Bom dia a todos é um grande prazer a gente ter com a gente aqui hoje Professor Paulo davela Rondo Professor titular departamento de psiquiatria Professor psicopatologia lá na Unicamp para mim especialmente é um momento muito legal porque o senhor foi meu professor lá e a gente tem alguns residentes aqui que também fizeram formação na Unicamp é mais ser muito legal a gente poder ouvir um pouco de como o senhor ensina psicopatologia por lá e a gente depois vai ter comentários e participação do nosso professor aqui o Renato Delta então o professor Paulo muito muito obrigado
viu gente é para mim é um motivo de alegria [Música] várias vezes com vários anos a gente acompanha os trabalhos aqui tem um carinho muito grande meu orientador de doutorado foi para o seu Wagner eu sou Valentim Gentil sempre foi um mestre um amigo que também é muito me ajudou ao longo da minha vida então eu sou muito grato a esta casa a esse grande Instituto de psiquiatria né Eu acho que é um farol aqui da psiquiatria brasileira né com muita pesquisa com um instituto Fantástico em termos de estrutura e grupos de trabalho então é
sempre uma honra ser convidada aqui para falar e hoje [Música] do meu trabalho com sobretudo para os residentes e psiquiatria aqui né então eu fiquei pensando o que que eu poderia falar de interessante melhor né falar o que eu tenho feito em termos de ensino de psicopatologia lá na Unicamp com o presidente seu do curso de psicopatologia dos residentes de primeiro ano e também participam desse curso todos Estagiários que nós temos um bom número de Estagiários de Psicologia de enfermagem de arteterapia de Serviço Social de nutrição fonoaudiologia como vocês têm aqui também é uma equipe
bem muito disciplinar e todos são convidados a participar desse curso e eu tenho tentado ensinar a psicopatologia descritiva clássica mas tem sempre dando alguma tentando dar alguma contribuição alguma pitada de inovação de originalidade a gente sempre eu acho que precisa resgatar as tradições mas também tentar criar um pouco tentar repensar as coisas porque o mundo muda também a sociedades mudam as culturas mudam os problemas mudam e a gente precisa se atualizar né então eu resolvi falar alguns aspectos da psicopatologia que eu tenho ensinado nos últimos anos né eu ensino a partir do meu livro de
Patologia e sem melodia dos transtornos mentais que eu acho que é um livro básico né que esse tipo de conhecimento a semiologia psicopatológica é uma formação básica para qualquer profissional de saúde mental para os psiquiatras que me parecem interessantes [Música] eu trouxe aqui esse esse é um conjunto de artigos que falam sobre vocês estão vendo nos títulos sobre transcriptómica né cerebral né para fazer um pouco de contraste patologia isso é um pouco no momento científico que nós estamos vivendo né esse é uma das linhas de pesquisa de neurociências que a psiquiatria se utiliza que eu
acho assim Fantástico né você poder ter saber quais são os genes que de fato não apenas os genes que estão implicados nos transtornos mentais mas os genes que de fato se expressam né no cérebro em que região em que área do cérebro e circuito cerebral Gene se expressa né em tal idade relacionado com tal transtorno então nós estamos num nível de existem bancos de cérebro e que se fazem essas pesquisas Principalmente nos países mais avançados em termos de ciência América do Norte né Estados Unidos Canadá Austrália da terra Escandinávia assim por diante né então é
nós estamos no nível da ciência em que a gente não não apenas já descreve todo Genoma Humano né mas a gente conhece está cada vez mais descobrindo gênes Associados a condições mentais e já sabendo quais Eles são expressos de fato através do transcribe no momento como esse numa época como essa tem lugar ainda para psicopatologia aquela psicopatologia tradicional escreveu sintomas né até um pouco antes né começam a identificar as diferentes funções psíquicas e como elas estão se expressam como elas são circunscritas né Quais são as suas alterações nos diferentes transtornos mentais né obviamente eu acho
que tem lugar sim né Não por exemplo a criptoma você tem em diferentes regiões do cérebro você tem tal e tal gente relacionados a dopamina por exemplo como eles se expressam e não ir para o campo na mina no logo pré-frontal e assim por diante esse esse momento da Ciência da neurociência nós vivemos num momento de neurociência e eu acho que é muito bom isso eu não sou das eu sou católogo e voltou a psicopatologia Adoro essa patologia mas não não que é neurociência não serve para nada bom mesmo é a velha psicopatologia uma coisa
meio saudosista assim né de que é essa coisa toda de conhecer o cérebro a gente não adianta não eu penso diferente eu acho que o quanto a gente avançar mais em neurociência e mesmo em psicologia básica né em conhecimentos do funcionamento mental através de pesquisas científicas tudo isso contribui inclusive para psicopatologia vai contribuir para psicopatologia só que a psicopatologia ela é necessária essa psicopatologia que a gente aprende com iaspers que nós temos no Brasil aqui para mim um dos melhores livros de psicopatologia já escritos no Brasil do nobre de Melo infelizmente esgotado aí você tem
que achar nos sebos aí né tem que ser Ele deveria ser reeditado é uma obra magnífica né Então essa psicopatologia que é a psicopatologia descritiva ela é fundamental para que o profissional possa é começar o seu trabalho possa saber entrevistar pacientes possa saber obter histórias clínicas significativas né saber realizar o exame do Estado mental raciocinar com esses dados essa tipo patologia fundamental formular hipóteses diagnósticas e pode ser síndromes em primeiro plano depois hipóteses no zoológicas né é isso isso é fundamental Então isso é fundamental e esse é um conhecimento que se o profissional de saúde
mental psiquiatra não tem ele fica perdido o que eu noto aí na minha vida na minha experiência eu acho que os professores também mais mais antigos né o profissional Às vezes o indivíduo pode conhecer saber muita coisa de psiquiatria mas ele não sabe os princípios básicos da psicopatologia e não conhece a psicopatologia ele não sabe fazer uma boa história ele não vai ter dificuldade de escolher uma boa história e vai ter muita dificuldade de fazer um exame de estado mental acurado né e com isso ele vai ficar no diagnósticos mais simples mais evidentes e aquilo
