o olá sejam bem-vindos no vídeo de hoje vou falar sobre o documentário estou me guardando para quando o carnaval chegar eu sou o chicão e esse é o meu canal ninguém hahaha de mão pelos de volta em mais um vídeo é uma honra tê-los por aqui se você chegou até que o nosso canal e ele não nosso escrito faça isso agora já se inscreve aqui já se nas notificações deixe o seu like curta comente compartilha agora se você já é nosso inscrito seja bem-vindo de volta no vídeo de hoje eu vou falar sobre o documentário
que eu assisti essa semana chamado estou me guardando para quando o carnaval chegar do marcelo gomes é eu tomei conhecimento desse filme no ano passado quando eu estive visitando o rio de janeiro e esse filme estava em cartaz nos cinemas eu aqui ou seja no cinema aí felizmente esse documentário veio a estar disponível na netflix e foi aí que eu acabei assistindo ao documentário do marcelo documentário ele trata da vida dos moradores de toritama no agreste pernambucano é uma cidade de 44 mil habitantes que é considerada a capital do jeans nacional mas para a gente
entender um pouco sobre o que é esse documentário é preciso entender um pouquinho também a história do marcelo gomes o pai do marcelo gomes ele era fiscal de e ele viajava por várias cidades do interior de pernambuco e o mar estava acompanhando ao pai quando o marcelo se disponha a retornar a esse agreste pernambucano ele espera encontrar exatamente isso aquela menina aquelas mesmas cidades pacíficas aquelas mesmas cidades rurais e o choque dele que acontece exatamente quando ele chega em toritama e descobre que a memória dele a nostalgia dele tudo que ele se lembrava tudo que
ele se recordava já não existe mais o que ele encontra é uma cidade completamente voltada para o trabalho especificamente a fabricação de jeans e esse ruído esse desconforto entre o que o diretor se lembra e o que ele encontra que a tônica do filme o que poderia ser apenas uma história sobre nostalgia e lembranças do passado na verdade e se transforma em um grande estudo sobre aquelas pessoas e como o pensamento do trabalho acaba afetando todas elas quando eu visto uma calça jeans difícil mas já me pergunto como ela é feita basicamente eu já simplesmente
vou até uma loja e experimento visto e acabou bom e quando você pensa por exemplo que uma aqui na minha cidade mesmo tem uma loja que vende calças jeans a 50 reais na cidade vizinha também tem essas lojas e provavelmente você mora você vai encontrar lojas do tipo que vende jeans de uma forma muito barata e é uma questão que eu sempre me perguntava como é que você mede o preço de uma roupa quando eu compro um bom eu vou buscar uma calça e uma calça do seu 50 resolvi gente acha que é caro então
me pergunta em tudo que está em volta na produção de uma roupa específica de uma calça jeans de um produto jeans e o filme nos ajuda a compreender um pouco dessa dinâmica de trabalho por exemplo olha em toritama basicamente todas as casas são transformadas em fábricas de jeans que no filme e no local são chamadas de facção então cada facção tem a sua própria produção de times a lição máquinas colocadas é uma na frente da oi o e as pessoas ficam trabalhando o diretor por exemplo ele gasta bastante tempo em mostrar como é a o
balé das mãos agilidade de quem costura e aí numa das entrevistas que ele faz com os moradores locais uma moça disse assim que ela ganha dez centavos por bolso costurado e vim centavos porque por cada barguilha e ela diz assim que ela precisa costurar se você fazer os cálculos ela falar isso eu consigo costurar mil no dia eu ganho r$200 pelas delas braguilha se eu consigo costura sem bow é meu bolso eu ganhasse em reais e aí eles conseguem fazer um salário tirar os seus lá r$3000 e média no mês mas para isso muitos começa
o trabalho antes das três da manhã e quando e vão terminar o seu trabalho depois das dez da noite e isso é feito diariamente a todos os dias basicamente eles não tem tempo para descanso ou o documentarista pergunta quais são os momentos do ano em que eles param para o descanso eles são apenas dois né no ano novo e no carnaval e essa dinâmica de viver para o trabalho é muito chocante para o documentarista porque ele tem um olhar de fora então ele começa enxergar é esse pessoal que encontra é no alto trabalho né no
