serve o som pra te ei [Música] o rei bom dia boa tarde boa noite eu sou conrado corsaletti este aqui é o politiquês o podcast de política do net nesta edição a gente vai falar do nacionalismo e sobre como esse sentimento ou essa ideologia é um instrumento político poderoso essa conversa vai se dar o som do irã a actividade refere da dioe que eu vivi não está na minha idade também falou do meu jeito tenho meus povo mas corre direito seu preconceito eu não a feito dentro da feira e vejo o respeito imagina que o
historiador alienígena pousa na terra ea terra é um planeta morto por conta de uma guerra nuclear este historiador alienígena vai chegar aqui vai olhar documentação vai olhar aquilo que foi preservado e ele vai descobrir que não compreender a história recente da terra sem compreender esse termo nação sem compreender esse termo nacionalismo então não há de fato como a gente entender os últimos 200 anos de história da terra sem entender esse termo sem entender essa noção que a noção de nacionalismo esse que você acaba de ouvir é o daniel gomes de carvalho doutor em história social
ele tá parafraseando o livro nações e nacionalismos do historiador britânico eric hobsbawm o daniel entrevistado da edição do politiquês que vai tratar de nacionalismo algo que o filósofo e historiador italiano norberto bobbio classifica como a ideologia do estado burocrático centralizado como elogia defensora da existência de laços naturais e orgânicos profundos tais como laços de raça costumes e língua tudo isso muitas vezes artificial laços que unem as pessoas em torno de uma organização estatal é algo diferente vale destacar de patriotismo há quem diga que o nacionalismo é uma ideia que serve o estado e que pressupõe
a exclusão de quem não tá dentro desses estados seria como bullying em uma sala de aula quando uma sala da 3ª série exclui o menino e todas as alas inclui todas as alas se sente mais segura mais unida por meio da exclusão não há quem diga que o nacionalismo ele serviu ao estado ao longo dos últimos dois séculos que ele serviu a proposta de exclusão a proposta de violência propostas de guerra patriotismo vem de amor à terra dos pais e o patriotismo sem do amor à terra dos pais não precisaria aplicar o ódio à terra
do outro taí uma boa diferenciação existe uma frase famosa do poeta ensaísta inglês samuel johnson que viu na primeira metade do século 18 ele disse que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas uma frase de efeito muito usada hoje por aí mas vai fazer uma justiça o contexto do samuel johnson e não estava criticando o patriotismo em si mas quem se esconde atrás essa idéia bom ainda que seja usado como refúgio dos canalhas o patriotismo a partir dessa nossa conceituação aqui não é excludente como é o nacionalismo conforme destacou melián em novembro de 2018
num discurso sob o arco do triunfo durante as celebrações dos 100 anos do fim da primeira guerra mundial o presidente francês e moral uma pronta a todo o tema dizendo que o nacionalismo eo exato oposto do patriotismo macron classificou nacionalismo como o sentimento de quem olha apenas para seus próprios interesses sem levar em conta valores universais estamos fragilizados pelo retorno das paixões tristes o nacionalismo racismo antissemitismo extremismo que colocam em questão o que nossos povos esperam disse o presidente da frança a declaração de micro ontem um contexto um contexto de crescimento do sentimento de nacionalismo
na europa e também nos estados unidos maior potência econômica e bélica do mundo isso a partir da ascensão ao poder de líderes de extrema direita ultra nacionalistas são projetos que se beneficiam de uma desilusão dos cidadãos com a política no geral e com as tentativas de soluções econômicas de um mundo globalizado que não obtiveram sucesso aumentaram desigualdades uma crise que tem como reação um sentimento no qual os imigrantes são vistos como inimigos como ameaças ao emprego das economias locais e ameaças também culturais daí ressurge e também se fortalece esse sentimento nacionalista o ultra nacionalista uma
busca por pertencimento ligado a uma série de laços que vão da língua a raça da cultura as fronteiras bom a gente aqui no políticas vai lá atrás como de costume para sair da conjuntura e buscar trazer uma visão mais ampla histórica desse tema o daniel vai ajudar a gente nessa empreitada pra falar de nacionalismo a gente precisa resgatar a idéia de estado nação quando começa a surgir essa idéia ouço daniel o estado moderno entendido como um estado que busca uma homogeneidade de leis uma homogeneidade administrativa que busca um aparelho burocrático que busca uma certa unificação
