Linguística Histórica

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Michele Calil
Vídeo Aula 5 da disciplina CEL 232 Introdução aos Estudos Linguísticos I oferecida no ERE pela UFAC....
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Olá sejam bem-vindos esta Vídeo Aula 5 da disciplina céu 232 e tradução aos estudos linguísticos um oferecida pelo período remote emergencial da Universidade Federal do Acre e sua Professora Doutora Michele caiu dos Santos Alves Sou professora de linguística da UFAC Campus floresta e na aula de hoje nós vamos falar sobre linguística histórica a linguística histórica ela vai começar lá no século 19 né E ela tem por objetivo principal estudar os processos de mudança das línguas através do tempo então vai ser pela primeira vez né Que métodos mais rígidos e mais sistemáticos de observação de dados
vão sendo introduzidos aos estudos linguísticos tão pela primeira vez a linguística começa a se tornar uma ciência E além disso a linguística histórica tem também por objetivo Comparar as línguas assim de descobrir relações de parentesco entre elas as semelhanças e as diferenças entre as línguas sempre entregaram né os estudiosos da linguagem mas foi somente com a descoberta do sânscrito uma língua já extinta mas que era falada onde hoje é a Índia que a linguística histórica se desenvolveu então só o William Johnson comparou o sistema sonoro né dos são escritor do latim e do grego e
descobriu que essas línguas eram aparentadas eram línguas irmãs e mais do que isso Ele propôs que as três derivavam de uma mesma língua uma língua mãe que foi mais tarde chamada de próton em europeu mas é importante você saber que não existem registros escritos do proto-indo-europeu por ser uma língua muito antiga e no início da linguística histórica vai se focar então nas línguas indo-europeias porque eram as línguas que continham mais registros escritos na época depois de ser um lindo sons ouvir três linguísticas que também contribuíram muito com a linguística histórica tá o Rasmus ras Kernel
Werner e o Alemão Diego bigliani então o Husky e o Green eles compararam o latim eo grego e o sânscrito qual as línguas germânicas por exemplo inglês alemão dinamarquês finlandês E aí desde cobriram que o sistema sonoro dessas línguas tinha muitas semelhanças e que provavelmente também eram línguas aparentados derivadas do próprio europeu e aí o Jacob Grimm ele formulou então um sistema né que explicava as mudanças sonoras que aconteceram do proto-indo-europeu é para as linda e germânicas que ficaram mais tarde conhecidas como Leite Green Alien Green foi muito importante o que ela Serviu de base
para outros linguísticas estabelecer em mudanças de som na passagem é de uma língua para outra tá então o que era Lady Green a Lady Green ela é então ela previa nela ela e descrevia as mudanças de som que aconteceram do proto-indo-europeu para as línguas germânicas então por exemplo a lei de Grimm 2ª lei de Green as consoantes oclusivas planta One do proto-indo-europeu passaram aplicativo e surdas Fantan nas línguas germânicas as consoantes oclusivas sonoras banda one do proto-indo-europeu passar uma oclusiva e surdas planta que quando as línguas germânicas e as a aspirada sonoras da água do
proto-indo-europeu passar oclusivos não as piradas sonoras bulldog One nas línguas germânicas mas aí Depois descobriram que havia um grupo de palavras da família germânica que parecia não obedecer às leis de Green então quando comparadas ao grego e ao latim as consoantes bulldog dessas línguas germânicas que em grego é correspondiam as consoantes surdas porta Lan É não obedeciam a lei de Green quer dizer elas não se transformaram em festa como previa a lei de Green né então o que será que aconteceu com esse grupo de palavras então foi cor ver né que resolveu este impasse então
ele dizia que a Lady Green tinha acontecido com esse grupo de palavras sim mas e depois aconteceu uma outra mudança fonológica de modo que o que nós temos hoje não ah não obedece à lei de Green né Então essa lei ficou mais tarde conhecida como a lei de Verne E aí eu trouxe um exemplo para vocês né então em grego né é as palavras sobre pai sogra né então sobre Hopper pai bater e sogra recurar que tinham todas uma consoante né oclusiva é surda passaram né ah ah uma consoante é oclusiva sonora né como o
bar que é sobre em alemão antigo feather que é pai em inglês antigo e sua Igor que a sogra e Alemão antigo né então é são é um é uma mudança né fonética que aconteceu né em que essas consoantes oclusivas surdas passaram a sonoras e não África ativas é surdas né como nós temos lá previsto no protocolo indo-europeu tá bom é outro grupo que se destacou na linguística histórica estava centrada na universidade de leipzig na Alemanha e Esse grupo é ficou conhecido como os neogramaticos os Neo gramáticos eles criticavam os métodos comparatistas né e eles
