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Olá queridos professores e professoras da Eja hoje nos reunimos para planejar um semestre de aprendizagem e crescimento na educação de jovens e adultos sou Michela sherer chefe da Divisão das modalidades de Educação Especial e e vou fazer a minha autodescrição sou uma mulher branca de cabelos longos e loiros olhos azul olhos verdes estatura mediana Estou vestindo uma calça marrom e uma camisa estampada em tons terrosos estou aqui para guiar nossa jornada pedagógica Hoje vamos falar sobre o diagnóstico dos Estudantes essencial para entender suas necessidades e adaptar nosso ensino de maneira eficaz e inclusiva além de
explorar ideias para melhorar o planejamento das aulas discutiremos habilidades alinhadas ao a legislação vigente e práticas pedagógicas que promovam um aprendizado significativo Nossa busca pela excelência incluirá abordagem sobre estudos de aprendizagem contínua e preparação para o Enem visando oportunidades acadêmicas e profissionais para os estudantes da e também falaremos sobre a sócio educação e compartilharemos um caso de sucesso ilustrando como os nossos esforços podem impactar positivamente suas vidas por fim apresentaremos o calendário do próximo semestre para manter todos alinhados com as datas importantes e eventos programados Espero que esta jornada pedagógica seja informativa e inspiradora juntos
podemos fazer a diferença na vida dos nossos estudantes de EJA Então vamos aproveitar este momento para compartilhar ideias colaborar e fortalecer Nossa comunidade Educativa obrigada por seu comprometimento e dedicação contínuos vamos em frente e vamos aproveitar a jornada pedagógica da Ed Obrigada Olá colegas da Rede estadal de Educação sejam todos bem-vindos à nossa segunda jornada de 2024 eu sou a Martina Gusmão professora da rede estadual assim como você e assessora da Educação na divisão da educação de jovens e adultos na CEDUC Eu sou uma mulher branca de estatura baixa eh eu tenho cabelos lisos e
curtos na altura da orelha e estou usando um blazer leve tonte oso uma camisa branca e uma calça jeans e eu uso óculos degrau hoje então convido a vocês para nós partilharmos um pouquinho fazer uma retomada do que da caminhada que nós percorremos at até aqui e vermos as expectativas para deste meio de ano até o final começo trazendo para vocês aqui uma fala muito bonita da nossa querida Carolina Maria de Jesus que ela nos diz poeta por que choras que triste melancolia é minha que minha alma ignora O esplendor da Alegria este sorriso que
em mim emana a minha própria PR alma engana e é com essas palavras trazendo um pouquinho da história da Carolina Maria de Jesus uma mulher negra que começou a escrita e a literatura já na idade adulta na idade e da maturidade ela foi uma mulher negra moradora das primeiras favelas do Rio de Janeiro e ela tentou expressar então nas suas obras ah da sua história de mulher negra de trabalhadora de mãe solo e eh recicladora nesse sentido ela se aproxima então um pouquinho dos nossos sujeitos da Eja que nós vamos conversar um pouquinho ah neste
dia nesta nossa jornada eh peço a vocês que olhem como ela consegue traduzir tanto as agruras as tristezas as suas sua trajetória difícil ela tem uma trajetória então de escrita já na maturidade e vocês podem perceber aqui nesses dois trechos do trabalho dela que no primeiro ela fala um pouco das suas tristezas das suas dificuldades mas no segundo ela nos traz esperança Esperança através da leitura e através da educação quando ela nos diz que quem não tem quem um amigo mas tem um livro tem uma estrada Car Maria de Jesus é uma foi uma moradora
das primeiras favelas do Rio de Janeiro e ela tentou expressar então nas suas obras toda a sua a a sua vida de mulher negra suas dificuldades a sua trajetória como mãe solo como recicladora E também como trabalhadora nesse sentido ela se aproxima muito do nossos sujeitos da EJA eh eu convido a vocês para aproximar ali a câmera no QR Code que está na tela para que vocês possam conhecer um pouco mais da vida da Carolina de Jesus as suas obras nessa amra que tem da vida e obra aí nesse QR Code vocês vão conseguir encontrar
então entre obras renomadas da autora está quarto de despejo entre outras tantas bom vamos conversar um pouquinho colegas o caminho que nós já percorremos nosso primeiro semestre nós estivemos conversando lá em fevereiro e trouxemos então algumas orientações como divisão de EJA para que pudesse acontecer na escola então uma indicação foi o questionário socioeconômico da Eja que ele aconteceu então em dois momentos né aconteceu no âmbito da Secretaria de Educação na nossa divisão que nós disparamos um questionário só econômico para ser respondido pelos nossos estudantes e também indicamos que vocês na escola fizessem o mesmo com
o questionário socioeconômico E também o diagnóstico das aprendizagens para partindo deste diagnóstico elaborar então o planejamento para o primeiro semestre Falamos também da metodologia específica da Eja que ela precisa ser pautada então nas características da andragogia trazer este viés e trabalhar preferencialmente como projetos interdisciplinares indicamos também que vocês eh passassem nas reuniões pedagógicas pela leitura pela análise da resolução 376 2023 do nosso Conselho Estadual de Educação que são as nossas ah diretrizes da Eja E especialmente se deter no item que fala sobre a ausência justificada com critério ajus que deveria então ter sido elaborada com
os critérios específicos que a gente já sabe né de licença maternidade do pessoal que vai para o exército mas também aqueles apontados por vocês como equipe escolar que acham justo justificar então o afastamento dos nossos estudantes com certeza vocês elaboraram um belíssimo material e nas reuniões pedagógicas de vocês trabalhamos então com a necessidade de que o estudante da Eja ele precisa ter este acolhimento em todas as suas eh em todos os seus âmbitos né tanto no cansaço que ele vem quanto nas suas dificuldades de aprendizagem a questão eh reforçamos a questão da alimentação escolhar específica
para os estudantes da Eja entre Outros tantos abordamos também aprendizagem contínua o porque eles precisam estar inserido nesse movimento da secretaria nesta ação da Secretaria Estadual de Educação e por último falamos de que o atendimento especializado da precisa estar na EJA preferencialmente então no horário em que esses Estudantes estão no turno em que a eja funciona na escola foi esse caminho percorrido e agora eu convido vocês então para nós falarmos um pouquinho e ver o que e vermos o que aconteceu lá então nós estamos trazendo hoje aqui para vocês nesta jornada alguns ah alguns trabalhos
que foram que aconteceram nas suas escolas né quando a gente chamou de práticas exitosas ou seja a prática de sala de aula de vocês ã lembramos a vocês que todo este eh trabalho que vocês desenvolvem na escola é de suma importância então neste momento eu convido para vocês ocuparem este canal do chat que é um canal potente que vocês têm para troca de experiências Do que vocês estão fazendo acontecer aí na sala de aula assim como que nós trouxemos hoje para vocês então vou falar um pouquinho aqui de um trabalho que está sendo feito pelos
professores e pelo estudante lá da escola apício vrilo da região da 35ª Coordenadoria Regional de Educação e na sequência nós vamos ver outros trabalhos também exitosos de outras escolas lembrando a vocês então aqui que este trabalho foi feito pelo grupo ã que foi liderado pela professora Daniela feldberg e ela trabalhou então com a leitura ela se ocupou se utilizou de uma ferramenta muito nossa que está disponível para estudante da rede que é a árvore livros e ao mesmo tempo utilizou os chromebooks que também estão em todas as nossas escolas para fazer para desenvolver Este trabalho
então lembrando a vocês que a árvore livros eu fui pesquisar ela tem disponível hoje 32.000 livros específicos para a eja pros estudantes da Eja olha quanto livro pessoal né é muito livro para que vocês possam levar os estudantes a escolher então esses livros eles são organizados para os estudantes desde a alfabetização até os do ensino médio e trouxemos aqui uma outra então um outro lembrete uma outra reflexão melhor dizendo para vocês é que toda atividade que a gente desenvolve em sala de aula com os estudantes da Eja ele também deve ser pautado por habilidades e
competências ou seja Entrelaçados com a bncc com o RCG do Ensino Fundamental e com o RCG do ensino médio então vejam que aqui o grupo de professores ele trabalhou com essa ah pro desenvolvimento da competência da leitura né que é ler escutar produzir textos orais escritos eh multissemióticos que circulam em diferentes Campos de atuação e mídias com a compreensão autonomia fluência criticidade de modo a Expressar e compartilhar informações experiências ideias e sentimentos e continuar aprendendo E lembrando que esta competência aqui de leitura ela perpassa por todas as áreas do conhecimento ela não é só do
