada fraca no teto tudo parecia pequeno demais para a magnitude do que acabara De acontecer Lorival havia ganhado ele havia Vencido o Impossível por mais que estivesse sozinho naquele momento a sensação era de que o mundo inteiro o olhava ele não fazia ideia de como como seria o próximo passo mas naquele instante uma coisa era certa
sua vida Jamais Seria a mesma no dia seguinte Lourival chegou à lotérica com o bilhete cuidadosamente dobrado no bolso o sol escaldante parecia fazer a fila se arrastar ainda mais lentamente mas ele esperou pacientemente lutando contra o impulso de gritar ao mundo o que acreditava ser verdade ele segurava o bilhete como se fosse um Talismã evitando qualquer contato visual ou conversa para não chamar atenção quando finalmente chegou ao balcão a atendente já acostumada a atender dezenas de clientes todos os dias pegou o bilhete com a mesma expressão cansada de sempre mas ao conferir os números
na máquina sua postura mudou drasticamente ela franziu o senho e conferiu mais uma vez depois conferiu novamente seus olhos se arregalaram e por um momento parecia que o tempo havia parado ela apertava os botões com tanta insistência que parecia procurar uma falha algo que pudesse explicar o que estava vendo a atendente levou a mão à boca sem acreditar no que via e ficou assim por longos segundos perdida em pensamentos moça disse Lorival Quebrando o Silêncio E aí deu certo sua voz carregava uma mistura de ansiedade e curiosidade a atendente piscou algumas vezes Voltando à e
se inclinou levemente para a frente falando baixo apenas para ele ouvir senhor o senhor ganhou disse quase em um sussurro ainda em estado de choque Lorival sentiu um calafrio percorrer sua espinha apesar de já saber disso ouvir aquelas palavras o atingiu de uma forma diferente sua boca ficou seca e ele precisou engolir em seco antes de perguntar ganhei quanto a atendente ainda visivelmente atordoada desviou o olhar tentando se conter e prosseguiu Espere só um instante por favor o gerente irá conversar com o senhor disse ela indicando uma salinha ao lado o tempo parecia se arrastar
enquanto ele esperava Mas finalmente um homem de terno simples entrou segurando uma pasta Senor Lourival antes de mais nada Meus parabéns disse o gerente apertando a mão dele com um sorriso parecia conter um misto de respeito e curiosidade ele se sentou à frente de Lorival e começou a explicar estamos falando de R 300 milhões de reais anunciou o gerente com a calma de quem fazia aquilo regularmente por um momento Lorival ficou em silêncio ele ouvia as palavras mas não conseguia processar o significado completo 300 milhões ele repetiu o número mentalmente tentando imaginar o que aquilo
representava mas mas sua mente não conseguia abarcar tamanha quantia Nunca havia passado tanto dinheiro por suas mãos nem de perto seus conhecimentos financeiros eram praticamente inexistentes e tudo o que ele conseguia pensar era que deveria ser muito muito dinheiro o gerente continuou explicando sobre os trâmites necessários a ida à Caixa Econômica Federal e os procedimentos de segurança Lourival ouvia apenas metade das palavras ainda preso su a ideia de que sua vida acabara de mudar para sempre quando finalmente deixou a lotérica com instruções detalhadas sobre os próximos passos Lorival segurava o bilhete como um troféu seus
passos eram incertos e ele olhava ao redor como se o mundo inteiro soubesse o que havia acontecido naquela noite Lourival não pregou os olhos ele tinha a vida inteira para imaginar o que faria com tanto dinheiro mas naquele momento só conseguia pensar em uma coisa a calçada do hotel na manhã seguinte Lourival Acordou cedo mais por ansiedade do que por hábito vestiu a melhor roupa que tinha uma camisa social desbotada e uma calça jeans surrada e saiu de casa carregando uma pequena maleta preta que encontrara esquecida em um armário ele achava que seria suficiente para
levar o dinheiro que acabara de ganhar o caminho até a agência central da Caixa Econômica Federal foi percorrido em silêncio com o bilhete premiado dobrado e guardado no bolso como se fosse um amuleto ao chegar à Agência Lorival parou na porta olhando para o grande prédio de vidro e concreto ele respirou fundo e entrou sentindo os olhares curiosos dos outros clientes parecia deslocado naquele ambiente mas agora carregava consigo algo que o fazia sentir-se grande era um homem milionário assim que apresentou o bilhete ao atendente a atmosfera mudou o olhou para Lourival com uma expressão de
surpresa e imediatamente chamou o gerente em poucos minutos um homem de terno bem alinhado Apareceu o gerente sorridente com a mão estendida dirigiu-se a Lourival com uma cordialidade que ele nunca havia experimentado antes Senor Lorival perguntou com um tom quase reverente é um prazer conhecê-lo Me acompanhe por favor lal foi conduzido para uma salaada Binho da agência lá dentro o ar condicionado criava um contraste marcante com o calor lá fora o gerente puxou uma cadeira para ele como se estivesse recebendo um convidado ilustre e logo uma assistente entrou com uma bandeja café bolachas fique à
vontade disse o gerente quase sem perceber as unhas ainda sujas de graxa nas mãos de Lourival Lourival aceitou meio sem jeito segurando a xícara com cuidado estava acostumado a ser ignorado tratado como invisível mas ali naquele momento sentia-se como um rei o gerente sentou-se à sua frente inclinando-se ligeiramente com um sorriso profissional estampado no rosto Senor Lorival estamos aqui para ajudá-lo Com tudo o que precisar o gerente estendeu a mão novamente apertando firme as mãos calejadas de Lourival primeiro precisamos confirmar o valor a quantia total do prêmio é de 300 milhões de reais gostaria de
sacar uma parte em espécie ou transferir tudo para uma conta bancária Lourival riu um pouco sem jeito e apontou para a maleta simples que havia trazido deixada ao lado da cadeira Olha nem conta bancária eu tenho queria levar tudo em espécie mesmo trouxe essa maleta aqui para guardar o dinheiro o gerente arregalou os olhos por um breve instante surpreso com a ingenuidade da resposta mas rapidamente recompôs a expressão contendo o riso com elegância senhor Lourival acho que será mais fácil mostrar ao Senhor o que 300 milhões representam disse com um sorriso educado enquanto se levantava
