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animação sobre fundo verde quto fórum internacional de educação dos Municípios do alto ti realização das secretarias de educação dos Municípios do alto tit promoção com demate organização executiva do Instituto Brasileiro de sociologia aplica ibsa e apoio institucional Boa noite ou bom dia para aqueles que vão nos assistir depois eu sou Honra e a responsabilidade de mediar e de coordenar esta segunda sessão do fórum internacional de educação dos Municípios do alto TT este ano por decisão do secretários de educação nós temos como tema central desafios e perspectivas da alfabetização de crianças como todos sabem a o
fórum internacional de educação que já tá na sua quinta edição é uma realização dos Municípios do alto tit e esse ano conta com a participação ativa das secretarias da Educação de Arujá Ferraz de Vasconcelos Guararema Guarulhos Igaratá Itaquaquecetuba Mairiporã Mogi das Cruzes Salesópolis Santa Branca e Suzano para aqueles colegas que estão nos acompanhando de outras regiões do Estado de São Paulo e de outras partes do Brasil e até do mundo sempre lembrando que a região do alto TT é uma das regiões mais importantes do estado de São Paulo e do Brasil tem uma população de
cerca de 3 milhões de habitantes e uma diversidade muito grande dos próprios municípios nós temos desde Guarulhos com seus 1. 300.000 habitantes a segunda maior cidade do Estado de São Paulo até o município de Salesópolis né que tem cerca de 19.000 habitantes Se não me engano né mas para mostrar que esses municípios embora de uma dimensão muito variada né E muito desigual tem tomaram já há anos a a perspectiva de um processo de colaboração extremamente rico no campo Educacional e bom eh lembrando também que no caso dos 11 municípios que participam desta edição do fórum
Eh esses municípios tem cerca de 275.000 crianças jovens e adultos matriculados nas suas redes municipais sobre a responsabilidade profissional de 14.000 professores são cerca de 700 escolas então é um mundo né muito grande muito complexo e também quero dizer que além esses municípios são congregados no Consórcio intermunicipal con demate que promove já há 5 anos esse esse fórum Internacional e temos também a o apoio institucional da Organização das Nações Unidas para educação ciência e cultura a Unesco além da fundação Lema e do Instituto Natura que nos ajudam a divulgar e a ampliar as discussões os
debates e os os acúmulos eh trazidos por esse fórum lembrando também né que a a escolha desse tema alfabetização de crianças é uma prioridade da região é uma prioridade da secretari de educação é uma prioridade de tal maneira que no final desse ano os projetos programas boas práticas que têm sido publicadas no portal do fórum cujo endereço vocês conhecem esses projetos programas e boas práticas eh vão ser premiados né com uma uma espécie de reconhecimento pelo mérito da sua qualidade e da sua contribuição paraa alfabetização de crianças bem eh na sessão de hoje eh que
nós daqui a pouquinho vou apresentar o nosso nosso convidado palestrante nós teremos como tema central as de alfabetização e formação de professores alfabetizadores nesse instante eu gostaria de apresentar para vocês como é de nosso costume os integrantes da nossa mesa que logo mais terão possibilidade de colocar suas manifestações suas perguntas então estão conosco na mesa Eo que acenem o secretário caí Lopes Maia que é secretário de educação de Santa Branca muito muito obrigado ca pelo apoio de sempre a Aline Amorim Marques secretária de Junta de Educação de Guararema bem-vinda Aline a marisley Ribeiro técnica pedagógica
do município de Mairiporã tudo bem marisley A Maria Olívia eh Firmino diretora pedagógica do Município de Santa Branca bem-vinda e a Bruna Bianca eh a alisso né professora do município de Guararema então vocês depois da apresentação do nosso convidado palestrante terão a prioridade representando os seus municípios de encaminharem diretamente a ele as seus comentários e as suas questões bom nós temos aqui a satisfação de contar mais uma vez com a presença do professor Alexandro Santos o Alexandre Santos já participou do fórum internacional de educação brilhantemente eh e hoje ele é diretor de políticas e diretriz
de Educação Básica integral do ministério de educação Olha eu at quero aqui até dar um testemunho eh eu estou agora falando da minha sala no Conselho Nacional de Educação aqui em Brasília os conselheiros se reúnem mas temos cada um de nós também a nossa sala de trabalho e hoje mesmo nos reunimos com equipes eh lideradas pelo Professor Alexandro e É extraordinário realmente um desafio e até vamos dizer assim Nem sei como é que ele aguenta a a pauta extremamente importante e diversificada que está sobre a responsabilidade dele que é um diretor que integra a secretaria
de educação básica do Ministério da Educação liderada pela professora Cátia Então hoje discutimos aqui as questões do ensino médio as questões da mudança do e né que já tá sendo discutida em processamento os grandes desafios relacionados à formação de professores e Eh claro naturalmente esse Grande Desafio que é de todos nós que é garantir a alfabetização das Crianças na idade s no Brasil como vocês sabem nós temos cerca de 14 milhões de crianças que frequentam os anos iniciais do Ensino Fundamental eu chamo a atenção de anos iniciais porque eh na nossa visão e principalmente pelos
acontecimentos que tivemos que lidar no período da pandemia o ciclo de alfabetização se prolongou né na verdade é isso que aconteceu Já não são mais os dois primeiros anos nós temos ainda durante muito tempo que lidar com a alfabetização de criança Pelo menos durante os 5 anos né chamados anos iniciais do Ensino Fundamental então esses cerca de 750.000 professores brasileiros que militam no ensino fundamental eles estão hoje até pelas políticas e programas desenvolvidos pelo Ministério da Educação em articulação com os municípios e estado também integrando os profissionais da educação que atuam na etapa final da
Educação Infantil semana passada tivemos aqui a presença da coordenadora Geral de educação infantil eh que também é da equipe do professor Alessandro a professor Rita Coelho né tratando conosco dessa transição da Educação Infantil pro Ensino Fundamental considerando os desafios da alfabetização bom o professor Alessandro é conhecido por todos eu queria apenas dizer que eh como você se lembro na semana passada ele teve um pequeno problema de saúde que não é tão pequeno assim teve que ser hospitalizado até né Tá e mas garantiu a sua presença e Houve essa troca sem nenhum prejuízo e hoje ele
está conosco exatamente para desenvolver esse tema das políticas e programas de educa eh de alfabetização e a sua relação com a formação dos professores alfabetizadores Professor Alessandro Muito obrigado pela sua participação novamente você tem nesse instante mais ou menos uns 40 minutos para fazer a sua manifestação Inicial O professor Alessandro já já deu uma olhada na na em vários em vários projetos boas práticas e tal que os municípios estão desenvolvendo aqui na região eventualmente ele pode fazer algum comentário sobre alguns deles mas enfim tem 40 minutos para sua fala Inicial E mais uma vez agradecemos
a sua participação com a palavra muito boa noite querido professor César Calegari grande liderança no campo da educação brasileira tô muito feliz já disse isso a ele pessoalmente pela a volta dele ao Conselho Nacional de Educação de onde ele não deveria ter saído mas que bom que o Conselho Nacional de Educação pode contar com a tua experiência com a tua competência a tua capacidade de pensar a educação eh para o país né esse é um momento feliz da Democracia brasileira em que a gente tem retomado caminhos muito importantes que a gente vinha trilhando e que
De algum modo foram atrapalhados ou interrompidos por acontecimentos aí da nossa vida política então Eh muito Fico muito feliz de encontrá-lo sempre e aqui no fórum né como você disse não é a minha primeira vez no fórum mas eu disse das outras vezes que participei vou repetir que a região do alto tit tem um lugar especial no meu coração é muito perto de onde eu nasci eu nasci no Itaí Paulista e coladinho com ras com Itaquaquecetuba enfim Eh meu pai vive em Itaquaquecetuba até hoje então eu tenho uma um carinho especial pelo a TT e
procuro acompanhar assim um pouco eh a distância né as realizações educacionais aí desses municípios que integram o fórum acho que o fórum e o consórcio tem demonstrado a sua longevidade a sua importância eh nesse processo de acelerar a colaboração entre municípios fortalecer esses laços de colaboração E permitir que cada um Aprenda com as experiências dos pares né que cada um possa desfrutar da compreensão da reflexão compartilhada sobre os desafios que são comuns e também claro né sobre as realizações que podem ser mais poderosas mais potentes quando elas são feitas em parceria em colaboração né aqui
no Ministério da Educação nós temos conduzido né diferentes programas dentro da Educação Básica e dois deles dialogam diretamente com o tema aqui do do nosso fórum esse ano eh nós temos liderado o compromisso Nacional criança alfabetizada e nós temos liderado o programa de e implementação dos parâmetros nacionais de qualidade e Equidade na educação infantil Eh esses dois programas de algum modo endereçam questões da alfabetização isso eh tem sido um importante sinal do governo federal e posso falar um pouquinho disso depois mas o que eu queria mesmo era começar de uma outra maneira primeiro fazendo minha
Audi inscrição para contemplar as pessoas que porventura possam não está me vendo só está me ouvindo eu sou um homem negro Calvo tô trajando um terno azul com uma camisa azul mais clara e uma gravata e tô aqui numa sala que tem atrás de mim uma persiana e uma parede branca e quero também fazer um outro registro um pouco mais poético por causa do tema da alfabetização mas também porque no dia 8 de Setembro eh nós comemoramos o Dia Mundial da alfabetização e tem um livro do Eduardo Galeano eh em que ele faz uma espécie
de diário eh eh de uma passagem dele pelo Brasil em que ele esteve convivendo muito de perto com o Paulo Freire e nesse diário tem um um poema né um um texto que ele deu o título de dia da alfabetização que é o 8 de setembro e eu vou ler esse texto ele é curtinho e eu queria que cada um e cada uma que tá assistindo a gente pudesse e refletir sobre a a a potência desse texto que o Eduardo Galeano registrou no diário de viagem dele o texto diz assim dia da alfabetização Sergipe Nordeste
do Brasil Paulo Freire começa uma nova jornada de trabalho com um grupo de camponeses muito pobres que estão se alfabetizando Como Vai João João se cala amassa o chapéu longo silêncio e finalmente diz não consegui dormir a noite inteira sem fechar os olhos mais palavras não saem da sua boca até que ele murmura ontem eu escrevi meu nome pela primeira vez eh essa poética do texto de um texto que fala de um acontecimento tão prosaico como um dia de aula o início de uma aula do Paulo Freire para esse grupo de camponeses ao mesmo tempo
que ele é tão prosaico ele ajuda a gente a entender a importância do direito humano à alfabetização o quanto ter acesso à leitura e à escrita significa romper uma série de processos de opressão uma série de violências vivenciadas dia a dia e para uma pessoa adulta chegar eh nessa fase da vida sem saber escrever o seu nome é porque o estado falhou a sociedade falhou falhamos todos quando a gente vive numa sociedade que não garante no tempo certo o direito a al ização é por isso que o tema da alfabetização é tão central no desenho
das políticas educacionais porque esse é um princípio fundamental um princípio ético um princípio político no sentido poderoso da palavra político um princípio que deve organizar uma sociedade deve organizar a ação do estado que é o princípio da alfabetização como um direito humano e se é um direito humano ninguém pode ficar de fora ninguém pode ficar de fora desse direito humano de participar da vida da leitura e da escrita na vida cidadã Então eu queria dizer dessa primeira mensagem né alfabetização como um direito humano e portanto todas as vezes que alguém não se alfabetiza nós estamos
