Astrobiologia: estudando a vida no Universo

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Ciencia19h IFSC-USP
Tema: Astrobiologia: estudando a vida no Universo Data: 21/03/2017 Palestrante: Prof. Dr. Douglas G...
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bom boa noite e bem-vindos a mais uma palestra do programa ciência às 19 horas que são palestras mensais divulgação Científica geralmente realizadas na terceira terça-feira de cada mês de março a junho e de Agosto a novembro dezembro a gente para pras pras férias aqui da do campus né a as palestras eh são gravadas e disponibilizadas no nosso site que é o www.fis.it ciência 19 horas que el já aparece no topo da lista lá vocês clicando entram vocês têm as próximas palestras vão ser realizadas vocês têm as palestras já realizadas que são mais de São estão
com 120 palestras mais ou menos todas elas gravadas com os vídeos disponíveis então vocês podem assistir online como no YouTube baixar o DVD e assistir na televisão ou então baixar o MP4 vocês podem ver até no computador ou no celular ok e também todo o material relacionado a à palestra né fica disponível no site tem os slides da apresentação Ah quando o palestrante permite a gente coloca lá e também tem as entrevistas que o Rui tem feito eh que são eram gravadas o áudio depois de transcritas e a partir de hoje hoje foi a primeira
nós vamos colocar o vídeo da então um vídeo de mais ou menos 5 minutos que o palestrante resume o que trata a palestra Ok Ah bom além disso a as palestras são transmitidas não ao vivo mas retransmitidas no canal 10 da NET local é o pessoal do Bras que coordena a programação disso daí inclusive por Demanda vocês podem solicitar eles para s no canal local da NET o canal 10 e nós transmitimos a palestra ao vivo pela TV por internet da USP que é a IPTV bar USP Ok então se algum dia vocês tiverem como
eu aqui tudo quebrado né não pode sair de casa então vocês podem assistir em casa pela IPTV USP ok nós estamos ao vivo inclusive agora bom as palestras são realizadas desde de Agosto de 2004 então nós estamos no 13º ano né e e o programa tem tem tido essa duração graças ao apoio que a gente recebe ah primeiramente do próprio ifisc né da diretoria do ifisc o atual diretor é o Professor Tito José bonagamba né Nós temos também a o apoio do cepof que é o centro de pesquisa em ótica e fotônica coordenado professor Vanderlei
banhato que é um cepid da Fapesp E também o inct do Ministério da Ciência e Tecnologia nós temos o inel que é o Instituto Nacional de eletrônica orgânica coordenado Professor Roberto Faria também aqui do Instituto de Física São Carlos né ah Nós temos dois outros cpides não baseados aqui no nosso institutos mas que tem participantes aqui que é o ctev que é o Center for research technology and education Vit materials coordenado professor de G anuto da Universidade Federal eh de São Carlos na engia dos materiais da ofsc Ok cpid da Fapesp também nós temos cdmf
que é o centro desenvolvimento de materiais funcionais coordenado Professor Elson longo do Instituto de química da Unesp de Araraquara esse também é um cepid Fapesp Além disso nós temos o apoio da pró-reitoria de Cultura extensão da USP né universid de São Paulo e do Instituto de estudos avançados da USP São Carlos Hum que é o que é um é um Branch do Instituto de estudos avançados da USP na divulgação nós temos o apoio além dos jornais locais aqui do projeto contribuindo da cultura coordenado pela Fátima camago Acho que todos vocês conhecem que organiza o chorando
sem parar no final do ano além de muitas outras atividades aqui na coisa inclusive hoje à noite também estão tendo um show eh aqui em São Carlos tem a rádio Universitária FM 102.1 MHz que tem ajudado bastante na divulgação além da rádio fuscar FM 95.3 MHz e o a retransmissora da TV Globo aqui em São Carlos a IPTV também H ajuda na divulgação eh das nossas palestras Ok bom h a próxima palestra no mês que vem eh vai ser no dia 25 de Abril terça-feira à 19 horas aqui esse auditório a palestrante vai ser a
professora Ana Maria camago e o assunto é Oncologia é a medicina personalizada em Oncologia a contribuição da genética para o tratamento do Câncer como vocês sabem hoje você pode adiantar muita usando a genética né adiantar muita informações sobre câncer e tudo mais é sobre isso que ela vai falar ou seja uma medicina personalizada em Oncologia dos especialistas nessaa aqui no Brasil dia 25 de Abril hor no B eje é um grande prazer nós temos aqui o professor Douglas Galante é do laboratório Nacional de lucot em Campinas né Ele é Bacharel no curso de Ciências moleculares
da Universidade Deão Paulo campus da capital Ok e daí ele fez o mestrado o doutorado e pós-doutorado no instituto de astronomia geofísica e ciências atmosféricas da USP o IAG Ok ah ele hoje é pesquisador do laboratório Nacional de Lu sincron né é coordenador de uma das Linhas a tgm e e ele também é pesquisador associado do núcleo de pesquisa em astrobiologia que é o nap astrobus né que é na verdade relacionado ao tema ah da palestra de hoje então um grande prazer termos aqui Douglas Galante Muito obrigado falando sobre astrobiologia eh antes de mais nada
eu queria agradecer ao luí ao convite mas principalmente a vocês por estarem aqui eu espero não cansar vocês demais e você e vocês acabarem dormindo nessa noite eh eu vou falar sobre astrobiologia eu queria que vocês ficassem à vontade para fazer perguntas a qualquer momento me interromper provavelmente muita gente aqui conhece muito mais sobre vários dos temas que eu vou falar Então interrompam fale que eu estou errado a gente tá aqui para isso como Luís falou atualmente eu sou pesquisador do laboratório Nacional de lucin tá conhe S não parece que eu tô numa lata Ok
eu sou pesquisador do laboratório Nacional de Luc sincron mas também continuo trabalhando bastante de perto com o pessoal da USP no núcleo de pesquisa em astrobiologia o nap astrobook tá aqui no cantinho que eu fui uma das pessoas que ajudou a fundar eh em 2010 2011 a ideia hoje é dar uma geral sobre essa área de pesquisa que é a astrobiologia que a gente vem tentando eh implantar difundir aqui no país e hoje felizmente muita gente conhece muito mais do que na época que eu conhe que eu comecei quando eu fiz a minha tese de
doutorado em 2000 quando eu defendi Minha tese em 2009 ela foi a primeira tese de pesquisa em astrobiologia de fato Então tinha muito pouca coisa sendo feita hoje tem vários alunos já trabalhando muita gente sendo formada inclusive alguns alunos aqui pelo ifisc tem alguns alunos tipo o Thiago aqui atrás que é aluno meu de Mestrado aqui e tem outros que tão trabalhando com essa temática na suas diversas Vertentes que eu espero que vocês conheçam um pouquinho bom quando a gente fala de astrobiologia É sempre bom começar do começo é sempre bom começar falando o que
não é astrobiologia para as pessoas não se confundirem uma dos um dos temas que a gente vai falar durante essa palestra e discutir um pouquinho com vocês é exatamente a possibilidade de vida em outros planetas só que quando a gente fala isso muita gente fala Ah legal isso é ufologia não é existe uma diferença Clara entre ufologia etezinhos homenzinhos verdes e coisas desse tipo A astrobiologia é uma área de pesquisa científica que usa o método de pesquisa de pesquisa e acadêmico moderno moderno na verdade o que a gente usa é praticamente media eh filosofia que
é medieval mas a gente precisa de eh Uma sistemática falseável então a gente precisa de uma hipótese que a gente consegue consegue comparar com o mundo natural para poder dizer se ela é é falsa ou não isso é a base da ciência e a gente usa experimentos para fazer isso a ufologia é um pouco diferente primeiro parte-se do princípio que existem ETs e a gente normalmente não assume isso e outra coisa é que o método científico normalmente não é empregado pelas pessoas que se dizem fazendo ufologia a maioria das pessoas faz uma observação enxerga alguma
coisa que não consegue explicar e presume que aquilo é um UFO que é um na verdade que aquilo é um ET que aquilo é um objeto construído por uma civilização e o que a gente não pode fazer em ciência é dar esse pulo Ou seja você vê uma coisa que você não conhece você presume que é aquilo que você gostaria que fosse isso não é ciência E é isso que a gente evita esse é um dos principais eh diferenças do que existe na do que é de fazer ciência e fazer alguma coisa que é uma
pseudociência quase uma religião que é acreditar a priori nisso que é mais ou menos o que todo mundo já deve ter visto aquele programa do History Channel né Alienígenas do Passado no começo do alienígenas do passado até que é legal né um pouco de arqueologia você vê o cabeçudo lá procurando nas nas ruínas ele encontra alguma coisa estranha ele não consegue explicar explicar então ele fala ah obviamente isso foi construído por ETs esse a obviamente é o que a gente não faz em ciência e é o que a gente não faz em astrobiologia bom isso
é o mais óbvio que existe de diferença isso é relativamente fácil de identificar ciência e pseudociência mas eu queria mostrar para vocês algumas coisas que são mais obscuras que principalmente em astrobiologia tem sido perigoso ultimamente tem algumas pessoas que se dizem fazendo o fazendo astrobiologia mas elas usam uma um jargão científico uma roupagem científica para passar temas que são eh às vezes crenças pessoais às vezes pseudociência inclusive eles dão pegam essa roupagem e criam revistas científicas como essa essa chamada Journal of cosmology que existiu por um tempo uma revista Open access uma revista eletrônica que
nas primeiras edições isso começou em 2009 eh eles abriram a revista como numa revista multidisciplinar os editores escreveram para vários pesquisadores importantes convidando a escrever artigos vários pesquisadores importantes de fato e respeitáveis escreveram artigos e publicaram nessa revista O problema é que por trás do corpo editorial da revista eh existia pessoas que tinham uma crença muito específica que é uma crença em uma coisa chamado panspermia cósmica que depois eu vou falar um pouquinho mais essa é esse é um dos editores é um pesquisador que hoje tá na univ unidade de Buckingham na no Reino Unido
ele foi aluno de doutorado do Fred Hoy aquele famoso astrônomo britânico sir Fred Hoy Aliás ele era Cavaleiro do império britânico e tanto o Fred Hoy quanto xandra e eles acreditam e eles falaram eles falaram várias vezes tem livros deles explicitamente eles acreditam que a vida aqui na terra ela não surgiu como um fenômeno espontâneo a AD Mas eles acreditam que uma civilização extraterrestre plantou as sementes da vida aqui no nosso planeta vocês já vi vocês viram o filme Prometeus vocês lembram do filme Prometeus já tá meio velho mas enfim e vocês lembram aquele começo
quando o ET aquele Alienígena bonitão lá se desfaz e eh semeia a terra com o DNA dele e daí surge a vida é o mesmo princípio eles realmente acreditam essas pessoas que uma civilização extraterrestre trouxe a vida para cá de propósito e semeou o nosso planeta com essa vida que vem se desenvolvendo de que se vem se desenvolvendo desde então e mais do que isso eles acreditam que de tempos em tempos essa civilização extraterrestre interfere na vida aqui na terra e interfere basicamente interfere na nossa genética por meio das epidemias virais eles acreditam que as
epidemias virais são colocadas aqui por organismos por seres extraterrestres eles realmente acreditam isso e tentam defender e tentam mostrar que material extraterrestre biológico orgânico tem sido tem chegado no nosso planeta eh por meio de asteroides e talvez de alguma coisa direcionado e eles têm aquela revista eles são os editores dela e de tempos em tempos eles tentam passar alguns artigos Semeando essas ideias e tentando mostrar que elas são verdadeiras e alguns dos trabalhos que eles têm feito coletando material na alta atmosfera então eles trabalham eh com em programas de lançamento de balões estratosféricos que vão
até 30 km de de altitude e coletam o material eles coletam esse material trazem aqui pra terra pro pros Laboratórios analisam e algumas vezes Eles encontram algumas coisas estranhas isso aqui é um exemplo que saiu num num artigo que eles publicaram em que eles apresentavam uma foto de microscopia eletrônica então isso aqui é é um objeto muito pequenininho que foi encontrado a 30 km de altitude e e isso daqui tem uma forma que é tipicamente de organismos vivos se vocês estudam do organismo Isso aqui é uma é uma é muito similar a uma carapaça de
alguns organismos marinhos muito pequenininhos isso foi encontrado lá em cima eles usam a argumentação de que um organismo aqui da terra nunca conseguiria chegar até 30 km de altitude e eles meio que não explicam isso eles só falam que seria impossível e portanto eles assumem que só poderia ter vindo do espaço e portanto Existe vida fora da terra é meio que a mesma argumentação do do alienígenas do passado eu não consigo explicar obvia obviamente é um ET só que tem que tomar cuidado eles não discutem no artigo por exemplo e quais foram os cuidados para
evitar a contaminação do material quando ele foi manuseado se você abre isso cai Algum objeto ali dentro pronto contaminou eles apresentam no trabalho só uma micrografia eletrônica e para quem já fez microscopia eletrônica sabe que se pegar a sujeirinha do umbigo de você e colocar ali você encontra o mickei sabe no universo microscópico ele é muito estranho encontrar formas estranhas não é difícil então encontrar uma forma que parece extraterrestre não é prova de nada você precisa repetir isso até isso ser consistente Então isso é uma falha na metodologia científica por isso é muito fraco por
isso que não dá para acreditar mas eles tentam usar isso e de tempos e tempos eles publicam esses artigos de fato um tempo atrás Eles tentaram publicar mas rodou nos tabloides por aí afora nos jornalecão mesma história encontraram numa experiência de balão estratosférico uma esfera supostamente metálica de titânio nem lembro mais o que que era que soltava um jato que eles dievam diziam que era uma gosma orgânica feita de DNA então obviamente eles falaram que isso daqui era de origem extraterrestre só que a análise que eles fiz era o de origem extraterrestre e trazia material
