Figuras de Construção ou de Sintaxe - Brasil Escola

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Brasil Escola Oficial
Conheça as figuras de construção ou de sintaxe, que são figuras de linguagem que indicam alguma modi...
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[Música] [Aplausos] Olá queridos tudo bem com vocês bem-vindos a mais uma aula de língua portuguesa do Brasil escola eu sou a professora Maria Beatriz e hoje continuaremos a falar sobre os recursos estilísticos da língua portuguesa as figuras de linguagem e especificamente as figuras de construção ou sintaxe se inscreva no nosso canal e já ative as notificações para ficar por dentro de todo o conteúdo vamos [Música] lá bom as figuras de sintaxe ou figuras de construção também são recursos estilísticos são figuras de linguagem que buscam nesse caso evidenciar um desvio na construção de um período e
por isso interferem na estrutura gramatical de uma frase dessa forma evidencia-se sempre uma modificação na estrutura da oração é algo sintático é uma interferência sintática da língua portuguesa utilizada portanto como um recurso de se atribuir ênfase nesse caso utiliza-se a omissão a repetição ou a inversão de termos ou expressões em determinado enunciado a primeira figura de sintaxe que podemos ressaltar se chama elipse nesse caso o que se tem a omissão de uma palavra no texto que não foi repetida anteriormente ou melhor que não foi falada anteriormente mas cuja identificação é muito fácil devido ao contexto
de comunicação presente naquele enunciado é importante ressaltar essa ideia de que a palavra não fora citada anteriormente nesse caso entende-se a sua participação entende-se a sua presença só pela inferência pelo contexto de comunicação em que isso se insere agora uma curiosidade sobre a nomeclatura dessa figura de linguagem o termo elipse vem do grego elipses e era utilizado lá na Grécia como algo próximo a defeito falta ausência uma razão interessante para isso tem a ver com a astronomia quando os cientistas ao estudarem as órbitas pensavam que elas eram circulares mas os cálculos nunca alcançavam um resultado
exato e aquela forma forma próxima a uma circunferência era nomeada de elipse posteriormente um gráfico que que evidencia essa forma foi apropriado pela matemática com esse mesmo nome e posteriormente pela linguística se referindo então a essa figura de linguagem para fixar o conteúdo Então vamos olhar alguns exemplos de elipse Olha só chegamos tarde ontem nesse caso que nós temos é um sujeito elíptico poderia ser explícito nós nós chegamos tarde ontem mas o fato de ele estar oculto não interfere no sentido ele é inferido a sua presença ela apesar de estar oculta ela ela é percebida
por quem fala chegamos tarde ontem outro exemplo agora com a elipse do verbo no meio do caminho pedras nesse caso percebe-se a presença de pedras marcada pelo verbo haver no meio do caminho há pedras só que o verbo haver foi ocultado pela figura de linguagem elipse olha agora outro exemplo com a conjunção em omissão não fosse o seu auxílio eu ainda estaria perdido nesse caso percebe-se a ideia de condição eh ressaltada né pela conjunção C ocultada pela figura de linguagem se não fosse o seu auxílio eu ainda estaria perdida a omissão desses termos nos três
exemplos ela não interfere na na na compreensão do sentidos propostos por quem fala é o que temos então no sentido de elipse bom e não é só a elipse que tem a intenção de omitir algum termo na oração temos uma outra figura de linguagem com uma função próxima se chama zeugma nesse caso pretende-se omitir um termo na oração que já foi citado anteriormente nesse caso alguns gramáticos consideram que a zeugma é uma espécie de elipse olha só os exemplos nós chegamos cedo e encontramos bons lugares na primeira oração o pronome nós é explícito na segunda
não mas ele está oculto e o seu entendimento é Claro porque ele já foi explícito anteriormente nós chegamos cedo e nós encontramos bons lugares perceberam agora outra forma de zma com o verbo eu gosto de matemática e de biologia também o verbo gostar nesse caso foi omitido na segunda oração eu gosto de biologia e eu gosto de matemática também não é necessário repeti-lo para isso utiliza-se auguma como uma figura de linguagem olha um último exemplo para realmente fixar o conteúdo meus amigos se divertiram e eu também nesse caso é interessante que ressaltemos que existe um
existe um zeugma complexo isso quer dizer que o verbo embora seja omitido e entendido pela sua ocorrência anterior tem uma flexão diferente no caso de meus amigos se divertiram o verbo é flexionado na terceira pessoa eles se divertiram e a forma oculta do verbo deveria estar flexionada na primeira porque eu também me diverti e não pela forma de flexão na terceira pessoa perceberam Então apesar de omitir-se um verbo já citado anteriormente nesse caso mais complexo existe uma flexão diferente primeiro em terceira e depois em em primeira pessoa entendeu um terceiro recurso estilístico associado à sintaxe