e fazia um gesto para que Lorival o acompanhasse eles caminharam por um longo corredor até uma porta de aço maciça guardada por dois seguranças um deles inseriu um código numérico e A Porta Se Abriu com um som pesado e metálico Lorival ficou paralisado diante do que viu dentro do cofre havia pilhas de cédulas empilhadas em compartimentos organizadas com precisão o cheiro característico de papel moeda era quase inebriante as luzes brancas refletiam nos pacotes de dinheiro criando uma visão que parecia saída de um sonho o que o senhor está vendo aqui não é nem metade do
que tem direito a receber explicou o gerente com uma voz séria e respeitosa Lourival arregalou os olhos incapaz de processar a magnitude tudo isso é meu perguntou quase sussurrando sim senhor e mais o senhor pode retirar uma parte em espécie hoje se desejar mas sugiro que conversemos sobre como administrar esse montante é uma quantia extraordinária Lourival ainda atônito caminhou até as pilhas de dinheiro passou os dedos por uma das cédulas sentindo o papel como se quisesse confirmar que era real sua mente comeou a tentando imaginar o que faria com tanto dinheiro ele havia sonhado em
ser alguém grande mas aquilo ultrapassava qualquer fantasia que já tivera o gerente percebendo o impacto daquela visão tocou levemente no ombro de Lorival podemos ajudá-lo a planejar tudo Senhor o mais importante agora é garantir que sua fortuna seja bem administrada Lourival não respondeu de imediato ele estava perdido em seus próprios pensamentos imaginando como seria o próximo passo naquele momento porém algo já estava claro ele não era mais o mesmo homem que entrou naquele prédio e pela primeira vez sentiu que o mundo estava a seus pés o gerente com um sorriso profissional estampado no rosto conduziu
Lorival de volta à sala reservada sentados à mesa ele começou a explicar com cuidado os procedimentos para criar uma conta bancária exclusiva para administrar uma quantia tão elevada Senor Lorival Vamos abrir uma conta especial para o senhor será uma conta premium com condições exclusivas para clientes que possuem um patrimônio dessa magnitude o gerente pausou observando a reação de Lorival que apenas assentiu Ainda tentando processar tudo a partir dela poderemos ajudá-lo com aplicações financeiras e movimentações mais seguras O senhor terá um gerente particular para auxiliá-lo em tudo Lourival Balançou a cabeça como se concordasse mas era
evidente que ele estava mais interessado no dinheiro físico que acabara de ver no cofre o gerente percebeu e prosseguiu mantendo o Tom calmo entendo que o senhor queira levar uma parte em espécie podemos separar o valor que cerna sua maleta mas para sua segurança recomendo que não transporte grandes quantias só quero ter algo para tocar sabe respondeu Lourival olhando para a maletinha ao lado para ter certeza que é meu o gerente compreendendo a ansiedade do cliente fez um sinal discreto para um funcionário que se retirou da sala e retornou minutos depois com um montante organizado
em pacotes de notas de R 100 Lourival observava com atenção enquanto o funcionário acomodava os pacotes cuidadosamente na Maleta o peso aumentava a cada pilha colocada e o som das notas sendo manuseadas Parecia um tipo de música para ele aqui está Senor Lourival preparei R 200.000 para levar consigo é um valor muito considerável Então tenha cuidado com o transporte disse o gerente fechando a maleta e entregando-a com cuidado Lorival segurou a maleta com as duas mãos sentindo o peso daquilo que parecia ser o início de uma nova vida ele agradeceu de forma simples mas o
sorriso que tentava conter revelava sua euforia agora senhor sugiro que o acompanhemos até a saída com nossa segurança dessa magnitude atrai olhares e queremos garantir sua tranquilidade Lourival acenou positivamente mas no fundo sua mente já estava em outro lugar ele pensava no hotel na calçada no segurança que o humilhou a maleta em suas mãos não era apenas dinheiro era poder poder para corrigir aquela ferida que nunca cicatrizou assim que saiu da agência Lorival foi direto para casa com o coração acelerado e a maleta firmemente agarrada às mãos Ele entrou na pequena sala de tijolos aparentes
colocou a maleta sobre a mesa de madeira manchada abriu o fecho e admirou as notas empilhadas respirou fundo Como se quisesse absorver cada detalhe daquele momento depois de alguns minutos fechou a maleta novamente e decidiu aquela não seria mais sua realidade não naquele dia pouco tempo depois Lorival estava em um táxi com destino ao shopping mais luxuoso de Salvador era um lugar onde ele jamais havia pisado antes sempre observando de longe as vitrines que pareciam inalcançáveis desta vez no entanto tudo era diferente Ele entrou com passos firmes segurando sua maleta e sentindo o perfume do
ar condicionado misturado Ao Cheiro de novas possibilidades quero o terno mais caro que vocês têm disse ele ao atendente de uma das lojas de grife mais exclusivas o funcionário o olhou de cima aai avaliando suas roupas surradas e a maleta que ele carregava mas Lourival percebendo o olhar abriu um sorriso que exalava a confiança posso pagar aliás vou pagar a vista e abriu a maleta levemente mostrando o dinheiro o atendente se apressou em atendê-lo trazendo uma variedade de ternos importados que exalavam elegância após experimentar alguns Lorival escolheu um modelo clássico com corte impecável feito de
um tecido italiano fino quando o atendente sugeriu uma gravata Lorival levantou a mão recusando Não não quero deixar o pescoço livre disse pegando uma correntinha de ouro fino que brilhava Sob a Luz da loja a corrente pendia discretamente em seu pescoço o contraste perfeito com a camisa branca Lourival deu um sorriso satisfeito ao ajustá-la no espelho como se fosse o símbolo do poder que sempre imaginou ter nos pés escolheu um par de sapatos italianos pretos de couro legítimo antes de sair passou pela sessão de perfumes e pediu ao atendente quero o mais caro que você
tem o vendedor trouxe um frasco de um perfume importado com notas amadeiradas e especiarias marcantes Lourival experimentou o aroma e satisfeito adicionou a compra ao se olhar no espelho pela útima vez antes de sair da loja ele quase não reconheceu o homem que via refletido o terno alinhado os sapatos reluzentes o perfume caro e a corrente de ouro formavam a imagem de alguém poderoso alguém que Lourival nunca acreditou que poderia ser com a maleta em uma mão e o cartão Black reluzente no bolso Lourival deixou a loja como se já tivesse conquistado o mundo ao
