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C [Música] s [Música] [Música] [Música] [Música] e [Música] [Música] [Música] k [Música] [Música] k [Música] [Música] p [Música] [Música] p p k [Música] [Música] [Música] k p un [Música] [Música] [Música] p p [Música] [Música] [Música] he [Música] [Música] [Música] B B [Música] C [Música] [Música] [Música] h [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] bom dia bom dia no cenário político polarizado em que vivemos o at é dominado por temas pouco relevantes paraas cidades mas que repercutem nas redes sociais mas depois das eleições as novas prefeitas e os novos prefeitos vão ter que se deparar com a realidade
e é uma realidade dura os municípios enfrentam desafio de gerenciar atribuições crescentes mas com recursos limitados a edição que estamos lançando na GV executivo caminhos para os municípios no século 21 apresenta a situação atual em algumas das temáticas mais relevantes para a gestão pública Municipal capacidade de gestão desenvolvimento econômico local cidades inteligentes mudanças climáticas saúde mobilidade urbana e educação todos os artigos fazem também recomendações para ajudar novas prefeitas e novos prefeitos a lidar com desafios vocês podem acessar a edição pelo site também pelos aplicativos que estão na plataforma Apple e Google nós damos boas-vindas a
todo o público que tá aqui que nos assiste e também quem tá online tanto pelo YouTube quanto pelo LinkedIn da FGV também damos boas-vindas aos autoras os autores às leitoras e leitores da GV executivo e aos clientes do nosso parceiro FGV in Company e a todos os debatedor debatedoras do evento de hoje eu vou apresentar cada um cada uma antes de darmos início ao debate eu vou começar por Fernando brucio e Eduardo Green que são os editores convidados Obrigada pela parceria de vocês conseguiram montar uma edição com uma abordagem profunda aplicada também que ajuda os
prefeitos prefeitos e suas equipes e também são autores do de artigos dessa edição O Fernando abrúcio é doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo é professor e pesquisador da FGV AES e coordenador do Centro de Estudos de administração política e governo é também membro do conselho consultivo do Todos Pela Educação e tem muita coisa para falar né do Fernando mas vou falar pouco de cada um de vocês na verdade e tem atuado como consultor de governos no Brasil América Latina e África sua pesquisa tem ênfase em questões relacionadas à educação federalismo e gestão
pública Green é doutor em administração pública e governo pela FGV aesp Professor aqui da escola pesquisador visitante em berkley Além de professor da universidade del Val e escola nacional de administração pública e da Escola ibo Americana de políticas públicas é pesquisador do Centro de Estudos em administração pública e Governo da FGV AES seus Campos de interesses são governo local federalismo descentralização e relações intergovernamentais eu resumi mas é que tinha muita coisa para falar então ainda ficou longo gente a Maria Alexandra Viegas Cortez da Cunha é professora na FGV esp tem doutorado em administração pela FEA
USP e mestrado pela FGV esp eh aqui ela também lidera a área de tecnologia e governo do centro de administração pública e governo e coordena o grupo de pesquisa CNPQ tecnologia e governos é membro do Conselho de administração da data preve se os interesses de pesquisa são o uso de Tecnologia de Informação no setor público inclusão digital democracia digital e cidades inteligentes Ciro biderman é professor da FGV eaesp diretor do FGV cidades eh pós-doutor em economia Urbana pelo MIT e Doutor em economia pela FGV foi diretor de inovação da São Paulo negócios e chefe de
gabinete da SP Trans ambos da Prefeitura de São Paulo seu interesse de estudo inclui economia Regional e Urbana focado em políticas públicas no nível subnacional com ênfase em Transportes e uso de solo e Vinícius de Almeida é economista pela Universidade Católica de Brasília possui mestrado em economia pela Universidade Federal de Santa Catarina é economista da Confederação Nacional dos Municípios e ocupa gerência da área de estudos técnicos da entidade Vinícius vem contribuir pro debate com a visão de quem vive no o dia a dia os desafios dos Municípios e por fim tenho um prazer de dividir
hoje a moderação desse debate com a Marina com a Marina Menezes diretora de relações institucionais e operações do jornal nexo formada em direito pela USP trabalhou na Ilan Brasil no Fórum Brasileiro de segurança pública e No International Center for the prevention of crime em Montreal no Canadá e agradecemos também a todas as autoras todos os autores que participaram dessa edição e que não tem como ter todos aqui conosco hoje antes de começarmos eu vou ler um disclaimer da FGV as manifestações expressas por integrantes dos quadros da Fundação Getúlio Vargas e por convidados que participam dos
eventos e transmissões online representam exclusivamente as opiniões dos seus autores e não necessariamente a posição institucional da FGV reiteramos também que todos aqui presentes concordaram em participar desse evento de forma espontânea e com isso autorizam o uso do seu nome voz e imagem além de ceder os direitos autorais patrimoniais relativos à sua exposição para essa transmissão que ficará disponível posteriormente nos canais oficiais da FGV para seguir com essa transmissão Pedimos que se manifestem verbalizando ou sinalizando a sua concordância ok ok ok todos então tá então vamos então agora nós podemos começar a qualquer momento vocês
podem fazer as perguntas Quem tá aqui e quem tiver online pode enviar suas perguntas pelo slide que tá na descrição do vídeo na plataforma do YouTube ou pelos comentários do LinkedIn a gente vai tentar dar prioridade para pras perguntas de vocês Começando aqui com fando ardo na apresenta dai especial sobre gestão pública Municipal vocês analisam os desafios pro município de forma Ampla eh qual o principal desafio que as novas prefeitas e prefeitos vão enfrentar pode ser bom bom dia a todos e todos prazer estar aqui com vocês sem mais delongas eh esse número da GV
executivo trata de várias questões centrais paraos próximos governos municipais não trata de todas as questões centrais não caberia nesse número mas eh a provocação na verdade da da Adriana é se eu fosse escolher um tema é sempre muito difícil e obviamente a questões de mobilidade urbana de saúde de Educação de desenvolvimento são muito importantes mas se eu for escolher um que tem Efeito Bola de Neve como a gente diz né que vai atingindo a todas as coisas eu diria e tenho quase certeza que o Edu vai concordar comigo e vai complementar eh que é o
ento das capacidades estatais dos Municípios acho que esse é o ponto mais importante porque os municípios se tornaram uma peça chave no sistema político e no sistema administrativo brasileiro com a con8 são os principais responsáveis por políticas públicas diretamente são principais responsáveis por políticas públicas fundamentais aos cidadãos como educação saúde assistência e de uma forma ou de outra são muito responsáveis por políticas que nos afetam de maneira mais agregada eh embora de forma compartilhada como por exemplo a mudança climática Então os municípios TM um um um um conjunto muito grande de coisas a fazer 69%
dos Municípios brasileiros segundo os últimos dados do IBGE tem até 20.000 habitantes e eh eh grande parte deles TM uma enorme dificuldade de ter capacidade estatal para planejar a mobilidade urbana então eles já vão P tanto olhar o que alguém fez e copiar e não necessariamente vão ser capazes de fazer a gestão disso tem uma enorme de dificuldade de fazer a a gestão da primeira infância na educação e aí portanto eles eh se eles não tiverem um apoio eh algum tipo de colaboração intergovernamental ou de articulação com a sociedade vão ter muas dificuldade de fazer
políticas de primeira infância e eh a mesma coisa vale para outros temas como saúde assistência habitação então se eu fosse e termina e passa a bola pro pro Edu eh se eu fosse escolher um tema só porque a provocação é essa é quase impossível aquelas perguntas digamos de jornalistas né Eh eu escolheria capacidades estatais nesse sentido é construir a capacidade de diagnosticar de fazer a gestão de acompanhar e a própria capacidade aí essa que é a bola pred de construir essa governança colaborativa sem a qual os municípios sozinhos para lembrar a metáfora Germânica puxando seus
próprios cabelos não vão conseguir dar conta dos enormes Desafios que tem pela frente Obrigada Fernando gostaria de complementar bom bom dia a todas e a todos também é um prazer enorme ter aqui alunas e alunas sobretudo compartilhar essa mesa com colegas da escola colegas queridos colegas brilhantes agradecer também a Adriana e a Marina por aceitar fazer a moderação dessa mesa e sobretudo a algv executivo por nos oportunizar desenvolver essa edição especial de um tema que é caríssimo não apenas para nós pesquisadores aqui do Centro de Estudos em administração pública e governo mas eu me arqueria
a dizer caríssimo pro federalismo brasileiro por conta do desenho que se constituiu no país depois de 88 reforçando a descentralização de algumas políticas públicas e nesse sentido aumentando de maneira significativa as responsabilidades e atribuições que o nível local tem e a responsabilidade que ele tem perante a população brasileira evidentemente que eu não posso ter meu mestre né então partindo da provocação del já pode já foi aprovado o doutorado já pode pro resto da vida agora e eu diria que um desafio fundamental para os municípios brasileiros dado exatamente isso que o bru comentou ou seja onde
o cidadão bate na porta para procurar qualquer serviço público a descentralização que foi implementada no Brasil depois de 88 ela foi crescentemente não para de crescer não para de aumentar melhor dizendo a capacidade que os municípios têm de prover serviços paraos cidadãos e para cidadãs então eu diria que o principal desafio é tomando por base aquilo que o abrúcio disse é como garantir acesso e qualidade de serviços públicos de modo a garantir aquilo que a Constituição Brasileira diz Todo cidadão e toda cidadã tem direito a acessar serviços públicos de qualidade direitos sociais não são favores
são garant de estatus de cidadania e cabe ao município prover esses serviços então na medida em que a sociedade brasileira avança e que os graus de desenvolvimento humano ainda patinam será no nível local que nós teremos mais ou menos de capacidade de implementar isso então o que a brucia tá dizendo é nós precisamos recursos para garantir essa finalidade Então acho que o grande desafio é esse espera-se que os municípios possam avançar na provisão de serviços públicos de qualidade para aumentar os níveis de desenvolvimento humano da população brasileira Obrigada gre aproveitando esse gancho queria perguntar pro
Vinícius que tá na na mais próximo né da da prática dos Municípios eh diante desse desafio desses desafios como que os municípios estão preparados em termos de recursos recursos humanos recursos financeiros Qual que é a situação hoje e quais são as perspectivas primeiro lugar bom dia Adriana em nome do presidente Paulo z que gostaria de cumprimentar também a toda a mesa né o presidente da nossa Confederação Nacional de municípios essa é uma pergunta muito pertinente também parabenizar o trabalho da GV executiva os artigos uma excelente material né a todos os presentes aqui a questão essa
questão para os municípios é muito cara então partida eu acredito que as discussões que foram levadas nesses artigos eh São discussões pertinentes na ponta para os municípios como bem O Professor Fernando colocou né a gente tem aproximadamente eh 60% dos Municípios aí com 20.000 habitantes a gente tem quase 4.900 municípios com menos de 50.000 habitantes então a realidade do Brasil pensando na na municipalidade em geral são cidades de pequeno porte né e respondendo a pergunta da Adriana os desafios que são colocados a gente divide em duas etapas basicamente depois da Constituição como foi bem colocado
aqui nós observamos um aumento de atribuições dos Municípios e o entendimento que os gestores locais eh possuem é que junto desse aumento de atribuições que significa a ampliação da máquina pública no sentido da contratação de servidores capacitados para eh prestar esse serviço na ponta paraa população diretamente eh não foi acompanhado pelo os repasses financeiros né que no fundo são as receitas né então o que a gente poderia colocar de antemão é que se a gente for pensar um pacto federativo no sentido de União estados e municípios e levando em conta que esses Desafios que são
colocados aqui no nos artigos e que a gente pode elencar o Professor Fernando colocou bem a questão da educação eh básica a questão da creche se a gente for pegar os últimos dados da PIN a gente tem 2,5 milhões meio de crianças que poderiam estar na creches mas há um problema de oferta ou seja são mães que poderiam colocar os filhos nas creches se tivessem as vagas então isso reflete Um Desafio que tem impactos não só ali na municipalidade mas para a economia como um todo né então se a gente pensar em saúde a gente
pensar na estratégia de saúde da família que é um programa eh de formação de equipes que vão atender todos os municípios do país isso tudo se a gente não consegue fazer com que essa política chegue na ponta e essa política seja financiada com com capacidade né com com regularidade e que permita a capacitação dos gestores locais treinamento paraos seus servidores a gente não consegue ter um resultado agregado tanto nos estados e quanto na União então elencaria especialmente esses dois Desafios que a gente passa de uma fase inicial que é uma fase dos Municípios se organizarem
a gente já observa os municípios se organizando para esse desafio Mas precisamos ir além precisamos ir além para responder essas perguntas né que foram várias delas suscitadas nos artigos né n e que são claramente desafios para aproximadamente 3.000 novos prefeitos né que serão eleitos no final de Outubro Obrigada eh eu queria agora fazer uma pergunta pro Ciro biderman Oi Ciro Ciro escreveu o artigo com uma nova proposta de governança paraa mobilidade urbana eh quais seriam os principais desafios se pudesse elencar poucos aí até três pra gente na mobilidade Urb nos municípios e bom também primeiro
agradecendo aí o convite do do Fernando com o Green né É uma honra est aí com pessoas que eu admiro muito escrevendo esses artigos agradecer aí o nexo a Marina né e o E Adriana também representando a GV executivo e a CNM né Por que a gente precisa essa interação é muito relevante pra gente que chegue nos municípios que a gente tá falando Não fique aqui e eh dentro da Universidade então que não podia deixar de começar com esse agradecimento eh eu eu eu Adriana tá acho que você gosta mais de mim do que do