eh biológico extraterrestre aqui pra terra mas de novo a análise que foi feito é muito superficial isso daqui podia ser qualquer bolinha encontrada por aí afora e a minha preferida que que foi uma mais recente essa daqui acho que foi 2015 eh eles fizeram de novo microscopio eletrônica numa dessas amostras e encontraram essa estrutura estranha aqui que eles chamaram do touro espacial obviamente se tem chifres é biológico e é um ET obviamente então de novo Tem que tomar cuidado com esse tipo de coisa então mesmo que apareça um cara no jornal falando que trabalha no
centro de astrobiologia e falando que tem provas de vida extraterrestre duvidem a coisa que a gente mais tem que ser é cético dentro dessa área para uma coisa tão importante precisa de provas extremamente fortes e até hoje já para começar para frustrar todo mundo não existe nenhuma prova científica nenhuma evidência forte de vida extraterrestre encontrada seja do Sistema Solar seja além do Sistema Solar seja encontrada aqui no nosso planeta a gente continua procurando a gente acha que é provável mas não tem nada ainda até agora bom eu falei o que não é as biologia falei
que existe muita coisa que se passa por isso mas afinal o que é astrobiologia eh a astrobiologia atualmente com o que a gente entende de astrobiologia porque ela é uma área de pesquisa bastante nova eh ela é basicamente uma ferramenta multidisciplinar Ela não é uma disciplina em si até o momento é uma ferramenta multidisciplinar que usa de várias áreas diferentes de Especialidades da física da química da biologia da geologia da astronomia para intentar entender o fenômeno da vida na Terra e no universo desde sua origem sua evolução aqui no nosso planeta em profunda conexão eh
com os sistemas planetários com a hidrologia com a geologia com a atmosfera e a sua distribuição seja nos ambientes mais extremos inóspitos dos do planeta tentar procurar exemplos extremos de vida seja a possibilidade e a e o teste e a procura científica de vida em outros lugares do nosso universo seja no sistema solar seja além do Sistema Solar nos exoplanetas como eu vou comentar então é uma área que tende Tenta ligar o que a gente sabe de biologia aqui que a gente vem aprendendo de biologia e da química enfim da geografia da geologia da das
ciências atmosféricas do que a gente conhece de sistemas naturais do nosso planeta e tentando conectar num num problema Mais amplo pra gente tentar entender a vida em outros em outro contexto e hoje se você abre os jornais praticamente toda semana foi descoberto um novo planeta habitável em torno da estrela x da estrela y a gente tem descoberto que o que a gente conhece aqui sobre o nosso planeta Talvez seja aplicável em muitos outros planetas Então por que não a gente usar a metodologia científica que a gente tem para tentar entender sobre a vida nesses outros
lugares bom essa é a ideia da astrobiologia eh o então eu não lembro eh eu devia ter falado isso antes Eu esqueci de de colocar o slide aqui uma das grandes diferenças dessas duas abordagens da ufologia ou da da crença da da panspermia cósmica lá como como tem o xandra e da astrobiologia científica eh se vocês lembrarem daquele quadro quem assistia Arquivo X ou assiste Arquivo X do do quadro do molder né I Want To Believe o que a gente não quer em astrobiologia e em ciência é acreditar a gente não quer acreditar a gente
quer testar a gente quer provar mesmo que a resposta seja negativa o pra gente tentar entender o fenômeno da vida no universo obviamente a gente precisa tentar entender o contexto Então eu não sei se todo mundo já viu um pouquinho de astronomia cosmologia da história do nosso universo mas toda essa história até a gente chegar na vida ela começa até onde a gente consegue ir com a nossa ciência atual em um evento aproximadamente 13.8 bilhões de anos atrás que foi cunhado de Big Bang apesar de não ser uma grande explosão mas foi o momento em
que o espaço tem a matéria e a energia como a gente conhece foram criados ou surgiram aqui no nosso planeta ninguém sabe muito bem por ou como mas eles surgiram nesse momento e até aí que a nossa teoria as nossas teorias conseguem ir na verdade até perto disso eh nesse evento e eu vou obviamente cortar muito dessa história se vocês quiserem podem perguntar mas os primeiros elementos químicos foram criados e os primeiros que foram criados foram os mais simples e basicamente os átomos com um único próton os átomos com dois prótons que é o hidrogênio
e o Hélio elementos mais simples eles e mais alguns outros foram criados se espalharam pelo universo com o tempo eles formaram grandes nuvens de gás essas grandes nuvens de gás começaram a sentir a atração gravitacional depois de algum tempo especialmente de uma coisa chamada matéria escura que existe no universo e que a gente não sabe muito bem o que é também eh mas essas grandes nuvens de gás começaram a colapsar colapsar colapsar e quando você pega gás e comprime você você acaba aumentando a energia interna desse gás até que ele e ele vai aquecendo aquecendo
aquecendo até que ele fica tão quente que você tem energia suficiente para que dois átomos dois núcleos atômicos que estavam separados se juntarem no que a gente chama de fusão nuclear quando acontece a fusão nuclear pela física como pelo nosso no na física que existe no nosso universo quando dois átomos se fundem eles liberam energia Essa é a energia da fusão nuclear e quando isso acontece no interior dessa bola de gás comprim ela aquece ainda mais a bola de gás a bola de gás começa a brilhar e a gente tem o que a gente chama
de estrela então isso são as estrelas e no interior dela você tem as fusões nucleares pegando esses átomos esses núcleos atômicos simples feitos de um próton e dois prótons e fundindo ela em uma química cada vez mais complexas complexa gerando todos os átomos que a gente conhece eh na nossa tabela periódica no final do tempo no final dessa história Claro que tem um monte de outros fenômenos aqui aqui no meio para gerar todos os átomos que a gente conhece de fato e alguns desses ainda são artificiais não são produzidos na estrela somos nós que criamos
Eh esses átomos produzidos no interior da estrela no final da vida da estrela estrelas não são vivas como a gente conhece ou pelo menos como a gente define mas no final da trajetória evolutiva da estrela quando ela tá chegando eh no fim do que a gente chama de diagrama HR enfim quando ela tá chegando Depois de alguns bilhões milhões ou bilhões de anos nos estágios finais ela acaba liberando esse material pode ser de forma suave como se fosse um vento pode ser uma grande explosão como se fosse uma Supernova ela vai espalhar esses elementos químicos
no universo de novo vai você vai ter uma grande Nuvem de gás só que agora não só com hidrogênio e Hélio mas enriquecida com vários outros átomos da nossa tabela periódica com o tempo o processo de colapso começa de novo só que agora você vai colapsar uma nuvem eh muito mais densa muito mais enriquecida com elementos químicos e nesse novo processo de formação Estelar a gente vai ter o material não só para formar as estrelas mas para ao redor das Estrelas formar discos protoplanetários e dentro desses discos protoplanetários vai a gente vai começar o processo
de formação planetária e nesse nesses planetas agora tendo uma superfície rochosa e a possibilidade de uma química muito mais complexa com oceanos líquidos com rochas e minerais para formarem catalisadores a gente vai conseguir pegar esses átomos individuais e começar a formar moléculas cada vez maiores Até que a gente vai atingir um grau de complexidade química que você ao invés de ter uma molécula simples você vai ter uma molécula com função então ela vai começar por exemplo reagir com outras moléculas ou promover a reação de outras moléculas esse processo continua até que você produz um sistema
com as características do que a gente chama de vivo Então essa é a grande história da vida no universo conectada eh desde lá do início com o Big Bang e com os eventos astrofísicos e foi por isso que o Carl Sagan disse aquele eh astrônomo americano já falecido mas que eh fez a série Cosmos original antes do Neo de GR por isso que ele falou Todos nós somos feitos de poeira de estrela os átomos que estão dentro da gente foram fundidos no interior das Estrelas ou mesmo são resquícios da Explosão primordial ou do grande evento
primordial que gerou hidrogênio e héo então nós estamos conectados de uma forma muito íntima e a gente espera que essa mesma vida que surge nos Planetas Em algum momento comece a influenciar a própria evolução do Sistema Solar do do planeta do sistema solar e vai saber o que vai acontecer no futuro bom se a gente quer entender agora com mais detalhe eh como essa vida se comporta como ela surgiu e a possibilidade de dela existir em outros lugares e a gente desenvolver estratégias para tentar detectar essa vida em outros lugares a gente precisa de uma
definição muito clara do que é vivo no algum tempinho atrás eu falei da vida das estrelas e essa vida das Estrelas é uma analogia muito boba que a gente faz com aquilo que a gente aprende lá no prezinho sei lá quando que a gente aprende isso que o ser vivo aquele que nasce cresce se reproduz e morre Isso é uma grande bobeira né quando a gente começa a estudar a diversidade de vida que tem por aí a gente percebe que isso não é uma boa definição de vida então se eu não me reproduzir se eu
não tiver filho eu não sou vivo bobeira se a planta que não se mexe ela não é viva se uma bactéria que nunca morre por definição porque ela se ela se divide então o material genético dela continua ela é eterna ela não é viva Então essa definição de vi de vida é muito fraquinha e é essa que a gente usa lá pra estrela Mas essa é fraca Isso é uma definição boba vamos olhar para mais com mais cuidado eh e com menos preconceito para que pro que existe aqui no nosso universo muito do que a
gente faz se baseia em preconceito muito do que do que a gente faz não só em ciência mas enfim no dia a dia se baseia um pouquinho eh em antropocentrismo em achar que o universo tá aqui eh para nos servir que os animais estão aqui para nos servir que as plantas estão aqui para nos servir que o planeta tá aqui para nos servir e que nós somos o topo da evolução Os seres mais evoluídos abençoados aqui do nosso planeta Mas se a gente olha pra nossa humanidade né vi de presidentes atuais e afins eh a
gente percebe que a gente é um pouquinho mais limitado Então a gente tem que ser um pouquinho mais humilde com a nossa posição e a nossa importância no universo daqui a pouco a gente tá extinto Então essa história deve acabar logo então vamos olhar pro resto que existe para aí por aí pelo mundo e eu escolhi esse exemplo é um brócoli Romano chamado porque ele é muito bonito gostoso eu sou vegetariano então eu me identifico aqui né e ele tem algumas predes com que eu me identifico também que eu queria trazer para vocês uma delas
é a propriedade de simetria esse brócoli ele tem um formato que praticamente uma espiral Se você olhar de cima ele tem o que a gente chama de simetria Radial Eu Posso rodar ele que ele continua sendo o mesmo que tava antes isso é uma propriedade que a gente encontra em vários organismos vivos também propriedade eh de fato assim geométrica a gente vê isso em Conchas por exemplo que são espirais a gente vê em nós mesmos só que a gente não é espiral né a gente tem uma Simetria bilateral então a gente pode cortar no meio
e vamos ser mais ou menos iguais dos dois lados vários organismos vivos se baseiam nesse princípio de simetria e se baseio nesse princípio porque é muito mais fácil você construir sistemas simétricos eh por exemplo nós basta que eu desenhe metade é o espelho a outra pronto tenho dois e vários organismos que são também segmentados você tem a informação para produzir um pedaço repete ela você tem um organismo grande então a simetria é uma propriedade que é sensata no universo que tende a economizar energia então isso tá presente num brócoli mas está presente em outras coisas
também como nós mesmos esse brócoli também tem uma outra propriedade Super Interessante que é a propriedade de invariância de escala Essa é um pouquinho mais Sutil mas aqui no brócoli dá para ver de maneira muito clara essa Pinha grande parece que ela se se reproduz em escalas menores Então se vocês olharem tem a pinha grande e essa florzinha que essa Pinha tem uma pinzin menor nele se vocês olhar na folhinha dela vocês vão ver uma outra pinzin menor esse esse processo se repete várias e várias vezes a propriedade de invariância de escala ou seja o
mesmo objeto não importa a escala que eu use ela tá presente em vários organismos vivos de novo pela facilidade de você criar estruturas que se repetem é mais econômico produzir eh sistemas assim e ela também tem a propriedade de auto-organização não teve um cara que foi lá e modelou o brócolis pelo menos na visão científica do mundo mas sim ele se auto-organização dentro dele que a informação genética que diz como ele deve ser mais ou menos e ele teve o ambiente ao seu redor que ajudou a moldar e a permitir que esse sistema surgisse dessa
forma essa propriedade de auto-organização tá presente em praticamente eh todos os sistemas vivos isso tá na moda vocês vão ver genética na próxima eh na próxima reunião que é chamado epigenética é informação que vem do meio então vocês vão ver que essas duas coisas a informação que tem vem de dentro a informação que vem de fora é o que molda os seres vivos como a gente conhece bom e isso é claro num sistema vivo como esse brócoli gostoso mas também é claro em outros sistemas que existem na natureza e que a gente normalmente não identifica
como vivos Eu trouxe um exemplo de um cristal que é um cristal bastante especial que é um cristal de água então um floquinho de gelo floquinho de Neve um cristal como esses de novo se vocês olharem uma das coisas que vocês podem identificar é que eles têm simetria Radial vocês podem girar isso e vocês vão ver que o cristal se repete eh de novo e de novo e de novo eles também têm a propriedade de invariância de escala aqui não dá para ver mas se vocês derem um zoom vocês vão ver que as bordas TM