passar pela porta deixou uma nota Generosa de gorgeta para o atendente que o acompanhou até a saída com um sorriso de respeito Lourival sorriu de canto ajeitou o palitó e seguiu em frente naquele momento ele era tudo o que sempre quis ser de volta ao táxi Lourival deu o endereço do Hotel Majestade aquele mesmo lugar que semanas antes havia sido palco de sua maior humilhação Assim que chegou desceu do carro com passos firmes seu terno alinhado brilhando à luz do sol a maleta em uma mão e a outra ajustando o palitó Lourival atravessou a calçada
com a mesma sensação de poder que sentira ao ver o cofre na agência na entrada do hotel lá estava o mesmo segurança Mas desta vez o homem não o reconheceu ao contrário abriu a porta imediatamente e cumprimentou o com um sorriso Boa tarde senhor bem-vindo ao hotel Majestade disse o segurança segurando a porta com deferência Lourival parou olhando fixamente para o homem seu sorriso carregado de frieza Boa tarde você não se lembra de mim não perguntou Lorival sua voz afiada o segurança olhou para ele com expressão neutra mas o tom de Lorival chamou sua atenção
me desculpe senhor não me recordo respondeu ainda tentando manter a postura profissional Lorival deu um passo à frente inclinando-se levemente para encará-lo Claro que não lembra mas eu lembro muito bem de você Lorival pausou o sorriso se ampliando você me enxotou desta calçada como se eu fosse um cachorro Lembra agora o segurança congelou seus olhos se estreitaram enquanto ele buscava desesperadamente na memória Então como se fosse atingido por um raio A Lembrança veio sua expressão mudou para um misto de desconforto e arrependimento Ah eu agora me recordo Senhor me desculpe isso não vai se repetir
disse o segurança sua voz vacilante Lourival ergueu a sobrancelha seu sorriso se tornando mais frio desculpe isso é o melhor que você consegue ele deu um passo para trás olhando para o próprio sapato e fingindo um tom de nojo e ainda por cima acabou de cuspir no meu sapato de alguns milhares de reais você sabe o que isso significa o segurança abriu a boca para responder mas não conseguiu dizer nada Lourival no entanto não esperou significa que você vai limpar agora bem aqui na frente de todo mundo o Lobby do hotel com seus lustres imponentes
e sofás de couro impecáveis ficou em completo silêncio clientes bem vestidos e funcionários Pararam o que estavam fazendo atraídos pela cena alguns Magnatas que conversavam no local olharam com curiosidade tentando entender Quem era aquele homem tão imponente Senhor por favor isso não é necessário começou segurança mas Lourival o interrompeu com um gesto firme não é senhor é mestre e vai fazer o que eu mandei ou quer perder o emprego Lorival apontou para o chão indicando o sapato vai limpar agora sem alternativa o segurança tirou um lenço do bolso seus dedos trêmulos denunciando o constrangimento ele
se ajoelhou e começou a limpar o sapato de Lorival enquanto os olhares do Lobby estavam cravados nele Lourival observava a cena com um sorriso satisfeito ajustando a correntinha de ouro em seu pescoço isso Agora ficou melhor disse ele recuando o pé mas ainda não terminamos sempre que eu aparecer aqui você vai abaixar a cabeça e depois vai atravessar a rua e esperar na calçada do outro lado porque agora é eu que tô passando e você não é digno de pisar no mesmo chão que eu o segurança com o rosto vermelho de vergonha murmurou sim senhor
Lourival inclinou-se levemente sua voz cortante senhor não mestre o homem hesitou por um momento mas finalmente disse quase em um sussurro Sim mestre Lourival deu um passo para o lado e com um gesto de desprezo apontou para fora agora soma da minha frente vai esperar lá fora se euv a lata não quero você no meu caminho o segurança abaixou a cabeça engolindo em seco e saiu pela porta com passos rápidos Lourival ficou parado por um momento ajustando seu paletó e observando os olhares surpresos ao seu redor ele adorava aquele poder saboreava cada segundo da atenção
e do respeito que agora recebia ele caminhou até a recepção com passos lentos como se fosse dono do lugar quero a suí presidencial disse com um tom que não deixava espaço para dúvidas a recepcionista não hesitou em começar a preencher sua reserva enquanto sorria Claro senhor será um prazer acomodá-lo Lorival deu um último olhar ao Lobby antes de ser conduzido à cobertura mais luxuosa do hotel ele tinha acabado de provar para si mesmo que não era mais um homem invisível agora os outros é que iriam se curvar diante dele mas mal sabia ele que sua
ascensão meteórica era apenas o Prelúdio de uma queda ainda mais devastadora Lorival não perdeu tempo em transformar sua nova Realidade em um espetáculo de extravagância depois de se instalar na suí presidencial do hotel Majestade um espaço tão luxuoso que parecia pertencer a outro mundo ele decidiu que o próximo passo seria viver o estilo de vida que sempre invejou para ele não bastava ter dinheiro era preciso mostrar que tinha dinheiro na manhã seguinte após tomar um café da manhã servido em uma mesa de mármore com vista para toda Salvador Lorival desceu até a garagem do hotel
onde já o aguardava um motorista particular por cortesia da administração ele pediu para ser levado à maior concessionária de carros de luxo da Cidade ao chegar a recepção foi digna de um chefe de estado funcionários impecavelmente vestidos abriram a porta para ele e o conduziram a um showroom onde as luzes brilhavam sobre as superfícies impecáveis de Ferraris Lamborghinis porsches e outras máquinas que Lorival só tinha visto em filmes ou revistas quero o melhor a aliás quero vários quero um para cada dia da semana ele disse segurando o cartão black que parecia brilhar tanto quanto seus
olhos o vendedor sorriu claramente animado com a perspectiva de uma comissão tão grande e começou a mostrar os modelos mais exclusivos Lorival escolheu sem pestanejar um Lamborghini Amarelo para os fins de semana uma Ferrari vermelha para exibir pela cidade um Range Rover Preto para os dias em que quisesse algo mais sério e outros modelos que mal saberia usar a conta foi fechada em Milhões mas Lorival nem piscou pode mandar todos pro hotel quero eles alinhados na entrada disse com um sorriso satisfeito de volta ao hotel Lorival Subiu para a cobertura mas a euforia ainda pulsava
