Campanha gravidez na adolescência - Parte 1/2

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Telessaúde Sergipe
Webpalestra - Campanha gravidez na adolescência. Para isso, contamos com a presença dos(a) convidado...
Video Transcript:
[Música] bom dia a todos e a todas estão todos me ouvindo eu vou iniciar Enquanto vocês né então observando aí eu vou iniciar a minha apresentação tá enquanto eu tô colocando aqui eu já vou aproveitando para agradecer o convite de professora Fernanda para a gente poder conversar um pouquinho sobre essa temática que Como ela mesmo falou é de grande relevância que a gente possa discutir tá não somente na área da saúde mas como a gente vai conversar um pouquinho aqui para a gente conversar na verdade em diversos setores afinal de contas a gravidez na adolescência
ela é um problema de saúde pública e se é nítido como professora Fernanda já afirmou mas agora a pouco e hoje a gente tá trabalhando aqui no contexto da saúde no contexto legal mas é importante a gente salientar que a gravidez adolescência realmente é um problema intercessorial então ele perpassa na verdade não somente a saúde Mas a questão também do direito à questão também da educação a questão familiar dentre outras coisas tá então eu vou começar a minha apresentação a medida que vocês tiverem algumas dúvidas vocês podem colocando no chat que aí ao final a
gente vai tentar discutir um pouquinho sobre isso tá a ideia na verdade aqui a gente tentar fazer discussões tá então assim inicialmente inicialmente eu vou vou passar um pouquinho sobre a questão de conceitos tá então isso aqui a gente já sabe mas só para a gente poder relembrar então a adolescência ela se configura na verdade e a transição da infância para idade adulta e aí nesse período de transição que a gente chama de adolescência a gente vai ter muito desenvolvimento né de vários aspectos E aí a questão dos aspectos físicos como eu falei né Tanto
do menino quanto da menina Então vai ter um desenvolvimento maior principalmente dos caracteres sexuais né A questão emocional vai estar o adolescente o indivíduo ele vai realmente ter esse desenvolvimento emocional e tudo isso a gente sabe que tanto o desenvolvimento emocional mental sexual e tudo mais isso vai depender muito do Meio aonde ele se encontra E aí a gente sabe que o quesito família nesse sentido é extremamente importante a questão do Desenvolvimento Social então a gente sabe que nesse período de adolescência os indivíduos eles vão acabar adotando alguns grupos né com que eles mais se
caracterizam então de uma forma geral é um período que a gente precisa realmente de atenção tá em todos os aspectos não apenas voltados ao aspecto sexual mas a gente precisa realmente de um pouquinho de atenção para esse público porque é um período de muitas mudanças para eles ainda falando um pouquinho sobre conceito só para a gente poder entender e a gente ingressar realmente no assunto Tá existe na verdade uma discrepância muito pequena obviamente entre caracterização da adolescência por alguns órgãos então por exemplo a Organização Mundial da Saúde ela caracteriza a adolescência no período de 10
a 19 anos que é o que a gente inclusive vai trabalhar aqui certo já o Estatuto da Criança e do Adolescente já o eca ele caracteriza adolescência dos 12 aos 18 anos de idade Então isso é uma questão de conceito mesmo mas isso não vai ter nenhuma nenhum tipo de variação para as informações que a gente vai ter aqui mas a gente hoje vai trabalhar nesse conceito da OMS que é no conceito de 10 a 19 anos trouxe para vocês algumas questões epidemiológicas então para a gente entender a grandiosidade desse problema certo então isso aqui
na verdade eu peguei pelo data SUS né pelo sistema de informação de nascidos vivos e aqui eu tenho um gráfico né o percentual de nascidos vivos com mães na faixa etária da adolescência dos 10 aos 19 anos de idade E aí eu peguei a série Histórica de 2000 a 2020 a gente percebe que sim né esse problema ele tá diminuindo só que mesmo assim ele se configura um problema grandioso a gente observa aqui por exemplo no ano de 2020 que foi o ano que eu consegui mais recente pelo data SUS que 13,9% das gestações foram
de mais adolescentes e a gente olha a 13,9 talvez não seja um número tão grande mas quando a gente coloca com o número absoluto isso envolve quase 400 mil mulheres 400 mil a dolescentes então dá uma média de 381 mil por exemplo então é muita gente é muita gente realmente no Brasil que tá engravidando cedo demais e a gente sabe que isso envolvem algumas implicações não somente clínicas físicas mas também sociais emocionais e etc um outro gráfico também para a gente poder entender o panorama desse problema por região né brasileira aí eu coloquei na verdade
