e aí gente beleza ita misericórdia vamos lá é como controlar aquilo que nos controla né é parece uma uma coisa meio estranha o que vou falar agora mas essa definição é a definição mais operação existe do que a liberdade liberdade a capacidade de controlar aquilo que nos controla do ponto de vista do senso comum as pessoas costumam imaginar que liberdade é a capacidade de fazer tudo o que eu quiser né só que tem dois problemas nessa afirmação o primeiro é o que é tudo né tudo depende de um espaço histórico antropológico social político biológico e
econômico no qual você está inserido quer você queira ou não né é o segundo problema é para além da questão do tudo é a questão do qualquer coisa eu não posso querer alguma coisa que não existe o que eu nem consigo imaginar então o controle ele sempre existe desde o início da nossa existência porque nós somos tratados nós temos um tempo né transformando a esse essa definição mesmo que você não acredite que essa é uma boa definição razoável não suficiente mas razoável de liberdade eu vou dar uma uma temática um pouco mais poética né baseada
num nessa afirmação que muita gente deve ter vindo por aí né postos criados em gaiolas acreditam que voaram uma doença você deve ter ouvido eu falar alguma coisa motivacional sei lá só que explodia positiva mas enfim é essa afirmação ela é razoável até a página dois têm uma palavra aí que é uma coisa que eu quero discutir que a idéia de gaiola as pessoas pensam gaiola de um ponto de vista muito concreto não estou preso estou limitado né mas muitas vezes aquilo que nos limita nos dá significado e isso é o primeiro exercício de controle
que em última análise pode nos dar algum senso de liberdade eu quero tratar com essa idéia do da gaiola com vocês para isso vou usar dois conceitos da psicologia que parece parece que não é da psicologia são é são dois conceitos importantes da psicologia que são os conceitos de decisão a escolha né as pessoas de novo no senso comum elas acham que decidir escolher são meios sinônimos aí eu decidi isso ou escolher aquilo é meio que a mesma coisa são fundamentalmente diferentes do ponto de vista científico você decide e escolher não tem nada a ver
uma coisa com a outra e é isso que eu quero mostrar pra vocês tá dando uma definição inicial que é decidir decidirem implica trabalhar com a mente são atributos mentais os elementos da decisão estão na sua cabeça a escolha implica necessariamente comportamento você só você só escolhe depois ter escolhido por exemplo a gente vai ter um almoço daqui a pouco é onde eu vou almoçar no local há no local b quando você algum dia você está com fome está pensando sobre isso você está decidindo tá você não foi lá ainda comer portanto é que você
pode pensar em você pode decidir em comer no lugar a mas no lugar b e chegando lá porque eu vim aqui né isso acontece o tempo inteiro com todas as pessoas é algo normal uma história interessante que é comum a todo mundo que a gente está na internet você tá na internet às vezes num site qualquer de compra de qualquer coisa roupa livro e tal você tá lá andando no site e de repente você vê várias coisas que você gosta e começa a comprar nem coloca na sua 6ª virtual né aí você repara que depois
de meia hora lá mexendo no site a sua sexta visita ao estatuo grande tão cara que vai precisar do pib de um país para pagá lá né e aí quando ao invés de chegar apertar o botão pagar você vai e fecha a janela esse é um exercício de decisão que não se a substância em escolha a gente tem o contrário também já aconteceu comigo mesmo eu fui um dia no numa farmácia né compram xampú pessoas carecas precisão nos acham porque é careca sabe né eu fui comprar o xampu anticaspa dia tem caso ainda fui lá
e cheguei em treinar drogaria já ali já foi na prateleira peguei o frasco do do xampu e me chamou atenção um dado que estava no frasco estava ter escrito assim é avaliado positivamente por 97% dos usuários falei nossa como eles fizeram essa pesquisa 97% enquanto cientista ficou olhando 27 por se concretizar essa pesquisa anísio andando assim né eu vi o bicho tinha um asterisco de novo aí tava escrito assim baseado na percepção de uso de 20 voluntários como eles colocam isso no frasco 20 voluntários decidem tudo que milhares de pessoas que usam esse xampu aqui
escolheram como assim que pesquisa esquisita né eu pensei comigo mesmo se andando quando percebeu olhe para trás já tinha saído da drogaria tinha comprado ou seja eu já tinha escolhido que tinha comprado e não isso não afetou em nada minha decisão eu tô aqui eu usei todo o campo até o final eu já tinha comprado ou seja toda toda essa informação do marketing do produto não adiantou em nada no meu processo porque já tinha escolhido já tinha emitido comportamento desde o início né vamos transformar isso de uma forma mais ainda operacional quando você fala de