Fernando né porque para ele você deu um desafio para tudo para mim você deu três pra mobilidade Então você você viu né enfim bom eh eu eu tava me preparando para um né Eu acho que se fosse resumir em um desafio pra mobilidade eu diria queer tirar as pessoas do carro e levá-las pro transporte público e pros modos ativos eu eu conseguiria para mim é muito claro isso acho que muitos que estudam transporte tem existe algum consenso né acho que talvez o maior dissenso seja em como fazer isso muito mais do que esse esse conceito
né a gente sabe que eh tá no artigo não vou ficar repetindo números que é já é chato ler números que quanto mais falar né mas a redução de emissões a redução de sinistros e e mortes no trânsito e a a a a redução de congestionamento enfim o melhoria da Saúde etc é é brutal né Eh a gente dá os dados o que acontece cada 1000 km que você deixa de andar no seu carro e passa a andar de ônibus né nem tô falando AEC daí ainda maior ainda eu ganho eh o que acontece né
então Eh nesse caso dá para resumir em um Claro que tem eh eh outros eh desafios aí mas acho que o desafio grande é como fazer né Eh você eu vou vou vou trazer o que que eu que eu onde eu vejo os desafios acho que tem um desafio que pode parecer menor mas não é eh que é trazer a tecnologia e que está no no transporte individual também pro transporte público né a gente teve um salto tecnológico há 20 anos atrás quando a gente começou com o cartão inteligente né Isso foi realmente muda muito
né Por exemplo não sei se todos sabem mas a gente termina com o praticamente com o transporte informal os chamados perueiros na época por conta do do do cartão inteligente então e eh para dar um um eito algo mais concreto assim muito concreto que acontece né só que depois disso a gente fica parado né e o que a gente assistiu na mobilidade foi na na mobilidade individual Foi uma mudança completa a gente já não se desloca do jeito que a gente se deslocava antigamente né e o transporte público ficou parado né Então essa o o
tem um desafio enorme que é o esse cartão inteligente com todos os seus benefícios na a maioria dos Municípios ficou na mão dos operadores a gente tem que tirar dos operadores e precisa avançar ele não pode seguir né do jeito que ele é esse cartão moedeiro e eh a gente tem que avançar para para para coisas mais modernas o que te permitiria chegar num segundo desafio muito grande que eu vejo que são os aplicativos né os aplicativos eles estão tirando gente do transporte público porque a gente com encara os aplicativos como competidores né então Eh
do jeito que a gente montou você acaba substituindo o transporte coletivo pelo transporte por aplicativo na verdade Se você começar a pensar o transporte por aplicativo como complementar vai mudar muito essa história né então Eh essa é uma oportunidade de trazer as pessoas do automóvel pro pro transporte público se você conseguir que elas eh integrem aplicativo com transporte público várias viagens começa começam a se tornar mais viáveis você não fazê elas porta a porta e fazê-las Integradas né aliás integração é um problemaço né a gente chama isso a mobilidade como serviço no fundo é uma
integração Universal né universalização da Integração a gente ainda é muito tímido com integração a gente tem que usar modos diferentes as pessoas não gostam de integrar corretamente demora muito né mas se você tiver precisão se você tiver eh eh e frequência pode pode dar para fazer isso então Já fechei com com o terceiro desafio que é mudar para mobilidade como serviço eh falando desse modelo isso já ocorre em algum lugar do Brasil ou do mundo um modelo de mobilidade como serviço é por aplicativo éo não a Finlândia tentou tá tentando e que tá tá mais
próxima de chegar talvez eh o UFG cidade junto com São José tá tentando alguma coisa lá eh algo ainda mais tímido em Porto Alegre eh aqui é Goiânia tem tá tentando alguma coisa pegando o Brasil né Acho que Berlim fora do Brasil os mais avançados seri Finlândia como um todo uma parte do Reino Unido o oest do Reino Unido tem uma tentativa e Berlim Berlim É talvez como e é grande centro é eu acho que diria que é o o mais avançado nesse sentido hoje em dia e você acha que a principal eh dificuldade tá
nos eh confrontar interesses na questão operacional logística na definição de tarifa no modelo desses eh eu acho que você ele ele ele ainda não não conseguiram deixá-lo eh de pé né ele não ele não tá ainda não conseguiram fazer ele ser financeiramente viável né Eh acho que tem uma questão comportamental muito grande né as pessoas precisam mudar o seu comportamento em relação à maneira como elas se deslocam eh Então não é tão rápido você precisaria de um tempo para chegar lá mas acho que a gente vai assistir isso nos próximos 10 anos anos acontecendo Obrigada
Ciro eh vou continuar perguntando pro Ciro Talvez ele tenha que sair um pouco um pouco antes mas quem quiser fazer pergunta por favor e só levantar a mão já quer fazer uma pergunta então faz e quem tiver online também pode enviar suas perguntas pelo slido no YouTube ou comentários no Linkedin tem tem o microfone pros Camis Flamengo quea esque e também se vocês quiserem comentar aqui na mesa um aspecto fica à vontade esque Oi a minha dúvida sobre a viabilidade disso Em alguns momentos Por exemplo quando tá muito tarde e a gente já não tem
mais a disponibilidade de transporte público ou simplesmente por motivos econômicos às vezes é mais barato você pegar um Uber até um lugar do que pegar dois ônibus ou dois metrô ou tipo um ônibus um metrô ou essas coisas então como você lida com essa situação em que ou transporte público não é acessível ou a viabilidade financeira de pegar um Uber é muito melhor é esse esse tem sido o problema né quer dizer se você divide o o a maneira como o o a gente cobra as tarifas no Brasil e em grande parte do mundo isso
acontece mas no Brasil é Talvez um caso mais radical é que você você não você não paga por quilômetro né quer dizer se você tá em outro município você acaba pagando um pouco mais por quil mais perto por quilômetro mas dentro do mesmo município você paga sempre a mesma tarifa e isso sempre foi considerado meritório no sentido de que você quem faz viagens mais curtas subsidia quem faz viagens mais longas né Eh e como quem mora mais longe é quem temos condições você acaba a considerando isso uma uma uma oportunidade de transferir dinheiro dos mais
ricos mais pobres O problema é que isso gera uma distorção e a gente tá pagando essa distorção agora as viagens curtas estão sendo substituídas eh por aplicativos que são competitivos tarifarias disso né então o o o o mercado de transportes Ele trabalha com margens muito baixas eh ele ganha no volume então se você perdeu 1% que seja dos justamente dos passageiros lucrativos a conta não fecha mais né então Eh eles estavam saindo deficitários quando chegou a pandemia o o o transporte público vinha perdendo passageiros sistematicamente eh ano após ano Claro na pandemia foi um eh
um um um um desceu acabou foi uma uma descida pesada mas até então e não ninguém sabia muito o que fazer né Tava um pouco né então daí veio a pandemia só acabou solucionar a pandemia com subsídios esses subsídios vieram para ficar né eles não vão sair né Como que você viabiliza isso quer dizer no o o a pessoa que tá fazendo uma viagem muito curta Talvez seja difícil mas uma viagem o o a gente fez um experimento eh com com uma empresa de aplicativo que a gente dava descontos PR pr pra primeira perna da
viagem a pessoa completava a viagem com metrô quando a gente retira o desconto a pessoa continua fazendo essa viagem por quê eh sai um pouco mais barato do que fazer a viagem inteira e sobretudo ela percebe que vai mais rápido né porque ela ela justamente no local que tem trânsito ela entra no metrô Então acho que dá para mexer no comportamento né das das pessoas Dá para mostrar que essa viagem combinada é superior Talvez o teu o grande problema é como eu faço isso é na periferia né na peria eu teria um potencial curiosamente né
eu comecei falando quanto o o o ônibus né sem entrar no trilho que ainda tem outras vantagens mas é é muito superior ao ao automóvel né Eh só que curiosamente quer dizer se você tem que levar três pessoas do ponto a pro ponto b a maneira mais eficiente financeiramente e ambientalmente é usar um carro né E então se eu conseguir esse grau de integração Não Para mim seria melhor que porque o o transporte público ele precisa ser Universal não só constitucionalmente como né eticamente enfim é uma essa política pública ela é correta só que para
eu dar essa universalização com fazer um ônibus ir buscar três pessoas muito caro financeiramente e ambientalmente né então Eh se eu conseguisse essa mistura valeria a pena provavelmente eu garanti que essa pessoa vai pagar na integração mesmo que ela pagaria num em qualquer integração né no caso de São Paulo seria zero né que as integrações ônibus ônibus São zero mas enfim integração ônibus metrô não é zero é lá um desconto de 15% né então eh eh você teria que montar um sistema tarifário que viabilizasse isso tanto eh do ponto de vista do fornecedor do serviço
como do ponto de vista do governo Obrigada poss fazer um comentário Eu acho que o eu e Edú fui obrigado a ler todos os textos né então tem é o editor então em suma mas eu acho que o texto do Ciro isso eu comentei muito com com Adri ao longo do tempo e e e comparado a dos outros textos Talvez seja o mais ousado dos textos do ponto de vista das propostas eh Exatamente porque essa é uma área hoje em que há uma enorme eh um conjunto de Barreiras para ser ousado por isso que a
gente achou interessante Barreiras que aí o Ciro Nem comentou aqui mas eu posso fazê-lo e Barreiras que envolvem interesses econômicos muito fortes né Ciro Então acho que é muito importante dizer isso e acho que só um segundo comentário queria fazer do texto do Ciro que aí sim ele ele ele casa com todos os textos que foram produzidos ele apresenta uma visão sistêmica do problema da mobilidade a gente tende a ver os problemas de uma forma muito e digamos segmentada fragmentada e a articulação da questão eh da digamos da da qualidade do ar da questão da
Saúde da morbidade com a mobilidade e eu eu eu eu eu vou pegando um pouco a pergunta da Bia acho que tem uma outra coisa importante na periferia Ciro que eh a cidade de São Paulo tá muito escura à noite em boa parte da Periferia isso tem um enorme efeito sobre mobilidade Ah E porque as pessoas têm muito medo de a partir de uma certa hora na periferia de São Paulo de pegar ônibus eu tô indo direto ao ponto uma coisa parece muito medo e isso ajudou os aplicativos de algum modo então assim se a
gente não eu tô fazendo só essa provocação por se a gente não tiver uma visão sistêmica sobre a mobilidade a gente vai ter dificuldade e vai continuar acreditando que mobilidade é pagar bilhões de subsídio a empresas que na verdade não são eficientes sobre vários aspectos não só de transporte mas ambiental etc e e e e e deixar com que o mercado privado dos aplicativos que poderia ser integrado a isso essa proposta do Ciro no artigo e dominem sem nenhuma regulação esse processo a gente perde uma coisa boa e ganha uma coisa ruim né uma coisa
interessante isso então acho que essa coisa da da provocação sistêmica do Círio é importante pra gente pensar que se a gente não criar essas condições de mudança mobilidade esse modelo de mobilidade nosso Embora tenha tido uma revolução lá nos anos 2000 parte dele é é parecido com o que tínhamos há 40 50 anos não é muito diferente né não é exat obrigado por todos os elogios e eh eh eh foi inclusive o melhoraram muito o meu texto eh o Fernando e e e os editores né as editoras e Mas é isso eu acho que as
pessoas estão com num tem dificuldade de de de sair do modelo né Fernando quer dizer isso o foi uma grande mudança o o o o cartão inteligente foi mas o o o modelo Geral de governança permaneceu mesmo é verdade né Eh enfim Teve teve uma São Paulo em particular teve uma mudança relevante em 2004 né e ponto é que ele ele permitiu essa integração alguns depois copiaram né integração ônibus ônibus eh eh isso permite que você Monte rede tem várias vantagens nessa em em fazer essa integração tanto tarifária como eh operacional né mas paramos e
é isso quer dizer o o o o o subsídio a gente diz em economia que tem um efeito papel de mosca né Eh onde ele bate ele gruda e não sai mais né então Eh eh a gente a gente veio de poucas dezenas de municípios dando subsídio pós-pandemia a gente foi para poucas centenas né n mudou a ordem de grandeza Eh quero ver quem vai tirar esses subsídios aí quem vai arrancar essa mosca aí do papel e eh e é e é um e é um modelo confortável né Sempre eh cada vez as pessoas né
Parece que né dinheiro cai do céu né o o o o o Vinícius né já falou olha a ganhamos um monte de obrigações mas eh estamos aqui precisando de recursos né então quem tá no dia a dia e CNM tá no dia a dia ela deve ter os municípios perguntando isso pedindo isso eh sabe que ó se eu colocar mais em custeio eu vou investir menos né não tem Milagre né pensando né fora que enfim quer dizer Acho que ninguém toparia deixar de atender saúde e educação para p tudo né aumentar transporte diminuir esses dois
seria bastante questionável mas mesmo dentro de transporte você não investe se você não investe você não pode melhorar a qualidade do sistema trazer mais gente para dentro e assim por diante né então eh eh e e os subsídios dados diretamente aos operadores né em vez de dar paraas pessoas né esse que era o meu ponto né Eh a mobilidade para as pessoas você deveria entregar eh esse recurso né já que é um se é uma lógica distributiva o recurso deveria ir paraa pessoa e não eh eh eh pros operadores né então e é isso e
finalmente subsid o transporte ao invés de cobrar de Quem gera todos esses problemas ou seja o automóvel eh você tudo bem eventualmente atrai um ou outro usuário do do do transporte privado pro pro ônibus mas também atrai o usuário os os modos ativos né ficou melhor eu pegar o ônibus do que andar a pé ficou melhor eu pegar o ônibus ou que andar de bicicleta então e é tentar né tapar o sol com a Obrigada Green queria fazer um breve comentário não é muito é muito breve Ciro acho assim a respeito de todas as questões
provocativas que teu que o teu texto traz Eu também acho assim vamos vamos ousar mais um pouco então digamos assim a ser mais utópicos porque eu acho que os os modelos de mobilidade urbana em grandes cidades Eles também precisam ser colocados na perspectiva de repensar o uso do solo Urbano a maneira de fazer o planejamento Urbano por exemplo qual vai ser o limite da gente pensar o replanejamento a revisão ou novas formas de governança do do transporte urbano sem que a gente repense também a maneira como as pessoas organizam a sua vida na cidade aquela
