salve camaradas tudo bem tema do vídeo de hoje é um comentário crítico sobre a agenda pós-moderna antes de começar propriamente tema do vídeo do canal quero muito agradecer a você que ajuda a manter e melhorar nosso canal a partir do apoias seu apoio é fundamental pra gente continuar o nosso trabalho preferir o pix tá aparecendo aqui como CR code na tela do vídeo camaradas note o João Carvalho lançou um vídeo no canal dele sobre o que que é pós-modernismo e tal comentário crítica na verdade nem é um vídeo é um corte de uma live do
João né E aí fez um recorte Zinho E aí quando saiu esse vídeo no canal do João eu vi que um bocado de gente respondeu eribaldo respondeu o Daniel cidade respondeu o Pedro Ivo do até informa comentou e não sei o que e tal e aí eu fui seco né seco para ver o vídeo do João e o vídeo gente tem nem 5 minutos né e aí vai uma crítica ao João né Eu acho um erro João postar esse tipo de vídeo né porque o João concretamente não fala nada muito né a o a único
elemento ali que o João fala que o pós-modernismo é uma corrente teórico-política academicista né a agenda pós-moderna tem uma masturbação intelectual o que nem nem acho que esteja errado mas isso não diz nada né porque na real toda corrente teórica que não tem um compromisso político implícito e declarado e como seu elemento fundante ela tende a ser essencialmente uma corrente acadêmica e considerando o que a característica média do funcionamento da academia hoje é uma instituição muito insulada né Muito inseparado conflitos políticos da vida político cultural particularmente no Brasil então a crítica a uma entre aspas
masturbação teórica academicismo e tal não é exclusivo da agenda pós-moderna então não diz nada de muito específico né eu acho um erro usar esse tipo de corte Especialmente porque João é um cara muito erudito né gente e aqui vamos lá para quem criticou o João veja é claro gente é claro que João consegue dar uma aula de horas sobre o pensamento pós-moderno eu não tenho dúvida nenhuma disso E aí vamos ser honesto aqui né João Carvalho ele pode ter vários defeitos mas ninguém pode dizer que João não é um cara que estuda é um cara
que lê não é um cara que sabe que só né então João consegue fazer um conteúdo Fantástico sobre pensamento pós-moderno só que aí João escolheu postar aquele corte e ele se expõe a receber críticas dizendo que ele não falou nada que fez Espantalho que fez uma crítica simplista E por aí vai por um lado e aí frente aos vários vídeos e tal e tal eu quero fazer um comentário aqui bem rápido focando em alguns pontos antes disso preciso fazer um preâmbulo teórico e dialogando com o vídeo de eribaldo eribaldo reagiu ao vídeo do João Carvalho
como sempre fez um ótimo conteúdo né E aí tem uma coisa que Garibaldo fala muito que é veja ser marxista não significa ser dogmático e só ler marxistas né Isso aqui é uma premissa básica perfeito eu enquanto marxista para mim está consolidado até que alguém me prova o contrário que o Marxismo é a melhor corrente teórico-política para interpretar a realidade e para uma intervenção política coletiva de superação do capitalismo perfeito é isto o Marxismo é a melhor corrente teórico-política de Interpretação da realidade e de uma intervenção coletiva para Superação do capitalismo Isto é a revolução
isso não significa desconsiderar a produção teórica de autores e autoras de outras correntes teóricas perfeito então eu já falei aqui no canal por exemplo eu gosto muito da obra do k schmith que era um reacionário da pior espécie n isid fascistoide e tal mas o k schmith era um gênio da política Então para mim quando você vai pensar teoria política tá ali Len Maquiavel e k schmith dois que eu conheço são de longe os melhores eu acho que todo mundo precisa ler k schmith para pensar as dinâmicas da política e do Poder o cara era
antimarxista reacionário E por aí vai um autor que era conservador né em alguns aspectos antimarxista e tal mas é um autor que que eu acho muito bom é o Emil dur kaime por exemplo tenho várias críticas de discordancias à sociologia funcionalista evidentemente mas Inclusive eu acho durkeim bem melhor que o Weber viu diga-se de passagem mas é o debate para outro momento mas o dur kaim por exemplo é um cara que o livro dele sobre o suicídio eu acho muito bom e o livro dele Sobre a divisão social do trabalho eu acho que é um