decisão isso é teoria mesmo tá quando você fala de decisão necessariamente você tem opções o que você prefere a ou b pode ter mais opções tá cada opção cada produto da coisa que você escolhe o que esse produto pode ser coisas a quaisquer coisas têm um valor que em geral monetário mas pode ter um valor de qualquer tipo sentimental e uma probabilidade de você a tribo que você atribui a esse valor a esse produto tá é normalmente por teoria de probabilidade a gente sabe que se eu tenho duas opções uma delas tem uma probabilidade p
a outra tem 1 - p né porque em geral em teoria de probabilidades as probabilidades são 100% né os valores são valores monetários em geral tá no entanto as teorias de decisão já tem 200 e poucos anos já de existência mostram pra gente que objetivamente as coisas têm um preço e uma probabilidade mas subjetivamente dentro da nossa cabeça a gente converte os valores monetários e um valor subjetivo e as probabilidades a gente também converte num valor subjetivo cuja soma não dá um pode dar mais ou pode dar menos porque a gente isso nós somos seres
visados é isso é bem interessante em relação à noção de valor monetário por exemplo imagine que tem uma nota de cem reais tá essa nota de 100 reais ela vale cem reais operacionalmente todo mundo percebe uma nota de cem reais como tendo um valor sem tá no entanto o valor subjetivo que cada um de vocês atribui essa nota é diferente mas não é porque vocês percebem 100 reais como 100 reais de forma diferente é porque o zero de vocês é diferente se nada durante a vida de vocês você passou por privação o seu zero está
num lugar se você nunca passou por privação na sua vida o seu 0 está em outro logo a distância relativa que você tem entre os zero e os 100 reais é diferente o dinheiro não tem valor diferente entre as pessoas o zero sim ta e logo é a gente cria uma equação que a chamada só de prospecto né o ganhador de prêmio nobel desenvolver essa equação que não é a inflação que os economistas usam porque eles não não sabe fazer um experimento né mas na verdade a gente tem os valores esses valores são convertidos em
valores subjetivos e agente os experimentos para determinar isso as probabilidades são de compostas em probabilidades subjetivas mais uma constante de o sincravesc do indivíduo que diz respeito a 10 dele né baseado nessa equação de prospecto vou ter um valor de prospecto para opção lá e prá opção b com o valor é maior e onde eu tenho uma maior probabilidade de decidir então as teorias de decisão elas tentam buscar uma regra normativa uma regra geral pela qual as pessoas decidem já escolher é completamente diferente os teóricos da escolha partem do pressuposto que eu não quero saber
o que tem na sua cabeça eu não quero saber o que você fala não importa o seu relato verbal você só escolhe depois de ter escolhido a escolha depende do seu comportamento observado tá então como eu não vou te perguntar nada como pensei o valor das coisas eu sei o porquê das coisas pelo quanto você se comporta para ter aquele objeto então por exemplo eu não vou te perguntar o que você acha do produto a ou b eu vou filmar você na loja e ver quantas vezes você vai na loja e quantas vezes você escolhe
cada um deles se por exemplo em 25 por cento das vezes que você vai na loja você compra o produto a em 75 por cento das vezes que você vai na loja você compra o produto b eu posso dizer que você tem quatro vezes mais preferência do b em relação à logo valor subjetivo é quatro vezes maior você culpa os valores observados os valores comportamentais ao invés do valor do dinheiro te dá uma vantagem que é 10 porque eu sei um valor de um produto em relação ao outro logo estou controlando isso pelo 10 e
15 crítico de cada um e se uma grande vantagem a outra característica é a percepção da probabilidade né como eu percebo probabilidade sempre perguntar e aí é um truque bacana que é o seguinte que é a noção de tempo percepção de tempo coisas que pra você acontecem com um espaço de tempo grande entre a ocorrência ea ocorrência b você percebe isso como e nos provável coisas que acontecem com um delay pequeno você percebe com uma probabilidade alta exige uma paridade entre percepção de impueiras excepção de probabilidade e de novo isso pode não somar um né
então se eu combinar o valor comportamental que você dá pra uma opção em relação à outra combinado a sua percepção de tempo eu tenho uma equação chamada função de feedback né que isso é estudado na psicologia é na psicologia experimental de forma corrente e aí criou se duas áreas que por durante décadas brigam né então os teóricos da decisão em geral são os economistas que não sabe fazer o experimento os teóricos da escolha em geral são psicólogos que não sabe fazer conta e aí cria-se uma cisão que na verdade uma falsa dicotomia né infelizmente a
partir dos anos 2000 e começou a juntar felizmente para tornar isso ainda mais palpável para todos 6 na verdade isso reflete muito a nossa vida porque ó a escolha é o seguinte eu estou me comportando né eu estou eu só escolhi depois de ter escolhido eu só percebi minha escolha quando eu olho para o passado porque eu só sei que escolhi depois de ter emitido o comportamento então é como se estivesse vivendo minha vida de repente eu paro olha para trás vê que o produto de comportamento e cria um sentido baseado nesse sentido que eu
