Luciano Subirá | MATURIDADE O ACESSO A HERANÇA

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Luciano Subirá
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Vocês estão prontos para receber a palavra de Deus? Amém! Então, abra a sua bíblia, por favor, no livro de Gálatas, no capítulo 4, e nós vamos ler do versículo 1 até o versículo 7. Gálatas, capítulo 4, de 1 a 7. Esse vai ser o texto que vai dar não só o tom inicial, mas o trilho da nossa conversa. Eu quero ler na Nova Almeida Atualizada: Gálatas, capítulo 4, de 1 a 7. O texto diz assim: "Digo, porém, o seguinte: durante o tempo em que o herdeiro é menor de idade, nada difere de um escravo,
mesmo sendo senhor de tudo, mas está sob tutores e curadores, até o tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos escravizados aos rudimentos do mundo. Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sobre a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito do seu Filho ao nosso coração, e esse Espírito clama: 'Aba, Pai!' Assim, você já não é mais escravo, porém filho; e, sendo filho, também é herdeiro
por Deus." Amém! O apóstolo Paulo faz várias declarações nesses versículos que nós lemos, mas eu queria destacar algumas palavras ou expressões-chave. A primeira delas é "filhos", a segunda é "herdeiros", mas também quero destacar a expressão "até o tempo predeterminado pelo pai". Assim como no verso 3, quando ele usa a frase "assim também nós", o apóstolo Paulo introduz um elemento de comparação, uma alegoria que muitos discutem se isso era algo cultural ou se era lei no Império Romano. Eu costumo dizer que o mais importante não é discutir se o que era cultural virou lei, se de
fato tinha esse peso legal ou não. O fato era que era tão conhecido que Paulo consegue usar isso como uma alegoria de uma verdade que, espiritualmente falando, essa sim é uma lei, um princípio inquestionável. Qual é? É o fato de que o pai simplesmente olhava para o filho e dizia, legalmente, "você é herdeiro, você tem direito a tudo; tudo que é meu é seu". No entanto, até o tempo que o pai pré-determinasse, e a idade variava no Império Romano, isso poderia ser aos 16, poderia ser aos 18. Há registros disso acontecer até 24, 26 anos
de idade; dificilmente se avançava muito essa idade e dificilmente se baixava essa média de 16 a 26. Ou seja, o pai dizia para o filho: "Você pode ser dono de tudo, mas até que chegue à idade certa, você não usufrui da herança. Você fica debaixo de tutores e curadores, gente que vai cuidar de você, que vai te orientar, que vai te ensinar, mas, na prática, você não difere em nada de um escravo na casa." Ou seja, é dono, mas sem acesso à sua herança completa. Qual a razão dos pais agirem dessa forma? O motivo era
muito simples: enquanto o filho não tivesse o mínimo de maturidade evidenciada, ele não poderia ter acesso à herança. E eu quero tomar isso como ponto de partida. Porque quando o verso 3 diz "assim também nós", há duas aplicações que Paulo faz. A primeira delas é que ele vai dizer: "Quando éramos menores, estávamos escravizados aos rudimentos do mundo". Vindo a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho. Paulo também vai usar isso como uma comparação para o tempo em que estivemos debaixo da lei, sem acesso à plena herança em Cristo e à Nova Aliança. Mas a mesma
analogia serve para o fato de que eu e você, ele enfatiza no verso 7, somos filhos de Deus. Você pode dizer "Amém"? Mas ele diz no verso 7: "Se você é filho, também é herdeiro por Deus." A pergunta é: quão herdeiro eu e você podemos nos considerar? Como herdeiros, cada um de nós pode nos considerar de Deus. Em Romanos, no capítulo 8, no verso 17, onde Paulo faz uma abordagem similar, ele disse: "Somos filhos, e também somos herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo." Ou seja, co-herdeiro significa herdeiro juntamente com... e isso significa que
eu e você somos tão herdeiros de Deus quanto Cristo. Isso precisa gerar em mim e em você uma percepção daquilo que nós temos direito. Quando falamos a respeito de uma herança, qual é a herança dos filhos? Nós sabemos que nem todos são filhos de Deus. Como diz o ditado: "Todo mundo é filho de Deus", mas quem se torna filho de Deus? João, capítulo 1, versos 11 e 12, diz: "Veio para o que era seu, mas os seus não receberam, mas a todos quantos o receberam, falando de Cristo, Deus deu-lhes o direito de serem feitos filhos
de Deus." Nós nos tornamos filhos de Deus quando nos convertemos, quando nos rendemos ao senhorio de Cristo, quando abraçamos por fé a obra de Cristo na cruz e somos regenerados. E, a partir do momento que somos feitos filhos, nós somos introduzidos a esse lugar de herança. E quando a Bíblia fala de herança, ela literalmente está dizendo que tudo que é de Deus é nosso. Eu esperava um pouco mais de empolgação da sua parte! Eu sempre tive mania, viajando por aí, olhando para tudo que era bonito. Eu gostava de comentar com aquele papai, que fez..., eu
olhava para toda a imensidão de todo lugar onde passava e dizia: "Tudo isso é nosso!" Porque não há uma forma diferente de eu e você olharmos para isso. E eu não me refiro meramente a questões materiais, tangíveis, palpáveis. É lógico que nós temos uma herança eterna; essa não será usufruída na sua plenitude ainda. Mas em 1 Coríntios, no capítulo 3, no verso 22, Paulo disse: "Tudo é vosso." Ele também vai dizer: "Vos é de Cristo e Cristo de Deus." Então, a pergunta é: se tudo é vosso, não é algo literal. Então... As outras frases da
mesma declaração e voz de Cristo, e Cristo de Deus, também não deveriam ser vistas como literais. Mas, se nós somos de Cristo, literalmente não há o que questionar ou relativizar. Se Cristo é de Deus, literalmente não há o que questionar ou relativizar. A frase "tudo é vosso" também não deveria ser relativizada. Nós precisamos entender que é um universo de, eh, eh, eh, bens, dádivas que Deus nos disponibilizou. O apóstolo Paulo diz, em Efésios, capítulo 1, verso 3, que Deus já nos abençoou com toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais em Cristo Jesus. Qualquer bênção que
você puder imaginar é parte da sua herança. Amém. Aleluia! Alguns estão começando a se empolgar; outros ainda estão desconfiados. Gente, outro dia, alguém falou: "Não, mas isso tá falando da herança futura." 1 João, capítulo 3, verso 2, diz: "Amados, agora somos filhos de Deus." Agora, a Bíblia diz que somos filhos, somos herdeiros. João diz: "Ainda não é manifesto o que havemos de ser." Nós não sabemos qual o nível de upgrade, de atualização, de melhoria que vai ter, mas a Bíblia diz: "Agora somos filhos." O que vem depois ainda não tá claro. Então, nós não podemos
relativizar a herança dos filhos somente para o futuro. Mas o que muitas vezes nós não tomamos conhecimento é que essa falta de percepção do que é nosso nos impede de usufruir aquilo que está à nossa disposição. Anos atrás, ouvi uma expressão de um pastor a respeito de algo que ele se referiu, denominando de "teologia do Cabrito." O que era a teologia do Cabrito? Ele faz uma analogia em cima da declaração do filho mais velho, né, o irmão mais velho, na verdade, do que nós conhecemos como filho pródigo da parábola de Jesus. A Bíblia diz que