livro que todo mundo inclusive tem que ler para entender o que se transformou a socialdemocracia europeia aquela proposta reformista no capitalismo muitos fundamentos Estão ali na obra do dur kaim for exemplo um autor que eu gosto muito muito mas muito mesmo é o Lui vacan sociólogo francês discípulo do Pier bourdier minha dissertação de Mestrado foi muito baseada no Luis vacan para mim ele é um cara brilhante ninguém consegue entender bem a relação entre a transformação das estruturas penais e punitivas na era neoliberal sem ler o vacan né as prisões da miséria Um clássico punir os
pobres o outro clássico livro Fantástico enfim Luis vacan é genial não é marxista eu usei para ele no mestrado e uso ainda hoje né quando ano passado o governo Lula tava querendo atacar o BPC né com esse discurso por exemplo de que ah não é ataque ao BPC é só combate as fraudes quem assistir o vídeo no meu canal viu que eu peguei o livro lá do vacan e fui citar porque vacan faz um trabalho muito muito bom de secação eh analítica dos discursos né de criminalização das políticas sociais na era neoliberal e ele analisou
no contexto do neoliberalismo nos Estados Unidos como se desconstruiu políticas sociais com esse discurso de combate a fraudes aproveitadores E por aí vai fui lá puxar o vacão para ler já tem autores que mesmo sendo adversários né o José guiler merquior por exemplo era um Liberal é um adversário mas era um cara muito bom é um o cara que instiga faz pensar o livro dele sobre Foucault que provavelmente os fonos devem odiar é muito bom Michel Foucault nilismo de cátedra inclusive o título é fantástico né nismo de cátedra é ótimo outros autores que não são
marxistas né o Sérgio Paulo Ruane com o livro dele aqui que eu vou ler para vocês cara genial genial genial Esta é a definição para Sérgio Paulo ran genial todo mundo tem que ler Então veja EV entee você não pode só se prender à leitura de marxistas agora veja as pessoas TM uma vida só para viver né A não se quem acredita em reencarnação então evidentemente você não vai conseguir ler tudo né Especialmente para quem tá na militância política que um conhecimento tem um grau de instrumentalidade política você não lê só por ler você não
estuda só por estudar Você lê e estuda para pensar a realidade intervir nela evidentemente a gente vai tentar ter foco vai ter limites então assim eu Eu não estou preocupado eu não estou preocupado de conhecer toda a história do pensamento ocidental de ler todos os autores todo mundo que é famoso Todo mundo que é conhecido e por aí vai tenho por exemplo vários livros que provavelmente eu só vou parar para ler eles na minha aposentadoria quando não tiver mais energia para militar para lutar pelo fim do capitalismo no mundo por exemplo eu ganhei praticamente todos
os livros publicados de habermans em português li Óbvio que não desculp a gente tá lendo habermans e por exemplo tá estudando a história brasileira para pensar a nossa revolução né a gente tá lendo RM n sou Sodré a minha prioridade é estudar não sou Sodré conheço RM conheço li li vou ler toda a obra Não não vou ler muito tranquilo é isso eu tenho aqui em casa comprei de uma camarada lá de Minas Gerais as obras completas de Freud L tudo não Provavelmente também não vou ler no curto prazo é isso gente tô muito mais
preocupado neste momento de dominar de maneira completa o marxo completo possível a história dos debates sobre a questão racial no Brasil isso para mim é muito mais importante para entender o país para enfrentar o desafio da análise da relação raça e classe no Brasil do que ler as obras completas de Freud conheço o Alexandre kojeve sim parei para ler sistemáticamente Sua obra não nem nem vou ler no curto prazo é isso S vej isso é normal todo mundo tem foco de interesse todo mundo tem temas que domina mais todo mundo tem temas que domina menos
Então a partir disso inclusive você e tem a humildade de você ficar meio calado sobre temas que você não domina então por exemplo vocês nunca vou me ver aqui debatendo Qual é a melhor interpretação de Hegel porque é isso eu não vou parar agora para ler o kojeve para fazer uma um estudo sobre a diferença de Interpretação da escola alemã e da escola francesa por aí vai então eu não vou debater isso é isso sabe isso não vai aparecer aqui no canal do mesmo jeito vocês provavelmente nunca vão me ver debatendo história da sociologia nos
Estados Unidos porque embora eu também tenha vários livros da chamada escola de Chicago não a escola de Chicago da economia a escola de Chicago da sociologia eu não vou para para ler isso agora sabe em algum momento isso vai acontecer inclusive dada influência da escola de Chicago na sociologia brasileira nos anos 30 nos anos 40 né mas não vai ser agora Então veja vamos ter ciência aqui todo mundo tem foco de estudo todo mundo tem que fazer gestão do seu tempo ninguém consegue ler tudo ninguém consegue falar sobre tudo dito isto nós nós comunistas temos