trabalho próprio na solução dos trabalhadores autônomos só que o que o documentarista percebe é que essa autonomia de trabalho ou seja eles não tem um patrão não tem não são regidos pela clt nem nada eles são seus próprios patrões eles fazem o seu próprio tempo seus próprios horários o que o documentarista percebe é que essa autonomia passa uma falsa sensação de liberdade e na verdade esses moradores de toritama eles 50 uma alto escravidão sem mesmo perceber e é justamente este olhar que é o restante sendo observado quando o marcelo gomes entrevista os moradores locais essa
observação de que o trabalho tornou a vida daquelas pessoas massacrante de uma certa forma não é sentida pelas pessoas porque aquele pessoal que tá ali costurando que tá lhe dedicando mais de 12 horas de trabalho esse pessoal eles não tem essa consciência eles ali são felizes porque eles falam assim que quanto mais eles trabalham mais dinheiros eles têm e esse mais dinheiro vai permitir que eles tenham a qualidade um pouquinho melhor de vida mas quando eles falam mais dinheiro não é um dinheiro que permita e grandes riquezas não tanto é que quando eles precisam ir
quando eles precisam eles vão passar o carnaval no litoral muitos vendem tudo o que tem maquinário geladeira olá tudo para quê para pegar juntar esse dinheiro para poder ir passar o carnaval no litoral então é uma vida dedicada basicamente ao trabalho e o tempo de ócio o tempo de descanso que deveria ser visto como necessário para o ser humano aquelas pessoas enxergam como um tempo à toa um tempo desperdiçado naquelas pessoas viver é trabalhar estão esses questionamentos que apesar do cineasta não fazer diretamente nós como espectadores podemos fazer em tempos de pandemia como é o
nosso a gente acaba observando o que é vida humana ela é deixada em segundo plano e e colocada depois do trabalho trabalhar é mais importante que viver quando você observa aqui muitos acabam saindo para trabalhar porque está em trabalho e eles não vão conseguir viver fica muito claro qual é a tônica que impera na vida das pessoas aqui no brasil nós criamos um pensamento coletivo de que o trabalho ele vem antes da vida é mais importante você está trabalhando do quê vivendo se você morrer trabalhando a uma consequência o filme ele não faz esses questionamentos
diretamente ao mostrar realidade da cidade de toritama nós como espectadores precisamos fazer esses questionamentos quanto vale a nossa vida quanto vale o nosso trabalho você perceber que a pessoa vai ficar ali pelo menos umas 12 horas costurando para no final de tudo aquilo ela precisa vender os seus itens para poder curtir uma semana de lazer na praia eu não sei vocês mas eu me choco muito com a nossa vida principalmente aqui nas parcelas mais baixas mas miseráveis mas populares do brasil a vida dessas pessoas ficou resumida ao trabalho e o documentário mostra isso de uma
forma muito contundente e principalmente nesse choque de realidade entre o que o diretor marcelo gomes esperava encontrar e o que ele realmente encontra e o mais importante como que as pessoas que estão inseridas naquela realidade acabam não enxergando a realidade que estão inseridas está aqui para um dos entrevistados um dos moradores que fala assim que a limpar eles o deus é o dinheiro e é uma pena que esse deus esteja dando tão pouco aos seus servos estou me guardando para quando o carnaval chegar documentário de marcelo gomes está disponível na netflix e eu com muita
veemência que você assista esse documentário para você entender basicamente como operam as relações sociais aqui no brasil especialmente a relação entre as classes mais baixas mas não tem como trabalho essa foi a nossa dica de hoje espero que vocês tenham gostado assistam ao documentário se vocês não assistiram e depois voltem aqui para gente conversar um pouquinho sobre essas relações e quanto é que tá valendo o trabalho em detrimento a vida muito obrigada por terem assistido o vídeo até aqui um grande beijo e a gente volta no próximo vídeo e aí