praticando uma violência a violação de um direito humano fundamental E aí qual que é o nosso cenário apesar dos nossos esforços apesar do compromisso de cada secretário cada secretária de educação aqui do al TT apesar do engajamento do trabalho duro realizado em todas as escolas do altt o Brasil não consegue alfabetizar todas as suas crianças ao final do sego ano do Ensino Fundamental como nós Prometemos a última mensuração que fizemos em 2023 revelou que só 56% das Crianças ao final do segundo ano estão alfabetizadas se a gente inverter então a gente tá dizendo que 48%
das nossas crianças não se alfabetizam no tempo que nós Prometemos a elas que Elas seriam alfabetizadas de cada 10 crianças praticamente a metade não se alfabetiza até o final do segundo ano esse dado gente é claro que ele é duro ele é difícil ele é doloroso mas eu preciso dizer que nós já estivemos em condição pior ok nós já estivemos numa condição mais difícil do que isso o Brasil tem avançado eh nos seus indicadores educacionais o Brasil eu tenho avançado na garantia dos direitos Associados à escolarização mas nós avançamos menos do que precisávamos e numa
velocidade que é inaceitável nós precisamos avançar mais e mais rápido porque a gente está violando direitos nós estamos violentando as nossas crianças quando a gente coloca todo mundo na escola o Brasil avançou muito em termos de acesso nós temos quase a universalização do Ensino Fundamental mas não daram íos esse direito radical de aprendizagem que é alfabetização eu tô falando isso na frente de uma pessoa que brigou muito por isso quando foi secretário da Educação Básica Professor César Calegari e inaugurou o pnic o pacto Nacional pela alfabetização na idade CTA a partir não só da experiência
cearense mas experiência que estavam acontecendo em diferentes lugares do Brasil comprometidas com esse princípio da alfabetização como direito e César liderou a construção do Pike numa visão muito estratégica com uma política de material didático de formação de professores e professoras de estruturação do currículo e isso foi importante pra gente conseguir mudar de patamar na visão política sobre a alfabetização gente um prefeito tem que se envergonhar se no seu município tem criança que não se alfabetiza um governador tem que se envergonhar se no seu estado no território do seu estado tem criança que não s alfabetiza
e o Presidente da República tem que se envergonhar toda vez que o Brasil não garante que 100% das Crianças brasileiras tenham o direito à alfabetização garantido Então essa Perspectiva da alfabetização como um direito humano é a primeira mensagem que eu queria deixar aqui na minha na minha fala né na minha comunicação com vocês uma segunda mensagem que eu queria trazer é que a alfabetização é um processo no qual o protagonista é a criança Ela é o sujeito Central desse processo de alfabetização e nós temos que garantir que na hora do planejamento da nossa prática pedagógica
na da construção do do projeto político pedagógico de cada escola na hora de desenhar a política educacional as crianças estejam no centro nós temos que desenhar a sala de aula e a prática pedagógica do professor o ambiente da escola e a prática de gestão da equipe gestora e a política educacional de modo coerente a Esse princípio que coloca a criança no centro e ao colocar a no centro eu tô colocando no maior lugar de destaque a relação pedagógica essa criança no centro convoca um olhar especial paraa relação pedagógica esta relação tão eh importante tão delicada
que é permeada por afetos é permeada pela sensibilidade do professor e da professora é permeada pela competência técnica do professor e da professora na hora de tomar decisões sobre o processo de ensino aprendizagem E se a gente valoriza a relação pedagógica E se a gente coloca as crianças no centro da decisão da política educacional nós cuidamos das condições objetivas das nossas salas de aula e das nossas escolas é muito difícil alfabetizar as crianças se o número de alunas por turma é um problema pro professor é muito difícil alfabetizar crianças se na sala de aula não
estão disponíveis os materiais didáticos necessários para processo de alfabetização é muito difícil alfabetizar todas as crianças se a atenção que precisa ser dada àquelas crianças que fazem parte do público alvo da Educação Especial não está sendo dada é muito difícil alfabetizar uma criança se a gente não garante que os professores tenham bom boas condições de carreira e salário porque esses fatores interferem na qualidade da relação pedagógica e portanto interferem no sucesso das crianças no processo de ensino e aprendizagem um terceiro elemento que é princípi lógico que é basilar dessa compreensão da alfabetização é entender que
a alfabetização é um processo contínuo e complexo que que eu quero dizer com essas duas palavrinhas eu quero dizer primeiro que se alfabetização é um processo contínuo ela não começa no primeiro ano do ensino fundamental se a alfabetização é um processo contínuo nós precisamos entender que as crianças vivem no mundo terado cheio organizado por linguagens uma dessas linguagens é a linguagem escrita e a criança desde que nasce ela enta situações em que a linguagem escrita está ali rodeando ela práticas sociais de leitura e de escrita estão sendo movimentadas em torno dela e esta criança é
movida por curiosidade sobre a leitura e a escrita nós todos sabemos disso nós que interagimos com crianças pequenas nós todos percebemos isso as crianças fazem perguntas mãe o que que tá escrito naquela placa professora como é que eu escrevo o nome do meu bichinho de estimação Qual é a letra que começa o meu nome as crianças têm curiosidade tem o desejo tem a vontade de participar do mundo da leitura e da escrita desde muito cedo então esse processo de aprendizagem dessa cultura escrita Não começa no primeiro ano do ensino fundamental é um processo contínuo que
permeia a vida da criança desde o seu nascimento e acompanha a vida da pessoa até o fim da vida os processos de alfabetização e letramento acontecem inclusive em sujeitos como nós que somos escolarizados Nós aprendemos a ler outros tipos de texto a compreender outras formas de organização da linguagem Agora se a alfabetização é um processo contínuo significa que a política pública que o município coloca na rua tem que prestar atenção em como é que a alfabetização e o letramento ocupam os diferentes est estágios e etapas da Educação Básica por isso que a Rita semana passada
falou aqui como é que a educação infantil pode ser um espaço de garantia de direito das crianças de acessar E participar da cultura escrita o que não significa querer impor na educação infantil práticas pedagógicas que só fazem sentido no ensino fundamental o que não significa querer antecipar processos que são que devem a acontecer no tempo certo na perspectiva de garantir certos certos certo tipo de visão sobre a alfabetização como uma coisa mecânica organizada só a partir da dimensão técnica da linguagem né então a alfabetização é um processo contínuo e ela é complexo porque ela envolve
diferentes dimensões da linguagem diferentes tipos de conhecimento sobre a língua que as crianças vão aprendendo conforme vão interagindo nas situações de letramento Esse é um princípio importante alfabetização como um processo contínuo e complexo um terceiro princípio que eu queria defender aqui quarto aliás né esse é o quarto já é que a alfabetização é responsabilidade de todos de todos os níveis do sistema educacional é responsabilidade do professor e da professora é responsabilidade do Coordenador e da coordenadora pedagógica é responsabilidade do diretor e da diretora é responsabilidade da Equipe técnica da secretaria é responsabilidade do secretário de
educação todo mundo que participa desse processo educacional que nós construímos por dentro da política educacional precisa assumir sua responsabilidade no processo de alfabetização e isso precisa estar arrumado na política educacional e nós também temos que conseguir mobilizar o engajamento e a responsabilidade das famílias e da comunidade só que a gente tem que entender que o Brasil é um país extremamente desigual e é um país no qual muitas das famílias que tem os seus filhos matriculados na escola pública São lideradas por pessoas que não tiveram direito à alfabetização na idade certa então quando a gente convoca
a responsabilidade da família a gente tem que entender a diversidade e as desigualdades que marcam as famílias das nossas crianças pra gente não culpabilizar a família por dificuldades do processo de escolarização e de alfabetização esta família pode estar sendo inclusive vítima de violação de direitos porque vive numa condição de vulnerabilidade porque sofre com questões relacionadas à criminalidade nos territórios em que vivem porque sofrem com questões relacionadas ao desemprego a aos processos de fragmentação dos vínculos familiares então chamemos a responsabilidade das famílias mas entendendo como é que cada família a partir do seu lugar a partir
da sua singularidade consegue colaborar nesse processo e como é que nós não culpabilizando as famílias pelas dificuldades do processo de alfabetização que a gente vive com as crianças na escola né é preciso entender essa relação com muito cuidado né a a a Maria Helena de Souza pato em 1990 publicou um livro muito importante chamado a produção do fracasso escolar em que ela vai revelando como é que muitas vezes né nós que trabalhamos nas escolas nos sistemas de ensino a gente inconscientemente muitas vezes vai apresentando a culp do fracasso escolar como sendo da própria criança da
sua família das suas características e não como fruto de uma sociedade extremamente desigual e de um processo pedagógico que ainda não dá conta de toda a complexidade de garantir a aprendizagem de todo mundo e por fim tem um último princípio que eu queria defender é que a alfabetização ela é talvez o passo mais decisivo pra gente garantir Equidade na educação quando as crianças não se alfabetizam na idade certa o impacto disso na trajetória escolar delas é brutal uma criança que não se alfabetiza no tempo certo ela não consegue aprender os conteúdos as habilidades as competências
esperadas por ela nas séries seguintes e ela Vai acumulando uma espécie de trajetória acidentada de aprendizagem que vai comprometer a realização do direito à educação então a pergunta é Onde estão e quem são as crianças que nós não estamos conseguindo alfabetizar na idade certa são as mais pobres são as crianças negras e são as crianças com deficiência Esse é o público que mais fica para trás no processo de alfabetização e não por acaso é o público que quando a gente olha os indicadores de saída do sistema educacional também é o público mais impactado então se
a gente garantir alfabetização de todo mundo na idade certa essa desigualdade que marca o sistema educacional brasileiro ela vai cair porque a gente vai dar um alicerce equitativo para todas as crianças brasileiras mas isso exige de nós um olhar atento especial para essas desigualdades então cada município aqui do fórum vocêa pensar se na sua rede as crianças negras estão ficando para trás quando comparadas as crianças brancas no processo de alfabetização as crianças com deficiência tão ficando para trás quando comparadas às crianças que não têm deficiência no processo de alfabetização as crianças mais pobres dos bairros
mais vulneráveis estão ficando para trás quando comparadas às crianças menos po de bairros menos vulneráveis então pensar a alfabetização como uma estratégia de correção das desigualdades educacionais isso precisa est no nosso radar agora esses princípios eles não podem ficar só no abstrato Tá certo eles têm que ganhar materialidade na política pública de Educação materialidade no dia a dia das escolas e como que isso acontece quais são os elementos estruturantes de uma boa política de alfabetização de uma boa prática de alfabetização o primeiro deles gente é ter uma visão segura consistente e compartilhada por todos os