o mesmo tipo de ornamentação em escalas cada vez menores e ele também é auto-organizado e usando os mesmos princípios que eu falei pra vida ele tem uma informação interna só que ele não tem DNA ele tem a informação da molécula de água que tem uma certa geometria e que vai se organizar de uma forma pré-estabelecida baseado nas Forças físicas e químicas das relações entre as moléculas e ele tem uma força externa que é o ambiente a temperatura a salinidade da água enfim Seja lá o que for essas duas forças interagem e se auto-organizam nesse Cristal
não de uma forma determinística como vocês podem ver tem cristais de diferentes tipos Ou seja você tem uma variabilidade assim como a vida também tem uma variabilidade então a gente viu as mesmas propriedades de um ser vivo sendo reproduzidas num pelo menos algumas propriedades claro que eu me enfoque nas propriedades que são similares tem propriedades que não são similares se reproduzindo num sistema eh físico-químico e aqui eu quero dar um exemplo de um sistema mais abstrato do que o cristal eu trouxe aqui um fractal para vocês um fractal é uma figura geométrica é um sistema
que eh que é por exemplo isso aqui é um exemplo é um desenho de um fractal que é gerado esse fractal especificamente é gerado a partir de uma única equação matemática tem uma tem uma maneira especial de lidar com essa equação matemática mas basicamente você calcula o valor dela e calculando esse valor para cada um dos pontos dessa imagem aqui com pixels usando uma um critério especial você consegue obter esse desenho esse desenho surge espont mente de você resolver uma equação matemática de segundo grau aquela que todo mundo viu no colégio todo mundo sabe o
que é então uma equação Zinha boba gera uma complexidade de estrutura de forma extrema quase orgânica você vê desenhos de folhas de Galhos aqui dentro e de novo essa mesma estrutura e vários outros fractais vão ter simetria então você pode ver uma simetria num eixo aqui você pode ver uma simetria dentro da su espiral você pode ver essa simetria em vários pontos eles são também eles também apresentam invariância de escala se você olhar esse fractal nessa escala grande ou se você der um zoom aqui vocês vão ver que o tipo de ornamentação a forma como
ele se organiza se repete e se repete infinitas vezes e a vantagem de você ter um sistema que é abstrato como esse que vem de uma equação matemática é que você pode pegar um computador e fazer ele calcular infinitos zooms dentro dessa figura e obter de novo de novo de novo e essa estrutura se repetindo e o que eu quero mostrar com isso é que as mesmas propriedades da vida tão presentes na vida num sistema que todo mundo identifica como vivo num sistema físico-químico o cristalzinho de água e num sistema totalmente abstrato que é que
é uma equação matemática eles são iguais estão presentes no mesmo no mesmo tão presentes em igual quase igual nível e uma coisa legal dos fractais para quem ainda não viu fractais depois busc na internet porque é super legal inclusive dá para fazer esses desenhos em vários sites é que eles reproduzem formas realmente orgânicas isso aqui é um exemplo de um fractal de um sistema fractal que foi usado para gerar a distribuição de folhas numa árvore então e é é muito parecido com uma árvore real Quando vocês forem lá fora e olharem uma árvore Imaginem que
aquela distribuição de folhas de alguma forma obedece uma distribuição a partir de uma equação matemática que é uma coisa muito louca parece determinístico mas não é isso isso é área exatamente chamado eh de sistemas complexos ou complexidade E então procurem isso que é uma área muito divertida e sendo desenvolvida atualmente então isso pode ser usado para explicar distribuição de folhas numa árvore pode ser usado eu não coloquei aqui os exemplos mas para explicar a distribuição dos canais dentro do rim de vocês por exemplo que também parece uma distribuição ramificada a distribuição de neurônios dentro do
nosso cérebro e mesmo a distribuição de estrelas no nosso no nosso universo Essa é controvérsia tem gente que diz que não mas esse mapa que eu trouxe aqui para vocês é um dos maiores mapas que se tem do universo cada uma dessas visões aqui isso é visão do céu do Hemisfério Norte num sistema de coordenadas específico mas basicamente é o que tem olhando pro hemisfério norte pro hemisfério sul e o que a gente tá vendo não são não é um mapa de estrelas e nem de galáxias é um mapa de aglomerados de galáxias que existem
no universo então é o mapa em maior escala que já foi produzido e quando você olha isso e olha especialmente esse mapa em três dimensões você vê que a estrutura do universo é uma estrutura distribuição de matéria que parece de uma esponja ou de uma grande rede interconectada e a distribuição dessa desse material parece também obedecer a uma estrutura fractal Então essas e no final das contas o que eu quero falar é que essas propriedades biológicas físicas e químicas como como lado cristalzinho e no fundo matemáticas elas estão presentes em todos os sistemas do nosso
universo são propriedades comum comuns é assim que funciona o nosso universo Essa é a física Essa é a química Essa é a matemática do universo a vida essa é a conclusão final que eu quero dar para vocês pelo menos a interpretação que eu tiro disso é que a vida não é nada mais do que o resultado muito especial dessa da interação dessas diferentes forças do nosso universo então não faz muito sentido para um cientista imaginar que a vida só precisa existir aqui na terra não tem nada de tão esp que diga olha só aqui tem
essas condições a física química a natureza é igual em todos os lugares do universo pelo menos a gente acha então vamos procurar vida em outros lugares Essa é a ideia principal bom e quando a gente eh de fato se olha pra vida que existe aqui no no universo e aqui no com a vida que existe aqui na terra que a gente conhece a gente olha para toda a diversidade que existe e tenta fazer um senso comum desses tipos de vida então desde os animais mais fofinhos até os animais mais estranhos que existem por aí ou
bichos ou seres mais estranhos que existem que a gente tem até dificuldade de falar se é Vivo ou não o que existe de comum entre todos esses seres que a gente normalmente reconhece como seres vivos bom eh e aqui eu trouxe só uma das definições que existe pra vida que é inclusive chamada da definição ou conhecida como a definição eh oficial de Vida adotada pela NASA ela foi escrita por um pesquisador americano geral Joyce em 94 e que disse que vida é todo sistema químico autossustentado capaz de sofrer a evolução darwiniana e claro isso é
uma definição científica e uma das coisas importantes que a gente tem que aprender com definições é que elas têm limitações eh por exemplo aqui diz que vida é um sistema químico ou seja ela é feita de átomos de moléculas de reações químicas que produzem as propriedades da vida como a gente conhece Ela diz que é um sistema autossustentado Ou seja que ela é capaz de criar as condições para se manter ao longo do tempo e ela diz que sofre evolução darwiniana Ou seja que há variação eh e mudança em função do tempo claro que hoje
a gente pode pensar em Sistemas que talvez não obedeçam essas definições por exemplo a gente pode falar de Inteligência Artificial um código de computador que é capaz de mimetizar as propriedades como a gente conhece da vida que é capaz de quase aparentar a consciência quando você conversa com a Siri ou sei lá com quem n com a cortana não sei o nome de todas as assistentes que existem por aí quando você conversa com ela e o que a gente vai conversar com assistentes do futuro e ele responder para você como um ser humano responderia eh
um sistema que seja minimamente consciente como esse a gente vai poder chamar de vida ou não e a gente tá no linear de criar sistemas que são muito par com sistemas conscientes como esse esse não seria um sistema químico de fato seria um sistema informacional E aí é Vivo ou não é então a gente tem que usar a gente tem que dizer a gente tem que pelo menos entender as limitações das nossas definições e essas essa e na minha opinião o que traz grande parte das limitações da nossa definição de vida é a nossa limitado
o nosso limitado conhecimento de sistemas biológicos essa foto que tá aqui do lado foi uma foto tirada pela sonda Voyager quando ela estava saindo do Sistema Solar essa sonda foi a primeira sonda eh que saiu do nosso sistema solar na verdade a única sonda que saiu do Sistema Solar de fato ela tá viajando há mais de 30 anos e quando ela tava saindo do Sistema Solar eh o o Carl seagan o mesmo astrônomo teve a ideia de virar a sonda pra terra virar as câmeras pra terra e tirar uma última foto do nosso planeta Então
se vocês olharem não dá para ver claro que não dá para ver mas em algum lugar aqui no meio tem um pontinho acho que tá aqui eu não consigo ver pelo menos tem um pontinho Azul muito fraquinho esse pontinho azul que tá aqui no meio é a terra que é o que o Sean disse ou chamou do pálido ponto azul e quando a gente fala sobre vida tudo que a gente conhece tá limitado ao que a gente conhece nesse pontinho são os sistemas biológicos que a gente conhe até hoje todas as nossas definições de vida
foram feitas a partir de exemplos da vida que a gente conheceu dentro desse pontinho aqui e o que eu vou falar e eu vou falar daqui a pouco mas todos esses sistemas vivos apesar de serem muito diferentes como o cachorro fofinho ou uma salamandra estranha ou uma uma alo arqueia quadrada aquela verdinha todas elas dividem propriedades muito similares todo mundo é igual no ponto de vista bioquímico então o nosso conhecimento de sistemas vivos é muito limitado a gente só tem um exemplo de vida o que a gente precisa para partir da nossa da nossa definição
de vida partir para uma teoria geral de vida que a gente possa usar para outros sistemas é ter outros exemplos porque a nossa imaginação é muito limitada Quando você vai na ficção científica porque todos os ets Malditos tem duas pernas dois braços dois olhos porque a gente é limitado é is é isso que a gente consegue reconhecer então a gente precisa sair mundo afora universo aa e procurar por outros exemplos bom Opa que que eu fal aqui tudo bem falando da vida como a gente conhece eh todos os sistemas vivos aqui da terra eles se
baseiam em um princípio básico que é o que eu chamei aqui do viés celular toda a vida na Terra ela é feita ou Ela depende de células e o que são essas células a célula é um sistema que foi inventado aqui na terra basicamente para permitir a as reações químicas de um de do sistema que no futuro a gente vai chamar de vivo eh uma célula é um sistema que separa o meio externo do meio externo então o meio externo seriam o nosso seria o nosso oceano primitivo aqui na terra então basicamente a gente tem
aqui o oceano só que o oceano é um lugar muito vasto se você quer fazer reações químicas você precisa concentrar os seus elementos químicos de interesse mesma coisa que fazer um bolo Você mistura os seus ingredientes dentro de uma P ela a gente precisa da panela então o primeiro passo pra vida como a gente conhece é ter uma separação do que é externo e do que é interno que é o que a gente chama da compartimentalização Então as células tem o que a gente chama de membrana celular que separa o fora de dentro a membrana
da célula ela tem uma propriedade muito especial como a panela ela escolhe o que entra e o que sai então a gente vai escolher o que a gente vai jogar lá dentro essa propriedade é chamado de permeabilidade seletiva Eh Ou seja ela basicamente consegue selecionar as moléculas que podem entrar e as moléculas que podem sair de forma passiva quer dizer sem controle nenhum ou de forma ativa as células modernas T realmente bombas moleculares que puxam os elementos de interesse de fora e jogam pro interior da célula isso cria uma diferença química de dentro e de
fora Então essa é a primeira grande parte importante pra vida como a gente conhece o segundo passo é a gente precisa pegar essas moléculas que estão aqui dentro dentro e transformar em alguma coisa útil o básico que a célula precisa para ser viva é continuidade você quer que a célula continue existindo e não só que ela forme uma bolha de sabão que estore logo em seguida Então você quer que ela continue íntegra para continuar íntegra você precisa de uma maquinaria aqui dentro que Produza mais partes dela mesma com o tempo porque Com o tempo ela
vai se degradando isso é o que a gente chama nas células atuais de metabolismo e o metabolismo é feito por outro tipo outra classe importante de moléculas que são as chamadas enzimas só que não basta isso porque esse todos esses mecanismos aqui por exemplo essa maquinaria celular ela não funciona por si só você precisa ter algum sistema que controle o funcionamento dessa maquinaria em especial que tem a planta para produzir a maquinaria isso tá num s no que a gente chama de sistema informacional então toda célula tem um sistema que armazena informação que diz como
que ela funciona em todas as suas etapas que regula esse funcionamento hoje todas as células do planeta elas funcionam baseadas em material genético DNA ou RNA no passado talvez tenha sido diferente mas hoje é assim que funciona então esses três grandes sistemas o sistema de compartimentalização o sistema metabólico e o sistema informacional é o que fazem é o que constitui a células e PR e todos os organismos de vivos do planeta encontrados até hoje são feitos de células se eles não são feitos eles dependem de células porque a gente sempre tem um exemplo dos vírus
Será que eu coloquei ele aqui coloquei Então aqui tem um um exemplo de um vírus um bacteriófago ele não é feito de célula ele é só uma estrutura com um capsídeo uma cápsula de proteínas com material genético ali dentro ele não não tem metabolismo não tem nenhuma membrana mais sofisticada vai falar Ah isso daqui não é uma célula é um é um contra exemplo mas esse carinha aqui para ele continuar existindo para ele se reproduzir ele Depende de infectar uma célula que vai ter a maquinaria para ele se reproduzir então muita gente acredita que eles
