Olá tudo bom com vocês Espero que todos estejam bem no dia de hoje assim desejo assim intenciono Hoje venho com mais uma uma aula né aula do livro a coragem da verdade se você tiver interesse e veja na minha playlist aqui eu sigo uma sequência né de de vídeos tratando desse livro a coragem da Verdade e hoje eu venho com a aula do dia 14 de Março de 1984 foi a primeira hora né A primeira hora dessa aula e dando uma continuidade né do que a gente já vem tratando nesse livro que o o fouc
ele trata sobre o cinismo e e sobre a questão da verdadeira vida ele vai ele vai dizer que o cinismo ele tem características comuns as práticas filosóficas da antiguidade né das escolas filosóficas e tem tem características comuns a outras filosofias da época né da antiguidade grega greco-romana entretanto o cinismo eh causou né Eh mediante as suas manifestações repulso né Eh reprovações então ele vai dizer né Né desde a época linsa até o início do do cristianismo é o o cinismo ele tem essa essa questão de ser ao mesmo tempo familiar a filosofia a às filosofias
da época e ao mesmo tempo ser estranho né ser uma espécie de de alteração inaceitável da própria filosofia antiga né E aí o coelho vai dizer é uma espécie de espelho quebrado para os filósofos é um espelho deformado né onde a cara da filosofia aparece fe é onde o o filósofo ele deve se reconhecer mas se reconhecer de uma maneira deformada né uma deformação violenta ele vai dizer né dentro da própria filosofia e aí eh o o o cinismo a característica do cinismo é Que Há sim esse essa retomada da questão da Coragem da Verdade
mas não é a mesma coragem da verdade que a filosofia eh vinha vinha vivenciando eh anteriormente né ele ele até trata no início do livro sobre a coragem da Verdade eh você podemos ver isso nos vídeos passados nos discursos né A questão da da Coragem da Verdade do falar francamente inicia pela ousadia que o filósofo ele tinha né perante a política perante a assemble Leia né perante o príncipe então o homem político né o filósofo que falava a verdade perante a assembleia perante o príncipe esse filósofo ele corria perigo de vida isso foi tratado no
início do livro eh então era uma bravura política né então era um discurso através do discurso é que havia essa coragem da Verdade e a outra forma da Coragem da Verdade é a socrática né a parresia socrática que consiste em fazer as pessoas eh perceberem enxergarem né que o que elas pensam eh saber né Elas na verdade não sabem e assim essa essa paresia socrática eh faz o sujeito reconhecer né reconhecer que o que eles julgam saber não é real né não não não é não consiste na verdade e que eles devem assim cuidar da
da própria vida né cuidar de si Mas isso também assim como nas assembleias no perante o príncipe causava perigo de vida para o filósofo o filósofo ele arriscava a própria vida para para para isso né E só que quando o cinismo ele surge não se trata de um discurso certo mas sim a própria vida é a própria vida do filósofo né não é simp simplesmente um discurso verdadeiro a a vida é a vida como verdade a vida ela é verdadeira então o sinismo ele colocou a questão né que a qual a prática filosófica ela não
se não se distancia da vida né A filosofia ela é a próprio o próprio exercício de vida é uma prática é uma prática eh que exercida na própria vida né Eh a vida ela tem que ser praticada como como uma vida verdadeira uma prática da Verdade e como é Então essa vida né então é sobre isso que o cinismo ele ele vai tratar né ele vai se colocar E aí o o focou ele vai dizer que durante a história da filosofia essa questão do da Verdade ela vai ser eh apropriada pelo discurso científico né ele
vai dizer que a filosofia ela ela vai se se encaixar como o discurso verdadeiro vai ser direcionado para a questão do discurso científico da verdade científica e vai se dissociar da questão da vida verdadeira né da vida filosófica da da vida filosófica como modalidade de vida né e outro Outro fator também que dissociou a vida filosófica o pensamento filosófico né a vida verdadeira a vida como exercício da verdade foi a a reapropriação que o cristianismo ele fez né através do ascetismo do ascetismo Cristão com ascetismo religioso né que ele tomou para si ele capturou essa
verdadeira vida né Essa vida que que poderia na antiguidade ser chamada de vida filosófica ele se reapropriar dessa forma né foi apropriado pela religião Então teve assim um desaparecimento dessa verdadeira vida né que seja através da prática científica que era o acesso à verdade né como também na na na na prática do ascetismo religioso né foi capturado esse esse discurso esse essa forma de essa modalidade de vida então Eh mas o Foucault ele vai dizer que durante a história né da da da filosofia Essa ela não foi eliminada totalmente do pensamento ocidental certo essa questão
da vida verdadeira ele vai dizer desde o começo do do século X até o século XVI aí ele vai falar de Espinosa né ele vai dizer que Espinosa ele coloca bem essa questão da vida filosófica eh na ele ele vai ter uma prática uma prática de vida filosófica né ele ele reivindica o projeto fundamental de levar uma vida filosófica na reforma do entendimento né diferente do liis que ele ele era ele não não não vivia como eh como uma vida puramente filosófica né como era o como era o caso de Espinoza o laes não ele
vai dizer ele exercia outras atividades ele foi bibliotecário Diplomata político ador né E e aí e ele não tem assim uma vida de eh verdadeira uma vida filosófica como como modalidade de vida como foi o caso de Espinosa né mas ele ele tem uma vida moderna então focou né interessado nessa questão da vida filosófica da verdade como prática de vida né já que Como já falei essa vida filosófica ela essa verdade ela foi anexada ao saber científico né e desprezada na filosofia a modalidade de vida filosófica o Foca ele foi então se interessar por por