para a gente entender a cada 10 anos né 2000 2010/2020 como a gente já observou no gráfico anterior realmente a tendência é uma tendência é decrescente mas mesmo assim é um problema que que se agrava E aí a gente já começa a observar aqui ó esse azul aqui de cima que a região norte e o laranja que a região Nordeste esse laranjinha é mais forte são as principais regiões aonde acontecem a gravidez na adolescência e isso a gente consegue replicar pela questão social pela questão da falta de escolaridade administração da escolaridade desse público na Região
Norte na região Nordeste Então são duas regiões que economicamente falando são as duas reuniões mais precárias do nosso país e a gente sabe que a gravidez na adolescência é um problema social também tá então a gente acaba observando que essas duas regiões tem uma tendência maior de ter grávidas adolescentes e só para vocês entenderem que realmente é uma questão de saúde pública não apenas no Brasil mas também no mundo né Então dessa gestação exprecoces 95% estão concentradas nos países em desenvolvimento então como eu falei é um problema também social né então a gente observa que
os números eles são maiores nos países em desenvolvimento como exemplo do Brasil e até 2035 serão 20 milhões de Mães com menos de 19 anos então o problema de saúde pública que eu falei não é um problema recente é um problema que já permeia há alguns anos e a gente vai ter esse problema durante algum tempo por isso que a gente precisa realmente começar bastante a respeito disso e tentar medidas para que a gente consiga diminuir ou amenizar esse problema Então por que que na verdade a literatura né O que que as pessoas falam por
que que acontece a gravidez na adolescência então a gente precisa entender que a gravidez na adolescência não existe na verdade um ponto Apenas não existe apenas um fator Na verdade é um problema multicetorial né então que vai desde a questão familiar então principalmente a gente observa que as grávidas adolescentes estão relacionadas principalmente na em problemas que tem famílias estão desestruturadas né E aí justamente essa desinstruturação familiar vai levar o quê a uma falta de diálogo entre os pais e os filhos e aqui quando eu falo diálogos em paz e filhos eu coloco filhos no sentido
menina e menino afinal de contas muitos adolescentes muitos meninos né acabam realmente engravidando suas parceiras então a gente precisa um problema que a gente não somente no adolescente grávida né mas no adolescente que é o companheiro mas na família então a gente precisa tentar melhorar essa reestruturação familiar melhorar esse diálogo para que realmente os pais e os filhos Conversem mais sobre as questões de sexualidade Hoje em dia a gente sabe que a iniciação sexual tá cada vez mais precoce né então a idade reprodutiva feminina inclusive tá cada vez mais precoces precoce Então amenarca o que
antigamente a gente tinha meninas combinar de 15 e 16 17 anos hoje em dia é natural né a gente observar meninas combinar arca de 9 10 anos de idade E aí com isso a gente acaba realmente iniciando a relação sexual de forma mais precoce mais cedo a gente também tem problema no sentido de educação então o absenteísmo escolar faz com que essas meninas esses meninos eles acabam tendo menos informação e aí quanto menos informação a gente tem esse problema ele vai se agravar mais então absenteísmo escolar acaba sendo importante nesse contexto por isso que as
políticas públicas que acabam desenvolvendo horários escolares estendidos né atividades escolar habitual em um turno e no contraturno ofereçam atividades de esporte ou qualquer outro tipo de atividade isso é extremamente importante para a gente tentar diminuir também esse problema a deficiência de informação sobre os métodos contraceptivos e as infecções sexualmente transmissíveis isso é um ponto extremamente importante atualmente os nossos jovens eles estão mais preocupados com uma gravidez do que com infecção sexualmente transmissível né então para eles né na visão deles é mais fácil é mais tranquilo eu ter um is-t que a is T vai ter
um tratamento por mais que não tenha cura Mas vai ter um tratamento e eu vou ter uma qualidade de vida então é melhor eu ter um is T não tem problema eu não não usar preservativo em todas as relações né E esse tem não tem problema nenhum mas em consequência mas eu tenho um problema maior Na verdade eu tenho uma gravidez então isso acaba sendo realmente um problema para a gente muitos jovens acabam não tendo um projeto de vida não sabe realmente o não pensa ou não não conseguem desenvolver Na verdade o que fazer no