professor da área de linguagem ela pode permear aí todas as quatro áreas do conhecimento então Agradeço o material da professora Daniela que nos enviou de todos os colegas que trabalham de forma conjunta um outro trabalho que ela nos trouxe aqui e que também vem muito ao encontro do que a gente falou no início do ano na primeira Jornada é a visita ao museu aqui a professora Daniela nos contou então que ela entrou em contato com o pessoal do museu lá de samb Borja e eles abriram no período noturno porque ele funciona normalmente no diurno mas
nesse dia então abriram especialmente para receber os nossos estudantes da Eja no período noturno então vejam que é só um movimento de interlocução com outras secretarias com outros órgãos públicos para que a coisa possa acontecer Por que que é importante essa visita ao museu primeiramente então aqui vai ser trabalhado a questão do Repertório cultural quando o estudante ele se reconhece como Sujeito como autor ele conhece a sua história ele conhece a sua cultura ele vai se valorizar muito mais ele vai se ver como ator também daquele meio ali e aqui então nessa competência do Repertório
cultural é um desenvolvimento harmonioso integral do Estudante a promoção do conhecimento cultural que Visa a despertar no estudante o respeito a valorização da diversidade cultural seja ela Nacional seja ela estrangeira e especificamente então aqui neste trabalho do professor a valorização da cultura e da história local Porque aqui nós temos então no museu João Gol nesse memoral a história de um nosso ex-presidente né um presidente que passou que é lá de sorja que é da localidade e às vezes a os nossos estudantes eh só conhecem empiricamente pela pela linguagem oral e acabam não vendo Então o
que a história registrou sobre essa personagem e é uma forma ressalto mais uma vez de ele conhecendo valorizar muito mais a sua localidade de se ver como sujeito um terceiro trabalho aqui também da mesma escola Ah para vocês perceberem de que como é simples se ocupar esses espaços que já tem na escola que já tem nos lugares então aqui a professora de ah Ciências da Natureza ela ocupou o laboratório levou os estudantes da Eja também para esse espaço que é um espaço que tem na escola aqui a professora então está estimulando o o desenvolvimento do
pensamento crítico científico e criativo do Estudante né é a iniciação da ciência e é super importante o desenvolvimento desta competência Porque sim nós estamos falando do nosso estudantes que voltam para estudar na EJA com sentido de ficarem mais fortalecidos para conseguir uma ascensão profissional mas também muitos deles eles vão fazer o Enem vão fazer o vestibular e eles querem seguir a o ensino superior então por isso essa iniciação científica precisa ser trabalhada e nisso é necessário que o professor traga ah formas de que ele consiga ver aprendizagens significativas a investigação ela é fundamental Porque ele
leva reflexão a partir da análise e a partir da necessidade de se resolverem os problemas então além do laboratório de ciências né é possível se ocupar inclusive os espaços próximos à escola para que ã onde tem algum problema onde seja verificado algum problema e a partir desse problema levar os os alunos à análise à pesquisa e procurar buscar esta solução Ah bom colegas a gente agradece mais uma vez o pessoal lá da escola pariz Silva rilo que nós nos enviou este material está partilhando com vocês aqui né que a gente está partilhando nesta jornada e
mais uma vez eu destaco para que vocês possam estar ocupando agora o canal aí de chat né vamos aí ao lado direito de vocês do vídeo e vão conversando contando contem também o que vocês estão fazendo de bom eh pesquisas científicas e nossos teóricos eles nos trazem que a gente aprende muito com os nossos pares né É nessa troca é nesse compartilhamento que a gente fortalece se fortalece e que a a gente cresce também como professor como educador bom trouxe aqui para vocês também este material Porque como vocês já entraram em contato com dois documentos
a resolução 01 do Conselho Nacional e a 376 do Conselho Estadual vocês já perceberam que nós temos alguns nomes alguns conceitos diferentes do que nós estávamos habituado até agora para a E então você perceberam que a eja agora ela aparece organizada por segmentos que são então três segmentos o primeiro segmento ele corresponde ao ensino fundamental um que são os anos da alfabetização o segundo segmento corresponde ao fundamental dois que são os anos finais e o terceiro ele corresponde ao ensino médio então nós os organizado até agora por eh etapas e totalidades ã agora nós nós
temos Então por segmentos e lembrando a vocês então onde que a eja está na rede Estadual de Educação muitos de vocês não sabem conhecem a escola regular Ou seja a escola Urbana Mas além da escola Urbana a eja também ela se encontra no nas escolas do campo nas escolas indígenas nas escolas Quilombolas na Educação Especial E além disso nós temos os núcleos que é o trabalho que se faz então de atendimento aos estudantes e a certificação na educação prisional e na socioeducação levando então a noss a uma reflexão muito importante que é de educação estar
ao acesso de todos em todos os lugares e é isso que nós queremos então com a educação da de jovens e adultos da rede estadual é estar em todos os lugares e assegurar esse direito a todos o cidadão a todo o sujeito que pretende estudar que quer estudar bom vamos seguindo agora nós vamos falar um pouquinho então que ali no início eu disse para vocês que nós disparamos aqui da Secretaria Estadual de Educação um formulário sócioeconômico que foi respondido pelos estudantes do primeiro semestre inicialmente Eu agradeço muito o trabalho empenhado de você professor que levou
seu estudante aí no laboratório incentivou ele a responder ressaltou a importância das respostas dele pro nosso trabalho agradecer a equipe da Escola Direção supervisor agradecer o pessoal aí da Coordenadoria de vocês que também mediou esse trabalho e também um agradecimento especial aos mentores né a nossa a mentoria pedagógica que está indo nas escolas que também se incumbiu de nos ajudar fazer esse trabalho acontecer e nós temos então aqui 7327 respondentes isso é muito grande vocês que são professores pesquisadores sabem que num âmbito gente conseguir essa quantidade de resposta do nossos estudantes é um dado fundamental
é um dado bem consistente pra gente pensar duas coisas né as ações pedagógicas e as políticas públicas voltadas então para os estudantes da exo e nós vamos começar agora falando então aqui de duas categorias que é a idade e a ocupação do nosso estudante E para isso eu trago então um título da obra e Super indico para vocês do Miguel Arroio que é um pesquisador dos nossos sujeitos da Eja que ele denomina esses estudantes como passageiros da noite que eles vão do do trabalho para EJA ou seja em busca de itinerários por uma vida mais
justas Será que os nossos estudantes também correspondem ao que Miguel arroi nos traz nessa obra Observe Então essas duas categori idade ali deles né Nós temos alunos de 15 a 17 anos mas o grande grupo deles está ali em 18 a 24 e nós temos estudantes então desde que 15 anos até mais de 65 Então são alunos jovens adultos e idosos que são os nossos sujeitos que estão aí nas escolas então desafiando vocês todos os dias a pensarem numa metodologia adequada a pensar num trabalho pedagógico num trabalho eh pedagógico que vem ao encontro desses anseios
né quanto a ocupação será que eles são mesmo trabalhadores como nos Fala Miguel arroi então observem ali que mais de 50% se nós somarmos o emprego formal deles e ã o que tem trabalho autônomo dá mais de 50% deles então sim nós conseguimos aqui a um acordo eles são estudantes trabalhadores mesmo que muitos deles né já sejam aposentados eles eh São eh 16% 31% se diz que é apenas estudante Mas dependendo se ele for um estudante engajado ele também pode ser visto como um trabalhador da função dele não é então Miguel arroi nos traz e
nos faz pensar por que que é importante pensar o fator idade e o fator ocupação Porque a partir disso é o que nós vamos pensar um trabalho pedagógico específico voltado para esses estudantes então não pode ser um recorte lá do ensino médio não pode ser um recorte lá do Ensino Fundamental precisa ser um trabalho pedagógico que venha então pelo viés da andragogia pensando nesses sujeitos que são jovens que são adultos que são idosos que eles já têm conhecimento de vida que eles têm uma história cultural que eles têm uma trajetória maior do que os estudantes
que são crianças lá do Ensino Fundamental Então é por esse motivo que é importante e o critério ocupação nos mostra que eles são alunos que eles vêm de uma trajetória exaustivas do dia todo então não posso repetir aquele trabalho H que a gente costuma ao longo dos tempos aí né de sentar um atrás do outro de eles serem mais ouvintes e nós professores mais falantes preciso pensar numa pedagogia numa a num num trabalho pedagógico que movimente os estudante que façam com que eles se tornem mais ativos que eles se engajem mais nesse dia nessa noite