discussão que surgiu na pandemia da cidade 15 minutos em Paris ou seja tudo que as pessoas precisam fazer não pode estar mais de 15 minutos na distância de onde elas vivem de onde elas estão então o transporte ele é na verdade uma função de mobilidade dentro de uma perspectiva de cidade claro que a gente tá pensando assim como é que nós vamos fazer isso em São Paulo certamente tá todo mundo pensando a ouvir isso né mas isso acho que tem que tá no horizonte porque senão a gente vai ficar enxugando o gelo daqui a 10
anos a gente vai discutir por exemplo que a gente fez em 2024 já tá velho né e é preciso repensar Talvez os modelos de cidade que a gente tem e os e a mobilidade urbana tá a serviço disso e não ao contrário né Obrigada eh a gente tá recebendo comentários e questões a gente vai depois retomar esse esse tema eh se der tempo mas eh só só um comentário aqui da Maria Vanusa moro em Goiana o trâns nossa capital um dos piores do país depois de dois acidentes graves para e dirigir 5 anos conheço outras
pessoas que fizeram a mesma opção sou usuária de aplicativo ten outro que tá falando também virei usuário de aplicativo Então tá tudo nesse contexto Mas mudando um pouco de tema eh queria Ah que Maria Alexandra apresentasse um pouco os dilemas do seu tema ela escreveu um artigo sobre transformação digital com Paulo Roberto de Melo e Erico Richer e bovic e ainda é da com sugestivo nome de cidades inteligentes à brasileira quais seriam aí até três principais desafios paraa transformação digital dos Municípios Obrigada Adriana o os que me antecederam já agradeceram a mesa então mas é
muito legal ver a Senor aqui e e a Marina também mas eu queria agradecer a presença dos alunos aqui Adriana nós eu tô olhando aqui temos três que eu reconheça temos três turmas de graduação duas turmas de mestrado profissional alunos do doutorado e e os alunos são obrigados a assistir nossas aulas eles não tem escolha mas aqui é voluntário né então eu queria eh mais ou menos tem incentivos É verdade mas eu queria agradecer frase dessa eu queria agradecer a presença de vocês gente e eu queria agradecer também a presença do Daniel anber porque ele
hoje fez a gentileza de vir conversar com os alunos eh em sala de aula antes e depois ele veio sobre cidades inteligentes e depois ele ele veio eh aqui nos prestigiar mas eh Quais são os desafios das eh das cidades em relação à tecnologia eu acho que a eu vou elencar dois porque o meu agradecimento foi grande eh de um lado a gente tem um desafio de infra estrutura e dos Municípios infraestrutura de internet e e mesmo São Paulo nós temos zonas em São Paulo onde a qualidade do do assim o o mínimo qualidade da
internet é muito ruim então as pessoas não não acessam da mesma forma os recursos da tecnologia a infraestrutura das cidades para que se us a tecnologia e também a infraestrutura da prefeitura do município em termos de sistemas de formação em termos de plataformas de gestão então do lado da digamos da oferta de serviço à população nós temos vários desafios mas tem um outro desafio que é o da população usando esses esses serviços Então eu acho que nós estamos numa sociedade digital ela não vai chegar as pessoas podem escolher não não ser gamers no no celular
participarem a presencialmente nos fóruns de participação e não digitalmente mas se elas não estão inseridas numa sociedade digital elas vão continuar sendo vítimas de golpes financeiros de fake News então Eh do lado digamos da da população Eu acho que um grande desafio é eh a gente exercer Nossa cidadania numa sociedade que hoje é digital as pessoas entenderem quais são eh seus direitos na sociedade exercerem esses direitos e numa sociedade que hoje é digital Então acho que esse é um um grande desafio obrigada eu acho que só só um comentário que seu artigo ficou muito muito
bacana porque quando a gente eu acho quando começa a pensar em cidades inteligentes pensa em coisas assim mais charmosas Inteligência Artificial que também é importante né net das coisas e tal mas você me traz um um retrato né da vida como ela é a realidade mesmo por isso cidades inteligentes a brasileira né que a gente precisa eh olhar para pra realidade local e a realidade de cada município é diferente né tem os grupos que você mostra que um artigo mostra Leia um artigo tá no site tá nos aplicativos ele mostra que tem diferentes grupos eh
e adotam de forma diferente e tem condições diferentes de uso de de tecnologia e essa visão do cidadão né de cidadania assim de de justiça social e e cidadania acho muito parabén posso fazer só um comentário a partir do artigo da Alexandra Não obrigado ai a Marina fazer um comentário como provocação depois passo Marina assim e até aproveitar que que o Daniel Dani tá aqui meu meu velho amigo e o Dani foi um dos inventor do Poupatempo e o Poupatempo foi uma revolução enorme do ponto de vista do do uso eh da tecnologia pro pra
prestação de serviços públicos e acho Alexandra que assim e aí se o Daniel também quiser responder pode responder Claro acho que tem um um grande desafio que a despeito de tantas transformações né quando Adri falou assim ah de coisas muito sofisticadas né inteligente oficial Mas a gente não consegue prestar serviços públicos básicos a despeito de tanta transformação tecnológica né é uma assim é um paradoxo né Eh o Ciro fala assim você tem uma enorme transformação tecnológica os dados vão pro pros doos das empresas de ônibus quz é assustador né assim eu acho que se você
pensar as filas na na saúde a a a dificuldade de articular nós temos Como disse o Vinícius nós temos quase 3 milhões de crianças de 0 a 4 anos fora das cre no Brasil quer dizer a gente não sabe onde não consegue fazer buscativa dessas crianças vení tecnologia me parece que poderia ajudar posso estar enganado brincando um pouco mas eu acho que a gente avançou um pouco posso est errado mas a minha provocação avançou pouco no uso da tecnologia na prestação de serviços públicos básicos o Brasil foi o primeiro país do mundo a poder integrar
Imposto de Renda por uma via eletrônica parece mais sofisticado até mas não consegue chegar as famílias para elas terem suas crianças na creche Então acho que isso é um Desafio Isso é Um Desafio Vinícius não só pros grandes municípios pequenos municípios a gente tem algumas boas experiências de pequenos municípios no Brasil no Rio em Pernambuco que tem usado muito digitalização para mas a grande maioria se usasse digitalização eh eh eh talvez diminuísse Inclusive a a necessidade ter tantos Recursos Humanos de tantas capacidades estatais para fazer serviço público Então eu acho que esse desafio é como
que a gente junta a sofisticação com o básico a gente não tá conseguindo juntar a sofisticação com o básico né Deixa eu posso você vai Claro ainda deixo você falar tá obrigada Bru gente Bom dia eh me chamaram para fazer uma mediação aqui mas Adriana tá fazendo lindamente então tô meio aqui tipo quando que eu me meto eh e também já falaram mal do dos Jornalistas eu já registrei tá OB obrigada por isso mas deixa eu tirar daqui gente pera aí esquisito eh Então bom dia eu eu tô com essa com essas questões eu fiz
várias aqui eu tenho as perguntas de jornalista que vocês não gostam mas eh mas eu queria fazer uma provocação paraa Maria Alexandra e um pouquinho pro Vinícius porque eu acho que tem uma questão da tecnologia que é uma é uma realidade muito muito muito cara né Eu acho que eh quando a gente fala de desafio falar precisa Inovar precisa mas a a tecnologia em si é muito cara Eu trabalho num jornal digital e a gente assim o quanto a gente gasta com tecnologia para simplesmente tentar estar no algoritmo do Google que muda a cada 10
minutos é uma loucura então Eh eu fico me perguntando assim qual é a nossa capacidade mesmo do município de fazer uma inovação que seja uma transformação digital de fato que tem o exemplo do PPA tempo que tem outros exemplos s super bons eh Mas qual é a capacidade de finan Ira mesmo e quando e como que a gente consegue que esse município não fique vinculado porque daí vamos fazer inovação vamos contrata o Google sala de aula e contrata não se e a gente fica totalmente vinculado às bigtechs quando a gente tá fazendo uma discussão na
sociedade civil do tipo não dá mais pra minha vida ficar inteira vinculada às Big techs então é pergunta de jornalista E aí eu quero que vocês sei lá resolvam Falaram mal das perguntas do jornalista você quer responder Vinícius eu posso você pode começar eu Poo começar com Pode pôr aqui mar pensar um pouco mais Marina eu adorei a pergunta então eu achei muito legal a pergunta na verdade eu acho assim você a a tecnologia custa caro nós sabemos isso na nossa renda familiar como ela tem abocanhado parcelas da nossa renda Numa família de classe média
imagina numa família de de renda menor então nós sabemos isso no dia a dia mas eu dito eh eh assim com com toda a minha inteligência que a tecnologia ela pode resolver soluções e e o o o o digamos o benefício que ele traga pras pessoas e para pro município eh vale a pena agora isso tem que ser pautado não pelas bigtech e mesmo pelas pequenas Tex porque elas oferecem serviços e elas querem vender isso é legítimo faz parte do sistema capitalista tudo bem mas as decisões de tecnologia e de investimento em tecnologia tem que
ser pautadas pelas necessidades daquele local pelas necessidades daquele território pelas oportunidades de desenvolvimento daquele território e o plano de governo afinal quando assim eu tô falando dadas as recentes eh situações que a gente tem assistido eu tô falando em teoria mas o plano de governo de um candidato vai vai ser o compromisso daquele candidato com a população logo a tecnologia Pode ser eh aplicada no município mesmo custando caro para alavancar aquele aquele a aquele plano de governo e aquelas prioridades ditadas e que afinal a população votou e disse é esse que eu quero é isso
que eu quero Então ela custa caro mas primeiro não precisa ser com as bigtech agora o município não pode ficar refém das grandes das Big das grandes das pequenas tecs que vão embora ontem eu tava conversando com uma pessoa que fez um trabalho aliás todo o nosso grupo de pesquisa tava conversando ela estava contando que fez um trabalho em municípios da região metropolitana de Brasília que eles não têm nenhum mecanismo de gestão de tecnologia os dados ficam nos computadores pessoais dos Fun ários dos dos Servidores Quando troca a gestão aqueles que não são servidores de
carreira vão embora levam seus computadores e vão seus dados do município a volta de Brasília a volta da capital quer dizer aí tecnologia vai custar muito caro muito muito caro né mas eh se a gente tiver a tecnologia apo apoiando as prioridades do município ela pode ser as necessidades do município por exemplo ajudando as pessoas com os problemas das mudanças climáticas seja enchentes seja incêndios se a gente ter a tecnologia tornando a vida das pessoas mais fácil nessas situações poupando vidas eu acho que eh e e não ficando dependente das bigtechs acho que que que
é uma saída Vinícius passando para você só para complementando Porque hoje a gente tem muita coisa tem muita a questão da da dispensa de licitação por conta da da especificidade do serviço né então o que a gente tem de dispensa de licitação em contrato de tecnologia eh e aí essas Big tecs ou melhor as pequenas teex surfam porque ninguém entende nada do que tá escrito ali então você vem tipo porque é muito importante fazer um app para fazer a integração dos modais do transporte e vai cobrar sei lá R 50 milhões de reais para fazer
um app que sei lá o estudante ali poderia fazer por 5.000 faria porque a gente não sabe não entende então vai vai que é tua Vinícius éessa é uma pergunta muito pertinente né Eh em primeiro lugar essa foi foi como colocaram aqui basicamente né A questão da evolução dos Municípios E aí isso tem também a ver com a tecnologia se a gente observar os últimos 15 anos a gente tinha no Brasil né ainda tem ali por ex vou citar um exemplo básico né a gente tem a lei de responsabilidade fiscal e a gente tem aqueles
relatórios de despesa de receita de endividamento que os municípios precisavam enviar né durante muitos anos os municípios tinham dificuldade de ter um Portal de Transparência que é um site para colocar as informações então assim atualmente Esse é um cenário que a gente começa a ver alguma superação os municípios começam a conseguir se organizar claro que com essas relativas fragilidades né muitas vezes eles precisam eh acabar fazendo essas questões em atacado com empresas específicas isso tem as fragilidades específicas e tem essa questão que foi colocada né que é que é um Case mesmo mudança eleitoral Infelizmente
hoje no Brasil eh isso é histórico acontece isso de computador né enfim mas o que eu acho que é importante colocar dos grandes temas mesmo nas escolas municipais brasileiras se a gente for observar atualmente oito em cada 10 escolas tem internet né se a gente pegar 10 15 anos atrás isso era aproximadamente quatro cinco escolas Então você tem uma evolução né mas ainda sim distante daquela questão eh que a gente vê como importante que é o quê os municípios eles começam a conseguir eh em sua totalidade digamos atender esses serviços mais básicos mas a integração
disso com serviço na ponta seja para facilitar o atendimento na atenção primária seja pra gente conseguir fazer uma busca ativa de vacinação que é um tema importante que no Brasil atualmente né a gente ainda encontra essas dificuldades né Eh pegando esse tema geral dos Municípios do país fazendo um um uma uma breve eh invocação tem questão da relação de de transporte que a gente observou aqui na discussão para muitos municípios do Brasil o principal desafio de transporte de mobilidade são as chamadas estradas vicinais o que que é Estrada Vicinal o problema do Prefeito é basicamente
toda semana ele precisa passar um trator numa estrada de terra é disso que a gente tá falando são milhares de prefeituras a gente tem 1200 prefeituras no Brasil que tem 5.000 habitantes 1200 que tem de 5 a 10 então assim os municípios eles têm avançado mas tem todos os descompassos mesmo dentro de um estado como São Paulo por exemplo a gente tem importantes eh descompassos o que a gente tem observado é algum avanço pelo menos para patamares mínimos né mas ainda existe uma necessidade grande de avançar na questão especialmente da gestão existem excelentes exemplos com