econômica que busca não que consolida a isso de cara então esse estado moderno começa a se formar lá na baixa idade média e ele vai impor uma certa unidade territorial o próprio mercantilismo né aquelas práticas econômicas desses estados modernos que depois vão ser chamados pelos liberais e absolutistas embora não sejam absolutistas como a gente aprende na escola né mãe uma outra coisa mas enfim esses estados modernos começam a se formar na baixa idade média a um aprofundamento dessa ao longo da idade moderna de seus aparatos e aí temos todas as revoluções em das modernas guerras
de religião e pós revolução francesa com o que lhe coloca esse processo se acentua esse processo de homogeneização e aí que vem o ingrediente do nacionalismo né ea partir daí a gente pode falar na ideia de um estado nação na de uma legitimidade proveniente da condição de identificação desses povos só para acertar o relógio da história aqui baixa idade média o final da idade média é algo que vai mais ou menos de 1.250 até pouco antes de 1500 a partir daí começa a idade moderna que vai até o fim do século 18 mais exatamente 1789
a revolução francesa central em toda discussão sobre história da política depois da revolução francesa a gente chega à idade contemporânea que é dali da revolução francesa até hoje esse é só um pequeno roteiro zinho pra gente não se perder no tempo daniel também citou o tocqueville que é o alexis de tocqueville pensador francês ele vivia ali na primeira metade do século 19 pós revolução francesa portanto e se dedicou ao estudo dos direitos individuais alertando inclusive para os perigos da chamada tirania da maioria enfim me enfrente estados nação se criando reinos feudais sendo substituídos por uma
nova ordem na idade moderna e é nessa nova ordem que o conceito de nacionalismo começa a ser usado politicamente a gente tenha essa revolução francesa como marco não é à toa que ele inaugura contemporaneidade vamos ver o daniel é a primeira vez que se emprega palavra nacionalismo vocábulo o primeiro a usar esse termo é o bairro de barro ela durante a revolução francesa primeira vez que o termo nacionalismo foi utilizado é durante a revolução francesa inclusive por parte dos aristocratas em relação aos revolucionários leva qualificação aristocrática em relação aos revolucionários e por que esse termo
nacionalismo nasce na revolução francesa então a primeira vez que a palavra usada em 1797 ea expressão do bairro é o seguinte ele fala assim o nacionalismo ocupou o lugar do amor geral foi assim permitido desprezar os estrangeiros enganá-los e ofendê los e essa virtude foi chamada de patriotismo essa passagem do barradão é muito interessante porque o que ele está dizendo aí exatamente é que o nacionalismo substituiu uma forma de identidade anterior uma forma de identidade que tinha antes a gente fala que até a revolução francesa de modo geral o que cria identidade entre as pessoas
é por exemplo a religião na religião cria identidade a gente sempre fala que no mundo medieval fragmentado politicamente havia uma identidade uma unidade dada pela religião ou as pessoas serem súbita de um mesmo rei isso também era algo que dava identidade agora na revolução francesa quando a assembléia nacional né quando a assembléia da revolução francesa proclama que o terceiro estado é tudo quando logo no começo da revolução e sim que tudo é o terceiro estado cria se uma outra identidade dos povos pela própria revolução e não associado ao rei só uma pausa rápida na fala
do daniel o que esse terceiro estado a qual ele se refere é bom ele indicavam as pessoas que não fazem parte nem do clero que era o primeiro está nem da nobreza que era o segundo estado a revolução francesa vem acabar com essa prevalência clérico monárquica voltando a falar do daniel então a durante a revolução francesa momentos dois momentos especialmente que retrai a nação francesa uma hora fugindo outra hora por uma carta de maria antonieta pedindo ajuda aos austríacos e neste momento os franceses se unem e eles precisam de uma identidade que precisa o rei
eles precisam criar uma identidade que não necessite do rei que não necessite da monarquia e esse é um marco do surgimento da noção de nacionalismo quando os franceses têm que salvar a pátria quando os franceses têm que criar uma identidade independente da questão da religião independente da questão da monarquia então essa é a nossa o comércio ganha força neste momento da revolução francesa e ao longo do século 19 a noção de nacionalismo será fundamental e será claro apropriada pelos estados a gente está falando aqui da formação dos estados-nação o sentimento de nacionalismo que vem funcionar