né que a maioria das nossas salas são à noite na eh se engajem mais naquele trabalho que está sendo proposto então por isso vocês estão percebendo que aqui eh os dados a gente está trabalhando com o qualitativo nos fazendo refletir sobre o trabalho da escola não é meramente para conhecer quantos eu tenho quantos eles são se são velhos se são novos não é por isso eles nos levam a refletir sobre a importância do que eu falei inicialmente de um trabalho pedagógico diferenciado das ações pedagógicas e das políticas públicas necessárias voltadas para esses estudantes bom nós
temos aqui então mais duas categorias né Nós perguntamos para eles Quanto tempo você ficou sem estudar e e perguntamos quantas vezes você estudou e foi reprovado então vejam que esses números que essas respostas nos dizem aqui eles nos mostram uma trajetória de muito tempo fora da escola e um histórico muito triste de reprovação desses estudantes o que nos faz refletir o seguinte que a autoestima desses estudantes ela vem um pouco baixa no sentido que se refere à educação ele já vem triste ele já vem com essa carga de que eu não posso eu não consigo
né então mesmo aqueles alunos ali ó 46% que ficaram um ano fora da escola ficaram parado ele não não diz ali que ele ficou sem ser reprovado ele pode ter ficado esse ano Mas ele ter um histórico de reprovação então é fundamental nós olharmos para esses dados nós refletirmos eh o que esses dados nos dizem e pensar principalmente em dois pontos fundamentais eu preciso ofertar sempre cotidianamente pros nossos estudantes da Eja recomposição e recuperação porque eles ficaram sem estudar e porque eles têm um histórico de reprovação mais uma vez Então aqui a gente Frisa a
necessidade de que e vocês consigam engajá-los Ah muito fortemente na ação da secretaria que são os estudos de aprendizagem contínua hã Seguindo perguntamos para eles também por que eles desistem qual foi o motivo desta pergunta que nós disparamos no socioeconômico dos Estudantes nós temos um dado muito alto de evasão da Eja e vocês sabem disso né colegas então nós perguntamos para para eles por que que eles desistem da escola então observem que Eles responderam primeiramente três coisas fundamentais ali que também nos vão dar um direcionamento primeiro o cansaço que vem ao encontro lado que daqueles
dados iniciais que eu trouxe ali do Miguel arroi também que eles são trabalhadores H horas exaustiva de trabalho que eles colocaram como segundo motivo para desistir então sim eles trabalham E eles vêm paraa terceira jornada assim como grande parte de vocês também professores que já estão quando chegam no trabalho com a eja estão também no terceiro turno não é e o terceiro que eles falaram que nos faz refletir também é a dificuldade de aprendizagem então mais uma vez reitero aqui essa necessidade de estar constantemente recuperando de dar um atendimento específico de ver eh individualmente essas
dificuldades na medida que vocês conseguem fazer esse movimento aí na sala de aula atender especificamente a dificuldade de cada um dos nossos estudantes para que eles avançam avancem cada vez mais e que eles não desistam da escola né é o que nós não queremos nós queremos que os nossos estudantes permaneçam na EJA e que vejam na EJA tantas possibilidades para eles seguirem avante tanto como ascensão profissional quanto para seguir os estudos no ensino superior bom por último a gente traz aqui então outros dados para nós pensarmos um pouquinho a necessidade do acolhimento aos nossos estudantes
que é um acolhimento que vai para além do Oi tudo bem do abraço do dia a dia né de como você está mas um acolhimento no sentido sociocultural desse estudante de ver as identidades de cada um esses dados então nós temos aqui no paralelo duas de de duas formas né o do diagnóstico socioeconômico que eles nos responderam que eles se identificam dessa forma e os dados também da Seb que é o nosso banco de dados que tá sendo construído na Secretaria de Educação que é então o centro da educação baseado em ências nós temos então
aqui alguns dados que nos dizem que nós temos pretos e pardos 33% eles se identificam e a sebbe Então traz que é 30% você pode se questionar Por que tá diferindo um pouquinho aqui né os dados então a gente ficou analisando aqui com o nosso grupo na divisão primeiramente é porque os respondentes foram 7327 e a Seb traz trabalha então como o total com o número da matrícula Total então vocês vão perceber que mesmo sendo o mesmo critério e a mesma categoria difere um pouquinho né indígenas Então se identificaram 2% e a Seb traz o
mesmo número lgbtqia mais PN e lgbtqi a PN mais eles se identificaram em 11,3 por e a gente conta aqui então homens e mulheres trans que tinham uma categoria separada mas aqui nós unimos então e dá esse resultado a Seb por enquanto não tem esse dado coletado as mulheres da Eja são 53 Então são a maioria a eja é feminina quase que praticamente né e a cebe então com o total 44% então é um grande número né O Outro fator ID é importante a gente pensar porque a maturidade está cada vez mais presente nas salas
de aula da Eja então a gente fez um recorte aqui de idade de 56 mais então esse mais tá incluído ali até 70 anos 80 enfim quantos nós conseguirmos atender então a gente tem esse público de 3,6 dos respondentes e bem próximo do total das matrículas a Seb nos traz 3,7 pessoas com deficiência que se identificaram com alguma deficiência no formulário socioeconômico tá em torno de 4,2 e aceb tem esse dado do total então aí de eh 2,2 e os estudantes sócio educandos da do cas a gente não não trouxe aqui a eja mas a
Seb tem esse dado Então porque vai ser tratado numa sala separada num outro momento com os os professor que trabalham especificamente com essa modalidade bom Colegas por que que é importante assim mais uma vez eu vou destacar a gente conhecer essas especificidades essas particularidad do nosso estudantes para que a gente possa pensar em ações pedagógicas específicas é preciso sim trazer paraa sala de aula o debate dos negros pardos é preciso trazer Ah o debate sobre indígenas é preciso falar sobre a pauta LGBT q PN mais nossos estudantes a questão das mulheres os enfrentamentos a questão
histórica ontológica enfim das mulheres precisa ser tratada né A questão do idoso também precisa ser discutida então é para isso que nós temos esses números para pensar no nosso trabalho pedagógico para pensar no que que a gente vai destacar do que que a gente vai abordar com os nossos nosos estudantes era isso então colegas Eu Vou parando por aqui mas eu peço para vocês que continuem aí que a a minha colega Maria Fernanda professora vai Maria Fernanda vai vir conversar com vocês e ela vai trazer muito mais do trabalho pedagógico que está sendo desenvolvido por
vocês aí na escola e vai falar do da aprendizagem vai abordar então habilidades e competências que vai ajudá-los a refletir e ajudá-los a dar um suporte para que vocês possam então desenvolver o trabalho de vocês aí na escola então era isso vou ficando por aqui até a próxima meu nome é Maria Fernanda eu estou compondo a assessoria da educação de jovens e adultos na Secretaria de Educação e dei aula na EJA de ensino médio né por 9 anos e ainda sigo dando aula na EJA né no meu terceiro turno na EJA municipal na Estadual eu
dava aula na EJA de ensino médio e na Municipal agora eu dou aula da de língua portuguesa na EJA de Ensino Fundamental a minha aut descrição então eu sou uma mulher branca de cabelos e e olhos castanhos escuros cabelos até aos ombros né lisos ondulados eu tô vestindo uma roupa preta com uma blusa lilás eh vocês vão ouvir um trecho do livro becos da memória de Conceição Evaristo na voz da Miris Bender que é uma pós-doutora em Literatura que tem uma voz agradável espero que vocês gostem tanto quanto eu desse trecho do livro da Conceição
tinha dor na cabeça e nas vistas de tanto ler quando acabei a leitura de todo havia aprendido alguma coisa senti que Lia melhor a leitura já não me dava tanto trabalho eu já não precisava mais juntar letra por letra havia palavras que eu lia no primeiro olhar um dia li em voz alta para mim mesmo e senti que quase não gaguejava mais passei então a copiar tudo o que eu gostava num caderno e veja isso aqui estas palavras riscadas embaixo os sonhos dão para o almoço para o jantar nunca mostrou-lhe o caderno e continuou a
contar fiquei embatucado com aquele dizer primeiro pensei que era sonho doce aquele tão gostoso que sua tia Maria velha faz e fiquei matutando matutando ora entendia ora não entendia perguntei ao Zé Noronha velho companheiro na construção que ergui a parede ao meu lado o moço ficou de levar para a escola ele era pedreiro de dia e Estudava à noite e se levou nunca me deu resposta um dia encontrei novamente o almanac no meio de uns pertences meus li de novo eu já Lia melhor vi também e que isso estava escrito numa página que só tinha
