Luto e Melancolia - Parte I

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Fábio Belo
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o olá pessoal hoje a gente vai falar sobre luto e melancolia do fred um texto de 1917 e e tem texto do pros muito importante chamado luto e melancolia né como o próprio nome indica é o texto seminal dele sobre esses dois grandes fenômenos na verdade ele vai tentar dar uma parcelada no texto sobre a mania então luto e melancolia mania são os três grandes temos que vão circular nesse texto aqui queria falar rapidamente sobre esse texto em muitos detalhes aqui é claro que a gente não consegue aprofundar em todos mas queria passar pelos elementos
fundamentais aqui desse texto primeiro grande ponto que queria destacar é que nesse texto do froid fica evidente o reconhecimento dele de que o narcisismo se articula a identificação e a identificação ela tem uma fase oral muito precoce tem a ver com uma incorporação que tem a ver com uma certa adesão e do sujeito ao objeto do wii u o objeto e pode tornar inserir nível inseparável isso que é o eu do próprio objeto e é um pouco isso que acontece no luto ea melancolia quando a gente perde o objeto a gente perde também parte do
eu porque porque o amor a relação libidinal investimento original sempre traz elementos identificatórios essa é a tese fundamental que tá sustentando né a lógica interpretativa do pros sobre o luto ea melancolia a identificação com o nazismo e o investimento revisional se misturam de forma não separado elas sempre vão estar juntos então essa é a primeira advertência queria que você sempre trabalhar sem a partir dessa hipótese dessa tese e esses três elementos não se articulam em vez o final identificação e nazismo froid vai escrever então o luto como essa reação diante da perda de uma pessoa
amada ou a perda de abstrações colocadas em seu lugar como por exemplo a pátria né então qualquer objeto né que a gente perde objeto libidinal que ele perde desencadeia esse processo que não é um processo natural né um texto muito próximo é esse aqui chamado sobre a transitoriedade pros vai apontar de forma muito claro não é todo mundo que tem a capacidade produto né esse trabalho de luto ele não é automático ele parece natural né o pode inclusive vai apontar um pouco para essa natureza do processo parece ser muito automático mas nesse textinho sobre a
transitoriedade vamos lembrar não é tão automático assim não alguns aliás caem no estado melancólico né a melancolia parece um luto que não consegue se fazer o nemo luto que permanece sem finalizar apesar do frost falar mais para o final do texto de um trabalho de melancolia dando a sugerir que esse trabalho de melancolia também tem um fim também teria um filho então talvez seja interessante pensar no luto como um processo de desligamento desse objeto perdido então vou retirando os meus investimentos libidinais desse objeto que eu não encontro mais na realidade e a melancolia como uma
incapacidade de resolver esse trabalho de luto essa certamente é uma das primeiras grandes leituras ele escreve assim a melancolia a melancolia caracteriza-se psiquicamente por um estado de ânimo profundamente doloroso por uma suspensão do interesse pelo mundo externo pela perda da capacidade de amar pela inibição geral das capacidades de realizar tarefas a fila depreciação do sentimento de si mesmo então vai muito apenas gente ler cada um desses elementos que o freud destaca como sendo o critério diagnóstico para a melancolia né acaba sendo aqui a um check list por assim dizer a gente está car a presença
da melancolia primeiro ponto então a presença da dor que ele ele vai apontar no final do texto também é importante a gente estudar dor psíquica como o elemento central na melancolia em tom estar diane profundamente doloroso então presença de toxic o segundo a suspensão do interesse pelo mundo externo estamos sujeito nada no mundo atrás na ele é incapaz de investimento libidinal no mundo externo que ser ponta é a perda da capacidade de amar next diálogos no educaçã o espinho essa perda de interesse pelo mundo ou seja não tem relação amorosa que se sustente não é
nada traz prazer no que tange as relações de amor quarto ponto philips a capacidade para realizar as tarefas práticas ou seja uma incapacidade de trabalho de maneira geral néviton inibição o que é um trevo as e grifar uma infecção generalizada para o trabalho também pelo amor né e finalmente quinto ponto uma depreciação de si mesmo né ou seja um ataque que o sujeito vai fazer pedido assim mesmo né ele vai se atacar permanentemente uma lista então né pra gente fabricar em um critério diagnóstico dentro da psicanálise do quadro da melancolia que tem um trabalho de