sejam um subproduto da evolução ou que seja resquício no material genético primitivo enfim tem diferentes histórias paraa origem dos vírus Mas o que importa é isso ele é um sistema que funciona e que depende da presença de células então todos os organismos vivos dep das células e é baseado nisso que eu vou falar da definição de vida isso é um ponto importante que a gente tem que falar que eu que eu tenho que deixar claro quando eu tô falando de vida aqui da possibilidade de de vida fora da terra e de como a gente vai
procurar por vida fora da terra a gente precisa de uma definição pragmática de vida apesar de eu poder inventar uma coisa uma definição eh Super geral sei lá vida é aquilo que diminui a entropia do sistema localmente blá blá blá que é uma definição termodinâmica às vezes essas definições Gerais Elas são tão Gerais que elas não são práticas não dá para aplicar por exemplo se eu vou paraa Marte como que eu aplico isso num sistema ou como que eu construo um robô que vai procurar por isso às vezes não funciona então para de fato procurar
por vida a gente precisa pegar essas ideias abstratas e transformar em algo pragmático então a vida que a gente vai procurar Isso é para deixar muito claro é vida como a gente conhece e vida como a gente conhece é feito de células e células como a gente conhece são feitas de moléculas e um pouquinho dessas moléculas que eu vou falar agora é na parte de origem da vida como que esse sistema complexo surgiu bom eh para ele surgir eu vou precisar das moléculas opa pera aí eu vou precisar das moléculas que constituem eh essa célula
se eu pegar eh se eu pegar uma árvore lá fora bater no liquidificador ou se eu pegar eu mesmo e bater no liquidificador com a fazer o estudo químico do que tem desse suquinho aí de palestrante o que que eu vou encontrar basicamente eu vou encontrar as as mesmas classes de moléculas eu vou encontrar um monte de água basicamente somos bolhas de água que andam Eh que que que faz que é o solvente Universal e que permite que as reações químicas aconteçam no interior das nossas células eu vou encontrar ácidos nucleicos RNA e DNA que
fazem parte do sistema informacional eu vou encontrar aminoácidos que são parte das nossas proteínas que fazem a estrutura dos nossos corpos e das nossas células vão encontrar lipídeos principalmente os mais gordinhos né Eh que estão presentes aí com várias funções mas principalmente para fazer compartimentalização celular vou encontrar carboidratos que servem para várias funções são moléculas energéticas são moléculas informacionais são moléculas estruturais bom Essas são as moléculas básicas de que a vida é feita seja eu seja uma célula seja uma bactéria vivendo lá no oceano se eu olho para essas para essas moléculas em mais detalhe
eu vou ver quais átomos e de quais átomos que elas são constituídas e basicamente a vida aqui na terra usa seis átomos usa chomps carbono hidrogênio oxigênio nitrogênio fósforo e enxofre se eu tenho esses seis átomos e consigo arranjar eles formando essas moléculas eu consigo formar a vida então é isso que eu preciso eu preciso de chomps para fazer a vida claro que nunca a história é tão simples assim a vida como a gente conhece usa uma série de outros eh de outros átomos mas numa idade muito menor eles estão lá nas enzimas em alguns
sistemas informacionais para transporte de oxigênio enfim eh para equilíbrio osmótico enfim tem várias coisas que eles são úteis aqui mas a quantidade o que gera a estrutura o corpo o a grande parte dos nossos corpos é chomps é isso que a gente precisa como que a gente gera chomps no universo indo lá para trás e Relembrando que eu falei lá lá no comecinho lá no Big Bang 13.8 bilhões de anos atrás a gente gera hidrogênio e Hélio e um pouquinho de lítio então o hidrogênio que a gente precisa pro chomps grande parte dele já foi
gerada lá no Big Bang E é isso que a gente tem até hoje como que a gente gera o resto dos nossos elementos químicos a gente gera no interior das Estrelas vocês lembram que com a pressão a gente faz fusão nuclear e a gente gera todos os elementos químicos e Daí depende tem uma grande variedade de estrelas no nosso universo desde as muito pequenininhas que geram que que tem uma capacidade de fusão só para fundir os elementos mais leves hidrogênio e Hélio até as estrelas ma um pouquinho maiores como da classe do Sol que geram
carbono nitrogênio e oxigênio e não muito mais que isso até as estrelas gigantes como essa aqui gigante vermelha que a gente chama que é enorme pode ter várias dezenas de massas Solares e elas têm tanta pressão que elas conseguem fundir vários elementos químicos e elas formam essa estrutura que a gente chama de casca de cebola no interior que a pressão é muito alta e muito quente você consegue fundir os elementos mais pesados conforme você vai indo pro exterior você vai fundindo os elementos mais leves Então você tem toda uma grande máquina eh de produção de
elementos químicos Mas mesmo nessa grande máquina com uma energia enorme para fazer elementos químicos a gente consegue fundir até o ferro então uma estrela normal no processo normal durante a evolução dela ela consegue fundir até o ferro isso porque existe uma propriedade física de que quando você tenta fundir dois núcleos de Ferro ao invés de você ganhar energia você começa a perder energia e Então isso é um limite físico no processo de fusão Estelar como que a gente consegue produzir os elementos que são mais pesados que o ferro na que existe que existem na natureza
bom a gente precisa de um processo ainda mais energético do que uma do que a fusão Estelar normal e nós humanos somos muito bons em imaginar processos mais energéticos a gente adora fazer isso quando a gente não tem energia suficiente que que a gente faz a gente explode então várias dessas estrelas no final da evolução delas elas passam por um período de instabilidade que vai causar uma grande explosão essa grande explosão é o que a gente chama de Supernova aqui a gente tem um exemplo do resultado de uma Supernova que é nebulosa de caranguejo nesse
evento de explosão você libera uma quantidade de energia que é quase que o equivalente a você pegar toda a massa do Sol e transformar em energia do nada então isso é uma quantidade de energia brutal de quase não consegue imaginar isso isso gera uma quantidade de calor imensa uma quantidade de partículas imensas que vão produzir reações nucleares Agora sim que são capazes de gerar elementos mais pesados que o ferro que tem número atômico 26 Não importa se eu perco um pouquinho de energia por reação não importa agora a gente consegue pegar toda essa energia da
Explosão e transformar nas no nos e usar paraos processos de fusão nuclear além do ferro e nessas explosões a gente basicamente gera todos os elementos mais pesados além disso a gente espalha eles pelo universo Semeando eles com os elementos que a vida vai precisar então assim a gente consegue completar o nosso chomps só que não basta eu ter átomos espalhados pelo universo como eu falei A vida é feita de células que são feitas de moléculas a gente precisa pegar esses átomos separados e juntar formando moléculas molécula mais simples pega um hidrogênio e outro hidrogênio dois
átomos junta você forma O H2 o o o gás hidrogênio altamente explosivo mas que hoje por exemplo tá sendo usado como combustível então a gente precisa fazer química a gente precisa ligar átomos fazendo ligações químicas eh E isso também acontece no espaço não só num tubo de ensaio isso é essa área da química no espaço é chamado de astroquímica eh e de fato o espaço tem condições para fazer Química mas é um pouquinho diferente quando a gente fala de uma reação química num tubo de ensaio eh a densidade que eu tenho ali é muito alta
você tem a água líquida você tem os seus reagentes a gente diz que a a a velocidade das reações químicas é proporcional à quantidade de átomos próximos que você tem porque para fazer uma reação química basicamente dois átomos têm que se colidir e formar essa ligação se você tem átomos muito distantes a probabilidade deles se baterem é muito pequena numa numa num num frasco Onde você tá fazendo a reação Você tem uma quantidade de átomos Por cím cbico que é um cubinho de centímetro que é da ordem de 10 a 23 átomos um que a
gente chama de 1 mol isso é um é um seguido de 23 zeros é um número gigantesco trilhões quadrilhões eu nem sei nem nem sei dizer qual que é esse número é gigantesco de átomos por cm Cico então a probabilidade deles se encontrarem é enorme agora quando eu vou pro espaço onde a gente tem essas grandes nuvens de gás como essas observadas aqui pelo Hubble apesar de parecer um material denso é mais ou menos uma nuvem que tem aqui no céu Parece denso quando você tá aqui de baixo mas se você passar por um avião
você mal vê a nuvem aqui ainda pior a densidade é nula se você tivesse lá pare ia parecer que não tem nada a densidade é no meio interestelar médio é da ordem de um átomo por cm Cico Então dentro de um cubinho tem um átomo passando por ali a chance dele encontrar com outro átomo é muito pequeno então pra química acontecer de fato a gente precisa procurar essas regiões que tem uma densidade um pouquinho maior algumas dessas regiões são essas nuvens essas nuvens e de poeira e gás como essas daqui nessas regiões a densidade é
gigantesca é da ordem de 100 a 10.000 átomos por cm C ainda é uma miséria se comparado aqui na terra mas já torna as reações químicas possíveis a reação química que aqui na terra ia demorar sei lá um segundo para acontecer numa nuvem ela vai demorar 100.000 1 milhão de anos para acontecer é tudo muito devagar mas felizmente o nosso universo é muito velho tem bilhões de anos de anos então a química vem acontecendo e essas moléculas vêm se acumulando nessas nuvens de de gás na superfície de de grãozinhos de poeira que tem ali e
que funcionam como catalisadores para acelerar as reações químicas em gelo grãozinhos de gelo que se formam ou mesmo em pequenos corpos que são capazes de se agregar como pequenos asteroides ou planetoides que se formam nessas condições pela agregação de dessa poeira interstelar nessas nessas condições moléculas são geradas e hoje a gente consegue apontar os nossos telescópios para essas nuvens e de fato medir a presença dessas moléculas e a gente usa técnicas chamad de espectroscopia e detecta várias moléculas nessa tabela só tem algumas das moléculas que já foram detectadas no espaço e cada dia também Surge
mais um tempo atrás surgiu a glicina detectada nos cometas enfim moléculas são geradas no espaço existem centenas que já foram detectadas e o mais legal dos últimos anos é que a gente tem aprendido que várias dessas moléculas Principalmente as maiores elas são moléculas ricas em carbono que são chamados hidrocarbonetos que é a base da vida como a gente conhece os Amin ácidos os lipídios eh os açúcares todos esses são hidrocarbonetos então o universo é uma grande máquina que produz hidrocarbonetos de todos os tipos sem distinção então além de nessas nuvens de gás além de você
ter uma riqueza de átomos Você tem uma riqueza molecular também presente inclusive algumas coisas mais complicadas ainda como essas eh redes de carbonos que são chamados os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos E essas bolinhas de carbonos que são chamados fenos ou Buck Balls que é basicamente uma bola de futebol exatamente a mesma estrutura formada por hexágonos e pentágonos com 60 vértices ou 60 átomos de carbono que também já foram detectadas e formadas espontaneamente no espaço então o universo é tem uma química extremamente criativa para gerar a maior variedade possível de moléculas e estruturas que depois podem ser
selecionadas para vida quando elas se acumularem nos Planetas bom uma vez que você forma os planetas no processo de formação Estelar como eu falei lá no começo essas moléculas vão ser concentradas na superfície do planeta Mas agora eu tenho que pegar moléculas relativamente simples e transformar elas em alguma coisa ainda mais complexa eh teve um grupo de um grupo de pesquisadores Na verdade era um aluno de doutorado eh e o seu orientador nos Estados Unidos em 1953 que decidiram fazer um experimento Eles tentaram provar eh uma teoria existia um modelo teórico de dois pesquisadores um
Russo o oparin e um britânico o haani eh que tinham proposto as reações químicas que poderiam acontecer na terra primitiva nos seus primeiros milhões ou talvez primeiro bilhão de anos eles propuseram como que as reações químicas poderiam acontecer na atmosfera para gelar gerar moléculas mais complexas mas isso era só teoria esses caras Aqui foram fazer o que se faz em ciência eh fizeram um experimento em laboratório para testar e eles construíram um reator que é o chamado experimento de mure hoje onde eles tentaram reproduzir a atmosfera eh da terra primitiva então el é um reator
que é um sistema de vidro onde dentro dele eles colocaram vários gases colocaram CO2 hidrogênio eh nitrogênio água amônia Colocaram uma fonte de energia que eles imaginavam que seria uma fonte de energia que existiria na terra primitiva basicamente relâmpagos na atmosfera e eles simularam isso com fa iscador lá dentro um Magic Click ficava dando faíscas e aqueceram esse sistema aqui deixaram rodando era só uma mistura de gases isso aqui aquecia vaporiza fazia a reação voltava a resfriar e assim Ficou rodando por um bom tempo o o Miller largou isso daqui uma semana rodando foi passear
pra praia né com um bom estudante de pós--graduação voltou e viu uma coisa muito estranha quando ele voltou ele percebeu que no fundo do reator dele tinha se formado uma gosma Isso é meio comum também para quem faz pós-graduação né Largo experimento virou gosma eh mas ele foi lá e foi estudar o que é gosma Ele não jogou tudo fora e ele percebeu que nessa gosma tinham se formado algumas moléculas muito especiais basicamente aqui a gente tem as estruturas das moléculas os gases iniciais e o que foi gerado e o que foi gerado basicamente foram