uma preocupação com a instrumentalidade política do conhecimento a gente não estuda só por estudar a gente estuda para entender a realidade e intervir nela Isso significa que você só vai ler gente que é revolucionário revolucionária não porque isso vai causar inclusive um empobrecimento da sua capacidade de formulação de abstração de pensar criticamente a realidade então por exemplo foi fundamental na minha formação política ler o livro estruturalismo e a miséria da Razão do Carlos nelso Coutinho para pensar política é um livro de filosofia que não fala diretamente da intervenção política mas esse livro teve um papel
fundamental na minha formação quando eu li ele em 2015 assim como o livro do kil kic a dialética do concreto também foi indispensável na minha formação política ou então indo pra literatura o livro Olhos d'Água da Conceição Evaristo foi um livro que mudou uma chave na minha cabeça na forma de pensar encarar o Brasil é um livro de literatura Então a gente tem que conectar uma ideia uma necessária instrumentalidade do conhecimento para intervenção política mas ao mesmo tempo não fazer um processo de formação rígido Estreito fechado em que essa instrumentalidade nem vai ser bem efetivada
porque você tem um Horizonte teórico um Horizonte histórico Horizonte matico um Horizonte simbólico muito limitado restrito beleza tudo isso para dizer o seguinte veja nada contra a leitura de autores e autoras pós-modernos da agenda pós-moderna muito tranquilo muito suave Eu já falei aqui no canal que eu gosto do foc eu acho um Pensador instigante eu acho foua um cara ousado e inovador já falei isso também no canal Eu discordo de algumas opiniões que eu já vi como é do Zé Paulo Neto e certa vez ele falou que quem leu bem n não acha nenhuma novidade
em ficou não acho acho ficou um bom Pensador dito isto vamos colocar as coisas no seu devido lugar que concreto a gente poderia falar muitas coisas sobre a agenda pós-moderna eu quero destacar apenas três para vocês veja o pensamento pós-moderno em média em média ele não tem nenhum Horizonte revolucionário não há uma perspectiva de revolução a prática política sim Praxis é outra coisa vamos gente categoria maista de Praxis não é o mesmo que prática a prática política pós-moderna Isso é óbvio boa parte dos movimentos que a gente tem hoje especialmente dos movimentos de luta contra
as opressões movimento de mulheres LGBT movimento negro coletivos movimentos de Cultura de ativismo e afins partem de um universo teórico cultural pós-moderno então há prática política pós-moderna mas não há Horizonte de revolução não há Horizonte de superação do modo de produção capitalista dado que em média para o pensamento pós-moderno nem sequer existe o modo de produção capitalista nem sequer existe a categoria de totalidade de pensar que a sociedade ela é dinâmica ela é múltipla ela é constituída de uma infinidade de relações sociais mas existe ali um elemento determinante Central que direciona o sentido histórico da
sociedade para nós marxista esse elemento dinâmico Central que dá o sentido histórico do processo social são as relações de produção né E no caso do capitalismo é acumulação capitalista a propriedade privada dos meios de produção a extração de mais valia então pra gente um processo revolucionário é necessariamente a tomada do poder político para transformar radicalmente as relações de produção e essa transformação das relações de produção ser a base de toda a transformação do processo societário né a partir da transformação das relações de produção da superação da propriedade privada dos meios de produção a gente vai
ensejar as transformações culturais educacionais familiares na saúde na cultura e por aí vai ve o pensamento pós-moderno não tem isso perfeito então assim dá para ser marxista e pós-moderno não dá não mas aí cada um ó tem marxista weberiano que é um absurdo mas tem tem marxista funcionalista que eu acho um absurdo mas tem tem marxista analítico que eu também acho um absurdo mas tem tem marxista estruturalista com toda perdão a out cé acho Um ab absurdo Marxismo sem dialética E aí gente veja desde que você esteja consciente de que a agenda pós-moderna não tem
a ideia de revolução tudo certo viu aí você pode dizer assim eu me considero pós-moderno e marxista mesmo sabendo que a agenda pós-moderna não tem a ideia de revolução tem política tem política né mas não tem revolução não tem revolução justamente porque não trabalha com conceitos totalizadores como modo de produção porque não tem ideia de universalidade pelo contrário pensamento pó moderno surge S surgindo contra a ideia de universalidade contra a categoria teórica ontológica de universalidade e na prática a gente tem mais de 30 anos em vários países de uma dominância de um ativismo político de
