Antes de falar do assunto mesmo deste vídeo, faço dois anúncios. Primeiro, recebi este livro de Marcelo Andrade: "A História da Guerra Fria sem Mitos", pela Editora Flor Carmell Caravelas. Creio que é uma coedição Caravelas e FL Carmi.
"A História da Guerra Fria sem Mitos", lê-lo com o maior interesse, é até porque é um assunto que me interessa particularmente. Os outros dois anúncios, na verdade, são três. O segundo é que meu próximo vídeo aqui para o canal será sobre Donald Trump, sobre o trumpismo, né?
O que dizer de Trump? O que dizer do trumpismo? Então, será meu próximo vídeo.
E o terceiro anúncio é que eu, com uns amigos, relançaremos algo que foi lançado, salvo engano, no ano de 2010, né? Que foi o Space, ou seja, o Seminário Permanente de Estudos Sociopolíticos (Space), que quer dizer Esperança em latim. Qual é o objetivo desta entidade, o Space?
Ele encerrou suas atividades cerca de 2013, salvo engano, e, em 2013, sim, encerrou suas atividades. Mas agora o relançaremos, né, com muitas novidades. Eu darei ali,ministrarei ali, a história gratuitamente, a história completa da Igreja.
Haverá muitos artigos, etc. , cursos e o objetivo central dos Pê é o mesmo de quando ele foi fundado em 2010, a saber, reafirmar a doutrina da realeza social de Cristo e da consequente Trina social da Igreja, e combater o liberalismo, não só o liberalismo em geral, mas também o liberalismo católico em particular. Naturalmente, não apenas o liberalismo, né?
Antes de tudo, combate-se o comunismo, mas também o liberalismo, como mostrarei, como mostraremos nos Pés. A doutrina da Igreja sempre foi de equidistância entre capitalismo e comunismo, entre marxismo e liberalismo. Equidistância condena ambas as coisas, sempre o fez.
Leia-se para saber, por exemplo, o documento de Pio X intitulado "Mente Nostra". Mente Nostra encontra-se no site do Vaticano; ali está a condenação, tanto do comunismo como do capitalismo, ou quer dizer, mais ou menos o mesmo: a condenação do marxismo e do liberalismo. O liberalismo vinha sendo condenado já desde Gregório X, particularmente depois por Pio IX, Leão XI, todos, etc.
, e o comunismo passou a ser condenado também, mas a partir de Leão XI. A condenação do liberalismo é anterior; começou anteriormente e dois Papas depois, Leão XI, começou a condenação do socialismo, do comunismo. Então, é para isso que se refunda o Space, né?
E não deixaremos de nos manifestar em todos os momentos em que se requeira a reafirmação da doutrina, e não deixaremos de combater todos os desvios desta doutrina, até aqueles mesmos que se travestem de tradicionais. O liberalismo político, social, econômico, político-social que se dá, infelizmente, entre os mesmos católicos. Mas, hoje, eu tratarei algo distinto, ou seja, tem até que ver, né?
Eu nunca fui muito apreciador de ópera. A ópera foi inventada e resultou de um engano no século 16-17: acreditava-se que a tragédia grega fosse o que hoje conhecemos como ópera. Acreditava-se isto, né?
Confundia-se o coro da tragédia grega com o que hoje se chama ópera. Nunca foi de muito agrado a mim; nunca particularmente morri de amores pela ópera, embora Verdi, em particular, tenha óperas interessantes, né? Mas ela sempre deslizou um pouco para o demasiado jocoso, para o sensual, para o apaixonado, para a exacerbação das paixões.
A isso sempre tendeu a ópera. Mas eis que, no ano passado, não somente vejam vocês, descobri uma ópera espetacular, né? É a ópera "Diálogos das Carmelitas", de Francis Poulenc.
Francis Poulenc, um francês, tinha uma relação confusa com a Igreja Católica; horas se fazia católico, horas deixava de sê-lo e se arrependia, fazia penitência, voltava, mas não importa. Foi um grande compositor. Sua primeira fase foi demasiado modernista, mas tem obras magníficas, como um concerto para órgão e orquestra, que se encontra na internet, e muitas peças religiosas muito belas, ainda que com certo sabor moderno, mais sérias, profundas, né?
