Médico analisa caso ISABEL VELOSO - entenda o que é DOENÇA DE HODGKIN

e essa semana uma polêmica aí tá correndo na internet que é o caso da Isabel Veloso muita gente falou assim não eu queria ver um médico comentando o caso dela porque ela tem não tem questão de terminalidade foi Golpe não foi bom então vocês pediram e eu tô aqui gravando um vídeo explicando o que que é esse caso tá certo e aproveitando como sempre aqui explicando todo o contexto da doença de hodkin então se você tá caindo aqui nesse vídeo em um momento que esse assunto aí não tá mais em alta Mas você quer aprender

sobre a doença de hodkin também fica comigo aqui no vídeo de hoje se você é novo por aqui ainda não me conhece meu nome é Gustavo Eu sou médico sou especialista em cardiologia e clínica médica e sou Doutor em medicina interna mas aqui no canal eu faço isso eu pego temas que estão em alta trago para cá e traduzo para vocês numa linguagem acessível para todo mundo e hoje O que que a gente vai falar a partir do caso da Isabel Veloso a gente vai falar do linfoma de rodk bom ela é um uma influencer

que diz ter o linfoma de hodkin num estado terminal né vamos entender primeiro então o que que é o linfoma de hodkin ou a doença de hodkin a doença de hodkin ela é um tumor um câncer do tecido linfoide o tecido linfoide é o nosso tecido de defesa sabe esses gânglios que você tem aqui tem aqui na região da virilha quando você fica ali com uma amidalite fica cheio de bolinha aqui Isso aí são os linfonodos tá é um tumor desses nódulos US aí ele é um dos primeiros tumores a terem sido descritos ele foi

descrito por Thomas hodkin em 1832 então ó muito tempo atrás né e geralmente quando a gente tem uma doença com nome de alguém especialmente lá de dois séculos atrás essa doença ela tem características muito marcadas que é o caso aqui da doença de hodkin por ser um tumor do tecido linfoide ela marca pelo crescimento destes linfonodos então começam a crescer é normal ele crescer ali quando você tem uma amidalite por exemplo aumentar aqui da região das tuas amídalas porque é as células de defesa se proliferando e ativando ali Porém quando tem esse tumor esse linfonodo

começa a crescer muito muito muito e ele costuma ser bem duro e rígido né diferente do do linfonodo que você tem ali quando você tá com uma amidalite que você mexe ele aqui ele dói mas ele é molinho e sai do lugar quando ele é tumoral ele costuma ser mais duro tá E também acometer mais de uma cadeia e ele começa a cometer cadeias atípicas às vezes normalmente a gente vê então essas regiões mas ali pode acontecer aqui ó em cima desse ossinho aqui que é a clavícula pode acontecer até dentro do peito no mediastino

que pelo que eu vi aí nos vídeos da Isabel velosa Ela diz que tem acometimento de mediastino o mediastino é o espaço que tá aqui no no meio do peito né como o nome diz é o que divide o meio então você tem um lado um pulmão o outro lado você tem o outro aqui no meio Você tem o mediastino no mediastino médio né olhando aqui ó da frente para trás no meio ali do mediastino no mediastino médio é onde tá o coração então a gente tem a parte da frente e a parte de trás

do coração olhando de lado esse espaço todo é o mediastino ali você tem bastante linfonodo também que podem estar acometidos e podem crescer e crescer muito Muitas vezes os sintomas da doença a mais comum é essa alteração de de linfonodo Mas podem acontecer o que nós chamamos de sintomas B em alguns pacientes que são três que é a febre a sudorese e a perda de peso Vale citar que não é todo mundo que tem isso que tem linfoma esses sintomas estão presentes em outras doenças também mas eles chamam mais atenção aqui e demonstram um estágio

diferente só dando uma pausa aqui tá aprendendo coisa nova Então deixa o like se inscreve pô a melhor fonte confiável de informações na medicina nas Ciências da Saúde é aqui o canal né se inscreve curte e compartilha vamos continuar aí analisando o caso o linfoma de hodkin ele é tão importante que ele divide basicamente todos os cânceres do tecido linfonodal em dois em linfomas ou doenças de hodkin que é essa aí especificamente e os não hodkin que são vários outros os de hodkin eles correspondem a 15% mais ou menos dos diagnósticos sendo o resto todo

esse outro grupo e esse grupo aqui é bem mais heterogêneo tá existem vários linfomas diferentes ali nos não hod e cada um vai se manifestar de uma maneira diferente desde alguns muito indolentes que levam anos e anos e anos e até outros que tem formas super agressivas que podem levar o paciente à morte em pouquíssimo tempo a doença de hodkin ela tem dois Picos de incidência tá geralmente entre os 20 e os 35 anos que é o perfil de idade ali da Isabel Veloso e em pessoas com mais de 55 mas aí às vezes as