base pós-moderna Qual é o resultado disso E aí veja gente eu compreendo muito bem que até os anos 70 o que era dominante que era dominante na América do Sul na Europa ocidental em alguma dimensão dos Estados Unidos e por aí vai era um movimento operário né de inspir ação marxista e anarquista que acabou depois se dividindo entre dois braços centrais né a socialdemocracia e os partidos comunistas né e a socialdemocracia ao lado dos partidos socialistas também que na prática eram reformistas socialdemocratas e tal esse movimento operário essa forma de organizar os explorados e oprimidos
entrou em crise Beleza o maio de 68 dá ensejo ao surgimento de uma nova esquerda beleza essa nova esquerda em vários países do mundo se torna hegemônica a partir dos anos 80 no caso da França por exemplo no caso da Itália em alguma medida no caso dos Estados Unidos o caso brasileiro é um pouco diferente a temporalidade nessa nova esquerda vai se transformar em hegemônica só a segunda metade dos anos 90 e aí veja é do mesmo jeito que os partidos comunistas socialdemocratas o sindicalismo tradicional ele teve problemas erros e tal e foi superado em
vários países a gente precisa também fazer um balanço depois de 30 anos dessa nova esquerda baseado num caldo cultural muito forte da pós-modernidade saldo político disso viu vejar a vida da classe trabalhadora melhorou ou piorou a vida dos explorados e oprimidos melhorou ou piorou sabe domínio do imperialismo no âmbito Global tá mais forte ou tá mais fraco para fazer esse debate então assim não há uma agenda revolucionária no pensamento pós-moderno isso aqui não é polêmico isso é um consenso os pós-modernos sabem disso quem é muito coerente e aí nesse ponto precisa bater palma né É
a senhorita Bira a senhorita Bira se identifica como alguém pós-moderna e a senorita bira fala ó não existe revolução não existe objetivo final a ser alcançado não existe teleologia não existe meta narrativa grandes narrativas que é isso o pensamento pós-moderno ele se caracteriza por um presentismo por uma ideia da resistência da luta do contradiscurso da resistência e tal e não tem um objetivo final a ser alcançado isso inclusive é isso Ponto Pacífico Isso é um problema perfeito isso por um lado por outro lado como não tem Horizonte de revolução e tem uma tendência a fazer
uma análise do Poder uma analítica do poder que tende a ver o poder de maneira mais descentralizada muito inclusive por causa de algumas experiências do século XX a agenda pós-moderna Quando surge ela surge tirando de cena o debate sobre imperialismo e fazendo um debate sobre o poder deixa de focar no elemento Central poder político em essência é quem controla o estado e a propriedade privada dos meios de produção veja H micror relações de poder Óbvio isso não é novidade de passagens é na família você não precisa nem sequer de Foucault e Companhia limitada para dizer
isso não viu bem antes de Foucault inclusive na sociologia funcionalista e neof funcionalista nos Estados Unidos dos anos 20 30 40 50 60 já se debatia micropoder o poder o micropoder na fábrica na família na escola na universidade enfim né mas veja e fato objetivo você pega aquele livro de capa preta publicado pela classe e expressão Popular teoria marxista hoje tem um estudo lá que se não me fal a memória do John bellamy Foster que ele faz um levantamento do número de artigos nosis periódicos e revistas do mundo sobre imperialismo e o negócio cai violentamente
a partir dos anos 90 né com domínio eh Global consolidade na maioria dos países da agenda pós-moderna então o pensamento pós-moderno ele surge sem dizer nada sobre o imperialismo pelo contrário tirando essa categoria de cena Grosso modo com exceção evidentemente de correntes decoloniais Mas é uma coisa bem à parte porque as correntes decoloniais também tem um debate aqui até o quanto se enquadram dentro de uma agenda pós-moderna mais Ampla Mas enfim e mesmo as correntes decoloniais tende a fazer uma abordagem sobre essa relação centro periferia que não considera como elemento central a dimensão Econômica tecnológica