Por exemplo, seu "Stabat Mater", por exemplo, seu "Responsório de Trevas", suas litanias à Virgem Negra, seus motetos ou motetes, tanto faz, e para a época de Natal, e muito especialmente seus motetes para o tempo da Penitência. Parece que os compôs para si mesmo. Grandes peças.
Mas a surpresa que eu tive no ano passado ao deparar com sua ópera "Diálogos das Carmelitas", fundada no livro homônimo de Bernanos, um belo livro. Ele escreveu o libreto e compôs a música. A história é a do martírio na poderosa Revolução Francesa, que nada deveu em brutalidade às revoluções comunistas, e sobretudo em sua sanha anticristã.
Foram numerosos os mártires: sacerdotes, monges, leigos, né? Há até um livro interessante, "As Barricadas de Deus". Foi a resistência dos católicos à Revolução Francesa: freiras, monges, padres, leigos; muitos foram os mártires desta asquerosa revolução, infelizmente considerada por alguns católicos algo positivo.
Como é possível, dirá Pio X, o Papa Pio X, que o liberalismo, que é o motor ideológico da Revolução Francesa, é a raiz de todas as revoluções, incluindo a comunista. Pois bem, um grupo de 12, creio, salvo engano, posso estar enganado, de 12 Carmelitas descalças, freiras Carmelitas, se negaram a abjurar da fé e foram guilhotinadas, né? E tudo isso é verdade, né?
E houve o caso: entre elas havia uma freira que, por medo, por temor do martírio, abandonou as suas companheiras de hábito, mas voltou na hora de sua morte exatamente para ser guilhotinada como elas. São heroínas, são mártires de uma revolução iníqua e transmutadas em ópera de uma maneira magnífica. Realmente, Poulenc, Francis Poulenc, teve a felicidade máxima com esta ópera.
Uma ópera que mantém nossa atenção desde o início, mas que chega a um pujante ápice, a um poderoso ápice como nunca foi feito no âmbito da ópera e da música. Com o final da ópera, né, com as freiras entoando, cantando, eh eh, o "Salve Regina" e caminhando para a guilhotina, é um ponto altíssimo da música de alta dramaticidade, obviamente, tá? E que, a meu ver, faz de Poulenc um dos grandes compositores do século XX, junto com Franck, o austríaco, o austro-húngaro Franck, né, que compôs o mais belo oratório de todos os tempos, que é o "Livro dos Sete Selos", a respeito do qual farei um vídeo particular aqui, tá?
Eh, mas hoje quero insistir e insistir eh quanto aos "Diálogos das Carmelitas", de Francis Poulenc. Que ópera, senhores! Que coisa maravilhosa!
É impossível a um católico, né, não emocionar-se, sobretudo com o final, né? É claro, tem todos os traços de uma ópera, né, uma teatralidade muito grande, exacerbada, isso é verdade, mas o tema e o tratamento musical dado por Poulenc nos cativam, repito, desde o início e atinge um ápice difícil de alcançar em arte, ao final, com a cena final, com a sequência final, né? Muito mais poderosa do que o filme homônimo "Diálogos das Carmelitas" com Jane Moreau, é muito melhor, né?
É realmente algo que eu recomendo e vou deixar aqui na descrição do vídeo dois links: um para uma versão boa da ópera inteira, com legenda em inglês, salvo engano, eh, mas é boa, com bela resolução de imagem, né? Eh, tem umas entrevistas antes e depois, não não são de meu agrado, mas o fato é que é uma versão digna desta belíssima ópera. E vou deixar este referido final da ópera que eu encontrei, que certamente é sua melhor versão, mas que não encontrei na totalidade, só este final.
Vou deixar, então, também o link só para o final. São 10 minutos de uma obra-prima. Vou deixar os dois links e deixarei também o link para outras peças de F.
Poulenc. Eu recomendo. Eu repito que não sou um amante particular da ópera, mas recomendo efusivamente esta ópera de Poulenc, né?
Ele assinou ali, né, o seu lugar entre os melhores do século XX no âmbito da música. Muito obrigado pela atenção. Até meu vídeo sobre Trump, eh, e depois sobre eh o oratório "O Livro dos Sete Selos", né, em que falarei também, aliás, eh, de a quantas anda a escrita de meu comentário "Apocalipse".
Muito obrigado pela atenção, fiquem com Deus e até nosso próximo vídeo.