futuro isso acaba sendo realmente um problema né nesse sentido e muitos profissionais também de saúde né Principalmente aqueles da atenção primária então na ponta mesmo acabam tendo pouco manejo com esse público então quando a gente observa nas unidades básicas de saúde a gente observa que realmente a gente tem uma participação maior de uma outra população nas unidades básicas de saúde e a gente observa uma diminuição na verdade de participação de adolescentes e até mesmo de ofertas de grupos ou de atividades para esse grupo específico de uma forma geral a gravidez na adolescência e bebe muito
mais prevalente como a gente já falou né e meninas com baixo nível socioeconômico não significa dizer que aquelas que tem um nível sócio-econômico melhor que não vão engravidar elas também engravidam mas em uma prevalência bem menor tá questões étnicos raciais Então as pardas elas lideram realmente essa essas estatísticas a negra as negras também né as pretas também Elas têm uma uma um fator também acaba sendo importante né nesse sentido as meninas com baixa escolaridade então se eu tenho uma baixa escolaridade eu tenho realmente menos informação sobre o assunto e muitas vezes acontece né pela questão
da deficiência do serviço de saúde então como eu falei né Às vezes a gente tem uma redução na atenção desse público então a gente já não percebe tanto que os profissionais de saúde de uma forma geral trabalha em atividades específicas para esse grupo tá e uma coisa que eu acho importante a gente conversar a gente falar que é que a gravidez né Ela é feminina a gravidez na adolescência ela é feminina isso é um fato certo então só para vocês entenderem alguns números 60% das meninas das meninas grávidas elas são abandonadas pelos seus parceiros ainda
durante a gravidez então ela vai passar aquela gestação aquele período todo dia adaptação sozinho né E vão criar sozinha e 20% delas são deixadas após o parto Então na verdade se a gente for observar apenas 10% o número muito pequeno elas permanecem com seus companheiros e se a gente for trazer outros números também é existe uma realidade muito grande no sentido de quem acolhe essa essa gestante acaba sendo realmente a família da menina né então muitas vezes a questão financeira quem Abarca são os pais da menina Então são os avós maternos é quem acolhe em
casa geralmente são os avós maternos então acaba realmente sendo totalmente feminina E aí como é que a gente tem que fazer o acolhimento dessa gestante adolescente né então geralmente essa essa adolescente a gente vai conseguir fazer esse primeiro acolhimento essa descoberta na unidade básica de saúde tá a questão do pré-natal gente não vai mudar então a questão dos aspectos de exame de atendimento a questão obstétrica de uma forma geral é um atendimento de pré-natal como outro qualquer mas a gente tem algumas especificidades né então a gente pode estar falando aqui a depender da idade materna
de uma gravidez de risco então a gente precisa realmente ter maiores cuidados em relação a isso mas uma coisa importante é o acolhimento dessa gestante adolescente então o primeiro passo né quando a gestante ela realmente descobre a gestação muitas vezes ela vai chegar lá na unidade básica de saúde não no primeiro trimestre mais existe uma tendência muito grande dessa gestante descobrir né no seu vínculo às vezes de amizade e elas às vezes vão tentar esconder a gestação da família dos amigos dos amigos de uma forma geral e consequentemente às vezes ela só vai chegar para
gente lá na unidade básica de saúde já no nosso já no segundo trimestre E aí a gente já perdeu algum tempo para a gente poder já iniciar um pré-natal mais adequado para essa gestante Mas é porque geralmente acontece e a gente enquanto profissional de saúde principalmente Quem tá na ponta e principalmente quem atende a gestante do pré-natal os médicos os enfermeiros a gente não pode a gente precisa ser livre de julgamento né a gente tá ali não enquanto não enquanto pessoa a gente ali enquanto nacional e a gente tá ali para atender a necessidade daquela
adolescente então não adianta a gente chegar e tá julgando e tá fazendo algumas críticas alguns comentários que são comentários às vezes Desnecessário né então ela já tá passando por um turbilhão de emoções e para ela às vezes está ali na sua frente ela vai se vai ser bem que vai ser um momento bem difícil então o primeiro passo é a gente escutar os pensamentos e os sentimentos sobre o resultado da gestação então assim que confirmada a gestação a gente precisa compreender ela às vezes vai chorar na consulta ela às vezes tem gestante que não chora