ditados e versos então não podia ser o mesmo sonho ou doce de comer mas mesmo assim não atinei com o dizer que estava ali por trás do escrito nessa época perdi o almanac hoje só tenho comigo o caderno e agora entendo o que o escrito quer dizer hoje sei que o escrito fala do sonho sonho que é uma vontade grande de o melhor acontecer sonho que é a gente não acreditar no que vê e inventar para os olhos o que a gente não vê eu já tive sonho que podia e não podia ter eu tive
sonho que dava para a minha vida inteira para todo o meu viver hoje descobri a verdade do dizer daquele ditado sonho só alimenta até a hora do almoço na janta a gente precisa de ver o sonho acontecer tive tanto sonho no almoço de minha vida na manhã de minha lida e hoje no jantar eu só tenho a fome a desesperança becos da memória Conceição Evaristo página 51 então a Conceição Evaristo ela tem o o intuito ela expressa que ela gosta de de apresentar nos seus personagens os grupos minorizados grupos que sofreram eh alguma opressão social
e a potência desses desses grupos né então ela é Ela diz por exemplo que os personagens delas mesmo que não esteja dito eles são personagens negros diferente né do cânone da literatura que nós estamos acostumados a ler um livro e imaginar que o personagem é branco quando ele não tá descrito né no caso da Conceição Ela diz que é o contrário Então o personagem desse trecho do livro becos da memória que Vocês ouviram que vocês acompanharam é um personagem negro trabalhador da obra e que ele faz ali uma reflexão sobre a sua própria aprendizagem né
ele ele ele menciona que é essa que a leitura dele foi melhorando que ele num primeiro momento pausa muito para ler que depois ele começa a ler só Dea olhada né e e também ele começa ele reflete sobre o seu pró a sua própria compreensão da leitura né Ele diz que ele fica matutando matutando sobre um dizer que ele achou num almanaque Então acho que é um trecho bastante bonito pra gente pensar no processo de aprendizagem do estudante de EJA e também na potência desse estudante no seu processo de compreensão e de reflexão né esse
o trecho Então esse esse ditado que ele traz para paraa reflexão o ditado diz que o sonho ele só dá pro almoço ele não dá pro jantar porque no jantar é preciso a gente ver o sonho acontecer né O que que o que que isso tem a ver com o estudante de EJA né ã o estudante de EJA ele já passou do café da manhã já passou do almoço e ele tá na hora do jantar ele precisa ver a cada dia a sua aprendizagem acontecendo e ele precisa ver o sonho acontecer no nosso caso o
sonho é o diploma né a certificação é a autorrealização desse estudante que não teve eh como fazer isso antes e tá nesse momento na hora do jantar buscando esse essa Conquista né ã a gente tem ali a a Conceição Evaristo nessa foto Lindíssima ela tá trançando o cabelo de uma menina que é filha dela que ela diz que é uma especial menina né porque é uma pessoa com deficiência então e também o público o público lgbtq APN mais tem uma identificação muito forte com a Conceição Evaristo com a proposta dela de escrevivência né de pegar
a nossa a própria voz para expressar suas realidades e não deixar que os outros falem ã por nós né então ã Essa é a reflexão Inicial pra gente seguir falando um pouco mais sobre a aprendizagem aqui a gente trouxe três habilidades que t a ver com a questão do do Estudante trabalhador né e que tem a ver com um dado que foi trazido pela Martina que era de que os estudantes mencionaram que o fator que mais pode levar eles à desistência a evasão né A infrequência é o cansaço né e o que que a escola
pode fazer em relação a isso obviamente não tem como resolver plenamente porque é é é natural o cansaço e também é um problema social né da da do trabalho exaustivo porém a escola pode pensar formas de mitigar ou Minimizar os danos deste cansaço né ali a gente tem uma habilidade que fala da questão da da do importância da literatura para apreensão a apreensão do indivíduo e do mundo pela literatura né então o o estudante que tá cansado ele pode eh se identificar né com um personagem lá da Conceição Evaristo que tá trabalhando na obra e
que também tá cansado ou ele pode também ir para outros universos fabular em outros eh contextos que podem fazer ele esquecer um pouquinho desse desse cotidiano cansativo né a outra habilidade que aparece ali das ciências humanas fala sobre compreender o conceito de espiritualidade na dimensão do cuidado de si dos outros da natureza e do transcendente então a escola também é um espaço de cuidado de si e na EJA isso ganha uma dimensão maior ainda tendo em vista que esse estudante ele não é obrigado a estar lá e ele toma essa decisão porque ele considera que
isso é importante para si né ele considera que esse espaço pode levar a sua autorrealização né Por exemplo no caso das mulheres a gente tem um dado que mostra que o os jovens da Eja são maioria homens e as mulheres mais velhas e as pessoas mais velhas da Eja são maioria mulheres Por que que isso acontece né porque as mulheres na sua adolescência na sua Juventude muitas vezes acabam deixando de estudar para se dedicar à família para seguir o que a sociedade espera que elas façam né também tem a gente recebe muitas estudantes mulheres que
sofreram violência doméstica e esse é o momento que elas estão eh tendo agora para olhar para si mesmas né para não estar mais a serviço de outras pessoas ou se dedicando a outras pessoas apenas e sim fazendo esse esse processo de cuidado de si a gente tem ainda uma outra habilidade ali das ciências da natureza que fala em identificar analisar e discutir vulnerabilidades vinculadas às vivências e aos desafios contemporâneos aqui fala de juventude Mas a gente pode adaptar pensando também em adultos idosos considerando os aspectos físicos psicoemocional e social a fim de desenvolver e divulgar
ações de prevenção e de promoção da saúde do bem-estar então saúde e bem-estar é assunto de escola é assunto de sala de aula de todas a os componentes curriculares todas as áreas e é possível também que a escola se articule com o posto de saúde com o a assistência social para buscar e trazer informações que possam contribuir paraa saúde pro bem-estar do Estudante seguindo agora a gente eu vou compartilhar com vocês duas situações de sala de aula vividas por mim e que trazem eh algumas reflexões que podem contribuir também para pro trabalho de vocês né
a gente fala muito na questão da Eja sobre valorizar as experiências de vidas considerar as experiências de vida dos Estudantes né E quando a gente fala nisso muitas vezes a gente pensa mais no estudante adulto e no estudante idoso hum hum porém o estudante adolescente também chega na EJA com uma carga de experiência de vida que deve ser considerada né aqui eu tenho uma situação em que eu tinha um um estudante que já tava infrequente que Inclusive evadiu era numa sala de aula do ensino regular né então provavelmente eles se tornou um estudante de EJA
eu não sei o destino que ele teve mas eu gostaria de compartilhar esse momento em que ele contribuiu grandemente pra aula que que eu tava ali ã trabalhando com os estudantes né então eu tava explicando a diferença entre construir um um texto com um narrador em primeira pessoa em que ele fala de si né participa da narrativa e um texto em terceira pessoa em que o narrador se coloca distante fora dessa narrativa né E aí esse estudante gritou lá do fundo da sala Sora isso tem no no videogame né então a gente tem ali uma
fotinho para exemplificar o que ele quis dizer com isso né que quando a gente seleciona que a gente quer jogar em primeira pessoa no videogame a gente no caso de um jogo de corrida a gente vê nossas próprias mãos né como sendo ã de fato motorista e quando a gente seleciona que quer jogar em terceira pessoa a gente vê em distanciamento o carro como se a gente vê visse outra pessoa dirigindo né ã então e esse estudante Talvez ele não tenha feito o a produção textual que foi solicitada Talvez ele não tenha feito a prova
mas de alguma forma Ele desenvolveu algumas habilidades e teve acesso a alguns objetos do conhecimento nessa interação falada né E então a gente tem que pensar que formas a gente pode fazer o registro dessas interações e de fato considerar elas nas avaliações que a gente eh faz dos Estudantes né aqui a gente tem alguma duas habilidades uma de língua portuguesa e uma de ciências humanas e sociais que poderiam ser mobilizadas para nessa nessas reflexões que foram feitas com esse estudante e muitas outras habilidades poderiam ser mobilizadas em especial poderia ser feito um projeto né falando
sobre a questão do videogame e reflexões sobre o uso das tecnologias Dias enfim né H muita coisa poderia surgir poderia ser construída a partir dessa dessa situação de sala de aula uma outra Então situação de sala de aula aqui também né nessa linha de como valorizar a experiência de vida do Estudante eh eu tive um um aluno que ele eh era pescador então ele trouxe a situação dele paraa direção da escola pros professores de que ele ia ter que ficar um período ausente porque era o período de pesca né antes desse período A Pesca é