educadores a respeito de quais são as capacidades que uma criança precisa desenvolver para se alfabetizar isso pode parecer bobagem num primeiro momento mas essa visão não está estabelecida em todos os lugares quer dizer o que que eu preciso garantir ao final do primeiro semestre do primeiro ano que que eu preciso garantir ao final do segundo semestre do primeiro ano depois no segundo ano o que que eu preciso garantir ao final do primeiro semestre porque se eu não tiver essa visão muito nítida muito clara eu não consigo monitorar se as crianças estão fazendo uma boa trajetória
de aprendizagem então a rede de ensino Tem que ajudar os seus educadores a construírem essa visão de quais são as capacidades necessárias para que uma criança se alfabetize a cada momento que passa do ano letivo né então eu falei aqui ao final do primeiro semestre no primeiro ano qual é o nível de aprendizagem esperado para todas as crianças eu posso determinar na minha rede eu posso construir uma visão que ao final do primeiro semestre todas as crianças deverão por exemplo saber o nome de todas as letras saber como escreve seu próprio nome saber reconhecer seu
nome numa lista de outros nomes saber ler ou e a partir de indícios de leitura não não decodificada gêneros como um bilhete uma carta uma lista se eu não tenho nitidez do que as crianças precisam aprender como é que eu vou ter nitidez do que eu tenho que ensinar então o primeiro passo de uma política de alfab ização é ter essa nitidez de quais são as capacidades que uma criança precisa desenvolver a cada momento para ela garantir a alfabetização na idade CTA ao final do segundo ano com essa visão nítida do que é preciso que
as crianças aprendam a rede pode dar o segundo passo que é estruturar o seu currículo e a rotina pedagógica dos professores e professoras em sala de aula então delimitar como é que esse currículo vai se tornar prática no dia a dia de cada sala de aula e quais são os elementos da rotina pedagógica do professor que devem acontecer em todos os lugares e isso a gente já sabe porque a ciência da alfabetização já nos ensinou muita coisa por exemplo nós sabemos que é muito importante ler para as Crianças todos os dias isso tem que est
na rotina de todo o professor e toda professora ler para as crianças gêneros textuais diversificados para que elas possam não só ter no Professor um modelo de leitor Mas e se apropriando de comportamentos leitores nessa situação de leitura compartilhada e o professor César me pediu para olhar as experiências que estão aqui no fórum né de vocês e eu vi em diferentes municípios vi projetos de itaquaquetuba de Guararema trabalhando com processos de leitura em sala de aula a partir de projetos didáticos isso é muito importante desde a educação infantil é muito importante ler para as Crianças
todos os dias desde a educação infantil um outro elemento importante da rotina é o momento em que a gente reflete junto com as crianças sobre o som das letras e sobre a composição das palavras e isso não precisa ser uma atividade chata as crianças podem a partir da sua própria curiosidade trazer paraa professora trazer pro professor essa vontade de saber sobre uma palavra nova essa vontade de entender porque que duas palavras que TM a mesma letra TM sons diferentes Então esse processo de reflexão sobre como a gente usa as letras e como a gente escreve
as palavras precisa acontecer todo dia eu tô dando exemplos paraa gente entender que se o professor e a professora não estrutura uma rotina pedagógica comprometida com a alfabetização esse processo não vai acontecer não é por mágica tem que ter uma intencionalidade e essa intencionalidade só é possível se como eu disse minutos atrás a rede tem nitidez de quais capacidades a criança tem que desenvolver e desenha um currículo A partir dessa visão das aprendizagens necessárias na no pnic isso era muito consistente os livros do pnaic que formavam as professoras escreviam as habilidades que deveriam ser desenvolvidas
em cada momento do ano letivo e como é que elas iam progredindo né se aprofundando até que a gente conquistasse a consolidação da alfabetização um outro elemento que a gente precisa cuidar para ter uma boa política de alfabeti ação é a formação permanente dos professores professoras e das equipes gestoras das escolas eu preciso dizer que infelizmente as nossas licenciaturas em pedagogia elas não conseguem formar bons professores alfabetizadores na formação Inicial porque o curso de pedagogia ele é um curso que pretende formar para múltiplas tarefas ele pretende formar para dar aula na educação Infantil nos anos
iniciais para ser coordenador pedagógico para ser diretor de escola para ser supervisor escolar para trabalhar com a eja para trabalhar no mercado nas empresas né com a pedagogia Empresarial ele acaba querendo formar para tudo e forma superficialmente de modo que o professor quando termina o curso de pedagogia ele não tá preparado para ser um bom alfabetizador então as redes de ensino elas acabam sendo obrigadas a dar conta de lacunas do processo de formação Inicial e avançar para garantir a formação continuada mas gente isso é fundamental ter uma boa proposta de formação de professores e professoras
mas não só deles das equipes gestoras a secretaria de educação tem que est eh segura de que todos os seus diretores de escola são obsecado por alfabetização na idade certa ela tem que estar segura de de que todos os coordenadores pedagógicos os nomes mudam nas redes né mas esse profissional que na escola apoia o professor na dimensão pedagógica que ele saiba Como orientar os professores no processo de alfabetização e tem que garantir que os professores saibam O que fazer em sala de aula saibam como ensinar as Crianças A transitar nas hipóteses de escrita até alcançar
a hipótese alfabética saibam como ensinar ortografia para as crianças depois do processo de alfabetização Inicial saibam como na produção de texto paraas crianças quando elas estão no processo de alfabetização leitura isso tem que tá no conteúdo da formação permanente então é fundamental ter boas políticas de formação de professores se eu quero alfabetizar todas as minhas crianças eu também tenho que garantir que os processos de avaliação da aprendizagem em sala de aula sejam bem feitos gente os professores precisam avaliar bem as crianças porque ação é que permite que ele tome decisões sobre como continuar o processo
de ensino aprendizagem então nós temos que saber se nossos professores e professoras desenvolvem bons processos de avaliação em sala de aula bons processos de avaliação formativa Mas tem uma outra dimensão da avaliação que diz respeito aos resultados educacionais que uma escola tem e o monitoramento desses resultados precisa ser uma tarefa da equipe gestora da escola eh eu me lembro muito bem das situações quando eu era professor da educação básica em que a gente tinha os conselhos de classe série e que a gente discutia o desempenho das Crianças naquele bimestre essa reunião não pode ser uma
reunião burocrática ela tem que ser um momento de reflexão de como é que a gente está ou não está garantindo a alfabetização de todas as crianças então no final do primeiro bimestre a equipe da escola tem que ser tá e pensar Quem são as crianças que estão no ritmo certo da alfabetização quem tá ficando para trás o que que a gente faz com essas crianças que estão ficando para trás pra gente não perdê-las ao longo do ano letivo não dá para esperar o final do ano para pensar assim puxa não se alfabetizou então o processo
de avaliação dos resultados da escola ao longo do ano letivo é fundamental e é tarefa da equipe gestora diretor de escola coordenador pedagógico que não faz isso está violando o direito de aprendizagem das crianças e a secretaria de educação também tem que fazer esse essa avaliação e monitoramento ao longo do ano letivo como é que a rede está garantindo o processo de alfabetização e quais são as as as lacunas aquilo que as escolas estão precisando de apoio para garantir que todas as crianças se alfabetizam Eu também preciso ter infraestrutura pedagógica nas escolas gente o Ministério
da Educação entregou recursos para cada escola que tem matrícula de anos iniciais para desenvolver os cantinhos de leitura por exemplo como é que tá isso nas salas de aula a gente colocou para valer os cantinhos de leitura As crianças estão tendo acesso a livro literário dentro da sala de aula no espaço que elas frequentam todo dia e além disso Como é que tá a garantia do material adequado para alfabetização na mão das Crianças na mão dos professores e professoras como é que tá o processo de cuidado das estratégias de recuperação paralela tem material para isso
dá para organizar no contraturno é no turno essa infraestrutura pedagógica é fundamental para garantir alfabetização esses elementos que eu tô trazendo aqui gente eu sei que muitos deles estão na preocupação dos secretários e secretári aqui do fórum mas é muito importante que a gente aumente a nossa potência nessas frentes para que a gente consiga superar aquele dado que eu apresentei lá atrás que eu disse assim ó 48% das Crianças brasileiras não se alfabetizam ao final do segundo ano do ensino fundamental isso é sinal que apesar de tudo que a gente tem feito é preciso fazer
mais é preciso fazer com mais consistência é preciso fazer com mais regularidade é preciso fazer com mais ênfase com mais velocidade pra gente poder entregar esse direito humano à educação para todos e para cada um e o processo de alfabetização Ele é gente Central para o fortalecimento e o cuidado de uma sociedade democrática porque a mediação política na democracia ela exige ela convoca a capacidade de participar de práticas sociais de leitura e de escrita então se nós precisamos e nós precisamos no Brasil cuidar da saúde da Democracia é fundamental para cuidar da saúde da Democracia
garantir a alfabetização de todas as crianças na idade certa eu foquei a minha reflexão tô caminhando pro final aqui Professor César no debate sobre a alfabetização das Crianças na idade certa mas eu não poderia deixar de falar de um outro desafio do Brasil que é a alfabetização de Jovens e Adultos o Brasil tem uma dívida com a sua população mais pobre com a sua população negra indígena quilombola do Campo na garantia de um direito que foi violado lá na infância e que precisa ser resgatado e a alfabetização de Jovens e Adultos é uma responsabilidade que
deve ser compartilhada pelos municípios pelos Estados e pelo Governo Federal Então apesar do nosso foco aqui hoje ter sido em torno das Crianças Eu queria pedir a todos os municípios do a TT uma atenção especial paraa Superação do analfabetismo de Jovens e Adultos o Ministério da Educação lançou o pacto Nacional pela Superação do analfabetismo é uma política liderada pela nossa secadi secretária Zara Figueiredo tripode os municípios podem aderir ao pacto precisam aderer ao pacto para ter acesso à assistência técnica aos recursos que o MEC vai colocar à disposição mas é fundamental que vocês tenham um
compromisso aí na ponta no território de superar o analfabetismo em todas as cidades do alto TT e se precisarem de apoio contem conosco do Ministério da educação porque nós estamos olhando para os municípios brasileiros para as redes e paraas escolas finalizando aqui a minha exposição César eu queria dizer assim do quanto para mim falar com a escola pública é testemunhar o meu compromisso ético e político com com o direito humano a educação mas também testemunhar o quanto eu posso devolver a escola pública de tudo que ela me deu existe aí um discurso social de seminário
que sempre gosta muito de criticar e de apontar os problemas da escola pública e esse discurso vai criando uma mentalidade social de que a escola pública é o lugar do fracasso é o lugar onde nada funciona é o lugar em que a gente não sabe fazer as coisas e esse discurso precisa ser combatido porque ele é mentiroso e ele precisa ser combatido porque quem faz esse discurso tá interessado em destruir a escola pública para colocar outra coisa no lugar então nós aqui estamos comprometidos com a defesa radical da escola pública reconhecendo que ela faz um