aquela aqueles pontos mais difíceis né que aparecem toda hora na clínica A pessoa vai ficar perdida Então essa psicopatologia é muito importante também E aí nós vamos vamos começar a falar um pouco sobre elas né então o que que é a psicologia só rapidamente né o conjunto de conhecimentos referentes mental esses conhecimentos eles buscam ser sistemáticos eles estudativos e desmistificantes eles são conhecimentos científicos embora eles não se baseiam numa ciência dura em que você consegue medir tudo né e ter modelagem matemática de tudo como a física como na Química né eles são sistemáticos elucidativos não
incluem critérios de valor não aceitam dogmas a priori ou seja eles estão dentro de uma visão mais Ampla de ciência né E são conhecimentos como todo conhecimento científico sujeitos revisões constantes da críticas reformulações é um conhecimento vivo não existe nada sagrado na psicopatologia né nem mesmo a psicopatologia Geral do iaspresso é um grande texto agora um texto que tem erros da sua época em linha Alguns alguns aspectos eledatado outros não né então a gente precisa ler esses clássicos com esse olhar e tentar observar o que que é válido sempre e o que é datado né
e aspas por exemplo é um autor que ele só cita quase autores alemães né porque na época Ainda tinha aquele aquele nacionalismo científico do século 19 ainda era muito forte né ele cita poucos franceses poucos Ingleses os espanhóis nem pensar e tinha muita gente boa na Itália fazendo psicopatologia mas havia esse esse nacionalismo né que que atravessava até a ciência né a ciência não isenta do mundo da política de jeito nenhum né a psicopatologia ela tem duas dimensões né ela tem uma teoria as teorias você numa psicopatologia fenomenológica médica descritiva uma psicopatologia psicanalítica uma psicopatologia
que lança a mão mais de do reitorismo por exemplo do cognitivismo então tem várias teorias né fenomenologia existencial né E tem os fatos empíricos Então essas duas dimensões elas estão em constante relacionamento né você não existe nenhuma ciência é progride só com fatos empíricos com teoria né você tem ciências mais teóricas ou disciplinas mais teóricas né mas mesmo as disciplinas que não são indutivas como a matemática ela precisa de ter resolver os problemas os grandes problemas matemáticos né É então essas teorias elas são teorias na psicopatologia que vão falar sobre humano existe uma concepção de
humano em cada teoria diferente na visão biomética tem uma visão de humano na psicanálise tem uma visão de humano na fenomenologia existencial de vários tipos têm uma visão de um ano né Tem uma teoria sobre a normalidade anormalidade psíquica sobre os sintomas psicopatológicos Ou seja você existem vários modelos teóricos para explicar o que é uma alucinação você é uma questão de um cérebro que está desregulado que está em uma hiperatividade de regiões por exemplo auditivas funciona de forma nômala é um psiquismo que está projetando conflitos insuportáveis numa voz que vem de fora ou seja você
tem teorias concepções modelos teóricos né teoria sobre o que é o transtorno mental sobre o que é esquizofrenia sobre o que é depressão O que é a mania né E esses esses domínios eles estão como falei permanente diálogo né Às vezes tem momentos da ciência que existe uma ênfase enorme sobre a teoria né é os anos 50 os anos pós-guerras anos 60 do século passado né havia muita uma ebulição de debates teóricos na psicanálise na filosofia na teoria política depois nós passamos por uma Era nos anos 80 em diante de uma ênfase enorme no dado
empírico que tem valor é dado empírico Então as boas revistas científicas e tal valorizavam dados e a gente ouvia muito né Essa coisa assim você me venha com dados senão você não vem conversar comigo né você fica falando essas coisas isso é muito bonito mas eu acredito em dados né em Provas empíricas em testagem de hipóteses com modelagem matemática assim por diante Na verdade eu acho que esse é uma discussão que perde perspectiva acho que a gente tem que colocar isso em perspectiva né A Teoria é muito importante e os dados são importantes né porque
a teoria se refere a uma interpretação dos dados ao mundo real né não pode dizer uma teoria que é feita na Lua né A Teoria se refere ao que acontece no mundo mas os fatos brutos empíricos Eles não falam por si só eles demandam interpretação né Sempre tem uma interpretação mesmo que ela não seja clara explicitada tá certo é sempre uma referência e como eu falei para vocês tem aspectos que não são datados a visão patologia né é muito eu acho que muito rica Essa visão de qual é o objeto da psicopatologia né é o
homem todo em sua enfermidade mas nunca se pode reduzir inteiramente ser humano a consciência psicopatológicos essa visão que a psicopatologia Visa uma uma um entendimento um conhecimento mais abrangente possível de pessoa só que ela deve reconhecer filosoficamente né que isso é impossível é impossível é filosoficamente é impossível você ter uma descrição e um conhecimento total de uma pessoa sempre resta áreas de sombra áreas e mistério Ares que não vão ser conhecidas né Tá então essa essa ideia é muito interessante e as pessoas vai falar também não se faz o balanço científico de um homem né
Toda pessoa todo doente é ainda inesgotável guarda o seu mistério então isso nos dá uma perspectiva de uma postura de humildade diante de um paciente mesmo aquele paciente que a gente tenha a maior certeza diagnóstica a gente está entendendo tudo que tá acontecendo Eu acho que tem uma postura que fala assim espera aí será que tem coisas dessa pessoa que eu não consigo captar né Tem coisas importantes talvez as coisas mais importantes nós não conseguimos ter acesso né tem essa atitude curiosa é de uma humildade curiosa né diante de cada paciente a observação em psicopatologia
observação que se patologia é base né Eu trabalho com uma psicopatologia descritiva a psicopatologia do meu livro de Patologia que eu ensino para os residentes para os alunos de medicina de enfermagem Qual que é a sua a sua posição teórica né você é fenomenológico existencial você psicanalista no meu departamento muito querido [Música] análise o departamento que eu entrei na Unicamp em 1984 Professor Maurício Nobel psicanalista super super psicanalista assim clareando todo mundo que entrava lá todo mundo que entrava entrava para fazer psiquiatria era um era simplesmente um meio para virar um dia psicanalista bacana era