não sente nada então você sente assim uma apatia mesmo e aí Alguns profissional se questionam meu Deus ela engravidou tão cedo 14 15 anos e ela não tá desesperada talvez ela esteja desesperada mas talvez a ficha ainda não tenha caído então cada uma vai realmente uma reação diferente né que vai desde o choro do medo da apatia e até mesmo o estado de choque afinal de contas a maioria né dessas dessas da gravidez na nesse período elas não são planejadas e não são desejadas né então para você para menina compreender o que tá acontecendo e
que ela vai ter várias mudanças na sua vida a partir daquele momento e que foi uma coisa que ela não queria ela não planejou ela não desejou e que muitas vezes ela não vai ter o apoio do parceiro e muitas vezes ela não vai ter o apoio da família pelo menos inicialmente então é algo que já era medo né geralmente em qualquer pessoa você imagina uma menina de 14 15 anos então isso é muito importante a gente fazer essa escuta qualificada e acolher nesse primeiro momento realmente acolher um outro passo que é interessante também e
que acontece muitas vezes a gestante às vezes ela procura Às vezes a primeira ou a segunda pessoa geralmente a primeira pessoa acaba não sendo os pais né acaba sendo o ciclo de amizade mesmo elas conversam entre elas né elas ficam mais à vontade entre as faixa etária delas mas muitas vezes ela vai chegar para você e vai não ter contado para os pais e às vezes ela vai chegar para você enquanto profissional e vai pedir ajuda nesse sentido né e é válido é válido a gente pensar nesse sentido de como a gente pode tentar ajudar
essa essa adolescente para tentar conversar com seus pais com seus parceiros óbvio que é uma questão que que às vezes vai depender muito de de gestante para gestante e adolescente para adolescente mas é válido a gente questionar né seus pais já estão sabendo Você sabe quem é o pai da criança Você já conversou com ele Você precisa de alguma ajuda para a gente conversar a respeito disso então acho que a gente pode também tentar trabalhar nesse sentido e aí obviamente como eu falei a questão do pré-natal que é extremamente importante e o pré-natal ele precisa
realmente acontecer o quanto antes a gente sabe que quanto mais cedo a gente consegue captar essa gestante para realização das consultas pré-natais né então Quanto quanto melhor a qualidade desse pré-natal mais favorável vai ser o desfecho para essa para essa mãe e para esse bebê né então a gente sabe que a mortalidade materna nessa faixa etária da adolescência principalmente nas faixa etárias mais cedo né entre os 10 aos 14 anos a mortalidade materna acaba sendo um pouquinho elevada por diversos problemas então para Natal nesse sentido Ele tem ele faz diferença o pré-natal da gestante como
eu falei o pré-natal ele vai acontecer nos aspectos clínicos de exame enfim de forma normal só que a gente precisa na verdade dar uma melhor atenção principalmente a questão psicológica a questão social dessa menina então tentar inserir ela em grupos de atividades se a gente tem se a gente tem mais de uma gestante adolescente Então por que não a gente fazer com que essas adolescentes Conversem entre si sobre o que elas estão pensando né os fatores emocionais então é interessante que a gente realmente insira essas adolescentes nesses grupos de apoio tá E aí pensar nesse
aspecto não só na adolescente mas também nos seus acompanhantes E aí quando eu falo de acompanhante eu falo no sentido do parceiro e no sentido também da família a família também vai precisar de apoio não é só a gestante então a gente precisa realmente acolher a gestante e seus acompanhantes a tentar para a questão do horário adequado para o atendimento de pré-natal geralmente nas unidades básicas de saúde a gente sabe que existem agendas né então suponhamos que a minha agenda de pré-natal ou seja na segunda-feira pela manhã mas essa gestante Ela estuda pela manhã a
gente não pode esquecer e nem deve aconselhar Claro que não para Essa gestão te abandonar a escola né então a gente tem que realmente é incentivar para que ela permaneça com as suas atividades acadêmicas então se eu também não enquanto profissional não abria sessões então se eu tenho um atendimento manhã e tarde a mais o meu pré-natal acontece na segunda pela manhã mas a minha adolescente Ela estuda pela manhã será que realmente é necessário ela perder um dia de aula para realizar o atendimento pré-natal dela será que eu não posso tentar encaixar ela em um