e militar foca muito mais numa esfera cultural teórica epistêmica simbólica E por aí vai Então você tira de ser um debate sobre imperialismo tira de ser um debate sobre poder político prova disso prova disso é que grosso modo grosso modo não há na agenda pós-moderna nenhum debate sobre tomada do Poder não há nenhum debate sobre poder político sobre ó existe um poder burguês como é que a gente derruba esse poder burguês constrói um poder proletário um poder popular um poder dos explorados e oprimidos né Há uma privilégio de uma análise sobre difusão de contrapoder locais
de baixo para cima que vão ser resistência sem um Horizonte final Veja isso é um problema pelo menos para quem quer revolução perfeito iso é um problema gigantesco tanto é assim tanto é assim que é muito fácil para quem bebe uma linguagem teórica pós-moderna gostar de coisas como advoca né que é transformar pressão parlamentar pressão n instituições em Lobby no modelo dos Estados Unidos quem conhece por dentro movimento social no Brasil sabe que isso tá se espalhando feito uma praga então é movimento negro é movimento de mulheres é movimento LGBT é movimento ambiental que marca
uma agenda de advocacy do congresso nacional para fazer Lobby com parlamentar Então não é mais luta de rua não é protesto não é passeata não é esperar parlamentar no aeroporto para Pressionar para cobrar é advoca inclusive contratando agências de advoca saiu até o um escândalo de emendas eh que uma parlamentar pagou para uma organização LGBT que eu não vou divulgar isso aqui porque enfim não vou dar cor a isso mas é muito curioso né porque na emenda parlamentar era para pagar uma consultoria para dar advoca para uma parlamentar para incidir em torno de questões LGBT
sabe isso tá muito ligado a uma ideia de que é isso como a gente não tem Horizonte ruptura de poder como não tem uma teoria macrossocial do Poder como não tem Horizonte de destruir o estado burguês né tudo micropoder micror resistências E por aí vai E aí vai a deva-se vai tudo vai tudo transforma isso aqui numa cópia dos Estados Unidos Isso está muito bem adaptado ao discurso não que corpos estão no poder os corpos negros não estão no poder os corpos das mulheres não estão no poder os corpos lgbts não estão no poder e
aí recebe grana e UnG imperialista e faz advoca e gosta da camala hers e gosta daoc Cortez e vai indo tudo né é isso por fim um terceiro problema e aí eu debati isso com meu amigo eribaldo antes de gravar esse vídeo que é vários e vários pensadores dessa agenda pós-moderna eles Vê com uma crítica ao que se chama de um certo economicismo e produtivismo do debate das esquerdas no século XX né há uma crítica falsa que é assim é o Marxismo economicista eu já debati isso várias vezes o canal Marxismo economicista não existem marxistas
economicistas sim Marx não era economicista mas tem marxista que é para Len não era economicista mas é capaz que o seu professor marxista um dos poucos seja muito possível perfeito só que a agenda pós-moderna ela tira a centralidade da economia não coloca nada no lugar e traz um debate com uma série de banalidades imbecis sobre a economia e não tem nada a dizer sobre dependência e sobre superação da dependência do capitalismo independente inclusive as correntes dacolonia mais e quando fazer um debate sobre colonialidade do Poder não tô falando do kirano tô falando dos continuadores quando
fazer esse debate né sobre colonialismo colonialidade e por aí vai é um debate fundamentalmente cultural simbólico linguístico subjetivo epistêmico E por aí vai e não tem nada nada cararro nenhum a dizer grosso modo salva as pouquíssimas excessões sobre a economia sobre as gerações de produção sobre ação do Brasil na divisão internacional do trabalho sobre o rentismo sobre o papel dos bancos na economia brasileira sobre a dependência tecnológica sobre o pagamento de royalties pelo uso de tecnologia etc prova disso prova disso é que no debate econômico eu desafio Você a me citar três economistas de esquerda
pós-modernas ou então três economistas de esquerda decolonial Vamos lá gente três três três três ser muito não três vamos lá sabe e E aí veja os pós-modernos inclusive já receberam muito esta crítica da ausência de um debate econômico e particularmente pra Periferia do sistema capitalista um abandono do debate histórico sobre dependência desenvolvimento subdesenvolvimento isso para eles é tranquilo porque para eles não existe uma centralidade das relações econômicas na conformação da vida social da conformação do ser social então assim a gente vive num país periférico cada vez mais agroexportador dominado pelo rentismo e pela produção de