proibida após esse período A Pesca é proibida então h de que forma a gente poderia valorizar considerar isso na na escola né primeiro a gente precisaria oportunizar para esse estudante né formas de recompor as aprendizagens de recompor a a frequência de garantir que ele se sinta seguro para retornar e garantir que ele possa permanecer na escola mas para Além disso a gente também poderia pensar uma forma de de construir um projeto relacionado a isso né Por exemplo quando ele retorna da Pesca Será que não poderia Os estudantes da turma dele fazer uma entrevista com ele
eh Será que ele não poderia mostrar fotos contar um pouquinho mais sobre eh esse trabalho tão interessante tão importante né socialmente e também é importante a gente pensar que dentro de uma de uma turma tem muitos outros profissionais de profissões diversas que também poderiam eh contribuir de alguma forma com a construção do conhecimento desse coletivo né que é a turma aqui a gente tem exemplos de habilidades né que seriam mobilizadas Nessa proposta de valorizar essa profissão da Pesca Então a gente tem uma habilidade das ciências da natureza analisar os ciclos bioquímicos interpretar os efeitos de
fenômenos naturais e tal e também um uma habilidade das ciências humanas sociais né que fala ali então sobre considerar o modo de vida das populações locais entre elas as populações indígenas quilombolas e demais comunidades tradicionais né e certamente muitas outras habilidades poderiam ser mobilizadas num projeto relacionado a isso então a gente falou sobre o que que significa realmente considerar valorizar as experiências de vida dos Estudantes e o que que significa mente agora a gente pensar diversificar as estratégias para valorizar essas essas esses estudantes né primeiro a como a minha mãe diz a gente pode realmente
inventar moda usar a criatividade mas também é importante a gente garantir que a as ações do cotidiano tenham registro né me preocupa muito que às vezes um estudante que tem uma participação muito ativa na sala de aula que fala bastante Mas que deixou de produzir um trabalho ou uma uma produção escrita outra que ele eh não tenha nota né que ele fique sem avaliação porque não fez eh o esperado então que forma a gente pode garantir que todas as participações dos Estudantes sejam registradas né tanto a fala para todos da sala quanto as falas em
grupos quanto as falas direto com o professor né Muito importante considerar os estudantes tímidos que a gente possa manter o nosso hábito que que eu acredito que muitos de vocês já têm mas que talvez a gente precise registrar mais né o hábito de passar na sala nas salas não desculpa nas mesas ã eu sou Como falei para vocês no início da apresentação Eu Sou professora de de ege ainda e eu tenho o hábito de fazer uma avaliação diária então a cada aula eu faço um registro de uma avaliação do estudantes porque eu não quero correr
o risco de perder eh o registro dessas dessas participações mas eu sei que dependendo do contexto dependendo do Ritmo né de trabalho de uma escola do horário Talvez isso não seja possível e principalmente também para professores que têm H uma carga horária menor né mas há outras formas de de registrar isso e também muito importante o compartilhamento de memórias pedagógicas né o conselho de classe ele é um momento também para eu ouvir dos meus colegas sobre aqueles estudantes que eu não tenho memória ou que eu tive Pouco contato ou que faltou mais na minha aula
né mas que eu possa considerar aquilo que ele fez também na nas demais eh disciplinas desculpa nos demais componentes curriculares e tudo isso que eu falei até aqui tem a ver com os estudos de aprendizagem contínua né os estudos de aprendizagem contínua eles H estão aí para que a gente pense que é um contínuo né que a todo tempo a gente precisa precisa reavaliar O estudante que ele possa saber que ele vai ter outras oportunidad oportunidades de ser reavaliado que ele vai ter outras oportunidades de superar a as defasagens de superar as suas dificuldades que
ele vai ter um ambiente colaborativo em que não só o professor mas também os demais colegas estarão ali para contribuir com a aprendizagem desse estudante ã Mas além desse desse processo eh contínuo a gente tem também um momento no final do semestre né mais perto do final do semestre que seria para que a gente focasse mais ainda nas eh nas habilidades essenciais né O que que são as habilidades essenciais as priorizadas aquelas que servem de base para que a gente possa para que o estudante possa estudar autonomamente aquilo que for eh necessário pra vida dele
posteriormente né e tudo isso tem a ver então com respeitar a trajetória desse estudante e o ritmo de aprendizagem né de cada estudante ali tem o QR code para caso alguém não tenha acessado ou queira retomar eh o documento orientador né dos estudos de aprendizagem contínua a gente aqui eu trago alguns um exemplo na verdade de cada área de um objeto do conhecimento e formas diversas de trabalhar esse mesmo objeto de conhecimento então lá no início do semestre Digamos que eu dei uma aula expositiva sobre pontuação né pode ter acontecido isso fiz exercícios fiz uma
prova alguns estudantes foram bem outros foram maus ã mas eu tenho que dar a oportunidade dos Estudantes retomar esse esse conhecimento esse objeto do conhecimento e as habilidades em torno dele né então lá pro final do semestre quem sabe eu eu faço proponho uma produção textual coletiva em que a gente vai refletir juntos a turma inteira sobre o uso da pontuação né Poderia por exemplo eh ser lá naquele caso do pescador né a gente vai entrevistar o o pescador e depois a gente vai publicar essa entrevista e vai produzir um texto introdutório e a gente
vai ter que refletir junos sobre como é que vai ser esse texto e sobre como que vai ser a pontuação desse texto né um outro uma outra possibilidade né a troca entre pares um aluno rev a pontuação do outro e vice-versa por exemplo mais paraa frente vai ter uma uma proposta pedagógica na área de história em que a professora propõe que se faça uma história em quadrinho né a história em quadrinho tem uma pontuação eh mais simples que pode ser revisada por um colega de classe né aqui teria tem uma habilidade que estaria envolvida nessas
nessas nessas atividades ã mas seriam muitas outras né que poderiam ser mobilizadas para para essas questões aqui a gente traz então um exemplo na área de de ciências humanas que o objeto de conhecimento seria saberes dos povos africanos e pré-colombianos expressos na cultura material e material e as formas diversas então que eu poderia trabalhar esse mesmo objeto do conhecimento eu poderia trabalhar a partir da visita virtual aos museus da análise de textual de obras baseadas na oralidade dos povos produção de HQ construções coletivas de maquetes então diversas estratégias para trabalhar o mesmo objeto do conhecimento
aqui a gente tem eh uma habilidade de Ciências da Natureza e outra de ciências humanas demonstrando que uma mesma atividade proposta pela professora de história também mobiliza né ou pode mobilizar outras áreas né e e garantindo então a interdisciplinaridade a gente também ressalta aqui que essa proposta também garantiria a execução né das leis 10.639 de 2003 e 11.645 de 2008 aqui a gente tem um exemplo na matemática né o objeto de conhecimento seria os números inteiros eles poderiam ser trabalhados numa aula expositiva numa sala de aula invertida com ilhas do conhecimento aqui as habilidades né
que estariam envolvidas aqui a gente tem um exemplo então na área das ciências da natureza proposto pela professora Virgínia eh em que o objeto de conhecimento seria a citologia e poderia-se trabalhar a citologia a partir da leitura de Notícias a partir de uma aula expositiva mas também a partir de construção de modelos de células né é possível que muitos de vocês façam isso na escola mas muitas vezes a gente acaba não levando tanto a Mater idade paraa aula da Eja E na verdade a gente deveria sim H ofertar a escolarização pro aluno pro estudante de
EJA Com todas essas essas oportunidades Essas atividades que integram a escolarização de qualquer estudante né aqui um uma habilidade que poderia estar envolvida nessas nessas propostas mas também seriam muitas outras né a gente colocou essa lupinha ali com essa ideia da gente perceber que uma situação de sala de de aula uma atividade de sala de aula ela eh mobiliza habilidades diversas né de todas as áreas e por fim aqui eu apresento para vocês uma uma foto do minha com colegas meus da escola agrônomo Pedro Pereira aqui em Porto Alegre né que era a escola que
eu dava aula antes de de estar na assessoria da Eja e esse estudante ele passou para Direito na urgs então ele é ã o orgulho dos professores todos e a gente traz ele eh para lembrar que o estudante de EJA também vai pro Enem também vai pra universidade e também precisa dessa desse apoio nesse caminho e agora então eu vou deixar vocês com a a voz dele lendo uma carta que ele escreveu pros professores de EJA e espero que vocês eh achem tão emocionantes quanto eu mesmo não não tendo sido professora dele né é isso