esse camarada estava aborrecido porque o filho que desperdiçou todos os bens do pai, quando volta, é recebido com festa. E a Bíblia diz que o pai mandou matar um novilho cevado. Eu imagino que, desde que o menino saiu de casa, o pai já estava lá engordando, né, o novilho, cevando e preparando pro dia da festa. E o mais velho tá aborrecido porque ele disse: "Eu nunca te deixei, eu servi todo esse tempo." E ele reclama com o pai: "E o Senhor nunca me deu um cabrito para eu comer com os meus amigos." O pai olha
e diz: "Filho, tudo que é meu é teu." Imagina a indignação do pai dizendo: "Você estava esperando que eu te desse um cabrito? Todos esses rebanhos são teus; você podia ter comido quanto cabrito quisesse com seus amigos a hora que quisesse." E muitos de nós temos vivido num relacionamento com Deus à semelhança do irmão mais velho; a gente tá choramingando porque Deus não nos deu um pouquinho do tudo que já é nosso. Imagino Deus olhando para mim, para você, e se perguntando: "Por que você não entendeu o que já era seu e veio me culpando
por não ter lhe dado?" Agora, um texto que me chama muita atenção tá lá em Mateus 15:26, quando Jesus é abordado por uma mulher cananeia; um dos evangelhos a chama de siro-fenícia. A Bíblia diz que essa mulher chega desesperada, dizendo: "Senhor, minha filha está horrivelmente endemoniada." Ela vem pedir para que Jesus a liberte, liberte sua filha. Jesus responde para ela: "Eu não fui enviado a não ser às ovelhas perdidas da casa de Israel." É lógico que estamos falando de um processo, né? Jesus, obviamente, está dizendo algo que Paulo vai explicar aos romanos, dizendo que a
salvação primeiro é dos judeus, depois também dos gentios. Indiscutivelmente, os gentios seriam incluídos no plano, no propósito de Deus, mas na ordem por conta de uma aliança que Deus fez com Abraão. Primeiro os judeus. Jesus está dizendo: "Eu tô vivendo a primeira etapa; a porta para os gentios ainda não tá aberta." A mulher insiste, e Jesus diz para ela: "Não é lícito tomar o pão dos filhos e dá-lo aos cachorrinhos." Jesus está dizendo: "O cachorro pode ter acesso à casa, pode morar na casa, ser amado e bem quisto na casa, mas não é parte da
família." Eu lembro quando meus filhos eram pequenos, né? Estamos falando do início da Alcance, mais ou menos em 2005; era uma febre no Brasil, na época, a gente colocar uns adesivos de família, né? A figura do pai, da mãe, da quantidade de filhos nos carros, promovendo a mensagem, o valor da família. E meus filhos começaram uma campanha pra gente colocar adesivo de um cachorrinho junto. Eu dizia: "Gente, a família não envolve o cachorro; cachorro mora na casa, mas não é da família." Disseram: "Claro que é, pai!" Um dia, fiquei bravo porque peguei um deles botando
o sobrenome de Subirá no cachorro. Eu falei: "Pode parar, o cachorro não é da família." E eles, emocionalmente, não queriam entender. Pensa num impasse! O negócio rendeu, deu discussão. Aí, um dia, para resolver o assunto, falei: "Gente, vamos deixar quem entende das coisas dar a resposta final. Olha o que Jesus disse: 'Não é lícito tomar o pão dos filhos e dar aos cachorrinhos.' Filho e cachorro não estão no mesmo nível." Eles olharam para mim e disseram: "Apelou!" Mas ninguém nunca mais discutiu, não botaram mais o sobrenome de Subirá no cachorro e não tentaram me convencer
a tratá-lo como parte da família. O ponto que Jesus tá explorando não é desprezar a mulher, mas ele tá dizendo que se você é aceito na casa, recebida de transitar por aqui, não te coloca no mesmo lugar. Mas o que a mulher respondeu para Jesus? Ela falou: "Senhor, é verdade, mas os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos filhos." Em outras palavras, ela tá dizendo: "Não estou tentando ocupar o lugar dos filhos, mas..." Convenhamos, cá entre nós: eles não estão aproveitando toda a comida que o senhor está dando. Me deixa pegar rebarba sem
usurpar o lugar deles. Me deixa pegar parte que eles não estão aproveitando. Espírito Santo! Jesus olha e diz: “Mulher, grande é a sua fé”. E a Bíblia diz: “Naquela hora, a filha dela foi liberta”. Agora, pensa comigo: se, comendo das migalhas que caem da mesa dos filhos, já tem cura e libertação pra sua casa, o que é que não está à sua disposição quando a gente sentar à mesa como filho, entender o nosso lugar e acessar aquilo que nos pertence? Há uma herança à nossa disposição, e nós podemos viver isso de forma intensa, sobrenatural, poderosa,
extraordinária. Mas a pergunta é: como acessamos essa herança? Tudo no reino de Deus vai depender da minha e da sua fé. Pela graça, sois salvos mediante a fé. Romanos 5:2 diz: “Pela fé, temos acesso a essa graça”. Não se acessa nada do que Deus tem sem fé. Então, que a fé é o ponto de partida, isso é indiscutível. Sem fé, é impossível agradar a Deus; sem fé, ninguém recebe nada de Deus. Mas a pergunta é: nós vamos alcançar tudo que Deus tem só com fé? E a resposta é não. E há vários textos que nos
mostram isso. Segunda de Pedro, no capítulo 1, no verso 5, ele diz: “Acrescentai a vossa fé a virtude, e a virtude ao conhecimento”. Ele vai falando de várias virtudes e diz assim: “Porque, se em vós houverem abundar essas coisas, vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus”. Ninguém vai entrar lá sem fé, mas ele está falando de outras coisas que precisam ser acrescentadas à fé. Então, a fé é indiscutível; sempre será necessária. Agora, a pergunta é: é o único requisito? Não. Em Hebreus, no capítulo 6, no verso 12,
a Bíblia fala que nós temos que nos tornar imitadores daqueles que, pela fé e paciência, herdam as promessas. Como se herdam as promessas de Deus? Fé e paciência. Outra tradução diz perseverança; outra, longanimidade. Fé e perseverança andam de mãos dadas. Se você quer viver as promessas de Deus, precisa de fé, mas é sempre fé e alguma coisa mais. Quem está entendendo? Nesse texto, o apóstolo Paulo introduz um elemento importante para se acessar a herança completa, que é a maturidade. Se eu e você não tivermos maturidade, nós não poderemos acessar a herança completa. E esse é
o primeiro tópico que eu quero destacar quando falamos dessa herança que devemos buscar e perseguir. Efésios, capítulo 4, verso 13, diz: “Até que todos cheguemos à maturidade”. Outras traduções dizem à perfeita ou completa maturidade. A Nova Almeida Atualizada diz: “Até que todos cheguemos ao estado de pessoa madura”. Se espera de nós maturidade. Então, a palavra de Deus nos mostra que, quando eu e você nascemos espiritualmente, somos como crianças, como bebês. Primeira de Pedro 2:2 diz: “Nós devemos desejar o genuíno leite espiritual para que nos seja dado crescimento para a salvação”. Então, começamos a vida espiritual
semelhante a uma criança que entra no mundo como bebês, mas espera-se que a gente se desenvolva. A Bíblia vai falar de vários estágios do crescimento espiritual comparados ao estágio da maturidade na dimensão física. Então, a Bíblia vai usar os termos de bebês, crianças, meninos, mas fala sobre chegarmos à completa varonilidade, ou seja, ao estado de homem feito, de adultos. Paulo, escrevendo aos Coríntios, fala que as crianças se alimentam de leite, mas os adultos, de alimento sólido. Então, ele usa não apenas as figuras desses estágios do crescimento, mas, inclusive, questões relacionadas ao comportamento e à alimentação.
