🎥 Documentário - Cem anos da Semana de Arte

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Rádio e TV Justiça
Cem anos se passaram desde que um grupo de artistas se reuniu em São Paulo para criar a Semana da Ar...
Video Transcript:
E aí [Música] há um ano era 1922 a ideia revolucionar a arte no Brasil a Semana de Arte Moderna de 1922 uma espécie de terremoto que abalou as estruturas da arte brasileira né é engraçado que a gente quando a gente fala em terremoto Porque de fato no início de 1922 aconteceu um terremoto no interior de São Paulo e depois quando veio a semana que foi logo no começo do ano em fevereiro né eles retomaram essa ideia do terremoto Claro até agora um terremoto estético que abalaria as estruturas na nossa arte Nacional pois estava evoluindo e
se sentiu a necessidade também de uma atualização de linguagens é porque ainda machucar vamos terminar vamos coisas que vinham de um certo momento do século 19 é desde o mate bem acadêmica não até um carnaval simbolismo né aqui eu estava na poesia uma parte dos participantes da semana de 22 frequentou Paris os nos anos anteriores Então são filhos de famílias abastados que puderam ir para Paris estudar o mesmo de férias e lá eles têm contato com a cena cultural europeia e parisiense que era muito intensa então eles voltam na Europa querendo de certa forma fazer
uma atualização do cenário São Paulo a máquina era máquina econômica do Brasil e a economia exige contactos com a Europa e com o mundo que a burguesia do Rio de Janeiro não tinha de modo que a semana é um produto Paulista mesmo é feito em São Paulo e só podia ser feito aqui com apoio desses aristocratas do café e que alugar um teatro caríssimo para época rica tá pagando as despesas isso tudo como esse grupo se foste tu ir para chegar na semana de 22 exatamente nesse saraus literários das famílias quatrocentonas das famílias muito ricas
e fazendeiros do café especialmente aquele de São Paulo que reúnem e possibilitam que eles troquem experiências E aí de certa forma se constituam como um grupo ainda muito heterogêneo mas de certa forma um grupo de ação cultural capitaneados por Paulo Prado essa ele que começou a se aproximar desse grupo de jovens porque essa Ele percebeu que o Brasil precisava fazer sua independência intelectual o movimento modernista ganhou força e adesão de nomes importantes da cena artística e cultural brasileira que surgiu assim a semana da arte moderna de 22 G é pura o que a gente tinha
basicamente Como a arte de bom gosto era o parnasianismo bakermat muito enquadrada muito baseada em aspectos formais né O Martin bastante racionalista e o que esses poetas esses artistas de maneira geral desejavam a partir do do movimento modernista e da semana de 22 era buscar um retrato real do Brasil era uma rede descoberta do Brasil por meio da literatura das artes plásticas enfim das Artes de maneira em geral né ele que deu a estrutura orgânica da semana as ele que conseguiu elaborar os parafusos todos da semana e dá uma unidade a tudo é uma figura
de uma cultura absoluto enciclopédica de uma sensibilidade maravilhosa e que tinham conhecimento que ia da música bom dura aparece cultura para literatura para lavar 45 idiomas então é o sistematizador e o que quem era o rompedor Quem era a pessoa que que enfrentava e derrubar os muros Osvaldo então é a dupla formidável que quem praticamente a gente pode sintetizar sintetizar dizendo assim um rompia os muros um é era uma pessoa que enfrentava qualquer diversidade e abrir os caminhos e o outro vinha com as teorias assim absurdamente e irretocáveis para sedimentar o muro aberto o Mário
de Andrade é naquele momento vamos dizer assim muito York No que diz respeito à criação da música do Brasil isso porque ele sendo um professor que cuida de matérias teóricas e um poeta também que justa a partícula por fazer poético com o fazer musical Coloca ele numa situação bastante diversa dos demais artistas e mochilas porque ele estabelece um diálogo natural entre pensar a poesia e pensar amor eu acho que vale a pena a gente pensar que a semana é plural são muitas linguagens no campo da música Você tem algumas questões da literatura e nas artes
visuais ou quando eles pensaram a Semana de Arte Moderna é como é um grupo de artistas muito novos jovens né com Produções ainda não muito conhecidas com meu caso do próprio uso de Maio do Menotti del Picchia é eles convidaram para fazer parte da semana um autor mais conhecido e consagrado era justamente o Graça Aranha então é o Graça Aranha que tinha uma relação com a tradição mas também era bastante aberta transformações que fez a conferência de abertura a primeira fala no dia treze de fevereiro de 1922 ele já começa destacando essa ideia de todas
