Como crianças - Mateus 18:1-4 - Maiko Müller

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Ecos da Liberdade
Ao responder a pergunta "Quem é o maior no Reino de Deus?" Jesus coloca em foco a humildade de uma c...
Video Transcript:
Para o tema dessa noite, nós vamos ler o texto de Mateus, capítulo 18, versículos 1 a 4. Mateus, capítulo 18, versículos 1 a 4 diz assim: "Naquele momento, os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: 'Quem é o maior no reino dos céus? ' Chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: 'Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no reino dos céus.
Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no reino dos céus. '" Já que estamos em fase de comemoração do Dia das Crianças, programação e participação das crianças no culto, pensei que esse aqui seja o tema mais apropriado para hoje, Dia das Crianças. Crianças, quando nós pensamos em crianças, para muitos se abre um sorriso, e nós podemos ter um fascínio por coisas que crianças fazem.
O que mais nos fascina nas crianças? Os pais que têm seus filhos, principalmente quando eles são bebês, pequenos, né? Como a gente é orgulhoso de ter essas crianças no colo!
Eles são os mais belos, os mais lindos, e tudo que eles fazem nós dizemos: "Olha só! Puxou o pai, puxou a mãe, puxou a sogra! " Ah, não!
Nós ficamos fascinados com certas atitudes que crianças têm, com certas perguntas que elas vêm, com o jeito de falar errado que elas têm. E quando vê, nós estamos nos fazendo de bobos, que nem elas, conversando com elas. Quem nunca passou por essa experiência de parar e pensar: "O que é que eu estou fazendo agora?
Como é que eu estou falando desse jeito? " Às vezes, teríamos que filmar alguns adultos fazendo umas gracinhas com crianças, né? Tem gente que é tão séria assim e, quando para na frente de uma criança, se abre, e você percebe assim: "Uau!
Tem mais lá dentro, tem mais lá dentro. " O que mais nos fascina nas crianças? Temos crianças de todos os tipos, raças, cores, crescendo pelo mundo.
Ah, são elas sinônimo de alegria ou, para alguns pais, isso é sinônimo apenas de bagunça, estresse, falta de tempo, quarto desarrumado. Eu amo ver esse quarto desarrumado! Apesar de que, às vezes, ele me dá nos nervos também.
Mas quando meus filhos estão agitados e estão fazendo e pulando, eu tenho que parar para pensar muitas vezes e agradecer a Deus: "Obrigado porque eles têm saúde e não param quietos, porque a hora que eles param, daí significa que tem um problema. " Crianças, alguém já foi confrontado com alguma pergunta de uma criança que deixou você assim, sem reação? Principalmente quando crianças começam a pensar sobre igreja, sobre Deus?
Ouvi esses dias uma história em que um menino estava no jantar com seus pais, comendo sopa, e então o menino, tomando sua sopa, de repente para para o pai e pergunta: "Pai, aonde está Deus? " E daí o pai, segundo ele, aprendeu, né, na escola dominical, ele responde para o filho: "Deus está em todo lugar. " E o menino para com essa colher de sopa e diz: "Quer dizer que ele está aqui nessa sopa?
" E o pai fica sem reação. Deus está em todo lugar. Notamos isso.
As crianças, de uma maneira simples, elas entendem isso. E se Deus está em todo lugar, então ele está em todo lugar. É um entendimento puro, simples.
Quando esse episódio dos versículos que nós lemos antes aconteceu, os discípulos de Jesus já haviam vivido muitas coisas com ele. Eles já tinham ouvido do chamamento de Jesus: "Venha, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. " Jesus já havia formado o seu grupo de discípulos e dito para eles qual seria o fundamento dessa nova comunidade que estava surgindo.
Quando Pedro respondeu a Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", Jesus disse: "Tu és Pedro, e sobre essa pedra, não sobre você, Pedro, mas sobre a sua confissão: 'Tu és Cristo, o Filho do Deus Vivo', sobre esta pedra eu construirei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. " As portas do inferno não conseguirão resistir ao avanço dessa nova comunidade do Cristo que está surgindo, a Igreja. Jesus diz, porém, quando essa comunidade começa a se formar e os discípulos começam a andar com Jesus, assim como em toda a comunidade que se forma, em todo grupo humano que se forma, começam a vir perguntas do tipo: "Tá, mas quem é que vai mandar?
Quem vai ser o melhor? Quem vai ser o cara que vai ter o destaque? Quem é aquele que vai chegar e dizer pros outros o que é certo e o que é errado?