Paulo disse: “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino, agia como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, deixei as coisas de menino”. Seria muito estranho imaginar um garoto de 18 anos já alistado para o exército gritando lá no banheiro: “Vem me limpar!” Porque espera-se que, à medida que se cresce, amadureça e que alguns comportamentos sejam deixados. Mas a maturidade é necessária também para que se tenha acesso à herança. E Paulo usa esse alimento porque, sem maturidade, nós podemos botar tudo a perder. Quando você olha a própria parábola do filho pródigo, você
tem alguém que tem acesso à herança antes de ter maturidade suficiente e vai dissipar todos os bens, vivendo uma vida absoluta. Aliás, outro dia, um irmão fez um comentário comigo: “Pastor, estava lendo uma matéria e é impressionante que aquilo trazia dados e estatísticas, incluindo os países de primeiro mundo, e diz que mais de 90% das pessoas que ganharam prêmios milionários de loteria perderam tudo em 2 anos, e diz que a maioria, já no primeiro ano, mas em até 2 anos, mais de 90% das pessoas já não tem mais nada”. Ele olha para mim e fala
assim: “Essa é a maior prova de que esse dinheiro é amaldiçoado”. Eu falei: “Amigo, eu não quero discutir a parte espiritual da coisa e, evidentemente, que eu não estou incentivando ninguém ao jogo; nós somos contrários a isso por princípio espiritual, ética e uma série de coisas. Mas eu falei para ele: ‘Tem uma outra pesquisa que mostra que muitos herdeiros de impérios bilionários, estamos falando de corporações, empresas, eles normalmente na segunda geração têm uma probabilidade altíssima de desconstruir, de demolir, estragar tudo o que a geração anterior fez’. Isso não significa que tenha algo amaldiçoado. Mas o
que você vai encontrar em comum nos dois casos é que pessoas que são promovidas para algo para o qual não estão prontas e preparadas tendem a desperdiçar isso. E deixa-me dizer algo para você: no reino de Deus não é diferente; no plano espiritual não é diferente; no ministério não é diferente. É por isso que Paulo escreve em Primeira Timóteo, no capítulo 3, nos versos 6...”. E 7 que aquele que almeja o ministério, que quer ser bispo, ele não pode ser neófito, novo na fé. Não significa que a experiência com Cristo não é genuína, mas ele
ainda não teve tempo de amadurecer, de crescer, e nós precisamos entender isso. Aliás, pensa algo que tem trazido problema para o Reino de Deus desde a primeira geração, desde o início da história da Igreja: são líderes imaturos. João escreve a respeito de um camarada na sua terceira epístola chamado Diótrefes, que eu tomei a liberdade de apelidar de Diótrefes. Esse camarada, João diz: "ele não nos recebe", e se alguém da Igreja receber algum dos nós, ele expulsa da Igreja. Era o camarada que dizia: "Só eu posso estar debaixo dos holofotes, só eu posso brilhar". Agora eu
fico pensando: o que seria receber João, gente? O apóstolo João! O discípulo amado, aquele que reclinava a cabeça no peito de Jesus! Para compartilhar algo na Igreja, fica imaginando um seminário de escatologia com João falando sobre as visões do Apocalipse. Diótrefes dizia: "Na minha Igreja, João não pisa, e quem anda com ele também não!" Né, gente? Que é insegura emocionalmente, que não amadureceu, que não cresceu. Isso tem trazido estrago demais. Eu olho pra minha própria jornada, pra minha própria história. Eu comecei o ministério muito cedo, me dediquei ao Senhor e à obra do ministério muito
cedo e eu comecei a ver muito resultado do ministério e crescimento ministerial bem cedo. Mas em agosto de 93, eu tive um acidente de carro que me gerou uma crise muito grande. Eu falo muito sobre isso no meu livro "O Agir Invisível de Deus" e eu lembro que um ano e pouco depois, quando estava sendo ordenado ao pastorado, nosso querido saudoso Pastor Francisco teve uma experiência. Quando impôs as mãos sobre o pastor Tomás, que estava junto, né? Saudoso Miguel, que já está com o Senhor também. E estava orando, ele teve uma visão aberta de um
anjo de Deus que falou com ele a respeito do meu acidente, das coisas que eu estava passando, da crise que eu estava vivendo. E basicamente, o anjo disse pro Francisco: "Diga para ele que o acidente de carro que ele teve, né, embora tenha sido um ataque de Satanás, teve uma permissão divina." E ele começa a falar a respeito de como eu não estava pronto e preparado para aquele lugar onde eu estava entrando. O anjo diz assim: "O sucesso dele se transformaria em fracasso porque ele iria sucumbir debaixo do peso do próprio ministério. Ele estava entrando
em níveis para os quais ele não estava preparado." E o anjo diz: "O Diabo queria pará-lo porque o via como ameaça, mas o Senhor precisava pará-lo para não perdê-lo." E o anjo termina a história falando: "Ele vai passar por um processo nos próximos anos de muito amadurecimento antes que Deus o permita ser novamente reintroduzido naquilo que está fazendo." Quando você ouve uma palavra dessa, você pensa: "Ah, o processo vai ser um ano, dois anos." Depois de 25 anos, que foi a data do meu tempo de pastorado, quando eu fiz a transição pro Marciano assumir, Deus
disse: "Agora estou te levando de volta lá onde nós paramos." 25 anos depois, sabe por quê? Ninguém amadurece sem tempo. Maturidade nunca vai acontecer da noite pro dia. Eu lembro da época em que mamãe botava fruta na estufa. Vocês lembram disso? Enrolava em jornal, botava embaixo do fogão. Você tenta acelerar a maturação, mas por mais que você possa acelerar, você não vai evitar o fator tempo. Maturidade sempre vai requerer tempo. Mas a pergunta é: só o tempo é necessário? Eu tenho percebido não só que é uma maturidade requerida, que a maturidade não virá sem tempo,
mas por outro lado, eu também percebo nas escrituras que só o tempo não resolve. Então Jesus fala de processos usando figuras da natureza que são similares àquilo que nós vamos experimentar no plano espiritual. Por exemplo, em Marcos 4, 26 a 29, diz: "O reino de Deus é semelhante ao homem que planta a semente. Ela brota sem ele saber como." Aí Jesus diz: "Primeiro vem a erva, depois a espiga, depois o grão cheio na espiga, mas só vai colher quando tiver maduro." Desde o processo do plantio, germinação, tudo isso, cada etapa envolve tempo. Essas coisas não
vão acontecer todas da noite pro dia, e a nossa maturidade também não. Mas insisto na pergunta: só o tempo garante tudo? E a resposta é: não. Em Hebreus, no capítulo 5, nos versos 11 e 12, nós lemos assim: "A esse respeito temos muitas coisas a dizer, coisas difíceis de explicar." E o autor vai dizer porque vocês tornaram tardios em ouvir. No verso 12 diz: "Pois quando já deveriam ser mestres, levando em conta o tempo decorrido, vocês têm novamente necessidade de que alguém lhes ensine quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus, passar a ter