como uma unidade para além do sentimento religioso mas essa unidade nem sempre existe a gente tem fronteiras artificiais ao redor do mundo todo ea partir das mais diferentes disputas quando a gente fala de fronteiras artificiais normalmente vem à cabeça a áfrica um continente que foi alvo de uma intensa e longa colonização européia mas essa artificialidade generalizada os balcãs são um exemplo trágico de uma imposição de fronteiras todo o oriente médio foi desenhado e redesenhado a partir do domínio europeu a gente vê a artificialidade nas próprias fronteiras na europa dentro da espanha por exemplo em outros
países também os impérios e o colonialismo criaram inúmeras distorções ao longo da história já no século 20 revolução russa e seu império soviético redesenhar o mapa do leste europeu ao mesmo tempo em que o nacionalismo como o sentimento real o imposto é explorado de forma extrema alemanha nazista usou o sentimento étnico associado à idéia de uma falsa superioridade étnica com uma arma de destruição em massa era um regime em que o nacionalismo o sentimento de nacionalismo funcionava de forma central não por acaso depois do massacre da segunda guerra mundial e do holocausto de um conflito
sem precedentes fortaleceu-se a idéia de governança para além das fronteiras isso com a criação das nações unidas ea busca de um entendimento que fosse além dos interesses únicos de estados nacionais uma busca por um multilateralismo que é colocado em xeque agora no início do século 21 pela ascensão dos grupos ultranacionalistas pelo mundo dizem que os pobres não pode nem ter colchão credita na tv vão tudo dormir no chão e comer ração band educação traz a conversa que o brasil é um país grande em termos territoriais multicultural e multiétnico como fica a construção do nosso nacionalismo
como foi essa história também é um tema complexo e difícil de resumir mas o daniel tem alguns tópicos legais pra gente relembrar o processo no brasil é um país extremamente heterogêneo assimétrico e desigual se tem escravos e tem indígenas se tem descendentes de portugueses e se tem estrangeiros os mais diversos tipos a nação a idéia de nacionalismo é idéia de criar uma unidade nessa heterogênea idade por isso que ela é artificial e você impor uma unidade artificial fabricada nesse contexto de heterogeneidade você por exemplo na ao longo do brasil colonial e tem 1.500 em 1822
você não tem a idéia de brasileiro em oposição ao português na verdade quando você falava brasileiro no brasil colônia estava falando das pessoas que trabalhavam com pau brasil é só a constituição de 1824 que oficialmente brasileiro vai se tornar habitantes do brasil e 77 estão no século 19 o império brasileiro vai efectuar um esforço para criar a noção de brasileiro é bom pegar esse marco da independência em 1822 pouco mais de três décadas depois da revolução francesa apontou a idéia de nação brasileira antes e depois o daniel discorre sobre essa formação a vários brasis a
pouca integração e ao longo do século 19 vai tentar se criar uma ideia de brasileiro e aí vêm todos os medos e mitos a sema de tentar colocar esse passado indígena veja josé de alencar josué alencar é o escritor de iracema e era um político do império brasileiro e aquela indígena iracema obviamente não é uma indígena real os índices reais estão sendo combatidos mortos etc etc a iracema indígena criada uma indígena idealizado e a ideia da criação da iracema é a idéia da criação de um passado nacional ao longo do século 19 no brasil há
um esforço para criar a idéia de nação para agrupar esses grupos heterogêneos e criaram uma homogeneidade a partir de um passado nacional colocando por exemplo indígena com o passado nacional assim como na europa estava usando o cavaleiro medieval pra falar que o passado europeu era o cavaleiro glorioso medieval coletivo vai fazer muito isso como autismo oxigênio mental nesse momento de revoluções de criação da nacionalidade há a noção de criação de um passado idealizado primeiramente no primeiro momento a gente pode falar sobre essa idéia da iracema da indígena mais ideal do que real depois há outros
momentos fundamentais da história do brasil nesse sentido mas como lidar com um território tão grande e também por isso tão suscetível ao separatismo não à toa temos revoltas espalhadas pelo século 19 na farroupilha da balaiada do contestado na cabanagem é preciso criar um sentimento um sentimento de união um vínculo racial lingüístico histórico que faça sentido ou pelo menos parecia fazer sentido o daniel citou josé de alencar e fala mais sobre esses instrumentos de tentativa de união nacional por exemplo durante o império brasileiro vai ser criar o instituto histórico geográfico brasileiro eu adoro de vague vai
escrever a primeira história do brasil qual é a importância de escrever as primeiras histórias do brasil as primeiras geografia do brasil para criar a idéia de nação e som é feito pelo instituto histórico e geográfico brasileiro ao longo do século 19 ora é o seguinte você é uma criança pernambucana e você vai aprender sobre a história dos bandeirantes você é uma criança do rio grande do sul e você vai aprender sobre o açúcar do nordeste quer dizer estudar história faz você sala de aula acreditar que aquela coisa aquilo tudo que está estudando ao seu passado