turno da tarde e um dia à tarde então a gente tem que pensar nesse sentido para a gente tentar realmente acolher e não fazer com que ela diminua sua a sua a sua ida né a escola e cuidado né se atentar com a questão do Risco obstétrico Então meninas menores de 15 anos a gente vai tratar com o risco obstétrico né um pouco mais elevado pelas questões anatômicas e tudo mais então a gente muitas vezes vai precisar de uma do atendimento em conjunto com especialista então médico o clínico geral da unidade básica ou enfermeiro e
a depender da Necessidade também o obstetra tá algumas complicações né que podem acontecer durante o período gestacional dessa dessa adolescente anemia né que acontece com a maioria da gestantes Independente de ser adolescente ou não mas na adolescência a gente tem que ter um cuidado maior principalmente relacionado aos aspectos nutricionais a gente sabe que a que o adolescente né na faixa etária dessa adolescência muitas meninas elas têm na verdade condições nutricionais e são esfatisfatórias então elas não comem tantas frutas tantas verduras não tem uma alimentação tão saudável outras acabam não se alimentando de forma correta porque
não querem engordar por exemplo outras situações como a gente já viu que a maioria vai ter um nível sócio econômico mais baixo Então pode ter condições precárias né Pode não ter condições de comprar alimentos corretos para poder se alimentar e associado a isso também vai ser um período de muito muito muita mudança emocional para essa menina E aí muitas vezes o apetite ele acaba realmente diminuindo por questões emocionais especialmente por exemplo da ansiedade é algo que a gente precisa inclusive também se atentar com as questões emocionais porque essa essa menina ela pode ter vários problemas
durante a gestação e também após a gestação por questões emocionais tá a hipertensão arterial é algo que a gente também precisa monitorar em todas as gestantes no caso da gestante adolescente a gente também vai precisar observar a gente acha que na verdade por exemplo diabetes gestacional e hipertensão arterial ela não vai desenvolver porque ela é muito jovem então talvez ela não tem uma tendência a gente acaba se preocupando isso com as mulheres mais velhas né pode ser os 35 40 anos mas não a gente precisa realmente fazer um monitoramento da mesma forma que a gente
faz monitoramento com as outras gestantes durante o pré-natal para poder avaliar esse risco de pré-eclâmpsia e também de uma possível eclâmpsia porque isso acaba afetando e acaba realmente tendo um agravamento somente né A questão da eclampsia no período do parto e acaba tendo uma conjuntura maior no sentido de hospitalizações dessa gestante o parto pré-termo então a gente sabe que isso isso tem uma tendência maior de parto pré-termo na gestante adolescente né as menores de 16 anos a incidência varia de 5 a 20% e de uma 9% nas maiores de 16 anos está explicado às vezes
né na literatura por vários fatores Um dos fatores pode estar explicado pela questão da incapacidade funcional né uterina para manter a gravidez realmente a ter Então somente as meninas dos 10 aos 14 anos elas não têm ainda o corpo desenvolvido né A questão do útero totalmente desenvolvido para poder realmente manter uma gravidez até o final até as suas 40 semanas e aí o parto ele vai acabar sendo mais cedo então vai ter um parto prematuro consequentemente a esse parto prematuro eu vou ter um bebê com baixo peso ao nascer Então tudo está relacionado e muitos
fatores né emocionais como eu falei ansiedade medo desamparo e segurança a gente sabe que isso pode aumentar a hipertonia uterina e aí antes mesmo das 40 semanas pode acabar tendo um parto prematuro também em consequência desses fatores o parto operatório então assim a cesariana né então a cesariana ela vai acontecer mais na gestantes adolescentes principalmente na gestantes dos 10 aos 14 anos né então existe uma como eu falei uma desproporção mesmo né entre mãe e bebê então o corpo daquela menina ela ainda não tá ainda digamos totalmente formado para poder receber um bebê ali e
aí às vezes né para evitar lá aceleração de períneo então o médico ele acaba realmente optando por um parto operatório pela necessidade Clínica mesmo da paciente somente a conjuntura anatômica essa gestantes né o relato principal das equipes de saúde dentro das maternidades muitas vezes o parto vaginal acaba sendo um pouco dificultado pela questão de pelas questões emocionais mesmo então elas às vezes não conseguem fazer a ter essa coordenação ção eficiente durante o trabalho de parto então mesmo a equipe conduzindo o parto mesmo explicando elas ficam muito tensas ficam muito nervosas muitas vezes estão sem apoio