necessidade de leite e não de alimento sólido." Do que ele está falando? Dieta de criança e não de adulto. Verso 13: "Olha, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança." 14: "Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal." Ele vai falar de tempo, ele vai falar de prática, mas basicamente ele está dizendo: esperava-se que vocês já fossem mestres, estivessem ensinando outros. Por quê? Pelo tempo decorrido. Ou seja, o
que se esperava é que o tempo tivesse acrescentando algo a vocês, mas não acrescentou. Vocês não só não são mestres, como a gente tem que ensinar de novo o beabá, os fundamentos de tudo, porque parece que eles não absorveram nada. Então, sem tempo não há maturidade, mas só o tempo garante também não. Há muita gente que tá... Literalmente perdendo o tempo porque não avança, não cresce e não amadurece. E, gente, a conta da falta de maturidade não se manifesta no plano espiritual. Ao longo de 30 anos de pastorado, depois de muito aconselhamento, né? Dado horas
investidas nisso, principalmente lidando com casais em crise, honestamente tinha hora que minha vontade era dar uma chupeta para cada um, para marido e mulher, né? E dizer: "Vocês são duas crianças! Não cresceram!" Porque a falta de desenvolvimento emocional é evidente; ela impacta a nossa vida espiritual, e nós percebemos que essas pessoas tiveram tempo, mas certamente lhes faltou o quê? Alguns processos. Isso é o que eu e você precisamos entender. E eu quero, junto com o ensino, colocar quase que uma espécie de desabafo: a perspectiva da visão familiar mudou demais, né? Mudou demais! Porque eu lembro
que há alguns anos atrás eu conversei com uma pessoa muito querida. Falei: "Está planejando ter outro filho?" A pessoa tinha um filho só, né? E a vida eterna... A cobrança. Quando está solteiro, a gente pergunta: "Quando vai namorar?" Começa a namorar, pergunta: "Quando vai noivar?" Quando fica noivo, "Quando é que vai casar?" Quando casa: "Quando é que vai ter filho?" Tem um filho: "Quando é que vai ter outro?" Se tiver outro, a gente pergunta: "Mais um?" Então, a gente está sempre cobrando. Falei: "E aí? Tem plano de ter mais algum filho?" Mas a resposta foi
rápida, contundente e intensa: "De jeito nenhum!" O jeito que a pessoa falou, eu falei: "Uau! Quanta emoção nisso!" Eu falei: "Por que de jeito nenhum?" Ele falou assim: "Porque ter filho é muito caro." A primeira coisa que alguém poderia pensar é que nós estamos falando de um pai avarento, né? Que simplesmente está pensando só no trabalho que vai dar. Mas o ponto não era esse. O que eu tenho ali, e o que tinha ali, posso atestar, com certeza, a pessoa era alguém tão disposto a dar o melhor para o filho que ele falou: "Para aquilo
que eu planejo dar, só consigo bancar um. Não consigo bancar dois." Não é que ele não achava que valia a pena. Ele simplesmente disse: "Eu não consigo manter o padrão daquilo que eu quero oferecer." Mas por mais positivo que sou, olhando dessa forma, nós temos uma mudança de pensamento em relação não só aos tempos bíblicos, gente, mas é o que até pouco tempo atrás nos norteava. Ninguém, antigamente, pensava: "Não vou ter mais filho porque custa dinheiro." Antigamente, o pensamento era o contrário. É só você olhar pra Bíblia. Quando a palavra de Deus diz que os
filhos são como flechas e diz: "Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava," ou seja, quanto mais filho, melhor! Qual é a lógica aplicada pela própria Escritura? Na sequência, o versículo diz assim: "Não será envergonhado quando tratar com seus inimigos à porta." Quanto mais filhos, principalmente agora falando dos homens, nesse caso específico, o camarada tinha que na hora de resolver a treta com qualquer vizinho, na porta, com aquele monte de guarda-roupa atrás dele, de braço cruzado e cara de bad boy, mas segura; a família estava. Os filhos sempre eram vistos como aqueles que iam
acrescentar algo à família. Não era só proteção; produtividade. Gente, hoje a gente pensa que um filho a mais para comer custa. Antigamente, pensava-se de forma oposta: era mais mão de obra para trabalhar a terra, para plantar, para colher, para colocar mais comida na mesa. E qual é a grande mudança de antigamente para agora? É que antigamente se pensava na chegada dos filhos como quem vai contribuir para a família, e hoje nós pensamos nos filhos como alguém que a família vive em função deles. Essa inversão está causando a desordem emocional que vai custar mais caro do
que a gente já está conseguindo ver ou mensurar até agora. Há não muito tempo atrás, gente, vou falar da geração dos meus pais. Meus dois irmãos, o mais velho e o mais novo, eu sou do meio de três, começaram a trabalhar com 12 anos de idade. Ralavam o dia inteiro. Pacoteira de supermercado para ganhar meio salário mínimo. Eu achei que era mais esperto que eles: "Falei: Nasci para ser empresário, para ser patrão, para ter os meus próprios negócios." Eu ganhava mais dinheiro que eles me divertindo, literalmente; eu fazia pipa, não só para soltar, eu fazia
para vender e aprendi técnicas do comércio desde bem cedo, fidelizar o cliente, por exemplo. Então, o camarada comprava minha pipa e, quando erguia, eu descia com a minha, com o cerol na linha, cortava e aparava, arrumava e vendia de novo pro mesmo cliente que já estava satisfeito com o produto anterior. Eu fazia dinheiro me divertindo. Eu sou da época anterior a videogame. O pouco que tinha não era para qualquer um, né? Era um gráfico ruim, caríssimo. Então, eu sou o remanescente que ainda jogou bolinha de gude, rodou peão, tudo virava negócio! Gente, a gente quando
rappelava, tirava todas as bolinhas de gude do outro, ganhava, e eu vendia de volta mais barato do que ele comprava no mercado! Até ganhar de novo e vender de novo, né? Eu fazia a mesma coisa com o peão. Eu fazia mais dinheiro que meus irmãos me divertindo. Só que um dia, eu entro em casa, aos 14 anos, meu pai está conversando com um amigo na sala. Eu cumprimento os dois. Meu pai diz: "Volta e cumprimenta direito seu chefe!" Falei: "Meu quê?" Ele falou: "Seu chefe! Acabei de arrumar um emprego para você." Eu olho e pergunto:
"Quanto é que eu vou ganhar?" Meu pai diz: "Não interessa." Eu digo: "Como que não interessa?" Falei: "Pai, tenho dois filhos ralando que só para ganhar meio salário mínimo. Eu estou ganhando mais dinheiro que eles me divertindo!" Meu pai falou: "E esse é o problema." El, dis trabalho não diz respeito só a dinheiro. Você precisa aprender a ter horário, você precisa aprender a se submeter a um chefe, você precisa entender que há uma questão de desenvolvimento de caráter. Falou: "sua festa acabou, você começa amanhã." Eu olhei, era uma quarta-feira. Falei: "quem começa a trabalhar numa