diziam por exemplo que não se devia somente analisar os dados de língua escrita mas também os dados de língua falada além disso eles defendiam mais dois princípios o princípio da não excepcionalidade das regras de mudança de som ou seja que uma vez o que acontecia uma mudança ela se aplicava a a todos os itens linguísticos daquela língua né É E também o princípio da analogia que é explicava então mudanças é que aparentemente é Parecia um violar é mudanças já previstas pelas leis fonéticas por exemplo como a lei de ruim tá então eram palavras que seguiam
outras leis que não é Lady Green por exemplo mas seguirão princípio de analogia é a todas as línguas do mundo estão em constante processo de mudança né então isso é normal todas as línguas elas mudam né e as mudanças elas ocorrem sem serem necessariamente sentidas pelos falantes devido a três fatores primeiro o que as mudanças são lentas e são graduais Então pode acontecer que Há muitas gerações né para acontecer uma mudança linguística e por isso a gente não tem a consciência do que mudou né Além disso as mudanças linguísticas são parciais ou seja não é
uma mudança total do sistema linguístico a ponto de ficar a língua irreconhecível né então são pequenas partes que vão mudando ao longo do tempo né E além disso as mudanças linguísticas também sofre uma influência oposta né que é uma espécie de uma tentativa de se preservar a compreensão entre os falantes né então é é aos mudanças linguísticas precisam vencer Então essa força oposta Por isso que nem sempre né uma variação linguística vai combinar numa mudança linguística certo bom então agora nós vamos falar sobre as mudanças de som tá que acontecem né na passagem de uma
língua derivada para a de uma língua-mãe para as suas línguas filhas Tá bom então um dos principais mecanismos de mudança linguística é a mudança de som e para que ela aconteça é necessário existir uma variação linguística ou seja é é preciso que essa língua varia e por um período de tempo de modo que com o passar dos anos né uma dessas formas linguísticas começa e as então é mais utilizada de modo a substituir né por completo A outra tá bom mas é nós temos que sempre nos lembrar que a variação linguística ela acontece sem que
se altere o significado das palavras certo mas é lógico que a criação linguística está também é sobre a influência né de fatores sociais né então por exemplo hoje nós vemos que existe uma variação é com relação ao uso né da terceira pessoa do plural nos verbos Então é os verbos em terceira pessoa do plural podem tá com marcas de concordância né no plural ou não então é nós podemos dizer que as crianças foi ou que as crianças foram né então são é uma variação que está acontecendo hoje na língua né então nós temos variedades que
usam mais as crianças foram e variedades que usam mais as crianças foi certo não existe uma Variedade a correta certo não existe uma forma de falar correta tá trata-se de uma variação linguística e pode ser que com o tempo né é uma dessas variantes vem assim então geralmente a tendência é da variante inovadora vencer né então pode ser que daqui a um tempo a gente não diga mais as crianças foram mais as crianças foi certo então é lógico que hoje a gente sabe que quem fala né As crianças foi sofre o preconceito linguístico né são
variantes estigmatizados da língua né que geralmente são faladas por camadas menos escolarizados né com uma classe social mais baixa né e enfim mas isso é sobre essa diferença o que existem entre as variantes são consequência né de fatores sociais né então o preconceito social que já existe quantas pessoas é sem escolaridade e quantas pessoas de camadas mais baixas né da sociedade se reflete na língua né se reflete também Pelo modo como elas falam né e mas isso não tem nada a ver com a linguística porque para a linguística ambas variantes estão corretas ambas são dignas
de ser estudadas pela linguística tá é outra coisa importante sobre a mudança de som é que é antieconômico para os falantes terem uma língua com duas variantes de uma mesma palavra então é o o processo natural é que aconteça a mudança linguística depois de uma variação linguística né mas é difícil a gente é detectar a gente prever né se de fato já aconteceu uma mudança ou não porque às vezes acontece de ficar uma variação para sempre né e não acontecer nenhum tipo de mudança e continuar as duas formas competindo tá sem uma suplantar a outra