temos também lembrar o famoso poema de conçalves dias perceba o gonçalves dias vai dizer na minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá é a minha terra e depois ao longo do poema ele falou nosso céu tem mais estrelas quer dizer sai domingo evento nossa é a construção da idéia de brasileiro não só como josé de alencar estava fazendo a parte do passado indígena mas também a partir da celebração de uma natureza em comum no século 19 vai se construir a idéia de brasileiro a idéia de imposição de uma unidade em uma sociedade totalmente heterogéneos
numa sociedade de mollá atos de negros tropeiros você vai tentar dizer que todos tenham um passado em comum todos têm uma cultura em comum uma primeira tentativa de indigenismo depois dos 70 colocar uma noção todos partilham de uma mesma natureza você tem a criação como nós comentamos do instituto histórico geográfico escrever uma história oficial do brasil colocar grandes eventos históricos e aí os quadros acadêmicos né por exemplo o quadro de pedro américo bastante conhecido o quadro do pedro américo que daniel cita esse quadro bastante conhecido é aquele quadro que busca retratar o grito da independência
brasileira o grito do ipiranga gritado por dom pedro em 1822 que dizem ou virão por aí e depois um momento interessante nessa construção de nacionalidade brasileira é quando um botânico e viajante estrangeiro chamado full martins em 1840 ganha o concurso como se deve escrever a história do brasil né é interessante que não foi escrito por um brasileiro por um habitante aqui da nossa região como se deve escrever a história do brasil e martins descreve a história do brasil e 840 metros de 1840 como a união das três raças branco o negro eo índio então quer
dizer aí já se coloca uma outra identidade brasileira não pelo indígena não pela geografia mas pela união das raças com se dizia antigamente e como nós sabemos isso vai dar depois mas pra frente no mito da democracia racial no link de que o brasil é um país sem racismo e é o país onde há uma união de todos e tudo mais veja aqui esse mito novamente ele vem para mascarar uma realidade de heterogeneidade uma realidade de assimetria uma realidade de conflito é curioso então porque a todas essas construções que são muito influentes até hoje você
pergunta pra alguém é o que quer ser brasileiro ea pessoa lembra da tropicalidade se pergunta o que é ser brasileiro e a pessoa fala de união de diversos povos e etnias ou raças dependendo do vocabulário que ele usar quer dizer que cria se é sistemas são apropriados para construir um passado brasileiro que como nós estamos dizendo aqui é absolutamente artificial a gente passa agora da formação do sentimento nacional para o uso do nacionalismo já no século 20 no brasil era dos extremos como classificavam hobsbawn e se mundialmente esse extremo do uso do nacionalismo ocorreu durante
o período da alemanha nazista na primeira metade do século 20 aqui o brasil também acompanhou essa tendência em outras proporções é claro mas num momento de exploração de sentimentos nacionais bastante forte nessa época getúlio vargas chegou ao poder no brasil primeiro por meio de uma revolução que anos depois viria a redundar num golpe de estado o golpe do estado novo no momento ditatorial de centralidade política em que o sentimento nacionalista era explorado o nacionalismo foi usado em busca de unidade a fim de se concentrar poder isso ao mesmo tempo que se perseguir adversários políticos a
lógica da exclusão a gente também tem a ditadura militar explorando nacionalismo de forma intensa usando até o futebol da seleção de 70 assim como antes era tempo de exclusão na mais perfeita concretização da ideologia nacionalista algo resumido num slogan dos generais brasil ame-o ou deixe-o um discurso segundo o qual é preciso acabar com o inimigo no caso os opositores da ditadura foi um dos momentos mais duros do regime após o ato institucional número 5 fechou o congresso intensificou as torturas e assassinatos de adversários políticos o discurso nacionalista que tem militares como vetores voltando ao brasil
aos poucos agora no início do século 21 é um sentimento que ganhou concretude na mais recente eleição presidencial com a chegada de revolucionar o poder político que foi capitão do exército ele foi eleito com o slogan brasil acima de tudo deus acima de todos é um slogan que a tela nacionalismo associado também um sentimento religioso entendeu escorre dos que ao morrer vou virar amor à vida é dura não espera facilidade a prisão que femme jura não vou deixar a ascensão do nacionalismo a retomada desse sentimento nacionalista ocorre no mundo neste início do século 21 depois
