Os Esquemas para a Terapia Cognitivo-Comportamental Como vocês podem imaginar, por até mesmo estarem acessando este vídeo, uma das perguntas que mais recebo do pessoal que me acompanha é O que são Esquemas? Neste vídeo, falarei sobre a visão de Esquemas da Terapia Cognitiva de Beck. Então se busca o sentido na terapia dos esquemas, talvez este vídeo não vai te ajudar.
Falo talvez porque vai que tem o mesmo significado… Se este assunto te interessa então, vem comigo. Se você gosta de conteúdo de Psicologia, Terapia Cognitiva, Desenvolvimento Pessoal e Transtornos Psiquiátricos, se inscreva no canal, clique no sininho ao lado para receber uma notificação sempre que um vídeo novo for ao ar e, se gosta do meu conteúdo, dê um gostei neste e nos outros vídeos para me ajudar. Esse conteúdo é importante porquê e quem sou eu para poder ajudar com isso?
De uma maneira bem direta, os esquemas nada mais são do que crenças centrais, crenças nucleares que agem como reguladoras das informações que recebemos. Elas filtram as informações, realizando processamentos próprios e muitas vezes distorcendo essas informações. Com essas informações “CURADAS”, “VERIFICADAS”, digamos assim, acabamos por desenvolver regras de como nos sentir e nos comportar no ambiente e com as pessoas.
Podemos dizer que os esquemas servem uma função crucial para nós seres humanos. Eles permitem que a gente selecione, filtre, codifique e dê significado para as informações que recebemos. Como eles são formados muito cedo durante nosso desenvolvimento, eles representam quase TUDO o que nós somos.
Nossa personalidade, temperamento e por aí vai. O problema acontece quando estes esquemas são disfuncionais a ponto de cairmos em ciclos de manutenção que geram ou nos mantém em problemas e transtornos. Se você quiser saber mais sobre as crenças ou ciclos de manutenção, você pode acessar o vídeo com o link na descrição e nos cards aqui em cima.
Segundo Clark, na teoria cognitivo-comportamental, os esquemas são definidos como matrizes ou regras fundamentais para o processamento de informações que estão abaixo da camada mais superficial dos pensamentos automáticos (D. A. Clark et al.
, 1999; Wright et al. , 2003). Como comentado, eles são formados logo no início da infância e são influenciados pelas mais variadas experiências da vida.
Tudo que vivemos, todas as vivências que somos expostos, todas nossas interações podem influenciar no desenvolvimento de nossos esquemas. Quando pensamos nesta formação, podemos até pensar que os esquemas são então as crenças simplesmente com outro nome. Alguns autores usam os termos esquemas e crenças centrais como se fossem a mesma coisa.
Outros teorizam que a diferença é que os esquemas são as crenças centrais que mantém nossos problemas ou transtornos psiquiátricos. Neste caso, todo esquema é uma crença central, nem toda crença central é um esquema. Outros veem os esquemas como um conjunto de crenças, regras, suposições, comportamentos de segurança, pensamentos automáticos disfuncionais, emoções e sensações disfuncionais.
Seria então um padrão de funcionamento que o sujeito se coloca. Eu gosto de pensar nos esquemas desta última maneira. Os esquemas desadaptativos se autoperpetuam porque afetam fortemente a atenção seletiva e a memória do indivíduo.
Por conta de nossos esquemas, é muito mais provável que nós consigamos detectar, interpretar ou lembrar de informações que sejam consistentes com eles. Como comentado anteriormente, eles curam, filtram as informações que recebemos e quando recebemos informações contraditórias, podemos acabar ignorando elas completamente. Uma analogia bem atual seria as redes sociais de hoje em dia que controlam a informação que pode ou não ser expressada naquela plataforma dependendo da ideologia ou crença de quem controla a rede.
Ou os algoritmos que sabem do que gostamos e nos mostram apenas um lado da situação. Assim, eu e você recebemos na maioria das vezes informações que concordam com nossas visões ou nem recebemos nenhuma informação, se esta informação não estiver de acordo com o que a rede ou determinado grupo ache certo. Nesta analogia, receber informações que confirmam nossas visões são informações que reforçam nossa crenças disfuncionais.
Não receber a informação seria ignorarmos a informação completamente. Como se fosse algo invisível. Reforçando então, esquemas desadaptativos ou disfuncionais são crenças duradouras, incondicionais e negativas sobre nós mesmos, os outros, o mundo e o futuro.