Quem é que vai ter o lugar de honra a se sentar ao lado do mestre? " Jesus e os discípulos ficavam se perguntando, se indagando isso. E Jesus pegou eles em muitos pontos, em muitos episódios em que eles estavam se debatendo isso entre eles.
Certa vez, chegaram dois discípulos para Jesus, os irmãos Tiago e João, e eles perguntaram a Jesus isso. Nós vemos em Marcos 10:35 que chegam para Jesus e fazem o seguinte pedido: "Jesus, nós queremos te pedir uma coisa muito importante. " E Jesus disse: "Ok, o que vocês querem?
" Eles responderam: "Nós queremos, no teu reino, nos assentar um à sua direita e um à sua esquerda, lugares de honra. Queremos ser grandes. Queremos ser os maiores.
" Jesus olha para eles, talvez ele balança a cabeça assim e pergunta: "Vocês sabem o que vocês estão pedindo? Vocês podem tomar do cálice que eu estou tomando? Vocês podem ser batizados com o batismo que eu estou sendo batizado?
Vocês podem passar por tudo aquilo que eu vou passar? " Eles olham para Jesus, na maior cara de pau, e falam: "Sim, podemos. " Jesus disse: "Bom, vocês vão realmente passar, vão tomar o cálice que eu estou tomando.
Vocês vão ser batizados com o batismo que eu estou sendo batizado, mas decidir quem vai sentar à minha. . .
" Direita ou minha esquerda não cabe a mim. Então, nesse momento, os outros discípulos ouviram e ficaram sabendo desse pedido dos dois. E daí você sabe: quando tem mais gente querendo ser chefe, o tempo fecha.
Eles foram para cima dos dois e perguntaram assim: "Então, vocês agora querem ter os lugares de honra ao lado de Jesus? Acaso vocês são melhores? " Jesus chama os Doze, senta com eles e diz: "Os governantes deste mundo exercem poder; eles dominam as pessoas.
Mas entre vocês, entre a minha comunidade, no meu reino, não vai ser um reino de domínio, de poder, de grandes em cima de pequenos. Mas no meu, quem quiser se tornar importante deverá ser servo; quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. " Esse foi um dos episódios.
Num outro episódio, Jesus está observando os mestres da Lei, os fariseus, os religiosos da época, e olhando como eles se achegam no templo, cheios dos seus apetrechos religiosos, orando em voz alta. Jesus vira para os discípulos e diz: "Vocês estão vendo essa gente? Eles se acham os donos da parada; chegam no templo com suas vestes longas e seus apetrechos de oração.
Eles gostam de sentar nos lugares de honra nos banquetes, gostam de ser chamados importantes nas sinagogas, de serem saudados na praça e de serem chamados de mestre. " E Jesus, daí, diz para os seus discípulos: "Mas entre vocês é diferente. O maior entre vocês deverá ser servo.
" Ele repete a mesma coisa: "Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. " E aí a gente começa a perceber que a lógica do Reino de Deus é realmente uma lógica diferente; não é uma lógica que funciona sob cargos, títulos, posições de honra, mas é uma lógica que funciona em serviço, de humildade. No Reino de Deus, grande é aquele que entende que a sua vida só tem sentido quando usa seus dons e recursos em serviço ao próximo e não somente para si mesmo.
Um bom discípulo vive para servir. E aí viemos ao terceiro episódio, em que Jesus tematiza a questão, a pergunta: "Quem é o maior no Reino de Deus? " E os discípulos, dessa vez, vão diretamente para Jesus e fazem essa pergunta: "Jesus, de uma vez por todas, nos diz quem vai ser o maior no teu reino.
" Porque eles estavam com o anseio de saber como é que eles poderiam ser bons discípulos. Jesus nos diz como que é ser um bom discípulo: quem vai ser grande, quem vai fazer as coisas em que você vai dizer assim: "Muito bom, meu servo, bom e fiel; você é o melhor de todos. " Eles estavam com esse anseio de saber isso.
Então, Jesus chama uma criança ao meio deles. Poderia agora chamar o Tobias aqui na frente, mas não vou fazer isso, mas imaginem: Jesus chama uma criança para o meio dos discípulos e diz: "Eu lhes asseguro: a não ser que vocês se convertam e se tornem como essa criança. .
. " O termo aqui usado para criança é de uma criança de, no máximo, 6 anos; uma criança pequena, simples, humilde. "Se vocês não se tornarem como crianças, jamais entrarão no Reino dos Céus.
Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus. " Existem vários conceitos de pessoas tentando decifrar o que realmente nós temos que observar nas crianças e devemos imitar nas crianças. Se nós olhamos para uma criança hoje em dia, nós dizemos assim: "Ah, eu me tornar como criança e ficar correndo de um lado para o outro?
" Com certeza, talvez Jesus não estivesse falando sobre a infantilidade da criança, mas existem aspectos na criança em que nós, adultos, nos esquecemos; que nós, adultos, perdemos ao nos tornarmos adultos, e isso Jesus quer chamar a nossa atenção. O primeiro ponto que Jesus nos convida a observar nas crianças é a humildade. As crianças são maravilhadas.
Já prestaram atenção como as crianças se encantam fácil por pequenas coisas? Um pai faz uma gracinha, um truque qualquer, e o filho olha para o pai e diz assim: "Uau, meu pai é massa! Meu pai é o melhor de todos!
" O pai ergue alguma coisa, faz uma brincadeira com o filho, e o filho começa a ficar maravilhado com seu pai. Eu gostava de brincar com baquetas com o Tobias quando ele era menor, tocando no sofá da sala e fazendo rápido assim, e ele ficava me olhando: "Uau, como o pai consegue fazer isso tão rápido e bater as baquetas! " E ele se impressionava com essa coisa boba, simplesmente uma brincadeira.
Esse maravilhamento, esse fascínio, essa admiração pela figura do pai, pela figura da mãe, pelas pessoas que ele olha e diz "Uau! " Em relação a Deus, quando é que nós nos maravilhamos em relação a Deus? Em relação ao plano de Deus, em relação àquilo que Ele fez por nós, em relação a tudo aquilo que Ele demonstra que nós somos nas suas mãos?
Conseguimos olhar para Deus e dizer "Uau? " Conseguimos olhar para a criação de Deus, tudo isso que Ele fez para nós e dizemos: "Meu Deus! " Conseguimos ter um fascínio por tudo aquilo que nós podemos viver na presença de Deus, até mesmo pelas dificuldades em que nós notamos que Deus está nos carregando?
Podemos ter esse maravilhamento. Rabbi Abrahão Yosua, um pouco antes da sua morte, fez o seguinte pedido a Deus: não pedia a Deus o sucesso, mas o deslumbramento. Uma qualidade em que, com o passar dos anos, nós vamos perdendo essa característica de conseguir ficar fascinados por aquilo que Deus é, por aquilo que Deus faz por nós.
Qual foi a última vez em que nós pensamos em Deus e oramos e. . .
Dissemos: "Uau, músicos! " E eu tô falando com propriedade porque já fui músico. Quantas vezes vocês já pararam aqui na frente, no culto, e não se importaram simplesmente com cifras, técnicas, notas, se tá cantando bem, se tá cantando mal, se tá saindo o som, se não tá saindo o som, e conseguiram simplesmente olhar pro texto, pensar em Deus e ficar maravilhados?
Eu confesso que, como músico, gastei muito tempo sempre tocando e me preocupando em aparecer bem. Gastei muito tempo analisando aquilo que estava cantando, olhando para Deus, tentando entender, tentando ter esse fascínio por Deus. Será que as nossas orações não são tão voltadas para nós mesmos sempre?
E nós perdemos esse olhar para Deus, esse maravilhamento? Segundo Transcendência, Kate diz que essa "Hum" que Jesus fere nas crianças, que nós devemos prestar atenção, é também relacionar a transcendência delas. Não no sentido de que agora elas transcendem dessa dimensão para uma outra dimensão espiritual especificamente, mas que elas transcendem certos conceitos, certos preconceitos, certos julgamentos sociais e relacionais que nós temos, em que nós não conseguimos — nós, como adultos, temos certos bloqueios.
Crianças não discutem quem é o maior no Reino dos Céus. Crianças não estão preocupadas com quem é o maior, quem é o mais importante, até uma certa idade. Claro, a partir do momento que elas começam a prestar atenção em nós, adultos, elas começam a querer isso também, mas elas transcendem esse pensamento adulto.
Elas não se importam se são ricas ou se são pobres, desde que estejam bem alimentadas, desde que estejam satisfeitas. Se o pai é pobre ou se o pai é rico, elas não estão nem aí; elas querem somente estar bem e serem amadas. As crianças não ficam presas aos bens materiais, elas sabem também compartilhar com mais facilidade do que nós, adultos.