sempre psicanalista psiquiatria era uma coisa você ganhar algum dinheirinho aí no começo da vida e depois você vai ser psicanálise que é o que é o que é legal mesmo né 84 85 né Vocês lembram dessa Essa o pessoal mais velho né é mudou tudo né década de 80 90 década do cérebro o dsm e tal aí fica mais começou a ser olhada assim com desprezo e tal ele olhava aquilo tudo né e mas assim eu acho que é interessante é uma é um privilégio a gente observar essas mudanças né e como elas cada época
tem o seu seu aspecto forte seu aspecto fraco as suas Modas né é bom eu defendo uma psicopatologia descritiva e eclética no seguinte sentido eu acho que a base é a tradição médica psiquiátrica descritiva ela é muito rica essa tradição né como eu falei ela vem desde o começo do século 19 vocês tem essa tradição já no Tratado sobre a mania do pneu no Tratado do esquiriró principal é bem descritivo e ao longo de todo século XIX os alienistas principalmente os alienistas nos grandes hospitais psiquiátricos os grandes manicômios né aqueles grandes instituições eles não tinham
muitos recursos ou quase nenhum recursos tera e tem um recurso de observar os pacientes e descrever aqueles que eles vinham muitos moravam havia o hábito de se morar Sobretudo o diretor ele tinha que morar dentro do do do da instituição e ele ficava lá de manhã os filhos cresciam lá ele observava e anotava e com a boa observação é a base de toda ciência né e é a base do nosso trabalho também observação cuidadosa eu falo assim o maior pensador da ciências biológicas né que revolucionou e tá de pé até hoje é o Darwin ele
trabalhava com observação não tinha instrumentos né não trabalhava com microscópio né ele não não fazia é provas em laboratório ele observava é o máximo que ele fazia era descrever né fazer alguns esquemas alguns desenhos questões do Darwin ele não era bom matemático não sabia estatística mas ele fez uma uma concepção que revolucionou a biologia e que é é o norte da biologia até hoje a evolução né a teoria da evolução do Darwin como ele concebeu né com observação como observação cuidadosa e crítica que eu acho que é a mesma coisa que a gente tem que
fazer né é uma observação que tem sequência que é metódica que a gente observa os detalhes do paciente mas observa tenta observar o Todo essa dialética do detalhe do todo observar o contexto do observação em que contexto essa pessoa tá falando em que lugar é os diversos atores obviamente a gente sabe que o paciente que entra no consultório da Gente o que tá numa enfermaria ele não tá na casa dele ele tá no bairro dele ele está diante de um médico de um psicólogo Então o que ele fala é moldado Por isso tenho certeza que
o que ele vai conversar com você se ele tivesse falando com um par né na quebrada onde ele mora ele falaria coisas muito diferentes o contexto ele sabe que ele tem que falar coisas para o médico ouvir eventualmente alguns pacientes psicóticos muito graves saem desse contexto mas o paciente que tem alguma orientação o mundo ele produz a sua narrativa para alguém em determinado consciente disso tá né os pacientes internados eles geralmente produzem narrativas para tentar mostrar que eles estão muito bem e prontos para alta né Isso é hiper comum Às vezes o indivíduo tá delirando
alucinando Mas ela é inteligente ele sabe o que os médicos querem ouvir né ah tem penso nisso mas não ligo tanto e tal ele não fala que não tem mais nada ele né então a gente tem que estar tem que ter um é uma observação que também tem não é uma observação totalmente ingênua né a gente tem que tentar entender criticamente as coisas né observar não só o que as pessoas falam mais sobre tudo como falam isso faz toda a diferença né Sempre nós estamos muito atentos nós psiquiatras psicopatólogos psicólogos clínicos para as funções psíquicas
suas alterações as alterações da consciência da atenção da memória da ciência percepção do pensamento da Lin imagem da fertilidade né E nós identificamos sintomas né mas os sintomas eles estão sempre articulados dentro de um contexto de síndromes e dentro de um contexto até de entidades no zoológicas tá é o todo psicopatológico redefinir o sentido daquele sintoma eu dou um exemplo né é muito diferente o indivíduo que está alucinando que está ouvindo vozes se ele tá no quadro de rebaixamento do nível de consciência confusão mental num quadro de delínio isso tem um sentido muito diferente se
ele está com a consciência plenamente vigiam né se ele tá por exemplo dentro de um quadro de um surto de esquizofrênico ou se ele está num quadro depressivo marcante né isso essa Alucinação vai ter ou não ele não tá nenhum desses ele tem um quadro de personalidade que também tem alucinações isso tem um sentido a gente sabe hoje que alguns transtornos como transtorno borderline É frequente a Alucinação auditiva e Alucinação verdadeira como a gente descreve vozes que vem de fora da cabeça que são nítidas que tem uma sem frescor sensorial né uma realidade para o
paciente e não é um caso de um paciente com esquizofrenia mas o paciente borderline por exemplo Então esse contexto todo no zoológico síndrome vai reconfigurar Qual é o sentido desse sintoma então a gente sempre tá fazendo articulação dos sintomas com o todo o todo psicopatológico A Entidade no zoológica ou quando não temos acesso a ela a síndrome né que muitas vezes é muito útil pensar síndromenicamente quando nós não temos dados e certeza suficiente para formular uma uma hipótese no zoológica eu sempre falo para os residentes não tenham pressa em chegar num diagnóstico no zoológico o
diagnóstico tem que amadurecer ele tem que ter ele tem que ter consistência né você não precisa dizer que o paciente tem uma esquizofrenia se você não sabe que ele tem ele tem um Psicótico das nossas intervenções se baseiam em questão de síndrome de câncer e sintomas né então também essa humildade é importante bom é a gente na patologia clássica a gente costuma [Música] separar duas dimensões né forma e conteúdo dos sintomas isso essa maneira de pensar uma maneira bastante antiga vem até dos gregos Aristóteles pensava bastante informe conteúdo toda concepção dele isso atravessa os séculos