comó uma economia cada vez mais desnacionalizado em que os efeitos ess dinâmica capitalista dependente estão aí visíveis para todo mundo ver o caos Urbano trabalha na escala seis por um E por aí vai e você faz esse enfrentamento a partir de uma compreensão dos Marcos da acumulação capitalista se você parte de uma agenda teórica que ela tem como pressuposto d de costas para as relações de produção a gente tem um problema e aqui eu quero ler dois trechos para vocês veja um é desse livro clássico do Sérgio Paulo ranet as razões do Iluminismo é um
livro publicado há mais de 30 anos mais de 30 anos viu mais de 30 anos que tem um ensaio que é a verdade e a ilusão do pós-moderno o an inclusive que é um cara que é fã de Foucault que ama Foucault que gosta para é um cara que gosta de habermans né é um cara que gosta da escola de Frankfurt Então tá longe de ser um marxista ortodo dogmático pó pó né e o Sérgio Paulo ran esse livro inclusive tá disponível na internet em PDF Leiam viu gente a verdade é ilusão do pós-moderno o
ran pega o debate pós-moderno a época como tava colocado no estado na economia Nas artes na arquitetura para dizer ó o que que é verdade o que que não é nisso que tá colocando como uma nova época pós-moderna ou umas Ciências Sociais pós-moderna e tá uma ruptura com a modernidade A Crítica da modernidade dos pós-modernos E por aí vai e aí na parte da economia veja o que o Ruan deixa E aí vamos lembrar que isso aqui é importante viu o debate pós-moderno ele surge dentro de uma compreensão está na famosa obra do lotar né
sobre a pós-modernidade sobre a condição pós-moderna Coloca aí na tela Maxwell a premissa desse debate é que o capitalismo né a Europa estava transitando para sociedades pós-industriais e pós fordistas Veja São blá blá blá eurocent de quinta categoria né porque esses queridos europeus né estavam olhando paraa França para os Estados Unidos para a Itália vendo um processo de desindustrialização e pensaram uma época histórica pós-industrial não percebendo Você tem uma reconfiguração da divisão internacional do trabalho e as indústrias que estavam saindo da França da Alemanha dos Estados Unidos da Itália eh da Bélgica da Holanda tavam
indo pra Ásia particularmente para a China né então não não existe era pós-industrial nenhuma viu nunca existiu nunca existiu não era pós-industrial economia imaterial economia do conhecimento blá blá blá eurocêntrico eurocêntrico de quem não conseguiu pensar a dinâmica de funcionamento do sistema Industrial capitalista e âmbito Global viu a redução do tamanho relativo da indústria no PIB e do peso da indústria na geração de empregos no dinamismo econômico na Europa ocidental nos Estados Unidos no Canadá e no Japão e olhou isso como uma época pós-industrial não percebendo que na verdade você tem uma reconfiguração Global do
sistema Industrial que hoje é muito claro com protagonismo da Ásia e particularmente da China Então vamos lá viu o o Jean franois lotar ele parte de uma premissa de que existe uma era pós-industrial isso é um blá blá blá eurocêntrico de quinta categoria a gente precisa ter ciência disso visavis tudo que já passou nos últimos anos nesse debate sobre fim do trabalho fim da classe operária fim da indústria trabalho material Sociedade do conhecimento qualquer pós-moderno que não reconheça a premissa eurocêntrica do início desse debate tem problemas viu especialmente se for decolonial se for decolonial e
vinha com esse negócio gravíssimo ISO está muito bem resumido no livro da sociedade pós-industrial a sociedade pós moderna que é o livro do Christian kuman Coloca aí na tela maxuell ele resume muito bem esse debate aí vamos ver nesse no bso desse debate sobre economia dos pós-modernos na página 259 O que é que o ran diz a economia pós-moderna seria diferente da moderna esta era Industrial aquela pós-industrial Nessa versão a tese da ruptura é de uma banalidade desoladora ela ignora o fato de que não há nenhuma ruptura no modo de produção né gente ontem como
hoje continuamos vivendo numa economia capitalista baseada na apropriação privada do excedente Além disso ela confunde o declínio do setor industrial com o declínio do sistema Industrial racionalização crescente da produção industrial pela aplicação de tecnologia de ponta inclusive da informática tem como efeito Evidente reduzir o número de trabalhadores empregados no setor secundário mas não o de debilitar o sistema industrial pois pertence à lógica desse sistema o contínuo aumento da produtividade a constante redução de mão deobra assalariada a informatização da sociedade torna mais eficiente o sistema industrial em vez de aboli-lo meio Óbvio né Mas enfim pós-moderno