emocional no momento entram em pânico E aí não consegue E aí às vezes o parto que deveria ser vaginal acaba evoluindo para um parto cesariana então em 2020 por exemplo só para a gente entender um pouquinho de proporção as mães de 19 a 19 anos em 2020 tiveram parte cesariano né uma média de 77,5 enquanto as mulheres de 20 a 39 anos esse parto cesariano foi de 59,5 então a gente realmente consegue perceber uma desproporção desses números e a gente consegue observar que o parto cesariano acaba sendo a maior opção dessa melhor na verdade opção
dessa gestantes a mortalidade materna Então ela tá associada as extremas de idade do período reprodutivo então a gente acaba tendo maior mortalidade nas adolescentes e nas mães também mais velhas né então isso acontece por conta de todos os problemas que podem acontecer na gestante adolescente e na gestantes de alto risco né acima dos seus 40 anos as taxas de abortamento provocado principalmente em condições desfavoráveis isso aumenta a mortalidade materna então muitas gestantes adolescentes acabam não como foi uma gravidez não planejada não desejada então elas acabam sendo conduzidas muitas vezes abortarem em clínicas em locais e
legais e aí por conta disso elas acabam tendo infecções complicações relacionadas a esses abortamentos provocados a revelação tardia da existência da gestação como eu falei para vocês no início Então se ela revela de forma tardia a gente vai acabar iniciando inevitavelmente o pré-natal tardio e a gente sabe que o pré-natal tardio a gente não vai ter o acompanhamento como a gente gostaria de ter dessa gestante e aí ela pode apresentar maiores complicações do que as outras e isso tá relacionado a mortalidade materna e abaixo adesão ao pré-natal pela gestantes adolescentes Então por mais que ela
consiga chegar na unidade básica de saúde a gente sabe que ainda existem algumas delas que não aderem então a gente marca naquele mês para ir ela não vai marca na próxima semana ela não vai chama o a gente comunitário de saúde para fazer busca ativa mesmo assim ela não vai então a gente realmente tem uma dificuldade de adesão dessa gestante dessa faixa etária e quais são as consequências sociais que acontecem com essa gestante né na adolescência primeiro de tudo elas vão observar uma impossibilidade e possibilidade de completar a função na adoles da adolescência então elas
vão se ver no sentido de Acabou a minha adolescência porque agora eu vou ter que a função de mãe e voltei a função de cuidar de um bebê né do meu fruto então muitas vivem questões emocionais psicológicas nesse momento que a gente precisa realmente ter um maior cuidado porque como eu falei a adolescência é uma transição da infância para idade adulta Então a partir do momento que ela engravida é como se ela saísse dessa transição e já fosse diretamente para idade adulta com suas responsabilidades abandona escolar então é notório que muita gestantes elas acabam abandonando
a escola ainda no período gestacional e não apenas no pós-parto né às vezes no período gestacional elas abandonam por questão de vergonha mesmo dos colegas né de estar na sala de aula com a barriga parecendo então para elas acaba sendo um motivo constrangedor e Muitas delas também conseguem até acompanhar o ano letivo durante a gestação mas durante o mais no pós-parto elas não conseguem fazer esse acompanhamento porque muitas vezes não tem com quem deixar a criança a maternidade solitária como eu falei no iníciozinho da apresentação é a gestação na gravidez ela é praticamente feminina então
muitas vezes ela vai estar só durante a gestação e após a gestação o bebê então ela vai criar sozinha isso acaba vai acabar se perpetuando né vai manter esse ciclo da pobreza né então a gente só observou lá no início que Esse aspecto da gravidez na adolescência é uma situação para Econômica sócio econômica Então se essa se essa menina ela não vai ter um nível de escolaridade adequado não vai conseguir fazer uma faculdade consequentemente ela não vai conseguir assumir né empregos que consigam realmente manter a sua família e acaba aquela muitas vezes não vai conseguir