então é impossível a gente prever o que uma comunidade linguística vai deixar de fazer ou vai fazer né bom então quanto a natureza as mudanças de som são classificadas de acordo com o processo é envolvido né então existem vários tipos de processos de mudanças de som o primeiro deles que nós vamos ver é a perda ou adição de fonemas então é tanto a perda quanto a adição de fonemas são é o tipos de mudanças de são mais frequentes tá então a perda acontece quando o som é perdido né e áreas são de fonemas acontece quando
se insere né um som é um novo som Tá bom então um exemplo de perda é de som foi por exemplo com a consoante Pan do proto-indo-europeu que passou a que passou a ser um fonema zero né que a gente vai chamar então que houve uma perda desse som né ele não não não não é mais pronunciado nas línguas Celtas e isso vai acontecer tanto no início quanto no meio de palavras então é toda vez que vocês viram asteristicos asteristicos antes da palavra diz é isso quer dizer que é uma palavra que foi reconstruída né
do proto-indo-europeu a gente não tem registros é para provar né que era desse jeito mais que foi reconstruído através de estudos da linguística histórica Tá bom então no prato ainda europeu nós temos a consoante Pan né empater pai me pode sobrinho e ter bem quente e no irlandês antigo sumiu né ouvi essa perda dessa consoante né então a gente vai ter até pai ne sobrinho e te quente é um exemplo de inserção né ou seja de adição de fonema é com a vogal e nas palavras do português espanhol e francês que vieram do latim de
palavras que se iniciavam por.se o mais uma consoante no latim então no latim nós temos esponso né esposo e escola escola né com s mais uma consoante e na passagem então do latim para o português espanhol e francês houve adição da vogal é antes então desse é se tá então em português esposo escola espanhol esposo sko-ella e francês e po e cole o outro tipo de mudança de som é assimilação então assimilação acontece quando um som condiciona a ocorrência de outro seja devido né a compartilhamento de traços de articulação ou de você amento então é
a pode acontecer uma mudança é na articulação para se tornar então mais próximo ao som que esteja ali perto né daqueles som ou uma mudança de você amento na questão se vai se tornar surdo ou sonoro por causa de um som que esteja ali perto tá então existem basicamente três tipos de assimilação a regressiva a progressiva e o enfraquecimento tá então com relação à assimilação regressiva e progressiva tanto as vogais quanto as consoantes podem é participar desse tipo de fenômeno mas é mais Oi gente encontrar simulação regressiva né com as vogais Tá bom então a
assimilação regressiva acontece quando um som se assemelha a outro que o Segue o que vem depois tá então um exemplo de assimilação regressiva acontece com as consoantes né ctpt do latim que passar att italiano então e latinas tinhamos no que tem para noite e facto para fato e no italiano noite e fato bom então é qual o que que aconteceu aqui né nessa mudança sonora é com a consoante o clã né é representado pela letra C sofreu uma assimilação né do Tam que vem logo depois dele e no latim Então se transformou né em 2
TAM né Esse é um outro exemplo de assimilação regressiva mais em vogais aconteceu na passagem do latim para o português então não latinha a vogal Central né mudou é para o uma vogal mais posterior devido a uma devido uma simulação de traços né da vogal um Tá bom então aqui em latim nós tínhamos a vogal central e o a vogal posterior então por exemplo u&a ouro né out e aula e no português a gente tem ou e ouro então essa vogal central vai passar ser o devido né a essa assimilação dos traços posteriores da vogal
um tá e agora vamos ver exemplos de assimilação progressiva ou seja ao contrário da regressiva né então enquanto a simulação é regressiva ela vai compartilhar traços com o som que o Segue né para assimilação progressiva vai haver um compartilhamento de traços com som que o precede então por exemplo lá no inglês antigo nós temos o Eliene né passando para LL em inglês médio então por exemplo é ela que era uma unidade de medida MM que significava Moinho a gente tinha o L o n mas no inglês médio né esse segundo n assimilou os traços do
l e ficou então 2l é Emily agora é um exemplo de assimilação progressiva em vogais então por exemplo e arredondadas do turco passaram a não arredondadas no turco moderno né é após vogais não arredondadas então por exemplo turco antigo a gente tinha bilirr e gerir a gente tinha então vogas arredondadas e aí ela se assemelharam né sofrer uma simulação progressiva devido a essa vogal não arredondada né que vinha na primeira sílaba tá E então passaram a bílis e da elipse que significa então ele sabe e indo respectivamente então agora nós vamos ver exemplos de enfraquecimento