quinta podia pelo menos esperar até a segunda, que nem regime." E meu pai disse: "tem mais, o salário não é só seu; depois de tirar o dízimo, que é a parte de Deus, vai ficar só com esse percentual para você; o resto se ajuda em casa." Aí eu fiquei valente e falei: "o senhor não precisa." Ele falou: "eu não, mas quem precisa é você. Precisa entender que filho não é um bicho parasita que vai passar a vida inteira sugando os pais, principalmente depois de crescer; ele é parte da família. Se é parte da família, não
só usufrui, ajuda a construir. Então, a partir de agora, vai ajudar dentro de casa." Papai subiu o tom. Eu: "sim, senhor, só que hoje em dia a mentalidade mudou; os pais querem fazer tudo pelos filhos." Aliás, parece que é uma geração frustrada: "meus pais não me deram tudo." E aí eles decidiram estragar a próxima geração, sem entender que os processos que você passou te ajudaram a crescer. E aí nós começamos a sabotar essas coisas. Gente, a mentalidade mudou demais. Por que é que os pais hoje estão dizendo "não quero ter mais, custa muito?" Porque eles
só pensam o tempo todo em tudo que eles têm que fazer. Faz, mas não há uma visão de que os filhos precisam participar. Não tô falando, gente, de criança, mas tô falando de gente que cresceu e precisa ser preparada pra vida. Quem tá me entendendo? Então, se nós não mudarmos a mentalidade, começando na criação dos filhos dentro de casa, nós não vamos produzir amadurecimento. Eu lembro que eu comecei a ter determinadas percepções em Deus, palavras proféticas, e eu sabia, por exemplo, que as regras em casa nunca foram regra para a igreja. Meus filhos não podiam
namorar antes dos 18 anos, mas eu falei para minha esposa: "amor, nosso filho não namora antes dos 18, mas não sei se chega aos 19 para casar." Não é o que eu aconselho para os filhos dos outros, mas eu dizia para ela: "eu tenho uma percepção em Deus de que as coisas vão andar depressa." Quando meu filho fez 15 anos de idade, eu queria tirar algumas coisas dele. Antes disso, meu pai já tinha tirado a TV de casa da gente, dizia que não era para focar só em entretenimento. Mas, depois, aos 15 anos de idade,
cheio do Espírito Santo, eu lembro que deixei de lado algumas coisas. Primeiro, minha bike de freestyle, né? Eu decidi que, mesmo na casa dos amigos e em outro lugar que teria acesso, eu ia poupar tempo de entretenimento para focar na preparação do ministério. Então, quando tava chegando perto dos 15, falei pra minha esposa: "vou tirar o skate dele." Não era uma bike de freestyle, era o skate. Falei: "vou tirar o skate e o videogame." Ela perguntou por quê, e eu falei: "tá na hora de preparar esse menino, porque a gente não tem muito tempo para
acelerar a maturação dele." Eu lembro que eu fui pregar numa igreja em outro estado. Eu só tinha falado daquilo com aquele e mais ninguém. Quando terminou o culto, estamos debaixo de um mover de Deus tremendo e alguém bota eu ajoelhado no chão, me acabando de chorar. Alguém bota a mão nas minhas costas e diz: "Deus mandou te dar uma palavra que não precisa explicar para você entender: deixa o menino com o skate, o videogame; não mexa nisso, porque ele tem pouco tempo para se divertir, porque vai ter que virar homem muito depressa. Porque tudo que
Deus tem na vida dele vai acontecer depressa." Eu falei: "Ok, vou dar um tempo a mais." Mas, quando foi chegando perto dos 18, meu filho ganhou uma bolsa de estudo para estudar nos Estados Unidos. Eu sentei com ele e falei: "filho, glória a Deus que não se paga pelo estudo, mas só morar lá, viver, custa. Então, você vai ter que comer, você vai ter que morar; por mais simples que seja, a vida vai custar e vai custar em dólar. Você tem noção de quanto é?" Ele: "Não." Eu falei: "eu fiz um levantamento para você." Ele:
"Não, pai, mas eu tenho meu salário que vou trabalhar à distância." Falei: "A hora que fizer o câmbio, isso aí é nada." Aí, quando eu mostrei para ele que com o salário dele ele bancava 1/3 do custo dele, ele desesperou. Mas, daqui a pouco, ele se ilumina e disse: "não, mas tem fulano de tal", era uma pessoa que a gente nem tinha muito contato. Ele procurou e falou: "ó, Deus mandou te ajudar, você é um mantenedor, todo mês, mesmo antes de você ir para lá, eu te dou tanto." Eu falei: "Ok, faz o câmbio." Ele
falou: "só tenho 233." Falei: "pois é, você não tem nem o que precisa para sobreviver." Ele: "Pai, você não vai me ajudar?" Falei: "tô disposto a ajudar com outro 1/3, mas faço mais do que isso, você não vai ter luxo nenhum. Mas a primeira coisa que você tem que aprender é: você tá pensando em casar logo, quem não sabe cuidar do orçamento como solteiro não merece ter uma família para cuidar. Então, ou você aprende a ser sério no seu orçamento enquanto solteiro ou eu não te deixo levar esse negócio adiante." Então, vou jogar duro com
você. Eu falei: "o seu dinheiro, os seus dois terços, vão passar por mim para eu unir com o meu terço e eu te mandar todo mês. Eu só te mando no primeiro dia do mês, o dinheiro, se você gastar o seu..." Dinheiro! Antes de terminar o mês, você tá lascado, porque eu não vou te socorrer. Você tá me entendendo? Tô repetindo: nenhum filho gosta disso. Eu falei, você sabe, quando eu falo algo, é que nem os decretos dos Reis da Média e da Pérsia: irrevogável. Eu falei, eu não tô de brincadeira. Você tem isso para
comer, você pode dividir por 30 dias e dizer: "Eu como isso todo dia, vai dar certo." Eu preferia comer um pouquinho pior no CCO, dia da semana, e no fim de semana comer melhor, mas você gerencia como você vai fazer. Se você gastar o dinheiro antes, não me peça, que eu não te socorro. E aí, vocês tentam passar por cima de mim, e na sua mãe? Primeiro mês, tudo bem; segundo mês, tudo bem; terceiro mês, falta três dias para acabar o mês. Ele me liga. A gente falava praticamente todo dia, mas a conversa começa assim:
"Então, pai..." Quando o filho começa assim, já levanta a bandeira vermelha. Falei: "Então, o quê?" Ele falou: "Eu sei que ainda falta três dias para acabar o mês, mas o senhor não pode me adiantar o dinheiro do mês seguinte?" Falei: "Não." Ele falou: "O senhor não tem?" Falei: "Tem, o dinheiro tá parado na conta, mas nós temos um trato." Ele falou: "Pai, mas são só três dias." Falei: "Te digo mesmo, são só três dias, você espera." Ele falou: "Pai, o senhor não tá entendendo a gravidade." Falei: "Então me explique." Ele falou: "Não tenho o que