em seu peito ele ligou para o concierge e deu uma nova ordem quero que me levem para as lojas mais caras e providenciem uma lista de joalheiros alfaiates o que for apenas Garanta que seja o melhor minutos depois um funcionário já o aguardava no lobby com uma limousine Lourival visitou as boutiques mais exclusivas de Salvador enchendo sacolas de roupas de grife que ele usaria uma vez e descartaria sem remorço camisas de seda ternos feitos sob medida sapatos italianos nada escapava a sua lista de desejos ele gastava como se o dinheiro fosse infinito e para ele
naquele momento Era exatamente isso que parecia ser pouco tempo depois Lourival decidiu que era hora de comemorar seu sucesso em boas companhias de volta à cobertura pegou o telefone e bastou Ligar para dois ou três números contando as boas novas e como num passe de mágica já não estava sozinho amigos que não via há anos conhecidos do bairro e gente que mal sabia o nome todos agora eram seus convidados Ele também fez questão de incluir mulheres que apenas conhecia de vista justamente aquelas que nunca o olhavam antes ele sentia que tinha mais sorte com as
mulheres do que antes pela forma como passou a ser tratado em todos os lugares era como se o Cupido estivesse o tempo todo a seu favor venham para cá festa na cobertura do Majestade comida bebida e música é tudo por minha conta Sem falar que seu nome pode ser escolhido nos sortei de joias que acontecem durante a festa anunciava Lorival em tom de oferta Irresistível Quando a Noite Chegou a cobertura do hotel havia se transformado em um verdadeiro Paraíso da Ostentação mesas lotadas de garrafas de Whisky caro champanhes estourando a cada instante garçons circulando com
bandejas cheias de canapés finos Lourival caminhava pelo local com o seu terno Impecável a corrente de ouro brilhando no pescoço e um copo de Whisky na mão a música alta preenchia o ambiente enquanto mulheres deslumbrantes Riam e dançavam Lourival era o centro das atenções cercado por pessoas que o elogiavam chamavam-no de grande homem e brindavam ao seu sucesso ele estava embriagado não só pelo álcool Mas pela sensação de ser o dono do mundo em determinado momento ele subiu em uma mesa e ergueu o copo hoje é só o começo Agora eu tô no topo e
nada pode me derrubar disse Lourival enquanto a multidão abaixo aplaudia e gritava a festa continuou noite adentro os carros novos foram usados para levar alguns convidados embora mas Lourival pouco se importava ele sabia que podia comprar outros no dia seguinte se quisesse no fundo porém ele ainda sentia que algo estava faltando a raiva que o motivou até ali começava a ser substituída por uma inquietação uma necessidade de provar cada vez mais não só para os outros mas para si mesmo que ele era grande que ele era alguém enquanto a noite avançava e as luzes da
cidade brilhavam ao longe Lourival não fazia ideia de que a cada brinde e a cada gasto desenfreado ele estava cavando um buraco que mais cedo ou mais tarde seria impossível de sair a cada dia que passava Lorival mergulhava mais fundo na sua nova vida de excessos o luxo era sua rotina e a extravagância sua única regra ele acordava tarde a cabeça pesada pelo álcool da noite anterior muitas vezes sem sequer lembrar como tinha chegado ao quarto era comum abrir os olhos e ver ao seu lado mulheres deslumbrantes envoltas nos lençóis de seda da suíte presidencial
elas Riam brincavam se divertiam ao seu lado para Lourival não se tratava de ostentação era quem havia se tornado e aquele era seu Harém ele caminhava até a sala principal da cobertura onde o café da manhã o aguardava em uma mesa impecavelmente posta com frutas pães e bebidas que ele mal reconhecia muitas vezes ignorava tudo aquilo pegava uma garrafa de champanhe e se jogava no sofá observando a vista da cidade enquanto acendia um charuto caro era uma rotina que ele nunca imaginou viver mas que agora parecia tão natural quanto respirar enquanto isso em São Paulo
sua mãe dona Rita continuava a mesma vida dura de sempre completamente alheia ao que havia acontecido com o filho o contraste entre suas realidades era cruel Dona Rita acordava todos os dias às 5 da manhã o despertador quebrando o pouco de sono que conseguia ter no colchão Fino que dividia com a filha em um pequeno quarto de um Cortiço apertado a casa onde morava era um muquifo paredes manchadas de umidade goteiras que faziam barulho nas noites de chuva e uma cozinha que mal comportava o básico ela esquentava um café ralo e comia Um Pedaço de
Pão seco antes de sair para enfrentar o transporte público lotado o primeiro trabalho era como faxineira em uma casa de classe alta a rotina era exaustiva lavar banheiros imensos passar roupas de cama de linho que quase não cabiam na tábua e esfregar pisos que brilhavam mais do que qualquer objeto que ela tivesse em casa dona Rita muitas vezes trabalhava com dores na coluna ignorando o desconforto porque não podia se dar ao Luxo de faltar o dinheiro que recebia era pouco mas era essencial certa vez enquanto limpava a cozinha luxuosa de uma casa precisou abrir a
geladeira para guardar alguns itens que estavam fora e quase caiu de espanto diante da fartura de alimentos que viu ali dentro a atordoada com a situação ela precisou Abrir a segunda porta da geladeira para guardar os itens e mesmo assim quase não havia espaço vazio Parecia ter mais comida ali do que o que ela havia comido em toda a sua vida iogurtes importados Queijos raros e frutas tão lindas e cheirosas que pareciam ter vindo direto do Paraíso justo naquele momento em que sua barriga doía de tanta fome mas ela sabia que apesar de tudo ela
não podia pegar nada só lhe restava um copo de água da torneira para enganar o estômago Enquanto continuava sua jornada quando terminava o turno naquela casa seguia para outro trabalho onde cuidava de um bebê enquanto alimentava a criança com papinhas caras e nutritivas pensava nas vezes em que precisou dividir uma única colher de arroz com sua filha para sobreviver Às vezes a comida que sobrava da casa da patroa era jogada fora sem que ninguém a tocasse Dona Rita embrulhava tudo cuidadosamente para o lixo mas ao terminar o turno voltava ao saco de lixo e pegava
o que podia para levar para casa escondida de todos os dias eram assim duros repetitivos e marcados por privações o dinheiro que conseguia era contado centavo a centavo e mesmo assim ela ainda encontrava um jeito de enviar parte dele para Salvador achando que precisava de sua ajuda ela nunca imaginaria que o filho agora milionário jantava em restaurantes caros e torva fortunas em festas roupas e carros enquanto ela lutava para sobreviver certa noite enquanto Dona Rita dormia em seu colchão fino Lourival estava em outra festa na cobertura o som alto ecoava pelo ambiente e as luzes