criei eu crio uma regra normativa para tentar prever o futuro é assim que decisão escolher trabalham de forma conjunta dentro da cabeça de todos nós temos dois sujeitos que é o sujeito da decisão e o sujeito da escolha a saber é na decisão a gente trabalha com atributos mentais tá tudo bem da sua cabeça o decisor né e aí a gente tem o sujeito da ciência que aquele sujeito que quer buscar a regra normativa para viver a vida dele né então o sujeito da ciência sempre olha o que ele conseguiu de conhecimento cria uma regra
normativa prevê o futuro o sujeito da experiência é o sujeito sensível ao tempo é o sujeito que olha para trás e baseado em coisas que ele vivenciou ele tenta criar o sentido da existência dele né na verdade dentro da cabeça de vocês você tem esses dois sujeitos que infelizmente nos dias de hoje ambos sofrem por razões diferentes mas ambos sofrem levando o indivíduo sofredores como nós né hoje em dia a coisa principal o principal problema para o sujeito da ciência e o sujeito da experiência o sujeito da experiência ele sofre com uma coisa chamada associação
espaço tempo isso é o seguinte principalmente por causa da internet né 35 anos atrás quando a internet não era algo tão corrente o que a gente tinha eu podia por exemplo vou me encontrar com ela eu nem conheço ela oi eu vou encontrar com ela né então por exemplo eu posso chegar pra ela a gente vai se encontrar seu eu olho para ela falar hoje está chegando e falou eu estou a um quilômetro de você eu uso uma dimensão de espaço ou eu estou há 10 minutos de você principalmente a mesma coisa você falar que
você está há um certo tempo de distância uma certa um certo valor em metros que o metros seria a mesma coisa quando o senado uma cartinha para alguém talvez as pessoas aqui mandar uma carta ao tribunal uma missiva para alguém né em geral essa carta tem que percorrer uma distância física então tempo espaço sempre foram conectados exceto quando a internet surgiu quando encerrar a internet surgiu eu posso está hoje em dia eu posso estar a mil quilômetros de uma pessoa mas ela recebe a informação na mesma hora se é um problema para o sujeito da
experiência que precisa de um tempo para parar e olhar pra trás e cria um sentido hoje em dia fala uma coisa na internet tem o mundo inteiro falando mesmo o mesmo tempo você está afogado de tanta informação e você não consegue parar simplesmente pra trás e ver o que o que você faz da sua vida então o sujeito da experiência massacrado pela questão da dissolução espaço tempo temos também a questão do sujeito da ciência que esse sujeito que cria regras para tentar prever a realidade que é a idéia da formação para o trabalho isso é
uma coisa que já tem os 200 anos da então tv a revolução francesa a partir da revolução francesa tivemos a revolução industrial e aí foi necessário que as pessoas passassem a cisco design o modelo de escolarização que a gente tem que eu fui submetido vocês também não é um modelo emancipatório é um modelo que serve para fazer o operário tá então uma coisa muito importante dodô pós revolução francesa é que com a industrialização e precisava formar pessoas que saboya soubessem ler soubessem contar para trabalhar nas empresas e aí o que aconteceu eu massifica educação algo
extremamente importante para o desenvolvimento da tecnologia foi algo extremamente útil mas você reduz a pessoa lógica do trabalho ela vive uma vida que ela não merece viver porque ela naturalismo trabalho como algo que todo mundo deve ter muitos de vocês fizeram acho que todo todo todos vocês na verdade fizeram ensino superior é ensino fundamental e médio eu acredito que alguns de vocês pensam isso eu aprendi as coisas do colégio nem lembro mais porque porque vocês porque você não lembra mais das coisas que aprendeu no colégio porque você estudou no colégio não prender vocês tudo para
passar no vestibular porque quando vai passar no vestibular você faz uma faculdade tem um emprego alguém na vida isso é construído isso é uma estrutura social e antropológica que tem coisa mais ou menos 200 anos não muito mais que isso isso mata o sujeito da ciência porque você se define como de exatas humanas biológicas e você joga o bebê junto com a água quando você define assim né a formação científica não ela prescinde de uma área de conhecimento tem que integrar todas as áreas do conhecimento então veja que somos sujeitos que sofridos por essas duas
razões e agora o que podemos fazer para controlar isso e contexto antropológico e histórico econômico biológico psicológico que nos controla né temos duas saídas possíveis não adianta nada apresentar o problema zero na saída foi muito angustiante então uma das uma primeira saída seria a ciência como uma nova pedagogia o método científico não é coisa que senti esta faz o método científico uma coisa que todo mundo faz só que você não percebe que faz a o pop e costumava dizer o seguinte você quer ser cientista eu quero então dica você vai abrir mão de duas coisas