as artes lá vão conversar então você rápido a músicas artes plásticas da melhor maneira o menor aqui também destaca a importância e até o Espaço certo para o hospital porque ali tinha a música no palco mas tinha declamação de poesia tinha também conferências no hall do teatro tinha exposição com várias obras de artes plásticas e até maquetes de arquitetura então havia Sem dúvida nenhuma essa exposição e super canden de conversas entre Jardim de Arte Moderna ela aconteceu em 3 dias não é o contrário de com muita gente né por dia treze dia 1517 de há
cento e vinte e dois e três dias foram suficientes para causar todo o estrondo e toda transformação estética que viria a partir de então aí estava o castelo da música com villa-lobos estava o pessoal da da literatura o menor aqui com Oswald Uma Thurman Paulista com com alguns representantes do Rio respeito especificamente Ronald Carvalho e Manuel Bandeira na pintura nós tivemos Di Cavalcanti como figura principal tava o João Graça era um pintor europeu que estava em São Paulo amigo do Oswald amigo do Mário Claro a Anita Malfatti a heroína a mártir do das fechadas injusta
do Monteiro Lobato estava Zina Aita eram essas as figuras fundamentais as obras que foram apresentadas né muito poucas obras tinham realmente elementos modernistas ou modernos Anitta né que eu tinha viajado né é a rota que Estados Unidos conhecia assim mais a maior parte né das obras literárias artísticas né esculturas apresentados não eram essencialmente moderna o moderno tava muito mais um discurso na narrativa né Eu desejo de coletivo de Se romper né com o passado né É mas não destruir o passado na verdade de arejar as ideias né trazer um novo uma renovação o espírito novo
organizar de 20 anos depois em 42 ele falou a semana dá uma liberdade de pesquisa absoluta que não havia é um acesso a pesquisa para todas as artes e para todos o conhecimento segundo ela dá uma consciência de nacionalidade que não havia e ela dá também com acesso a qualidade estética uma estabilização das Artes que também não havia então é fundamentalmente o Brasil descobre as suas formas de expressão então só se conhecia a trajetória do villa-lobos não se conhecer a música no havia sido tocada ainda música dele aqui em São Paulo inclusive ele trouxe para
São Paulo músicos do Rio de Janeiro que já tocavam já estavam acostumados a tocar as músicas dele para tocar aqui no Municipal apenas foi agregada à participação da Fenícia Guiomar Novaes tocando obras do Villa Lobos para piano mas O interessante é justamente e a semana propiciou descoberta de villa-lobos para São Paulo de uma forma efetiva da semana a gente tem no campo das artes visuais pelo menos três nomes muito fortes Anita Malfatti que é um nome muito Central na semana assina Eita que é uma artista que tinha uma produção interessante cima naquele contexto e a
Regina comi de graça e trouxe elementos textos né para essa exposição da semana eu não é pouca coisa a gente pensar no movimento no Marco tão central tão importante para nossa historiografia com três mulheres presentes a Castela não fez parte da semana nessa época ela estava um país ela forçava a academia Julian e fazer obras próxima indispôs isso tudo já de academia mas não podem ser consideradas vanguardistas dessas de modo algum ela volta para São Paulo depois que a semana já aconteceu e a partir daí que ela vai reconhecer o grupo dos modernistas né para
os grupos dos cinco Oi Nita Oswald que vai ser seu companheiro o Mário de Andrade Menotti del Picchia e graças a Íris e a Lady Gaga penteados que ela se torna amiga ela se torna uma artista Modernista então é interessante que ela ela na verdade ela descobre né o modernismo em São Paulo não é em Paris onde ela tava E para isso que a capital do modernismo [Música] bonito média que a semana de 22 ter inaugurado é as artes plásticas mas não apenas as vítimas das práticas modernismo mas antes de 22 desde o início do
século 20 pelo menos sim existiu manifestações artísticas modernas é a mais conhecida delas é a posição da Índia Malfatti 17 aquelas diferente Monteiro Lobato teria feito uma fez uma crítica Severa chamado aquele que parar oia no mais o processo de consolidação do modernismo e inicia no início do século 20 pelo menos e acho que a semana de 22 é o momento a lei de reconhecimento começa a ganhar o apoio da própria burguesia começa a perceber a importância da tabuada é uma delícia é brasileira a exposição de Anita Malfatti um divisor de águas Porque a partir