coloridas transformavam a sala em uma boate improvisada mulheres est avam garrafas de Whisky e champanhe eram abertas uma atrás da outra e Lorival estava no centro de tudo rindo e gastando como se o dinheiro nunca fosse acabar ele tinha acabado de comprar mais um carro de luxo e estava exibindo as fotos para os amigos que haviam se juntado a ele amigos que semanas atrás sequer sabiam que Lourival existia mas que agora o tratavam como um rei ele oferecia brindes a todos contando histórias exageradas de sua nova vida enquanto as mulheres ao seu redor competiam pela
sua atenção no meio da festa Lourival recebeu uma notificação no celular era o aplicativo do banco notificando o recebimento de mais R 50 vindo de sua mãe para ajudar nas despesas Ele olhou para o celular e deu uma risada alta chamando a atenção de quem estava ao redor minha mãe ainda acha que eu preciso de dinheiro disse jogando o celular dentro da piscina todos riram sem saber que dona Rita passava fome para enviar aquele dinheiro a vida de Lourival havia se transformado em uma sequência interminável de festas extravagâncias e desperdício ele era a personificação do
excesso todas as noites ele saía para os lugares mais badalados da cidade sempre cercado de amigos e mulheres deslumbrantes que não se importavam com Nada Além do dinheiro que eles banj Ava nas noitadas Lourival costumava chegar em um de seus muitos carros de luxo ferrar Lamborghinis Range rovers ele tinha uma Frota para escolher mas sua relação com eles era tão descartável quanto com suas roupas quando o combustível acabava Ele simplesmente parava o carro na rua e o abandonava não fazia questão de abastecer ou buscar depois deixa para lá não vale o esforço até já me
enjoi desse Amanhã eu compro outros dizia dando de ombros enquanto ligava para seu motorista particular ele entrava no carro do motorista e seguia para casa geralmente sem lembrar como havia terminado a noite na manhã seguinte o carro abandonado se tornava apenas mais uma vaga lembrança ele sequer fazia questão de saber onde o havia deixado confiando que poderia comprar outro a qualquer momento Essa indiferença aos excessos não se limitava aos carros cada aspecto da vida de Lourival refletia o mesmo desprezo por qualquer tipo de limite ou preocupação o luxo era seu novo padrão e o desperdício
uma rotina as roupas de Lourival eram um espetáculo a parte ele nunca repetia nada depois de cada banho suas roupas usadas eram imediatamente descartadas ele exigia que novos conjuntos de grife fossem entregues em sua suíte diariamente camisas de seda ternos italianos calças sob medida todas usadas uma única vez antes de serem jogadas fora ou esquecidas em um canto Tragam algo novo não vou me vestir com restos ele ordenava enquanto ajustava o relógio de luxo que mudava a cada dia relógios também eram um símbolo de status para Lourival ele tinha uma coleção inteira de marcas renomadas
Rolex Patek Filipe Odemar piguet cada dia um modelo diferente brilhava em seu pulso sempre chamando a atenção de quem o cercava Lorival quer se lembrava de sua família mas era generoso com seus amigos e especialmente com as mulheres que o acompanhavam ele distribuía dinheiro como se fosse papel sem valor amigos que ele mal conhecia recebiam presentes caros jantares extravagantes e às vezes até pequenas quantias de dinheiro para ajudá-los mas eram as mulheres que mais lucravam com sua generosidade as mulheres que andavam com Lourival tratavam como se fosse o homem mais desejado planeta elas o chamavam
de Galã diziam que ele era Irresistível e o cercavam de elogios que massage seu ego algumas declaravam amor eterno sugerindo que queriam se casar com ele mas Lorival sabia que nada daquilo era real ele aceitava no entanto porque gostava de se sentir no controle como se fosse o centro do universo delas para você qualquer coisa meu amor dizia ele entregando notas de dinheiro ou até mesmo comando para as que lhe chamavam mais atenção Ele era tratado como um rei e isso era tudo o que importava para ele no momento a cidade inteira sabia quem era
Lourival seu nome era comentado em todas as rodas sociais dos bares mais simples às festas de gala homens e mulheres faziam fila para tentar se aproximar dele cada um com sua própria intenção todos queriam ser amigos de Lorival queriam um pedaço de sua fortuna de sua influência ou apenas estar ao lado daquele que havia se tornado uma lenda em Salvador ele recebia convites para eventos exclusivos era cumprimentado por pessoas que antes sequer olhavam para ele e via sua vida se transformar em um espetáculo constante o dinheiro havia lhe dado tudo poder estatus mulheres e amigos
mas no fundo mesmo com toda a atenção Lourival começava a sentir um vazio que nem as festas nem os carros nem o dinheiro conseguiam preencher ele ignorava esse sentimento jogando mais dinheiro no fogo da sua vida de excessos acreditando que enquanto continuasse no topo nada poderia dar errado mas a verdade é que quanto mais alto ele subia mais longa seria a queda os primeiros sinais de desgaste financeiro começaram a aparecer de forma Sutil quase imperceptível para Lourival ele continuava vivendo sua vida como se o dinheiro fosse infinito mas do outro lado os números na conta
bancária diminuíam rapidamente o gerente financeiro designado pelo banco um homem meticuloso e experiente começou a notar a velocidade alarmante com que o dinheiro era gasto certa tarde enquanto Lourival estava em sua suíte presidencial saboreando um charuto o Telefone Tocou era o gerente financeiro Senor Lourival Boa tarde como está iniciou o homem de a melhor impossível meu amigo por a pergunta respondeu Lorival quase ofendido bom tenho acompanhado os gastos e percebi que a movimentação em sua conta está bastante acelerada queria confirmar se está tudo bem e se o senhor precisa de alguma orientação sabe gerenciar uma
quantia como a sua pode ser desafiador estou aqui para ajudá-lo com o que for necessário Lourival soltou uma gargalhada alta que ecoou pela sala orientação a única orientação que eu preciso é para a próxima festa não se preocupe meu amigo eu sei muito bem o que estou fazendo dinheiro não é problema o gerente hesitou por um momento escolhendo as palavras com cuidado entendo senhor mas apenas gostaria de lembrá-lo que mesmo grandes fortunas podem ser reduzidas rapidamente sem o devido cuidado reduzidas você acha que 300 milhões vão acabar interrompeu Lorival ainda rindo Relaxa eu tô no
