Os 4 discursos de Lacan | Christian Dunker | Falando nIsso 82

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Christian Dunker
Nesta série, Christian Dunker pretende responder a algumas dúvidas frequentes relacionadas à psicaná...
Video Transcript:
[Música] bem-vindos ao nosso canal YouTube E falando nisso de hoje abrindo a quinta temporada que agradeço muito a vocês chegou a 10.000 inscritos e eh meio milhão de views Então realmente é uma satisfação essa essa história que começou como como um desafio como uma brincadeira em torno da da transmissão das ideias da da psicanálise eh alcançar já então esse esse momento e para comemorar a abertura dos dos nossos trabalhos eu vou enfrentar a pergunta de Natália Gonçalves professor por favor faça um vídeo falando da relação entre o real os quatro discursos as estruturas clínicas e
as fórmulas da sexuação realmente Natália Essa eu não vou conseguir resolver em 5 minutos e você tá fazendo alusão a Talvez o conceito mais difícil da obra lacaniana que é o conceito real e há três momentos da da do ensino de Lacan né teoria dos quatro discursos que se desenvolve entre o seminário 16 e seminário 19 eh teoria das fórmulas da sexuação que se desenvolve seminários 20 21 22 e h a teoria das estruturas clínicas que eh começa no seminário 2 3 vai até o seminário 6 portanto panto a gente vai ter que dividir a
sua pergunta aqui eu vou fazer vários vídeos e e realmente tentar e introduzir esses esse conceito e essas três sub teorias dentro do lac né então a cada vez vou falar da relação do Real então com os quatro discursos na teoria dos quatro discursos o Real ele vai aparecer sobre uma figura e escrita pelo Freud como uma noção Talvez um conceito chamado mau-estar né un ber Haagen eh e o Freud no contexto do seu mal-estar na civilização 1930 e ele faz uma retoma uma uma colocação xistosa de um poeta chamado heine que dizia que existem
algumas profissões que são impossíveis então governar e educar seriam profissões nas quais por melhor que você faça por mais que você se dedique eh ainda assim a tarefa é impossível impossível no sentido de de não factível né de de que as dificuldades que você enfrenta ao educar elas são tamanhas que eh o resultado eh vai sempre deixar a desejar por isso aquele que foi educado um dia se torna professor e tenta reparar e reconstruir o que fizeram com ele uma vez mas a partir dessa dessa ideia o Freud introduz uma terceira profissão impossível que seria
psicanalisar e o Lacan introduz uma quarta relação impossível que seria fazer desejar Então a partir desses quatro fazeres impossíveis e ele descreve discursos como laços sociais né então todo discurso cria um laço e esse laço se dá em torno de um impossível em se impossível que o Freud chamava de mau-estar então quando a gente se encontra a gente eh caminha junto quando a gente faz uma troca discursiva a gente pode pensar sim que nós estamos unidos por alguma coisa que a gente tem em comum que é a teoria psicológica mais básica teoria da identificação a
teoria dos discursos parte do oposto disso ela diz a gente se junta também para evitar algo também para negar algo também para contornar juntos algo que seria assim impossível isso é então a definição de um discurso os discursos eles compõem-se de quatro lugares aqui a gente tem o agente no lugar complementar a esse a gente tem o outro no lugar embaixo do outro a produção e no lugar embaixo Ah do agente ou a verdade então esses quatro lugares eles vão manter entre si uma ordem ou uma circulação de tal maneira que da Verdade partem vetores
né para os outros lados do do discurso mas nunca chegam vetores Isso quer dizer o quê que cada discurso tem um lugar abrigado que é o lugar da Verdade o lugar e que uma vez tocado transforma esse discurso em outro né então o lugar da Verdade ele suporta o lugar do semblante ou do agente de um discurso né e o agente se relaciona com o outro e extrai então uma produção por exemplo no schist né o schist é um ótimo modelo para ver como um par significante um S1 que se junta com um S2 produz
um efeito de satisfação um mais de gozar o riso quando a piada é bem sucedida né e a piada se dá em torno do quê de uma verdade que fica abrig seidita entreda caracterizando Então esse discurso o primeiro discurso que é o discurso do mestre né então significante mestre significante do Saber objeto a na função de mais e gozar e o sujeito na lugar no lugar da Verdade que significa o sujeito no lugar da Verdade no discurso do mestre que é isso que não pode aparecer né o discurso do mestre o discurso do Poder o
discurso da eh da força ele esconde esse fato constituinte de que há um sujeito que o em prática há um sujeito dividido há um sujeito castrado que organiza as relações entre o mestre e o escravo A partir dessa desse quadrícula canan os outros serão deduzidos né então a gente pode girar pensando que aqui tá a posição do significante mestre né No lugar do agente a gente pode levar o significante mestre ou pra posição ã progressiva e colocá no lugar do outro isso vai dar no discurso estérico né o S1 e o S2 e aqui o
