[Música] Olá a todas e todos meu nome é João Gabriel professor de sociologia aqui do Canal Brasil Escola falaremos hoje democracia racial mas antes de começa a aula eu quero te convidar se inscreva no nosso canal deixa o sino ativado para receber as notificações que toda vez que o Brasil Escola lançar uma videoaula você vai receber em primeira mão e não se esqueça também durante a aula manda recado manda DVA manda comentário Se gostou ou não gostou da aula beleza PR gente poder sempre interagir é importantíssimo isso pro nosso canal para est crescendo e melhorando
A cada dia para [Música] [Aplausos] você democracia racial poderíamos juntar essas duas expressões na mesma frase né aa mais um país como o nosso E aí bom esse termo a gente precisa primeiro compreender uma historicidade dele para alguns exemplos práticos para poder ir para para né para gente compreender para aprofundar na aula eu vou começar aqui nem é teorizando nada a respeito do assunto primeiro poderíamos falar de uma sociedade que tem igualdade poderíamos pensar num sociedade que mantém relações né de Harmonia social eu acho que essas duas perguntas seria um não bem grande para nós
não eu eu não considero Não Consigo empiricamente provar nada disso você pode até dar sua opinião achar que sim agora empiricamente eu creio que não por que democracia racial esse termo eu utilizo AD para falar das Relações raciais do Brasil é um termo utilizável especificamente para falar sobre a questão étnica racial segundo para compreender uma ideia de que o Brasil escapou do racismo mas como assim o Brasil escapou do racismo qu quem sã consciência diria isto Eis o problema esse conceito de democracia democracia racial tá relacionado a uma ideia mais comparativa comparar o Brasil com
as Relações raciais de outros países por exemplo os Estados Unidos então foi muito comum eh durante assim o final do século XIX na época né da dissolução da escravidão início da nossa República tentar comparar os processos de fim da escravidão do Brasil país aqui né latino-americano de uma dominação Lusitana né com a escravidão nos Estados Unidos e aí chegar a conclusão de que o Brasil não teria racismo que o Brasil não teria essa Barreira do pron conceito racial que foi tão forte aqui dentro vou te indicar uma coisa muito importante nós temos uma aula sobre
racismo e ciência aqui no canal né que tá disponível nesse link para você e é muito importante compreender ela primeiro para você né aprofundar aqui na nossa aula vamos lá quando nós formos na verdade assim transitar né da sociedade Colonial paraa sociedade republicana nós tivemos o período do império o período imperial foi uma transição uma transição da monarquia que foi se liberalizando até gerar por exemplo o nosso processo Republicano em meio a esse processo a libertação da escravidão né a lei Áurea de 1888 que constituiu né oficialmente o fim da escravidão e essa população a
que foi relegada para onde foi como ela se Manteve socialmente dizendo E o grande problema intelectuais pessoas da sociedade civil né pessoas das classes médias urbanas começaram a entender que o Brasil se comparado aos Estados Unidos não teve racismo por qu Porque nós não tivemos de maneira organizada bem Coesa eh organizações grupos e tal que fizesse processo de limpeza étnica como nos Estados Unidos e é justamente nesse processo que vai aparecer algumas coisas distintas supostamente a escravidão norte-americana ela foi mais marcada pela discriminação e o fim da escravidão norte-americana girou até a guerra de secessão
né uma guerra que aconteceu no final do século XIX que colocou de um lado o sul e o norte dos Estados Unidos racistas versus abolicionistas bom seria possível falar que o Brasil não teve isso E aí Nós criamos uma espécie de Mito um mito da democracia racial a ideia então de que essa suposta democracia ocorreu no Brasil mas ao mesmo tempo considerou-se que isso foi uma mitologia o Brasil teve de fato uma discriminação forte e um racismo grande nada de democracia nada de Harmonia entre as aças Eis um problema em 1968 uma estátua um monumento
né foi eh feito em Goiânia na Praça Cívica na região central da capital de Goiás com o chamado monumento as três raças né que seria uma espécie de homenagem um monumento Sobre a civilização brasileira ser construído e essa imagem que aparece aqui na tela para vocês uma imagem curiosa que tem um monumento sendo erguido por três raças aquela visão bem clássica o Brasil formado por africanos negros de um lado europeus brancos do outro lado indígenas olha como que essa imagem que aparece aqui ela transparece uma noção de Harmonia de contato justo entre as pessoas como
se não tivesse violência encubida nesse processo de sociedade portanto durante muito tempo alguns intelectuais foram envolvidos nessa polêmica existiu ou não democracia racial e é interessante salientar que esse debate é um debate que ainda existe e vou terminar a aula daqui a pouquinho paraa gente mostrar algumas coisas contemporâneas a respeito D suposta falta de guerra de luta de violência dentro da nossa sociedade racial pensando dentro do Brasil no processo de transição desse Império pro nosso período Republicano nós temos as chamadas teorias ou teses do branqueamento que fori aquele conjunto de intelectuais teóricos né que acreditavam
que pro desenvolvimento da sociedade brasileira deveríamos branquear se diluir né a sociedade Negra dentro da sociedade branca e caminhar ruma ao Progresso foi esse processo que nós chamamos de institucionalização do racismo onde o racismo ele não se torna apenas aquela prática visível que coloca a escravidão de prática agora não a escravidão é proibida mas o racismo está nas estruturas nos lugares né no trabalho na maneira como se trata As populações negras como elas são divididas dentre uma sociedade de modo geral nesse aspecto e comecemos a pensar como que a sociedade brasileira ela criou um processo