comer, meu dinheiro acabou, não tomei café hoje, não almocei, e é por isso que eu tô aqui, botando o rabo no meio das pernas, te pedindo ajuda." Eu falei: "Jejua." Ele falou: "O quê?" Falei: "Jejua esses três dias." Falei: "Pelo horário, você tá me ligando, você já teve aula de manhã, uma sexta-feira; agora é só sábado e domingo, nem aula você tem." Eu falei: "Vá pra casa de oração, se você não tiver força, deite três dias no chão." Ele já tinha feito dois jejuns três dias; eu sabia que ele aguentava. Falei: "Eu não vou te
socorrer." Ele falou: "O senhor tá brincando?" Eu falei: "Não." E aí, falei para ele: "E você ainda vai me agradecer." Eu odiava quando meu pai falava isso, mas eu senti uma alegria de passar isso pra próxima geração. Eu falei: "Um dia você vai entender e vai me agradecer." É lógico que a sabedoria nos ensina algumas coisas. Não falei nada pra mãe do garoto, esperei passar os três dias, mandei o dinheiro, e quando ele tinha comido, tava tudo bem. Fui conversar com a dona Kelly, com a perspectiva correta. Falei: "Esse seu filho é uma bênção, não
é?" Ela falou: "E não é mesmo?" Falei: "Não tá sabendo que ele fez mais um jejum, três dias na água?" Ela: "Não." Eu falei: "Acabou de terminar." Ela: "Glória a Deus!" Aí eu falei: "Tá certo que eu tive uma pequena participação." Ela falou: "Você é um pai incentivador." Falei: "Então, dessa vez não foi só incentivo, fui eu que mandei ele jejuar." Ela: "Mas quando você tem esses comandos de Deus, é muito importante." Falei: "Não foi comando de Deus, não. Mandei porque eu quis." Ela: "O que é que você não tá me contando?" Eu falei: "Respira,
não surta! Seu garoto é maior de idade, não é mais um bebê. Lembrou disso?" Lembrei. Aí eu contei a história para ela. Eu falei: "Amor, isso não é cruel só para uma mãe, isso foi difícil até para mim, mas eu tive um comando claro de Deus. Se você socorrer ele agora, ele não vai aprender nunca. Ele vai folgar todo mês. Eu preciso forjar, eu preciso transformá-lo em um homem. Eu sei o que tô fazendo, eu tô confiante em Deus." Ela falou: "Mesmo assim é difícil." Por que que eu tô dizendo isso? Eu quero pedir um
favor a vocês, mães: se não fosse o amor de uma mãe, os filhos cresceriam todos lesados. Mas assim, lesados em alto nível, porque Deus fez todas as coisas com sabedoria, e a mãe tem uma capacidade de conforto e de consolo inigualável. Mas mãe, me ouça: tudo que Deus fez foi com sabedoria. Não só o amor e o consolo da mãe! A severidade de um pai é importante no desenvolvimento do caráter e na formação de todos os filhos. E eu quero pedir algo a vocês: parem de atrapalhar os seus maridos a serem firmes, porque algumas mães
estão estragando os filhos em vez de ajudá-los. Estão roubando deles processos de amadurecimento. A maioria de nós teve que lidar com um monte de dificuldade, e a gente acha que os filhos não podem ter dificuldade nenhuma. Estamos colocando eles dentro de uma bolha, em vez de prepará-los para a vida. Eu lembro que levou mais ou menos uns dois anos, dois anos e meio. Meu filho já estava casado. Um dia ele me liga e falou: "Pai, pai, tô ligando para te agradecer." Falei: "Agradecer o quê? Você me deve muita gratidão por muita coisa." Ele falou: "Lembra
quando o senhor me fez fazer aquele jejum compulsório?" Falei: "Lembro." E ele falou: "E você me disse que um dia eu ia te agradecer?" Ele falou: "Pai, eu tava pensando nessa semana: eu não seria o homem de família que eu estou me tornando se você não tivesse me ajudado. Eu também não seria o homem de Deus que eu estou me tornando se o senhor não tivesse me ajudado, porque depois que esse episódio passou, eu falei: 'Filho, aprenda a cuidar do orçamento.' Ele falou: 'Com certeza, nunca mais vou vacilar.'" E nunca mais vacilou mesmo, né? Porque
a lição foi firme, foi precisa. Tá certo que há perspectivas e, perspectiva para se olhar isso. Um dia meu filho recebeu um vídeo que alguém mandou do YouTube, né, com aqueles títulos bem sensacionalistas: "Pai faz o próprio filho passar fome para ensinar a lição." E disse que doido! Quem faria uma coisa dessa? Ele vai ver. Era eu contando a história dele. Eu perguntei para ele: "Como você se sentiu na hora que nós tivemos uma conversa? Porque nós nunca falamos sobre isso." Ele falou: "Pai, na hora me bateu indignação. A primeira coisa que eu penso é:
que pai é esse que se recusa a dar comida pelo próprio filho?" Ele disse: "Você não pensou que filho é esse que não ouve o conselho do pai?" Ele falou: "Não, me fiz de vítima." Ele falou que o sentimento a princípio foi ruim. Eu falei: "Como é que você lidou com isso?" Ele disse: "Foi enquanto eu jejuava e orava muito. Nos três dias, foi o Espírito Santo que falou para mim: 'Não, não olhe pro seu pai com a lente momentânea das suas emoções. Olhe para o que seu pai tem sido para você a vida inteira.'"
Ele falou: "Pai, o senhor sempre me amou, o senhor sempre cuidou de mim, sempre investiu em mim, sempre lutou pelo meu melhor. Então, aquele sentimento isolado não cabe no resto do que é a pessoa que o senhor sempre demonstrou ser. Então, eu decidi acreditar que o senhor sabe alguma coisa que eu ainda não sei e que chegaria o momento de eu agradecer." Mas eu lembro que a próxima lição que eu falei para ele foi: "Filho, por mais que você cuide do orçamento, eu sei que você vai levar isso a sério daqui pra frente. Pode ter
momentos onde, de fato, a coisa vai fugir ao controle; imprevistos vão surgir." Eu falei: "Se isso acontecer, ele falou: 'Posso te ligar?' Eu falei: 'Não. O acordo continua.' Mesmo assim, eu perguntei: 'Quantos milagres você viu dentro de casa enquanto crescia?' Ele falou: 'Muitos.' Eu disse: 'Deus não mudou, filho. Ele é o mesmo, mas está na hora do Deus do seu pai se tornar o seu Deus. E se algo acontecer, você nem ouse me ligar, que eu não vou te socorrer. Mas você pode buscar a Deus, você pode começar a viver os seus milagres.' Dois meses
depois, aconteceu um imprevisto no dinheiro dele. Eu tinha certeza que isso ia acontecer. Ele fez de tudo, desdobrou e esticou. Faltando dois dias, o dinheiro acabou, e ele não me ligou. Só contou a história depois. Ele pensou: "Quem jejua três, jejua dois." Mas ele, na metade do primeiro dia do jejum, fala: "Deus, eu tenho jejuado muito para te buscar por amor, mas não quero fazer isso. Obrigado." Ele falou: "Eu só fico lembrando do meu pai dizendo que está na hora de eu descobrir o meu Deus e o Deus das minhas provisões." Ele começou a orar:
"Eu quero pedir que o senhor faça algo, que o senhor interfira." Eu ainda tinha dito algo para ele: "Filho, os últimos 10 você nunca gasta. Você nunca sabe o que vai precisar. Em uma locomoção urgente, não tem gasolina, não tem transporte. Falei: 'Os últimos 10 é proibido tocar. Então, se chegar a 10, você não tem, isso é uma reserva.'" Ele tinha 0 no bolso, mas ele estava levando aquilo a sério. Começou a orar e dizia: "Eu quero que o senhor faça algo porque eu não vou desrespeitar meu pai. Então eu não tenho esses 10." Enquanto