uso de Tecnologia em municípios de diversas regiões do país né em Santa Catarina tem alguns municípios que tem um controle muito grande de Tecnologia e conseguem fazer relação com conta de água com conta de luz conseguem encontrar cada poste que tá ligado na cidade mas isso é um É um cenário ideal um cenário que a gente espera alcançar mas o que é importante e a gente entende é tentar alcançar os patamares mínimos né os patamares mínimos para uma provisão de serviço público minimamente eh que permita igualdade de oportunidades que no fundo isso que é importante
né É obrigada acho que Daniel quer fazer um comentário Pera aí só um pouquinho que vai chegar o numa organizada Daniel quer falar ela quer falar de novo pode segurar a sua e falar outra pessoa antes ali tá eu eu vou tentar ser bem breve mas a provocação do Fernando me fez falar um pouco eu eu acho Fernando que a gente caminhou muito nos serviços digitais Federais e pouco nos estaduais e menos ainda nos municipais Então os municípios estão muito muito atrasados nisso esse é um ponto acho que um segundo ponto importante é que a
gente não pode pegar tecnologia como eh resolver todos os problemas essa ideia de cidades inteligentes fica parecendo que a gente vai resolver todos os problemas do Brasil é um LED do engano porque cidades inteligentes são cidades boas para se viver para para pessoas e portanto eh melhorando o serviço público tendo qualidade de vida e isso que a gente não percebe Não adianta usar a tecnologia por usar ou a inteligência artificial a internet das coisas se não for para melhorar a vida das pessoas Então esse é um ponto muito IMP e que a gente precisa ter
o foco no cidadão aquele serviço tecnológico vai melhorar a vida das pessoas se sim é bem-vindo se não não adianta necessariamente usar a tecnologia a gente eu brinco que algumas vezes a gente cria e burocracia a gente pega o que era presencial e joga pro digital e acha que resolveu o problema é uma tragédia isso você tem que rever processo tem que simplificar um monte de coisa agora não é só isso eu acho que por exemplo o cir fez fe um trabalho brilhante na prefeitura de São Paulo que foi a ideia de abertura de dados
e o gestor público tem uma enorme dificuldade de fazer isso ele morre de medo de abrir dados e esses dados acabam sendo usados de um jeito que não seriam mais adequado Desde que seja anonimizado etc a gente precisa abrir dados né Isso é precisa dar transparência para isso isso é e eh assim urgente né Eh Então esse é outro ponto e eu acho que a gente precisa pensar eh os mun mpios E aí talvez o Vinício possa ajudar eh eh eu acho que a gente eu lembro que a gente foi conversar com o Perry que
é o da frente Nacional de prefeito secretário geral e falou ó a gente conseguiu orçamento até para um monte de municípi os municípios principalmente os menores não tem gente que faça gestão e que possa fazer projetos que auxiliem de fato que os municípios até consigam os recursos Então esse é um outro grande problema dos Municípios brasileiros que se a gente não conseguir ter como isso chegar no município ter gente que faça o projeto e que depois faça a gestão do projeto a gente vai ter inúmeras dificuldades mesmo se a gente conseguir os recursos Então acho
que a gente precisa pensar um pouco nesse sentido foco no cidadão como usar a tecnologia como fazer com os municípios de fato consigam ter acesso a uma série de serviços que melhorem eh o atendimento à população mas isso tudo dá pano para para muita discussão foi só rapidamente tentando eh em cima a sua provocação eu eu queria pular aqui na no na na na nas coisas e e porque tá tá muito por dois motivos que primeiro que eu já pedindo desculpa eu acabou eh eh encontrando um outro compromisso eu vou ter que vou falar e
vou e vou sair eh eh mas junta muito assim quer dizer a a Alexandra trouxe uma coisa muito importante eu tenho que ter uma pergunta a ser respondida porque Qual é o risco e ela foi muito enfática não só big Tech eh little tech também eh ela eles vão aparecer pro município com um monte de devices mágicos que vão resolver todos os seus problemas o o Dani tava levantando também insistindo nisso se não tiver uma pergunta e pegando do Dan se não é uma pergunta que vai melhorar a vida do cidadão não compra essa tecnologia
né e as pessoas compram sem uma pergunta né Eh eh ele ele lembrou do do Mob laab né o o a gente tinha uma solução para para semáforos que em vez de custar R 40.000 cada cada placa controladora custava 1500 né era era essa a a diferença só que claro e voltando pro começo do Fernando e que o Dani trouxe também se eu não tiver capacitação no município eu não consigo né se eu fizer tudo isso quer dizer se eu tiver conseguir olha conseguir politicamente vai vamos vamos ter esses dados vão ser não vão ser
mais dos operadores são nossos não tem ninguém nos municípios que sabem usar conta nos dedos municípios que conseguem usar essa montanha de dados né e Abrir dados é uma beleza também bem lembrado né quer dizer se eu se eu se eu eu eu posso receber de graça serviços pro cidadão simplesmente porque eu abri esses dados né a gente tá jogando fora essas oportunidades Então eu acho que as coisas se casam capacitar é não tem dúvida ali pegou o grande desafio se um capacitar não vai aproveitar a tecnologia no geral Eh aí o a a a
a primeira a provocação do do abrúcio pra Alexandra e é é muito verdadeira acho que a gente tá desperdiçando né as a os avanços tecnológicos estão ficando só eh no setor privado mas também trazendo agora a resposta da Alexandre e o e a intervenção do Dani e eh se a gente entrar na tecnologia comprando o primeiro brinquedinho e você sabe que né viní Prefeito adora brinquedinho né e eh que aparecer a gente só vai gastar dinheiro e vai resolver muito pouco problema muito obrigado desculpe de novo que eu vou ter que ir obg Siro Obrigada
É uma pena que você vai agora ninguém mais fala de mobilidade cab o artigo do do Ciro tem vários aspectos além dessa proposta inovadora ele questiona eletrificação da frota os carros elétricos ele questiona a tarifa zero também nos transportes que é uma pauta aí eh de vários candidatos Então vale a pena ler gostaria de ter perguntado um pouco mais fazer feito essa provocação para ele mas a gente tem muitos temas aqui eh e eu nem consegui ainda apresentar os artigos de de vocês né não vou à cadeira nada mas a gente não tá nem conseguiu
vou cadeira é aqui não porque a gente fala da realidade né não é do espetáculo eh queria faz tempo tá querendo perguntar né queria perguntar eu ia falar tem algumas perguntas mas eu só só eu vou passar só só pensando aqui que a primeira pergunta que eu tinha escrito era justamente isso que o c acabou de falar que eu acho que quando passar pro abrúcio e pro pro Eduardo pro grm a gente podia escutar um pouco isso assim qual é de fato a capacidade de um município para fazer inovação em qualquer uma das áreas né
qual capacidade administrativa jurídica de recursos recursos humanos recursos eh financeiros também porque a gente talvez espere muito dos Municípios né não sei o quanto sim e e tem aquela frase clássica do Franco motor a pessoa não não vive na União não vive no estado ela vive no município e aí a vida dela inteira tá ali mas o quanto o município É de fato capaz de implementar alguma coisa nesse sentido tinha gente ali desculpa Marina eu vou te desobedecer porque a minha pergunta é pro Ciro Mas como ele não tá como o Ciro não tá eu
vou transferir pro abrúcio a mesma pergun Então tá bom porque eu não li o tex receu mulher dele o máximo que eu posso responder do coo uma pergunta que teve midade n mas e dialogando com essa questão das capacidades que você acabou de mencionar e o brucio tocou também no tema da mobilidade urbana a questão da governança não passa também pela questão da articulação intermunicipal nas aglomerações urbanas e Metropolitana nas regiões metropolitanas estimulando essa cooperação que é difícil que tem várias Barreiras ou até forçando essa metropolização com autoridades metropolitanas no caso do transporte público porque
nós temos só para citar aqui região metropolitana de São paulo Pelo modelo da atribuição Municipal 39 sistemas de transporte público 40 na verdade porque tem o Estadual também o interestadual né que é uma loucura Então essa é a pergunta e e um comentário só dialogando com a questão da tecnologia que é Lemar que existe em Santa Catarina um consórcio de inovação na Gestão Pública há muito tempo organizado pela fecan pela federação dos exatamente e que tem todos os municípios de Santa Catarina e mais Outros tantos espalhados pelo Brasil com soluções próprias e específicas que eles
desenvolvem e aplicam enfim pontual mas acho que é bom lembrar também dessa iniciativa que é bastante relevante só isso deixa eu só fazer essa ponte então da pergunta da Marina com a pergunta do do breci que eu acho que é importante que é o seguinte os municípios são a peça-chave da maior parte das políticas P gente tem tem aqui gente do pessoal do Tribunal de Contas que trabalham fundamente com os municípios mas os municípios Não primeiro os municípios não são iguais entre si Marina quer dizer o Brasil o que caracteriza o município no Brasil é
a sua heterogeneidade enorme heterogeneidade e quando Maria Alexandra ou Dani fala olha ou o próprio Ciro falou eu preciso eh digamos customizar isso para aquilo que melhora a vida do cidadão não é apenas a diferença de que naquela cidade Vinícius tem Estrada Vicinal e na outra tem metrô é também o quanto o município pode responder e de que maneira então tem uma heterogeneidade grande entre os municípios o que no fundo significa Marina que só é possível ter municípios fortes se nós criarmos uma governança colaborativa Federativa intersetorial e com a sociedade a resposta pro municipalismo brasileiro
dada sua heterogeneidade de um lado e Dada a sua enorme importância na prestação de serviços públicos porque os cidadãos moram nos municípios se diria o mon diria o montouro é essa governança colaborativa porque no caso da tecnologia aí citada em Santa Catarina Vinícius Só houve esses avanços eles têm por exemplo o diário oficial é feito praticamente com o mesmo sistema por todos há um modelo de coleta de dados de de água e de luz para quase 100% dos Municípios por tecnologia em Santa Catarina Porque tem uma federação dos municípios que ajudou a fazer isso a
gente só vai conseguir na verdade ter gente capacitada para fazer a gestão de mobilidade ou a gestão de tecnologia ou a gestão de mudanças climáticas que é um tema mais complicado do que vocês falaram temos um artigo lá do Pedro sobre isso porque esse pouco menos gente conhece menos gente inclusive consegue até vender soluções para o bem ou para o mal né mas menos gente conhece ou vende soluções para estes casos se não tiver uma articulação entre o município e o governo estadual esqueçam não haverá política de mudanças climáticas municipais no Brasil sem uma articulação
com governo estadual os municípios não estão minimamente preparados para isso não tem gente para isso então assim a saída é municipal se os municípios atuarem em governo Dana colaborativa Essa é a resposta chave pra mobilidade pra educação pra saúde e claro que essa governança colaborativa vai ser digamos eh eh caleidoscópica isto ela vai ser diversa geometricamente dependendo do tipo do problema eu e Edu já escrevemos sobre isso e do tipo de município então assim um tipo de problema com mudança climática que tem um efeito internacional muito grande a governa colab Vai ser muitos atores um
tipo de problema que envolva uma solução mais específica de estradas vicinais ou de uma política ali mesmo tecnológica mais simples talvez envolva menos atores naquele momento e ademais esse esse esses arranjos de colaboração digamos são organizados Diferentemente segundo o problema por exemplo na questão Metropolitana que o BR falou quer dizer assim eh Transportes metropolitanos são diferentes de transporte a a frase do Vinício foi muito boa porque ele colocou assim ele baixou a nossa bola né Nós estavamos falando lá em cima né as grandes mudanças ele falou assim então não tem Estrada Vicinal né é a
questão de ônibus ou de transporte público para municípios de 5 10.000 habitantes é completamente diferente para esses municípios a lembrou o Círio faz no artigo um grande argumento contra tarifa zero na maior parte dos grandes e médios municípios tarifa zero nos grandes médios municípios pior o transporte e e é regressivo socialmente mas no pequeno município pode ser que não seja então assim essas soluções portanto envolvem olhar esse desenho da heterogeneidade dos Municípios e dos mecanismos de colaboração em área metropolitana transporte recursos hídricos Você já dirigiu uma agência Metropolitana se não for articulado eu eu eu
termino aqui a minha resposta comente mas eu lembro sempre uma história bem legal que é a história do da do consórcio do grande recife eles eram consórcio de transportes porque é um caus ali a gente acha que São Paulo e Rio são ruins vocês não foram pra Vitória porque não foram para Recife o transporte é pior o trânsito é maior muito maior e lá no Grande Recife tinha uma enorme dificuldade porque eh o governador era a favor o prefeito de Recife era a favor o prefeito de olind a favor e os outros municípios levantaram a
mão não foi a cm que falou para isso não mas levantaram mão assim mas a gente não tem nada de dinheiro se tinham ou não queriam I don't know não sei mas aí eles juntaram os prefeitos de Olinda de Recife governo assim tudo bem eles podem ser que eles não tenham dinheiro ou não queiram tão querendo pegar o efeito carona mas é melhor a gente pagar para eles porque os benefícios erão para nós colocaram todos na governança metropolitana de Recife e se você for a Recife hoje comparado a 20 anos o transporte é muito melhor
comparativamente do que era em São Paulo há 20 anos e a hoje Portanto essas pactuações intermunicipais as pactuações do estado com os municípios Marina é que podem fazer com que os municípios se tornem mais importantes o montouro tav em parte errado na sua frase eu eu acho que montouro foi um dos melhores governadores de estado do Brasil da história do país foi brilhante extremamente inovador criou conselho eh eh da digamos eh envolvendo a questão racial a questão de gênero em 1983 criou questões de bacias hidrográficas foi foi extremamente inovador mas o cidadão não é que
ele mora no município eh porque essa ideia dá a impressão de que o município vai resolver todos os problemas do cidadão o cidadão tem uma accountability com o município Mas para que a vida dele Tenha boa qualidade ele não depende só do município acho que esse é o desafio que a gente tem que aprender obrigada é é interessante que você mencionou isso por exemplo a gente não tem nessa edição um artigo sobre segurança pública que é sempre citado lá na na nos primeiros itens pela população porque não tá na alçada dos Municípios fazer e essa