estudar o cinismo e ele eh foi estudar alguns textos né da antiguidade para saber como como é que eram tratado nos textos dos dois primeiros séculos da nossa era né como os cínicos eles pensavam essa essa vida né Essa vida verdadeira E aí o foua encontrou alguns elementos né Muito comuns nos textos que Ele estudou eh que é a preparação para a vida né como os cínicos eles como eles tratavam essa questão da preparação para a vida então eh ele vai tratar sobre isso né ele vai dizer que alguns textos tratados por Diógenes né Eh
ele diz que é importante estudar né eh se debruçar apenas por por questões que são úteis para a vida né os cínicos por exemplo criticavam os músicos que ficavam muito preocupados em afinar os instrumentos mas não sabiam afinar a própria alma né os gramáticos que estudavam eh o como como eram os modos de Ulisses mas negligenciava os próprios modos próprio os próprios os próprios modos de ser né Tem uns que estudavam ele vai dizer a ordem cósmica e esqueciam de de de estudar a desordem interior né E também outros preceitos que o Foucault encontrou eh
nos nesses textos antigos da filosofia que tratava dos cínicos eh por por exemplo Vê se a pessoa tomava aqueles preceitos ou Aqua aquele seu discurso realmente como uma prática de vida por exemplo aqueles que desprezavam a riqueza mas tinham inveja dos ricos né Essa contradição aqueles que criticavam que oferecia sacrifícios aos Deuses mas se entupi de porcarias durante esses mesmos sacrifícios né então ele foi ver essa essa maneira né de cuidar de si de olhar para si de pensar sobre si mesmo era a característica né das dessas práticas cínicas então eh retomando a aula passada
né quando o Foucault ele vai falar sobre a questão de do trocar a moeda né trocar o valor da moeda reavaliar a moeda né como o or No Oráculo de Delos eh vai propor a Sócrates sobre o conhecimento de si né sobre a questão do conhecimento de si e para Diógenes para ele reavaliar a moeda né Então o que o que ele vai focou vai tratar o que que significa isso o que que significa reavaliar a moeda É é na verdade pensar certo o pensamento verdadeiro sobre si mesmo é reconhecer a opinião falsa que temos
sobre nós mesmos ao mesmo tempo a opinião falsa que os outros têm de nós mesmos né É reconhecer a si né Esse reconhecimento de si é ao mesmo tempo um conhecimento de si um cuidado de si e assim que que a vida ela se torna verdadeira né uma vida uma existência verdadeira e foi por por ter esse conhecimento de si que Diógenes pode eh ter um confronto muito conhecido com o Alexandre né o grande onde o próprio Alexandre ele chega para falar com Diógenes e ele diz assim se eu não fosse Alexandre eu gostaria de
ser Dió e Diógenes diz se eu não fosse Diógenes eu seria Diógenes ou seja o verdadeiro rei certo então por que que o Gees ele fala isso né exatamente pela porque ele trocou a a verdadeira moeda e o que é o trocar a verdadeira moeda ele reconhecer que ele era o Rei o senhor de si livre né Eh trocar moeda na verdade significa eh se trata quer dizer de trocar o costume né trocar as regras trocar os hábitos trocar as Convenções aquilo que a sociedade valoriza e trocar aquilo que que é valorizado pelas sociedades né
porque o para os cínicos eh uma verdadeira vida né é a vida independente é a vida livre ou seja uma vida de cães como os cães porque o cão porque o cão ele não tem pudor né ele faz o que ele tem o que ele tem de fazer ele faz aos olhos de todos ele não tem que esconder nada eles são indiferentes né ele ele nada nada se prende nada quer e contentas com o que tem né não tem outras necessidades além daquelas necessidades imediatas eh que pode satisfazer imediatamente né então é uma vida que
é também é uma vida que late é uma vida capaz de lutar de brigar contra os inimigos é é uma vida também que é capaz de reconhecer né através do Faro né aqueles que são bons e aqueles que são maus ou seja os amigos e os inimigos né os falsos os verdadeiros é uma vida de guarda né também é uma vida que se propõe a guardar os outros proteger e salvar os outros né é uma vida eh é uma vida verdadeira por quê Porque diferente das Convenções sociais doos valores né dos dos hábitos coletivos a
vida cínica uma vida de cão é uma vida não dissimulada é uma vida independente reta né uma vida Soberana Soberana de si escandalosa e de combate né e Senhora de si por isso o Diógenes é o verdadeiro rei né E aí está o que o que se trata essa questão da alteração da moeda que eu falei na aula passada né é a própria existência né é mudar o é mudar o valor é não é não estar vinculado ao Aos falos aos falsos valores sociais então o cinismo ele colocou a seguinte questão né Eh a vida
a vida para ser verdadeira ela deve ser outra vida né ou seja radicalmente outra vida viver de outra maneira uma ruptura Total com todos os pontos das da existência comum dos homens da vida tradicional aqui né e eh se coloca essa questão né porque é bem diferente da forma platônica né neoplatônica de de pensar por quê Porque o platonismo era havia essa necessidade de cuidar da da vida né cuidar da Alma visando o outro mundo né outro mundo que se deve aspirar através de uma CESE né havia esse cuidar da vida para uma CESE como
condição do outro mundo no cinismo cuidar da vida é é na realidade uma vida como obra de arte bom gente eu finalizo por aqui eu agradeço por quem assistiu logo estarei com outras aulas muito obrigada