ele estava orando, aquela oração foi aquecendo, pegando fogo, e o coração dele foi fervendo. Teve uma hora que o Espírito Santo falou para ele: "Vá para a cafeteria agora." Ele simplesmente se levantou, saiu da sala de oração, foi para a cafeteria, pegou a fila, todo mundo estava sendo atendido. Ele pensava: "O que eu vou fazer? Eu ora até chegar a minha vez porque eu não posso gastar." Quando finalmente a última pessoa estava sendo atendida, o camarada foi pagar a conta. Quando terminou o pedido, olhou para ele, olhou para o caixa, olhou para ele de novo
e falou em voz alta: "Meu filho, eu nunca vi esse menino na vida. Tudo que esse menino pegar é por minha conta." Eu estava pra soltar um "Glória a Deus!" e meu filho disse que ficou assim: "Não, cara, que isso?" Eu falei: "Filho, pelo amor de Deus, tu entra na fila sem dinheiro pedindo a Deus. Faz algo, e ele diz: 'Não, que isso?'" Ele falou: "Pai, eu nem sabia o que ia acontecer. Eu não estava preparado para aquilo, fiquei sem graça." Mas o cara insistiu: "Não, eu vou pagar. Deus colocou no meu coração, vou pagar
a sua comida hoje." Meu filho: "Não, não, não precisa." O cara insistiu tanto que ele falou: "O que você quer?" Ele respondeu: "Então, só um café." Ele falou: "Você não veio aqui só para tomar um café." Ele disse: "Quero saber, não vou perder tempo com você." Virou para o atendente e falou: "Você conhece ele? Ele deve vir aqui todo dia. O que ele normalmente consome?" O atendente falou: "Além do café, ele compra esse muffin salgado." Ele disse: "Me dá os dois." Pagou, pegou o troco, botou no dinheiro dele e falou: "Isso é algo entre você
e Deus. Você estava orando agora há pouco." Resolvido! Meu filho teve um surto de fé! Ele surtou. Foi pai, naquele ano em que fiquei ali no Kansas, antes de ir para a TSA, ele disse: "Eu tive essa mesma experiência três vezes de entrar na fila sem dinheiro e dizer: 'Deus, eu vou confiar no senhor. Eu fiz minha parte, agora é contigo.' E sempre acontecia algo." Ele falou: "Pai, eu tenho vivido milagres. Eu tenho visto Deus fazer coisas extraordinárias porque primeiro o Senhor me ensinou a ser homem e depois o Senhor me ensinou a ser homem
de Deus." Eu falei: "Não pensa que você já me agradeceu tudo que podia. Você ainda vai me agradecer mais, mas é bom você ver o resultado disso." Mas, queridos, prestem atenção: nós precisamos resgatar algumas coisas que têm a ver com o entendimento de processos. Eu lembro de um dia... Que eu chego em casa e minha esposa não tá triste, mas não tá feliz. As mulheres às vezes são difíceis de decifrar, mas tem hora que você não entende, mas você sabe que tem algo que não tá legal. Falei para minha esposa: "Falei, tá tudo bem?" Ela
falou: "Não tá, tá não tá." "Você não tá feliz, não tá triste? Esse é o problema. Você não tá nada, você tá estranha." Com muita dificuldade, apertando... "Ah, tô com dó de Israel." Falei: "Dó por quê?" Ela falou: "Ele tá lá nos Estados Unidos, sem dinheiro para quase nada." Falei: "Meu amor, nós estudamos em escola pública. Nós é que não tínhamos dinheiro para nada. O menino tá na América, mesmo que esteja passando fome. Tá passando fome na gringa." Eu falei: "O que é que tá pegando?" Isso, na verdade, foi antes do jejum. Compulsória falou: "Não,
a gente tava numa chamada de vídeo. Teve uma hora aqui na cozinha, eu passei na frente da cesta de frutas." Ele falou: "Ai mãe, que saudade dessas frutas, porque a verba aqui não dá para comer fruta. Aqui fruta é cara." Falei: "Tô com dó dele." Continuei a conversa, encerrei sem andar na cara, saí, peguei meu telefone, subi para o andar de cima, no quarto onde ela não ia ouvir. Chamei meu filho: "Ô pai, tudo bem?" Falei: "Tudo bem coisa nenhuma. Falei, eu tô te criando para ser homem. Você quer casar?" "Quero." "Então aprenda a ser
homem. Homem não chora com mulher. Você não chora com a sua mãe, você não chora com a sua esposa. Se você quiser chorar, chora com Deus, chora comigo, chora com seus amigos, mas você tem que ser homem e trazer estrutura, estabilidade emocional pra sua casa. Na próxima vez que você chorar porque não tem fruta para comer, pra sua mãe não vai faltar só fruta para você comer." Você tá me entendendo? "Sim, senhor." Eu lembro que meses depois, ele falou: "Acho que Israel adaptou bem, nunca mais reclamou de nada." A gente tem que mudar a maneira
como estamos tocando nossa casa. Gente, o propósito da administração não é falar só sobre família, mas eu não quero jogar fora esse gancho, porque muitos de nós estamos tendo problemas com Deus por questões que nos faltam dentro de casa. Uma geração que cresce com limites, ouvindo "não" e "espere", não tem dificuldade quando Deus fala "não" ou "espere", mas uma geração mimada que cresce nunca ouviu "não" nem "espere". Quando Deus vai falar "não"? E Deus não vai jogar o jogo que seus pais jogaram com você. Se foram moles, então você começa a ter um monte de
gente com crise de fé: "Deus não me ama", "Deus não tá fazendo tudo que eu quero na hora que eu mando". E nós temos um monte de gente abalada porque não entende processos. Quais são os processos, gente? Tiago, capítulo 1, pra gente encerrar; versículos 2 a 4: "Meus irmãos, tenho por motivo de grande alegria..." Se a Bíblia falasse "motivo de alegria", já era um desafio, mas aqui tá dizendo "de grande alegria". O quê? O fato de passarem por várias provações. Não é nem só provações, várias; motivo de grande alegria, passar por várias provações, por sabendo
que a provação da fé que vocês têm produz perseverança. O texto continua e diz: "A perseverança deve ter ação completa, para que vocês sejam perfeitos e íntegros, sem que lhes falte nada." Meu querido, se eu pudesse entrar numa hipotética máquina do tempo, voltar atrás, arrumar, mudar tudo na minha vida que eu quisesse, eu posso te dizer hoje com toda a certeza que não escaparia de nenhuma dificuldade que eu passei. Porque foram elas que me forjaram, foram elas que me fizeram crescer, amadurecer. Elas foram processos de Deus. E muitas vezes, o desespero, a aflição que a
gente tá, a falta de alegria é porque a gente já sabotou tanto isso dentro da própria criação onde nós não temos nem perspectiva para que Deus possa usar. Aliás, quando o camarada tá lendo lá que Deus nos corrige como o pai corrige o filho a quem ama, tem gente que nem consegue entender mais a perspectiva de amor, porque a correção tá desaparecendo da casa de muitos e nós perdemos completamente a capacidade de entender, de relacionar com Deus e de corresponder com Ele. Por outro lado, então, me deixa recapitular: nós somos filhos, como filhos somos herdeiros.