é uma edição de Gestão Pública Municipal Então acho só só pegando o o o gancho e e e aproveitando eh esse esse tema de cooperação a maioria dos artigos trata disso e os artigos que eu ainda não consegui apresentar de vocês do Green e do abrúcio o abrúcio só um pouquinho só para apresentar os artigos é o o abrucio escreveu esse artigo de educação junto com Gustavo Andrei de Almeida Lopes Fernandes e com Cláudio Gonçalves C e traz muito as as possibilidades aí de vários tipos de de de cooperação em vários em vários níveis e
o seu artigo também eh também Green eh que foi escrito com Marco Antônio Carvalho Teixeira luí Paulo breciani é então tem que citar os todos os autores né Eh também também fala e cita alguns exemplos até né de de iniciativas conjuntas pro desenvolvimento econômico local só para para dar um contexto aqui gostaria de falar é não senão a Marina vai achar que é preconceito quantra jornalista ele pul resposta porque só faz piada não tem preconceito é diferente não não tirando a brincadeira Marina assim eu acho que tem tem tem duas coisas para complementar o que
bro disse que é importante a gente considerar certo primeiro assim Federação Brasileira a Federação Brasileira tem uma coisa chamada simetria todos os municípios não importa o seu tamanho terão as mesmas responsabilidades perante o governo federal Então isso é muito Ou seja todos são cobrados de maneira igual a gente sempre faz aquela Piada borque tem menos de militantes tem as mesmas responsabilidades que São Paulo então independentemente Marina da gente achar que pede demais pros municípios Isso é uma realidade a segunda questão eu assim tem tem alunos aqui que já fizeram formação do Brasil Contemporâneo comigo haverão
de lembrar todo mundo tem que ler uma coisa chamada coronelismo em chá de voto de um autor chamado Vitor Nunes Leal que que eu quero dizer com isso desde sempre antes esse país ser uma república nós tínhamos uma enorme tendência ao localismo no Brasil que muitos séculos depois ficou cunhado numa expressão do Falecido prefeito de Santo Andel Celson Aniel chamada de autarquía gente junta então um federalismo simétrico que cobra dos municípios que todos façam a mesma coisa com uma lógica de pensar o território local como se ele fosse uma uma espécie de soberania Municipal isso
acaba gerando uma enorme pressão sabe por quê Porque o município é cobrado para fazer um monte de coisa e ele só pensa no âmbito do seu território ele não consegue fazer nada portanto é preciso repensar E aí faz aponte com aquilo que o abrúcio disse formas de cooperação Federativa da qual os consórcios municipais inevitavelmente não há saída serão uma alternativa para isso dando alguns números aqui sem en Caná muito tá no Brasil a gente tem 5.570 municípios nós temos quase 9.000 consórcios Como assim é porque tem muito município que participa de consórcio de saúde de
Educação de assistência e por a vai ou seja o consórcio já é uma enorme alternativa e o Brasil em termos comparados é uma enorme referência internacional para desenho de cooperação Federativa intermunicipal D da nossa lei dos consórcios lá do início dos anos 2000 então Eh Marina eu acho que de um lado nosso modelo de cooperação Federativa Ele só faz crescer as responsabilidades pro plano local vou dar aqui dois exemplos se Vinícius pode complementar ele é economista tá o governo federal Vai lá e decide assim em nome de uma boa causa que ninguém questiona tem que
aumentar o piso nacional dos professores ninguém é contra certo quem é que paga a conta o município depois da covid-19 os agentes comunit ficaram extremamente conceituados na sociedade com toda a razão aprova-se uma Emenda Constitucional que diz aos agentes comunitários tem que ter um piso Nacional quem é que paga a conta o município o governo federal Vai lá e decide nome de uma boa causa que os municípios precisa investir 15% da sua receita líquida em saúde uma boa causa quem é que paga a conta o município ou seja dado que nós temos esse tipo de
de de federalismo eu acho que a gente só conseguirá resolver parte da pergunta manina nem sei se toda ela se de fato nós colocarmos em perspectiva que a cooperação Federativa no Brasil não pode ser feita apenas para políticas sociais como saúde educação e assistência mas também para criar alternativas do município desenvolver suas capacidades estatais e ter fontes alternativas de receita porque esse modelo precisa se autofinanciar e como ele não se autofinanciada talvez pensando puxa Será que a gente não tá cobrando demais dos Municípios nesse modelo nós estamos cobrando demais mesmo porque eles cada vez mais
aumentam responsabilidades e o GAP vai ficando cada vez maior e portanto a corda Estica e ela acaba estourando né Tem estourado até agora Do lado mais fraco que são os governos locais Então acho que essa é uma questão em aberta ela não é uma questão do nível Municipal essa é uma questão da Federação Brasileira tá E obrigada alguém do público atrás ali né eu queria só antes de passar para pergunta engatar porque a a questão dos arranjos eh municipais podem ser uma alternativa também paraa tecnologia Green porque hoje você tem escassez de competências nos municípios
E você tem a Marina apontou isso grandes gastos E você tem questões complexas garantir a segurança dos dados por exemplo desenvolver soluções por exemplo e uma escassez de competências na área de tecnologia que não não é privilégio dos Municípios nós temos isso nos Estados nós temos isso no governo federal e no setor privado nós temos escassez de profissionais de tecnologia então pode ser uma uma alternativa também paraa questão dos investimentos em tecnologia então isso pode ser feita e isso já vem sendo tentado nos municípios sei lá 15 ou 20 anos eu participei de um projeto
nem me lembro de quem Banco Mundial pnud sei lá alguma coisa assim de três mun municípios grandes que estavam estudando Eles eles a pergunta era nós podemos fazer um data center único nós podemos fazer e eu respondi que sim fiquei três meses lá nos três municípios e a a pergunta no e a pergunta foi respondida com sim é viável eles nunca fizeram sabe então a a entraves para esses arranjos Mas essa é uma essa é uma possibilidade É de fato né e que resolve aquilo que a Marina perguntou tecnologia é caro por que que todo
mundo vai ter que ter o seu data center 24 por7 eh entregando serviços e cuidando dos dados e se você pode ter arranjos municipais para isso sim ótimo obrigada de novo né Oi minha pergunta para Maria e é sobre cidades inteligentes eu tive essa matéria há um tempo atrás e um dos assuntos que mais me saltou aos olhos foi a questão de exclusão digital quando a gente fala de eh modernizar e digitalizar os processos dentro dos governos municipais eh a gente também tem que pensar nas pessoas que vão estar usando os usuários e o Brasil
ele tem uma população de baixa renda muito alta e também uma população idosa que vem crescendo eh ao longo dos anos e as pessoas muitas vezes têm dificuldade no uso de computadores celulares e no uso de aplicativos e das coisas que a gente tá querendo propor para modernizar os aparelhos públicos Então como você consegue conciliar a necessidade do governo de se digitalizar e de est presente nos meios digitais que a gente percebe que isso é uma necessidade Global com toda essa desigualdade que a gente tem e com as pessoas que precisam usar esses que geralmente
são as pessoas que mais precisam usar Esses aparelhos e que às vezes não tem acesso a Essas tecnologias posso fazer uma eu vou falar Pode ir pode ir bom eu sou servidora concursada da cidade de Guarulhos e eu queria dar um um relato a respeito de tecnologia eu fiquei 17 anos afastada da prefeitura eu era dirigente sindical Voltei pro voltei pra prefeitura o ano passado e eu fiquei espantada com o déficit tecnológico eu fui trabalhar num computador que tinha o Windows 2007 só que eu trabalho na escola de governo eu fui para trabalhar na escola
de governo então quando a gente fala eh de Formação né de formar as pessoas é é exatamente isso como a gente vai oferecer serviços tecnológicos como a gente vai fazer transformação digital se os servidores E eu achava que era mentira ass eu falava assim Ah não gente imagina vocês estão brincando precisa dar curso de Word nós somamos em 2024 Imagina isso não é possível E aí a gente fez um curso de no setor público eh e tinha gente que não sabia ler um q code É verdade a gente precisa de um curso de letramento digital
mesma pros servidores né Eh então a a realidade dos Municípios não precisa falar do município que não tem uma Estrada Vicinal tô falando de Guarulhos tem 1 mil. mil habitantes Então o que precisa mudar também é o mindset de quem de quem manda de quem tem o poder de decidir aonde o dinheiro vai ser investido Guarulhos milhões com sistemas de ltex mesmo há 20 anos as mesmas com 55 sistemas diferentes da mesma empresa que não se conversam que é um horror que não funciona se você precisar mandar um processo agora agora tá tá o se
funcionando mas antes para eu mandar um memorando eu mando por um sistema chamado CPEx Se eu forou mandar o processo eu eu mando por um sistema chamado protocolo que só funciona no computador do Windows mas a prefeitura só comprava Linux então assim é bastante complexo quando a gente fala de transformação tecnológica nas cidades de um modo em geral mas eu acho que também falta um pouco de entrosamento da academia com as cidades de apoiar as cidades eh e de apontar caminhos também assim de de de falar quero fazer com você que que vocês estão não
Claro é claro que todo mundo precisa ganhar dinheiro e a academia também as as pessoas não vivem eh só de boas ações mas acho que a gente precisa de mais eh de mais apoio né na verdade então essa eu queria dizer que é preciso fazer transformação tecnológica lá em guarulos a gente quer fazer eh mas a gente precisa tem um caminho muito longo tem que treinar os servidores tem que ter com eh a gente ganhou computadores novos graças a Deus há pouco tempo eh mas passa por muita coisa mas é curioso isso só um micro
parênteses que tá todo mundo não conseguindo usar o Word mas todo mundo aposta numa Bet se individa numa Bet e é aplicativo e chamo Uber todo dia então né só eu fico pensando assim o quanto é que a gente também fica um pouco eh duvidando das nossas capacidades quando pensando que é só talvez a gente estruturar alguma coisa né eu sei eu tô aqui dando palpite mas assim não sou o lugar de dar palpite só fico pensando quanto e sei lá eu sou mãe de de do meninos de 10 anos eu eu gasto um tempo
da minha vida em tentando entender o controle parental do videogame eu odeio mas é isso se você quiser que seu filho joga videogame você vai ter que entender Qual que é o controle parental daquilo né então fico imaginando o quanto a vida já mudou né E aí enfim são parênteses para passar é na verdade são duas perguntas diferentes assim eu vou eu vou responder se é parado em relação à primeira pergunta a exclusão digital eh de fato nós temos grandes desigualdades temos 80 % da população brasileira com acesso à internet quando a gente avança e
vai entender o que são esses 84% só 20 só 20% da população tem um acesso que é considerado como mínimo para obter benefícios da internet então nós temos desigualdade digital instalada e muito clara aí nós temos duas soluções para isso A primeira é isso foi propagandeado por todas as agências multil trá o tal do digital by Def que era um mantra vamos fazer tudo digital porque a população se adapta o que aconteceu desigualdade desigualdade exclusão exclusão exclusão agora finalmente as nações unidas acordaram não é mais digital by Def e é inclusion by Def o que
faz todo o sentido vamos incluir as pessoas isso faz com que serviço a serviço a gente tenha que pensar numa solução integrada tem aquelas pessoas que vão eh fazer no aplicativo porque elas fazem tudo no aplicativo mesmo na periferia mas tem aquelas pessoas que por qualquer motivo ou porque não tem acesso ou porque são idosas ou porque são moram num Território que não tem acesso Seja lá o que for elas vão precisar do do do presencial do analógico talvez sentando de um lado de uma pessoa como aqui no descomplica do lado de uma pessoa que
tá conectada a um computador e vai fazer junto com ela talvez na próxima vez ela saiba falar então serviço a serviço a gente tem que parar de sonhar com uma sociedade onde todo mundo tem acesso mesmo que tenha sabe não tem plano de dados não sabe usar direito o celular é uma porcaria aquilo foi desenhado para fazer no computador e tá sendo feito no celular então as soluções de prestação de serviço soci cdade tem que considerar que há desigualdade Ah mas é muito caro é um país desigual tratar as coisas um país desigual é mais
caro e a solução tem que ser completa né tem que então essa uma a outra solução para esse problema é a gente investir em cidadania numa sociedade digital desde a escola as pessoas têm que ser cidadãs numa sociedade que é uma sociedade digital porque senão daqui a 20 anos se a gente não investir nisso daqui a 20 anos a gente continua desenvolvendo soluções para desigualdade digital Porque as pessoas não sabem não conhecem mas são políticas públicas de natureza diferente uma é educação a outra é prestação de serviço ao cidadão considerando a exclusão digital sobre a
outra pergunta eh a questão a exclusão digital não está só na população nós temos prefeituras excluídas de digitalmente nós temos organizações do terceiro setor excluídas digitalmente nós temos Pequenas Empresas excluídas digitalmente que elas até fazem o Imposto de Renda pela internet ou o contador delas faz mas elas não trazem não tiram nenhum benefício da paraas suas vidas dos meios digitais E essas pessoas também são servidores públicos E aí eu volto para pro desafio que o abrúcio eh colocou na primeira fala que é capacidades estatais né que é capacidades municipais digamos como é que a gente
faz as pessoas os órgãos as prefeituras serem capazes de tirar proveito tirarem valor do uso da tecnologia não serem vítimas das smalltech medium Tech e bigtech mas como é que a gente faz com que essas prefeituras se capacitem né e estou super disposta a fazer parceria com snm com com quem for é e e Porque de fato é uma questão de melhorar a habilidade de servidores e a gestão de tecnologia os computadores não se trocam automaticamente né eles não têm essa capacidade Alguém precisa planejar a vida útil de um do equipamento fazer uma licitação olhar
os preços desenhar os requisitos daquilo e fazer isso periodicamente precisa ter gestão e governança de tecnologia dentro dos Municípios E aí de novo a questão dos arranjos municipais consórcios ou qualquer tipo de arranjo pode ser uma solução então eu acho que são perguntas de de natureza diferente acho que Tentei responder a Sofia aí obrigada você queria comentar alguma coisa não e é muito rapidamente assim eh já que a gente tem muitos alunos alunas aqui graduação mestrado eu começaria dizendo assim seria muito bom olhar as pesquisas não só do cetic sobre a realidade da gestão municipal