das reações que ela provocou formaram-se dois grupos o grupo dos grupos daquelas pessoas que não aceitavam as novidades que a Anita Malfatti tinha trazido os seus cursos nos Estados Unidos e onde aprendi o pintava ao ar livre e aquelas perto aqueles poucos intelectuais que compreenderam a novidade o alcance daquela mudança entre esses compreenderam o alcance da mudança estavam Mário de Andrade na frente Oswald Menotti E formou-se então um pequeno grupo de apoiadores de Anita Malfatti contra quem contra Monteiro Lobato que foi no Estado de São Paulo e publicou famoso artigo paranoia ou mistificação dizendo que
aquilo era uma arte de pessoas de mentes para São Paulo de novo muito forte para que a ideia de batismo completamente livre ou seja não tem que ser sua não há nenhum dado do real ou seja a cor ela é o resultado de uma expressão do artista última pesquisa puramente pictórica é livre livre de qualquer elemento literário ela é livre de qualquer elemento naturalista ou essa liberdade cromática a gente pode entender lá né dentro de uma um conceito de Arte Moderna com um primeiro gesto com uma autonomia da obra de arte o crítico Alfredo bosi
ele vai dizer que o modernismo brasileiro ele é basicamente a junção de duas forças é uma força que é centrípeta e uma força que é centrífugo a força centrífuga seria justamente olhar para fora principalmente para Europa e atualizar a inteligência e o pensamento brasileiro a partir das vanguardas europeias essa seria uma das forças né a centrífuga mas nós tínhamos também é essa força centrípeta que era olhar para dentro do Brasil né para o que nós tínhamos demais e ir para nossa diferença com relação ao mundo e espelhar é essas características também na nossa arte numa
nova estética brasileira brasileiro as mulheres têm uma centralidade que é incomum quando a gente compara com a França quando a gente compara com Argentina quando a gente compara com Espanha Portugal diversos países não é que não existiram mulheres modernistas nesses outros países existiram mas não elas não tiveram a centralidade o reconhecimento em vida que as brasileiras tiveram um [Música] e eu acho que ela foi sem construída como um Marco em 1 22 propriamente se a gente olha a crítica da época imprensa ela teve uma repercussão mas não é uma repercussão tão grande assim quanto a
história da arte vai fazer dela na música Madalena tagliaferro como seu lar já consagrado como o Medalhão da prateleira dos burgueses felizes ela foi lá em participou de uma áreas respeitabilidade a semana porque não era um só louco se batalha Itália ferro também Toca então alguma coisa pelo menos alguma coisa de bom tem lá e villalobos que veio o número da uma noite um problema no pé e não podendo causar direito e meio do chinelo e o pessoal achou que villa-lobos é um o exigia para tocar ou fazer a parte do modernismo tocar no chinelo
não tem nada a ver com nada a ver mas villa-lobos é um elevador absoluto da música brasileira a gente sabe hoje em dia que os falta em trade conversor chamou alguma Classic né alguns estudantes que fossem ao teatro que se manifestasse parece que houve de fato da parte dele a ideia de criar um clima de certa polêmica né agora quando a gente lê a crítica dos funcionários a respeito da música a gente se dá conta aqui no mal desagrado da obra do Vila loty a obra que o villa-lobos apresenta durante a semana de arte moderna
ela é uma obra diferente daquele momento porque eram busca que eu fiquei ainda não tinham sido escutadas em São Paulo é a mais boca da dos vários acontecimentos por dentro da declamação de poemas a declamação de palestras Asus fato algumas situações que os estudantes aproveitam para fazer várias e jogar objetos na plateia mas mais uma coisa que pelo jornais mesmo parece num canto porque Estrada né a semana marca Então esse primeiro a ruptura entre o que acontece no palco EA plateia e o gosto da plateia aí eu vi uma fricção houve um conflito E aí
que nasce nasceram as vaias os apupos em relação aos artistas uma parte dos artistas que se apresentaram na semana foi esse primeiro conflito entre palco e plateia dentro de uma perspectiva maior não só formal mas na sociológica é um piada a semana promoveu de fato um digamos uma dissonância e uma abertura para atitudes gestos de Vanguarda AM e o que é importante é o que ficou daquele momento para as gerações que operam a linguagem atualmente não é mesmo então muita coisa tá viva até hoje eu acho que a visualidade que a axila cria na fazer
