Diversidade, inclusão e vieses inconscientes | Cristina Kerr | TEDxFAAP

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TEDx Talks
Nos constantes esforços para tornar a sociedade cada vez mais inclusiva, respeitando a diversidade d...
Video Transcript:
Oi boa tarde estou muito feliz de voltar na Fapi em uma das minhas faculdades Eu sou Chris quer e hoje a gente vai falar sobre temas extremamente importantes vieses inconscientes diversidade inclusão vocês sabiam que todas as pessoas têm viagens inconscientes eu descobri que eu tinha vieses inconscientes quando eu li um livro de uma professora de Harvard chamada banagi o livro dela se chama Blind Spot viés de ponto cego Foi aí que eu descobri os meus vieses e fui estudar um pouco mais sobre esse tema e entender como que ele impactava a diversidade EA inclusão ah
e hoje eu vou trazer para vocês algumas informações super importantes como entender então o que que é diversidade diversidade é a multiplicidade é a variedade Isso quer dizer então que todas as pessoas são diversas só que o nosso cérebro adora categorizar tudo e todos não existe ninguém igual a ninguém a gente tem que olhar as pessoas de forma individual vamos pegar um exemplo um casal de irmãos gêmeos eles podem ser idênticos nas suas características físicas mas quando nós olhamos a diversidade cognitiva que são os pensamentos as ideias e os talentos Eles são muito diferentes então
é como a nossa digital não tem ninguém igual a nossa digital só que para gente então é muito difícil olhar dessa forma e por que que hoje e empresas a gente ouvi falar muito sobre os grupos minorizados que eles são formados por mulheres pessoas negras pessoas dos grupos LGBT e mais pessoas com deficiência porque esses são os grupos com menor representatividade dentro das corporações por isso que a gente tem esse olhar Além disso quando a gente olha esse grupo Na nossa população hoje a gente tem uma grande população de pessoas negras que é formada por
pessoas pretas e pardas quase 56 por cento da nossa população quando a gente olha mulheres a gente tem 51,8 por cento de mulheres na nossa população e pessoas com deficiência 23,9 ou seja onde estão essas pessoas quando a gente olha nas instituições e nas empresas elas não estão nem nos cargos de alta liderança nem nos cargos de Oi e a gente vai entender um pouquinho O porquê disso tudo que está envolvido com os nossos vieses inconscientes quando a gente olha inclusão inclusão nosso cérebro é um cérebro muito associativo ele adora fazer associações e como a
gente ouviu a palavra inclusão muitas vezes relacionada a pessoas com deficiência inclusão social a gente guardas informação dentro do nosso cérebro mas na verdade inclusão a gente está falando de todas as pessoas Todo mundo precisa se sentir incluído a gente começa olhando o que o senso de pertencimento todas as pessoas precisam se sentir pertencentes precisa se sentir parte depois valorização puxa eu entro no projeto eu quero participar do projeto importante eu tô numa reunião eu quero que escutem o que eu estou falando então inclusão envolve todos esses pontos e mais um fundamental que é o
respeita e como é que eu posso estar numa reunião Ou em qualquer ambiente houve por exemplo uma piada uma brincadeira isso fere diretamente a pessoa quando nós estamos nos ambientes nós precisamos de segurança psicológica para a gente ter produtividade é assim que nosso cérebro funciona ele está sempre buscando eu estou sobre ameaça ou estou no lugar seguro É isso que o nosso cérebro faz o tempo inteiro isso está relacionado com inclusão e com a produtividade das pessoas existe uma frase muito famosa da velha Meyer que é vice-presidente de de inclusão estratégica na Netflix que fala
diversidade ou convida para o baile inclusão eu convido para dançar como é que a gente traz isso para nossa realidade diversidade o que tá acontecendo a gente traz as pessoas para dentro dos ambientes corporativos Mas será que efetivamente elas estão se sentindo incluídas bom então se sentindo bem nesse ambiente como é que a gente caminha então para inclusão como entender um pouquinho primeiro. A exclusão pessoa que não tem viessem consciente nenhum aqui são pessoas que falam assim não quero mulheres no meu time não quero pessoas com deficiência não quero pessoas negras Isto é exclusão não
tem viés inconsciente nenhum aqui depois a gente vai para integração que é exatamente o que está acontecendo nos ambientes corporativos eu trago as pessoas diversas Mas eu não estou fazendo ela se sentir em incluídas ainda a gente tem uma tendência a gente busca pessoas muito parecidas conosco então quando eu entro numa empresa e eu sinto que não tem representatividade minha ali eu vou procurar as pessoas que são iguais a mim essa ela fazer para quando a gente vai no evento quando a gente chega no evento a primeira coisa que a gente faz a gente dá