mas peguem a última Munique bge do ano de 2019 que tem o retrato Mais amplo até agora que eu conheço da da realidade D tá do que que é gestão de Tecnologia Tecnologia da Informação ou afim o nome que que isso tome no no âmbito municipal mas tem uma questão que que eu me lembro de um estudo que o ipia fez já tem algum tempo que era sobre várias dimensões da da gestão Municipal especificamente no caso da tecnologia da informação eu acho que ainda tem um conceito errado qual é o conceito tecnologia da informação é
commodity como tal pode ser terceirizado E se ele pode ser terceirizado porque é mais barato eu vou lá no na empresa da Esquina e eu contrato lá um cara que faz faz para mim folha de pagamento o cara faz para mim lá tudo aquilo que eu preciso de registro de dados eu não preciso ter gente dentro da da prefeitura servidores para isso então há uma compreensão equivocada sobre o assunto porque hoje em dia gestão da informação é estratégico quem não tem informação não faz política pública quem não tem informação não planeja e a informação ela
não desaparece daqui a do anos Como disse vení com os computadores que falou não lembro agora lá em Brasília que os computadores são levados embora informação é algo que permanece e precisa ser desenvolvido mas há um problema ainda que é tratar a gestão da informação como se fosse apêndice e não como algo estratégico paraa gestão Municipal Então tem que mudar acho que um pouco a narrativa também nesse sentido Obrigada vou aproveitar que você tá falando e queria que você falasse um pouco do do seu artigo sobre política de geração de emprego trabalho renda eh eh
o artigo Mostra assim que já imaginamos né que municípios com mais recurso tem melhor condição de implantar a política de desenvolvimento econômico local e aí eu eu até emendo numa pergunta que veio pelo pelo YouTube que seria essa pergunta é um pouco acadêmica quais temas de pesquisa para desenvolvimento de capacidades mas serviria também para pra prática né como desenvolver capacidade e PR desenvolvimento econômico vou passar pergunta não brincando eu assim eu acho que a gente pode pensar alternativas porque quando a gente Olha esses números que viní dis né até 70% das Cades brasileiras tem habitantes
90% habites idade que uma um município desse tamanho tem de planejar desenvolvimento local que que ele tem de Economia local o que que ele tem de às vezes de sociedade civil capital social organizado para pensar alguma coisa virtualmente pouco quem sabe nada né e ainda assim heterogeneamente distribuído como o abrúcio disse no território brasileiro então eu começaria dizendo mais uma vez reiterando que nós já comentamos E aí boas experiências em qual perspectiva terr tem que ter pensado desculpe desenvolvimento tem que ser pensado em territórios mais amplos consórcios de desenvolvimento local é uma alternativa fundamental porque
a economia gira no território a economia não gira só dentro do município um segundo aspecto importante nessa mesma perspectiva é pensar as vocações territoriais de modo a fazer planejamento daquilo que as cidades podem ter e daquilo que elas projetam ter e daquilo que elas gostariam de ter e as as capacidades necessárias entre Assim entre o que sou hoje e aquilo que eu projeto a partir das vocações ou das opções que caminhos eu tenho que ter que tipo de conhecimento eu tenho que ter que burocracia eu tenho que desenvolver Que recursos eu preciso ter que fontes
de financiamento eu posso buscar que articulações com a sociedade civil eu posso desenvolver num território Mais amplo porque o localismo sozinho dificilmente produzirá alternativas de resposta nessa direção Então acho o desafio do desenvolvimento local que é o desafio de geração de renda não é necessariamente de emprego seja por meio da economia solidária seja por meio do cooperativismo seja por meio de empreendimentos coletivos eu diria que é um dos mais desafiadores para Gestão Pública Municipal Por que razão por qual razão numa lógica como a nossa eh do federalismo brasileiro que transfere muito recurso para os municípios
recursos de fpm recursos do SUS recursos do Fundep recursos da Assistência Social nós vamos criando alternativas que são insuficientes para lidar com o desenvolvimento local mas ao mesmo tempo isso gera o desafio de pensar o desenvolvimento local tem aí um paradoxo porque se a gente pensar que os municípios de até 2000 habitantes tem mais de 90% das suas receitas dependentes de transferências intergovernamentais isso é um os municípios a gente só consegue ter municípios que aumentam tem mais arrecadação própria superior às transferências intergovernamentais quando eles passam de 150.000 habitantes vão no Google agora e me digga
quantos municípios do Brasil tem acima de 150.000 habitantes pouco mais de 150 talvez alguma coisa assim se eu não tô equivocado ou seja tá tudo errado no nosso modelo e como e como a gente não vai mudar estruturalmente a Federação Brasileira a solução tá no plano local e a solução vai ter que ser não tem como a gente pensar uma solução para um tema dessa complexidade apenas individualmente então concordo com Ach que tem desafios políticos aí a serem superados dá pra gente fazer uma conversa em separada pensando nessas alternativas coletivas mas acho Adriana respondendo à
tua provocação que é um pouco por aí que eu vejo os desafios do desenvolvimento no plano local não sei el pesto quer completar um pouco fica à vontade tá eu deixei a parte mais difícil para tá gostaria de falar É acho que o Edu tem razão a gente tem que olhar para essa coisa da diversidade de tamanhos de portes eh e também paraa questão que se liga com uma questão de pessoas Preparadas para lidar com isso nos municípios Tá certo muitas vezes a política de desenvolvimento econômico local é o gogó do secretário certo vamos lá
pessoal bola paraa frente ou seja animar os atores econômicos né Eh porque também a gente não tem equipes suficientes para isso então não só a questão de articulação intermunicipal em microrregiões macrorregiões mas lembrar também as poucas experiências que a gente tem no caso brasileiro mas muitas em em internacional de agências de desenvolvimento econômico local aonde a gente tem o setor eh público mas também a iniciativa privada a sociedade a economia solidária as cooperativas e tudo mais né então acho que esse modelo das agências de desenvolvimento econômico não Ou seja um modelo que não é exclusivamente
estatal não depende só dos Municípios só do governo estado também é super importante a gente tem algumas algumas algumas poucas experiências Tá certo não sei se a Marina quer falar sobre isso eh sul da Bahia Ceará interior do Ceará eh Amazônia aqui o abc mais ou menos né com muitas fragilidades também então acho que esses esse nó também passa por essa cooperação no local e o local não é município local é intermunicipal Tá certo articulação público-privada paraa promoção do desenvolvimento local Adriana só para completar 30 segundos dizer assim essa é uma área que depende exclusivamente
da vontade política local não tem política Federal de transferência como tem na saúde na assistência então vontade política local combinada no território é decisivo pra gente pensar ações no campo do desenvolvimento econômico local obrigada um dos aspectos que mais me aprendeu no artigo foi que vocês fizeram uns estudos de correlações de diversos aspectos com a O ds8 que é de crescimento tem vários aspectos lá na eds 8 de crescimento inclusivo e sustentável e não tem uma correlação por exemplo entre o partido político e essa uds né Então essas políticas eh são feitas por V no
cenário que a gente tá de polarização é interessante observar isso me chamou bastante atenção e então só é uma provocação para vocês lerem também os artigos que estão muito bons eh eu vou terminar pela educação você queria falar alguma coisa Marina Posso fazer uma pergunta Tem tem muita Marina aqui hoje é tem sinergia com o que o brene tava falando ele falou sobre as agências de desenvolvimento e acho que um tema que é muito transversal a todos os outros temas é a questão do financiamento né Tanto do ponto de vista vista de resiliência fiscal dos
estados e municípios Mas também de acesso a crédito e isso apareceu em várias falas acho que o Siro tava dizendo sobre questão de tecnologia pro setor público né como que a gente pode promover a Inovação na mobilidade urbana que não seja do transporte individual E aí isso passa por uma questão de se isso é viável economicamente Como que eu posso usar talvez recursos de compras públicas para ter esse incentivo tecnológico acho que tem um papel do BNDS etc eh mas por por exemplo o Daniel denberg tava dizendo sobre a questão às vezes de matching às
vezes existe o recurso existe uma linha de crédito mas eu não consigo ter o existe a a existe a demanda mas eu não tenho esse matching entre os recursos aí entra a questão da agência de desenvolvimento mas eu queria eh ouvir um pouco de vocês e entender eh qual o papel do setor bancário do ponto de vista subnacional Então essas agências de fomento subnacionais mas também bancos regionais de desenvolvimento porque passa também a gente teve uma questão grave de responsabilidade fiscal dos estados e uma redução dessa atividade bancária Mas como que eu posso trazer essa
solução e o desenvolvimento para essas agências subnacionais seja pelo setor bancário a alternativa é fortalecer o BNDS e ele ter braços regionais é você ter bancos regionais de desenvolvimento como que vocês enxergam esse cenário quem gostaria de responder eu posso então por favor vamos lá me sinto provocado pela Marina não tô brincando eu eu tomei iniciativa de de de de falar disso porque eh eu pesquisei um pouco isso pela pela lógica do BNDS e os programas de fortalecimento à capacidades estatais dos Municípios sobretudo no pate depois P na FM no caso da Caixa Econômica Federal
eh eu acho que nós são excludentes Marina a gente ter uma alternativa aqui é o BNDS né Eh vamos pensar um pouco assim tá eh me desculpem aqui o exemplo mas é o que me ocorre eu acho que socialmente falando É bom lembrar que tem o BNDS ele não é só o e né é social Portanto ele é o banco público ainda que seja um banco mas eu acho que olhando paraa Federação Brasileira eu fico sempre pensando que é muito mais interessante a gente pensar em em financiamentos e investimentos para municípios que talvez dinheiro para
frigoríficos e coisa do gênero assim certo colocando no genérico aqui tá já que tá sendo transmitido que que eu quero dizer com isso é óbvio que o retorno para a população brasileira me parece muito melhor nessa perspectiva de pensar como que um banco ajuda a Federação Brasileira a se desenvolver e como que um banco público ajuda o desenvolvimento local a se desenvolver e aí tem um problema qual é o problema município pequeno não consegue chegar na bndf e Eu recordo de uma entrevista com o Gilberto Perry frente Nacional de prefeitos que ele me disse assim
professor isso é feito para não funcionar vocês já ouviram falar de uma coisa chamada cal C que que é o calque o calque é o Serasa dos Municípios como é que funciona gente é assim se há 20 anos atrás Um Prefeito não pagou a última prestação de um convênio o atual prefeito que obt um recurso do BNDS ele não vai conseguir não vai conseguir ou seja as regras são feitas para atender quem há uma enorme assimetria atende quem tem mais capacidade estatal e menos precisa e penaliza quem mais precisa e não tem capacidade estatal então
o BNDS tem que ser repensado completamente na sua governança para promover o desenvolvimento econômico local que não inclui outros bancos regionais como o bid o brde e outras alternativas o BNB o o da Amazônia que esqueci o nome enfim mas eh o BASA né mas eu não vejo outra alternativa federativamente falando que não sejam os bancos de fomento ajudarem nessa perspectiva inclusive com formas diferenciadas de pagamento vou dar um outro exemplo e concluo aqui certo quando o pequeno município vai obter um financiamento tanto do pfm quanto do pate ele tem que se comprometer a pagar
se ele não paga sabe o que que acontece o banco pega o dinheiro do fpm dele que às vezes é a única fonte de grana que ele tem para financiar a cidade e ele vai pensar o quê entre o risco de não pagar e ficar com a garantia do fpm eu vou ficar com fpm Então as regras também elas induzem a um comportamento defensivo e portanto Há muitas questões que você tem que ser repensadas nessa nessa direção Obrigada sim lógico fazer um comentário em cima do que o professor Eduardo eh colocou eu acredito que respondendo
ao tema aí da questão da então para os próximos anos aí dos Municípios eu acho que passa essencialmente pela questão de pacto federativo de discussão de pacto federativo de união de Estados e de municípios os municípios nos últimos anos eles têm se atentado para essa questão de consorciamento Isso é uma tendência crescente na saúde na educação né no sistemas de de de resíduos sólidos os municípios T tentado eh se consorciar mas é necessário realmente ir a lém né os parâmetros básicos como eu falei que basicamente é escolar idade de servidor ainda hoje tem muito uma
visão que a prefeitura não tem ninguém escolarizado ou a prefeitura tem pouca pouco capital humano isso tem mudado consideravelmente nos últimos 10 anos mas uma vez que você atingi os patamares digamos mínimos né para algumas cidades é preciso avançar realmente na gestão e procurar eh de fato gerar essas economias de escala né E quando eu falo pacto federativo é basicamente questão de incentivo mesmo eh como o professor Eduardo colocou seis em cada 10 municípios do país a principal receita é o fundo de participação dos municípios que é o fpm cada 10 dias esse dinheiro tá
na conta se por algum motivo o município não recolher uma guia do PEP o dinheiro tá preso basicamente é isso ele tem que se virar de algum jeito para liberar o recurso e assim da forma que toda a política tributária do Brasil foi construída que agora com a reforma tributária felizmente isso vai ser um tema eh superado você gerou assimetrias absurdas posso citar um exemplo se eu tô hoje eu tô em São Paulo resido em Brasília mas se eu estivesse digamos em em Santo André e hoje funciona dessa forma se eu passo um cartão de
crédito Santo André quem arrecada é a sede do Banco é o local da sede do Banco o dinheiro ia para Barueri do ISS se eu tô hospedado em algum lugar sepamos não fica na cidade por muito tempo foi assim então hoje em dia com o desenho que a gente criou lá atrás isso gera repercussão né e gera essa dependência que é muito ruim né De toda forma né os municípios eles arrecadam basicamente ISS é IPTU ITBI alguns conseguem recolher Imposto de Renda né mas ao mesmo tempo dependem dessas transferências são transferências federais dependem de emendas