controle não precisa me ligar para falar disso vai aproveitar o dia igual eu tô fazendo e sem esperar resposta Lorival desligou o telefone jogando-o no sofá ao lado para ele aquilo era apenas uma preocupação desnecessária ele tinha dinheiro e isso era tudo o que importava enquanto Lourival gastava todo seu dinheiro com festas e mimos para mulheres sua mãe continuava na mesma luta de sempre enfrentando uma realidade que Lourival ter esquecido Dona Rita vivia com tão pouco que se soubesse que apenas uma das quantias que ele distribuía casualmente para as mulheres seria suficiente para sustentar sua
casa por meses seu coração ficaria apertado certa noite enquanto Lorival jantava em um restaurante de luxo com um grupo de amigos e mulheres ele entregou R 5000 a uma das acompanhantes como se fosse um simples gesto de gentileza compra alguma coisa bonita para você meu amor você merece disse enquanto ela o enchia de elogios r$ 5.000 Esse era o valor que dona Rita demorava meses para juntar trabalhando de domingo a domingo limpando casas e cuidando de crianças que não eram suas Ela vivia de gorjetas e de pagamentos atrasados mas ainda assim conseguia enviar R 50
ou R 100 por mês para o filho acreditando que ele precisava uma noite depois de um dia parte particularmente difícil dona Rita estava deitada em sua cama improvisada tentando descansar suas costas doíam tanto que ela não conseguia encontrar uma posição confortável ainda assim sua mente estava preocupada com o próximo dia com as contas com o que cozinharia com os poucos ingredientes que tinha em casa ela se levantou e abriu uma pequena caixa onde guardava o dinheiro que havia separado para enviar a Lourival na semana seguinte era pouco mais para ela era o suficiente para ajudar
enquanto isso no mesmo horário Lorival estava em uma festa particular na piscina da cobertura mulheres mergulhavam e saíam da água rindo enquanto garçon serviam bebidas caras Lourival olhava para o relógio caro em seu pulso e sorria ele havia distribuído mais dinheiro naquela noite do que sua mãe jamais havia visto na vida Dona Rita ainda se preocupava com o filho enquanto ele se cercava de pessoas que só se preocupavam com com seu dinheiro apesar das festas e da Ostentação os alertas financeiros começaram a se tornar mais frequentes o gerente ligou novamente algumas semanas depois com um
tom ainda mais sério senr Lourival desculpe insistir Mas precisamos conversar sobre seus gastos tenho receio de que se continuar Nesse Ritmo sua conta possa atingir níveis preocupantes em breve Lourival ouviu a preocupação mas novamente deu de ombros preocupante eu tô gastando porque posso não se mete nisso tá eu sei o que faço disse desligando sem nem ouvir o que o gerente tinha mais a dizer o dinheiro porém começava a desaparecer mais rápido do que Lourival imaginava as festas os carros abandonados as roupas descartadas e os relógios de luxo somavam cifras inimagináveis ele ainda não percebia
mas o mundo que construíra estava se desmoronando e ele estava prestes a sentir o peso de suas decisões os sinais de alerta estavam por toda parte mas Lorival os ignorava era mais fácil continuar vivendo a ilusão do que encarar a realidade que se aproximava no dia seguinte Lourival acordou tarde com a luz do sol entrando pelas enormes janelas da suíte presidencial ao seu lado uma mulher deslumbrante com cabelos loiros espalhados sobre o travesseiro e um sorriso Radiante no rosto ele não não fazia ideia de quem ela era mas sabia que a tinha conhecido na festa
da noite anterior isso pouco importava ela era jovem bonita e estava ali cercando de atenção tratando-o como o homem mais incrível do mundo bom dia meu amor disse ela sua voz doce enquanto passava os dedos pelos cabelos de Lourival você é tão incrível nunca conheci ninguém como você lal sorriu seu ego com aquelas palavras ele se levantou ajustando o roupão de seda que usava e pediu que o café da manhã fosse servido na suíte depois de comerem a mulher se aproximou novamente lançando olhares sedutores você sabe eu vi uma joia tão linda na vitrine de
uma joalheria outro dia um colar de diamantes fiquei pensando como seria maravilhoso ter algo assim disse sua voz carregada de doçura lal acostumado a agradar as mulheres que estavam ao seu lado riu e deu de ombros um colar de diamantes isso não é nada vamos agora mesmo buscar ele para você eles chegaram à joalheria em grande estilo Lourival vestia um terno Impecável e um de seus relógios mais caros enquanto a mulher de braços dados com ele exibia um sorriso vitorioso dentro da loja os vendedores imediatamente os atenderam com um sorriso educado reconhecendo que estavam diante
de um cliente especial quero que ela escolha o que quiser disse Lorival com um tom confiante enquanto fazia um gesto amplo em direção às vitrines a mulher por estratégia ou coincidência escolheu o colar mais caro que seus olhos viram era uma peça Espetacular com diamantes reluzentes que parecia ter sido feita para uma verdadeira rainha o vendedor trouxe a peça para o balcão mostrando cada detalhe Esse é um colar único Senhor o preço é R 290.000 explicou o vendedor enquanto a mulher olhava para Lourival com olhos brilhando de expectativa Lourival não hesitou pegou o seu cartão
Black e o entregou ao vendedor como se pudesse comprar o mundo inteiro ele cruzou os braços observando o vendedor inserir o cartão na máquina e digitar o valor mas para a surpresa de todos a primeira tentativa deu erro o vendedor olhou para a máquina franzindo a testa deve ser a máquina isso acontece Às vezes vou trocar ele pegou outra maquininha e Lourival confiante passou o cartão novamente mas para sua surpresa o erro se repetiu tentaram mais uma vez e novamente Nada Como assim perguntou Lorival seu Tom irritado começando a surgir tem algo errado com sua
máquina meu cartão nunca dá problema o vendedor visivelmente desconfortável respondeu com cuidado senhor Talvez seja melhor verificar com o banco Às vezes pode ser um problema no sistema ou alguma falha do seu cartão Lourival irritado pegou o telefone na mesma hora e ligou para o gerente financeiro o que está acontecendo com o meu cartão estou tentando comprar um colar e não está passando deve ser problema do banco resolva isso agora exigiu sua voz firme e impaciente do outro lado da linha o gerente fez uma pausa antes de responder ele digitou rapidamente no sistema para verificar