né Por exemplo em que consoante os óculos viva se tornaram continus então por exemplo as consoantes oclusivas no latim Ban é passou a uma aplicativa sonora bilabial em português uvan então Rubio passou a ruivo e ver e passou a ver né Vamos passando a van tá é agora vamos ver um exemplo de enfraquecimento devido uma mudança de sonoridade não uma mudança de articulação adicionar idade então no latinhas consoantes surdas né pytã passaram a sonoras entre vogais no português banda como luto passando a lobo e multar e passando a mudar né então o passando a e
otan passando Adam e veremos agora exemplos de dissimilação a dissimulação é menos comum que a assimilação então a dissimulação acontece quando um demais sons que eram bastantes similares se modificam né para que eles fiquem tão diferentes tá então a gente tem exemplos do latim para o francês então a mudança do da vibrante do latim para 1l no francês né então a gente tem fragar e frigor osso então a gente percebe que nós temos sons muito semelhantes né são duas vibrantes na mesma palavra Então vai sofrer um processo de dissimilação para que elas fiquem diferentes né
Então vão passar a ela Então as palavras Fryer é isso é fera do francês e Thriller do do francês tá e significam cheirar e frio respectivamente é mais um exemplo de dissimilação é quando uma de duas vogais sucessivas no latim passaram a e no francês então a gente tinha Divino e sucção Então a gente tem duas vogais né é sucessivas tipo II e o um né E aí então eu acho um sofreu um processo de simulação para que elas se tornem diferente de Van e secos respectivamente Divino e Choque em francês e veremos agora um
exemplo de mudança de duração de som então é o tipo mais comum é o alongamento compensatório Então essa mudança ocorre quando a primeira consoante de uma sílaba pesada tipo vc cai e para compensar o peso da sílaba a vogal que a precede se alonga então por exemplo no Celta comum a gente tinha a palavra magro para príncipe e que Neto para gênero e recebem que é uma sílaba pesada né então a gente tem aqui a vogal consoante consoante vogal consoante consoante então o que que vai acontecer a primeira consoante e vai cair então no caso
o Google vai cair Então vai cair certo da passagem do Celta comum para o irlandês antigo Então a gente tem mal e que nela outro exemplo de mudança de som que nós vamos ver hoje é a e ela é menos frequentes que os outros processos de mudança de som então na metade Easy vai haver uma inversão da posição de dos sonhos adjacentes tá bom geralmente uma líquida e uma vogal então no latim a gente tinha hiper e super e em português vai trocar de posição né a gente vai ter entre e sobre então R vai
trocar de posição tá bom com a vogal e por último nós vamos falar sobre analogia então muitas mudanças linguísticas não podem ser explicadas exclusivamente em termos de mudança de som elas acontecem devido a um fenômeno chamado analogia analogia então eu processo pelo qual uma forma se torna mais parecida com a outra forma é devido a uma associação tá então um dos principais efeitos do processo analógico é o de fazer com que uma forma inicialmente diferente o irregular se torne regular TAM o que nós vamos ver hoje é do plural do inglês tá então lá no
inglês antigo né é as palavras recebiam plural de acordo com a sua face tão havia quatro classes né Então a primeira classe fazia então plural com a por exemplo renda a segunda classe fazia um plural com um fonema 0net pubg er Oi e a terceira classe fazia o plural é havendo uma mudança na vogal né então o passando ah ah tá por exemplo e edan e a quarta classe fazia o plural com a as Stan externas tá então o que que aconteceu no inglês moderno né vocês reparem que não vai ter mais esse sistema de
classes de palavras né a gente vão a gente vai ter no inglês moderno todas as palavras recebemos somente o s então o que que aconteceu nesse caso né a marcação de plural que antes era irregular né que existiam quatro formas de fazer o plural passou a ser regular né somente com uma forma então a forma que ganhou foi a da classe 4 né que era feita com a s que mais tarde só o s e agora nós vamos ver né A questão da mudança gramatical nós vimos as mudanças fonológicas né fonético-fonológicos que aconteceram ao longo