trabalho importante que ela está todos os dias recebendo a população mais pobre desse país a população que mais precisa que ela está movimentando suas práticas para garantir o direito à educação agora ela precisa de ajuda nós reconhecemos que ela pode de fazer mais nós reconhecemos que nós podemos aumentar a qualidade da escola pública Mas isso significa um pacto social em defesa da escola pública e um pacto de respeito e reconhecimento aos profissionais e aos gestores das redes públicas os municípios brasileiros fazem um trabalho importantíssimo cuidam de 10 anos da Educação Básica porque se eu considerar
zero a CCO e depois os cinco primeiros anos do Ensino Fundamental eu tenho 10 anos da Educação Básica que estão na mão dos municípios que é como César sabe quem tem menos dinheiro ora alguma coisa aí tá fora do lugar então eu acredito muito na gestão Municipal acho que na educação nós temos que fortalecer os municípios e defender a escola pública dos Canárias que querem destruí-la porque a escola pública na minha vida fez toda a diferença desde a creche passando pela pré-escola na escola pública Municipal pela Escola de Ensino Fundamental pública pela Escola de Ensino
Médio pública que Eu frequentei pela universidade pública que Eu frequentei então que a gente saiba defender a escola pública e produzir cada dia mais qualidade Muito obrigado César tô devolvendo a palavra aí para você muito obrigado secretária Alexandro tô falando secretário porque ele tá respondendo pela Secretaria da Educação Básica esses dias e como vocês estão percebendo é um homem que conhece em profundidade né não apenas as informações e as análises mas tem um compromisso quase que passional com aquilo que nós temos colocado nesse fórum desde o começo né já desde o começo do ano com
os secretários de educação da região do alto TT e seus representantes né numa comissão técnica Nós já nos fizemos quase fizemos 18 reuniões preparatórias desse fórum e esses temas todos né uma penas de organização TM sido discutidos e que mostra o comprometimento né Desse desses municípios com esse desafio e e com essa obsessão na realidade eu sempre encaro isso como nós temos que ter uma verdadeira obsessão de garantir que nenhuma criança fique para trás né é um direito delas e todos nós sabemos que alfabetizar uma criança não é nada trivial é complexo é difícil né
Exige uma série de apoios de circunstâncias que frequentemente os professores e as professoras Principalmente as professoras porque a maioria elas não têm mas de qualquer maneira como nós somos profissionais da educação eh como o professor alessandre disse é é uma é uma responsabilidade de natureza ética é pela nossa existência pela existência desses 752.000 professores alfabetizadores que o Brasil tem os profissionais que trabalham nos cinco primeiros anos além de tanto os outros que trabalham na educação infantil que tem um papel absolutamente fundamental bom eh Muito obrigado pela sua primeira manifestação Professor Alexandro eu passo então agora
a palavra né para que os integrantes da mesa possam fazer os seus comentários são comentários rápidos e perguntas chamando para sua primeira manifestação o secretário caí Lopes Maia que é secretári de Educação do município de Santa Branca ca seu seu som tá desligado caí Agora sim eh Boa noite Professor César Boa noite Professor Alessandro boa noite a todas e todos que nos assistem eh que prazer é est numa mesa discutindo a educação pública como um direito inegociável né e pensar a alfabetização da maneira como como foi descor rdo aqui até agora como uma uma estratégia
de política pública radical ela tá ali para ser cumprida e para ser garantida eh de maneira Universal pelo menos no esforço de garantir a universalidade dela né Eh e é muito bom ver isso tomando o Ministério da Educação de novo Eh retomando essa discussão de uma maneira responsável eh eticamente com a sociedade brasileira eh eu eu queria trazer algumas alguns elementos eh mais para reflexão e aí eu vou pedir depois para que o professor Alexandro Possa possa comentar um pouco eh a gente a gente tem no nos municípios e na na política de educação como
um todo nos ciclos educacionais eh a as etapas né as as a os ciclos que a gente organiza até para pensar como a gente vai dividir cada cada momento da vida estudantil dessas crianças e adolescentes que passam pelas redes eh e eu eu eu eu percebo uma uma certa eh dificuldade em algum aspecto da gente fazer essas transições e entender que essas transições elas não precisam ser transições de quebra eh como o professor al Alexandro falou a alfabetização ela é uma é um é um processo contínuo ele não se inicia no ensino fundamental eh dos
anos iniciais e não não termina necessariamente no no no nos anos no no último ano né no quinto ano dos anos iniciais já que a gente tá falando também não só do ler e escrever mas também o ler e escrever linguagens diferentes formas diferentes de mundo é uma coisa um pouco mais Ampla do que a o próprio o próprio processo de de leitura escrita né de palavras eh mas eu acho que a gente ainda tem um pouco dessa dificuldade enquanto enquanto executores de política pública pensar essas transições né do da Educação Infantil paraa Educação Básica
pros anos iniciais do Ensino Fundamental mais tarde ali no no quinto ano do Ensino Fundamental como é que faz essa transição pro sexto ano que a gente já tem uma diversidade de professores trabalhando eh alguma alguns outros elementos fazendo parte desse dia a dia das crianças e como a gente não hierarquiza esses processos né a gente estabelece que esse processo é mais importante do que aquele ou até mesmo que essa atividade esse essa característica essa habilidade da Criança e do Adolescente ela pertence a determinado ciclo como é que a gente faz essa transição eh aqui
em Santa a parece que houve um problema na transmissão do secretário caí ele ele volta já já né enquanto deve ter algum problema na maquinária dela caí voltou pode continuar por favor tem para mim aqui não não tinha aparecido o que caiu então Eu segui eu vou retomar um pouquinho atrás para para não para seguir a minha fala mas se ficar repetitivo peço perdão eh eu tava comentando que a aqui em Santa Branca a gente tem uma uma experiência bastante interessante da qual me orgulho muito de participar que no ano passado eh a gente tomou
a decisão enquanto rede de implementar a educação de tempo integral até o final do segundo ano então todas as vagas da Educação Infantil e do primeiro e do segundo ano do ensino fundamental eles estão são vagas de tempo integral pensando que o fortalecimento desse ciclo ele é o que vai garantir o o Bom Sucesso e e a assertividade da da do desenvolvimento Educacional nos anos seguintes eh e a gente pensou esse processo de uma maneira que fizesse essa transição de uma maneira mais Sutil mais suave trazendo para esse tempo a mais dos alunos e dos
estudantes da do primeiro e segundo ano principalmente do primeiro ano elementos que ainda são da educação infantil para que essa quebra ela não seja uma quebra brusca né que a gente saia de de um contexto de exploração de contexto isso de investigação a partir dos interesses dos Estudantes das crianças do do da Educação Infantil e vá para um sistema eh um tanto eh eu não quero chamar de quadrado porque eu não acho que seja o caso mas é um pouco mais regrado né mais cartesiano em algum aspecto eh e tem sido uma experiência interessante assim
eh aqui em Santa Branca mas eu acho que a gente precisava discutir mais esses processos de transição da educação da do do Ensino Fundamental dos anos iniciais tanto pro que recebem né O que está saindo da Educação Infantil mas também aqueles que estão indo para pros anos finais da do do Ensino Fundamental porque que vão encontrar um contexto diferente e às vezes é difícil lidar né com às vezes eh essa essa esse fato esse dado de que as crianças não necessariamente estão finalizando o ciclo de alfabetização eh alfabetizadas eh essa contribuição que eu queria trazer
eh e agradecer a a oportunidade de participação a todos que nos assistem e e dizer uma vez mais a a honra que é ouvir alguém do Ministério da Educação pensando a a educação como um direito negociável e que tem esse esse Horizonte aí de de que ela deve ser algo socialmente referenciado Muito obrigado secretário caí eh antes de convidar para manifestação a próxima integrante da mesa eu gostaria de lembrar que todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pelo chat podem formular suas perguntas e comentários que nós vamos já estamos reunindo e vamos encaminhar pro
secretário Alexandro logo na sequência eu chamo então agora para fazer o seu comentário e as suas perguntas a a professora Aline Amorim Marques secretária de junta do município de Guar Arena Boa noite é um prazer est aqui participando dessa mesa eh representando município de Guararema e tendo a oportunidade eh de ouvir aí o professor Alexandro que nos propôs reflexões tão importantes sobre a questão da alfabetização na idade certa e eu queria destacar nas suas na sua fala Professor a questão da responsabilidade de cada um nesse processo de alfabetização desde o desenvolvimento das políticas públicas por
meio das pessoas que estão a serviço da população que somos todos nós eh secretários diretores coordenadores e professores até o próprio estudante e a sua família E aí eu gostaria que você conversasse conosco mais um pouco sobre como desenvolver essa consciência a consciência do papel de cada um nesse processo e não cair na máxima da culpabilização é isso muito obrigado professora Aline chamo agora para sua manifestação a professora Maris Ribeiro ela que é Técnica pedagógica do município de Mair poran pode falar boa noite sou a Bruna eu sou do município de Guararema professora eh aqui
no município nós temos o programa aprendizagem garantida que ele funciona em tempo integral e nele a gente tenta inserir práticas de alfabetização pras crianças mas de uma maneira mais lúdica e mais dinâmica do que da sala de aula eu gostaria de saber eh De que maneira as políticas de alfabetização estão sendo adaptadas para aproveitar o máximo do tempo estendido nas escola de tempo integral e quais estratégias estão sendo implementadas para garantir que os alunos possam aprofundar nas habilidades de leitura e escrita Obrigado Bruna então agora sim a Marle por favor Boa noite pessoal eh estou
aqui para para falar de alfabetização também né desde a educação infantil até a o fundamental um e quero agradecer a todos a presença né temos professores coordenadores presentes aqui com a gente a mesa também agradeço a cada integrante e quero dizer que em nosso município a gente tem Mita das práticas que o professor Alexander eh disse nós já realizamos né O que deixa a gente bastante feliz nós fazemos uma formação continuada efetiva eh colhemos resultados né fazemos monitoramentos eh orientamos para que o conselho de classe ele seja efetivo também eh nas escolas e fazemos também
essa reflexão da estruturação do currículo né são etapas importante aí para que a escola caminhe da melhor forma e todos aí pensando nesse planejamento para que chegue na sala de aula né E aí pensando um pouquinho em tudo que a gente conversou agora à noite eu tenho duas reflexões né assim que eu trago aqui pra gente conversar mais um pouquinho seria né Nós eh vemos já eh vários programas que chegam né até a gente alguns anos já então nós tivemos o prof a penik Ah agora o alfabetizar juntos né e mas eu fico pensando à
medida em que os programas vão se encerrando algumas práticas vão se perdendo né os professores vão deixando adormecido alguma das práticas que vimos como como algo importante a ser realizado e aí eu eu eu pergunto né como podemos garantir que essas formações realmente engajem os professores e ten um impacto concreto na prática lá na sala de aula para que possamos garantir o direito humano e uma outra reflexão eh como podemos repensar os cursos iniciais da formação do professor para garantir que além da teoria eh eles também incluam uma prática significativa que Prepare os professores para
