Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Olha pelo Pedro, ele é um bom garoto, só está um pouco perdido.
Não se engane, Natan, o nosso trabalho ainda não está garantido. [Aplausos] [Música] É difícil escolher por onde começar a listar seus feitos. Ele já arriscou a própria vida e levou um tiro para ajudar a resgatar reféns israelenses de um sequestro, quase se afogou em um tiroteio no canal de Suez, quase morreu congelado na Síria, já foi mordido por um escorpião, mas sobreviveu para contar a história e marcar a história.
Viveu nos Estados Unidos por um período e lá estudou em instituições de prestígio, como o MIT [Música] (Massachusetts Institute of Technology), destacando-se como um dos melhores alunos. Também fez um doutorado em Ciência Política em Harvard, e sua experiência acadêmica e vivência nos Estados Unidos contribuíram para sua fluência impressionante em inglês. Sua habilidade com a oratória já encantou plateias que incluíam figuras como George Bush.
Depois de servir seu país em operações, seguiu um novo caminho de serviço a Israel. Na diplomacia, atuou como diplomata e embaixador, promovendo a imagem de Israel no exterior. Por todo esse histórico, não é surpresa que ele tenha um dia ascendido ao cargo de líder do país e ainda entrou para a história como o primeiro-ministro mais jovem de Israel.
Sua liderança e acordos diplomáticos históricos, como os Acordos de Abraão, resultaram em alianças inéditas entre Israel e países árabes. A economia de Israel prosperou e o país ainda se consolidou como um dos principais polos de inovação tecnológica no mundo. E esse é só o resumo.
Benjamim Netanyahu: diplomata, escritor, político, embaixador, primeiro-ministro, consultor econômico, membro das Forças Especiais. Uma trajetória marcada por grandes feitos, exceto por seu singelo e diminuto apelido, que ironicamente contrasta com tudo isso. Estamos falando, portanto, de uma das figuras mais icônicas de Israel, alguém que nasceu praticamente junto com o país, cresceu com o país e ajudou o país a crescer.
Quase morreu por ele, perdeu um irmão por ele, lutou e o defendeu de todas as formas até se tornar seu líder. Aquele que, antes mesmo de se tornar primeiro-ministro, foi profetizado como o líder de Israel antes da vinda do Messias. [Música] Em uma entrevista, Jordan afirmaria que o seu propósito na vida é assegurar a prosperidade e a segurança.
[Música] Mas eu te prometo: existe um lado oculto nessa história. [Música] Benjamim Netanyahu, ou Bibi, para os íntimos e para os não tão íntimos, também é inseparável da própria história de Israel. Quase como uma simbiose, ele e o país nasceram quase juntos.
Bibi nasceu em Israel em 1949, pouco depois do nascimento do próprio Estado, que conquistou sua independência em 1948. Sua vida por Israel foi marcada por ser membro das Forças Especiais do país e participar de missões antiterrorismo. Uma das operações especiais em que atuou foi o resgate de um voo da companhia belga Sabena, sequestrado pelo grupo terrorista Setembro Negro, do qual falamos bastante no episódio sobre a face oculta de Arafat.
Embora tenha levado um tiro no braço, Netanyahu sobreviveu, assim como os reféns resgatados com sucesso pela operação em 1972. Mas anos depois, seu irmão não teria a mesma sorte: em 1976, Bibi viveu a tragédia pessoal de perder o irmão Jonathan, que também arriscava sua vida pelo país e morreu heroicamente em uma missão de resgate de reféns sequestrados em Uganda. A dor pela morte de um irmão tão jovem, que também dedicava sua vida ao povo israelense e é considerado até hoje um herói nacional, foi devastadora para Netanyahu, mas ainda mais devastador foi ter de noticiar essa morte a seus pais.
A perda do irmão para o terrorismo influenciaria profundamente a forma como Netanyahu passaria a lidar e a enxergar possíveis ou impossíveis acordos entre Israel e a Palestina. Por muito tempo, até hoje, no episódio sobre a face oculta de Arafat, relembramos uma negociação de paz histórica em 1993. Enquanto o mundo assistia admirado ao aperto de mãos entre Itzhak Rabin e Yasser Arafat ao assinarem os Acordos de Oslo, a esperança tomava conta de grande parte da população, mas não de Netanyahu, que definitivamente não compartilhava desse sentimento.
Desde o início, Bibi se opôs de forma contundente aos Acordos de Oslo, firmados entre Israel e Palestina, por acreditar que eles não representavam um prenúncio para a paz e sim um prelúdio para o caos e a insegurança de seu país. Ele não acreditava que Arafat seria alguém confiável para se apertar as mãos e defendia que baixar a guarda traria um grande risco para Israel. Mas Bibi não se limitou apenas a se opor; ele fez questão de iniciar uma campanha contra os Acordos de Oslo.
Naquela época, ele já era líder do partido Likud, um partido que sempre defendeu a importância de uma política de segurança nacional baseada em uma força militar sólida e eficaz. Enquanto isso, do outro lado, grupos extremistas palestinos também enxergavam os Acordos como uma grande derrota e optaram pela violência como resposta. Por sua vez, a violência e os atos terroristas perpetrados por esses grupos palestinos intensificaram a percepção de muitos israelenses de que os Acordos foram um erro.