obrigada Prados professores da RGE com prazer de lhes cumprimentar eu encaminho essa mensagem para demonstrar o meu Total respeito e agradecimento pelo trabalho que vocês desempenham após ficar afastado das salas de aula das salas de aula por 3 anos eu resolvi voltar a estudar para realizar um sonho muito comum nas periferias deste país cursar a faculdade durante essa trajetória o EJA no agrônomo Pedro Pereira foi uma experiência muito prazerosa isso porque os professores compraram minha ideia me ajudaram muito Dicas atividades voltadas ao Enem e vestibulares amplo apoio com as leituras obrigatórias enfim não deu outra
alcancei minha aprovação direito na ur no mesmo ano em que cursava e mais do que isso eu consegui me manter firme forte no curso atualmente estou no nono semestre com excelente aproveitamento nas disciplinas e já fui premiado no salão de iniciação científica durante a caminhada na faculdade fiz estágio por do anos na Defensoria Pública especializada em execução criminal lá eu pude ter contato com muitas pessoas que alcançaram a sua ressocialização através dos estudos iniciando não raras vezes com a eja e inclusive concluindo faculdade portanto meus queridos eu não tenho dúvidas de que a e já
cumprir uma função social importantíssima para a sociedade sobretudo para as camaras mais desfavorecidas isso porque mudou minha vida e com uma dedicação de profissionais como vocês mudará a vida de muitas outras pessoas mantenham-se firmes e acreditem na ele um abraço respeitosamente Mateus Gol Olá meu nome é jard Eu Sou professora da rede há 22 anos hoje eu sou assessora da EJA na CEDUC Eu sou uma mulher negra de estatura baixa tô usando tranças longas em tons de cinza e preto que é para acompanhar os grisalhos do meu cabelo tô com vestido azul marinho e um
casaco preto com uma manta amarela o casaco tá cheio de pelos de gato faz parte não deu para tirar e hoje a gente tá aqui para falar de um tema muito importante que é a sócio educação o Sistema Nacional de atendimento ao socioeducandos e a escolarização dentro dos casos que são os centros de atendimento ao sócio Educando para essa conversa eu gostaria de chamar vocês chamar duas colegas na verdade né a professora Ângela que hoje é minha colega lá na CEDUC e a professora Magal tudo bem gurias é um prazer estar aqui meu nome é
Ângela como ela já disse trabalho na CEDUC e trabalho na rede estado a de Educação há mais de 30 anos hoje eu estou aqui paraa minha autodescrição primeiro que eu sou uma mulher de pele clara Estou usando o cabelo escuro com franja na altura dos ombros e uma roupa bem quentinha nos tons bege e a fala da socioeducação ela é muito cara para mim muito especial porque o tempo que eu trabalhei na socio educação nós tivemos todo um cuidado de partir para o lado da humanização da alfabetização porque os nossos jovens estão privados de liberdade
mas não de direitos então nós trabalhamos nas unidades femininas feminina e masculina dentro do casis da Vila Cruzeiro e nós fazemos este atendimento sempre nos preocupando com a adaptação do material para vir ao encontro das necessidades E especificidades que esses jovens apresentam entre elas nós podemos destacar que é o desvio padrão da série então são jovens que ficaram muito tempo fora das da escola e são jovens que não têm digamos uma boa memória desta época da escola por quê Porque eles já eram jovens que estavam buscando se ajustar ao mundo e não conseguiram naquele momento
então muitas vezes por dificuldades financeiras por falta de estrutura familiar acabaram deixando os bancos escolares e Retornam agora em medida socioeducativa tanto na nossa unidade feminina do casef quanto na nossa unidade masculina que é o CSE e o caspo aum para ajudar nesta fala nós convidamos também para estar aqui a professora Marilda Félix que é uma excelente sócio educanda que infelizmente ela está fônica nesta semana porque vocês sabem que aqui no Rio Grande do Sul Está fazendo muito frio e não pode participar conosco mas nós temos uma grande representante da sócio educação que é a
professora Magali Jordani que está aqui conosco e vai se auto apresentar Olá Magali Olá é um prazer estar com vocês e eu sou uma mulher loira eh estou eh vestindo um casaco também bem quentinho Porque faz muito frio eh em xadrês em tons Rosa uma manta preta e os óculos ã eu sou professora da rede estadual há 20 anos e sou professora da sócio educação há 20 anos eu entrei como sócio Educadora e e lá permaneço colegas já que agora a gente já entrou no assunto e a gente começou a falar um pouco desses estudantes
acho que é legal a gente também falar sobre o que que significa ser um jovem né que tá cumprindo medida dentro dos casos e que no caso vem ser nossos estudantes nossos alunos e como ele se comporta ou como ele como ele chegou lá esses Estudantes São estudantes da rede são estudantes da EJA a maioria né são estudantes da Eja tão no ensino regular ensino fundament Fundamental e no segundo segmento do Ensino Fundamental né nos anos iniciais e nos finais mas eu queria que eu queria que a gente falasse um pouco também da dimensão desses
alunos que estão internados eles estão dentro dos centros de atendimento socioeducativo né Eh porque cometeram algumas medidas infracionais né então eu gostaria de trabalhar um pouco essa dimensão dessa questão de receber esses estudantes que são nossos estudantes também da rid é eles são alunos como eu eh estudantes né da rede que ficaram bastante tempo afastado na sua grande maioria como eu já frisei anteriormente a gente tem o desvio padrão da série né a gente não tem uma continuidade cognitiva efetiva na aprendizagem deles a gente tem rupturas de aprendizagem ou causadas por problemas com o envolvimento
com drogas que a gente sabe que acontece muito com esses jovens e a gente também tem essa parte do desinteresse pela aprendizagem que a gente tem que reconquistar muitos alunos que eu tive porque eu também fui alfabetizadora na época que eu estava na sócio educação que eles aprenderam a ler comigo então eu acho que é um privilégio a gente ensinar um jovem de 16 17 anos a ler a fazer parte do mundo a ter a sua identidade a aprender a escrever o seu nome que é uma coisa tão cara para eles e que a gente
acha que isso não acontece mais neste século né de ter jovens não alfabetizados nós temos analfabetos funcionais tanto meninos quanto meninas e a gente tem na escola tun Jobim eh o único Case feminino a o único case de internação feminino é é é o que existe na Cruzeiro dentro da nossa escola sim eh a gente tem algumas dificuldades a gente precisa retomar o interesse desse aluno pela escola pela escolarização eh a gente precisa despertar esse desejo através do afeto através da da importância que a gente demonstra ter com relação à educação deles e trazer eles
para essa realidade de que eles são protagonistas do seu aprendizado e que a escola escolarização faz parte né desse crescimento como a gente falou anteriormente h a sóo educação é uma rede ela não acontece sozinha em sala de aula Jé Ah não acontece s com o professor a gente tá dentro de uma outra instituição a fundação socioeducativa e a escola precisa contar com toda essa rede para que a educação aconteça até aqui a gente foi conversando sobre o perfil desses estudantes Mas a gente pode ver que não é uma coisa tão distante né do restante
da rede né esses estudantes eles chegam na escola com distorção idade série chegam com defasagem com muitos problemas enfim né a gente sabe várias a dimensão de muitas coisas que acabam atravessando esses estudantes e que chegam dentro de uma escola ã num Centro de Atendimento scio educativo eles têm uma outra perspectiva acredito né Vocês estão aqui hoje para elucidar isso o afeto é uma dimensão importante nas ações pedagógicas para isso S eu diria que é uma das principais porque ali nós temos que conquistar o o nosso socioeducando né e a partir do momento que a
gente consegue fazer essa conquista que ele te respeita e principalmente quando ele sai da aula e agradece a tua aula e aperta a tua mão aí tu sabe que Tu conseguiste conquistar um aluno um estudante ali naquele momento e a partir daquele momento o processo de ensino aprendizagem flui E aí a gente consegue desenvolver com eles projetos né Magali porque o que que acontece na socioeducação como esses alunos têm muita rotatividade eles entram e saem do sistema a a gente tem que fazer projetos pequenos que durem no máximo um mês e a gente sempre procurou
trabalhar interdisciplinarmente então eu trabalhava muito na parte de Cultura digital com a Magal em artes com a professora Marilda em história em máquina humana em projeto de vida então nós fazíamos projetos que principalmente viessem ao encontro dos interesses dele o que que a gente sente que esse aluno chega na sóo educação ele chega sem a sua identidade formada então a gente começa a trabalhar um projeto de identidade Quem Sou Eu Eu acho que eu vou aproveitar essa tua fala então para pedir para vocês apresentarem esses projetos né E como que vocês trabalham a questão da
