MEMÓRIA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS (O Cais do Valongo)

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Iuri Farias
Escravidão, o tratamento de seres humanos como propriedade, destituídos de direitos pessoais, ocorre...
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e o desenvolvimento econômico do Brasil colônia teve como um de seus alicerces a utilização da mão de obra escravizada africana milhões de homens e mulheres foram violentamente retirados de seus territórios e de suas famílias e trazidos à força para o continente americano muitos deles para o Brasil devido às péssimas condições de vida as quais eram submetidos havia um alto índice de mortalidade entre essa população Esse fato somado ao crescimento econômico da colônia fez com que a demanda por novos escravos fosse muito alta e na América portuguesa a cidade do Rio de Janeiro foi um dos
principais portos de desembarque de negros escravizados E durante anos o comércio de escravos foi realizado na principal rua da cidade a Rua Direita e no final do século 18 porém isso começou a se tornar uma preocupação para os governantes da cidade a Rua Direita concentrava o centro econômico social e religioso da cidade e a quantidade de Africanos escravizados especialmente dos recém-chegados girava embaraço as elites em diante disso decidiu se transferir o desembarque e o comércio dos negros escravizados para um lugar mais isolado a região escolhida Foi a do Valongo localizada entre os morros da Conceição
e do Livramento a área recebia esse nome por ser uma junção das palavras vale e longo na região já estava localizado o cemitério dos Pretos novos destinado ao sepultamento em Covas rasas dos africanos escravizados que morriam logo após a passagem dos navios pela Baía de Guanabara O Cais foi oficialmente construído em 1811 três anos após a chegada da família real e os escravizadas que sobreviviam a travessia Atlântica eram submetidos a uma inspeção de saúde em seguida eram isolados em quarentena até serem levados para o mercado do Valongo onde eram negociados a região Então passou a
concentrar não apenas o sepultamento dos escravizados recém-chegados Mas também se tornou um local de desembarque de primeiros tratamentos e de comercialização dessa população e o cemitério dos Pretos novos foi fechado em 1830 sobretudo devido a reclamações das pessoas que passaram namorado na região a partir da década de 1830 período em que entrou em vigor a primeira legislação para impedir o tráfico o Caio também perdeu sua função original e já não podia mais ser utilizado para este tipo de desembarque assim diversas mercadorias passaram a entrar na colônia Portuguesa pelo Cais do Valongo e no início da
década de 1840 por ordem de Dom Pedro Segundo o cais foi totalmente reformado para que o navio que trazia a sua futura esposa Teresa Cristina Maria de Bourbon ancora-se em é um novo atracadouro foi construído por cima do antigo e o nome do lugar foi alterado para cais da Imperatriz procurando suprimir assim a memória do espaço o anterior e ao longo das décadas seguintes ocorreram muitas reformas na região soterrando cada vez mais os vestígios materiais e apagando a memória do Cais do Valongo e em 2011 em uma das reformas para as Olimpíadas de 2016 no
Rio de Janeiro foi encontrada a parte da estrutura original do Cais do Valongo Além disso grande vestígio material foi localizado durante as escavações esse material pertencia não só a elite da época mas também é os africanos escravizados essa descoberta intensificou as discussões a respeito da chegada e de como viviam os negros escravizados no Rio de Janeiro do século 19 e em 2017 o sítio arqueológico do Cais do Valongo ganhou o título de patrimônio mundial da UNESCO
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