os desafios reais da sala de aula T tô chamando aqui para sua manifestação Maria Olívia Firmino diretora pedagógica do município de planta Branca por favor olha Olívia seu microfone tá desligado Oi boa noite Boa noite a todos e a todas e É com grande alegria que eu participo dessa discussão aqui hoje e eu gostaria de saber um pouquinho eh como que a formação continuada dos professores pode minimizar o impacto na alfabetização e E também como que as políticas públicas podem sanar as defasagens da alfabetização e garantir que todos os estudantes tenham acesso a oportunidades equatives
de aprendizagem Muito obrigado acho que todos os integrantes da mesa já falaram faltou alguém não né então Professor Alessandro várias questões super importantes né você tá com a palavra antes que a gente comece eu tenho aqui uma relação enorme de professores que já fizeram questões pelo chat e eu vou encaminhá-las na sequência Professor Alexandro muito bom muito bom ouvir as as os comentários aí eh do Caí da Aline da Bruna da marisley da Maria Olívia Enfim acho que tem alguns temas que apareceram aqui que talvez eh eu não tenha abordado Eu gostaria de falar dois
deles eh eh tão bastante fortes assim na nossa reflexão aqui no Ministério da Educação mas para Além disso são dilemas que estão há algum tempo aí nas políticas de eh Educação Básica né o primeiro deles é eh quando o cí fala das transições entre as etapas da Educação Básica né de fato Esta é uma questão muito importante e que nem sempre a gente tem cuidado da maneira mais eficiente possível né é muito interessante quem é do chão da sala de aula vai se reconhecer nisso que eu vou falar os os professores do ensino médio geralmente
começam o ano dizendo assim Nossa esses meninos chegaram aqui no primeiro ano do ensino médio sem saber o mínimo de matemática sem saber o mínimo de língua portuguesa sem saber o mínimo de história que que estão fazendo nos anos finais do enso fundamental para eles chegarem assim tão defasados os professores do fundamental dois falam igualzinho só que eles falam assim os meninos estão chegando aqui no sexto ano sem saber ler escrever direito sem saber fazer as quatro operações matemáticas sem saber se comportar em sala de aula com autonomia o que que as professoras e professores
dos anos iniciais estão fazendo que não estão ensinando nada nos anos iniciais as professoras dos anos iniciais também costumam dizer assim nossa que que tá sendo feito na pré-escola que as crianças chegam aqui sem autonomia nenhuma não conseguem se relacionar com as os colegas na curma não sabem o nome da letra não sabe reconhecer o nome que que tá se ensinando na pré-escola e as professoras da pré-escola também olham pra creche dizendo assim bom que que fizeram de zero a 3 anos na creche para chegar aqui sem saber fal F Lar direito que que eu
quero dizer com isso se a gente não cuidar das transições se a gente não aumentar o diálogo e a reflexão coletiva sobre toda a educação básica como uma única trajetória nós vamos continuar buscando os culpados do fracasso escolar na etapa anterior e nós vamos continuar sofrendo com os dilemas que a gente enxerga em cada etapa associados àquilo que a gente esperava que os estudantes soubessem Eles não sabem então o c Tá certo que nós precisamos construir boas estratégias para transição entre etapas o que pode significar por exemplo reuniões compartilhadas das professoras da pré-escola com as
professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental ao longo do ano letivo para que elas possam compreender as práticas que são feitas numa e na outra etapa e construir pontes para apoiar a transição das crianças do mesmo jeito na transição dos anos iniciais pros anos finais os professores precisam se encontrar conversar entender como são as práticas pedagógicas lá dos anos iniciais e o que que elas estão promovendo e quais são as práticas pedagógicas dos anos finais e o que que elas estão promovendo o César quando foi secretário de São Paulo instituiu o ciclo interdisciplinar que tinha
justamente essa preocupação como é que eu faço uma transição Segura uma transição justa de qualidade entre os anos iniciais e os anos finais ora aproximando os profissionais que trabalham nessas duas etapas do Ensino Fundamental e aproximando a cultura pedagógica desses dois profissionais em torno de um currículo que é comum em torno de expectativas de aprendizagem compartilhadas então cuidar das transições é muito importante pros municípios geralmente a gente tá falando da transição da Educação Infantil pro Ensino Fundamental e do dos anos iniciais pros anos finais mas lá no médio também do nono ano pro Ensino Médio
precisa cuidar das transições eu conheço alguns eh municípios e até alguns estados que estão desenvolvendo guias pedagógicos para transição entre etapas e o MEC tá sistematizando isso para propor o uma reflexão para todo o Brasil mas os municípios aí do al TT aqueles que já possuem alguma estratégia nesse sentido podem compartilhar com os demais e fortalecer essa reflexão sobre as transições eu acho que você tocou num ponto muito importante caik também apareceu na fala do Caí em outras a relação entre educação integral em tempo integral e a alfabetização muito importante a gente dizer o seguinte
o programa escolas tempo integral do Ministério da Educação ele parte de uma concepção de que o tempo é só uma dimensão de uma boa escola de educação integral o tempo aumentar o tempo é só um pedaço da nossa responsabilidade e daquilo que deve est na nossa preocupação colocar as crianças mais tempo na escola mas esse tempo sem qualidade pedagógica esse tempo sem cuidado com currículo esse tempo sem prestar atenção nas condições da permanência da criança na escola não é educação integral Hein eu posso ter um tempo integral sem uma concepção de educação integral assim como
eu posso ter uma concepção de educação integral numa escola que ainda funciona em tempo parcial então quando a gente fala do tempo integral numa Perspectiva da educação integral as práticas de leitura grita são um componente fundamental desse tempo de qualidade que a gente quer expandir então projetos que foram citados aqui pela Bruna por exemplo e outros que eu vi no site do Fórum tem olhado para possibilidades do trabalho com leitura e escrita na educação integral a partir de projetos com literatura de projetos de resgate da memória eu vi um um dos projetos que cuida de
olhar paraa história da cidade acho que era Guararema se eu não me engano esse essas possibilidades que a educação integral abre para um diálogo entre cultura território leitura e escrita são fundamentais pra gente garantir esse processo de alfabetização consistente assim como garantir no tempo integral no tempo expandido da jornada as situações de recuperação paralela e apoio pedagógico Eu lembro quando fui secretário que o meu principal desafio era qual era o tempo para eu colocar um programa de recuperação paralela ou de apoio pedagógico para as crianças que estavam precisando mais além da jornada de sala de
aula com a educação integral em tempo integral eu posso fazer isso eu posso desenvolver projetos de apoio pedagógico de recuperação Paralela no contraturno focalizados nas crianças que mais precisam e fazendo um uso pedagógico robusto desse tempo então a educação integral É sim uma grande oportunidade pra gente mobilizar o sucesso na alfabetização a partir de projetos integradores envolvendo cultura território a a leitura e a escrita né a Line perguntou comentou um pouco dessa questão da responsabilização de todos né pela garantia da alfabetização e de como a gente pode melhorar aumentar essa responsabilização sem cair na ideia
de culpa é isso mesmo porque culpa não ajuda em nada culpa não ajuda em nada nós temos que falar de responsabilidade profissional nós temos que falar de compromisso ético e político nós temos falar de compromisso com a própria profissão mas não de culpa e como é que a gente aumenta o engajamento a responsabilidade das pessoas fazendo os pactos explicitamente chamando as pessoas para assumir compromissos registrando isso no projeto político pedagó da escola então tem que tá lá no PPP Qual é a rotina pedagógica de alfabetização da nossa escola Qual é a rotina da coordenação pedagógica
na atenção à alfabetização quantas vezes na semana a coordenação pedagógica conversa assiste aula de alfabetização das professoras para depois apoiar o processo de melhoria da prática e com as famílias gente nós temos que aproveitar os espaços de diálogo com as famílias para ajudá-las a entender como é que o processo de alfabetização acontece e como é que elas podem apoiar esse processo então fazer a reunião de de pais reunião com as famílias que a gente faz geralmente uma vez por bimestre ter conteúdo pedagógico Não é só para falar de indisciplina para dar recado administrativo é para
aproveitar o encontro a reunião com as famílias para apresentar elas um pouco do conteúdo pedagógico que elas precisam saber saber para ajudar suas crianças e dizer como é que uma família ajuda uma criança a se alfabetizar Às vezes a família quer muito ajudar e não sabe como né então desenhar boas reuniões com pais boas reuniões com as famílias nesse sentido a escola produzir pode produzir um um um material né um material para as famílias como você pode ajudar seu filho sua filha a se alfabetizar Que tipo de práticas que a gente sabe que acontece em
casa ou que deveriam acontecer em casa e que a gente pode aconselhar as famílias isso aumenta a chance das famílias também se responsabilizarem nesse processo né agora lembrando sempre o que eu disse as condições de vida das famílias das escolas brasileiras são muito desiguais há famílias que conseguem apoiar de maneira mais efetiva outras que não vão conseguir e a gente não pode penalizar as crianças por isso né também eh se tratou aqui um pouco de como a gente pode fazer com que as formações que a gente oferece na rede elas de fato endem garantam mudanças
melhorias na prática pedagógica do professor e da professora isso viu César é tema para um outro fórum só para isso mas vou falar duas coisas que eu acho que são fundamentais palestra Não garante esse tipo de Formação que a gente quer aula expositiva não garante esse tipo de informação que a gente quer a formação que mais tem impacto na melhoria da prática do professor é aquela que trabalha com processos de tematização e discussão das próprias práticas dos professores e professoras você tem que levar os professores a olhar para práticas pedagógicas analisá-las e criticar onde elas
estão sendo bem bem executadas bem planej e aonde tem lacunas você pode fazer isso com as práticas dos próprios professores das escolas mas isso exige um cuidado uma maturidade porque você vai colocar ali para todo mundo ver uma prática de um colega é precisa ter um ambiente cuidadoso para isso acontecer mas você também pode fazer com simulações de caso você pode apresentar os professores isso eu fazia muito quando eu era formador de alfabetização a a gente relatar uma cena de sala de aula com alguns problemas e colocar em discussão com um grupo de professores Quais
são os problemas que estão ali naquela cena pedagógica e quais seriam as alternativas do professor e da professora para corrigir essas lacunas isso é tematização de prática é estudo de caso esse tipo de Formação é a formação que mais colabora para a melhoria da prática do professor e junto a isso uma cultura de estudo da rede gente nós precisamos estudar Nós somos profissionais da educação quem não estuda não consegue ser bom professor quem não estuda não consegue ensinar direito então nós todos nós falo também para mim né eu não posso ser um bom gestor do
Ministério da Educação se eu não estudar né Eu preciso estudar e estudar significa um compromisso consigo mesmo um compromisso com a própria profissão então é preciso gente que cada rede de ensino cuide muito bem da implementação do 1/3 da jornada do professor dedicado à formação esse 1/3 da jornada tem que acontecer de verdade não pode ser horário de folga do professor é horário de formação de estudo de reflexão sobre a prática Então tem que cuidar muito bem para isso acontecer já falei demais César César olhou assim no relógio Então vou devolver a palavra para você