do tempo com as línguas e agora nós vamos falar sobre as mudanças gramaticais ou seja mudanças que se deram no âmbito morfológico e sintático das línguas tão exemplo clássico de mudança gramatical é a perda da flexão nominal né então no latim a gente tinha uma flexão nominal é bastante visível na língua de modo que existia uma ordem livre para expressar é as relações gramaticais como sujeito e objeto porém com essa perda dessa flexão agora a gente não pode mais ter uma ordem Livre nas línguas românicas como português francês espanhol italiano e o mesmo né bom
então o no latinha ordem das palavras era livre porque existia um sistema de marcação de caso né para marcar o caso nominativo e o caso acusativo por exemplo né outros casos também mas a gente vai focar hoje no nominativo e no acusativo tá então é era possível para o falante alterar a ordem dos constituintes sem prejudicar a compreensão da sentença né então o sujeito poderia trocar de lugar com o objeto e isso não ia mudar o significado da frase porque existiria ali uma marcação de caso em cada palavra para dizer quem era o sujeito Quem
era um objeto mas na passagem então do latim para as línguas românicas né como espanhol português o francês romeno italiano a gente não tem mais essa esse sistema de ordem livre porque agora a gente não tem mais marcação de caso nominal e a gente precisa seguir uma ordem fixa por exemplo os verbos devem vir depois do sujeito e os objetos depois do verbo gente não vai poder trocar sujeito verbo senão a frase vai mudar né interpretação da frase Então vamos ver um exemplo né então latim nós temos makellos alma de Cláudio né Oi e aí
a gente tem como eu disse para vocês a marcação de caso o nominativo e a marcação de caso acusativo né aqui o verbo certo então você poderia falar é sujeito verbo objeto Mas você também poderia falar trocar a ordem colocar o objeto na frente objeto verbo sujeito e isso não ia mudar e nada né a Interpretação da frase certo porque a marcação de caso ia para lá certinho indicando quem era o sujeito e quem é um objeto Tá bom então Marcelo ama Cláudia nas duas frases independente da ordem porém né a gente sabe que nós
não românicas a gente não pode dizer Marcelo ama Cláudia é igual a Cláudia ama Marcelo né então a ordem altera o significado tá bom Porque nas línguas românicas modernas nós não temos mais essa marcação de caso nos Ah tá bom é agora nós vamos tratar das mudanças semânticas tá ou seja mudanças que aconteceram né com relação ao significado das palavras tá então hoje a primeira mudança semântica é Quando surge uma nova palavra né o aparecimento ou neologismo tá bom então quando um novo item é recebido no léxico de uma língua seja por mecanismos internos ou
externos tá Então essa é a inserção ela pode vir a necessidade de se nominar nomear uma coisa nova né uma descoberta uma invenção por exemplo né DVD Player né ou é nome a novas atitudes ligadas ao nome próprio como narcisismo lulismo etc e também traz fáceis de palavras é passíveis né de terem acrescido um novo item lexical a mais comum EA classe dos nomes né pelo processo de empréstimo então acontecem muitos empréstimos por exemplo de línguas indígenas né tanto animais como plantas objetos lugares né acontecem também empréstimos vindos de línguas estrangeiras né É que por
exemplo do inglês do francês né japonês do peça do Árabe até do sânscrito do turco outro processo então de mudanças semântica é da obsolescência obsolescência é o oposto do aparecimento Ou seja quando o item lexical deixa de existir em uma dada comunidade linguística é Devido a questões de frequência de uso tá bom é É muito difícil você está a precisão quando o item lexical não faz parte do de um vocabulário de uma língua né porque a gente tem é problemas com ausência de textos escritos né de registros escritos ou a falta de dados de memória
de pessoas né então por exemplo exemplos de palavras obsoletas a locatário né que antigamente era inquilino Lavina que era a carabina monoclinic era maiô reposteria que é uma dependência dos palácios né tassalho que era uma fatia grande Tá então são palavras que não são mais usadas tá bom o outro exemplo de mudança semântica é o contato semântico Ou seja quando o item lexical existentes adquire um novo significado dentro de um contexto específico então um exemplo é a palavra bits do inglês né que significa conta né é conta de um colar Tá bom essa palavra Beach
ela provém da palavra guibert que significava a reza e oração tá então por que que então surgiu essa palavra é conta a partir da palavra Reza e oração bem É o devido ao costume que se tinha de contar as orações e Rosários que eram formados por continhas né então é por isso que conta então é passou a ser derivado né dessa palavra diabete tá Ah mas isso só aconteceu Graças não empréstimo da palavra pré é do francês que significava a oração então é pré significa oração no inglês né É então ouvir essa foi necessário existir