ou a construção dos períodos é o pleonasmo nesse caso que nós temos é a repetição de alguma palavra ou de algum termo na oração que tem a intenção de provocar redundância no sentido final o pleonasmo é muitas vezes utilizado a fim de se atribuir ênfase e pode ser classificado de forma literária seria o pleonasmo literário ou de forma viciosa que é o pleonasmo vicioso vamos ver cada uma delas no caso do Pleonasmo literário que nós temos é a intenção de chamar a atenção do leitor Diante Do que se deseja transmitir é um recurso muito utilizado
na poesia por escritores ou por compositores de música a fim de enfatizar determinada ideia em um enunciado qualquer Olha só esse exemplo que é o Soneto de Fidelidade de Vinícius de Moraes De tudo ao meu amor serei atento antes e com tal zelo e sempre e tanto e em seu louvor Ei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto nesse caso eu tenho dois trechinhos do Soneto da Fidelidade e uma expressão que devemos enfatizar quanto ao pleonasmo rir meu riso percebeu a redundância é redundante que se ria o próprio riso mas
Vinícius de Morais utilizou como recurso poético a fim de se atribuir ênfase ao que ele escreve já o pleonasmo vicioso ocorre quando a repetição quando a redundância não exerce qualquer função produtiva dentro do período nesse caso o sentido já é completo e aquela repetição intencional ou não não é produtiva não é eficiente a fim de se atribuir ênfase o que nós temos portanto é um vício de linguagem subir para cima descer para baixo entrar para dentro voltar para trás todas essas expressões são redundantes e viciosas perceberam se eu estou voltando É claro que eu estou
voltando para trás é por isso que se chama pleonasmo vicioso existe um caso específico quanto ao pleonasmo vicioso que chamamos de epíteto de natureza é permitido portanto e muitas vezes utilizado como um recurso de ênfase um recurso literário na na língua o emprego an de algum adjetivo que expressa uma característica intrínseca da natureza de determinado substantivo é o caso por exemplo de Noite Escura Céu Azul mar salgado embora seja óbvio que o mar é salgado nesse caso a adjetivação é intencional repe representando uma característica intrínseca daquele substantivo Noite Escura Céu Azul perceberam uma outra figura
de sint a ou outra figura de construção é o hipérbato nesse caso há o deslocamento de algumas palavras que pertencem a um mesmo sintagma o que eu tenho dessa forma é o deslocamento intencional a partir da ordem direta pela colocação do sujeito em determinada oração se na ordem direta eu tenho o sujeito o verbo e o seus complementos nesse caso a alteração ela não interfere no sentido e é inten por exemplo está pronto o almoço quem está pronto sujeito a almoço está deslocado para o fim da frase na ordem direta seria o almoço está pronto
e esse deslocamento é chamado portanto de hipérbato como uma figura de linguagem outro exemplo para fixarmos a figura estavam ansiosos os novos Alunos novos alunos é o sujeito do verbo estar por isso ele está deslocado na oração na ordem direta seria os novos alunos estavam ansiosos a inversão dos termos na oração Portanto evidencia o hipérbato mais uma figura de construção tudo certo até aqui bom o anacoluto também é uma figura de linguagem relacionada à sintaxe consiste em manter desconexo um termo na oração perante uma mudança repentina na estrutura do período Olha só o exemplo a
vida porque sempre nos surpreende nesse caso em relação ao hipérbato há uma diferença muito clara porque no anacoluto há uma irregularidade na construção do período por exemplo ele parece que não nos conhece mais a diferença consiste em que não há uma relação Clara entre os períodos na construção sintática dele até aqui tudo bem entenderam a relação de deslocamento dos termos na oração o primeiro não existe um efeito de confusão sintática Enquanto o outro evidencia Uma ruptura na construção do período não deixando Clara a relação entre os termos da oração isso é claro além dessas nós
temos também como uma figura de sintaxe o assíndeto esse ocorre quando as palavras de uma oração ou quando as orações de um período se sucedem sem haver nenhum elemento conector o que nós temos Então são orações coordenadas sem a manuten S de conjunções coordenativas E assim a coesão entre essas relações existe por meio de ritmo né Por ênfase rítmica na oração Olha só o exemplo não saia está chovendo Lá Fora nesse caso a omissão da conjunção entre as orações coordenadas que dariam uma ideia de explicação como pois ou porquê ela representa o assíndeto que é