aprendizagem contínua e da recomposição de aprendizagem dentro desses processos que T um caráter interdisciplinar isso sempre trabalhando junto e sempre através de projetos que eu acho muito importante quando a gente se Desapega da disciplina Sabe dizer é a minha disciplina não é um processo de ensino aprendizagem que é ido pelo professor cuja o centro é o aluno e isso a gente não pode esquecer né então daí vamos falar primeiro projeto que nós trazemos aqui que é o Projeto desenvolvido pela professora Magali que ela é o ponto focal do projeto que é o Projeto Minha Vida
na estampa Fala um pouquinho para nós desse projeto maravilhoso Magal antes Deixa eu perguntar tu é professora de qual área eu esqueci de dizer importantíssimo porque eu eu consigo me encaixar em todas as áreas por isso a nos o nosso projetos de interdisciplinaridade Eu Sou professora de artes e através deste trabalho é que eu consigo eh trabalhar a questão da da afetividade trazer esse menino buscar meninos e meninas buscar essa sensibilidade e o resultado disso é ver eles voltados paraa educação nova mente gostando dos assuntos eles o olho brilha quando eles quando eles conseguem desenvolver
e ser protagonista dessa aprendizagem né então esse projeto eh minha vida na estampa é um projeto que a gente criou para que justamente eles fizessem fizessem parte da sua própria criação né foram eles que desenvolveram as os desenhos as imagens as técnicas usadas foram várias a gente conseguiu doação das camisetas o resto do material a gente tinha eh São desenhos feitos com g cera O que é interessante de ver é que são materiais que são acessíveis não são não é nada absurdo né G Cira e e depois a gente passava com ferro bem quente para
para estampa fixar na na camiseta e tem um outro projeto não se só para concluir ali na imagem na terceira imagem tem a professora Marilda auxiliando também ali na unidade Feminina auxiliando auxiliando as meninas para fazer a busca de imagens porque às vezes o aluno tem o dom da do desenho e às vezes ele se sente né sem essa capacidade de escolher o que ele quer ele quer pesquisar na internet para ter uma noção então nós tínhamos no nosso laboratório multimodal as aulas de Cultura digital que eu fazia junto com a professora auxilian estamos ali
professora Marilda e eu buscando estas imagens com as meninas para depois na aula de artes com a professora Magal fazer o processo de colocação na estampa da camiseta e na sequência a professora Magali trabalh também este projeto muito interessante que é o Projeto identidade Posso explicar Ele também com certeza eh primeiro eu eu a gente começa a trabalhar a questão da Cidadania né O que é a identidade o documento de identidade mesmo e se reconhecer como sujeito e sujeito social né fazendo parte efetiva da sociedade que o que eu acho que já começa a nossa
inclusão a trazer esse aluno para uma realidade ele não é ele não tá desfocado eh da sociedade ele faz parte da sociedade e a questão da identidade do documento mesmo da identidade traz isso como o eu trago isso para reforçar a importância dele como sujeito social e a partir da importância do da do documento mesmo eu trago para identidade pessoal quem é essa pessoa quem sou eu como é que como é que ele se coloca ao mundo como é que o mundo pode me ver de novo aí é uma questão de identidade pessoal E aí
eu vou trabalhar o desenho vou trabalhar ã essas formas que a gente trabalhou com eh tampinha de eh de acetato né e pintura eles fizeram através das fotos deles próprios né e e a construção deles e delas né a construção é deles deixa eu fazer uma pergunta sobre esse projeto assim da identidade que é uma coisa bastante importante né E tem muito a ver com a autoestima dos Estudantes que precisa ser eh trabalhada para que eles consigam inclusive desenvolver habilidades de leitura e de escrita a partir desse projeto vocês percebem uma diferença na produção deles
na nas aulas né dos outros componentes isso é importante tu lembrar jardé da produção escrita e e dele participar com relação a isso porque é uma necessidade que todos os nossos professores da rede estadual e da escola tão Jobim lembram desse aluno ah ter produção textual e eh aprender a interpretar e l e ler textos né porque porque isso parece tão básico mas a gente tem a defasagem na rua e tem a defasagem na socio educação também e ele sim jordel eles começam a se ver no processo e se vendo no processo começam a reproduzir
de outras formas eles conseguem compor música eles conseguem compor textos compor poesia a gente escrever cartas né escrever cartas a gente já fez um livro um livro ilustrado livro de poesias com esses meninos e meninas e e eles que né da cabeça deles eles escreveram e é tudo a partir desse envolvimento que o sujeito volta a ter e se sentir eh pertencimento né pertencente a o processo de educação dele ao processo nós tivemos também na sequência a escrita dos currículos por eles né então muito importante depois pensar já na reinserção Quando eu sair daqui quando
eu quiser me apresentar de volta pra sociedade então eu colocar eles fazem cursos né também durante o tempo que eles estão em medida e aí nós colocávamos os cursos que eles faziam de cabeleireiro curso de manicure a gente tinha curso de maquiagem que as gurias fizeram então tudo isso nós ensinamos a colocação no currículo para depois que eles saíssem que terminassem a medida eles se pudessem se reinserir no mercado de trabalho já com uma identidade de quem eles são eles são pessoas que pertencem à sociedade que fizeram uma um delito que cometeram alguma coisa mas
que pagaram aquilo então eu acho que isso é muito claro né que aquele jovem quando ele sai dali ele tem que ter este direito de ser reinserido na sociedade com sucesso então nada mais importante do que eu ter meu currículo e ter a minha identidade e nas E outra coisa se eu tenho o meu a minha identidade eu tenho que ter o cuidado com o meio no qual eu vivo e aí a gente trabalha também esse projeto da sustentabilidade que foi um projeto desenvolvido na par de Cultura digital e com a professora Marilda que está
ali que infelizmente não pode estar conosco hoje por estar Af fônica mas que ela fez essa pesquisa com a a menina com a sócia educanda tá E essa menina a gente tem toda uma trajetória dela porque essa estudante quando ela chegou no no casef a gente tinha dificuldade de ter de de envolvê-la nos projetos e foi uma conquista porque ela ficou desde o fundamental até o médico com a gente então foi uma conquista né Magal de nós três ali e de demais professores que trabalhavam também com ela de fazer ela se envolver e produzir e
aí até ela tem o relato dela que ela disse que no começo ela achou que ela não ia conseguir fazer um folder né ela achava uma coisa tão chique fazer aquilo no computador né e escolher as imagens e ela dizia eh profe eu posso escolher eu posso colocar isso eu digo o que tu quiseres eu posso colocar essa cor a cor que tu achas que fica mais de acordo e aí nós fizemos este folder e o mais importante a gente ela estava em medida interna que não permite a saída pra rua e nós conseguimos que
essa estudante conseguisse licença judicial para sair de dentro da unidade feminina e ir nos cases dentro do complexo da da Cruzeiro para entregar O folder que ela fez para as entidades que estavam ali então ela foi no cas no cas um ela foi no cas dois ela foi lá na entrada do CSE entregou para os monitores entregou para as pessoas que estavam lá os pedagogos E aí este momento de que a gente vê que a que a estudante está se sentindo empoderada pelo seu conhecimento porque ela pesquisou muito para fazer essa Distribuição e valorizada pela
sua produção e pela sua pesquisa é que a gente vê que fez a diferença eu acho que mais do que uma recomposição de aprendizagem é uma reinserção do Do Motivo pelo qual eu aprendo eu aprendo para saber como está o meio Onde eu vivo o que eu vou deixar quando eu sair daqui né então e aí neste viés a professora Magali em artes também fez um trabalho de sustentabilidade com ela né que tá ali o paninho que tem junto da cestinha que a magale pode falar mais a respeito é esse trabalho foi lindo eh e
interessante ele é um é uma estampa a partir de plantas né plantas mesmos flores folhas e a gente martela essa planta em cima do tecido para transferir a O pigmento da planta para o tecido ele esse este pedaço ela a gente fez outros mas esse tem a gente tem até hoje no cev porque ele ele realmente funciona e ele é duradouro interessante de procurarem tá e com a nossa própria educanda que ela que produziu né sim então foi um trabalho assim de conquista que nós tivemos não só do processo ensino aprendizagem mas de conquista de
uma identidade de uma pessoa que ela viu que ela poderia ser participante viva daquele processo que ela poderia transmitir o conhecimento adquirido que eu acho que isso é mais importante né porque o conhecimento quando fica comigo ele não tem valia mas quando eu transmito para o outro aí ele tem um processo Pronto né e é uma entrega feita e essa parte da sossa educação eu tenho muito carinho por ela porque é um Resgate que a gente faz de estudantes para dentro do processo de ensino aprendizagem de novo então eles além eles podem estar ali em