não sabe disso se existe ponto em que não há ruptura entre o capitalismo atual e o antigo exatamente este tanto os primeiros teares mecânicos quanto os autônomos industriais de hoje tem como objetivo modificar composição orgânica do Capital através da substituição de Capital variável pelo capital constante da mão de obra pela máquina a fim de aumentar mais valia relativa Então veja o ran ele faz todo um debate mostrando que ó o pensamento pós-moderno a agenda pós-moderna quando ele surge no debate sobre economia é uma série de banalidades insustentáveis é isso um negócio de quinta categoria E
pode reparar que essa difusão do pensamento pós-moderno desobrigou as pessoas a estudarem economia política economia política gente nessa economia de economista burguês não viu isso é que Marx chamava de Economia vulgar de taxa de juros de câmbio de taxa Seli tal economia política é entender as relações de produção as determinações fundamentais do modo de produção capitalista entender o que é acumulação de Capital O que é taxa de lucro os efeitos da propriedade privada do que que é ser uma força de trabalho assalariada etc etc sabe se criou uma desobrigação geral para historiadores sociólogos antropólogos geógrafos
linguistas e tal de não entender a realidade à sua volta e deixar o debate econômico para economistas e o debate econômico centrado numa economia vulgar uma economia da circulação que pensa economia como mero gerencialismo da macroeconomia do capitalismo Então é isso é debate da taxa de juro é debate da inflação é o debate do crescimento do PIB é o debate do índice x do índice z tal um debate sobre dependência sobre imperialismo sobre divisão internacional do trabalho sobre dependência tecnológica esse debate sai de cena e pode ver repito que você vai ter uma dificuldade do
fim do mundo de encontrar um pós-moderno que faça algum debate decente sobre economia Isso é um problema perfeitamente perfeitamente E aí o ranet escreve isso né mais de 20 anos atrás aí o Zé Paulo Neto no post fáil desse livro do carbonel Coutinho o estruturalismo e a miséria da Razão veja o que diz o Zé Paulo Neto que é bem mais duro inclusive que o Sérgio Paulo ran e eu acho que correto né na página 263 de José Paulo uma das características mais marcantes do pensamento pós-moderno é seu desconhecimento pode-se ar dizer mesmo a sua
ignorância da economia política do capitalismo contemporâneo ou não decorrência necessária dos seus traços constitutivos já mencionados esse desconhecimento faz com que suas eventuais referências à produção das condições materiais que garantem as gerações de produção reprodução social se limitem a meras e vagas ões a algo tomado como exterior e alheio ao nível cultural simbólico com plena autonomia que conferem aais níveis em relação a este algo exterior nos casos poucos em que se registra alguma remissão à produção material das condições necessárias à vida social o que se verifica a incorporação mais ou menos mecânica de noções da
economia vulgar com suas apreciações epidérmicas e superficiais é o que se constata diante do Resgate de ideias como os da sociedade pós-industrial sociedade de consumo e quejandos ou mais recentemente o suposto fim do trabalho e da sociedade salarial incorporando o suposto fim do trabalho e da sociedade salarial a incorporação da imagem da sociedade do conhecimento etc Veja isso aqui é irrefutável viu Tod todas essas porcarias que a gente viu nos anos 80 anos 90 começ anos 2000 de sociedade pós-industrial fim do trabalho fim da classe operária etc sociedade imaterial produção imaterial tudo isso vem no
bojo de uma agenda pós-moderna Então veja para mim marxista não pode ser dogmático marxista não pode ser sectário Teoricamente marxista ele tem obrigação obrigação quando for fazer uma crítica outra corrente teórico política fazer uma crítica boa bem fundamentada se quer fazer a crío marxista também tem que ler coisas para além do Marxismo necessariamente porque senão Há sim um risco gigantesco de ficar com Horizonte político teórico simbólico e Magé Estreito limitado e ao mesmo tempo ao mesmo tempo o marxista ele tem que saber reconhecer a qualidade científica de um trabalho então por exemplo eu acho eu
acho que o viji punido Foucault é inútil inútil essa é a palavra para pensar o sistema carcerário brasileiro mas é uma ótima pesquisa sobre o sistema carcerário europeu uma pesquisa massa vale Vale muito a pena ler inclusive como entre aspas um modelo para fazer uma pesquisa perfeito assim é inútil para pensar o sistema cerá brasileiro mas veja ao mesmo tempo que o marxista ele precisa ser aberto ele precisa ter a compreensão de que nem todos os aspectos da realidade vão ser dadas por marxistas que tem não marxistas que vão dar contribuições teóricas muito melhores por