né E essa ideia de que os sintomas tem uma forma que seria algo mais Universal né seria a estrutura básica do sintoma né que é semelhante nos diversos pacientes nas diversas sociedades culturas né a forma Alucinação a forma Delírio a forma ideia obsessiva fobia né e por seu encontra a posição é isso os sintomas tem um conteúdo aquilo que preenche a forma preenche a alterações estrutural um conteúdo de culpa em relação em em uma Alucinação conteúdo religioso de perseguição né os conteúdos dos delírios das Nações das ideias obsessivas né a gente tem uma um pressuposto
de que a forma é algo mais Universal menos dependendo da dependente da cultura menos dependente da história de vida daquela pessoa né é mais dependente talvez da doença do processo patogênico né e o conteúdo ele vai depender muito mais da cultura muito mais da história individual ele vai ser muito mais individual único né bom nesse sentido é eu eu formulei essa pirâmide em relação a uma ideia de que haveriam manifestações que seriam mais universais né mais próximas do biológico né do neuronal até o que tá na base da pirâmide aspectos que são menos universais mais
individuais mais variáveis culturalmente de povo para povo de Cultura para cultura de época para época de famílias eles para família de indivíduo para indivíduo né então é uma ideia da gente tentar situar uma certa universalidade ou variabilidade transcultural das experiências dos sintomas incrível né o nível mais neurológico vamos chamar de neurológicos sintomas mais universais né ele seria um nível mais Universal com muito pouca variação transcultural né é o indivíduo tem uma lesão em área motora eh do corte no córtex direito ele vai ter uma paresia uma emplegia no hemico corpo esquerdo de Mito esquerdo né
ou ele tem uma lesão piramidal ele vai ter o sinal de babinski ele ele tem uma destruição da área cortical visual primário ele vai ter uma cegueira Central isso independe se isso aconteceu na Grécia antiga hoje se é uma aldeia no interior da África no interior do Brasil ou se é em Nova York em Berlim o sintoma é o mesmo né esse primeiro nível é bem Universal aí haveriam as transições né um nível que é um nível neuropsicológico que é considerado pouca variação transcultural por exemplo lesão nas regiões da fala né um acidente vascular cerebral
comprometendo artéria cerebral média por exemplo a território da área de brocal ou da área de fénix você vai ter uma fazia expressão de compreensão isso também é bastante Universal os sintomas neuropsicológico entretanto já existem algumas variação a gente sabe que por exemplo pacientes de culturas de línguas como Mandarim que é uma língua tonal né que não o sentido das palavras também dependem do Tom se é mais agudo mais mais grave ou seja tem uma participação do Hemisfério direito um pouco maior nos aspectos semânticos ou seja um AVC em determinados culturas vai ter significações neuropsicológicas um
pouco diferentes semelhança vocês vão ver um slide que eu vou passar aí mas já tem alguma contribuição da Cultura né é um terceiro nível seria um psicopatológico primário tem um componente Universal ainda e mais também cultural e bibliográfico os dois estão é presentes de uma maneira relativamente equilibrada né há uma variação transcultural mas aspectos universais Em um nível mais é cultural com muita variação transcultural que seria esse quarto nível do psicopatológico secundário aqui eu tento colocar exemplos para mostrar isso aí né Então nesse primeiro nível então tem uma participação importante aqui é das áreas cerebrais
né mais importante do que o que seria a mente né Tá então sinal de babins que seguir a cortical o que eu falei né então uma relação muito íntima com biológico o pato genético predomina tende a ser Universal esse segundo nível como eu falei por exemplo é síndromes neuropsicológicas fazias sintomas negativos alguma presença do Pato plástico no terceiro nível mais equilibrado por exemplo a apresentação do Delírio das alucinações obsessões ideias fobias depressão ansiedade né que também você tem uma relação equilibrada tem um componente ideológico mas um componente cultural o patogenético o pato plástico psicogenética a
gente vai ver os slides adiante essas definições né Tem uma interação e aqui o nível quarto nível mais psicopatológico secundário em que é um componente mais importante do mental do cultural né É como por exemplo aspectos da personalidade conflitos emocionais os conteúdos dos delírios das alucinações das questões de personalidade do Meio cultural aos transtornos então muita plasticidade muita especificidade cultural dos sintomas eu gosto de pensar nessa nesse tipo de coisa porque sempre esse debate biológico é sócio cultural é psicológico eu acho que as coisas são depende do tipo de fenômeno a fenômeno que tem um
forte componente sócio cultural né às vezes dentro de uma mesma doença isso aqui para mostrar a neuroimagem funcional vocês conhecem essa imagem né A questão da linguagem como ela ela tem uma uma representação funcional já bem estabelecida desde o brocai do Verme que lá em 1862 63 o brocari depois o velho que em 73 eles através da anatomia patológica do da correlação clínica patológica até a neurimagem funcional né E esse estudo aqui é bem interessante é um estudo recente que saiu agora é que eles fizeram com a ressonância funcional de pessoas falando né É com
a linguagem de 12 famílias de línguas dos grandes famílias de línguas do mundo inteiro 45 línguas diferentes né mostrando que a variações né avaliações algumas que ativam um pouco mais amplamente a região temporal né aqui no turco por exemplo né mas a base é muito semelhante né Nós falamos com o nosso cérebro 98% da humanidade esquerdo né apenas os aspectos prosódicos e que que tem uma contribuição do Hemisfério direito né mas os aspectos semânticos os aspectos sintáticos eles têm uma organização bastante semelhante bastante semelhante dando essa mensalidade pro aspecto da linguagem Embora tenha pequenas variações
Eu só quis Trazer isso como um exemplo né é essa essa ideia eu citei atrás eu achei uma ideia muito rica e que não deve ser perdida são aquelas coisas que eu tava na tradição psicopatológica né É do Cauby irmão o caldo irmão foi um psiquiatra psicopatólico alemão pois ele migrou ele migrou para os Estados Unidos na época do nazismo e ele formulou essa ele trabalhou muito com psiquiatria forense e com transtorno de personalidade ele é o que ele mais ele tem um livro sobre tipo patologia transcultural né que é um livro esse aqui né