Então esse empréstimo do francês né para poder cobrir o antigo sentido de reza e oração para então formar a palavra pedir né senão não seria possível né um outro exemplo de mudança a semântica e o julgamento de formas Ou seja quando o item particular de um grupo relacionado a um determinado a forma se distancia do resto do grupo e assumiu novo significado então um exemplo é a palavra TechTudo latim que significa teto Originalmente essa palavra né lá no latim arcaico era tag tu O que é tag cobrir e tu um sufixo para formar nomes de
verbos então na passagem do latim arcaico para o latim clássico tag tu passou a ser tecton porque é o morfema um passou a não ser mais produtivo na língua então ganhou um novo significado passou a ser somente teto é uma 300 é o deslocamento semântico Então nós vamos ter vários tipos de deslocamento semântico primeiro deles é a extensão ou seja um fenômeno pelo qual os sentidos de um dado e item lexical né aumentam de número com o passar do tempo então o exemplo é a palavra salário é a palavra salário ela provém Originalmente do significado
pagamento em sal pelo trabalho de um soldado depois houve um deslocamento né E se Estendeu para o pagamento em qualquer em qualquer espécie dada um soldado e depois se Estendeu novamente para o pagamento em dinheiro pelo trabalho de qualquer pessoa é um outro exemplo de deslocamento semântico é o estreitamento ou restrição é o processo inverso da extensão ou seja Quando Um item o segundo seu significado restringido então a palavra pílula significava é qualquer tipo de medicação né em forma de comprimido mas hoje em dia passa a significar né cada vez mais um tipo específico de
medicação que é o contraceptivo oral um outro tipo então é o uso figurativo tá então uso figurativo é um dos tipos mais frequentes do deslocamento semântico acontece pelo uso figurativo da linguagem Ou seja quando há um deslocamento dos tido original é para um sentido figurado né por processo de como a metáfora metonímia sinédoque e etc né então por exemplo como nós dizemos que uma criança é igual uma boneca ou que uma é uma boneca nós estamos nos referindo né A beleza física né dessa criança ou dessa mulher é que nos faz então deslocar o sentido
né deslocando o sentido original de boneca né para uma pessoa né Então até ela nos dicionários a duas entradas pela palavra boneca né que pode ser a boneca mesmo né ou o sentido figurado de boneca né se referindo a beleza de uma mulher ou uma criança tá outro processo importante né é o Deivinho tá desvio é o processo pelo qual o item lexical continua a existir apesar de seu significado se desviar porém não há grandes mudanças tá bom não sai do campo semântico então exemplo é a palavra artillery do Inglês então antes artilane se referia
a aquelas armas e utensílios de guerra antigo e hoje em dia se refere a armas modernas tá agora é vamos passar para segunda parte da aula né que vai falar sobre a classificação genética e a reconstrução das meninas tão um dos propósitos da busca histórica é Comparar as línguas né para descobrir essa essa genética né De onde vêm as línguas Quais são as línguas aparentadas tá bom e a partir daí reconstruir línguas mães línguas mais antigas tá então a classificação Genética é o processo pelo qual línguas distintas são agrupadas em uma dada classe né devido
a critérios tipológico chinelo é enfim semelhanças de traços fonéticos fonológicos e gramaticais ou segundo critérios teóricos tá então as primeiras classificações genéticas né das línguas seguiram princípios teóricos baseados em correspondências de som bom e é eles começaram né depois lá dos de Green e verniz tá então com base nos postulados de mudança de som foi possível verificar né até que ponto duas ou mais línguas eram semelhantes ou não né devido ao empréstimo linguístico por exemplo ou ao mero acaso Tá bom então essas correspondências sistemáticas dos sons apontavam para uma ascendência genética uma relação genética entre
essas línguas tá E aí nesse último caso a hipótese é aquela que era que essas línguas eram chamadas de línguas irmãs né que eram eram derivadas de uma única língua que era chamada de língua mãe ou língua comum tá então para expressar o relacionamento genético entre as línguas aparentados a gente utiliza o diagrama de árvore que foi criada lá a linguística alemão água schleicher no século 19 tá então como vocês vem aí na figura a é considerada a língua a mãe e as línguas BD B C e D são as suas descendentes né são línguas