A herança é muito maior do que nós podemos mensurar, mas para ter acesso a ela, nós vamos precisar de mais do que fé, vamos precisar de maturidade. Maturidade não virá sem tempo, mas também não virá só com tempo. Vai requerer processos e, nesses processos, nós vamos experimentar. Eu lembro quando era criança e às vezes acordava reclamando de dor. Minha mãe explicava que eram as dores do crescimento. Durante muito tempo achava que isso era mito, depois descobri que é verdade. A criança tem uma hora que acelera o crescimento, tá literalmente esticando e vai ter, inclusive, dores
físicas. Há momentos que, no plano espiritual, eu e você vamos sentir algo parecido. Jesus usa uma outra analogia: diz que quando chega a hora, a mãe dá à luz ao filho, ela sente tristeza, mas logo depois ela não vai lembrar da tristeza por causa da alegria de abraçar o filho que chegou. Há momentos em que nós vamos passar por provas e elas vão gerar desconforto, mas quando eu e você chegamos no resultado final, nós vamos descobrir que saímos melhores do que entramos. Amém? Não foi ainda empolgado? Deixa eu tentar te convencer. Os três amigos, Daniel,
Ananias, Misael e Azarias são lançados na fornalha. A Bíblia diz que quando eles saem, com uma intervenção divina, não tinha cheiro de fumaça, não tinha queimado um fio de cabelo. A Bíblia diz que o fogo não teve poder sobre eles, nada havia queimado, exceto uma coisa. Qual foi a única coisa que queimou? O rei Nabucodonosor. Daniel 3:24 diz: "Nós não lançamos três homens amarrados dentro do fogo." O povo tá em volta e diz: "É verdade!" O Rei diz: "Mas eu vejo quatro. Tinha um a mais; você sabe muito bem quem é ele." Diz: "Eu vejo
quatro homens soltos, andando pelo meio do fogo. A única coisa que o fogo teve o poder de queimar eram as amarras que os prendiam." Deus não envia a prova para destruir você; Deus usará a prova para destruir aquilo que te prende, aquilo que te impede de crescer. E quando eu e você saímos, não vai ter cheiro de fumaça, não vai ter lembrança, mas também não vai ter mais amarra. Lucas 22:31 e 32: Jesus tem uma conversa estranha com Pedro. Como diria o carioca, "sinistra!" Jesus disse para Pedro assim: "Simão, Simão, aliás, toda vez que Deus
chama alguém pelo nome duas vezes seguidas na Bíblia, você vai encontrar isso sete vezes. Sempre o que vem na sequência é uma crise." Jesus disse: "Simão, Satanás pediu para peneirar vocês como se peneira o trigo." Você imagina, se isso é uma conversa que você tem com Jesus, quão agradável! "Ó, o diabo tá querendo passar peneira no seis para ver o que é que sobra." Aí imagino Jesus fazendo uma pausa dramática e Pedro diz: "Jesus, o Senhor não ia deixar, né?" Mas Jesus tá quieto. E Pedro insiste: "Jesus, o Senhor não ia deixar?" Aí Jesus olha
pro Pedro e diz: "Simão, eu roguei por ti para que a tua fé não desfaleça." Traduzindo: permissão concedida! Pedro, a peneira vai comer solta, mas isso não significa que esteja abandonando você. "Eu sigo intercedendo por você." Mas Jesus disse para ele: "Quando tu te converteres, fortalece os teus irmãos." Ele tá dizendo: "Você vai sair dessa melhor do que entrou." "Eu não vou te poupar do desconforto." Aliás, essa foi a frase que meu filho usou quando ele ligou para me agradecer. Ele falou: "Pai, se o Senhor tivesse me poupado do desconforto do processo, o Senhor teria
me roubado o resultado do amadurecimento." Jesus olha para Pedro e, em outras palavras, tá dizendo: "Eu não vou te poupar do desconforto do processo porque eu tô mais interessado no resultado do processo, que será o amadurecimento." Vamos ficar em pé para parecer que tá acabando. Deuteronômio 32:11-12: Deus diz que carregou seu povo no deserto, a geração que ele tirou do Egito, e diz que os carregou nas asas da águia. O que significa essa expressão? Águia não é um meio de transporte, tipo ônibus, que você vai ver carregando passageiro, mas, dentro da natureza, não é com
todo tipo de águia. Mas, na natureza, o único momento em que você encontra isso é o chamado voo de adejamento. Chega um momento em que a águia mãe olha pros filhotes, e ela sabe que chegou a hora de deixar o ninho, mas é confortável demais eles ficarem lá. Ela começa a expulsá-los do ninho e, muitas vezes, a águia tira o filhote na asa e se lança num voo que, a princípio, pode parecer panorâmico. E, de repente, ela dá uma sacudida na asa e diz: "Te vira!" E, no susto e no desespero, os filhotes normalmente aprendem
a voar. A casa onde ela tem que dar o rasante é para recuperar o filhote que ainda não conseguiu voar. Quando a Bíblia usa esse paralelo, de alguma forma Deus está dizendo: "Eu também vou tirar vocês da zona de conforto, e em alguns momentos vai parecer que eu tô jogando vocês na fogueira, mas eu quero que vocês cresçam." Mas, quanto mais mimada for uma geração por processos que nos são roubados por uma dificuldade, mais vamos ter dificuldade de entender a maneira como Deus lida. Mas preste atenção: seus pais foram molhes; Deus não vai jogar o
jogo deles e não vai abrir mão de princípios. Então, você entende isso pela sabedoria bíblica e aceita o conforto do Espírito Santo, ou o processo será mais doloroso. Mas o que vai rolar, vai rolar. Mas qual o resultado final? Não é um Deus querendo que eu e você soframos; é um Deus querendo nos levar ao resultado do amadurecimento para que a gente possa acessar uma herança ainda maior na sua plenitude. Quem tá entendendo, diga amém. Pai, nós oramos pedindo graça e favor, não apenas para o entendimento, mas para aplicação da Tua Palavra de forma pessoal,
individual. Oramos que o Senhor, além de trazer compreensão dos princípios da Tua Palavra, provoque e gere em nós a devida resposta de entrega, de rendição, de confiança no Senhor e nos Teus cuidados. Nós pedimos graça e favor do Senhor tanto para que possamos ser famílias que natural e emocionalmente promovam um ambiente de crescimento e amadurecimento como também, ó Deus, que possamos viver um ambiente de preparação dos filhos espirituais, para que possam viver os processos de maturidade, porque será a única forma através da qual teremos acesso à herança plena. Eu sei que alguns que estão nesse
momento sentindo as dores do crescimento, e nós clamamos bálsamo sobre o coração deles. Nós não Te pedimos que o Senhor os poupe do desconforto do processo, apenas que o Senhor os sustente e que eles consigam vislumbrar aquilo que os aguarda. Depois que haja fortalecimento sobrenatural para que o processo não seja interrompido, não seja abortado, mas chegue ao seu pleno resultado. Que cada um de nós possa viver todos os Teus processos, crescer e chegar nesse lugar que o Senhor planejou para cada um de nós: a perfeita varonilidade, o estado de pessoa adulta completa. Nós oramos em
nome de Jesus e pra glória de Deus. Se você crê e concorda, diga amém. Se você recebe essa palavra, diga: "Eu recebo em nome de Jesus."
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