de naturalização das Relações raciais e É nesse momento que aconteceu uma difusão do que nós chamamos de pensamento dominante uma difusão de que o Brasil por exemplo por via destes intelectuais né não teve processo de racismo o Brasil precisava meio que naturalizar essa incorporação do negro na sociedade branca de maneira excludente e e engraçado né que essa naturalização não era vista como exclusão seria como se fosse natural Ué não era escravo Então porque né não ir pra Periferia pra favela etc isso tem muito a ver com galera com um tema muito importante aqui tô fazendo
um diálogo com a historiografia agora que é a tal da história oficial Quais são as histórias contadas né Por quem são escritas por quem são faladas Quem são protagonismos de produção da nossa historiografia e essa história oficial durante muito tempo no Brasil com certeza com Com certeza ela legitimou a ideia de que nós não tínhamos na sociedade né pós escravidão racismo mais criamos uma Harmonia dessas relações e esse debate então recaiu sobre uma das figuras mais importantes da sociologia brasileira ele Gilberto Freire e a obra Casagrande senzala publicada em 1933 nós temos aqui também no
canal um vídeoaula minha só sobre essa aula também depois que terminou essa aqui você vai lá vai assistir ela para mim né para você aprofundar mais esse assunto vamos ver que que o Gilberto Freire tá envolvido nesse processo Gilberto Freire né nessa clássica obra casag Grande Senzala vai discutir uma tese bem importante né o Brasil por exemplo constituiu o que a gente chama de supostas relações harmônicas interétnicas O que seria uma espécie de grande confraternização das raças eh um ponto que é importante e o Gilberto Freire ele reconsiderou né ele reconstruiu a maneira como era
escrito a história da escravidão a história da Colonial brasileira e teve um ponto mais assim básico na obra dele que essas relações são bem sutis são relações de dominação de violência mais uma relação que transparece uma certa harmonia e é diante disso que entra uma polêmica clássica né a a ideia do corpo negro na sociedade Colonial na sociedade atual inclusive nessa manutenção dessas relações é visto como Express de erotização do corpo negro se nós pensarmos a respeito exclusivamente do corpo feminino negro negro nós vamos ver esse processo Claro né de uma espécie de objetificação o
o corpo negro que deixa de ser aquele corpo simplesmente humano mas ele vira um corpo erótico uma espécie de corpo ou espaço ah objetificado hipersexualizado das mulheres negras Basta ver a ideia de carnaval que nós temos E por que que não percebemos por que grande parte naturaliza esse tipo de condição essa seria a ideia dessa falsa ou mito da democracia racial diante dessa polêmica Gilberto Freire foi entrevistado em 1980 a responder essas essas supostas né acusações dele ser um Democrata racial vamos ver essa entrevista rapidão olha a resposta que o Gilberto Freire dá né e
no dia 15/3 de 1980 15 de Março a pergunta da Leda Rivas uma jornalista Gilberto Freire foi até que ponto nós somos uma democracia racial a resposta do Freire é o Brasil é o país onde há uma maior população maior aproximação à democracia racial quer seja no presente ou no passado humano é muito difícil você encontrar no Brasil negros que tenham atingido uma situação a qual os brancos em certos aspectos por quê Porque o erro é de base porque depois que o Brasil fez seu festivo retórico 13 de Maio quem cuidou da Educação do negro
quem cuidou de integrar esse negro liberto à sociedade brasileira a igreja era inteiramente ausente a república nada a nova expressão de poder econômico do Brasil que sucedia o poder patriarcal Agrário e a que era Urbano industrial de modo algum de forma que nós estamos hoje com descendentes de negros marginalizados por nós próprios marginalizados na sua condição social não há pura democracia racial nem racial nem democracia nem social nem política mas repito aqui existe muito mais aproximação a uma democracia racial do que em qualquer outra parte do mundo por que que o Gilberto freir tá dizendo
isso né moçada porque tá falando a respeito de como que essas Relações raciais no Brasil comparadas com outros países principalmente dos Estados Unidos foram mais brandas ou pelo menos supostamente mais sutis então portanto democracia racial é esse debate vivemos ou não uma Harmonia entre as raças comecio da aula te prometi falar de uma política né de uma coisa recente estaria então a população negra no Brasil precis de ações afirmativas que tentam ser medidas paliativas para esse processo de marginalização histórico ou não é necessário fica aí com essa polêmica nós temos aí vários anos da lei
de cotas faciais um avanço muito importante no que tanja a ascensão desses grupos negros nos campus da universidade pública e evidentemente números que não são aqui para nós contestáveis há muitos resultados Mas é mesmo há tantos resultados não garantimos ainda a permanência dessa população no acesso a esses direitos sociais que são extremamente importantes bom pessoal foi essa a nossa aula sobre democracia racial se você gostou da aula por favor deixa um like aqui para mim Confere aí se você já tá inscrito no nosso canal né se você deixou o Sininho ativado e lembra sempre Ó
durante a aula eu te dei várias indicações de vídeoaulas vai lá agora acessa essas outras vídeoaulas assista comenta né participa aqui do nosso canal entra também nas nossos redes sociais no Face Instagram no twitter vai lá nos acompanha sempre por lá temos sempre novidades boas para você um grande abraço e te espero na nossa próxima [Música] videoaula