de Patologia Cultural de 1924 não tem tradução para o inglês nem só tem alemão né mas essa essas ideias dele o conceito dele de patogênese ou patogenia patoplastia e psicopatia me parecem conceitos com os frutos muito interessantes muito ricos que nos ajuda a pensar o que que ele propõe ser a patogênese a patogênese lembra da forma conteúdo um pouco eu falei tem um pouco a ver com isso né a patogênese dos sintomas de um Delírio por exemplo né é a forma básica do sintoma o processo como os diferentes sintomas na sua forma a patoplastia ele
propõe que seja a configuração de sintomas os conteúdos né Delírio das alucinações das ideias obsessivas das fobias esses dependem mais o birbal fala da história de vida singular né É do paciente da personalidade da inteligência do Meio familiar do meio sociocultural em que viveu e que ainda vive a gente usa ainda eu acho que aqui vocês usam o aspecto patogênicos usam né o birmão falou ainda de umas coisas que a gente usa pouco que é psicoplastia que é um pouco mais confuso para expressar Mas é interessante a ideia de psicopatia pro Bilbao é ele vai
dizer que a expressão final dos sintomas junto com as reações do Meio ou sintoma né como a família reage a esse Delírio como a família reage essa ideia obsessiva o que a família disse para o paciente o que os amigos falam para ele isso é aceito isso é combatido isso é visto como algo ruim essigmatizante ele não deve nem falar sobre isso ou seja a reação do meio vai produzir uma expressão a última expressão expressão final né a resultante final e o significado naquele contexto do sintoma Ele propôs o termo psicoplastia é um pouco difícil
da gente na prática diferenciar psicoplasia da patoplastia mas ele propõe esses três essas três ideias que eu achei bem interessante esse é um texto que mereceria ser traduzido os textos bom vou falar um pouco sobre o Delírio onde esse isso que eu falei até agora aparece um pouco a gente reflete um pouco Delírio um tema apaixonante né Talvez seja é dos sintomas psicopatológicos o que mais atrás os psiquiatras né os psicopatólicos fascinante né como que as pessoas podem construir ideias representações do mundo concepções experiências do mundo completamente anômalas e completamente diferentes [Música] de Patologia Teve
sempre essa luta de separar Por juízos que são falsos com o preconceitos superstições crenças culturais falsas Mas eles aí tem uma grande contribuição do iaspers da escola e asperiana alemã depois o cortinaider nessa esse essa separação que é muito de alguns autores escutem que não haveria esse Abismo tão tão marcante entre o Delírio e o e o não e a ideia o juízo falso fazendo um levantamento aqui gente sobre é os conteúdos dele isso há algum tempo atrás fazer uns anos uns quatro cinco anos seis anos atrás teve uns impostos lá sobre Delírio e eles
me convidaram para falar sobre Delírio e aspectos transculturais Aí eu resolvi buscar na literatura curiosamente você não tem não é tão fácil de achar apesar de ser uma coisa Teoricamente seria fácil de ter né o conteúdo dos delírios nos vários países nas várias culturas mas tem tem trabalho a gente tem que ir atrás tem que garimpar né e eu fiz um levantamento do conteúdo de Delírio de 84 pacientes nossos internautas na enfermaria Nós pegamos o prontuário eu com alguns residentes né e fomos classificando e termos de conteúdo de religioso de doença delírios hipocondria dos delivery
de culpa de ciúmes era o maníacos e foi um trabalho bem simples descritivo né a maior parte dos devidos são de perseguição né Eu acho que aqui psiquiatria também dos pacientes psicóticos a grande parte do conteúdo são imagina porque isso é algo que se repete muito Delírio Os Delírios perceptórios aqui entram delírios auto-referentes né com colorido sempre o quase sempre de perseguição né Depois de grandeza é muito relacionados maníacos obviamente né religiosos também relacionados frequentemente o demônio né na cultura brasileira particularmente nos hospitais públicos onde você tem uma clientela que é predominantemente hoje a predominantemente
evangélica de de igrejas neopentecostais o demônio é uma figura onipresente né demônio ele tá sempre se fala do Demônio do demônio tá sempre envolve aí né e os pacientes com muita frequência tem essa coisa com demônio né então eu achei que seria mais mas apareceu aqui 25%. é delivery de culpa que mais nos pacientes depressivos Esses são estudos norte-americanos né com amostras maiores né é esse é uma amostra histórica um estudo histórico de 1900 até uma série histórica né mas mostra algo parecido né com predomínio do Delírio de perseguição né depois aparece bastante né bastante
hipocondríaco de doença delivery de culpa né às vezes pouco às vezes aparece um pouquinho mais né não às vezes não não se Delírio de ciúmes não aparece tanto e aqui eu coloquei nesse nesse estudo aparece de livro de envenenamento Quem seria também de perseguição em certo sentido né aqui eu coloquei os valores médicos mostrando que eles ficam mais ou menos nessa faixa um predomínio sempre dos Delírios de perseguição Depois desses Delírios de grandeza é religiosos são devidos também bastante frequentes comparando com outras outras outras culturas né que mantém os dados brasileiros só para ter como
comparação né depois no Japão Coreia do Sul China Formosa Paquistão também tem uma estrutura parecida né esses conteúdos né eu achei um estudo muito legal esse estudo da África do Sul né é com um etnia e o povo choro lá e que vai mostrar aí muito Delírio muito Delírio religioso né E aqui Os Delírios de feitiçaria Então esse é uma é um dado bastante interessante eu vou pular isso aqui vou falar já direto desse da África do Sul Esse é interessante porque a frequência dos Delírios de feitiçaria na África são particularmente importantes e a feitiçaria