alguns aminoácidos e alguns açúcares que até o momento eram ditos como moléculas basicamente biológicas então foi a primeira vez que foi mostrado que em condições prebióticas realistas condições de terra primitiva você Poderia gerar moléculas de importância biológica e assim nasceu uma área de pesquisa que é chamado de química pré-biótica que tenta refazer em laboratório ou tenta construir modelos teóricos para explicar essas reações primordiais bom o modelo de ure tinha os problemas a atmosfera não tava hoje a gente sabe que a atmosfera que ele usou não tava lá muito certa por informação geológica esse experimento foi
refeito e a gente sabe que ele não funciona tão bem assim mais um experimento tipo Miller poderia ter acontecido Ahá isso aqui não importa basicamente a gente sabe que hoje a gente sabe hoje que a atmosfera primitiva lá do primeiro bilhão de anos era muito mais rica em dióxido de carbono do que a gente imaginava então é diferente do que o Miller usou se você tenta refazer com essas condições o experimento dele não funciona isso quer dizer que a gente tem que jogar fora não cientistas são sempre criativos Então hoje a gente imagina que apesar
do experimento não funcionar na atmosfera como um todo ele poderia funcionar em alguns lugares especiais do nosso planeta como por exemplo as chamadas plumas vulcânicas na terra primitiva as erupções vulcânicas eram muito frequentes e de eh e numa intensidade muito alta essas erupções liberam gás do manto terrestre pra atmosfera esse gás essa poeira induz a formação de nuvens de tempestade que normalmente vem acompanhada de relâmpagos esse gás do manto ele tem a composição química muito parecida que o Miller precisava e hoje a gente imagina que isso daqui funcionava como se fosse fosse um grande reator
de Miller e ur e existem alguns outros ambientes também como algumas Fontes hidrotermais essa daqui é uma fonte que existe lá no parque de Yellowstone nos Estados Unidos extremamente quente extremamente ácida com esse material vindo do interior da Terra e sendo despejado aqui e várias reações químicas muito especiais acontecendo isso é gigantesco Isso aqui é uma passarela com pessoinhas andando em cima e algumas Fontes hidrotermais que são as mais legais hoje em dia que são as fontes ter maisis Submarinas ou fumarolas Submarinas esses sistemas eh geológicos eles liberam água aquecida no fundo do oceano a
3 4 5000 m de profundidade uma água que nesse caso aqui é o chamado de black smoker que libera uma água com partículas escuras ricas em feco rica em enxofre com temperatura chegando até uns 400º e nessas condições várias reações químicas prebióticas podem acontecer inclusive meu aluno estuda um desses aqui Tent fazer um modelo para explicar essas reações aqui hoje a gente acredita que essas regiões hidrotermais sejam as os lugares mais prováveis paraa vida ter surgido aqui na terra exatamente por propiciar essas reações químicas essenciais paraa formação das moléculas e ainda hoje esses lugar essas
Fontes hidrotermais elas são oases no fundo Oceânico o fundo Oceânico é extremamente é praticamente estéril eh não tem animais não tem vida porque você não tem sol você não tem fontes de energia essa essas Fontes liberam a energia química necessária pra vida e você encontra por exemplo esses vermes tubulares em volta das fontes hidrotermais que sobrevivem em simbiose com uma bactéria que vive no interior dele que capta essas esses átomos essas esses compostos químicos e transforma e usa eles para gerar energia os vermes usam essa energia e alguns animais como alguns pequenos caranguejos são capazes
de se alimentar dos Vermes Então você tem todo um ecossistema que usa da energia química do nosso planeta para existir e mesmo se o sol explodisse esse sistema ia continuar funcionando como se nada tivesse acontecido então é um sistema completamente diferente a gente imagina que a vida aqui no nosso planeta tenha surgido assim não sei se vocês viram inclusive Saiu em alguns jornais um tempo atrás foi descoberto Talvez sim sim é o mesmo tipo de vida como a gente conhece e esses organismos essas bactérias elas elas principalmente são redutoras de ferro ou enxofre então elas
pegam Ferro chofre elas fazem uma reação química com eles e a partir dessa reação química elas geram ATP e depois elas usam o ATP eh paraa síntese de biomoléculas Enfim no metabolismo dela mas é o mesmo sistema biológico como a gente conhece eu não lembro o que eu tava falando mas eh vamos seguir adiante bom ah é verdade Obrigado eh não sei se vocês viram nos jornais Mas recentemente eh foram encontrados alguns fósseis microfósseis então de microorganismos que estão sendo considerados os mais antigos do planeta com 3.7 bilhões de anos e que se assemelham com
algumas bactérias atuais que vivem nessas Fontes hidrotermais reforçando a teoria de que se a vida surgiu talvez ela tenha surgido numa condição como essa então a gente tá cada vez mais perto de entender o processo de origem da vida aqui na terra também eh e claro eh Pode ser que essas biomoléculas necessárias paraa vida os açúcares os aminoácidos tenham surgido fora como a gente sabe que eles são formados no meio interestelar e tenham sido trazidos aqui pra terra por meio de impactos de cometas meteoros asteroides poeira Estelar e coisas desse tipo a gente sabe que
esses eh impactos eram mais frequentes no no início do nosso planeta e até hoje algumas alguma eh várias toneladas de material caem no nosso planeta por ano vindo dessa poeira Estelar ou de pequenos meteoros e asteroides então a gente não precisa de um grande Impacto para trazer o material aqui e uma coisa interessante eu não sei se vocês sabem eh a controversas também mas a água que a gente tem no nosso planeta por exemplo a água que tá aqui na minha garrafinha talvez 50% da água que existe hoje na nossa hidrosfera ela não é primitiva
ela não é original do processo de formação planetária mas ela foi trazida depois por impactos de asteroides e cometas Então quando vocês estão tomando água pensem que vocês estão tomando água Alienígena então a gente esse intercâmbio de material ele existiu o tempo todo e existe até hoje e as biomoléculas podem ter sido trazidas junto veja que eu não tô falando de vida sendo trazida só das biomoléculas que enriqueceram a química que a gente tinha e que a vida possibilitando a vida de surgir aqui só para finalizar essa história de origem da vida eu queria dar
um exemplo de com um meteorito que é um meteorito que caiu na cidadezinha de mson na Austrália aqui nesse pontinho muito perto perto de uma região chamado Shark bay ou Bahia dos tubarões que é um lugar muito especial porque existem estromatólitos gigantes vivendo até hoje que são alguns dos organismos que a gente acha que são dos mais antigos do nosso planeta então nessa cidadezinha que é um lugarzinho simpático lá no meio da Austrália Caiu um meteorito e esse meteorito é um meteorito bem especial esse aqui é um fragmento dele e ele é especial porque existem
várias classes de meteoritos tem os metálicos tem os rochosos Esse é um meteorito que é rico em material orgânico ele tão rico em material orgânico que se você abre se você tem um pedaço dele e você tá num lugar vedado e você abre ele cheira mal ele cheira mal porque ele tem matéria orgânica nele que tá se decompondo e foi feito um experimento didático e muito divertido muito interessante pelo David dimer eh lá dos Estados Unidos em que ele basicamente pegou esse material orgânico e extraiu do do meteorito e colocou esse material orgânico num solvente
polar ele colocou em água basica basicamente quando ele colocou esse material orgânico nesse solvente na água prontamente esse material orgânico se reorganizou formando eh o que a gente chama de micelas de estruturas que que lembravam as células estruturas que lembravam a membrana celulares é mais ou menos a mesma coisa que você pegar óleo e colocar em Água você rapidamente V formando essas bolinhas aqui a estrutura é um pouquinho diferente porque ele é uma molécula anfifílica que a gente chama que tem uma parte que não gosta de água e uma parte que gosta de água então
ele ele se organiza nessas célul nessas eh nessas estruturas especiais que são essas bolotinhas eh de de moléculas isso é muito parecido como funciona as membranas das nossas células e o que eu quero dizer com isso é a química necessária para fazer aquela etapa da compartimentalização celular ela tá presente no nosso no nosso sistema solar desde o início porque esse meteorito é extremamente velho ele foi formado junto com o sistema solar 4.6 bilhões de Anos Atrás a química já tava aqui então já tava disponível para formar a compartimentalização necessária pra vida então é fácil fazer
a parte fácil fazer a parte de compartimentalização resta pra gente construir uma célula a informação e o metabolismo eh grande parte das eh dos pesquisadores acreditam que no começo da vida aqui na terra Eh esses sistemas metabólicos e informacionais eles eram mais simples do que a gente tem hoje nas células que que é um sistema bem moderno que a gente tem hoje a gente tem o DNA a gente tem as enzimas que fazem as proteínas talvez no começo eh existisse uma coisa que eles chamam de mundo do RNA o RNA é uma molécula mais simples
que o DNA ao invés de ter aquela dupla fita enrolada o RNA é uma fita simples de uma uma macromolécula mas com uma fita simples e foi descoberto nos últimos anos é que o RNA além de ser capaz de armazenar informação química ou seja a armazenar informação genética que pode ser passada pros descendentes ele é capaz de funcionar como um catalisador químico a gente sabe que nas nossas células isso é usado por exemplo nos ribossomos para produzir proteínas mas foi mostrado muito recentemente que ele tem a capacidade de fazer autocat tál ou seja de facilitar
a cópia de si mesmo então ele é uma maquininha que é capaz de de se replicar de fazer cópias de si mesmo basicamente isso que a gente tem é o que a gente chama de um autômato celular se a gente most que isso é eficiente a gente consegue juntar esse autômato celular essa maquininha de fazer de fazer cópias de si mesmo com o sistema de compartimentalização a gente é capaz de produzir um sistema Vivo ou uma uma célula primitiva e vários grupos principalmente o grupo e daquele bilionário americano Craig venter que é um dos Pais
da genética moderna né do sequenciamento genético ele tem investido exatamente nisso de produzir células artificiais de pegar sistemas informacionais artificiais escritos no computador construir eles colocar num sistema eh compartimentalizado e mostrar que isso funciona e tem vários artigos científicos mostrando que a gente está muito perto de produzir uma protocélula funcional então a gente tá aprendendo Quais os elementos necessários para você produzir uma célula que é capaz de se manter de fazer metabolismo e de se reproduzir então a gente tá perto de entender uma história possível paraa origem da vida e eu queria acabar essa parte
de origem da vida dizendo Isso é o que aconteceu com a vida aqui na terra foi assim que a vida surgiu não necessariamente Isso é uma história possível pra origem da vida mas a gente não tem evidências diretas ou fósseis desse período para mostrar que foi assim que aconteceu e talvez a gente nunca tenha porque as rochas desse período lá dos primeiros milhões centenas de milhões de anos ela não foi preservada tudo já foi destruído com o tempo então provavelmente a gente nunca vai responder definitivamente o que aconteceu aqui na terra mas pelo menos a
gente tem entendido Quais são os processos necessários para você produzir alguma coisa como a vida que a gente conhece bom e como a gente procura por vida extraterrestre bom de novo vida extraterrestre a coisa fica piolhenta porque a chance da gente eh cometer erros é muito grande eu sempre coloco essa esse essa coisinha simpática aqui na vida extraterrestre porque ele é um bicho muito estranho eu que não sou biólogo eu olho para isso aqui e com meu vasto conhecimento de ficção científica eu olho para isso aqui obviamente é um ET né Óbvio e esse é
um cuidado que a gente tem que ter quando a gente fala de busca de vida extraterrestre ou de ciência em geral Nem tudo que a gente não conhece é ET aliás longe disso a maioria dos casos é simplesmente fruto da nossa própria ignorância só isso esse cara aqui é uma salamandra que eu sempre esqueço o nome Às vezes tem um biólogo na na na plateia que conhece tá ali sempre tem alguém que conhece quem é o maldito ET eh e e eu queria só deixar essa lição Nem sempre o que a gente acha estranho é
ET Aliás não até hoje nunca foi eh e eu queria colocar outros problemas sobre a busca de vida extraterrestre mesmo aqui no nosso planeta que a gente sabe que tem uma vida abundante vocês olham aí fora tem as árvores os alunos etc e tal se eu pegar todos os alunos juntar todo esmagar todos eles às vezes D vontade e fazer uma bolinha Eh toda a matéria viva que existe no nosso planeta não só os alunos vamos pegar as bactérias que bactérias são muito mais importantes que alunos 90% de toda a matéria Viva do nosso planeta
tá nas bactérias então a maior parte das células do nosso corpo é feita de bactérias a gente não é nada mais do que um sistema de transporte público para bactérias is só isso então bactérias são a São a vida no nosso planeta se eu pegar toda essa matéria orgânica e juntar formando uma bolinha e comparar com o tamanho da da terra que tamanho seria essa bolinha não dá para ver naquela escala eu tenho que dar um zoom a bolinha tá aqui tá Ficou claro mas é basicamente um pontinho do tamanho do spot do laser a
quantidade de matéria viva no nosso planeta é insignificante se comparada ao tamanho do nosso planeta é isso que eu quero deixar é basicamente quando a gente fala de procurar vida em outros planetas basicamente o que a gente vai estar fazendo é procurar agulha num palheiro e agulha num num palheiro Planetário e agulha num num num palheiro cósmico Então os espaços são gigantes e a vida não é tão abundante como a gente imagina que ela é isso para para planeta como a terra que a vida é abundante blá blá blá imagina em Marte que hoje é