Eles também organizam nossas experiências, pensamentos, emoções e comportamentos que surgem a cada nova vivência. Como são basicamente nosso EU, eles se protegem ferozmente para não ‘morrerem’ e por conta disso se autoperpetuam, se mantém através de nossos ciclos de manutenção e são bem difíceis de mudar. O que você pensa sobre tudo o que eu falei até agora e quais as suas principais dúvidas sobre o assunto?
Deixa pra mim nos comentários e se está gostando do vídeo, dê um joinha. E se você é uma pessoa que procrastina, compartilha aqui a sua dificuldade e também se já descobriu maneiras de se ajudar, nem que um pouquinho, compartilhe com a gente… sua estratégia pode ajudar outra pessoa. Podemos considerar que como uma forma de defesa os esquemas são desenvolvidos para que possamos lidar com uma grande quantidade de informação e podermos tomar a melhor decisão possível em determinado evento.
Um exemplo muito utilizado é: se uma pessoa tiver uma regra básica de “devo sempre me planejar com antecedência”, é bem provável que ela gaste o mínimo de tempo possível pensando se deveria ou não realizar alguma tarefa nova sem se preparar. As chances dela começar a se preparar para a tarefa, caso seja uma tarefa importante, é bem maior. Clark cita que existem três grupos principais de esquemas: Esquemas simples, que seriam Regras sobre a natureza física do ambiente, gerenciamento prático das atividades cotidianas ou leis da natureza que podem ter pouco ou nenhum efeito sobre a psicopatologia.
Exemplos: “Seja um motorista defensivo”; “uma boa educação é o que vale”; “abrigue- se durante uma tempestade”. Crenças e pressupostos intermediários que seriam Regras condicionais como afirmações do tipo se-então, que influenciam a auto-estima e a regulação emocional. Exemplos: “Tenho de ser perfeito para ser aceito”; “se eu não agradar aos outros o tempo todo, então eles me rejeitarão”; “se eu trabalhar duro, conseguirei ter sucesso”.
E Crenças nucleares sobre si mesmo, que seriam Regras globais e absolutas para interpretar as informações ambientais relativas à auto-estima. Exemplos: “Não sou digna de amor”; “sou burra”; “sou um fracasso”; “sou uma boa amiga”; “posso confiar nos outros”. Partindo da ideia de que esquemas são um conjunto de outras coisas, quando essas crenças são ativadas, cada uma delas pode trazer uma forma de reagir única que mantém a pessoa no problema.
Pensar que você precisa ser um motorista defensivo, pode fazer você sempre checar se está tudo certo com seu carro antes de viajar, prestar mais atenção toda vez que andar de carro OU, em casos de esquemas disfuncionais, ficar tão preocupado com isso que toda vez que dirige fica tenso e com ansiedade. Podendo aqui desenvolver até um transtorno de ansiedade ao tentar controlar demais situações sem controle. Pensar que preciso ser perfeito para ser aceito pode me estimular a fazer meu melhor sempre, mas há grande chance de uma cobrança excessiva me leve à frustrações constantes, já que a perfeição não existe e que eu mine minha autoestima constantemente.
Um transtorno de ansiedade também pode ser desenvolvido aqui. Fulana Pensar que não é digna de amor pode fazer com que ela nem tente se relacionar com pessoas novas , não se abra com os amigos atuais e se coloque para baixo cada vez mais ficando cada vez mais triste e até desenvolvendo uma depressão. É bom falar que todas as pessoas têm uma mistura de esquemas saudáveis ou adaptativos e esquemas disfuncionais ou desadaptativos.
Os saudáveis seriam aqueles esquemas que levem a gente em direção à uma melhor qualidade de vida, aos nossos objetivos e metas e que nos mantenham em equilíbrio na maior parte das áreas da nossa vida. Os esquemas disfuncionais seriam aquelas que GERAM e que MANTÉM problemas em nossa vida, assim como transtornos mentais. E aí, o que você achou desse vídeo sobre.
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Espero que esse vídeo te ajude a refletir sobre esse assunto e que você consiga encontrar as ferramentas necessárias para crescer pessoalmente ou profissionalmente. Se você é estudante ou profissional de psicologia não deixe de aprender mais sobre a terapia cognitivo-comportamental. Na descrição, você encontra um link para baixar meu e-book gratuito Terapia Cognitivo-Comportamental em detalhes.
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