é um elemento cultural na África subsaica bastante presente bastante presente em todos os antropólogos eu fiz um doutorado na antropologia em 2013 e trânsito na antropologia por sempre foi apaixonado por antropologia social cultural e sempre conversando com os africanistas e tal a questão do Feitiço da feitiçaria é um elemento muito forte muito forte e naturalmente vai se expressar no conteúdo desses da doença mental doença mental ela embora ela se destaque da Cultura como um elemento patológico ela não é simples expressão da cultura Ela se alimenta da Cultura né as pessoas têm no seu repertório de
experiências ao longo da vida eles predomínios né esses predomínios né E por que esse predomínio de perseguição é a questão da percepção aí eu eu coloco isso no livro Eu acho que isso tem muito a ver uma hipótese né não muito sofisticado acho que é uma hipótese bastante bastante de um senso comum até né ou seja por que que essas questões são tão recorrentes Da perseguição né da do demônio e tal Porque eu acho que isso tem a ver com temas existenciais básicos do ser humano como tem a ver com temores temores do ser humano
né o ser humano a questão da segurança ter uma segurança mínima na sua vida a vida é uma experiência muito sempre muito perigosa né viver é muito perigoso é muito perigoso mesmo né a gente sempre pode estar solado por um acidente por uma doença grave e não sabe se a gente está com tem um câncer oculto no corpo se a gente vai perder uma pessoa muito querida muito importante para a gente a qualquer momento a gente pode perder né a qualquer momento a gente pode perder tudo que a gente tem em termos de dinheiro pode
mudar o regime político que a gente ser perseguindo política e não sabe Essas coisas acontecem na história a experiência de segurança ela é mais exceção do que do que a experiência de um certo perigo na vida né Vocês moram aqui em São Paulo uma cidade grande uma cidade que é perigosa tem que tomar cuidado por onde você anda né a violência Então é isso é algo algo que é não é à toa que nos delírios a questão da ameaça do perigo da possibilidade de morte de sofrimento é tão importante não acho que tá acho que
dá acho que dá aguenta já estamos chegando no final aqui tá legal obrigado Alexa obrigado então questões relacionadas à segurança alimentação sexo também são temas ou Freud mostrou isso para todos nós como a Sexualidade é algo que tá muito né relacionado muito muito importante poder ter poder ter prestígio E aí o que a gente busca no sentido de de dar conta dessas desses temas tão importantes não ser destruídos sobrevivência como é que eu faço para ter um trabalho para ter um lugar no mundo né que que me dê segurança que me deu dinheiro né que
eu me realize em termos de prazer de realização amorosa assim por diante e aqui esses temas os temores né A morte é um temor eu acho que todos nós né nós temos essa questão Todos nós sabemos que somos finitos sabemos que vamos morrer isso é constituinte da da existência humana né esse ser para a morte do hardinger de fato nós somos seres que temos a única certeza que a gente tem é que a gente vai morrer um dia aqui não somos Imortais né pode ser muito próximo pode ser longe os mais velhos sabem que tem
mais passado do que futuro agora né os mais jovens têm mais futuro do que passado mas a gente tem certeza da morte é um temor né E a gente tem que lidar com isso a gente vai lidar com religião vai lidar com questões místicas mas com continuidade através das novas gerações nós professores nos sentimos sobrevivendo tendo continuidade ensinando formando os jovens isso tem um aspecto muito muito gostoso né a gente contribuindo para pessoal aprender e e tentar melhorar e fazer uma psiquiatria melhor é um tipo de paternidade maternidade né e os jovens filhos nossos filhos
nossos profissionais intelectuais né então a gente vai lidando com esses temores como a gente pode né com a questão do risco de uma doença grave dor física não é à toa que as questões Sobrenaturais são sempre presentes né a religiosidade os grandes pensadores do final do século 19 uma Freud Marx mesmo é uma crença frágil com essa ciência vigorosa do século 19 né século 20 o homem primeiramente envolto em ciência não vai precisar mais de religião será é futuro de uma ilusão do Freud né futuro de uma ilusão Aí o amigo dele que era pastor
o fígado ele escreveu a ilusão de um futuro é uma resposta a amigável ao professor Freud né e fiz te tinha razão né parece que a humanidade a gente vê a questão da religiosidade crescendo no mundo na verdade não tá diminuindo tá crescendo né tá entrando na política às vezes de uma forma assustadora né então é bem interessante eu acho que ela ela tem um sentido Eu por exemplo não sou uma pessoa religiosa não tenho como a Raquel de Queiroz aquela escritora falava assim Deus não me deu o dom de Acreditar nele né não tive
esse dom né e eu acho mais confortável Mas apaziguador você ter fé e tal talvez muita ciência fez mal para minha cabeça nesse sentido bom terminando agora a última coisa que eu falar para a gente começar a debater normalmente a gente quer que o residente aprenda a fazer uma boa história Clínica aprenda técnica da entrevista saiba entrevistar bem o paciente né de uma maneira respeitosa cuidadosa Sagaz né e faça uma história Clínica e faça um exame de estado mental isso os preceptores sempre vão cobrar é importante isso e a gente ensina como se faz usando
o estado mental conhecendo as funções psíquicas conhecendo os sintomas as alterações de cada função psíquica e se vocês sabem já né Nós já estamos em abril mesmo já sabem que tem que descrever o nível de consciência orientação atenção memória pensamento linguagem inteligência mesmo que seja uma inferência realidade e tal isso todos têm que fazer eu acho que isso é uma é um ensino muito importante né entretanto Entretanto é eu acho que seria eu comecei a pensar já alguns anos de que na verdade os sintomas todos eles não não devem ser colocados no mesmo plano né
E aí é lendo esse autor oitepreste e agora a outros autores espanhóis que falavam de transfusos dos sintomas e sintomas algo que seria um sintoma emergente eu pensei em organizar um pouco isso que me parece prático e dá uma visão melhor na ordenação desse dessa descrição do exame do Estado mental né nós teríamos alterações psicopatológicas de fundo e alterações emergentes Essa Ideia discriminar dois tipos de alterações de fundo e outras fundo e as alterações emergentes na última edição do meu livro eu já falo sobre isso lá no capítulo 27 mas os esquemas que eu tô
