o olá hoje em psicanálise 360 vamos abordar um tema bastante contemporâneo o tema relacionado à ansiedade mas não são ansiedade vamos pensar sobre quais são as relações entre ansiedade e algo que sempre muito trabalhado pela psicanálise e que ficou meio de lado na psicopatologia contemporânea a relação entre ansiedade e angústia qual seria a relação entre ansiedade e angústia aliás o que que vem essa angústia essa situação tão importante né para psicanálise esse traço tão presente na clínica psicanalítica na escuta analítica e que de certa forma foi pulverizado desapareceu da psicologia contemporânea se você tem interesse
nesse tema venha cá passa parte do psicanálise 360 com o propósito de psicanálise 360 como eu já falei em outros vídeos é que nós possamos aqui de alugar a partir de record esquetes em relação a psicanálise especialmente a psicanálise na nossa atualidade portanto temas que dizem respeito à prática a relação entre o plano conceitual e dimensão clínica sempre serão aqui trabalhados por nós se você tem interesse nestas temáticas faça sua inscrição no canal ative o sino para sempre está recebendo notificações sobre os novos vídeos ah pois bem ansiedade é isso aí um traço extremamente presente
né na psicopatologia contemporânea ou seja diversos quadros clínicos no cotidiano no laço social como é comum que as pessoas se apresentem se sintam ansiosas na mesa ansiedade especialmente quando ela se manifesta em sua dupla e clássica vertente o que nós chamamos de vertente de ativa ou seja traços de ansiedade manifestações que dizem respeito ao pensamento aquela percepção aquela sensação de um pensamento acelerado um pensamento incessante um pensamento que não sessa sobre os mais diversos conteúdos e por outro lado o traço né a vertente corpórea a sensação de que nós temos um corpo portanto a dificuldade
de respirar a sensação de que nós temos estômago a sensação de criar algo em nós que pulsa e um certo incômodo pré associada isso tudo ansiedade ela é composta em graus variados por essa dupla perspectiva sintomática os sintomas e de ativos então uma intensa preocupação uma preocupação em relação ao futuro uma certa vivência de impotência de impossibilidade e por outro lado vivências e sensações que se manifestam no corpo então essa dupla perspectiva que compõem os mais diversos aspectos possíveis de manifestação da ansiedade e ela está presente hoje de maneira muito alastrada em nosso laço social
mas do ponto de vista psicanalítico nós temos que ter uma certa escuta uma atenção não exatamente é o tempo todo concentrada na ansiedade que está posta não é as crianças estão se manifestando de maneira ansiogênica e os adultos e idosos é a inúmeras formulações e manifestações da ansiedade então é inegável que ele está posta aqui em é inegável que ela seja um traço importante do mal-estar na atualidade mas o analista ele deve ouvir ele deve estar atento em relação àquilo que saiu de cena nesse desse cenário da psicologia contemporânea e que vem a ser exatamente
a angústia e aqui hoje eu gostaria de trazer duas rápidas ter marcações relação august e talvez pensar a relação da ansiedade com angústia certo modo começando já pensar por essa relação é interessante talvez pensar em verificar clinicamente né acho que isso tem que ser escutado verificado a cada caso se a ansiedade não é uma certa forma de se defender uma forma de não querer saber de angústia talvez por isso ansiedade hoje seja um traço tão onipresente a angústia algo de outra ordem é diferente na ansiedade mas podemos pensar que ansiedade é alguma coisa que nos
faz com que nós estejamos ocupados em relação a ela envolvidos em relação a ela e por isto a ansiedade pode nos deixar um tanto quanto adormecidos anestesiados em relação a algo muito mais visceral um que mais impactantes e que venha ser a angústia e angústia em relação augusto eu traria que duas formulações a mão ver interessantes muito clínicas que o psicanalista jacques lacan nos propôs especialmente o momento muito é específico de seu ensino que é o momento do seminário 10 um seminário inteiramente dedicado a angústia neste seminário ele propõe diversas formulações mais duas me chama
atenção primeiramente ele vai nos dizer que angústia tem íntima relação com o desejo do outro a angústia tem íntima relação com a posição que nós ocupamos em relação ao outro com aquilo que nós supomos que o outro quer que o outro remete que o outro destina a nós que outro é esse esse outro são nossos parceiros são as pessoas com quem nós convivemos esse outro pode ser instituição esse outro pode ser a pátria este outro pode ser o ideal mas é um ponto de referência importante para nossa subjetividade então é em relação a esta esse
outro que lacan chama de grande outro que é uma alteridade que não necessariamente se esgota não necessariamente coincide com esses outros que estão aqui muito próximos de nós em que são por exemplo os nossos semelhantes os nossos rivais mas que passa por eles e vai além então é uma posição que desrespeitam uma alteridade nós e aquilo que nós ir bom e nós somos para esse ponto aquele que eu espero do outro aquele que eu espero lá social quanto eu valho o que eu sou o que eu represento o outro me ama não me ama o