um deserto e a gente quer procurar vida em Marte onde será que ela tá escondida será que é aqui será que é colá eu vou mandar uma sonda miserável que vai andar 20 Km Será que em 20 Km eu vou encontrar vida ou não vale a pena gastar 1 bilhão de dólares para andar 20 Km né o custo de quilômetro por por dólar tá alto aí né mas enfim o a grande Pergunta que é a pergunta interessante que a gente tem que fazer é como que um uma vida miserável como essa aqui dos alunos esmagados
é capaz de alterar um planeta em escala global e como a gente sabe que os alunos são capazes de fazer isso né o e a gente tem exemplos estudando a vida como a gente conhece de que a vida de fato é capaz de alterar um planeta escala Global se a gente tá aqui hoje respirando E se o planeta inteiro hoje tem 20% de oxigênio é porque seano bactérias Miseráveis células jogadas lá no no no oceano por alguns bilhões de anos trabalhando formaram eh produziram esse oxigênio e trocaram aquela atmosfera primitiva de CO2 e dióxido de
carbono paraa atmosfera eh óxido que a gente tem hoje então organismos Miseráveis são capazes de alterar um planeta em escala Global com tanto que a gente dê tempo suficiente e o que a gente precisa ser esperto quando a gente fala de busca de vida extraterrestre é entender Quais são esses sinais que a gente precisa procurar que são as chamadas bio assinaturas diga qual seria a densidade daquela B volume natural das células não eu esmaguei mais os bichos eu não lembro mas eu acho que eu devo ter colocado bom eu devo eu não lembro mais quando
eu fiz essa conta mas eu acho que eu devo ter colocado a densidade da água só para chutar a gente é feito a gente é feito basicamente de água então foi um chute que eu dei assumi a densidade da água Peguei toda a massa da terra e vi qual era o volume que você formaria mas é um Shooter eu simplesmente esmaguei todo mundo eu bati todo mundo no liquidificador para fazer isso então Esse é um dos Passos importantes a gente vai procurar por agulha em palheiro mas a gente vai procurar isso de maneira esperta eh
e que tipo de vida que a gente vai procurar a gente de novo a gente vai procurar por alunos extremamente inteligentes nem aqui na terra a gente encontra Então como que a gente como que a gente faz para procurar eh como que a gente deve procurar por vida na fora da terra de novo a gente precisa ser esperto e olhar pelos pros exemplos da vida como a gente conhece se se a gente olha pra história da vida aqui na terra fazendo o estudo dos fósseis principalmente na pela paleontologia a gente consegue desvendar uma série uma
série histórica uma série evolutiva eh isso aqui que a gente tem que tá apresentado é um é um relógio geológico onde aqui no zero tá a formação do planeta 4.6 bilhões de anos atrás e o tempo corre no sentido horário com várias setinhas aqui marcando o tempo que eu não enxergo porque eu sou Miú demais mas essas fitinhas que estão aqui são diferent grandes classes de organismo que vão sendo encontradas no registro geológico Então os mais antigos e aqui na minha aqui no meu na minha anotação tava em cerca de 3.5 bilhões de anos hoje
a gente tá trazendo isso mais para trás para 3.7 cada vez a gente vem puxando um pouquinho mais para trás esses organismos aqui no comecinho eles são basicamente os organismos unicelulares Como as bactérias e por bilhões de anos cerca de 2 Bilhões de anos basicamente que a gente encontra no registro fóssil São são organismos unicelulares depois surgem os unicelulares e mais que isso unicelulares procariotos que são aqueles que não TM núcleo organizado tipo bactéria mesmo depois surgem os eucariotos que são um pouquinho mais sofisticados Eles já TM um núcleo organizado que ficam por aí mais
um bilhão de anos só depois surge surgem os organismos que são capazes de viver juntos ou células que são capazes de viver juntas conversando entre de si que são os organismos multicelulares mas ainda muito simples e só 600 milhões de anos atrás é num evento chamado da Explosão do cambriano surgem a surge a diversidade biológica como a gente conhece hoje surgem os animais verdadeiros ainda muito simples surgem os organismos com carapaças rígidas que primeiro são carapaças mesmo como cascas depois isso vai evoluir pros esqueletos depois surgem as plantas toda a diversidade como a gente conhece
a vida assim mais ordinária surge aqui 600 milhões de anos atrás isso quer dizer que por 4 bilhões de anos do nosso planeta basicamente tinha organismos extremamente simples do ponto de vista preconceituoso antrop eh eh antropocêntrico né mas com a sua complexidade própria mas basicamente unicelulares e multicelulares muito simples então quando a gente fala de procurar eh vida fora da terra a gente tá pensando exatamente em procurar os organismos que viveram a maior parte do tempo no nosso planeta e que até hoje constituem a maior massa Viva do nosso planeta que são os organismos unicelulares
por isso que a gente pensa primariamente quando a gente fala de vida extraterrestre dentro da astrobiologia a gente tá falando em procurar por microorganismos claro que existem pesquisadores que trabalham com a procura de vida inteligente extraterrestre busca de civilizações extraterrestres comunicantes principalmente daquele pessoal que faz o projeto set search for extraterrestrial intelligence existe eh recentemente o milionário Russo junto com o Stephen Hawking colocaram 100 milhões de dólares nesse tipo de pesquisa então Existe financiamento e tem gente fazendo isso mas grande parte da comunidade procura por microorganismos gente se tiver ficando tarde precisarem ir embora quiserem
fazer pergunta façam perguntas senão vou falando falando falando então são esses caras que a gente usa como modelos e quais microorganismos a gente procura o universo apesar de ter lugares habitáveis ele tem lugares e com extremos de temperatura de pressão de radiação então a gente precisa procurar por a gente a nossa ideia é procurar por organismos modelo que são extremamente resistentes e a Terra é um lugar muito criativo para para para ambientes existem ambientes quentes frios alta radiação alta temperatura então a gente usa os organismos que a gente encontra nesses lugares que são chamados extremófilos
organismos que gostam precisam ou suportam ambientes extremos como modelos Existem os organismos que vivem no frio como nos polos no fundo dos oceanos no Alto das montanhas são chamados organismos organismos psicrofilos que gostam do frio organismos que gostam do calor os termofílicos o recorde de temperatura naquelas fontes hidrotermais de organismos vivos é de 121º C basicamente isso é a temperatura que vocês fervem feijão dentro de uma panela de pressão é muito quente é a temperatura que a gente esteriliza material cirúrgico em autoclaves esses caras aqui seriam capazes de sobreviver a esse tipo de coisa Existem
os organismos acidofílicas cor avermelhada que tem um PH igual do do nosso suco estomacal PH da ordem de dois e tem essa capa de microorganismos que crescem no fundo feliz e contente eh nesse ph2 Existem os organismos alcalin fílica aqui é um lago de soda cáustica que tem nos Estados Unidos chamado Lago mono PH da ordem de 10 e tá repleto de organismos vivendo nessas condições Opa alguma coisa aconteceu pu pu pu pu eh Existem os que gostam de ver de viver em ambiente extremamente rico em sal como as salinas eh e são os chamados
organismos halofílicos se vocês já visitaram uma dessas Salinas onde você onde onde é retirado o sal do Oceano talvez vocês tenham visto uma capa cor de rosa sendo em cima daqueles lagos de sal essa capa cor-de-rosa são uma é uma classe de organismos chamado arqueias essas arqueias vi adoram viver nesse sal eh e é um ambiente extremamente novel para qualquer outro tipo de vida e o mais legal é que depois a gente come esse sal não importa visitem uma Salina vocês nunca mais vão querer colocar muito sal na comida eh Existem os organismos que vivem
em ambiente basicamente anóxico sem oxigênio isso aqui é o Mar Morto vocês podem ver o carinha aí flutuando no fundo do mar morto Você tem uma capa basicamente livre de oxigênio e nessa nessa condição totalmente livre de oxigênio alguns organismos principalmente arqueias metanogênicas que geram metano e metanóico metano vivem felizes e contentes e elas são dos resquícios dos organismos que viviam no nosso planeta quando a atmosfera não era rica em oxigênio Então hoje o que é um ambiente extremo no passado era o que existia no dia a dia então essa definição de extremo varia com
o tempo também e Existem os organismos que que gostam de viver em ambiente seco ou que suportam baixíssimas quantidades de água isso aqui é um lugar é um dos exemplos dos lugares mais secos do planeta são chamados Vales secos ou dry valleys na Antártica é um dos é tão seco que é um dos rares lugares no Continente Antártico que você tem solo exposto você não tem um manto de gelo então Antártica não é só um manto de gelo Tem lugares como esse que é basicamente um deserto muito parecido com as condições de Marte temperaturas da
ordem de -40 Men 60º altíssima incidência de radiação extremamente frio e seco basicamente não tem nenhum tipo de vida com exceção dos humanos chatos que vão sempre tá por perto né mas se você faz se você escava eh esse solo você encontra uma região de solo congelado que é chamada de permafrost solo permanentemente congelado e nesse permafrost você é capaz de encontrar vários organismos que consegue viver nessas condições e Existem os organismos como eu já falei os que que vivem em alta pressão os que são chamados barofilas fumarolas Submarinas e mesmo no fundo das rochas
e Existem os que eu mais me divirto que são os organismos resistentes à radiação que eu trabalho eh no dia a dia parte da minha pesquisa e aqui tem um exemplo Isso aqui é uma plaquinha de Cultura bacteriana com uma ba colônias de bactéria crescendo e essa bactéria que tá crescendo é chamada dinococo radiodurans é o organismo mais resistente à radiação ionizante que a gente conhece ele consegue a sobreviver a doses de radiação eh dezena de milhar de vezes maior do que nós conseguiríamos sobreviver não só sobreviver como ele continua eh feliz e contente de
se reproduzindo nessas condições então tem organismos extremófilos de todos os tipos que a gente usa como modelo para estudar a vida em outros lugares bom aqui no sistema solar a gente eh a gente tá aqui obviamente a gente tá aqui na terra a gente consegue mandar sonda para outros planetas e Luas do sistema solar e entender eh estudar esse ambiente como a gente tem feito com Marte e tentar eh buscar vida nessas condições é uma vantagem do que a gente pode fazer no sistema solar porque as distâncias não são tão grandes hoje em alguns poucos
anos ou dezena de anos a gente consegue chegar até Plutão Então hoje a gente consegue fazer viagens relativamente rápidas no sistema solar relativamente Ainda demora vários anos e tem vários ambientes interessantes pra gente estudar aqui principalmente Marte que tá aqui do lado que hoje a gente sabe que tem água l líquida e as luas de Júpiter e Saturno que a gente também já sabe que existem oceanos de água líquida no seu interior e mesmo Plutão que tá lá longe a gente tem aprendido que existe a possibilidade de também ter água nessas condições aí provavelmente congelada
em Marte que é o lugar onde a gente mais tem estudado para esse tipo de coisa a gente sabe que existe apesar da superfície ser seca ter alta incidência de radiação baixa pressão como lá nos dry valleys no subsolo a gente sabe que tem água líquida tem gelo Tem calor e tem possibilidade de vida então muita gente tem procurado maneiras de estudar esse fundo eh o estudar o subsolo Marciano atualmente a grande sonda que ainda tá trabalhando em Marte é a curiosity já tá lá desde 2012 então já faz algum tempinho mas continua trabalhando e
vasculhando para entender eh o passado hidrológico e geológico do planeta mas as próximas missões já estão planejadas para tentar procurar por moléculas orgânicas e de fato indícios de vida passada isso aqui não precisa a gente pode passar uma das Missões que vai fazer isso é a missão europeia que deve pousar em Marte em 2018 chamada exomars e exomars que ela vai carregar um dos instrumentos interessantes que ela vai carregar é uma sonda perfuradora que vai chegar até 2 3 m de profundidade e conseguir atingir aquela camada de Gelo e água isso a gente espera no
subsolo e procurar por vida nessas condições e bom isso aqui não vou passar Mas recentemente foi encontrado Evidências de água eh escorrendo de algumas Colinas de Marte e isso reforça o potencial que o planeta tem de abrigar vida aqui é só o exemplo do artigo que encontrou essas essa essa água e também existem sondas que estão estudando a atmosfera do planeta que como aqui na terra as a vida é capaz de alterar a atmosfera lá em Marte Talvez isso esteja acontecendo também mas não com liberação de oxigênio mas sim com a liberação de metano então
a sonda uma das partes da da ex bom não é aqui mas tudo bem essa aqui é a outra ó S uma das partes da exomars que que já chegou em Marte e tá orbitando o planeta tá coletando a atmosfera e procurando por esses indícios moleculares da presença de vida também e quando a gente fala além do Sistema Solar eh também existem planetas então orbitando outras estrelas a gente hoje sabe que existem planetas até algum tempo atrás basicamente isso era uma hipótese científica e nada mais mas hoje a gente a gente consegue detectar esses planetas
e a gente tem aprendido que praticamente ao redor de toda a estrela que vocês observam no céu existe um sistema planetário eh isso aqui é um gráfico mostrando o número de exoplanetas que TM sido descobertos em função do tempo desde os anos 80 até 2015 2016 2017 e a gente vê que o número desses pontinhos aqui tem aumentado muito com o tempo e não só ele tem aumentado com o tempo eh como vocês podem ver nesse gráfico que esse gráfico aqui nesse eixo a gente tem a massa do Planeta os os planetas que estão aqui