o saldo da conta de Lorival o silêncio foi interrompido por uma inspiração profunda Senor Lorival lamento dizer mas mas o quê fala logo Lorival interrompeu o tom de voz já irritado O problema não é com o cartão é com o seu saldo bancário Lourival franziu o senho confuso Como assim saldo Quanto tem o gerente hesitou antes de responder escolhendo as palavras com cuidado Senhor após analisar sua conta Posso confirmar que o senhor possui atualmente apenas R 100.000 disponíveis por um instante Lorival não conseguiu processar o que havia ouvido 100000 ele repetiu tentando digerir a informação
isso só pode ser um engano eu tinha 300 milhões o gerente com a voz firme respondeu Senor Lourival Como tentei alertá-lo antes os gastos excessivos reduziram rapidamente seu patrimônio estômago revirar a realidade o atingiu como um soco no estômago ele ficou em silêncio e Desligou a ligação incapaz de processar o que havia ouvido Ele olhou para a mulher ao seu lado que aguardava ansiosa pelo colar engoliu em seco e disse com um tom hesitante eu eu não vou conseguir comprar isso hoje quem sabe outro dia minha linda sinto muito viu a expressão da mulher mudou
na hora de doce e carinhosa Passou para incrédula e irritada Como assim você não pode comprar Você disse que ia me dar exclamou sua voz carregada de desprezo Lourival tentou explicar mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa ela levantou a mão e deu um tapa na cara dele o som ecoou na loja deixando todos os presentes em silêncio inacreditável perdi meu tempo com você disse ela antes de sair da loja pisando firme sem olhar para trás Lourival ficou parado ali a mão no rosto e o orgulho Despedaçado Ele olhou ao redor vendo os olhares
curiosos e desconfortáveis dos vendedores e clientes e sentiu uma onda de Humilhação que há muito não experimentava ele saiu da loja sozinho caminhando pelas ruas como um fantasma R 100.000 repetia para si mesmo sem acreditar para onde tinha ido tudo ele não sabia mas uma coisa era certa não podia deixar ninguém descobrir seu status sua reputação tudo dependia da ilusão de que ainda era o mesmo magnata de antes com o rosto sério e o coração pesado ele tomou uma decisão ninguém podia saber que seu dinheiro estava acabando ele precisava manter as aparências custasse o que
custasse Lorival continuou vivendo como se ainda fosse o mesmo milionário que um dia acreditou ser intocável mesmo com os avisos do financeiro e a humilhação recente na joalheria ele recusava-se a aceitar a realidade em vez disso redobrou seus esforços para manter as aparências vestia os mesmos ternos de grife frequentava os mesmos restaurantes caros e ainda tentava cercar-se de amigos e mulheres embora eles começassem a rarear as contas começaram a chegar em um volume que ele nunca havia imaginado pagamentos do hotel despesas com festas joias compradas em elas altíssimas e outros luxos acumulavam-se e os saldos
bancários encolhiam cada vez mais para bancar sua vida extravagante Lourival tomou uma decisão que nunca imaginou que precisaria começou a vender alguns itens o primeiro foi um dos carros de luxo ele escolheu um dos menos usados pensando que isso lhe daria tempo para reorganizar as Finanças a venda rendeu uma boa quantia suficiente para cobrir as contas mais urgentes e manter sua rotina por alguns meses com o dinheiro em mãos Lorival voltou a gastar como se nada tivesse mudado aliviado por adiar o confronto com a realidade mas o alívio foi curto em pouco tempo o dinheiro
acabou novamente as despesas pareciam se multiplicar e Lourival sem outra saída vendeu outro carro depois mais outro o processo era sempre o mesmo uma venda gerava uma ilusão temporá de que tudo estava sob controle mas o padrão de gastos continuava e o dinheiro evaporava conforme seus bens diminuíam o círculo de amigos e mulheres também começou a se desfazer as festas já não eram tão grandiosas e as pessoas que antes o cercavam como abelhas em volta de mel começaram a desaparecer Lorival ainda tentava manter o charme prometendo Recompensas e noites de luxo mas as promessas eram
vazias e a ausência de dinheiro começava a transparecer uma noite enquanto bebia sozinho no bar de um restaurante caro percebeu que estava sendo ignorado os garçons não se apressavam para atendê-lo e os clientes que antes o cumprimentavam sequer olhavam em sua direção ele pediu a conta e ao ver o valor sentiu o coração apertar era mais do que tinha no bolso com um sorriso forçado chamou o gerente e prometeu que voltaria no dia seguinte para pagar saiu dali envergonhado com passos apressados percebendo que sua fachada começava a ruir as coisas se agravaram rapidamente Lourival já
não tinha mais carros para vender suas roupas começaram a parecer gastas pois não tinha dinheiro para comprar novas ele ainda tentava se manter no hotel mas as dívidas acumulavam-se em um ritmo assustador tentou pedir crédito ao banco mas seu nome já estava manchado pelos constantes atrasos e pela falta de garantias uma manhã foi chamado à recepção do hotel o gerente que antes o tratava como um rei estava agora sério e direto Senor Lorival precisamos conversar suas dívidas com o hotel chegaram a um ponto insustentável Não podemos continuar hospedando o sem pagamento Lorival tentou argumentar Mas
sabia que não tinha mais saída seu último carro foi vendido para abater parte da dívida mas o valor não foi suficiente para cobrir tudo finalmente o hotel deu-lhe um prazo de dois dias para sair naquela noite Lorival ficou sentado na sala da cobertura olhando para a cidade através das janelas lembrou-se de como chegou ali cheio de sonhos de Vingança e ostentação e de como acreditava que o dinheiro nunca acabaria agora tudo o que tinha era uma maleta vazia e um coração pesado dois dias depois Lorival deixou o hotel a pé carregando apenas uma mochila com
algumas roupas e R 100 no bolso caminhou pelas ruas sem rumo sentindo o calor Implacável do Sol sobre sua cabeça o homem que um dia fora um milionário que ostentava carros roupas e festas agora estava de volta à estaca zero Talvez pior Sem amigos sem dinheiro sem rumo Lourival caminhava pelas ruas de Salvador como um fantasma o peso de suas escolhas o acompanhava e ele sabia que sua queda não era culpa de ninguém além dele mesmo Lourival retornou à casa de sua mãe no final da tarde após horas de caminhada ele parou em frente ao