do movimento da globalização que ficou muito forte com o fim da guerra fria e após a queda do muro de berlim eo final dos anos 80 eo colapso da união soviética no comecinho dos anos 90 do século 20 então qual o papel da globalização nesse sentimento hoje ou se daniel bom aquele pensador conservador inglês lojas kroton ele fez uma oposição muito forte por exemplo a qualquer noção da criação do euro e por que o esqueleto ou posse está naquele livro de eli eli sistematizada isso naquele livro que é conservadorismo dele foi discreta ou se opôs
a criação do euro a criação de uma moeda unificada para todos os europeus porque ele dizia que isso violaria ele dizia que isso seria uma violação da soberania nacional uma economia globalizada na economia na qual o país acaba se tornando vulnerável a crises em outros países então uma dar um dos fatores que explica esse aumento do nacionalismo hoje é um medo das consequências dessa globalização claro que nem sempre talvez na maioria das vezes esse medo não é justificado na maioria das vezes a coisa que a gente vê um pouco diferente mas há um medo de
uma economia ligada interligada globalizada e uma das causas desse aumento nacionalismo é uma reação à fragilidade que essa globalização pelo menos parece passar para as pessoas ea gente tem algumas diferenças importantes hoje elas outras épocas veja na época da guerra fria você tinha do ponto de vista dos países capitalistas o inimigo identificado o comunista materializado na união soviética e não havia lá uma união soviética para você se contrapor na época da revolução francesa você tinha lá uma guerra entre os franceses e os países absolutistas havia um inimigo claro havia um inimigo material que pode ser
localizado fisicamente espacialmente hoje você fala assim é o inimigo é o terrorista e onde está esse terrorista o que é o terrorismo o terrorismo é um fenômeno absolutamente disperso de difícil identificação e é por isso você vê as pessoas confundindo generalizando e 737 então vamos dizer que o medo hoje ele é um medo que está disperso né pra usar o termo do bauma o medo líquido o medo que não tem uma figura material colocada e aí que você abre caminho para essas maquinações e aí que você abre caminho para essas coisas então nós temos um
inimigo que é o comunista infiltrado que a gente não encontra que o islâmico que está se difundindo pelo mundo dificilmente é algo que você vê é materialmente você mobiliza sentimentos a partir de um medo disperso e o nacionalismo pode ser usado exatamente como forma de manipulação em relação a esses inimigos imaginários veja na história do brasil o anticomunismo sempre foi muito mais forte do que o próprio comunismo comunismo sempre foi muito frágil no brasil sempre foi um movimento marginal com poucos grupos do próprio médici o ditador ele falava que quando ele é combater os comunistas
iria esmagar as moscas com um martelo pilão quer dizer ele mesmo que aqui combateu as guerrilhas e tetra entendia que era um fenômeno pequeno e hoje é menor do que nunca sem dúvida são poucos nas nossas eleições a gente não viu ninguém defendendo um comunismo claro socialização dos meios de produção etc etc agora você cria novamente esse inimigo ea criação desse inimigo o posto há um sentimento nacional materializa pelo menos um livro das consciências das pessoas uma noção de identidade de inimigo que pode ser manipulada que pode ser utilizada em favor de alguns propósitos indica
que a gcm nem fique em pé até de frentes e vaidade rapper o seu 30 e técnico oferta muito bem uma agora pra nossa dica de livro e quem dá a dica é a jornalista mariana barbosa repórter no brasil jornal ou livro mariana que você indica pra gente pra quem news de alan gross de editora canongate breaking news é um livro fascinante para quem gosta de política o título é um trocadilho com a notícia de última hora breaking news com o sentido literal de quebrar a notícia vale para a dissolução dos veículos de mídia e
também para a notícia em si com a proliferação dos pequeninos o autor esteve no comando do gardini o jornal britânico durante 20 anos até 2015 ele conta os bastidores dos grandes furos de reportagem como week links e o grampo da agência de segurança americana é também a história da corrupção da mídia que ele assume no finalzinho do reinado do impresso e e descreve o surgimento o impacto do google e do facebook em toda a indústria da comunicação com produção de la mola em colaboração de ricardo monteiro e músicas do irã a gente termina aqui mais
um político gay se eu sou honrado por celeste espero você na próxima valeu um ao outro e um coração a frota que brada uma solução meu ego inflado nós não faz questão supra melhoras em sua conta