medida Mas eles são re neste processo né E aí a gente consegue resgatar uma identidade enquanto indivíduo pertencente a uma sociedade e também quando eu trabalho sustentabilidade responsável por ela tá certo Acho que eu queria agradecer então a disponibilidade de vocês e essa conversa sobre a socioeducação né dizer que sim é um tema bem importante que a gente fala bem menos que deveria falar né sobre o acolhimento desses estudantes que são estudantes da nossa rede atualmente a nossa rede tem nove escolas que eu acho que eu já mencionei né e a maioria desses Estudantes São
públicos da Eja Porque estão no ensino fundamental ali no primeiro e no segundo segmento né Muito importante a gente pensar também que esses estudantes Eles não estão apartados da sociedade acho que a professora Magal trouxe isso para nós né eles não vão ser simplesmente devolvidos como muitas vezes a gente fala eles precisam entender né E a escola é um espaço privilegiado para para pensar sobre a vida para projetar a sua vida dentro desse espaço né se recolocar na sua vida eh acadêmica de estudante que muitas vezes né ele evadiu em outros momentos e quando puder
voltar novamente paraa Liberdade ele ter eh feito de Fato né um projeto para essa sua vida então muito obrigado a todas e a todos Obrigada jodel só para encerrar a nossa conversa se vocês ficarem eram curiosas sobre os nossos projetos a gente tem um blog né da nossa escola que é correio ponto escolar então daí se vocês pesquisarem lá estes e outros projetos estão lá tem vários outros projetos desenvolvidos na escola que são bem importantes que eu acho que a gente quando faz uma boa prática ela não foi feita para ficar só no papel e
dentro da sala de aula Ela deve ganhar o mundo né então é correio ponto escolar tem vários trabalhos desenvolvidos lá na Socia educação por estes professores maravilhosos que lá trabalham eu antes de me despedir gostaria de dizer que eu queria abraçar eh todos os meus colegas da da escola tomon Jobim e agradecer a diretora Silvana esqueci agradecer Silvana por eu est aqui hoje eh agradecer aos meus aos nossos educandos e as nossas meninas também e lembrar que a gente existe e que a gente faz a diferença na vida na transformação dessa desse cidadão certo obrigada
bom colegas vamos falar um pouquinho então do calendário nós trouxemos na primeira Jornada o calendário do segundo do primeiro semestre agora a gente trouxe então aqui o calendário para o segundo semestre destacando Então os as principais datas para indicar que vocês possam fazer trabalho diferenciados nesse momento então recomeçamos ali em agosto o dia 5 é o primeiro dia de aula e desse período até o dia 16 então a gente indica que vocês possam desenvolver o diagnóstico das aprendizagens da Eja então lembrando mais uma vez a importância desse diagnóstico é o planejamento para o semestre de
vocês não pode não ter esse diagnóstico das aprendizagens dos Estudantes depois nós temos ali o dia 12 dia nacional dos direitos humanos do dia 21 a 28 o dia Estadual da pessoa com deficiência o do dia 12 ao dia 16 amostra científica Regional então vejam que essas datas todas aqui eh estão organizada estão organizadas pensando também em movimentos que acontecem nos municípios de vocês assim como As feiras do livros que vão acontecer algumas agora no segundo semestre também essas mostras podem acontecer e AM mostra científica Regional então está prevista para a linha agosto também vão
pensando aí o que que vocês vão desafiar Os estudantes já no início para que eles possam apresentar destacando a vocês que não levem os estudantes da Eja só para visitar levem também para apresentar trabalhos né eles precisam participar eles precisam se ver então como atores participantes da sociedade ali em setembro veio o que a gente mais gosta de 13 ao dia 20 então a semana Farropilha Lembrando que Claro é festa é baile mas é também é momento de falar da nossa cultura de comidas típicas das roupas dos fatos históricos de levar os alunos a refletirem
sobre o que realmente eh a semana Farropilha tem a nos dizer né Vamos pensar aí com trabalho com professor de história com professor de artes professor da área da linguagem como um todo já em outubro então a gente destaca ali a semana de 7 a 10 a semana Estadual da água e de 7 a 11 amostra científica Estadual que nós vamos então mandar orientações para vocês em um outro momento Vocês estarão recebendo então via o canal da mentoria e das coordenadorias Regional de Educação em novembro é um momento também de muita reflexão vocês viram lá
que quando a gente falou sobre os dados nós temos muitos estudantes que se identificam como pardos e negros enfim é um uma discussão para toda a sociedade mas especificamente então de 18 a 22 falar sobre a semana da Consciência Negra né de 25 a 29 a semana da Maria da Penha então destaco aqui porque aquele nosso dado nos mostrou que a maioria na EJA são mulheres e nós precisamos sim trazer a pauta das mulheres aí pro nosso calendário dezembro então finalizando nós temos o dia 5 o organizado para o pré-conselho que é aquele conselho então
com os estudantes né o conselho participativo que são os professores os estudantes o que eles tenham a nos dizer para que no dia 20 Então os professores consigam realizar o conselho de classe final e o último dia de aula dos nossos estudantes Então essa a nossa organização aqui para a eja e que vocês possam então ã esse material destacando que esse material lhe fica aí no portal Educação vocês têm ele disponibilizado para que possam imprimi-lo guardar com vocês levar para as reuniões pedagógicas e organizar então o planejamento do segundo semestre com os estudantes de vocês
olá olá professores e professoras eu sou a Michela Conversei um pouquinho com vocês no início da jornada da Eja e retorno agora para responder alguns questionamentos realizados durante a Live bom quero retomar o nome do livro o título do livro de Miguel Arroio passageiros da noite do trabalho Paraí já que foi bastante solicitado que a gente retomasse o o título do livro também a gente teve bastante perguntas sobre o calendário mas como ficou pro final acredito que todas as dúvidas que se tinha com relação com relação ao calendário Foram sanadas pela assessora Martina também uma
um dos questionamentos foi por que que a eja não pode usar a matriz priorizada Já que é semestral bom a gente sabe que a egia toda vez que o professor vai trabalhar o vai fazer o seu programa de trabalho O professor já faz uma matriz priorizada certo mas a a que faz a seleção do dos dos dos componentes currículo eh para os componentes curriculares daquilo que se se considera eh que eh é é importante trabalhar com o estudante da Eja é claro que esse plano de trabalho de acordo com h o andamento da do do
semestre e eh conhecer os alunos isso vai fazer com que esse plano de trabalho também ele vá sof sofrer mudanças de acordo com eh aquele perfil de estudante né mas eh nada impede os professores de EJA de utilizar a matriz eh priorizada inclusive está nas recomenda recomendações a utilização da Matriz eh também eh solicitaram eh pediram eh sugestões de trabalhar avaliações por áreas do conhecimento na EJA nesse caso a gente sugire eh eh sugere que os professores eles podem usar o material que enseja no site do Enem eh e o material da própria CEDUC como
os cadernos de apoio do Enem e dos estudos de aprendizagem contínua Além disso né os professores eles podem conversar nos seus horários de planejamento eh e encontrar habilidades de áreas e componentes que que dialogam né podendo então propor trabalhos interdisciplinares Ah é sempre bom lembrar né gente que a ege ela não é um recorte que se deve trabalhar uma metodologia própria que Contemple o desenvolvimento dos sabires dos Estudantes nas dimensões científicas cultural e socioemocional Informa a vocês desculpa que estamos eh programando um semestre com muitas atividades muitas novidades para EJA então aguardem a gente vai
vir com muitas novidades aí nós eh disponibilizamos para vocês um formulário eh vieram muitas eh questões e sugestões para fazermos encontros então a gente tá levando tudo isso em conta não vai ser possível responder a todos mas a gente vai eh de acordo com esse formulário Verificar como é que a gente pode dar esse retorno para vocês ali no formulário a gente viu bastante retorno positivo também a a formação a jornada gostaria muito de agradecer as assessoras da EJA a Maria Fernanda a Martina a jardé que se dedicaram muito a trazer um uma formação de
qualidade para vocês e também eh agradecer muito im imensamente a dedicação de vocês professores que todos os dias estão aí com com o nossos estudantes da Eja muito obrigada pela participação de todos vocês na jornada até muito obrigada
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