porque você falou que tem mais per Pergunta aí é que eu me empolgo desculpe não mas muitas questões que foram levantadas você já respondeu e tá tá muito bom viu Eh muitos elogios à sua a sua fala e eu vou começar então aqui fazer algumas questões do chat eh algumas delas eu vou colocar o nome né da das pessoas que perguntam mas apenas para ilustrar porque muitos fizeram perguntas semelhantes né e antes antes de de colocar o nome eu queria só trazer uma das preocupações que foram muito recorrentes aqui a respeito da Necessidade né de
que a a secretaria da educação a rede de ensino as escolas em particular a prática dos professores especialmente elas possam sempre se basear eh na organização do seu trabalho para com as crianças eh numa avaliação e numa percepção das da das pedagogias culturalmente relevantes que eu quero dizer com isso uma percepção e um conhecimento dos valores que são trazidos pelas crianças eh na sala de aula quando eu falo esses valores eh embora seja uma palavra genérica mas são as experiências que elas trazem os traumas que elas trazem as criações que elas trazem também então Eh
aproveitar ess esse material riquíssimo né Isso é uma postura que eu considero absolutamente fundamental como tá sendo colocado aqui por alguns educadores Ou seja a o desafio de construir pedagogias culturalmente relevantes para aquilo que o professor alessandre falou no primeiro momento o centro é a criança o centro é o aluno em cada uma das suas etapas né porque quando nós eh eu vocês sabem eu participei muito intensamente da elaboração da base Nacional comum curricular da educação infantil e do ensino fundamental é um documento importante que tem muitas lacunas tem incompletudes como qualquer tipo de obra
que a gente faz né ela tem as suas imperfeições que precisam ser corrigidas e a base Nacional comum curricular ela é uma possibilidade muito interessante de que professores em diferentes ET da Educação Básica conheçam o futuro né quer dizer conheçam o para frente e conheçam o para trás né professores do Ensino Fundamental de anos iniciais na sua formação continuada precisam ter o tempo e a dedicação para conhecer a estrutura o funcionamento das propostas né que balizam a educação infantil no Brasil e são propostas muito interessantes aquelas que estão na base Nacional da Educação Infantil e
a mesma coisa os profissionais que atuam na educação infantil em diferentes momentos precisam conhecer aquilo que vai ser trabalhado nos anos iniciais do Ensino Fundamental e até nos anos finais mas com especial atenção pro ciclo de alfabetização isso é muito importante porque nós sempre insistimos a base Nacional comum curricular ela deve ser uma inspiração para a construção curricular e dos projetos político-pedagógicos e até dos planos de aula os planos de trabalho de cada uma das professoras e dos professores a pergunta é quem conhece a base Nacional como curricular como um documento que é formal feito
quer dizer é uma orientação paraa educação brasileira é uma expressão uma enunciação dos direitos e objetivos de aprendizagem para todas as crianças não é currículo não é currículo único não é currículo mnimo mas temos aí sempre um desafio aquilo que o professor Alessandro falou agora ultimamente nós temos que estudar Isso faz parte da nossa prática e um dos estudos importantes é conhecer eh essa esses direitos de aprendizagem que em algum momento no país nós tivemos a ousadia de anunciar eles podem ser modificados podem ser completados e tudo mais mas eles podem ser um bom guia
inclusive para facilitar o trânsito das diferentes etapas da Educação Básica algumas perguntas mais específicas com ajuda da professora Clara nós estamos aqui meio que colocando em alguns blocos né além dos elogios que eu não vou aqui citar fala algumas perguntas a Juliana Por exemplo fala de os municípios Ainda não receberam a verba pros cantinhos de leitura que que acontecendo Então uma perun a né que nós precisamos ter o cantinho de leitura e trabalhar com a leitura para as crianças e tal mas n as salas de aula em geral são muito pequenas e com muitas crianças
Onde colocar esse cantinho de leitura ainda vou colocar algumas questões Professor Alessandro a respeito de aprovação e aprendizado a Juliana Por exemplo fala o que fazer com o dilema de reprovar a aquela criança aquele estudante não Alfabetizado no final do segundo ano aja Vista que precisamos manter os indicadores de aprovação aprovar e garantir a recomposição no ano seguinte é uma das questões importantes porque todos nós sabemos que há ainda uma leitura eh enfim com com muita deficiência a respeito dos dos resultados das avaliações principalmente das avaliações de larga escala né Então esse é um problema
que nós temos sempre que enfrentar e mais ainda uma pergunta da Adriana Gian ocri certo não poderia completar o ciclo do Ensino Fundamental a ideia dela parece que é pensar a questão da alfabetização não como um ciclo apenas de 2 anos mas um ciclo mais expandido né considerando de todos os anos iniciais do ensino fundamental para não não lotar muito a sua as suas anotações Alexandro paro por aqui por enquanto a com a palavra muito bom eh bom acho que o primeiro ponto que você trouxe aí na sua fala sobre as pedagogias culturalmente relevantes né
aqui no Brasil Talvez esse debate tenha mais seja mais dito com pedagogias atentas à diversidade e às desigualdades né acho que isso é fundamental pra gente pensar boas políticas de alfabetização porque eh muitas vezes o currículo da escola por não dialogar com as características das Crianças com o repertório cultural que essas crianças têm com os valores e e e com o Imaginário que tá ali na sua família acabam produzindo dificuldades adicionais para criança se relacionar com a leitura e com a escrita então é muito importante que a escola faça esse levantamento e compreenda Quem é
a sua comunidade né Quais são as características mais fortes que estão presentes ali naquele território e como cada criança traz pra sala de aula os seus repertórios né individuais e familiares isso claro implica criar na sala de aula um ambiente que seja eh convidativo à escuta das Crianças muitas vezes nós professores e professoras especialmente no ensino fundamental como a gente tá ali disputando o tempo pros conteúdos de tudo que a gente tem que ensinar Às vezes a gente diminui os tempos de escuta das crianças de os tempos de roda de conversa os tempos de diálogo
mais perto da criança porque a gente tá ali querendo aplicar os conteúdos todos que estão na no no currículo da rede e tal agora sem escutar as crianças fica mais difícil né Como a educação infantil tem uma Cultura né que historicamente marca os momentos de roda de essa eu fui professor da Educação Infantil e né nas escolas que trabalhei isso era é uma regra da rotina né começar o dia na roda perguntar como as crianças chegaram perguntar como é que foi o final de semana quando a gente tá começando uma semana na roda combinar como
é que vai ser o dia o que que vai acontecer ali naquele momento de aprendizagem Isso é uma cultura muito forte na educação infantil mas quando as crianças passam pro fundamental esse tipo de abord pedagógica vai desaparecendo de novo aqui como é que a gente aprende né nas transições porque não é porque a criança completou 6 anos e foi pro primeiro ano que ela deixou de ser criança né daí a importância eu vi no chat né pessoas pautando como é que a gente cria ambientes nas escolas de ensino fundamental em que a brincadeira seja possível
né com uma boa estrutura com e que que sejam ambientes acolhedores das infâncias então pensar uma pedagogia culturalmente relevante a partir desses repertórios culturais das características e singularidades e pensar as infâncias no processo de alfabetização é muito importante né sobre o cantinho de leitura primeiro assim o primeiro ano do cantinho de leitura não é não é que chega dinheiro na conta da secretaria hein é pdde na escola e todas as escolas que as secretarias indicaram e que não tinham pendências junto ao fnd o recurso foi repassado se a escola não recebeu eu acredito que pode
ser três hipóteses A primeira hipótese é ela não está nos critérios do programa que era ter turmas de primeiro e segundo ano ativas segunda hipótese a secretaria não tem indicado a escola na seleção feita e a partir do site do cimec para receber o recurso e a terceira hipótese é está com alguma pendência de prestação de contas do fnd de todo modo Quem perguntou aí se quiser tirar dúvida do seu município ou da sua escola pode escrever um e-mail para alfabetização sem o tio sem a sedila @mc.pratas multisseriadas e que são escolas do campo quilombolas
indígenas que não foram atendidas na primeira fase vai chegar agora para essas escolas o dinheiro pro cantinho de leitura e tá chegando o kit de livros literários do PNLD Primeiro vai chegar o da Educação Infantil e depois vai chegar o do Ensino Fundamental né Eh sobre o espaço da sala de aula e os cantinhos de leitura Eu sei eu sei que muitas vezes o tamanho das salas de aula e o número de alunos o mobiliário que a secretaria escolheu acaba inviabilizando fazer o cantinho dentro da sala de aula quais experiências eu já fiz como professor
e gestor no passado e que eu vejo circulando por aí a fora primeiro ocupar os corredores eh pedagogicamente né muitas vezes a gente anda pelas escolas e os corredores são vazios da presença pedagógica como se ali não fosse um espaço de aprendizagem como é que a gente pode ocupar os corredores como espaços de aprendizagem os corredores que levam até a sala de aula então uma possibilidade é essa outra possibilidade é pensar cantinhos compartilhados então ao invés dele ser usado só por uma turma ele pode ser usado por duas turmas eu posso ocupar então um espaço
externo a sala de aula e combinar a rotina pedagógica o que é importante é a gente pensar alternativas que nem sempre vão considerar um mobiliário eu conheço algumas experiências que trabalham com a ideia de mala de leitura Então as salas de aula tem uma uma mala que ela pode ser aberta pode ser fechada nos momentos em que a criança vai usar em que ela não vai usar então alternativas como essas agora é importante que as secretarias planejem ao longo do tempo como é que esse espaço da sala de aula pode se transformar pode ou ser
ampliado ou diminuir o número de alunos por turma para que o espaço pedagógico seja eh mais Eh mais interessante agora isso não é fácil tá gente eu falo aqui não é defendendo e nem nem querendo justificar ninguém não mas a as decisões da secretaria de educação também são muito difíceis porque eu tenho que garantir o atendimento de todo mundo melhorar a qualidade ao mesmo tempo e o recurso o dinheiro nem sempre dá para tudo então fazer escolhas de gestão não é simples também né Eh e a questão da aprovação reprovação aí eu acho que bom
tem um texto muito antigo de quando ainda tava fazendo magistério e eu eu li e o título do texto é assim é proibido repetir era o título do texto esse texto é de 1997 vocês podem encontrar aí na jogando eh nas nos buscadores de internet texto é de 97 o título é proibido repetir por quê naquele momento histórico o Brasil reprovava gente na década de 90 o Brasil reprovava 53 das Crianças na primeira série 53% das Crianças na primeira série era muito exagero E era uma visão de que o fracasso na alfabetização era culpa da
criança então a gente reprova para dar um sinal né era uma perspectiva muito punitivista E por que que eu tô falando isso porque nós reprovamos as crianças mais vulneráveis então pramos como país foi importante como país nós questionarmos essa centralidade da reprovação como estratégia pedagógica ela não pode ser a principal estratégia pedagógica porque a reprovação é equivalente à desistência do tratamento médico no hospital né então assim e e o que que os estudos foram mostrando que quando a criança era reprovava era reprovada ela não aprendia mais No outro ano quer dizer o efeito que a