acender né socialmente e financeiramente e problemas no abdômen mãe e filho então é muito comum também durante após o nascimento da criança a mãe rejeitar o filho né por conta de n fatores né que vão desde fatores emocionais até a questão né de que ela não quer perder adolescência então acaba realmente não tendo vínculo mãe e filha eles acabam rejeitando um pouco a criança e só para a gente lembrar né que Desde 2005 existe uma lei que garante o acompanhante dessa gestante durante o parto né então é obrigatório que todas as maternidades ofereçam essa garantia
de ter um acompanhante para gestante né então aqui é só uma reflexão mesmo que a lei ela permite um acompanhante apenas ele não fala nem nada específico da adolescente mas o ideal seria que por exemplo na gestante adolescente que a depender da situação Então se o parceiro dela for maior então ela tem 15 anos e o parceiro tivesse seus 18 anos Talvez o parceiro queira assistir o parto mas a mãe ela também quer a presença da mãe que ela se sente mais confortável então Talvez um dia a gente consiga que isso aconteça né que que
tem uma garantia legal para que a gestante ela consiga é a gestante adolescente ela consiga ter o acompanhamento da mãe caso ela realmente queira e do parceiro também seja possível tá isso é uma reflexão e o que que a gente faz depois da gestação então A menina já teve o parto já teve o bebê que que a gente vai fazer agora então são os cuidados puerperal normal que a gente precisa manter né no puerpério então orientar principalmente sobre os métodos contraceptivos hoje em dias nas maternidades as equipes já oferecem o dispositivo entre uterino já no
pós-parto Então seria o ideal só que não adianta oferecer na maternidade se eu enquanto profissional de saúde da ponta da unidade básica de saúde não conversei durante o pré-natal com essa gestante sobre os métodos contraceptivos para ela utilizar pós-parto então às vezes a gente oferece né os profissionais oferecem na maternidade e a menina né ela não sabe nem o que é o DIU então a gente precisa fazer com que essa mulher chegue orientada na maternidade para que quando a equipe de saúde ofereça para que a gente realmente consiga é uma melhor adesão tá continuar com
estímulo amamentação amamentação a gente já fala da amamentação durante o pré-natal e a gente deve continuar com esse estímulo amamentação e agora mais a fundo no sentido de ver como é que tá a pega do bebê se ela tá tendo dificuldade fazer a visita domiciliar puerperal para poder ajudar essa gestante durante o período de amamentação que a gente sabe que é um período que não é fácil então é um período bem que que precisa de uma adaptação e precisa realmente de uma força de vontade para isso apoio educativo com orientações acerca de cuidados do recém-nascido
então a gente precisa lembrar que muitas vezes adolescente é quem vai cuidar realmente da criança e nem sempre ela vai ter o apoio da sua família então a gente precisa realmente mostrar como é que a gente como é que a gente cuida de um recém-nascido Quais são os cuidados específicos que eu preciso ter afinal de contas para ela ali é totalmente novo né incentivo a permanência escolar então a gente sempre tem que incentivar para que essa adolescente continue as suas atividades escolares tentar conversar também com a família sobre essa importância ela vai precisar de uma
rede de apoio muito grande para isso e manter o acompanhamento psicológico não só com a com a gestante né com a gestante não com a puérpera não só com a puérpera mas também com sua família a gente sabe que a questão da depressão pós-parto ela existe e na gestantes da depressão pós-parto pode ter um número um pouco mais elevado então a gente precisa também tentar manter esse apoio psicológico e social também claro e só para poder a gente finalizar e fechar um pouquinho para a gente lembrar que a adolescência que eu falei no início ela
não é ela ela é um problema de saúde pública e ela não é exclusiva da Saúde ela precisa de ações intercessoriais então não adianta a gente pegar esse problema e colocar apenas nas costas do lado dos Pais da família do Adolescente então uma gravidez na adolescência ela é um problema que eu preciso resolver com a saúde com a educação com a questão social como a questão familiar então a gente já viu que a gravidez na adolescência é um problema multifatorial então a gente realmente precisa ter esse olhar mais ampliado e não apenas apontar possíveis possíveis
na verdade pessoas ou setores que que acabam aumentando esse problema e é isso né Eu espero que tenha sido Clara que é uma verdade assim algumas reflexões para a gente e qualquer dúvida estou à disposição obrigada [Música]
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