luto trabalho de luto então é retirada do investimento libidinal objeto perdido essa prova né teste de realidade vai mostrando que o objeto não existe mais apesar da resistência do sujeito né que não abandona objetos de amor muito facilmente odeia nem abandonar essas vias de prazer encontrar apesar da resistência de abandonar essas vias ele vai fazendo esse abandono é esse o trabalho a renunciar a um determinado caminho de prazer que tava montado renunciar a uma relação amorosa que estava estabelecido e seu trabalho de luto portanto um trabalho lento talvez interminável em alguma medida já que a
marca do objeto fica no aparelho se fica dentro do sujeito a gente nunca esquece o objeto mesmo que está inscrito na gente aliás um parente importantes ou gostaria de abrir mostra claramente como que o fro ejipta pressupondo que o objeto perdido ele nunca é perdido de fato isso que é o trágico para concepção psicanalítica aqui no luto o objeto ele tá sempre presente dentro do sujeito sempre ele nunca abandonarão de fato nunca é perdido né nunca falta efetiva do objeto não já tá sempre presente um problema exatamente esse é como dizem vestir né da representação
do objeto questão não passa mais muitas vezes ao longo do o luto pela perda do objeto externo mas pela perda desses investimentos né pelo retirada desse investimento que tem que ser feito do objeto interno que permanece como representar som esse é o problema você parar de pensar na pessoa amada todo dia é sem parar de lembrar da pessoa amada a qualquer momento né cê sai na rua se ouvir uma música você tá lembrando a pessoa amada o problema é esse problema é que o objeto não se perde a representação do objeto permanece excessivo trabalho de
luto é desistir desse excesso do objeto que permanece tão tomar cuidado aí com uma leitura muito rápida do freud que a pontaria para esse perdido aí enquanto ausente a grande questão que o objeto não é a presença do objeto externo faz é contornar por assim dizer esse objeto externo pra que a representação internas esse objeto ganhe consistência a partir e essa interna dele mas a grande questão é que perdido esse contorno libidinal né do objeto externo a presença do objeto interno ainda continua continua e é sede e ataca ou eu e fica ali exigindo mais
uma vez na presença do objeto externo que muitas vezes já não está mais lá né relação amorosa acabou o outro morreu e certo e o objeto ainda continua toma objeto perdido permanece na melancolia a gente não sabe exatamente o que que o sujeito perdeu no luto a gente tem a noção né do que que o sujeito perdeu na melancolia não sujeito ele não sabe escrever o quê que perdeu mas a sensação é de que perdeu alguma coisa ou perdeu alguém e ali reclamando de algo que não existe não tem perdeu falta aí aparece muito essa
toda essa o logia da falta do vazio o escuro net e não tem nada que o preenche o que preenche esse buraco essa metáfora do buraco vai aparecer muito né nos casos de melancolia ou seja tem uma perda que não consegue ser identificar então tem toda mesmo uma problemática da ausência da falta do vazio que a melancolia coloca em questão mesmo aí eu faço questão de assistir o freud vai colocar a presença mais tarde né é a identificação com o objeto identificação narcísica e maciça com o objeto que está em questão não é não colhi
ou seja não é ausência não é a falta é a presença maciça do objeto uma presença que inclusive eu não consigo distanciar uma presença que vai fazer com que o identifique de forma primo de forma coagulada de forma colada mesmo o radical e na medida em que eu não consigo me distinguir preciso de alguma maneira apagar e esse apagamento da presença do objeto é também feito sob a forma de um ataque ataque do eu sobre ele mesmo sobre o eu pra que eu tente me descolado objeto essa é a problemática da melancolia freud não é
uma problemática da ausência não é um problemático do vazio na então queria contar para essa leitura que me parece às vezes aparecer na tradição histórica da psicanálise né da leitura de próteses vão ver que não passa pela ausência mas uma problemática da francesinha é um frágil num determinado momento o texto a insistir na falta de vergonha do melancólico na reclamação do melancólico não melancólico ele reclama sem vergonha ele fala ele é loquaz naquilo que ele traz de queixa e ele reclama de uma perda e ele faz múltiplas alto recriminações e a gente não tem como
evitar a impressão de que as mais graves acusações com frequência não se encaixa exatamente a própria pessoa do melancólico mas que se aplicam perfeitamente a uma outra pessoa que o doente ama amou ou deveria amar sempre que se examinam mais a fundo esses conteúdos o doente acaba por confirmar essa suposição assim tem-se nas mãos a chave para o quadro da doença assalto recriminações são recriminações dirigidas a um objecto amado as quais foram retiradas desse objeto e desviadas para o próprio eu tão froid tá partindo do pressuposto de uma identificação maciça no melancólico entre o eu