uma olhada para ver se a gente conhece alguém naquele ambiente para que eu me senti E é isso que a gente busca o tempo inteiro essa segurança eu encontro com os iguais então quando a gente olha nas empresas a gente tem os grupos juntos pessoas com deficiência pessoas negras homens mulheres a gente precisa com conseguir ficar perto de outras pessoas que é exatamente a inclusão é quando estamos todos juntos e misturados sentindo que eu sou naquele em qualquer ambiente que eu estiver eu estou me sentindo valorizada eu estou me sentindo respeitada naquele ambiente Qual que
é o grande desafio da história toda a gente tem um cérebro e dentro desse cérebro a gente tem um dos sistemas que se chama inconsciente esse nosso sistema inconsciente é um sistema aqui também é conhecido como automático emocional e instintivo e sistema nosso sistema primitivo a nosso sistema de sobrevivência que a gente tinha lá atrás hoje eu precisava ver e na minha frente entender que aquele animal poderia me matar então eu criava uma associação esse animal vai me matar eu tenho que me preparar Então esse sistema ele é um sistema que ele cria várias associações
mentais ele guarda todas essas informações esse sistema grande função dele é reconhecer padrões e criar memória emocional então o que que esse sistema faz é como se dentro dele a gente tivesse uma mochila e essa mochilinha a gente vai guardando todas as experiências que a gente teve a nossa vida inteira eu vou guardando ali positiva ou negativa se informação e aí na hora que eu encontro com uma pessoa o meu cérebro tem um gatilho mental e buscas informação dentro dessa mochila e me traz Qual é a informação que está gravada Então vamos dizer que eu
encontro uma pessoa que me lembra alguém com que eu tive uma experiência profissional ruim ou eu acho o meu ontem e essa pessoa que estava ali era a pessoa do Mal encontro hoje com uma pessoa que lembra ela o que que acontece com meu cérebro ele traz essa referência então é mais ou menos aquela intuição que a gente tem quando a gente chega no espaço fala assim não gostei dessa pessoa ou a gente fala assim adorei essa pessoa não sei o quê que foi são essas informações que o seu cérebro está trazendo para você ele
faz esse gatilho mental e faz uma comparação e traz a informação para você e aquilo que você vivenciou ele trazer exatamente a mesma experiência e ele traz também dentro desse sistema inconsciente ele vai armazenando ali todos os estereótipos que a gente vai adquirindo durante a nossa vida toda o que que são os estereótipos são categorizações que a gente vai criando para pessoas e para grupos sociais então eu moro uma pessoa eu vejo ela e já trago as informação de qual estereótipo eu tenho guardado a gente também ao longo da vida vai recebendo da nossa família
todas as crenças então aquilo tudo que a gente acredita como uma verdade que muitas vezes foi passado por um avô por uma avó por um pai por um tio para uma mãe por um professor e a gente guarda essas informações que viram verdades absolutas E essas esses estereótipos essas crianças levam a gente a ter os preconceitos o que que é o preconceito é um julgamento sempre hostil e negativo referente alguma pessoa criado por conta do estereótipo e das crenças a gente também tem influência das crenças culturais a gente tá num país que é um país
que tem uma cultura ainda muito machista muito racista muito homofóbica muito capacetes tá muito classista então todas essas influências Estão guardadas aqui dentro do nosso cérebro vamos entender melhor quando eu falo para vocês assim pensa na pessoa que comanda o avião Será que a primeira informação que veio para vocês foi essa aqui é ou será que a informação que veio para vocês foi essa aqui porque quando a gente pensa primeiro a palavra comanda será que quando a gente pensa em comandar a gente pensa num homem a gente pensa numa mulher quando a gente pensa na
palavra Líder Será que eu penso em um homem ou eu penso em uma mulher liderando então isso está armazenado aqui dentro do seu cérebro Esses são os estereótipos qual é o lugar que eu acredito de cada pessoa a gente pode olhar a mulher e como a gente viu poucas comandantes como ela e mais comandantes como ele a gente guarda exatamente essa informação no nosso cérebro e essa mulher quando a gente olha para ela qual é a primeira informação que o seu cérebro te manda Qual é o cargo que você acredita que essa mulher tem Normalmente