em cima eles têm uma massa igual de Júpiter então um planeta Grande mil vezes maior que a Terra é um gigante gasoso quando a gente tá aqui embaixo a gente tem a massa igual da terra um planeta pequeno mas com a grande diferença que ele é um planeta rochoso Planeta rochoso tem a possibilidade de ter uma atmosfera e de ter oceanos planeta muito mais Possivelmente habitável a tecnologia tem permitido detectar mais planetas e cada vez mais ela tem sido sensível para detectar planetas pequenos E rochosos então hoje a gente já tem capacidade para detectar planetas
do tamanho da terra orbitando outras estrelas e eu atualizei aqui mas ficou ruim até hoje foram detectados e confirmados e publicados na literatura 3605 planetas orbitando outras estrelas e esse número vem crescendo eh muito rapidamente basicamente dependente da tecnologia e cada vez mais a gente tem construído telescópios melhores e mais sensíveis e esse aqui são alguns exemplos dos telescópios que estão sendo construídos agoras agora e astrônomos são super criativos nos nomes esse aqui é um telescópio que tá sendo construído no Havaí ele é um telescópio que vai ter um espelho de 30 m de diâmetro
maior que esse auditório tamanho do espelho o maior espelho que a gente tem hoje é um espelho de 11 M então ele vai ser três vezes maior que qualquer espelho que existe quanto maior espelho mais sensível se torna o seu esse telescópio e os astrônomos são tão criativos que eles deram o nome para esse telescópio de tmt 30 meter telescope telescópio de 30 m é muito criativo eh aqui no Hemisfério Sul a A Comunidade Europeia também tá construindo um telescópio gigante que vai ficar no Chile onde tem vários eh telescópios importantes o Brasil em princípio
faz parte do consórcio que tá construindo isso apesar da gente ter dado calote nas contas para variar eh e esse telescópio aqui vai ter um espelho de 41 m de diâmetro de novo como é como como é um espelho muito grande os astrônomos foram criativos e deram o nome de extremely large telescope telescópio extremamente grande esses caras aqui e alguns projetos super ambiciosos como telescópios espaciais ainda maiores que o Hubble e ali e às vezes até constelações de telescópios que são alguns projetos como o projeto Darwin ou terrestrial Planet Finder dos Estados Unidos eles vão
permitir fazer uma coisa muito mais legal do que assim simplesmente detectar os planetas a gente vai conseguir fazer espectroscopia dos planetas Ou seja a gente vai conseguir pegar a luz que chega desses planetas e analisar elas para procurar evidências nessa luz que vem do planeta da composição química da atmosfera desses planetas isso aqui é um exemplo de um espectro luminoso tirado da nosso próprio planeta então da atmosfera do nosso planeta e o que a gente vê aqui é que a gente tem uma curva não importa o que ela significa muito mas o que a gente
vê é que tem umas uns Vales que a gente chama de absorções essas absorções a gente consegue estudar em laboratório e a gente consegue identificar Quais os elementos ou Quais as moléculas que são responsáveis por elas então a gente consegue ver por exemplo que essa banda de absorção ela é característica da presença de CO2 na atmosfera essa daqui é de ozônio essa daqui é do metano e várias dessas pequenininhas aqui são de água então estudando um espectro como esse a gente consegue dizer quais são os gases que existem na nossa atmosfera o que a gente
vai conseguir fazer com esses telescópios gigantes é fazer esse mesmo estudo só de outros planetas e a pergunta é se eu tenho um planeta diferente com outro tipo de vida como vai ficar esse espectro Essa é a grande Pergunta científica que a gente precisa se fazer E para isso a gente precisa entender obviamente como a Biologia funciona como que o Spock respira lá naquele planeta mas a gente também precisa entender como que ele se relaciona com a atmosfera ou com com a radiação da estrela dele será que ele faz fotossíntese Será que ele produz oxigênio
Será que ele consome CO2 o que que ele respira eh ou se e Ou seja a interação também com a atmosfera a interação com a hidrologia como que ele interage com os oceanos com os com os sistemas eh hidrológicos do planeta e que interação com a geologia como que funciona o ciclo de gases etc e tal e a gente precisa entender como que todos esses sistemas vai filho se correlacionam para produzir no final das contas o resultado que vai ser a química atmosfera e esse é um dos grandes Desafios que Desafios que a astrobiologia tem
tentar juntar as pessoas que trabalham nessas diferentes áreas com conhecimento muito forte da biologia para gerar um modelo capaz de interpretar o resultado que a gente vai ter tirar desses telescópios gigantes para tentar com isso dizer se existe ou não existe vida em outros planetas então é Um Desafio gigantesco que a gente tem hoje que enfrentar para resolver isso apesar de parecer muita gente fala Ah que Coisa inútil né eu vou dizer que existe vida na PQP mas eu não tenho nem como chegar lá nem como coletar nem como interagir com ela pode parecer inútil
mas a ciência tem aplicações fundamentais também quando a gente é capaz de fazer um modelo como esse quando a gente é capaz de entender como que a Biologia funciona numa escala Global a gente pode aplicar esse mesmo conhecimento pra terra e usar por exemplo para fazer geoengenharia para reverter o aquecimento global Então esse é o tipo de conhecimento que não necessariamente é inútil apesar de todo o conhecimento fundamental na minha opinião de vários outros colegas É útil por gerar conhecimento por si só hum hã só para dar um gostinho eu acho que todo mundo viu
Eh algum tempo atrás que foi encontrado na estrela mais próxima da gente próxima a centauri 4.2 anos luz da terra um planeta eh rochoso supostamente muito parecido com a terra Possivelmente habitável aqui pertinho Então realmente muito perto da gente 4.2 anos luz ou seja é longe ainda se eu viajasse na velocidade da luz eu demoraria 4ro anos se eu viajar na velocidade da sonda mais rápida que a gente já criou É acho que a gente demor dar ordem de de 30.000 anos então é muito longe não dá para chegar lá ainda mas dá pra gente
usar nossos telescópios para estudar ele em detalhe então isso foi encontrado recentemente então o universo tá cheio de lugares habitáveis Isso aqui é uma representação artística do que se imagina que seja e mais recentemente ainda talvez vocês tenham visto foi encontrado Cadê você eh um sistema eh muito pertinho da gente eu esqueci agora 21 anos luz da gente que é o sistema chamado Trap um que é o nome da estrela na verdade que tem sete planetas ao redor dela que são planetas rochosos três desses planetas estão na chamada zona de habitabilidade Estelar ou seja eles
estão na distância certa da estrela para ter condições de ter água líquida na superfície então existem sistemas que tem não só uma possibilidade de vida mas muitas possibilidades do lugares habitáveis Então vale a pena continuar procurando por vida no universo blá blá blá isso aqui é só um modelo de como eles foram detectados ISO não importa muito eu vou pular lá para frente is e realmente terminar porque senão isso aqui vai ao infinito que aqui tem um pouco do que a gente tem feito recentemente e eu só queria mostrar uma das coisas que o nosso
grupo tem feito então o nosso grupo de pesquisa tem feito algum algumas coisas nessa área a gente tem feito simulações para entender eh a gente simula em laboratório as condições de Marte da e de superfície de outr de outros planetas a gente usa os laboratórios syncron lá em Campinas para simular a radiação de estrelas eh a gente vai para vários desses ambientes extremos aqui da Terra para coletar microrganismos depois estudar em laboratório isso daqui é na a gente tem um trabalho muito forte com o programa antartico brasileiro Então a gente vai pra Antártica várias vezes
a gente já foi para Atacama Andes e vários outros lugares para estudar o Alto da atmosfera fundo do oceano lugares criogênicos isso aqui é Antártica Atacama estudando bichos estranhos e eu queria trazer para vocês um trabalho que a gente tem feito com o pessoal da USP de São Carlos com a Escola de Engenharia aqui de São Carlos que é estudar o ambiente estratosférico Nossa esqueci de colocar uma parte mas a gente tem feito lançamentos de balões estratosféricos com pessoal da engenharia aqui eh lançando sondas até cerca de 30 km de altitude e usando essa região
da estratosfera que tem temperaturas da ordem de - 40º pressão da ordem de 10 MB e alta incidência de radiação como um excelente simulador da superfície de Marte então aqui na terra a gente tem um ambiente que é muito parecido com a superfície de Marte então a gente manda microorganismos para essas regiões e testa a resposta dele nessas condições Aí como eu falei temperatura baixa quase nada de humidade baixa pressão alta incidência de radiação ultravioleta ambiente perfeito para simular mar então a gente usa esse como um simulador Marciano muito bom bom eu vou terminar muito
em breve se vocês quiserem conhecer um pouquinho mais de astrobiologia a gente publicou um tempinho atrás um livro de astrobiologia que tá disponível gratuitamente na internet em PDF e-book então vocês podem entrar aqui no site baixar divirtam-se se vocês tiverem sugestões críticas escrevam e tá aqui meu e-mail eu fico à disposição para pergunta para mais conversas e tem um videozinho aqui mostrando o lançamento do balão para vocês conhecerem o grupo aqui de São Carlos Vou encher o saco deles é o grupo zenet um pessoal muito empolgado em fazer ciência espacial a gente lançou esses balões
e a gente tá se preparando agora para fazer uma missão ainda mais ambiciosa que é a missão garateia L para lançar um cubs que é um pequeno satélite pra órbita lunar para fazer experimentos também desse tipo então V conhecer e procurem no Facebook ou no Google grupo Zen vocês vão encontrar bastante coisa aqui tem o videozinho fica fica aí para perguntas pessoal e é isso aí não precisa assistir o vídeo não pode fazer perguntas o vídeo vai ficar passando Ok bom agora abrimos para perguntas comentários sim boa noite boa noite eh você falou que uma
das bioassinaturas que se vê na atmosfera de um planeta que pode ser estudado P espectroscopia no caso da terra seria a presença do oxigênio porque o oxigênio aqui era muito menos abundante no passado e ele se tornou abundante por causa das caas das algas essas coisas se um um astrônomo Alienígena um SP tivesse olhando PR espectroscopia do nosso planeta ele poderia concluir que esse oxigênio uma bioassinatura ou el poderia dizer não TZ isso daí tenha junto com o planeta lá na formação do planeta bom se ele se ele tiver um sistema de acadêmico igual o
nosso ele ia publicar encontrei vida vida extraterrestre na terra isso prontamente ia ser rechaçado pela comunidade científica de vulcano falando que não propondo várias alternativas para desprovimento Você vai precisar de uma prova muito maior do que simplesmente encontrar oxigênio e no caso específico de oxigênio a gente não precisa ser vulcano para saber que existe fontes alternativas para gerar o oxigênio mesmo a grande quantidade de oxigênio que existe aqui na terra se você tem uma superfície de água ou de gelo que é bombardeada por exemplo eh por radiação ultravioleta ou raio x ou partículas você é
capaz de quebrar essa água gerar oxigênio gerar o ozônio e produzir assinaturas como a da terra de oxigênio e ozônio eh que são falsas são falsos positivos então a gente a gente é extremamente criativo para estragar a ideia dos outros Esse é o fato Mas se a gente quiser fazer uma afirmação dessa a gente vai ter que pensar em todas as hipóteses alternativas para gerar aquilo e tentar descartar no caso específico do oxigênio tem várias hipóteses alternativas para isso tanto que o oxigênio apes Apesar daqui na terra ele ser um produto da vida ele não
é tido com a melhor bioassinatura atmosférica possível existem outras que são propostas eh a gente pensando que a vida é um basicamente o que a vida faz quando tá em um certo lugar é promover desequilíbrio químico ou a gente a gente nunca sempre que a gente tá em lugar a gente nunca a gente basicamente tira aquele sistema do equilíbrio termodinâmico quer dizer que os gases vão est fora do equilíbrio normal enfim vai Tá tudo meio maluco o que a gente procura pensa com uma boa assinatura é a gente encontrar um gás ou uma molécula seja
o que for que esteja naquele lugar fora do equilíbrio termodinâmico e uma das propostas de bioassinatura baseada nesse princípio de estar fora do equilíbrio termodinâmico aqui pra terra mesmo é o metano metano quando é produzido ele tem um tempo de vida na atmosfera que é muito baixo da ordem de 1 2 anos você já deveria ter fotod destruído fotod degradado ou degradado por outras reações químicas dele então ele tende a não se acumular na atmosfera A não ser que você tenha alguma coisa Sempre produzindo ele então se você encontra por exemplo o metano aqui da
terra a gente sabe que se a gente faz as contas de equilíbrio químico mesmo levando em conta as fontas as fontes abióticas as contas não fecham então você precisa de uma fonte externa no caso da terra essa fonte externa é a vida eh isso já foi proposto paraa Marte em 2004 foi detectada uma produção anômala de metano na região equatorial de Marte por com telescópios aqui da terra e foi proposto que esse metano lá em Marte por estar na região do Equador que é mais quente mais propensa a ter água poderia ter origem biológica quando
isso foi publicado Óbvio veio uma centena de trabalhos propondo ideias alternativas e contestando a Fonte biológica propondo Fontes eh geoquímicas para isso tanto isso foi bom porque desenvolveu um monte de modelos Principalmente de uma química chamado serpentin iação para explicar esse metano Então hoje a gente conhece muito mais da geoquímica da produção de metano do que a gente conhecia antes mas a gente não tem mais tanta certeza que aquele metano lá é de origem biológica no frigir dos ovos não existe uma boa bioassinatura pelo menos atmosférica que seria capaz de responder existem bioassinaturas mais fortes