eo objeto na medida em que a é o diabo objeto diretamente me distancia dele eu me agrido eu me recriminando por que estou tentando recriminar o objeto essa é a tese do froid né até que está baseada nessa hipótese de uma identificação maciça uma parcela do eu trata outra parcela do eu como se fora um objeto a instância crítica nesse caso para está começando aqui a desenhar o seu perégo a instância crítica que nesse caso foi capaz de se separar do eu também será sob outras condições capaz de demonstrar sua independência então assim distância crítica
que vai se separando do eu para se identificar com o objeto vai tornando essa relação aparentemente do ao objeto um lado tem o do outro mas no fundo tá colado os o objeto ou eu se dente a forma muito misturada isso parece o início ao as condições de possibilidade para a melancolia freud então vai brincar aqui que as queixas do melancólico são na verdade acusações né de lágrimas indian tribe né então assim é uma brincadeira aqui com as palavras em alemão mas as queixas são recriminações né na verdade quando eu me queixo eu sou uma
merda ninguém gosta de mim né eu sou muito feio e certo essas queixas do melancólico na verdade são acusações você não me ama você é me acha feio você em justo e daí por diante ou seja o fred já tá de alguma forma apontando para o trabalho de melancolia né para aquilo que deveria ser um trabalho de melancolia e um trabalho analítico direção tratamento por assim dizer da melan polir reconhecer quem é odiado um objeto a ser hoje a bom e fazer esse trabalho para separação talvez isso seja o encaminhamento nos casos da melancolia não
acreditar nessas queixas do melancólico fazer com que o melancólico reconheço as identificações que estão sustentando essas queixas que ele dirige a si mesmo como acusações que ele tá dirigindo a outra pessoa pode ir ele vai situar então tipo de ofensa real ou decepção proveniente da pessoa amada como origem da melancolia né fica aqui então uma sugestão para de pensar nisso assim que que tá dando origem a melancolia é uma ofensa real ou uma recepção um ataque portanto né então é preciso reconhecer aqui um teto ataque do adulto diante do bebê é endereçado ao bebê e
talvez você tá que seja muito precoce né hipótese aqui é é um ataque muito precoce contra o qual bebê não pode a entender a não ser se identificando com esse adulto agressor então eu me identifico com um adulto apressou ao invés de agredir o adulto porque eu não tenho condição de som ainda eu me abrido né fazendo uma cisão acontecer eu agrido objeto cindo eu uma parte fica identificada com o objeto a qual eu possa agredir mas ainda agrido a mim mesmo porque eu tô absolutamente colado com o objeto identificado narcisicamente oralmente com esse objeto
ou essa é a condição de possibilidade para melhor polir ser um ataque precoce uma decepção precoce o tá totalmente identificado com o objeto não consegui ainda me diferenciar totalmente objeto onde está falando de uma origem muito precoce da melancolia né o que vai tornar possível ou não é se esse ataque for feito muito precocemente torna impossível o trabalho de luto né a e toma conta ou vai tornar possível esses attacks que vão existir sempre ataques decepções né do objeto vocês ataques acontecerem mais tarde aí o trabalho de luta é possível é daí que vem essa
tese e vai aparecer no sobre transitoriedade que o luto nem sempre é possível nem sempre e agora fica mais claro por que que não é possível sempre porque talvez os ataques pudessem ter ocorrido não tempo muito precoce que impossibilitou a separação do sujeito e do objeto algo a separação que é absolutamente indispensável para que haja trabalho de luto perdi o objeto mas não perdi a mim mesmo é esse um dos pontos aqui que só está faltando esse texto e aí aparece a frase mais bonita do texto né uma frase também enigmático e é sobre a
sombra de um objeto né ele vai dizer o seguinte a decepção do objeto um pensa real resultado do processo não foi um processo normal da retirada da libido do objeto oi e a seguir o seu deslocamento para outro objeto não vai ser isso que vai acontecer na melancolia o que que acontece o investimento da carga objeto se mostrou pouco resistente e firme e foi retirado tão retiro esse investimento de carga no objeto aliviado então liberada em vez de ser transferida a outro objeto ela vai ser recolhido para dentro do eu lá essa libido não foi
utilizada para uma função qualquer e sim para produzir uma identificação do eu com o objeto que tinha sido abandonado assim a sombra do objeto caiu sobre o eu a partir daí uma instância especial podia julgar esse eu como se fosse um objeto a saber o objecto abandonado são é a sua identificação cria uma cisão né mas instância especial que julga ou eu como julgava né o objecto abandonado é uma perda do objeto transformou-se em uma perda de aspectos do eu e o conflito entre o eu ea pessoa amada transformou-se num conflito entre a crítica ao