da certeza e da verdade se você faz uma coisa pra achar que você tá certo o que você busca a verdade abra uma igreja tá se você quer ser cientista você tem que lidar com a incerteza ea dúvida necessariamente a gente está na faculdade de engenharia alguns de vocês devem ter tido aula de processos estocásticos por exemplo e de áreas ligadas às séries temporais coisas dos modelagem matemática qual é o objetivo de um modelo matemático é você descobrir o melhor modelo todos os modelos são ruins mas alguns são úteis já dizia jorge box na verdade
então o objetivo da modelagem não é descobrir o modelo verdadeiro o correto você não tem como acessar isso mas descobriu - errado se você transformar isso numa pedagogia isso vai ter um impacto central na maneira como os indivíduos se percebe porque se eu viver minha vida em função de minimizar meu erro ao invés de tentar buscar um acerto eu vou parar de acreditar em pequenas verdades que as pessoas me dão e quando consigo quantificar o meu erro o processo decisório ou de escolha isso me dá autonomia porque eu consigo quantificar o com errado eu estou
em cada momento né isso me dá uma saudade porque sei que estou errado isso me dá autonomia porque eu consigo ter confiança suficiente de que eu aguento back caso as coisas derem errado isso me dá resignação em viver uma vida que faz sentido né essa seria a ideia de uma ciência como uma pedagogia ciência não é um método feito para a cientista da universidade a ciência tem que ser usada para todo mundo você tem que viver em função do seu erro você tem que viver em quanto mais você erra mais você aprende não é que
a inteligência artificial usa porque ela faz isso porque a gente tem que fazer assim né ea segunda saída que é decorrente dessa é a ideia de da palavra a palavra como mediador uma coisa que nos torna diferentes de outros poucas coisas nos diferenciam das outras espécies que habitam a terra tá mas uma das coisas que mais nos torna diferentes é a idéia da linguagem nós somos os organismos que têm a linguagem mais desenvolvida a idéia da palavra como mediador entre o sujeito da experiência o sujeito da ciência é algo que cria significado eu tenho muita
convicção infelizmente que praticamente todos vocês não têm com alguém ou algum grupo o qual você consegue conversar de forma franca infelizmente eu acredito que a grande maioria de vocês não têm alguém você consegue trocar idéia de verdade né isso coisa que falta para as pessoas eu acho que muito mais por sorte do que merecimento eu pelo menos durante minha trajetória desenvolvi ou descobrir eu fui descoberto por vários grupos de pessoas que me dão esse espaço de continência o código será o mesmo mostrar eu errei eu não sei o que fazer eu estou perdido minimizar o
erro em função disso aprender criar uma regra normativa parcial e seguir em frente exemplos disso são por exemplo dois professores amigos meus de longa data temos uma disciplina juntos na usp que chama julgamento decisão escolha é o professor marcelo vanucci professor josé siqueira trabalhamos juntos e eu sou muito grato a eles por isso sua palestra dedicada a eles tenho o ken fujioka que também é uma pessoa que há anos vem introduzir dentro do caminho da divulgação científica que é pegar o sujeito da ciência de mim transformar num sujeito da experiência compartilhar com vocês sou muito
grato a ele e ana que ali no fundo que também é uma pessoa que do ponto individual sempre me deu continência para aliar e um espaço seguro para aliar o meu sujeito da ciência da experiência de uma forma mais frutífera né essa é a busca que vocês têm que ter na busca por sucesso não é a busca por ser bem sucedido porque isso é uma igreja isso é a busca por uma realidade que não é sua que não faz sentido você tem que minimizar o seu próprio erro e um espaço nesse para descobrir isso são
esses espaços de partilha que são infelizmente cada vez mais raros né nunca vivemos numa se numa numa época em que as pessoas foram tão bem e do catão informadas e tão solitária é algo surpreendentemente caiu-lhes tico né do ponto de vista concreto mas agora para terminar a luz de toda essa conversa que tivemos podemos escrever olha aquela fala do nosso amigo passaram na verdade então podemos agora dizer que passa dos que conhecem a gaiola onde foram criados têm noção tem noção do processo de escolha que foi submetido a ele muito antes de existir então ele
faz parte de um contexto de uma estrutura antropológica principalmente passar os que conhecem a gaiola onde foram criados decidem como pó essa idéia da gaiola não é algo concreto é algo formal você pode trabalhar com limite dessa gaiola e é isso que eu desejo para vocês trabalhe com limite de suas gaiolas gente isso que vai trazer muito mais sentido significado e valor para a vida de vocês obrigado [Aplausos]