e mais fracas o o metano é uma assinatura forte porque ele normalmente tá em desequilíbrio químico mas o ideal seria a gente ter mais de uma bioassinatura aparecendo ao mesmo tempo para uma reforçar ou corroborar a outra mas nunca vai quase vai ser muito difícil a gente encontrar uma bioassinatura que seja 100% confiável a gente pode dizer Ah tenho certeza a menos que seja uma nave clingo pousando aqui embaixo boa noite boa noite ento que vocês fizeram que mandou o balão pr pra atmosfera como que foi feita a escolha da bactéria do organismo que vocês
enviaram para lá porque alguma algum organismo e extremo é como extremófilo extremófilo foi a gente basicamente eh a gente usou organismos que a gente já trabalhava porque a gente conhecia bem o comportamento deles a gente já tinha feito vários testes em laboratório lá no síncrotron usando vários tipos de simulador e já estava bem descrito na literatura a resistência dele a várias condições porque não adianta nada eu pegar uma bactéria vagabunda tipo ecole que tá que tá em toda parte né principalmente nas nossas praias porque elas vêm enfim do do esgoto né Eh essa bactéria se
eu coloco num ambiente espacial com alta radiação baixa presença de oxigênio ela rapidamente morre então não ia ter resultado nenhum simplesmente ia falá morreu tudo sem graça então a gente usou um organismo que a gente já sabia que era PR a gente previamente a gente já sabia que era bastante resistente nessas condições e um deles foi exatamente essa bactéria que eu mostrei ainox radiodurans porque ela funciona muito bem nessas condições a gente usou também algumas leveduras que a gente que é um tipo de fungo que que a gente isolou da região do Atacama lá dos
Andes a 6.000 m de altitude que a gente também sabia que era extremamente resistente a a radiação à dessecação que é a perda de água e a baixa pressão então a gente usou organismos que a gente já sabia que tinha uma certa resistência e que seriam capazes de sobreviver nisso e claro organismos que a gente também já tava trabalhando e que a gente ia dar continuidade mas sim são Eram extremófilos todos eles eu queria perguntar sobre a escala de tempo né do origem da vida parece que esse que é um negócio meio controverso ver dá
tempo e você falou em panspermia aqueles caras ganham no máximo um fator cinco por aí não é não sim o Essa é uma das críticas básicas de panspermia Principalmente quando você bom panspermia eu falei rapidamente mas panspermia é a ideia de que a vida Quando surge em um lugar surgiu aqui na terra por exemplo Com o tempo ela se espalha e vai colonizando outros planetas basicamente é isso eh Isso é uma Isso foi uma ideia proposta para tentar explicar a origem da própria da vida aqui na própria Terra Pode ser que a vida tenha surgido
em Marte um cometa colidiu em Marte arrancou pedaços de Marte esses pedaços de Marte ficaram orbitando e cai saíram aqui na terra como meteoritos como a gente sabe que existem existem meteoritos marcianos aqui na terra e trouxeram esses organismos aqui pra terra eh isso e talvez esses organismos tenham se multiplicado colonizado o planeta isso explicaria a origem da vida aqui na terra eh a panspermia ele é um modelo interessante de ser explorado simplesmente como mais um dos modelos de distribuição de vida no universo mas para mim como o senhor comentou eu acho que é uma
co muito fraca e não serve para explicar a origem da vida primeiro ele simplesmente coloca a origem da vida um pouquinho mais para trás e joga o problema para outro planeta porque ela tem que ter surgido em algum lugar n Então tem que ter tido um primeiro lugar então panspermia não serve para explicar a origem da vida serve para explicar distribuição de vida mas eu Concordo totalmente não é a explicação Boa PR origem Boa noite eu queria saber qual que é o papel da astrobiologia a nível global e qual a nossa participação né no desenvolvimento
dessa ciência bom o astrobiologia é uma área nova de pesquisa não só no Brasil mas no mundo assim da forma como ela tem dessa forma moderna que ela tem ela a gente pode dizer que ela existe desde 1996 quando a NASA fundou o Instituto de astrobiologia da Nasa o na aí eh esse é um instituto virtual que junta pesquisadores e instituições do país inteiro para pesquisar em astrobiologia e isso foi uma estratégia até um pouco de marketing da Nasa porque antes do do programa de astrobiologia eles tinham um programa de exobiologia qual a diferença das
duas coisas eh a exobiologia tinha o intuito Claro de procurar vida extraterrestre e ela foi extremamente criticada porque ela consumia recursos mas ela nunca tinha resultado apresentado resultado nenhum porque ele nunca tinha sido encontrado vida extraterrestre Então ela começou a perder basicamente começou a perder financiamento financiamento os americanos que não são bobos pensaram como que a gente a a a pergunta Ainda é interessante a gente quer continuar trabalhando no tema como que a gente pode se manter vivo dentro da da ciência moderna vamos expandir a área da astrobiologia vamos falar que a gente vai estudar
não não só procurar vida extraterrestre mas que a gente vai tentar fazer isso que eu falei estudar entender o fenômeno da vida no universo compreendendo a vida no nosso planeta e estudar desde a origem evolução distribuição essa Patotinha que eu contei para vocês é a história é o programa de astrobiologia proposto pela nase em 1996 e desenvolvida ao longo dos anos no qual o Brasil entrou Então e e basicamente a exobiologia nasceu nos anos 50 50 60 e 70 com as primeiras missões Trip adas pra órbita e pra lua quando a gente tinha medo que
existisse algum tipo de vida fora da terra que contaminasse os astronautas e que depois pudesse vi pra terra e promover uma pandemia Global tanto que os astronautas no início do programa espacial eles eram mantidos em quarentena quando voltava para ver se não ficavam doentes e depois el depois de 21 dias eles eram soltos E então a exobiologia surgiu desse momento para entender a segurança das viagens espaciais e depois ela se tornou um programa em si bom isso se desenvolve 96 surge o Instituto de astrobiologia da Nasa a gente entende com o tempo que a astrobiologia
com essa roupagem é uma ferramenta muito interessante para juntar pesquisadores de diferentes áreas para resolver problemas científicos que seriam insolúveis se fossem tratados de forma Independente se eu quero estudar origem da vida ou química pré-biótica não adianta eu ter um químico ou só um biólogo eu preciso ter um químico conversando com biólogo conversando com o geólogo conversando com o astrônomo a astrobiologia é um dos poucos lugar áreas que permite esse lugares ou áreas de pesquisa que promove esse tipo de pesquisa interdisciplinar então ele se tornou uma ferramenta muito importante aqui no Brasil eh isso isso
existia de forma muito incipiente eh em 2006 existia alguns pesquisadores que trabalhavam com partes da astrobiologia Porque no final das contas não existe uma pessoa que estuda astrobiologia tem o cara que estuda bioassinaturas tem o cara que estuda química prebiótica tem o cara que estuda bioassinaturas espectroscópicas tem o cara que estuda exoplanetas e a gente tenta fazer esse pessoal conversar tinha muita gente que trabalhava com isso de forma esparsa em 2006 a gente organizou um workshop de astrobiologia que foi o primeiro que juntou pela primeira vez esse pessoal eh num evento único eu tava fazendo
doutorado nessa área no país eu falei fui um dos primeiros loucos que que que decidiu fazer isso Comecei em 2004 trabalhando com astrobiologia já inspirado pelo pessoal da Nasa foi depois que eu conheci um pesquisador que trabalhava com isso lá no instituto de astrobiologia da NASA e em 2009 me formei em 2011 2010 a gente criou esse núcleo de pesquisa em astrobiologia dentro da USP que a gente conseguiu financiamento da universidade para criar uma rede de colaboração isso foi crescendo em 2011 em 2011 a gente criou a gente fez uma escola Fapesp dessas de ciência
avançada em astrobiologia e trouxe gente do exterior pro Brasil para dar palestras para assistir palestras e a gente conseguiu no mesmo ano o nosso núcleo de pesquisa ele foi aceito como um parceiro internacional do núcleo de do do Instituto de astrobiologia da Nasa Então se hoje se for no site da NASA dentro de astrobiologia e for lá em parceiros internacionais você vai encontrar o Brasil então o Brasil faz parte de uma rede Internacional e a gente contribui para essa rede internacional em várias frentes a gente contribui com educação formando Alunos novos pesquisadores dentro dessa área
em pesquisa científica Claro a gente tá no Brasil a gente não consegue por exemplo fazer eh ci espacial ainda a gente não faz lançamentos pra Marte e coisas desse tipo a gente tá começando agora fazer essas missões espaciais e aeroespaciais de baixo custo então missões balões estratosféricos lançamento de cubs sates Isso é uma área que tem todo o potencial para dar um ter um bum nos próximos anos eh mas o forte do Brasil tem sido na parte de pesquisa em laboratório e pesquisa em campo principalmente esses ambientes extremos a gente já tem um conhecimento de
longa data em microbiologia ambiental pesquisa de extremófilos a gente tá desenvolvendo a parte de de experimentos em laboratório de simulação de bioassinaturas exoplanetas e na parte de astronomia também tem gente muito forte trabalhando então tem várias áreas da pesquisa que o Brasil faz parte mas claro ciência espacial ainda é um grande entrave e a gente realmente espera contribuir com os com as missões de baixo custo como uma missão garateia que a gente tá organizando agora que só vai custar R 35 milhões de reais aliás Se alguém quiser contribuir estamos aí à disposição brincando a gente
está tentando juntar esse dinheiro aí rec recentemente foi feito um experimento Internacional onde um satélite foi e foi colidiu com um asteroide o Ret que entrou aí acho que esse foi um dos experimentos mais usados no sentido de procurar química algum resultado disso se prevê alguma coisa de nesse sentido uma visão bom de qual poderia chegar a ser o que se espera deesses resultados aí especificamente dos do estudo de asteroides os cometas e coisas desse tipo nesse caso foi a primeira vez que você tinha uma sonda especificamente sobre um asteroide que não estava na terra
não estava contaminado estava por aí então evidentemente isso é um sistema isolado Esse é um ambiente especificamente muito rico para para fazer esse tipo de estudo que você é esse é um ambiente muito interessante porque os cometas asteroides eles são tidos como resquícios da do do do do sistema planetário original então eles são Sobreviventes do que do que existia aqui no aqui no momento de formação do sistema solar claro que dizer que eles são eh virgens em tocados é meio forte demais porque eles sofreram alteração com o tempo por causa da radiação solar da temperatura
blá blá blá mas eles são o que a gente tem de mais próximo de olhar pro passado e ver como era a química que existia no nosso sistema solar Então a partir do estudo deles e hoje a gente tem sondas que como você falou efetivamente foram até os cometas coletaram material algumas estudaram no próprio local algumas trouxeram material pra terra a gente tem material do raley sabe isso é fenomenal que a gente consegue sair da terra trazer material aqui pra terra mesmo que seja uma quantidade ínfima a gente consegue realmente tocar as estrelas né isso
é para mim isso é meio mágico até a gente consegue estudar o passado do nosso planeta a gente tá fazendo geologia planetária e a gente consegue estudar o passado Então é só assim que a gente vai entender como que a química funcionava se essas biomoléculas eh necessárias pra vida estavam realmente presentes como eu falei a origem da água aqui na terra a a controvérsias imensas se ela é de origem cometário de asteroides ou se ela é primitiva e você indo até os planetas e coletando um pouquinho desse material a gente consegue comparar a química da
da água de lá da da química da água de cá comparar Então tudo isso permite que a gente entenda melhor o processo de formação Planetário e a química do processo de formação planetária então sim é extremamente interessante esses lugares e tem gente querendo fazer coisas mais ousadas ainda que é não só explorar isso para fins puramente acadêmicos mas a gente sabe que existem asteroides que são extremamente ricos em minerais tem gente quero fazer eh mineração de asteroides realmente capturar um asteroide trazer para cá e trazer esse material paraa terra tem gente querendo fazer isso isso
foi isso fez parte da foi uma das diretrizes da do do do do governo Obama paraa Nasa realmente investir não tanto em exploração humana do espaço Mas exploração robótica e fazer mineração o recentemente a China que a China Índia são as próximas superpotências eh espaciais eles a China mandou uma sonda para Lua com o objetivo declarado claro que eles falaram depois de fazer um estudo mineralógico da superfície lunar para explorar economicamente então o universo sabe o universo é limite a gente realmente espera tá explorando além da Além da Terra agora de quem é a lua
Boa pergunta o hoje trump se assinou um e um ditado aí onde liberava dinheiro uma quantidade absurdamente Grande para a NASA para fazer examente colocar Estados Unidos de novo Eh como prioritário é trump agora é é controverso mas sim foi colocado bastante dinheiro na exploração espacial pros Estados Unidos retomar o primeiro lugar na exploração espacial Isso vai ser ótimo pra ciência de certa forma e talvez ruim para outras coisas mas enfim na época do das Missões Apolo em que existia esse objetivo declarado de colocar o homem na lua né né que o Kennedy falou vamos
chegar na lua em menos de uma década 10% de todo o PIB americano foi para missão esp foi pro foi pr pra missão Apolo e foi assim que que que que os Estados Unidos chegaram lá eles jogaram 10% isso é muito dinheiro então Vamos agradecer ao professor Douglas Galante para
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