eu e o eu modificado pela identificação então é um jogo interno muito complexo que está se estabelecendo na melancolia se estabelece também em cada processo de luto é comum ver isso aqui nos processos de luto né da gente conversando com a pessoa amada né dentro da cabeça como que a gente ia refazer aquela briga e que ela ia falar para a gente a gente repete as brigas ou repete a os conflitos porque esse processo identificatório existe também de processo de luto o que a grande questão aqui na melancolia que tudo isso fica muito inconsciente e
sem essa presença do outro muito claro tudo isso é muito inconsciente e o sujeito sente conscientemente apenas é dele mesmo feito por ele mesmo né o ataque aí ele feito por ele então é e eu sou merda eu sou muito ruim ele não vê a presença do outro com outro vai aparecer no ao longo do tempo né minha mãe não gosta de mim meu pai meu deiam né porque eu sou muito ruim porque eu não presto porque eu sou né imprestável sou um bicho tão tem algo que vai trazendo a presença do outro mas de
maneira geral por melancólico a questão está centrada no seu próprio eu né mas no fundo que o crosta dizer a mulher não é o próprio eu a algo aí que está a identificação com o objeto que foi potencil né que o ofendeu que o decepcionou que o atacou um dos pressupostos então aqui na melancolia está falando de uma identificação narcísica uma identificação muito obrigada a oralidade uma identificação que o fred vai fazer que são e da identificação histérica ou seja uma identificação e mantém ainda objeto e eu separados né eu pego um pedaço de objeto
eu quero seu objeto mas me reconheço diferente dele na identificação melancólica na identificação narcísica marcada pela sexualidade oral e eu não sei das minhas fronteiras essas fronteiras se perde é isso pro está apontando aqui é parece haver um tipo de precocidade nas condições de possibilidade para o adoecimento melancólico é muito precoce porque o eu ainda não consegue distinguir claramente ele não tem fronteiras ainda muito demarcadas e é esse o problema que vai levar melancolia essa teste folclore repete mais uma vez uma vez tendo de abdicar o objeto mas não podemos renunciar ao amor pelo objeto
esse amor refugia-se na identificação narcísica de modo que agora atua como o ódio sobre seu o substituto insultando rebaixando fazendo sofrer e obtendo desse sofrimento alguma satisfação sábio tão na medida em que eu tive que abdicar o objeto porque esse objeto minha de hobby foi de mim né é porque ele me ofendeu que ele me agrediu então eu tenho que abdicar vamos lembrar de sua origem violenta da melancolia ir então na medida que eu tenho que abdicar dele eu identifico com ele e identificamos passa uma cisão e essa parte identificada com o objeto ou começo
agredir né mas a vida é assim mesmo para não agredir objeto de quem eu não consegui me separar de fato é essa auto flagelação do melancólico nessa alto para geração são sempre dirigidas a algum objeto essa é a tese do pros não acreditar exatamente no melancólico né colocar em xeque essa autoflagelação é verdade a desejos ajudou também de flagelar o objeto vamos fazer um paredes aqui e assim e também né matizar um pouco isso com uma flange é muito provável que o melancólico tem a razão desse sentido de flagelar o objeto né talvez esse objeto
tenha sido de fato violento com ele é ideia é importante da razão aí ao melancólico no sentido de que o outro disse para ele ele ativamente que ele era um bosta né que ele é um merda então reconhecer dá testemunho a essa violência inicial na vida de um relatório talvez seja muito importante do ponto de vista analítico talvez não seja sem razão que o melancólico critique tanto assim mesmo mesmo que seja acreditando o outro não é mesmo que seja agredindo o outro então queria fazer esse parentes aqui assim como na frente de que essa relação
dialética né entre a identificação do eu com o objeto tem algo de verdadeiro e o eu tá trazendo aí o outro me violentou né precisa ouvir isso não é de todo mentira a auto-acusação porque ele também não é de toda mentira acusação então fazer uma dialética disso é importante essa outra acusação é verdadeira porque ele ouviu isso mesmo então ele se reconhece nesse lugar de merda mas não é completamente verdadeiro como pode tá dizendo né porque ela também é decorrente dessa identificação que eu precisei usar o melancólico precisou usar para atacar o objeto que me
atacava né então vamos matizar isso acho importante junto aqui com que o fred tá dizendo e a partir de determinado momento pode começa a falar do sobre o suicídio e essa grande tese né sobre suicídio do freud na obra do pros como todo né assim ele tem uma tese que está claríssima nesse texto eu acho que a gente tem que fazer que 11 parentes para falar sobre o suicídio nesse texto sobre a oi bom dia
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