lugar do sujeito e embaixo aquilo que caracteriza a verdade do discurso estérico que é a posição de objeto a posição de objeto a finalmente se a gente pensar o discurso do mestre e fizer uma regressão nele né passar então o significante mestre de eh cima da Barra para baixo da Barra a gente vai encontrar o discurso Universitário uma forma regressiva do discurso do mestre né então no discurso Universitário que é também o discurso do burocrata daquele que nunca se responsabiliza pelos seus atos daquele que remete o seu desejo ao outro a dominante é justamente o
saber né o significante do S2 embaixo Você tem o S1 e do outro lado você vai ter no lugar da produção o sujeito que é o aluno aquele que virá a saber aquele que virá a falar aquele que virá a se tornar enfim alguém e nessa posição o objeto a que é como em geral o discurso Universitário trata o outro trata o outro como um objeto né o objeto a ser moldado a ser escupido a ser enfim formatado udado como o Lacan Brinca a partir dessas dessas duas variações do discurso do mestre né a variação
progressiva que dá na esteria e a variação regressiva que dá no discurso Universitário ele vai pensar um quarto discurso que seria justamente o da do psicanalista e que a gente chega nele por uma progressão do discurso da histeria e o discurso do psicanalista ele tem várias peculiaridades ele coloca no lugar do semblante ou do Agente né o objeto a que é a posição do psicanalista é aquele que se e coloca Como suporte para a fantasia do paciente então se o paciente coloca se analisante vê coisas projeta a gente suporta isso a gente não desmente isso
no lado do do outro o discurso do analista vai colocar justamente o sujeito né Então essa essa prática de produção do outro como um sujeito um sujeito dividido um sujeito castrado um sujeito que não quer ser e subjetivo nessa posição assim natural e espontaneamente embaixo da Barra a gente vai ter então o S1 o significante mestre que é o efeito das das intervenções que o analista faz ele extrai os s1s né aqueles significantes que comandam a vida de uma pessoa e que ela vai descobrindo na análise e vai se desalienado desses significantes então ah o
objeto a no lugar de semblante o outro ocupado pelo sujeito a posição de S1 né o efeito da interpretação então e aqui no lugar da Verdade há o saber o saber que não se sabe o saber que representaria essa esse impossível que caracteriza a verdade eh em relação ao que se pode dizer sobre ela o que se pode escrever sobre ela uma característica importante dos discursos é que eles se dividem em duas famílias os discursos da impotência como o discurso da histeria como o discurso da universidade e o discurso da impossibilidade como o discurso do
mestre e o discurso do psicanalista né Eh isso ocorre em função dessa circulação que eu tô descrevendo os discursos né entre lugar do agente lugar do outro lugar da Verdade e lugar da produção existe uma impossibilidade ou uma impotência ou seja tem um caminho que a gente não passa que a gente não consegue fazer e é justamente esse o lugar né em que se localizar a fantasia no caso do discurso do mestre e esse lugar esse ponto de de barramento né de impossibilidade que o Real assume dentro dos discursos Então os discursos são laços sociais
caracterizados pela relação com esse impossível esse real né interno ao discurso e que vai mudando de aspecto na medida que a gente altera o laço social bom Natália é isso Você me fez trabalhar para caramba Espero que tenha chegado a uma primeira mensagem sobre os quatro discursos com relação à teoria dos discursos e o ponto mais utilizado para ter acesso a ela chama-se justamente o seminário 17 o avesso da psicanálise né que tem a capa do con bendick e que retrata o momento do do da revolução de maio de 68 na França né ele enfrentando
um policial seminário de 69 e70 onde o Lacan Eh formaliza esses quatro discursos também no seminário 16 de um grande outro ao pequeno outro e no seminário 18 de um discurso que não seria do semblante vocês vão encontrar um desenvolvimento bastante extenso eh desse desse conceito na obra do Lacan para uma introdução mais simplificada Eu vou recomendar esse trabalho que eu já mencionei aqui não falando nisso né análise psicanalítica de discursos perspectivas lacanianas e que escrevi junto com clariss paulon e José Guilhermo Milan Ramos da Estação das cores e das letras e cores para se
inscrever no nosso canal basta clicar discursivamente aqui no nosso aquon movebo e e receber em primeira mão o Falando nisso [Música]
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