gente queria gerar porque eu preciso dizer isso eu não acho que nenhum Professor acorda de manhã sonhando em reprovar criança não é isso que acontece é que parte de nós acredita que se a criança tiver mais um ano para ter oportunidades de aprender ela vai avançar mais a gente acredita nisso agora as Pesquisas mostram que essa aprendizagem não se fortalece com a reprovação por isso a gente construiu a ideia de c que é pensar uma temporalidade mais flexível que não termina em um ano para que as crianças possam se alfabetizar né a ideia de Ciclo
Básico de alfabetização foi construído e foi importante agora isso não significa que a reprovação escolar ela seja eu quero dizer o seguinte O problema não é a reprovação o problema é o conjunto de decisões que a gente toma junto com a ou junto com a aprovação da criança se ao final do segundo ano uma criança não está alfabetizada e nós decidimos aprová-la pro terceiro ano nós temos que dizer nós vamos aprová-la e vamos dar este este este apoio nós vamos sustentar essa criança naquilo que tá faltando para ela porque essa é uma responsabilidade Nossa e
se porventura a decisão que couber no sistema de ensino e for tomada pela escola for a reprovação primeiro não pode ser em massa é inaceitável uma escola reprovar em massa mas se houver a necessidade de num determinado momento da trajetória tomar a decisão de uma reprovação nós temos que dizer nós vamos reprovar e vão fazer o que diferente com essa criança no próximo ano porque se for para reprovar e ela ter a mesma aula Se for para reprovar ela ter o mesmo tipo de prática pedagógica Se for para reprovar ela usar o mesmo livro didático
não tá certo porque não funcionou não funcionou vou repetir então a reprovação ou a aprovação ambas tem que encaminhar uma decisão de intencionalidade pedagógica a respeito do que vem depois e claro que Nós criamos o Ideb em 2007 para combater cultura de reprovação sim por isso que o Ideb tem um indicador de nota no saeb e tem indicador de Flux controlar essa vergonha que existia antes das taxas de aprovação exageradas Agora esse processo gente ele tá muito atravessado por uma dor dos professores e professoras que a seguinte ó eu quero ensinar todas as minhas crianças
eu quero que todas as crianças aprendam eu quero que todo mundo seja aprovado ao final do ano mas eu não consigo com o conjunto de condições que eu tenho agora condições da minha prática pedagógica mas também condições do funcionamento do sistema de ensino da escola então todos nós professores comprometidos e sérios nós vivemos uma um uma relação muito contraditória com a nossa profissão Porque Nós escolhemos essa profissão porque nós queremos transformar a vida das pessoas então toda vez que um estudante não aprende dói no Professor primeiro dói no Professor quando uma criança não se não
aprende e essa dor preca ser acolhida nós somos gente eh profissionais que trabalham na fronteira da exclusão social na fronteira da pobreza na fronteira da vulnerabilidade muitas crianças nossas caminham todo dia na beira do abismo e a gente tá lá segur a mão delas na beira do abismo e a gente tá lá querendo que ela se alfabetize trabalhando para isso muitas crianças olham pro professor e paraa professora como a única porta de humanização e pergunta pro professor e pra professora professora você ainda tá aqui comigo você ainda acredita em mim professor você ainda acredita que
eu sou capaz de aprender eu preciso que você acredite Professora porque você é a minha porta de humanidade no mundo então eu sei que não é fácil garantir 100% de aprendizagem 100% de aprovação Não não é porque nós somos a escola pública possível feita com profissionais que são os profissionais possíveis com as crianças que são as crianças possíveis e com as famílias que são as famílias possíveis não somos os professores ideais nossas escolas não são as escolas ideais as crianças que nós recebemos elas fogem dessa ideia de idealização da criança perfeita e suas famílias também
nós somos sujeitos da Ordem do possível a escola pública possível a docência possível a criança possível a família possível agora sabe o que eu acredito radicalmente O Encontro do Professor possível com a criança possível o encontro da escola possível com a família possível pode gerar o impossível a gente tá cheio de exemplos assim os exemplos que a escola pública tem do Sucesso que ela produz são muito maiores do que os exemplos de fracasso Então não vamos ficar marcado por essa essa chave da proibição não proib o que nós precisamos entender é que nós fazemos nós
construímos uma escola na qual o nosso desejo é 100% de aprendizagem 100% de aprovação e nós vamos trabalhar todos os dias para isso trabalhar dentro das nossas possibilidades e eu sei que muitos de nós trabalha além das nossas possibilidades e é isso que importa os indicadores são reflexo disso E é assim que eles devem ser interpretados eh espero ter respondido César aqui talvez tenha sido polêmico mas espero respondido não foi brilhante como eu tava dizendo eu acho que é um privilégio eu acho que os colegas aqui percebem isso de ter um educador da sua qualidade
na numa posição de direção no Ministério da Educação especialmente tratando desses temas eu vou muitas das questões que eu vou apresentar aqui o professor Alessandro Já respondeu mas eh até Em respeito aos colegas que apresentaram questões no chat eu vou aqui relacionadas vai ser esse vai ser o último bloco e eu peço até desculpas né por várias questões que não puderam ser relacionadas mas a Marli Pinheiro Caldeira ela faz uma pergunta que também foi repetida por outros que qual é o parâmetro para considerar uma criança alfabetizada na idade certa Então essa é uma pergunta eh
eh a professora Viviane Franco pergunta se você tem um exemplo de trabalho em conjunto equipe gestora e docentes para intervir com as crianças que estão ficando para trás né se você tem aí um exemplo que possa possa ilustrar né Essa essa tese essa posição que você defendeu aí na sua fala a professora Rita Ramos como entender as metas de forma igualitária com tantas diferenças eh as questões relacionadas à inclusão e um professor só em sala de aula frequentemente lotada como é o caso do Ensino Fundamental então tem muitas perguntas eh relacionadas a essa inclusive em
relação aos problemas de estrutura que normalmente acompanham o trabalho e os esforços das professoras e dos professores a professora Luisa macari ela faz uma referência ao município de Poá que não está conosco nessa nessa sessão nessa edição do fórum mas ela diz o seguinte olha em Poá o berçário um e dois e Maternal um as crianças ficam somente com auxiliares de creche e não com professores o Maternal dois tem um professor num período só isso é um retrocesso na educação infantil eh eh isso ainda é tolerável pergunta ela né e ainda em relação à questão
da formação o Lao Santos como professora que atua na educação infantil vejo muitas fragilidades então devemos pensar que a formação continuada do professor também é um fator que precisa ser pensado Essa é uma das questões que o professor Alessandro já já tratou e vou continuar aqui para finalizar com algumas questões e algumas queixas relacionadas à estrutura isso é muito comum né mas elas já foram devidamente adiantadas pelo nosso palestrante a Graciele Torres como garantir o ensino equitativo com alfabetização em idade certa com tão poucos recursos desde a falta eação dos professores como materiais nas escolas
e falta de incentivo à formação eh a Daniele Prado Faz uma pergunta e aqui implantar um ensino integral e adaptar no espaço físico para comportar e receber esse aluno de forma adequada eh eh mas enfim não estão aumentando os espaços nas escolas Ades espaços internos mas não não aumenta espaço pelo menos essa esse é entendimento e aqui perguntas finais relacionadas à questão da família eh aqui o professor Igor fala a responsabilidade dos pais a família tem sim responsabilidade e ele reclama que o governo não protege seu povo da violência e isso é uma vergonha eh
eu já comentei a aqui em outros momentos do fórum que quando fui secretário de educação de Tabom da Serra nós tivemos uma experiência incrível de eh de criar uma relação uma possibilidade de relação virtuosa entre a família escola e a escola família lá em tabão da Serra do período que foi secretário as professoras do Ensino Fundamental frequentavam visitavam a casa de cada um dos seus estudantes isso criou uma conexão que transformou uma cidade de 250.000 habitantes com muitos problemas numa cidade Educadora que hoje é um dos melhores sistemas de ensino do Estado de São Paulo
por causa disso porque se criou ali uma inovação embora não tenha sido nada de muito milagroso ou novo mas quando Nós criamos esse programa de permitir que as professoras pudessem visitar a casa de cada um das suas dos seus alunos eh o aprendizado coletivo da família e da escola por essa prática inovadora ele foi eh absolutamente fecundo para modificar completamente as características educacionais da cidade com resultado do desenvolvimento de aprendizagem das crianças e jovens então eu quero ap citei esse exemplo porque o professor Alessandro tratou desse assunto muitos perguntaram e eu apenas quero dizer que
nós temos que ter uma posição criativa de envolver as famílias não é apenas a aquela questão de eh cumprir tabela e organizar uma ou duas vezes por ano uma reunião eh com os pais e as mães né que muitas vezes chegam intimidados até na escola mas muitas vezes a gente pode pensar e praticar formas inovadoras como inclusive mudar de mão ao invés de chamar Vinde a mim pais e mães vamos lá né vamos conhecer a casa as condições eh em que vivem essas crianças que muitas vezes são surpreendentes tanto eh eh pejorativamente ou condições ruins
como condições muito eh eh formas muito interessantes de enfrentar os problemas e que podem ser trazidos como experiência eh para a própria escola a Marta cobá né a família é um ponto chave para interesse da Criança em aprender porém trabalha em uma região de extrema carência e desestrutura familiar como suprir esses problemas Ô terminando aqui com ess essas últimas as perguntas finais pro professor Alessandro eh muitos aqui repetem os problemas da da do excesso de quantidade de crianças por sala de aula né Professor aí sema Freitas pergunta sobre isso a Daniela Arantes também Pergunta a
professora Ana Paula eh também faz perguntas exatamente na mesma direção igual a Eline Freitas eh seria um sonho distante cogitar a reformulação da quantidade máxima de alunos de sala de aula muito se fala em cursos para professor tipos de planamente por sabe-se da dificuldade encontrada na prática isso também já foi trabalhado pelo professor Alessandro que inclusive cuidou de citar um dos grandes desafios né que os profissionais da educação em todas as etapas e modalidades T de ter a as possibilidades de fazer educação a chamada educação especial a educação que exige eh uma atenção e um
e uma e uma resposta Educacional para aquelas crianças e jovens que que T deficiências e múltiplas deficiências que precisam ser conhecidas e que devem estar caracterizadas inclusive na proposta da escola enfim são essas as questões eh tem aqui uma segunda rodada deixa eu ver aqui eh bom eu já pedi desculpas né são muitas ainda as questões e elas vão ficar postas no chat ela essas questões inclusive eventualmente poderão nos ajudar coletivamente na região a refletir porque isso mostra que profissionais de Educação de diferentes municípios ou tem questões diferentes que precisam que merecem a nossa reflexão
como coletivo numa região ou são questões convergentes o que mostra que a própria região na na com os gestores educacionais e os secretários de educação podem devem e tem feito respostas coordenadas de enfrentamento dos Desafios educacionais Então tudo isso para dizer que a realização do fórum internacional de Educação do alto tit não é um evento que acontece todo o mês de setembro no ano não é só isso comp parças brilhantes como essa que foi proferida pelo professor Alessandro mas é um espaço de compartilhamento é um espaço de cooperação é um espaço de conhecimento e isso
