REJEIÇÃO E DESEJO | MARIA HOMEM

rejeição que palavra difícil né Talvez seja o significante né o termo mas equivocado do mundo então vamos ver se dá para a gente começando a ampliar nosso conceito ou eventualmente se eu usasse esperar muito a gente conseguir ter o projeto ambicioso de descolar da carga anti fálica dessa palavra rejeição Por que que o diria que a gente consegue fazer isso porque vou chegar já no fim da história o fim desse vídeo aqui mas assim ninguém propriamente escolhe ninguém ajeita ninguém estranho talvez falar isso mas a gente não escolhe para mente o que a gente deseja

nem a gente diz escolhe a gente também não rejeita o que a gente não quer desejar nem a gente fala nossa olha que figura ótima Faria tão bem para mim é tão bonitinho tão uma gata boa família tudo tão encaixado tudo tão certo né então ou pelo contrário né Se a sua via de construção imaginária do que seria uma cópia é a nossa tá tudo tão certinho não me interessa nada deixa eu ir aqui para o radinho deixa eu ir para coisa Marginal sexo interessante underground deixa né não funciona assim você pode até Olha só

racionalmente com intelectual mente achar mais cool a coisa mais da margem Mas querendo ou não se tenta tenta tenta e não dá certo você sempre está ali com careta ou vice-versa ou você querer muito tá na vida certinha careta e não é margem eu tô colocando como clichês como só lugares tô fazendo só uma oposição como lugar e simbólico só para gente acompanhar aqui você não queria se desviar do caminho proposto por uma genealogia familiar né Por identificações ligadas a filiação é esse ideal Diego que circula nesse universo familiar é isso que você quer cumprir

tá tudo tão bonitinho Então tá daria tudo tão certo tô noivo vou casar já eu tô dez anos já tá tudo tem os meus filhos tem a família tal seria muito correto muito bom mas não sei porque que eu invento de dar umas escapadas com outro com outra eu tenho minha família hétero tudo perfeito sou bem sucedido mas preciso ver a minha tensa divisão 1 fetiva dentro de mim esse canal é ter um homem eu não queria o juro então que que eu tô colocando aqui que o corte do coração do conceito de inconsciente é

justamente a gente não ter domínio pleno sobre o nosso desejo se assim é a gente nem escolhe nem rejeita propriamente o outro o que é um objeto para o meu desejo é aquilo que é um objeto desejo para minha fantasia para aquilo que me molda se o outro tá encaixado ele plenamente eu tô acoplado aquilo por mais que eu queira rejeitar ou aceitar é além ou aquém do eu não é igual rico né o desejo ele não é igual Rico a gente queria que fosse a gente queria ter o controle queria ter o domínio do

nosso desejo e do Desejo do outro a gente queria poder escolher o que a gente deseja né a gente já discutiu isso aqui eu mesma já fiz um texto coluna sobre isso e outros vídeos com essa discussão você quer o que você deseja só que a gente não controla propriamente o querer o ego o eu a racionalidade a decisão escolha lógico cálculo instrumental do que seria bom para sua vida a lista de qualidades o desejo inconsciente a fantasia inconsciente é outra é outra camada nesse sentido a gente não controla nem a nossa estrutura desejante de

forma Total você pode conhecer muito mais disso na sua própria análise devemos uma análise tem essa função a função essencial da análise agora se você pode saber um pouco mais do seu próprio desejo do seu inconsciente da sua fantasia básica ainda assim é vamos dizer uma parte do possível agora do outro da estrutura desejante do outro do fantasma do outro do enquadre fantasmático do Desejo do outro que a gente pode né pouquíssimo Então nesse sentido a palavra rejeição ela não é muito concreta é só a carapaça imaginária da nossa onipotência narcísica ou seja nada você

pode ser se ver livre disso você pode se livrar disso No melhor sentido para ficar livre não precisa ficar girando em torno de um ideal de ser um objeto desejado para o outro e ele não pode me rejeitar porque eu tenho que complementar a estrutura desejante inconsciente dele não precisa né gente aí ele potência na cinza que é uma fantasia a gente pode mais que isso né a gente pode assim ao mesmo tempo ser mais humilde ser mais livre mais interessante né É difícil eu sei que é difícil porque a gente queria ter esse controle

a gente queria se arrumar tudo bonitinho fazer tudo certinho né Fiz tudo certo pois a roupa certa cabelos essa emagreci a lei trabalhei Tô ótimo tem o fiz curso tenho cultura tenho assunto tenho Charme tem o tudo e Poxa não dá não tá funcionando me esforcei não é diretamente proporcional ao esforço né mas é um pouco do acaso é um pouco na sua posição né enfim claro faz tudo isso Acho ótimo mais agradável mais interessante mas por outro lado é um pouco acaso compasso ou descompasso da vida ela mesma né que vai fazer desse raro

encontro entre duas fantasias dois desejos duas singularidades a gente se conecta uma outra conversa que a gente teve aqui mesmo sobre ghosting bem esse tipo de conversa né então se você quer aprofundar um pouco dá uma olhada também nessa outra discussão de uma prática com tempo de várias práticas contemporâneas que também tocam nessa ferida no nosso imaginário de continuamente buscar de alguma forma a gente se se coloca como aquele que seria o do Desejo do outro quer uma dília né enfim é isso