Elas conseguem superar diferenças culturais, diferenças sociais. Elas não se importam se a pessoa que está ao seu lado é alemã, se é negra, se é gaúcha, se é paraibana; elas estão ali e elas veem um indivíduo, um ser humano que deve ser também encontrado. Ele deve ser, também, — devemos agir com essa pessoa de uma maneira digna.
Elas não fazem distinções tão grotescas como nós, entre feio e bonito. Elas transcendem esse pensamento que nós temos e isso chama a atenção de Jesus. Ele diz: "Ei, procure imitar as crianças nesse ponto.
" Quando foi a última vez em que nós conseguimos transcender o preconceito diante de uma pessoa, diante de um estilo de roupa, diante de uma maneira de agir, diante de uma cultura diferente? E nós conseguimos ter um diálogo com uma pessoa em que nós antes nos relacionamos como se olhássemos de cima para baixo e depois nós descobrimos que ali se esconde um ser humano incrível, digno da nossa confiança, digno da nossa amizade? Transcendência: terceiro ponto, dependência.
Crianças são vulneráveis ao extremo. Uma criança que nasce, ela não consegue se desenvolver de maneira nenhuma sozinha na vida; ela precisa, precisa de alguém que cuide dela, que a alimente, que faça tudo por ela no início. Essa é a humildade da criança; ela não consegue viver pelas próprias forças.
Ela sabe que ela é totalmente dependente dos seus pais. No nosso mundo, nós adultos, nós vivemos no conceito que diz assim: quanto mais você fizer, quanto mais você conquistar pelas tuas próprias forças, quanto mais independente você é dos outros, não dependa dos outros, e assim você se vai se mostrar grande. Quanto mais você pisar nos outros, você se fizer maior, você será grande.
E Jesus, ao chamar essa criança e mostrar a vulnerabilidade dela, a dependência dela, Ele diz — Ele inverte esse conceito: no Reino de Deus, todos nós devemos aprender que somos totalmente dependentes de Deus, da Graça de Deus. Você pode até conquistar muitas coisas sozinho, mas assim que a doença chegar, assim que as coisas não funcionarem mais como você planejou, você vai perceber que você é um nada. E, quando você morrer, você vai perceber que tudo aquilo que você fez e trabalhou também não é nada.
Somos totalmente dependentes de Deus. Somos o que somos somente porque Deus nos dá fôlego de vida. Ele nos deu dons, Ele nos deu propriedades, que nós podemos agir, trabalhar, fazer todas as coisas.
Grandeza no Reino de Deus é receber a graça de Deus. Não somos o que somos por nossas próprias conquistas; todas essas morrem no túmulo, cedo ou tarde. Não que as nossas obras não tenham valor algum ou não sejam importantes.
Nossas obras são, sim, importantes, mas no Reino de Deus elas são uma consequência da grandeza que nós já recebemos de Deus. Exemplificando isso: quem sabe quem é este bebê aqui? Vocês não conhecem esse bebê.
Talvez isso aqui ajude um pouquinho: George Alexander Louis. Também não ajudou, vendo essa foto agora. Quem é essa criança?
É o príncipe, um dos príncipes da Inglaterra, filho do príncipe William, neto do príncipe Charles, bisneto da rainha Elizabeth. Quem é essa criança? Um príncipe.
E ele não se gaba, ele não pode se gabar de si mesmo, dizendo: "Eu sou príncipe por meus próprios méritos; eu conquistei isso. " Não! Ele nasceu nu, no ventre da sua bisavó, de ser príncipe.
Esse é o seu valor e ele recebe isso de graça; ele não pode se gabar disso. Porém, quando ele for crescendo e for adulto, ele vai notar uma segunda coisa: que o seu status de príncipe, de ter nascido dentro da família real, só terá sentido se ele cumprir o seu papel de príncipe ou de rei, que é servir ao seu povo. Se ele simplesmente impor domínio, oprimir as pessoas, será como o imperador da Coreia do Norte, em que todo mundo olha para ele e diz: "Esse cara não existe.
" Mas se ele se doa em serviço, ele fará justiça ao seu título de rei, de servir aos outros. Nessa analogia, Jesus faz uma ligação. Com o o maior no reino de Deus é aquele que serve, a partir dessa consciência que nós temos de que somos vulneráveis, dependentes da Graça de Deus.
Somos o que somos somente por Deus. Como crianças, recebemos isso como filhos de Deus; então, estamos habilitados a dedicar nossas vidas em serviço ao próximo. Isso nos faz ser grandes no reino de Deus.
Maravilhamento, poder olhar para Deus e dizer: "Uau, Deus! Como Tu és grande! " Transcendência, poder passar por certos preconceitos, pré-julgamentos que temos, ter consciência de que somos dependentes.