mostrando aqui veio vieram depois da edição eu pensando em aulas e tal fui montando vou montando é o que eu vou mostrar para vocês agora né a de um nível um né que é o nível mais basal permanente é um transpondo basal permanente né em que você tem aqui quem é quem é essa pessoa que está adoecendo essa pessoa com esquizofrenia nervosa com Mania né com fobia social quem é essa pessoa como pessoa qual a sua personalidade né se tem traços de personalidade tem um transtorno de personalidade né sua inteligência como é a inteligência é
o nível normal né Isso é um transfundo mais basal e permanente até o estilo de inteligência o estilo cognitivo da pessoa então ctos básicos permanentes que de maneira geral mudam pouco ao longo da vida o nível de inteligência de um rapaz de 20 anos se ele não tiver uma doença uma demência com 60 anos com 50 60 anos 70 anos vai ser surpreendentemente a personalidade também é uma dimensão surpreendente Óbvio existem alterações Às vezes o indivíduo amadurece um pouco às vezes piora um pouco né fica mais impulsivo tem uma tendência a ficar um pouco menos
impulsivo mas não muda muito o aspecto geral da personalidade né E então esse seria um nível basal um transfundo permanente um segundo nível um nível também basal mas mais momentâneo é o nível de consciência que o paciente se apresenta e o estado de humor do paciente é algo que influencia todos os sintomas e que está na base de tudo é um transfunto mas ele é momentâneo de consciência varia bastante né e o nível de humor também o estado do humor humor irritado morancioso amor depressivo né Tá certo e finalmente o terceiro nível que seria o
nível emergente os sintomas episódios os sintomas específicos aí a gente tem essa maneira de visualizar né desses dimensões dos transfusos e dos emergentes né então nos transfusos nós temos elementos estáveis e mais permanentes e elementos momentâneos mais mutáveis e sintomas então aqui nós teríamos na base o transfundo mais estável e permanente o diagnóstico da pessoa o todo biográfico né da personalidade da Inteligência eu sempre falo também para os alunos de medicina para os residentes que a gente sempre faz duas formulações diagnósticas no nosso trabalho químico eu gosto de pensar assim um diagnóstico da doença da
síndrome da doença da pessoa quem é essa pessoa é um diagnóstico também tentar identificar como essa pessoa é como ela como ela vive no mundo que valores são importantes a movem né organizam a sua vida que fantasias que Elas têm que temores são os mais importantes que assolam a sua vida quem é essa pessoa na suas relações mais significativas e o diagnóstico da doença ele tem uma esquizofrenia tem um transtorno bipolar né e assim por diante a personalidade com os traços e a inteligência é o transfundidade mas mutável né que é o nível de consciência
e o estado de humor e os sintomas emergentes aí a gente Esse é o último slide que dando exemplos né o transfundo o transfundo estável e permanente quem é a pessoa né que é uma pessoa única singular né que tá diante da gente né a sua inteligência limita o filme inteligência superior o indivíduo com QI de 140 ou não é um tema deficiência intelectual leve moderada o seu estilo cognitivo também além da Inteligência a personalidade dos traço da personalidade vários tipos o nível de funcionamento da personalidade como dsm-5 propõe agora em relação ao selfie em
relação às interações é esse é o transfunda estado e permanente interessante de ser descritas né o humor depressivo ansioso irritado eufórico e a consciência e depois os sintomas emergentes é o pensamento desorganizados agregado compulsões fobias Pânico e assim por diante né Eu acho que esse é um esquema que eu acho interessante a gente pensar e que eu tô tô fazendo propaganda dele com os residentes então nós temos reunião clínica toda terça-feira na enfermaria eu peço que eles tentem apresentar com esse modelo para ver como é que funciona se funciona se não funciona Tá certo eu
acho que é isso gente obrigado obrigado pela apresentação pela apresentação Professor Eu que agradeço atenção a paciência de vocês também foi excelente contribui muito do nosso conhecimento aqui e para nossa psicopatologia do nosso curso de psicopatologia pela instituição [Música] primeiro gostaria de agradecer o convite do Milho porque é uma honra para qualquer psiquiatra fazer comentários da aula do galarondo e eu queria levantar alguns aspectos de comentários da sua aula e das aulas que a gente tem aqui de psicopatologia que a gente dá muita ênfase e a psiquiatria é um conjunto é uma aplicação de várias
ciências ele não sofre de um sintoma ele sofre de um centímetro S [Música] sensoriais digestivas sexuais o doente psiquiátrico sofre de um sentido que a gente vê às vezes não tem sentido nenhum e só através da ciência psicopatológica que a gente pode incluir chegar próximo [Música] sem sentido para a gente isso e eu gosto muito de produzir aqui apesar [Música] a aula tem cinco patologia a psique a alma o Patos a empatia onde está a alma é um gesto e o livro do aspers mostra muito isso Onde está esta psique essa alma conversa [Música] no
exame psíquico são até mais perguntas das vestimentas na conformação da casa como namora como estuda como trabalha como vem a vida política social como leva a sério as escritas as obras e depois tenta eu não sei se ainda é muito bem visto isso no momento tentar relacionar compreender ou explicar que além de todo o livro de artes Mostra aí a gente precisa de construir a biografia da pessoa se a gente não construir a biografia da pessoa aliás uma biografia bem feita às vezes dá muito mais coisas do que um exame e depois de aprender [Música]
[Música] a psicopatologia fenomenológica eu acho extremamente Mas será que daria problemas com reunido ele leva um diagnóstico trata mais do que das categorias existenciais [Música] [Música] é que mesmo imaginava e a neurociência ela é infinita é da psicologia explicativa dos porquês provavelmente durante a aula do dalvarongo mais 700 calças de esquizofrenia foram descobertas no mundo durante o tempo que ele deu que esta sedução da neurociência Será que tá fazendo a gente escutar negros [Música] é muito fácil tá aqui nós vamos apresentar temos uma aplicação por muitos conteúdos mas tem gente que muita gente falando que