pessoas se confundem aqui na literatura veja o que que acontece se você Peg todos os linfomas de hodkin os picos de incidência são esses dois o adulto jovem ou a pessoa ali no fim da idade adulta pro início da terceira idade ali vamos dizer assim Porém quando você estuda cânceres pediátricos o linfoma de hodkin está entre os mais comuns então ele é um dos tumores pediátricos mais comuns por Porque é raro tumor em criança porém a manifestação mais comum dele não é na criança tá pode acontecer Lógico que pode ele é um dos tumores mais

comun na infância mas a manif ção dele normal não é na infância tá cuidado com esse jogo aí de palavras tá que tem muita gente confundindo isso também e qual que é o prognóstico então alguns estudos né que eu tô deixando aqui na descrição revisões mostram pra gente que a sobrevida em 5 anos dos pacientes em fase inicial com o tratamento pode chegar até a 98% já a American cancer society traz que a sobrevida em 5 anos média costuma est em torno de 87% Então veja não tô falando de cura tô falando de sobrevida né

então é uma sobrevida boa né perto de vários outros tumores e ele é muito curável tá potencialmente curável aproximadamente 20% dos casos são os que se tornam recorrentes ou refratários refratários é aquele que você fez a quimioterapia inicial de primeira linha ele não respondeu e recorrente é aquele que recorre que tem novamente a doença depois de já ter tido uma remissão Inicial O prognóstico e o tratamento dependem do estadiamento que é o estágio da doença e o estadiamento ele é feito de acordo com a classificação de an Arbor em que o estágio um é aquele

paciente que tem uma cadeia só cometida então um uma cadeia só uma aqui ou uma aqui mas não tem mais de uma o estágio dois ele tem duas ou mais cadeias porém do mesmo lado do diafragma né o diafragma é esse músculo aqui da nossa respiração então ou ele tem daqui para cima essas duas cadeias ou ele tem daqui para baixo mas ele não pode ter dos dois lados se ele tiver dos dois lados do diafragma aí já é o estágio três e se ele tiver doença disseminada com metástase né que é o acometimento de

outros órgãos fora do tecido linfático como por exemplo pulmão osso fígado ele já passa o estágio quatro aqui conforme vai caminhando aqui lógico vai piorando o prognóstico tornando menos controlável mas ainda assim a gente tá falando aqui em algumas referências de pacientes com estágio 3S por exemplo e 4 com uma sobrevida aí de 60% então perto de outros cânceres ele é um câncer muito curável e muito controlável beleza então aqui vem uma questão que a a Isabel lhe fala bastante que ela tem um câncer avançado Em alguns momentos ela fala um câncer terminal o que

que muda aqui um pouquinho quando a gente fala que um paciente ele é terminal dá a entender que este paciente já recebeu todas as linas linhas terapêuticas possível então vamos imaginar o seguinte eu não sei qual que é o estadiamento não sei o caso dela mas recebeu a primeira linha de quimioterapia se tinha indicação fez radioterapia não respondeu já foi pra segunda linha que a depender do caso pode ser quimioterapia em dose alta podem ser alguns remédios novos em alguns casos até transplante de medula dá para se considerar e não respondeu ou seja Acabou as

linhas terapêuticas então a doença vai progredir daqui para frente porque não tem como tratar e a evolução deste paciente natural seria o óbito isso seria um paciente terminal né quando a gente fala de avançado pela doença de hodkin você está falando daqueles estágios três para baixo então o três e o quatro eles são definidos como doença avançada quer dizer que é terminal não porque tem opção terapêutica tem um monte de coisa para fazer ainda e tem uma taxa de sucesso considerável tá Então são duas coisas diferentes e outra coisa que as pessoas estão falando bastante

é a respeito de tratamento paliativo bom o tratamento paliativo e o curativo eles podem ser concomitantes se o paciente tem uma dor muito difícil controle tem algum sintoma que tá piorando a qualidade de vida dele o tratamento paliativo Visa o alívio dos sintomas e ele não exclui o tratamento curativo a pessoa pode estar com e deve a maior parte dos pacientes está com os dois tipos de tratamento tratamento paliativo e curativo pacientes que TM doenças crônicas assim especialmente câncer é o que talvez haja essa confusão é quando falam de tratamento paliativo exclusivo vamos dizer assim

que não teria mais aquela proposta de tratamento curativo Você tá só aliviando sintomas e aí de volta a depender do caso pode ser que estejamos falando de um paciente aí com terminalidade né porque daí realmente só vou focar no controle de sintomas Tá certo bom gente espero que vocês tenham aprendido um pouco aqui sobre linfoma de hodkin eu não tô aqui para julgar a Isabel veloz tô aqui para explicar não sei se o caso dela era avançado porque eu não acompanhei isso se é terminal se não é aparentemente não é terminal né porque parece que

tem linhas terapêuticas ainda mas é avançado não sou o médico dela como falei não t aqui para julgar aqui para explicar beleza gente peço aí o apoio de vocês não esquece de se inscrever no canal deixar o like e escrever o que acham aqui nos comentários e até o próximo vídeo m