portão de ferro enferrujado e olhou para a casa que parecia ainda mais velha e desgastada do que quando ele a havia deixado alguns anos atrás as paredes de tijolos aparentes o telhado cheio de buracos e o quintal tomado por Mato Alto eram um reflexo da negligência do tempo ele abriu o portão e entrou sentindo um misto de nostalgia e vergonha tudo estava exatamente como ele havia deixado a mesa de madeira com as marcas do tempo ainda ocupava o pequeno espaço da sala e o sofá afundado parecia ainda mais desconfortável do que antes a casa estava
vazia e silenciosa mas para Lorival aquele era o som de sua nova realidade sem dinheiro sem amigos e sem família por perto Lorival começou a reconstruir sua vida a partir do nada ele encontrou trabalho como flanelinha nas ruas da cidade ganhando algumas moedas por dia para vigiar os carros estacionados o dinheiro era pouco mal dava para comprar comida mas ele fazia o possível para economizar E aos poucos tentava consertar a casa era uma luta constante cada tijolo cada saco de cimento comprado era fruto de um dia inteiro de trabalho sob o sol escaldante de Salvador
com o passar dos anos Lorival casou-se com uma vizinha da Comunidade uma mulher simples e trabalhadora que via nele um homem arrependido e disposto a mudar eles tiveram uma filha e apesar de todas as dificuldades a chegada da criança trouxe uma nova luz para sua vida ele sabia que não poderia mudar o passado mas estava determinado a fazer o possível para construir um futuro mesmo que humilde enquanto isso em São Paulo Dona Rita lutava contra o peso da idade e da saúde debilitada já não conseguia trabalhar como antes e a falta de condições obrigou-a a
retornar para sua casa em Salvador quando chegou encontrou um lar Ainda em construção cheio de imperfeições talvez ainda mais deteriorado do que quando o havia deixado mas para ela aquele era o único lugar onde podia descansar e viver seus últimos anos com dignidade mesmo que de forma precária Lorival nunca teve coragem de contar a mãe que um dia havia ganhado na loteria muito menos que foi Milionário e que per Deu tudo em luxos e excessos não foi uma escolha consciente foi o peso da vergonha e o desejo de enterrar o passado ele sabia que admitir
a verdade significaria expor sua irresponsabilidade diante de quem realmente se sacrificou por ele Dona Rita mesmo debilitada e alheia ao que havia acontecido tentava ajudar como podia cuidava da neta enquanto a nora trabalhava lavava roupas e preparava as refeições simples com o que havia disponível seus dias eram silenciosos marcados por lembranças e reflexões mas ela não reclamava para ela estar com o filho e a neta era suficiente o destino no entanto tinha planos de trazer à tona os segredos do passado de Lourival a história dele de homem que ganhou milhões na loteria e perdeu tudo
começou a se espalhar pela cidade os detalhes de sua trajetória chegaram aos ouvidos da Imprensa e L repórteres começaram a aparecer na casa humilde a curiosidade sobre o homem que havia desperdiçado uma fortuna em festas e luxos enquanto a mãe vivia em condições precárias era Irresistível quando os repórteres chegaram Lorival não hesitou em contar sua história ele falava com naturalidade sem quase nenhum traço de arrependimento ou remorso foi uma fase boa Aproveitei a vida fiz o que quis fazer dizia rindo enquanto gesticulava com confiança os jornalistas perguntavam sobre os gastos extravagantes as mulheres os carros
e os hotéis e Lourival respondia como se estivesse Relembrando uma aventura gloriosa ele não mencionava a mãe ou a família apenas se concentrava nos momentos de ostentação e poder que vivera dona Rita assistia à Cena à distância encostada no batente da porta com o pano de prato nas mãos ela ouvia cada palavra do filho e a cada frase sentia o peso da realidade cair sobre si nunca soubera que Lourival havia ganho tanto dinheiro nunca imaginou que enquanto ela trabalhava até o limite de suas forças em São Paulo ele gastava milhões em festas e futilidades uma
lágrima solitária rolou por seu rosto ela tentou enxugá-las triste mas também uma incompreensão profunda como o filho que ela tanto ajudou mesmo na dificuldade nunca pensou em retribuir como ele pôde viver tanto sem sequer lembrar dela Lorival no entanto não percebeu o olhar da mãe continuou a entrevista como se nada mais importasse os jornalistas tiraram fotos dele no quintal e pediram que mostrasse a casa humilde onde vivia agora ele posava como se fosse um personagem sem se importar com o julgament de suas quando os repórteres foram embora dona Rita voltou para dentro de casa ainda
segurando o pano de prato ela não disse nada a Lourival guardou seus pensamentos para si como sempre fazia e continuou sua rotina silenciosa para ela a única certeza era que a vida seguiria simples dura aa Assia um Reis em suas mãos agora vivia com quase nada o dinheiro se foi junto com os amigos as mulheres e os luxos que ele tanto ostentou sua renda agora vinha de um auxílio doença um valor ínfimo perto daquilo que ele já possuiu com esse dinheiro ele comprava o básico para sobreviver enquanto continuava seu trabalho como flanelinha as roupas caras
os relógios de luxo os carros importados tudo se foi restou apenas as lembranças que para Lourival pareciam Mais Um Sonho Distante do que uma realidade que um dia foi sua E você o que faria se ganhasse R 300 milhões de reais deixe sua resposta nos comentários e antes de encerrarmos Gostaria de mandar um beijo especial para Márcia Marques e Isilda Soares de São Paulo e Taquera que foram as mais participativas nos comentários desta semana muito obrigado pelo carinho de vocês um grande abraço e até a próxima e se ainda não viu a história anterior Veja
uma prévia do que aconteceu menina entrega à mãe um desenho perturbador acompanhado de uma revelação terrível sobre o padrasto atordoada a mãe decide fingir que vai sair mas se esconde debaixo da cama Clique na tela a seguir e acompanhe essa reviravolta impressionante Obrigado por assistir comente abaixo o que achou dessa história e de qual cidade você está nos assistindo deixe seu like e se inscreva em nosso canal Story flix Brasil para que juntos possamos construir uma imensa comunidade que compartilha histórias inspiradoras até mais