não tá se estudando mais conteúdo para vocês principalmente para nós e as empresas para sempre [Música] não adianta [Música] [Música] a gente não existe não é consciência de personalidade [Música] as obras dos trabalhos e enfim muita paciência as coisas da Laura mas quanta coisa através dos pacientes das visitas domiciliares das obras e fazem a gente entender mais então gostei muito do livro O último livro editado aqui peladologia e entrevista psiquiátrica voluntários sobre a frase [Risadas] [Música] [Música] Renato aqui conversando com vocês eu acho que as questões que você levanta eu em dócil né Eu acho
que a nossa a nossa profissão ela tem como base a escuta do paciente né um tipo de escuta e que precisa ser paciente a gente precisa ter um pouco pelo menos um pouco de tempo tem que ter tempo paciente tem que ter uma atitude acolhedora né dentro das nossas possibilidades Nós também temos limites e em pacientes que a gente não aguenta a gente fica fica irritado ficando médico a gente né mas dentro das nossas possibilidades humanas ouvir o paciente eu vi essa história singular [Música] tentar buscar como paciente sim alguns sentindo que seja o sentido
que seja que tem um tem aquela aquela experiência algum alguma algum lugar no mundo eu tenho me preocupado muito é a gente fala a partir do trabalho da gente né do dia a dia da gente eu trabalho na no Hospital das Clínicas da amigão numa enfermaria de psiquiatria de pacientes Agudos é pequena mas com pacientes geralmente em quadros psicólogos Agudos com os pacientes jovens são aqueles que me mobilizam mais a base garotas 16 anos 20 23 24 e pacientes de classe baixa baixa classe média baixas e é impressionante como nós temos uma dificuldade enorme para
trabalhar com esses pacientes pela questão de Primeiro eles não estão interessados no tratamento tal como a gente procura um tratamento médico psiquiátrico medicação com psicoterapia com eventualmente até as terapia que a gente tem desenvolvido bastante lá né E muito menos tomar medicação entre um quadro seco fica um mês dois meses para sair do quarto Psicótico na semana seguinte então os amigos na casa dele como a maconha ainda e a primeira coisa de trocar Omeprazol que for por maconha em cocaína e volta tudo para trás ele pensando nesses vasos nessas garotas e a sensação que eu
tenho é que eles não têm um lugar no mundo eu acho isso também uma coisa importante a nossa sociedade é uma sociedade o Brasil sociedade como a sociedade brasileira né é uma sociedade extremamente com pesquisa extremamente exigente no sentido de quem não tem habilidades quem não tem uma boa formação tem muita dificuldade sobreviver nós temos uma taxa alta de emprego em desemprego em jovens né Nós temos um sistema solar com muita dificuldade né e uma sociedade extremamente competitiva e que essas pessoas ficam para fora né Então aí você tenta achar um tratamento mas não é
só o tratamento né que importa importa é ter um lugar para essa pessoa no mundo né tem o mundo dos velhos Eu me considero nós eu gosto muito de um autor que é isso culturalista diz que toda toda geração tem tem uma luta tem questões né e é uma das Gerações mais velhas [Música] lugares do mundo possibilidades de ser modos de ser viáveis aceitáveis valorizadas E aí a gente não não consegue oferecer isso o tipo de sociedade que a gente tem e não consegue né então a gente de maneira geral que vai ficando mais leve
vai ficando mais conservador politicamente eu tô cada vez mais radical pelo contrário eu tô ficando cada vez mais é executado com essa sociedade é muito bom muito pouco e aí você tem junto com essas dificuldades econômicas de trabalho você tem parece cada vez cresce mais né da violência né a gente tá todo mundo chocado no Brasil pela questão da violência na escola fiz horas de Blumenau apesar de aqui em São Paulo né porque tanta violência né porque tanta doença a sociedade assim tá muito muito e parece que existe uma cultura da violência os games que
os adolescentes consomem são gays extremamente violentos o cinema as séries A violência é uma linguagem violência é uma cultura que tá aí para colocar daí né então a gente outro dia tá falando da minha vida namorado na hora dela trabalha com cinema e tal ele é impressão é que esse tipo de coisa aquele tempo que aconteceu em São Paulo anos Isso não é possível né porque tem um fenômeno contágio a gente sabe que tem uma linguagem de contágio é muito poderoso né e a gente viu né agora em Blumenau e isso vai é como suicídio
não se deve noticiar suicídio sobre todos os suicídio de pessoas famosas de adolescentes o fenômeno que aconteceu na Europa já tá escrito né [Música] mais de 200 anos né Então mas simplesmente não noticiar talvez seja uma estratégia né mas ele não sabe o que fazer de fato nós os velhos não sabemos o que fazer o que oferecer a gente acha que tem uma coisa que tá muito errada eu pelo menos acho mas assim o que eu oferecer né É difícil é um encontro porque nós temos voltando aqui para psicologia e do nosso trabalho nós vamos
clínicos nós lutamos revolucionários nós somos ativista político são filhos nós tentamos ajudar indivíduos né pessoas que estão sobre mim mas eu indivíduo Tá no contexto social [Música] político cultural porque às vezes dá impressão que nós trabalhamos quando a sensação do nosso trabalho faça isso né [Música] [Aplausos] a gente tem alguma pergunta o comentário da plateia tá que fazer uma entrega no nosso livro de psicologia eu vou falar que foi privilegiado pelo professor Que honra muito obrigada olha que maravilha ficamos muito felizes porque na verdade foi uma conjunção revista na residência [Música] [Música] um evento que
ocorre eu acho que a cada duas semanas é a aula de psicopatologia ao vivo online parece que o pessoal da Unicamp que o pessoal da Unicamp e continuar segunda-feira às 18 horas aberto quem quiser participar é um prazer né são as aulas de Patologia ao longo do ano todo né Eu quase todas elas a maior parte sou eu que dou as aulas de Patologia a gente renovar a lista Que ótimo eu tô vendo aqui as minhas residentes queridas né Presidente querido né [Música] aqui para USP a gente fica muito feliz né e é sempre um
crescimento né Muito legal obrigado também vocês virem Aí queria agradecer muito Professor Paulo por ter vindo aqui fazer essa aula para gente também o Dr Renato pelos comentários Obrigado a todos Obrigado obrigado [Aplausos]