e Fala galera beleza hoje A análise do conto Maria de Conceição Evaristo para o PAS 3 roda a vinheta aí ó [Música] bom então pessoal o conto Maria se encontra na obra Olhos d'Água o livro curtinho e bem fluído o link para você baixar e ler estará na descrição sugiro que leia todos os contos afinal de contas é uma literatura muito contemporânea Maria embora possua uma narrativa curta e simples os assuntos e problemáticas são bem bem mais complexos e reflexivos inicialmente é importante destacar alguns tópicos técnicos da escritora e cada que ressaltar inclusive que irei
seguir uma das falas dela e entrevista ela por ter vivido o preconceito de ser uma mulher negra pobre de Minas Gerais tal ela afirma que a maior discussão não é o caráter memorialístico de sua obra mas as experiências individuais que constroem as experiências coletivas Olá mulheres negras em qualquer lugar do mundo Ou seja é uma discussão sobre autonomia de escrita essa ampliação temática também foi tratada lá em João Cabral de Melo Neto Quando propõe as duas correntes nesse caso a poesia participante é importante ressaltar que a ficção da realidade brasileira por muitas vezes foi um
branco quitada E aí Claro e isso autora reforça Pois é muito diferente o olhar poético de ser o texto visto que a narrativa ocorre de dentro para fora da personagem quem sofre é que descreve os problemas são observados e vistos pelo olhar da personagem que vive simultaneamente a narrativa de vida ele ver o problema da vida que os cerca isso é bem forte no conto quando Maria está pensando no próprio filho enquanto está acontecendo o assalto no ônibus veja que a narrativa psicológica faz com que a gente o preço dois momentos essa polifonia discursiva nos
faz pensar em Sua obra não como um caráter panfletário tal né mas como uma reflexão do racismo estrutural visível na cultura brasileira mas muitas vezes negado mas que está presente por meio do silenciamento da cultura afro-brasileira quantas Quantas vezes você já ouviu essa discussão ler o conto Maria é perceptível uma linguagem simples fluida e com fortes marcas de oralidade uma tendência característica da contemporaneidade essa característica tanto é perceptível no uso do discurso indireto livre como na representação das falas das personagens que julgam Maria como comparsa os assaltantes no ônibus ou da problemática bastante forte Porém
metaforizado na alimentação é a discussão sobre as relações de poder no conto Maria uma empregada que leva para casa restos de comida da patroa e que mesmo sendo restos da patroa é possível que seus eu nem conheço a um melão Então veja a metáfora do desconhecer o outro mundo já vi essa frase aí Pois é o conto não está discutindo a carne o melão a fruta em sim mas o que resta aos filhos das negras das várias negras Marias do Brasil e o impacto econômico se fizermos uma análise da classe trabalhadora efetivamente brasileira na atualidade
é perceptível em diversas entrevistas a autora Inclusive a preocupação com o fazer poético lembra de novo aí ó por isso mencionei o João Cabral de Melo Neto e tem um caixa para você assistir análise de outra obra do pai do autor o fazer poético é mostrado inclusive com a expressão que ela usa muito que é escrevi vivência autora por meio de neologismos mostra o conviva é a língua e como as experiências vão sendo apresentadas interfere nessa leitura de mundo leva da Leitura lá quando a gente pergunta Vidas Secas os viventes da cerca o olhar de
dentro e não o olhar de quem o que pensam a respeito da problemática e claro a velha discussão sobre os limites entre a ficção EA realidade porque a ficção precisa ser escrita de uma forma a reconstruir cenas chocantes como linchamento de Maria ou a forma com que ela foi tratada dentro do ônibus lembra aí o Politicamente correto Pois é a literatura vem para denunciar conceitos como racionalização o legado da escravidão na formação brasileira e vários outros temas não é um conto que dialoga com o sofrimento e Vitória de Conceição Evaristo mas é sobre a diáspora
existentes na cultura e as várias Marias que não têm finais felizes como se constrói na literatura que tanto a gente conhece como nessa leitura romantizada que nós temos até hoje o gol do rápido que discute de forma profunda reflexões de classe raça e gênero sem vitimização mas fusão do passado e presente ou como poder é uma intertextualidade com a frase aí ó quem segurava com força chibata agora usa fada engatilhe a macaca complexo profundo e claro expressamente estritamente necessário o silenciamento é feito pelo negligenciamento de políticas públicas de Equidade negação do passado colonial e talvez
um pouco pior como a autora afirma né Pensa nisso aí né Oi Leia esse conto deixei aqui uma entrevista muito bonito da Conceição Evaristo sobre a escrevivência e sua arte convida para que você possa fazer a leitura dessa obra um grande abraço e a gente se vê na próxima análise de obra do paz