parlamentares que isso a gente sabe que envolve um jogo político evolve como a economia tá evoluindo e isso acaba tendo consequência por exemplo Lady royalty outro exemplo que foi construída lá atrás e que por algum motivo lá atrás acharam pertinente criar linhas geodésicas que se um posto de petróleo tá 300 km da orla brasileira ele vai pertencer à cidade x e não a cidade Y cidade X vai arrecadar bilhões e cidade Y não então assim essa disparidade essa essa fragilidade do nosso sistema foi criado com o passar dos anos acabou gestando essa dificuldade que a
gente começa a superar agora a Passos realmente a Passos curtos um pouco devagar para tentar criar as condições básicas a gente fala sempre de educação e saúde o mínimo constitucional da saúde é 15% da receita corrente líquida vocês sabem quais são a média dos Municípios 23% você tá oito pontos percentuais acima e a gente vê ainda que falta muita coisa então qual que é a discussão que a gente tá fazendo 60% desses recursos dos Municípios não só transferências educação mínima é 25 a gente observa um município que coloca 28 30 35% vai até 40 vai
até 40% na saúde tem município coloca o dobro do mínimo e a gente ainda discute que é Um Desafio Então passa um pouco pela questão da gestão pública como um todo questão só para eh finalizar de tem uma provocação muito boa eu acho que é totalmente verdadeira que tá no texto das cidades inteligentes que é aquela questão dos vendedores de serviço para os municípios vocês sabem quantos programas federais existem funciona de forma similar 196 programas federais que existem no Brasil é o mesmo cardápio ó o município Aceita esse programa que Vai facilitar sua vida na
saúde e na educação muitas vezes o município aceita acha que aquilo é uma vantagem no momento mas acaba virando um custo esse programa acaba sendo defasado a gente tem de programas que não são registrados há 10 15 anos pelo Governo Federal Então você tem um complicado arranjo de política fiscal da União envolve envolvia teto de gasto hoje em dia você tem uma melhora pelo menos com aumento da despesa com arcabouo fiscal Mas você ainda depende desses outros atores que são fundamentais para a execução das políticas públicas né Realmente as pessoas vivem nos municípios e a
riqueza gerada nos municípios Entretanto a forma que o desenho foi feito é um de certa forma um desincentivo realmente é avançar na questão Federativa e também avançar Nessas questões de consorciamento de de Tentar aproveitar essas habilidades da academia e expandir para os municípios né foi comentado aqui de Guarulhos é maior cidade do país Então se na maior cidad do país você tem um problema desse né E foi comentar também a questão da da inclusão digital para muitos prefeituras do Brasil o recado é uma uma folha quatro clipada na parede é isso tá lá qualquer pessoa
que for na Prefeitura vai lá e vai ver o comunicado Esse é o site então assim a gente precisa avançar muito Especialmente na gestão né Especialmente na gestão a gente já tem a questão da despesa elevada e o desafio é esse basicamente gestão para os próximos anos para esses prefeitos Obrigada e Bru vamos finalizar com educação que tem muito a ver com muitos temas aí que eu Vinícius colocou dessa responsabilidade seu artigo fala da educação como uma alavanca e acho que você podia é bom que o abru falou no artigo dele que vai resolver todos
os nossos problemas a educação Então resolve aí abrucio agora quando a gente começa a olhar a campanha Municipal você liga a televisão vê os debates etc É muito raro que se fale para além dos próximos 4 anos né e acho muito difícil né vend do Conselheiro Antônio aqui o tribunal de con de Mato Grosso depois de tantos anos lá imaginar alguma política pública que vai resolver durante 4 anos acho que é importante falar um pouco sobre isso porque o Brasil tem tendo muita dificuldade de discutir o futuro e quando você não é capaz de ver
eh um futuro um pouco além de 4 anos as chances de você errar aumentam e se há uma forma de você há várias questões voltadas ao futuro se antes de falar da minha mas só de falar de um outro artigo que eu texo do do Pedro Jacob a a a mudança climática se nós não resolveremos a questão ambiental e climática no Brasil país nenhum haverá para lembrar de um título de um grande autor brasileiro João Baldo Ribeiro eh tem as questões do Futuro Já não são mais do Futuro e a gente continua falando de um
presente ou dos próximos 4 anos como se tivesse falando do passado a gente tá na verdade numa bagunça cronológica das as políticas públicas debatendo a eleição Municipal e e educação como alavanca Como chama o artigo na verdade não é educação né Adri Educação Municipal como alavanca é mais precisamente isso por que Educação Municipal como alavanca porque 62% ali dos alunos de escolas públicas no Brasil estão nos municípios a maior parte dos alunos hoje são alunos municipais segundo porque as duas primeiras grandes etapas da educação que a gente pode chamar de de primeira infância e alfabetização
para pensar no ambiente internacional não para ficar falando pré-escola Educação Infantil e Fundamental um elas são municipais basicamente eh tudo aquilo que a gente deixa de fazer na primeira infância a gente perde de desenvolvimento infanto juvenil nos próximos anos os estudos desde os trabalhos do heckman sobretudo mostram que o ganho que você tem Educacional investir na primeira infância é o ganho maior em todas as etapas educacionais ele tem a curva lá do do heckman né a equação do heckman que mostra isso embora hoje um parênteses os neurocientistas mostrem que existe uma segunda infância a segunda
infância quem fo assistir divertidamente Dois alguém fo assistir tá levanta a mão muito bem é verdade o o um dos roteiristas se baseou em estudos hoje da neurociência que mostram que entre 12 a 15 anos usar um Novo Movimento neuronal E aí as pessoas ficaram felizes né fal assim porque se eu perdi a primeira infância eu recupero no ensino médio aí o reckman responde recupera dependendo do seu ponto de partida recupera dizer o seguinte eu vou te dar água para para você correr quando os que são mais ricos estão a 2 Km à sua frente
Você agora vai ter água de novo há chances mas são menores portanto se o Brasil e o a cobertura hoje escolar no Brasil de 0 a 4 anos é de cerca de 40% Isto é 60% das Crianças 0 a 4 anos estão fora de qualquer cobertura escolar No Brasil quando ao contrário se você fizer isso você tem uma alavanca e quem faz isso é o município a outra alavanca é a alfabetização nossas taxas de alfabetização melhoraram muito nos últimos anos mas a questão é que elas são muito heterogêneas 83% das crianças do Ceará são alfabetizadas
até os 8 anos de idade e 31% das crianças do Sergipe São alfabetizadas até aos 8 anos de idade Ceará e o Sergipe não são muito distantes geograficamente dá para ir de carro Então essa é a primeira história de que se não fizer essa alavanca e eu podia pegar isso não por estado por municípios e podia pegar sortear um estado rico por exemplo São Paulo as taxas de alfabe ação no Vale do Ribeira são muito mais baixas que as taxas de alfabetização na região metropolitana de São Paulo que aliás são mais baixas do que no
Vale do Paraíba não é grande São Paulo que tem as melhores txas de alfabetização do Estado de São Paulo então assim se se a gente quer dar uma alavanca pro Futuro Educação Municipal é Central porque se essas crianças não aprenderem suficiente na primeira infância e e e na alfabetização não só elas vão aprender mais na outras menos nas outras etapas mas segundo os estudos nós vamos aumentar as taxas de criminalidade vamos vamos diminuir as taxas de empregabilidade da população mais pobre e nós vamos ao fim e ao cabo produzir cidadãos piores é bom sempre lembrar
se a gente quer um modelo civilizatório melhor em que as pessoas não sejam enganadas pelo jogo do Tigrinho que as pessoas não sejam racistas para que as pessoas consigam conviver com a diversidade de pessoas com deficiência isso passa fundamentalmente pela Escola o principal veículo para incluir pessoas com deficiência no Brasil são as escolas e são escolas municipais porque ali que ocorre o processo é também uma alavanca porque na verdade embora algumas das outras etapas de ensino não sejam exclusivamente municipais dependem muito do município vou dar só um exemplo leendo depois o artigo que tem outras
coisas mas o fracasso da reforma do ensino médio se deu porque quem pensou a reforma no ensino médio em Brasília não não sabia que havia municípios no Brasil e isso isso É frequente né Vinícius por que isso porque se propôs um modelo de múltiplos itinerários Se esquecendo que quase 2200 municípios no Brasil tem apenas uma escola de ensino médio faça múltiplos itinerários com uma escola com com uma escola só no município Se esquecendo que o capital humano que vai fazer múltiplos itinerários mora no município e que se não tiver algum arranjo intermunicipal alguma coisa Você
quer ah eu quero ter um múltiplo robótica né as emendas parlamentares compraram vários kits de robótica eu fui numa comissão do congresso e um membro famoso de lá não vou lembrar o nome dele agora é por razões óbvias e me disse o que achava dos kits de robótica falei assim um pequeno problema esses municípios não há professores que entendam de robótica na verdade é pior ainda porque 39% dos Municípios no Brasil tem eh das escolas do Brasil 39% das escolas do Brasil tem eh banheiros com problemas de esgotamento sanitário então é um pouco antes da
robótica o problema mas de todo modo desenharam o ensino médio sem saber que havia municípios não vai dar certo então assim a é uma alavanca também porque outras etapas do ensino também dependem do município o o o digamos o grande Inferno da Educação Básica brasileira é o fundamental dois é a desgraça fundamental dois é metade praticamente Municipal metade Estadual o estado e município nem conversam que fazem Então isso é uma Outro ponto alavanca E aí é o terceiro e Último Ponto da alavanca que é educação ela é muito importante ser pensada como política pública porque
ela tem efeitos sistêmicos agregados muito importantes em várias coisas só que os municípios só serão alavanca para esses efeitos é um pouco a discussão que o artigo do Edu e do Marquinho e do bran fizeram só serão capazes de produzir essa alavanca juntamente com outras estruturas o município de 2000 habitantes pedir que ele faça o seu plano de Inteligência Artificial o governo federal chegará a pedir isso depois me cobrem ele vai pedir é é é é quase Monte Python né quase assim um humor né daqueles bem né nem o Pablo Marsal pediria isso digamos isso
pra gente pensar o grau de humor a contido nessa possibilidade real de governo federal pedir um plano Municipal de Inteligência Artificial pro município de 2000 habitantes não demorará pela empresa Del não tem o advogado ao lado para falar mas o fato é que o André mais inconsequente que eu nesse sentido eh o o o Ponto Central é que para pro município ser uma alavanca da educação e uma alavanca agregada do desenvolvimento ele só será por via de governança colaborativa entre municípios com o estado Vinícius boa parte dos problemas que você colocou não serão resolvidos pelo
Município com nenhuma reforma tributária do nenhuma não há chance eu uma vez eu fui num seminário que o Paulo me convidou Paulo e ele chegou e disse assim nós temos que fazer que com todos os recursos do municípios fiquem nos municípios eu falei vim no seminário errado aí tinha que eu tinha que falar alguma coisa falei assim meu querido amigo Paulo tem um pequeno problema se todos os recursos que forem e digamos cobrad os municípios se Carem os municípios isso for a base tributária a maior parte dos Municípios quebra no Brasil porque o que salva
é que o Brasil redistribui então assim se não tiver algum desenho federativo que Organize os municípios sozinhos puxando seus próprios cabelos não conseguirão e se os municípios não conseguirão a educação não conseguirá e se a educação não conseguir não há futuro ao país Então você preciso portanto pensar nessa nessa articulação de governança colaborativa Federativa de cooperação Federativa eh na educação porque é a peça chave pro desenvolvimento do país e termina no fundo pensando Adri Adri começou porque eu vou l lembrar a frase inicial do falou assim estamos fazendo aqui um debate num país polarizado não
foi assim que você começou Estamos fazendo polarizado se você e que que digamos é é o país das das cadeiradas então assim só a única chance de debate é dar uma cadeirada e mas aí nem era polarização não ali era apenas uma provocação digamos de sétima série né E talvez quinta é verdade eu fui muito otimista na verdade nós estamos debatendo e ainda não teve cade não não aqui não estão sol ainda não cadeirão mas assim eu acho que do ponto de vista dos prefeitos eles têm que começar a pensar como construir porque vai acabar
a eleição em algum momento o a dificuldade não é ganhar eleição a dificuldade é governar quando algum Prefeito me pergunta ganhar é mais fácil do que governar quando governar se ele falar assim eu vou falar contra a ideologia de gênero você dá qualquer coisa desses assuntos polarizados ele ele não governa um segundo um segundo não resiste a um segundo eh diante dessa polarização Adri e eh acho que o importante é pensar o seguinte o que que você pode produzir pro futuro da cidade E aí quando você entra nessa Seara as evidências são muito importantes a
capacidade de gestão é muito importante a educação é muito importante porque o futuro do município para além da polarização é ter capital humano n o eh eh digamos eu tô num grupo de de empresários que fizer que essa só posso também contar M coisa assim o Vinícius que nosso colega Len Harvard conhece qual empresário que eu estou falando que ele comentou rapidamente sobre Pablo marcal falou assim engraçado eu tenho uma empresa multinacional que é uma das maiores Talvez seja a maior empresa multinacional do Brasil e se eu ouvisse o Pablo Marcial eu nunca conseguiria virar
isso porque essa ideia de que vai ter um empreendedorismo individual sem educação e cada um vai vai chegar lá na internet e vai se conseguir ganhar é o desastre pro futuro do Brasil é estee que é o ponto que resolve é a educação em larga escala como alavanca não é o empreendedorismo do Pablo Marçal e nesse sentido a a responsabilidade do Prefeito com futuro é para além da polarização esse que é o ponto que a gente tem que pensar né Ótimo obrigada por favor Maria não eu tinha uma pergunta pra brucia tem mais pergun eu