E o último ponto: relacionamento. Como uma criança se relaciona com seus pais na base intelectual? "Bom, eu conheço o meu pai, eu sei que ele pode ganhar tanto dinheiro.
" E não, o relacionamento de uma criança não é pelo intelecto, não é pela racionalidade, mas é pelo afeto. O afeto, a confiança, a dependência, o vínculo de uma criança com seus pais, pelo afeto, é o tipo de relacionamento que Deus quer de nós, filhos de seus discípulos. Quando Jesus nos ensina a orar, ele nos ensina a orar usando a palavra "pai".
Que, no hebraico, a palavra "aba" é usada. "Aba" é traduzido por muitos como pai ou paizinho, mas, dentro do idioma hebraico, "aba" é ainda menor do que "paizinho"; é aquele primeiro som de um filho, de um bebê. Ele começa a tentar falar: "Papa, aba" é essa expressão que é usada no idioma hebraico para "aba".
Quando Jesus nos ensina a orar, ele diz: "Quando vocês se voltarem a Deus, não façam isso de uma maneira somente racional. Deus deve existir? Deixa eu pensar um pouquinho.
" Não! O relacionamento que Deus quer conosco é assim como o de um filho com o pai; acontece pelo afeto, acontece pelo sentimento que nós temos. Crianças simplesmente se entregam aos braços do pai e sabem que aquele é o lugar mais seguro do mundo.
E quando Jesus diz: "Orem assim: Pai nosso que estais no céu, aba nosso que estás no céu", nós devemos aprender a nos voltar a Deus assim como uma criança se volta ao seu pai. Como é o seu relacionamento com Deus? É um relacionamento em que você espera, assim como nós cantamos antes, um abraço?
É esse tipo de relacionamento? Ou você se relaciona com Deus ainda como aquela entidade divina que fica lá em cima, distante da sua vida, que você tem que pagar sacrifícios, pagar penitências, fazer coisas que você não gosta, porque "ah, eu tenho que, de alguma maneira, agradar aquele Deus que está lá em cima, distante"? Jesus diz: "Não é assim!
Busquem o pai, aba, por afeto. Deus tem amor por nós! Não vão com ideias diante de Deus, simplesmente se joguem em seus braços, assim como a criança confia no seu pai.
" Quem é o maior no reino de Deus? Quem sabe estamos buscando a nossa grandeza de uma forma errada. Sermos bons cristãos de uma forma errada.
Estamos buscando, talvez muitas vezes, um tipo de aprovação diante de Deus. "Será que Deus vai me aprovar? " E, às vezes, essa maneira de buscar a Deus não tem nada a ver com Deus.
Quem é maior no reino de Deus? Aquele que serve, mas, mais do que isso, aquele que se faz como criança, que aprende a olhar para Deus e dizer: "Deus, como Tu és grande! ", que sabe transcender, que sabe conviver em comunidade de uma maneira livre, que conhece o seu estado de nada e que é dependente de Deus para tudo e, assim, se põe em serviço ao próximo.
E, principalmente, aquele que se relaciona com Deus como pai, como aba. Peça a Deus, nessa noite, um coração de criança. Somente com coração assim, humilde, nós vamos começar a viver experiências mais profundas com Deus.
A minha oração é que nós possamos, sempre que olharmos para as crianças, aprender a nos desprender daquilo que, muitas vezes, nós aprendemos como adultos, voltar a essa inocência, essa humildade, às coisas básicas e nos relacionar com Deus de uma maneira mais direta, de uma maneira mais afetiva. Vamos orar: Ó Deus, nosso pai, nós chegamos à Tua presença e sabemos que Tu és o grande Deus que está acima de todas as coisas, que é maior que nós e que pode simplesmente dar um fim à nossa vida a hora que o Senhor quiser. Mas nós nos achegamos a Ti na consciência de que sabemos que Tu nos amas, que Tu nos dás o Teu amor, nos mantém vivos para experimentar esse amor.
Esteja nos ajudando, pai, assim como esse exemplo da criança, a estarmos olhando para essa humildade e buscando esse relacionamento contigo, que se baseia nesse afeto, nesse desprendimento das coisas terrenas. Pai, esteja ajudando a cada um de nós aqui, que possamos ser uma igreja que possa estar maravilhada com as Tuas grandes obras por nós e que possamos estar buscando sermos grandes no Teu reino, servindo uns aos outros. Em Teu nome nós oramos.
Amém.
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