exemplo mais uma vez citando Luis vacan para mim não tem nenhum marxista que eu conheça que fez um trabalho melhor do que o Luis vacan sobre a relação entre estado penal e neoliberalismo eu desconheço o marxista que fez um trabalho melhor para mim O vacan é o melhor por isso ele é Obrigatoriamente Leitura para quem quer estudar o tema Inclusive para quem que quer militar sobre o tema Perfeito ao mesmo tempo o Marxismo é uma tendência teórico-política de combate que tá lutando pela hegemonia que tá lutando contra politicamente as outras tendências teórico-políticas aí isso não
significa ecletismo vazio né tem que ler tudo tem que valorizar tudo que é importante tem que saber que existem contribuições teóricas fora do Marxismo mas saber que a agenda pós-moderna é uma adversária Nossa que precisa ser derrotada uma adversária Nossa por que uma adversária por vários aspectos citei três deles é um pensamento que nega o horizonte da revolução como algo necessário de um processo de luta política desconsidera temas como a centr idade do estado e da propriedade privada na conformação do poder político a conquista do poder político o imperialismo a dependência e joga fora o
debate econômico joga fora o debate econômico salva as exceções E aí tem algumas exceções por exemplo é um Pensador que por causa do seu comportamento né seus assédios e tal Hoje em dia tá em baixa que a Boaventura suus Santos o Boaventura tem reflexões sobre a economia não são de todas ruins feito ele se identifica como Pensador pós-moderno tem as suas exceções mas em média e você pode confirmar isso por exemplo no Google Acadêmico sabe você pode fazer qualquer levantamento Zinho de artigos temáticas temas e tal que você vai ver que a tendência de autores
e autoras pós-modernos de correntes pós-modernas é uma produção teórico-política que sim tá voltado muitos momentos para ativismo pra resistência pra defesa de grupos marginalizados oprimidos e tal mas que não tem no seu Horizonte político a ução porque inclusive nem trabalha com a categoria de modo de produção nem acha que existe o modo de produção Não tem como seu Horizonte o estudo a crítica e a tomada do poder político né o estudo a crítica do poder político a tomada do poder e o enfrentamento ao imperialismo então não fala de imperialismo não sabe o que que é
questão Nacional não sabe o que que é dependência subdesenvolvimento e escante A Crítica da economia política né e em vários momentos inclusive compartilha divisões vulgares e liberais do que que é o debate econômico então a a gente ser enfrentada zero conciliação aqui viu uma agenda ser enfrentada o fato de que por exemplo eu acabei de elogiar o vídeo inteiro Lui vacan isso não nega o fato para mim de que a compreensão sociológica do Pierre bourdier inspirada nele pessa ser enfrentada também né ela causa muito mal haja vista por exemplo a obra do Jess Souza Jones
não é uma contradição você elogiar o Lui vacan di que todo mundo tem que ler e ao mesmo tempo dizer que uma sociologia bordana tem que ser ada eu acho que não para mim isso não vejo contradição nenhuma para mim é o que o Len fez o Len passou a vida batendo no plec 9 né esculachando o plec 9 quando os bolcheviques tomam um poder o pleca 9 morre Len disse que tem que publicar as obras completas do pleca 9 que a nova geração precisa ler o gente Len mudou de ideia não é porque assim
derrotar politicamente uma agenda não significa negar contribuições teóricas daquela agenda viu entenderam derrotar politicamente uma agenda teórica não significa negar contribuições teóricas daquela agenda sabe isso é me parece o básico para quem é comunista organizado tá na batalha das ideias tá na luta pela hegemonia então assim gente não sejam sectários não sejam estreitos não sejam dogmáticos Leiam tudo que for útil para a compreensão da realidade para sua formação teórica para sua forma ação cultural e ao mesmo tempo sejam marxistas combatam e se coloquem para superar politicamente as agendas teórico-políticas que de maneira direta ou indireta
como diria locx fazem Apologia da ordem burguesa e eu não tenho dúvida nenhuma que a agenda pós-moderna é uma agenda que faz Apologia indireta da ordem burguesa mesmo os pós-modernos de esquerda e ela precisa sim e urgentemente ser derrotada politicamente é isso galera espero que vocês tenham gostado do vídeo hoje do canal se esqueça de se inscrever no canal ativar o Sininho curtir esse vídeo compartilhar e tudo isso que vocês já sabem um beijo e até a próxima