quando eu faço esse exercício as pessoas me dizem Ah eu acho que ela trabalha numa ONG ou então as pessoas me falam o seguinte Olha na verdade eu acho que ela é uma professora ou eu acho que ela é uma enfermeira mas muito mas muito dificilmente as pessoas vão me dizer que ela pessoa que tem o cargo mais alto na empresa na verdade essa aqui é a Ursula burns ela foi presidente esse ou da Xerox Mas por que que a gente não guarda essa Associação com quantas pessoas negras você estudou na sua vida com quantas
pessoas negras Você fez faculdade na vida com quantas pessoas negras você trabalhou que eram os gerentes diretores e diretoras de empresa então a gente guarda Exatamente Essa associação no nosso a hora que eu encontro a Úrsula eu tenho uma dificuldade de trazer essa informação de entender que a Úrsula é a pessoa que ocupa a posição mais alta dentro da Corporação vamos mais um exemplo quando eu olho esse homem Qual a informação que eu tenho sempre nós temos associações positivas para pessoas tatuadas hoje temos Inúmeras pessoas tatuadas mas muitas vezes quando eu pergunto para as pessoas
como foi quando você fez tatuagem a pessoa fala A minha mãe falou que não ia arrumar emprego a minha mãe falou que não ia dar certo o pai também então quanto a gente ainda atrás de associações negativas ou uma tatuagem E aí quando a gente olha ele sempre que a gente associa ele é um político ou será que a gente associa ele a um chefe de cozinha é um roqueiro a um motoqueiro a um tatuador que são normalmente a as o que vem as pessoas me contam que elas acham do John o seu Johnny ele
é Vice governador da Pensilvânia nos Estados Unidos ele faz um trabalho maravilhoso com jovens carentes tirando eles da vida e trazendo eles de volta para estudar agora porque a gente não consegue fazer essa Associação porque a gente não guarda essa Associação quando eu vejo John ele me lembra nunca vai me lembrar um político ele vai me lembrar de ver essas outras outros cargos e outras funções vou contar um exemplo pessoal que aconteceu na minha vida porque os vieses inconscientes eles estão baseados muito na sua experiência pessoal eu sou de São Paulo a família do meu
pai de Taubaté aqui pertinho E todas as vezes que a gente estava na estrada meu pai quando eu era pequena ele Virava para mim falava assim cuidado com esses motoqueiros cuidado com esses grupos de motoqueiros é o que que eu queria eu queria uma crença de que esse grupo não era um grupo muito legal que que acontece uma vez eu sofri um acidente de carro na estrada a e foi socorrida por esse grupo de motoqueiros que ajudou todas as pessoas que sofreram acidentes e foi assim que eu desconstruir uma crença que meu pai tinha passado
para mim sem ele nem saber que ele tinha me passado essa crença bom então pessoal o que acontece é que esse nosso cérebro ele vai armazenando a nossa vida inteirinha todos os estereótipos aquilo que eu vi os preconceitos que eu fui adquirindo e as nossas crenças quando a gente fala por exemplo de pessoas negras né as pessoas têm tem uma tendência dizer não Cristina eu na verdade eu não sou racista eu falo então vamos fazer um teste para ver se você é racista ou não porque porque muitos desses desses estereótipos que a gente vai guardando
dessas crenças que a gente vai guardando a gente não sabe que a gente tem elas estão no lado inconsciente do meu cérebro eu preciso trazer ele para o consciente do cérebro quando a gente vai por exemplo a linguagem que a gente usa a lista negra o mercado negro a inveja branca porque ela é positiva A Ovelha Negra Então tudo isso vai formando esses estereótipos dentro da nossa mente e é por isso que a gente precisa então a mente o que a professora mahzarin banaji conta pra gente Nós preferimos acreditar que somos pessoas sem preconceitos mas
as Pesquisas mostram o contrário Esta é uma constatação desconfortável é Muito desconfortável a gente se perceber estereotipando as pessoas a gente se perceber tem um preconceito a gente perceber que a gente tem uma crença mas ter um viés não é o fim do mundo a única vergonha é se você não fizer nenhum esforço para melhorar então meu convite para cada um e para cada uma de vocês é Pensa aí o que que tem guardado dentro da sua mente ampliar sua consciência da gente entender Será que eu tenho vi assim consciente sim você tem viagem consciente
O Grande Desafio aqui é você ampliar sua consciência entender Quais são os seus porque só assim você vai conseguir mudar e eu gosto de terminar sempre com uma frase que é pequenas mudanças fazem uma grande e a gente não vai conseguir mudar tudo de hoje para amanhã mas o meu convite é para que cada um e cada uma pense de forma consciente para que a gente consiga então trazer essa consciência e fazer uma transformação muito obrigada a
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