filhas e irmãs entre si tá ainda é possível ter mais ramificações né mais profundas e que você tem a língua a a como língua-mãe as línguas filhas de ar B C e D né e as línguas filhas de b e e f as línguas filhas d c g h i e as línguas filhas de d j e k né e por sua vez e e f são línguas irmãs né G H I são línguas irmãs e JK também são línguas irmãs tá quanto aos níveis de classificação e que se agrupam as línguas existem pelo menos
2 os troncos linguísticos e as famílias né bom então tronco linguístico é formado por uma ou mais de uma família linguística e cada família pode ter uma ou mais de uma língua irmã tá mas é importante dizer que é praticamente impossível um linguística de terminar de ponto Preciso né Qual foi o ponto preciso na história que uma língua se dividiu em duas ou mais tá mas os estudos mostram né que o tronco linguístico varia né de 5 a 6 mil anos e o de uma família linguística varia de dois a quatro mil anos então essa
que é mais ou menos a relação temporal com relação à diferença a mudança linguística é que aconteceu né ao longo dos anos tá bom e mais os estudos mostram né que o grau de profundidade temporal de um tronco linguístico varia de 5 mil a 6 mil anos e uma família linguística varia de 2 mil a 4 mil anos então essa seria mais ou menos a distância temporal que separaria os troncos linguísticos e as famílias linguísticas Tá além disso existem línguas do mundo que não são geneticamente classificados como pertencendo a nenhum grupo linguístico nós chamamos essas
línguas de línguas isoladas então exemplo é o básico que é falado na Espanha ocorre a e o aykanna falados no em Rondônia o arame share e outro mai e Mato Grosso e o tipo na no Amazonas é uma vez determinado o parentesco genético entre duas ou mais línguas o segundo passo é reconstruir a sua língua mãe né E aí a descrição vai ser mais completa quanto mais dados houver tá bom dessas línguas filhas então para reconstruir uma língua-mãe a partir das filhas é utilizado o método comparativo que envolve o estabelecimento de correspondências de elementos fonéticos
e fonológicos como nós vimos né No início da aula das de palavras cognatas nas línguas envolvidas tá E aí procura-se um ancestral né que possa então dá conta de todas essas diferenças que existem entre as línguas filhos né é de modo então para reconstruir uma língua a mãe e a partir de seus descendentes é utilizado o método comparativo né que estabelece a correspondência de entre o médico se fonológicos que nós vamos lá no início da aula Entre palavras cognatas das línguas envolvidas tá bom então esse trabalho de reconstrução da língua né Ele é bastante complexo
e bastante trabalhoso né porque a lei de uma reconstrução fonética fonológica Você também precisa de uma reconstrução morfológica e sintática né É claro que nós vamos seguir os mesmos procedimentos né comparativos da reconstrução fonológica também para reconstrução morfológica e sintática então eu trouxe para vocês né É como seria então o nosso tronco proto-indo-europeu não é formado por várias famílias Então a gente tem que a família balthus lá fica né família Germânica a família céltica a família Itálica né aqui são outras famílias né família helênica albanian na família Natal anatoliana família indo-iraniana né a família É
tô cariana E aí cada família dessa né tem isso em línguas filhas né que originam outras famílias certo então é uma espécie de a árvore genealógica então aqui o português né Tem como línguas irmãs por exemplo é o espanhol Catalão o francês né é e o Galego tá por sua vez o latim também vai ter como sua língua mãe né o Latino fales cano tá e com o sua língua o latim no Vaticano como sua língua a mãe uma Itálico tá ela é trouxe também né um exemplo do tronco Tupi next das línguas indígenas brasileiras
Então a gente tem aqui as famílias tupi-guarani are can All at juruna maué mondher por ou morar munduruku amar ama e tu pare né E aí a partir dessas famílias nós temos as línguas e os dialetos tá um outro tronco linguístico das línguas brasileiras e as línguas indígenas brasileiras é o tronco macro-jê das famílias Bororó é krenak o ator G karajá maxacali ofaié é rico e bate ca eat bom então a partir dessas famílias nós estamos hoje língua seus dialetos tá E aí Mais especificamente falando do Acre né Então as línguas é a crianas elas
não não pertencem a nenhum tronco linguístico específico mas a maioria delas são da família Pano Tá então por exemplo katukina kaxinawá nukini põe Anauá E a mina lá yawanawá né são família línguas indígenas a crianças da família Pan também temos uma língua indígena cria na colina né da família Arauá e temos o a língua indígena machinery ou Mach Nero é também mas é da família aruak né então é isso ficamos aqui e esse é o fim da nossa vídeo aula e até a próxima
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