não resolvi tudo tá Marina Mas eu só coloquei os pontos eu eu eh é para bru também essa ideia de educação sim então para Alexandra tá então faz a pergunta e aí deixa só falar aqui a do meu lado porque eu tava pensando isso tá falando a falta de capacidade no município né você tá a gente precisa de capital humano mas a gente hoje não tem capital humano né E aí fico me perguntando como é que a gente forma né Essa não e pra educação fundamental pra educação infantil pra primeira infância se essa é falta
de capital humano e você fala no seu artigo ali das parcerias das possibilidades de parcerias mas não destrincha isso e aqui em em São Paulo que a gente tem a educação infantil Municipal que é de acho eu de qualidade não sei né Não sei não tô avaliando os números e tal a gente tem ainda muita disparidade né em relação a quem são as conveniadas qual tipo de educação se você vai escolher uma escola filiada a a a igreja católica a igreja alguma alguma igreja evangélica etc então uma discussão aí do como é que o município
faz então se não tem capital humano para para isso e a gente vai fechando então a última a sua pergunta se tiver mais alguém já faz agora também né Adriana isso Oi gente bom dia eh meu nome é Maria Isabela eu tenho uma dúvida pra Alexandra e para Bruci juntando as duas temáticas porque inicial no início da palestra a gente tinha conversado sobre cidadania digital e quanto que isso é importante pra gente realmente conseguir fazer uma transformação na sociedade e aí eu gostaria de perguntar para vocês dois como implementar a cidadania digital oi ah ok
como implementar a cidadania digital ah na Educação Municipal visto todas as problemáticas que a gente já tem sem considerar a parte tecnológica então pensando na alfabetização na falta de professores na própria infraestrutura de saneamento básico da escola como um todo Então como que a gente tipo se a gente for ainda considerar o acesso à internet como a gente consegue juntar essas duas temáticas e realmente fazer algo efetivo e é isso quer falar primeiro Deixa eu só fazer uma parte vou fazer o papel da chata da mediadora se vocês conseguirem responder assim aquelas no máximo dois
minutinhos eu de a gente consegue chegar eh eu gosto mais de falar de cidadania na sociedade digital mar Isabela do que de cidadania digital porque não existe uma cidadania que não é digital e uma cidadania que é digital é cidadania direitos né então acho que para construir eu acho que é na escola que a gente constrói cidadania e se a gente constrói cidadania na escola a gente na escola eh e e desde eh a educação no município aí eu super concordo com a brucio né a gente tem que ter programas voltados conteúdos voltados para a
eu ser cidadão numa sociedade que é digital porque eu já falei né as pessoas não podem ser escravizadas por jogos do Tigrinho elas não podem ser levadas a votar por fake News a gente tem que criar cidadãos com Espírito crítico com que consigam tomar boas decisões para sua vida que sejam donos da sua vida e não fiquem à mercê do que lhes chega pelo celular né tem que ter isso é exercício de cidadania isso é construir cidadania na escola mas nesse contexto de cidadania digital eh tentando responder tanto a Marina quanto a Bel eh acho
que Marina na verdade eh São Paulo tem uma educação infantil educação infantil uma uma fase das quatro nós temos escolas né uma estrutura institucional nisso muito tradicional criada por Mário de Andrade em 35 né São Paulo foi muito à frente de todo o país e à frente da América Latina ainda existe alguns escolas Park do do Maro de Andrade eu eh uma boa boa matéria para pro nexo é fazer aquela da lá para de baixo uma escola Espetacular a provisão estatal das escolas de educação infantil em São Paulo é Talvez uma das melhores do Brasil
senão a melhor do Brasil mas uma parte da educação infantil A gente tem mais em creche conveniada mas a parte de educação Tem uma parte conveniada que não é tão boa não é tão ruim mas não é tão boa o problema maior tá na na parte conveniada de creche né É É capacidade de gestão no seguinte sentido quando me pergunto você é a favor ou contra organizações sociais uma pergunta simples assim e eu respondo depende da capacidade de fazer a gestão sobre isso quando o Covas propôs a criação de organizações sociais ele foi fortaleceu a
secretaria de saúde isto acabou Secretaria de Saúde é muito frágil a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo quando nós Pensamos a parte de cultura era boa parte da resolução da parte de Cultura foi para organizações sociais porque tinha uma gestão tinha um grupo isso também se enfraqueceu então e não é a questão de não termos conveniadas mas é preciso ter uma gestão dessas conveniadas mas parte desse problema tá mesmo na distribuição de capital humano na cidade de São Paulo porque a gente sabe onde que estão as escolas ruins ou boas e o conveniado
é uma consequência disso esse é o ponto Então a gente tem que criar estruturas de política educacional na qual os melhores professores recebam mais para dar aula na Vila nive para dar aula no Jardin pegando nos lugares mais pobres de São Paulo né É assim que você tem que fazer se você não fizer isso se é conveniado ou não tanto faz eu acho que nó tem um problema de gestão de pensar que a distribuição do capital humano é uma das principais condições que definem a educação numa grande cidade e se nós pensarmos as cidades em
geral é é é é articulação Federativa tem que ter um concurso Nacional de professores com Banco de Talentos para ajudar os pequenos municípios porque eles não vão conseguir fazer concurso nem com a nova lei que é excelente não vão conseguir fazer concurso você exigir que o município 2500 habitantes faça um concurso sofisticado etc como o Ministério Público exige nos Estados é uma Sand uma loucura fo menor sentido o Lobby das empresas é não vou nem falar das dos das empresas de escolas de cursinhos Emas aí é pior ainda nós temos que pensar nisso E aí
fazendo a ponte com a pergunta da Bel que respondeu concordo opinião da sou integralmente concordante dela ou seja cidadania vem antes da nós estamos a questão digital é digamos um predicado do jeito sujeito é a cidadania e você teve a aula comigo lembrar que os objetivos os sentidos da educação tem uma literatura sobre isso um debate grande e escola Serve sim para formar cidadãos eh termino lembrando do texto do Teodoro Adorno sobre educação após Auschwitz e o Adorno começa dizendo assim qual era o lugar na década de 30 que tinha maior escolaridade na Europa a
Alemanha e teve nazismo E ele disse se nós não quisermos que tenhamos nazismo de vos na Europa não é uma questão apenas de ter mais escolas mas escolas voltadas pra cidadania e ele termina o texto o heckman lembrou outro dia disso foi um primeiro grande autor das Ciências Sociais incluindo economia termino T assim e Se quisermos ter cidadania temos começar pela primeira infância com criança de zer a 5 anos então é isso que é a consequência digital porque assim essas crianças esses jovens essa população brasileira que tá perdendo dinheiro com os os betes da Vida
em parte porque não sabe nem ler a o regulamento daquilo em parte porque digamos não tem uma noção digamos do de sociabilidade diferente a não ser voltar-se para si mesmo dentro de um quarto durante 12 horas jogando bets então assim a se há um lugar que pode produzir cidadania seja numa sociedade digital ou não é a escola e eu diria para ti que ela tem cumprido em parte isso no mundo e muito pouco no Brasil Obrigada brucio vamos agora a gente chega ao fim eu peço para cada um de vocês eh fazer considerações finais talvez
com essa provocação do que que vocês vocês já falaram muitos cada um mas que que vocês recomendam paraas novas prefeitas novos prefeitos como que nesse cenário eh eh eles e elas podem Inovar mas Inovar num bom sentido né não comprar a primeira tecnologia que esteja disponível mas Inovar uma forma de que melhore a qualidade da vida das pessoas de uma forma justa Eh Maria Alexandre você poderia porque quando falou inovação olhei para você então você começa e até dois minutinhos a gente tem de tempo para cada um essa pergunta Super Simples né mas eu eh
de fato acho que a coisa mais importante é submeter à tecnologia àquilo que é a prioridade do município aquilo que é o compromisso da do prefeito da prefeita Eleita com as pessoas com todos os os munícipes todos os cidadãos daquele daquele território e fazer com que a tecnologia eh alavanca é a ação pública então eh a a tecnologia a partir do território e não uma tecnologia que vem Claro tem que conhecer o que tem para se inspirar para mas como é que eu resolvo os problemas e como é que eu alavanca as oportunidades do município
com uso de tecnologia Obrigada conseguiu ser bem suscinto na pergunta Vinícius você poderia responder essa pergunta sim primeiro lugar agradecer novamente a oportunidade né todos os presentes né Eu acredito que o desafio pra próxima gestão né fazer parêntese de 10 segundos vai ser muito interessante escutar as sugestões porque em novembro iremos receber aproximadamente 3.000 prefeitos novos então Possivelmente a gente pode tentar levar ali alguma dessas sugestões para pros prefeitos Mas enfim o que eu acho fundamental é que essa gestão primeira gestão depois da pandemia a gente tem uma sociedade mais envelhecida a gente tem demandas
crescentes na educação por todos os problemas que o o professor Bru colocou então é uma gestão que será voltada esse período né 2025 2028 para gestão Municipal o aprofundamento dessa desses avanços que nós temos observados ainda alguns tímidos né para os próximos anos né então eu vejo como o fundamental para os prefeitos essa resposta a esses Desafios que foram colocados aqui com aprofundamento da gestão basicamente Obrigada Green poderia fazer suas considerações finais sim eu eu começo lembrando último uns anos atrás el acionava aqui na na escola uma disciplina de inovação em governos subnacionais e começava
mostrando um vídeo sobre cisternas no nordeste ou seja inovação não é necessariamente grandiosidade inovação é aquilo que não existe né E isso depende do contexto Então acho que tem muitas questões que a gente poderia pensando da Ótica de quem de quem vive em São Paulo achar trivial mas elas não são no âmbito Municipal então eu eu começaria dizendo que uma questão importantíssima é olhar assim é preciso eh qualificar a burocracia Municipal fazendo ponte com artigos que nós tivemos aqui nesse nessa edição especial o abru já comentou isso mas é importante reforçar Qual é hoje a
capacidade existente da burocracia Municipal para pensar temas emergentes como a mudança climática Qual é hoje a capacidade Municipal para pensar temas que geram impactos ambiental como gestão de resíduos sólidos e enfim a gente poderia gastar um tempo aqui a resposta seria virtualmente nula pequena ou quem sabe insuficiente para dar conta do problema isso é Inovar agora qual é o desafio aí investir na burocracia Municipal não dá voto né gente então é precisa um enorme trabalho tambémm de educação dos prefeitos e das prefeitas para dizer que eh a sustentabilidade da gestão Municipal e das suas políticas
Depende de criar uma estrutura capaz de dar conta disso no tempo e o investimento em capacidades Tais ele é muito importante nessa perspectiva volta que a bru comentou no início para dizer o Óbvio isso é Inovar isso não é algo trivial uma segunda questão importantíssima dos novos prefeitos é tem um outro número que não sei se vocês já ouviram falar mas no Brasil nós temos mais de 70.000 conselhos municipais de política pública em várias áreas em média cada município brasileiro tem mais de 11 conselhos de política pública na média Claro reforçar o papel do controle
social da governança pública da interação com a sociedade por meio de estruturas participativas é Inovar sobretudo que a gente ainda tem nas milhares de municípios brasileiros uma vida republicana incipiente Para Não Dizer inexistente dominada ainda por famílias locais então qualificar e reforçar o controle social é Inovar qualificar a governança local é Inovar se a gente conseguisse ter uma burocracia qualificada e governos que interajam com mais qualidade com a sociedade independentemente das heterogeneidades ou diferenças eu acho que isso já faria uma enorme diferença pra qualidade da gestão pública Municipal então terminaria aqui dizendo esses deixando esses
dois recados por assim dizer já que o Vinícius quer utilizar depois vai vir o YouTube lá para levar pros prefeitos e pras prefeitas então fica aqui duas dicas Vinícius e obrigado Mais uma vez a todas e a todos presentes sobretudo aqui as moderadoras Adri Marina os colegas da mesa Chan abrúcio e viní aqui representando a Confederação dos Municípios Muito obrigado obrigada Fernando olha prefeito ou prefeita que foi Eleita primeira coisa abandone a polarização esqueça disso porque você tem que governar se não governar esqueça não vai dar certo segundo faça um bom diagnóstico problema em busca
de solução não solução em busca de problema então Descubra o que tá acontecendo o que tem que continuar tem coisa tem que continuar o que tem que mudar terceiro tenha bons assessores sem bons assessores não vai muito longe portanto montee Monte uma boa Assessoria fundamental eh para governar bem quarto Invista na capacidade estatal na qualidade vai ser diferente numa Cidade 2000 habitantes não vai ter uma burocracia no sentido que a gente pensa não é igual São Paulo Guarulhos Rio de Janeiro é diferente vai ter uma outra coisa mas tem a Invista na capacidade quinto pense
nos temas que constroem o futuro dos seus filhos e netos e termina nesse ponto um bom Prefeito é aquele que vai ser reconhecido pelos filhos e netos da cidade é isto porque não adianta a gente se move muito pelo pelo instantâneo na era digital né pelo instantâneo que às vezes dura se olhar o tiktok dá alguns segundos mas assim se você concorreu a prefeito ganhou uma eleição sua vida pessoal foi exposta é uma é uma loucura ser político se você entrou nessa história é para melhorar a vida dos seus filhos e netos e aí então
escolha temas que finem transformações pro Futuro acho que esse é o ponto que termina aqui Adri ah Ótimo muito obrigada eh obrigada a todos vocês que debateram brilhantemente aqui obrigada Marina pela parceria na mediação Agradeço a todos vocês que vieram prestigiar para quem tá assistindo também pelo YouTube LinkedIn a gente não conseguiu fazer todas as perguntas Mas conseguimos magiar todas elas e também queria agradecer a equipe da GV executivo a equipe do FGV in Company e toda a equipe técnica aqui da GV que que trabalhou nesse evento muito obrigada [Aplausos] [Música] r [Música]
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