que o outro quer de mim então este né esse repertório de indagações é que vamos dar uma certa dica uma certa pista e que aparece muito na clínica né sobre as mais diversas formas sobre o que que vem a ser este grande o outro e aí lacan vai dizer que é angústia tem íntima relação com este grande o outro com essa alteridade segunda formulação lacan nesse seminário 10 ele recorre a uma uma uma pó logo recorre a uma história muito interessante e que pode nos elucidar melhor que tipo de relação é esta que angústia comporta
e talvez até por isso que nós possamos pensar por que que é angústia de certa forma é tamponada no lugar dela aparece na ansiedade para que nós não tenhamos que nos a ver e então lá que vamos falar de uma história muito interessante que ilustra o que está em jogo de maneira mais explícita de maneira mais né cuidadosa nesta relação da angústia com o grande outro lacan fala de uma figura e do encontro de uma figura que estaria representada ali em uma pintura rupestre em uma caverna então ele fala de algum tanto quanto primitivo de
uma pintura algo rupestre ao que está ali na rocha natureza e ele vai nos falar da seguinte situação vejamos relembro a fábula o apólogo a imagem divertida que tracei por um instante revestindo me eu mesmo da máscara de animal com que se cobre o feiticeiro da chamada gruta dos três irmãos imaginei um e perante vocês diante de outro animal este de verdade supostamente gigantesco no caso o louva-a-deus então lacan fala do encontro de alguém com uma máscara diante de um louva-deus imaginemos faminto voraz gigante e como eu não sabia qual era a máscara que estava
usando é fácil vocês imaginarem tinha ser que tinha certa razão para não estar tranquilo dada a possibilidade de que essa máscara porventura não fosse imprópria para induzir minha parceira algum erro sobre minha identidade olhem só que coisa interessante lá que eu falo de um encontro com algo voraz e o sujeito que está nessa posição de alguém que está usando uma máscara ele não sabe exatamente que máscara é esta ou seja o que ele é para esse outro como que ele surge diante do olhar desse outro esse com ponto de angústia a uma incógnita é como
se nós tivéssemos uma máscara essa marca pode ser pensado como a própria pele e nós não conseguimos nos dar conta inteiramente te como que esse outro nos ver a e esse outro nessa posição de louva-a-deus gigantesco é a coisa foi bem assinalada por eu haver acrescentando que não via minha própria imagem no espelho enigmático do globo ocular do inseto olha só que frase interessante espelha de climático do globo ocular do inseto eu acabei dizer que não há como né eu ter uma imagem vinda do outro que possa me indicar com clareza o que que esse
outro ver e como que ele me ver então angústia desrespeita isso né um encontro com uma voracidade da ordem de uma autoridade então eu posso ser presa desse o outro eu posso ser né comido eu posso ser trucidado por esse outro eu posso ser acolhido é por esse outro de outras formas mas a uma incógnita e esse que o ponto de angústia então é de marcar angústia na clínica escutar angústia e fundamental porque angústia nos indica em que o sujeito ocupa uma posição de incógnita e ao mesmo tempo de objeto diante da alteridade isto que
podemos nem hipotetizar é isto que uma vez que estejamos anciosos nós nos embaraçam vamos nos ocupamos né dos fenômenos nem das ocorrências e de ativos e corpóreas da ansiedade e não nos damos conta de algo visceral de algo crucial que é o que eu sou incógnita mente para o outro a psicanálise avança sempre cada psicanálise cada nariz a medida em que cada um se depara com esse ponto de incógnita com aquilo que eu sou para o outro produzir saber ali onde há uma certa encobre a um filme muito interessante ao meu ver que ilustra bem
a situação vejam cenas desse filme é um filme dos anos 70 que mostra é um filme muito simples mas mostra o que mostra motorista numa estrada e que não dá no momento em que se explica muito porque ele começa a ser perseguido implacavelmente por um motorista no caminhão o filme inteiro é só isso e aí e aí oi haha e aí aquele caminhão vindo para cima aquele caminhão se aproximando retrovisor e o motorista ele não tem escape ele não tem acostamento isso que exatamente o mal estar ou mal-estar o que a suspensão de um acostamento
é nós estamos o tempo todo né com algo que nos amedronta com algo que nos aprisiona com algo que nos captura e aí nós estamos ali uma posição de objeto esse filme interessantíssimo porque o tempo todo ele prende a nossa atenção porque ali nós temos o encurralado essa posição de angustiado um encurralado e nós só conseguimos né avançar em males e avançar sim né descosturar e costurar nossa relação com mal-estar e com sintomas quando nós de alguma forma elucidamos algo e esses nossos pontos de encurralamento diante da alteridade e é isso aí até o nosso
próximo encontro em [Música] [Aplausos] e aí e aí [Música] e aí