uma figura de linguagem de forma desenvolvida ficaria não saia pois está chovendo Lá Fora a sua omissão intencional portanto refere-se a essa figura de construção Olha só outro exemplo Acordou cedo começou a estudar dedicou-se ao conteúdo há claramente uma relação de adição entre as orações mas o termo de conexão a conjunção conectora é omitida configurando então o assíndeto como uma figura de linguagem por outro lado polissíndeto que também é uma figura de construção opõe-se ao assíndeto pela repetição intencional dos conectores em determinada oração Olha só esse exemplo Acordou cedo e começou a estudar e dedicou-se
ao conteúdo a repetição intencional a fim de se atribuir ênfase ao enunciado classifica portanto essa figura de linguagem olha outro exemplo não canto nem danço nem declamo poesias nesse caso repe i-se a conjunção nem com a intenção também de se atribuir ênfase ao enunciado o que nós temos então é o polissíndeto perceberam nós temos também a anáfora como uma figura de sintaxe e nesse caso ocorre a repetição de uma ou mais palavras de forma regular em determinado enunciado o que a difere do polissíndeto é que lá naquela figura de linguagem a repetição intencional se dava
de elementos de coesão ou seja as conjunções nesse caso pode ha a repetição de palavras referentes a quaisquer classes gramaticais verbos substantivos e assim por diante Olha só esse exemplo da música Águas de Março de Elis Regina e Tom Jobim vou tentar é o pau é a pedra é o fim do caminho é um resto de toco é um pouco sozinho t e assim por diante nessa música percebe a repetição Clara do verbo ser é o pau é a pedra a repetição intencional de Tom Jobin na sua composição se refere a uma figura de linguagem
que estamos estudando que é a anáfora isso é claro por fim nós temos a silepse mais uma figura de construção nesse caso ocorre a concordância com o que se subentende no enunciado concorda-se na verdade com o sentido Expresso pelas palavras e não pela forma gramatical que ela está expressa em determinado enunciado a silepse pode então ser de número de gênero ou de pessoa olha só os exemplos em primeiro lugar então nós temos silepse de número Olha só o exemplo acolheu o grupo e estavam Aflitos a palavra grupo embora expressa no singular ela representa um número
grande de pessoas Reunidas o verbo estavam Então concorda com a ideia de um número de pessoas e não com a palavra expressa no singular acolheu o grupo e as pessoas estavam aflitas percebeu Olha só outro exemplo a população estava insatisfeita no feminino e no singular reivindicaram seus direitos negados no caso o verbo reivindicaram no plural refere-se ao grupo de pessoas que compõem a população e não a o termo no singular Expresso pela palavra em sua forma gramatical perceberam agora um caso de silepse de gênero olha o exemplo a Bela São Paulo continua chuvosa nesse caso
São Paulo é palavra masculina como que a Bela São Paulo continua chuvosa ocorre então a silepse de gênero concordando com o termo omitido a bela cidade de São Paulo perceberam olha outro exemplo vossa excelência estava agradecido vossa excelência é palavra feminina espera-se a concordância também no feminino mas quando se entende que essa vossa excelência representa uma figura masculina ou seja uma pessoa homem a concordância se dá com o significado implícito significado que está por trás de vossa excelência vossa excelência então está agradecido com uma silepse de gênero por último temos a silepse de pessoa nesse
caso concorda-se com quem está inserido Olha só todos entramos imediatamente o entramos conjugado na primeira pessoa do plural se refere a todos que cobraria um verbo conjugado na terceira pessoa do plural mas como a primeira pessoa está incluída nesse todos como o eu componho todos concorda-se com o sentido proposto todos nós estamos ou melhor Todos Nós entramos imediatamente perceberam Olha só mais um exemplo para que isso fique realmente Claro a gente precisa mostrar que temos valor nesse caso o agente da ideia de nós todos nós todos precisamos mostrar que temos valor então em vez de
o verbo concordar com a palavra explícita ou melhor com a expressão explícita que cobraria um verbo na terceira pessoa a gente precisa mostrar que tem valor concorda-se com a ideia que ele traz referindo-se a nós temos perceberam nesse caso a concordância pelo sentido trazido pela palavra representa a silepse e nesse caso especificamente a silepse de pessoa perceberam Então é isso gente mais uma aula sobre figuras de linguagem completa agora entendemos as figuras de construção ou sintaxe se você gostou curta o nosso vídeo compartilha com todos os seus amigos todo o conhecimento dessa aula já nos
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