portanto é um processo permanente mas Professor Alessandro com essas perguntas várias que eu coloquei aqui no final Eu pediria que você fizesse o comentário sobre elas como a sua última manifestação nessa segunda sessão do fórum internacional bom César é uma coisa muito engraçada que eu fico né provocado de falar muitas coisas O tempo é curto eh esse esse processo de interação né com os profissionais da Educação Básica eh me convoca como gestor público Mas também como pesquisador né sou professor de programa de pós-graduação em educação né trabalho com isso há muito tempo e fico muito
provocado de me aprofundar eh cada vez mais nesses dilemas vividos pelos professores e professoras no Brasil todo né mas eu eu sempre cito algumas algumas referências bibliográficas eu espero que isso não pareça pedante mas é que eu lembro eh de de textos e de coisas que eu li que são tão tão conectadas ao que as pessoas estão dizendo que eu fico querendo citar então eu vou fazer mais uma uma citação o professor José Mário Pires azanha já faleci mas foi professor na USP ele escreveu um texto em 1979 em que ele discutia eh a democratização
do acesso à escola no Estado de São Paulo eh e quais eram aquilo que ele chamava de vicissitudes né seriam os dilemas do processo de democratização e qual que era o contexto ali no final da década de 70 em 79 contester o seguinte a gente tinha 30% de crianças e adolescentes fora da escola no ensino fundamental 30% e portanto nós precisamos corrigir essa questão do acesso à escola com uma urgência que tava batendo na porta de um jeito muito né muito forte só que para você expandir uma rede de escolas e aumentar em 30 por
à matrícula você vai fazer isso comprometendo parte da qualidade né Por exemplo se criou o turno das 11 as3 né o turno da Fome para poder garantir que mais crianças pudessem ser atendidas em cada escola porque tinha 30% de crianças fora da escola e havia uma uma crítica muito forte do mundo acadêmico também de parte dos professores de que a gente estava destruindo a qualidade da escola pública Paulista ao fazer isso e o texto do azan é corajoso porque ele diz assim olha qualidade que não é para todos não é qualidade então nós temos que
enfrentar ao mesmo tempo o desafio de garantir todo mundo dentro da escola e garantir a qualidade desse serviço só que para fazer isso é difícil gente é difícil então as dores que nós vivemos nas nossas escolas eu quero fazer esse argumento com vocês Elas têm a ver com o processo de democratização do acesso à escola pública que a gente precisou fazer de um modo muito veloz sem o aporte de investimentos que era necessário para garantir a qualidade né o César pesquisa financiamento a vida toda ele sabe do que eu tô falando né a expansão da
escola pública feita para garantir o atendimento de todo mundo ela foi feita sem o aumento de recursos que era necessário para sustentar a qualidade então isso aparece nos nossos cotidianos né escolas com prédios com estrutura complicada escolas sem condições climáticas adequadas o número de alunos que não é o ideal na sala de aula então isso é uma consequência de um processo de democratização ou massificação da escola pública que não foi acompanhado com um aporte de investimentos que era necessário e nós estamos correndo atrás disso então eu quero dizer que essa nossa esse nosso sentimento essa
nossa vivência de problemas estruturais graves nas nossas escolas ela é fruto de um processo histórico que construímos até aqui e que com fundef fundeb a a gente tá tentando enfrentar eu sei que para quem tá todo dia na escola tá demorando muito para melhorar tá é isso que vocês estão dizendo aí no chat né tá demorando muito para melhorar o número de alunos por classe tá demorando muito para melhorar o meu salário tá demorando muito para melhorar as condições do mobiliário tá demorando muito para melhorar a acessibilidade da escola tá demorando muito para chegar o
apoio à educação especial inclusiva E é verdade mas isso é um processo histórico que o Brasil vai precisar enfrentar e enfrentar com coragem com consistência agora Há possibilidades de avançar mais e mais rápido e eu quero dizer para todo mundo aqui participar ativamente intensamente da construção do plano Municipal de Educação de cada cidade a década do pne tá terminando ele foi prorrogado só um ano para 2025 e todo mundo tá convocado a construir a participar da construção do plano Municipal de Educação porque é lá que a gente vai disputar as metas pro futuro pra próxima
década é lá que a gente vai dizer qual o nosso compromisso com a redução do número de alunos por classe é lá que a gente vai dizer qual o nosso compromisso com a melhoria da infraestrutura das escolas é lá que a gente vai dizer qual o nosso compromisso com a expansão da matrícula em tempo integral é no plano Municipal de Educação e assumir esse plano como uma estratégia de luta pela melhoria da qualidade da escola pública e eu não tô dizendo que o plano resolve tudo a gente já fez muitos planos mas o plano é
um movimento é um momento gente importantíssimo do comprometimento político da sociedade com educação então que a gente participe desse processo e paralelamente que a gente vai construindo em cada município as condições possíveis de melhoria o secretários e secretárias estão agora terminando um ciclo de gestão e precisam apresentar Qual foi o caminho que vivemos até aqui o que que conseguimos melhorar nos últimos 4 anos para mostrar esse compromisso com avanço contínuo e qual é a nossa visão de futuro pra educação nos nossos municípios né eu eu aqui como gestor do Ministério da Educação sofro de modo
parecido com vocês querendo fazer muito mais do que a gente faz mas com as restrições objetivas do orçamento da política educacional agora isso é é é nossa carne né é nossa é Nossa consistência cotidiana com o nosso compromisso de educação não desanimem eu eu eu assim é difícil a gente pedir isso né porque se trata de uma profissão exigente que impõe condições desafiadoras todo dia não à toa uma profissão com muito adoecimento da categoria e a profissional mas é também essa aposta ética política na transformação da sociedade eh os temas específicos da Educação Especial inclusiva
que eu acho que merecem César um fórum específico para eles né porque são várias dimensões que vão desde o diagnóstico precoce a rede de proteção social ao atendimento na saúde e chegam na sala de aula mas só para lembrar tá gente essas pessoas duas Décadas atrás três décadas atrás eram presas dentro de casa então eu quero eu tô tentando dar o sinal assim olha tem muita coisa para fazer tem é muito difícil ser professor no Brasil é é muito difícil ser diretor de escola em Brasil é é muito difícil ser secretário de educação é mas
o avanço que a gente fez ao longo dessas últimas três décadas justifica a nossa crença daqui para frente de que podemos ir mais longe e isso tem que nos inspirar ali no cotidiano e esse processo gente é um processo de eh eh a gente tá movendo o país numa direção necessária e importante para superar 380 anos de escravização das pessoas negras para superar 200 anos sem democracia as feridas dos golpes que que vivemos nessa sociedade e sobretudo para construir uma nação que seja a expressão daquela imagem que foi a fotografia que marcou a posse do
presidente Lula subindo a rampa do Palácio do Planalto uma sociedade em que todo mundo caiba em que todo mundo tenha direitos em que todo mundo possa exercer a sua idade na Plenitude Essa sociedade depende do quanto a educação pode produzir de avanço na garantia dos processos de transformação da sociedade eu não acredito que na minha realidade de tempo histórico de vida eu vá ver todas as transformações que eu quero ver na educação eu não acredito nisso eu acho que vai exigir mais tempo agora eu não posso A partir dessa constatação não me mover porque eu
sou movido por esse compromisso ético político com a educação e eu quero retomar aqui eh a minha defesa radical da escola pública eu só digo essas coisas que é possível acreditar que a gente tem que se engajar porque eu sei o que a Escola Pública pode fazer na vida de alguém porque ela fez na minha vida eu não tô falando da vida do outro eu tô dizendo a escola pública foi estruturante da minha vida ela garantiu que eu tivesse vivo hoje ela garantiu que eu pudesse me entender como gente encontrar um lugar no mundo e
escolher essa profissão que me realiza Apesar de todas as dificuldades então eu só posso acreditar muito nos educadores da escola pública Porque se ela fez isso para mim eu tenho certeza que ela pode fazer ISO para todo mundo Basta a gente cuidar juntos desta escola pública é o maior patrimônio de um país nos ensina nísio Teixeira é a escola pública então que a gente cuide Juntas e juntos que a gente possa cobrar e apoiar os nossos secretários e secretárias de educação e que eles estejam a serviço das escolas as escolas como centro gravitacional da política
educacional é boa escola para todo mundo boas condições de trabalho para os professores e professoras espaço de acolhimento cuidadoso na escola de aprendizagem e de desenvolvimento integral é o sonho que nós temos para todo mundo e juntos a gente pode mover esse sonho um pouco mais rápido vamos lá super Obrigado Professor Alessandro Santos foi muito bom eh a sua palestra é um material riquíssimo que certamente será usado eh nos trabalhos que os professores realizam nos horários de trabalho coletivo eh e também aqueles que estão participando foram préviamente inscritos pela secretaria de educação que com base
né nas nos seus ensinamentos e reflexões vão preparar e encaminhar um rápido relatório né Para que dará a sustentação Inclusive a emissão de certificados ao final desse programa de debates que é o quinto fórum internacional de educação Muitíssimo obrigado quero também agradecer ao o secretário Caíque a secretária adjunta Aline Marislei Maria Olívia e a Bruna que estiveram na mesa e agradecer especialmente também eh o professor Alan né o Alan que é da nossa equipe aqui do Instituto brasileira sociologia aplicada que passou muitos dias os últimos dias praticamente sem dormir eh deixando inclusive de cuidar dos
seus filhos pequenos para poder estabilizar a instabilidade né que provisória que já foi corrigida eh eh que foi um problema lá da Google né e não tinha nada a ver conosco mas enfim isso já foi resolvido Muito obrigado Alan reconhecimento ao seu profissionalismo e dedicação a mesma coisa ao Fabrício Luiz Henrique e Jeferson que são da equipe de transmissão do município de Mogi das Cruzes Muito obrigado pela competência companheirismo e dedicação ao trabalho a mesmo mesmo agradecimento quero fazer a Regina e a Emily que foram e estão sendo aqui as tradutoras de libras né Por
orientação dos secretários de educação o as transmissões do fórum internacional de educação são totalmente acessíveis em vários tipos de linguagem eu termino aqui agradecendo a presença e atenção de todos desculpando aqueles professores que encaminharam questões no chat que nós não tivemos tempo de responder e convidando a todos para a terceira sessão do fórum que ser será realizada na terça-feira da semana que vem nas mesmas 19 às 21 horas eh todas as sessões do chat Inclusive essa estarão imediatamente disponíveis no YouTube portanto são totalmente acessíveis na semana que vem nós teremos a participação do Professor Francisco
Soares um dos maiores nomes brasileiros na área de avaliação Educacional que vai tratar do tema alfabetização e avaliação eh agradeço muito a presença de todos e estamos agora aqui encerrando a segunda sessão do quinto fórum internacional de educação dos Municípios do alto TT uma realização das secretarias de educação dos Municípios da região dos 11 municípios que eu citei com apoio da UNESCO O apoio também do Instituto Natura e da fundação Lemo Muito obrigado a todos e até lá felicid [Música] k [Música] a n
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