para o Brasil tá vivo até hoje aquela série de desenhos que ela fez nos anos 20 né de uma simplicidade absurda né maravilhoso ao mesmo tempo aquilo então hoje presente de uma corrente ações e qualquer jovem no Brasil que esteja operando a questão da arte a poesia do Osvaldo Andrade os poemas que estão presentes tanto em Pau Brasil como o primeiro caderno do aluno de poesia Oswald Andrade estão presentes em festas oval crianças também são os mais lindos a poesia uma certa poesia do Manoel Bandeira né meio coloquial irônica né para usar um termo aplicado
por uma certa linha do simbolismo francês está vivo Manuel Bandeira para Vivo até o villa-lobos é um compositor executado a saúde no mundo inteiro então muita coisa que foi plantada lá tá vindo até hoje sem falar de modernismo é falarem Portinari que apesar de não estar presente na semana de 22 quando tinha apenas 19 anos se uniu ao movimento artístico nos anos seguintes Portinari foi o Polo de captação e de radiação das principais preocupações da sua geração preocupações estéticas artísticas culturais sociais e políticas agora de uma geração que convém lembrar os nomes para gente ter
uma ideia do tamanho daquela geração nós estamos falando de Mário de Andrade e Manuel Bandeira de Jorge Amado de Castro Andrade de Cecília Meireles de Murilo Mendes de Oscar Niemayer de luxo Costa de villa-lobos e eu poderia continuar citando mais novos então Portinari com viveu intensamente Google todas as pessoas e inclusive vamos ver na nossa própria casa na minha mãe fazia umas macarronadas que não tinha hora para começar nem para acabar eles iam chegando né E aí iniciava-se aquela discussão É sobre o Brasil sobre a arte sobre a política sobre o mundo né o legado
deixado por Portinari e deu origem a um projeto que leva o nome do pintor e além de reunir suas obras leva a informação e conhecimento artístico para a comunidade não havíamos eu não vou não havia nenhum catálogo das obras de Portinari o paradeiro da dessas obras era desconhecido em sua maioria já em sabia que elas estavam dispersas por todo o território brasileiro e fomos encontrará obras em mais de 20 países das Três Américas da Europa e do oriente próximo erro importante você observar que a obra de Portinari não é uma obra abstrata que propõe linhas
formas cores volumes né Ela é uma obra pro a mente comprometida com o social ou humano ou valores de não-violência de fraternidade do Espírito comunitário de respeito à vida né de justiça social então nós chegamos a conclusão que se você pensar em nossos filhos nossos netos nas gerações futuras o que que poderia ser mais valioso para eles do que receber esses valores e e para comemorar os 100 anos da semana de 22 foram realizadas exposições na Fiesp e outra no Museu de Arte Moderna de São Paulo e manifestações diversas linguagens como arquitetura maquetes né trouxe
pinturas gravuras esculturas e contou um pouco da história do processo de construção da arte moderna no Brasil é claro que com uma ênfase na semana é mais postando tênis dobramentos artistas tem como que não participaram vai comprar para taxi lá né mas sabe de Carvalho o bild é Portinari é tanto usar que De algum modo na época continua o processo de corpo todo advogada brasileira ali é depois dos anos 20 e 30 deve ter uma exposição bastante Ampla aqui nos permite uma visão né menos menos province a entender que o modernismo ele acontece também no
Brasil todo não é um fenômeno apenas Paulistano uma das características é a maneira como ele conversa com várias manifestações estão os músculos conversam com os atores de os artistas de teatro assim como converso com os poetas assim como conversa com os artistas plásticos são os piá logo se multiplicam multiplicando-se os diálogos multiplicam-se também as possibilidades de intercâmbio artístico 100 anos da Semana de Arte Moderna a gente pode dizer que talvez o mais do que fica mais importante dela é esse gesto de ruptura de querer mudar de querer ultrapassar o momento em cultural da situação cultural
o status quo do momento né como as coisas estavam no sentido de uma ruptura pose o que propunha que buscava novos horizontes A reflexão sobre a história o olhar compreender a história e os ajudamos entender quem é hoje projetar possibilidades de futuro então é pra gente poder seguir é importante entender o que de fato foi é essa semana de arte moderna e aqui ela no Zap um caminho ali de 200 polegadas e não sabe um caminho como possibilidades de um sonho de um futuro melhor não existia Esse é o motor pia transformadora e acha que
isso gente ainda acha que tem muita coisa para transformar essa país nesse mundo tem que olhar para trás não nos dinossauros correto de viver conforme a somar na bolsa eles atrasam tapete com sua os próximos 100 anos e [Música] E aí [Música] [Música] E aí [Música] E aí
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