Era um ciclo de aversão à solução pacífica que se retroalimenta, até que um extremista judeu que também enxergou os Acordos de Oslo como uma ameaça tomaria a decisão de assassinar Itzhak Rabin, a quem definiam como um [Música] traidor. Se Netanyahu não concordou com o aperto de mãos entre Rabin e Arafat, agora era a viúva de Rabin que não queria apertar a mão de Bibi. Durante o funeral de seu marido, foi isso que ela chegou a afirmar para o Los Angeles Times, e explicou que só aceitou o aperto de mão para não fazer um show naquele momento, mas deixou claro que culpava Netanyahu e os adversários políticos de Rabin pelo assassinato.
"Com certeza eu os culpo. Se você já ouviu os discursos deles, entenderia. " "Que eu quero dizer é que eles foram muito, muito violentos em suas expressões.
" Nanáho seria acusado por muitos de ter inflamado os ânimos da população e incitado o ódio contra os acordos, o que, segundo seus acusadores e a viúva de Rabin, poderia ter culminado no assassinato. E, alguns meses depois do assassinato de Rabin, Netanyahu seria eleito primeiro-ministro de Israel, uma vitória em boa parte impulsionada pelo sentimento anti-acordo que, segundo seus críticos, ele mesmo ajudou a criar e a disseminar pela população de Israel. E, quando tomou posse, ele fez exatamente o que grande parte de seus eleitores avessos a soluções diplomáticas esperavam dele, especialmente quando se trata dos controversos assentamentos na Cisjordânia.
Esses assentamentos são colônias construídas em territórios ocupados por Israel após a Guerra dos Seis Dias e são protegidos por tropas israelenses. Para a ONU, eles são considerados ilegais, embora não sejam considerados ilegais pela lei israelense, que alega que a Cisjordânia nunca fez parte oficialmente de nenhum estado árabe, justificando assim o direito de assentamento judeu na região. Em 1996, um dia após a Autoridade Nacional Palestina (ANP) solicitar o fim dos assentamentos, Netanyahu visitou uma das maiores colônias na Cisjordânia e, enquanto passeava por lá, prometeu a expansão desses assentamentos.
Seus críticos só não poderiam acusá-lo de não ter cumprido suas promessas durante seu governo. De fato, houve um aumento significativo no número de unidades habitacionais construídas nos assentamentos na Cisjordânia, o que também aumentou a revolta dos palestinos e a desaprovação da comunidade internacional. No mesmo ano em que a expansão dos assentamentos ocorreu, Bibi tomou outra decisão controversa: abrir um túnel próximo ao Muro das Lamentações, com saída no bairro muçulmano onde se localiza a Mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado para os muçulmanos.
Isso resultou, como era de se esperar, em protestos e tumultos. Arafat se manifestou, dizendo que aquilo, em sua visão, seria um grande crime contra os locais religiosos dos palestinos e que a abertura do túnel feria o processo de paz. Até mesmo Bill Clinton, cuja face oculta eu já revelei, tentou intervir e pediu para que o túnel fosse fechado temporariamente, mas os apelos foram ignorados.
As revoltas contra o túnel perduraram por quatro dias e levaram à morte de 70 palestinos e 16 israelenses. Durante seu primeiro mandato, Netanyahu seguiu focando em melhorar a defesa de Israel contra as ameaças terroristas, mas acabou por piorar significativamente as relações do país com a Palestina e também com a Síria. A Síria, assim como a Palestina, também mantinha esperança na devolução de territórios ocupados por Israel, especialmente das Colinas de Golã, como resultado das negociações de paz que estavam em andamento no governo de Shimon Peres.
No entanto, o governo de Netanyahu, em vez de avançar em direção a um acordo, ampliou a presença militar israelense nas Colinas de Golã e expandiu os assentamentos da Cisjordânia, frustrando assim as expectativas de sírios e palestinos. Mas, se por um lado acusava Netanyahu de não colaborar com o processo de paz, por outro também o criticavam por não responder de forma suficientemente dura aos ataques terroristas perpetrados pelo Hamas e pela Jihad Islâmica contra Israel. Ou seja, para alguns, sua postura era um obstáculo para a paz e, para outros, ele era pacífico até demais.
Além dessas críticas, questões como a inflação, divisões internas dentro de sua própria coalizão e outros escândalos, como a polêmica nomeação de um advogado sem experiência específica e considerado inadequado para o cargo de Procurador Geral de Israel, contribuíram para que Netanyahu não conseguisse se reeleger em 1999. Ele deixaria o cargo sob uma nuvem de críticas e acusações de fomentar a polarização, e não apenas entre palestinos e judeus, mas também entre diferentes grupos dentro da própria sociedade israelense. Em 2009, Netanyahu iniciou uma fase marcada por várias conquistas: conseguiu retornar ao poder, manter-se no poder até 2021, se tornando assim o líder mais longevo do país, e também acumulou ainda mais acusações e escândalos.
No caminho, os escândalos envolvendo Netanyahu se tornaram tão conhecidos em Israel que a população já os reconhece por suas nomenclaturas padronizadas pela polícia israelense, como Caso 1000, Caso 2000, Caso 3000 e Caso 4000. No Caso 1000, Netanyahu e sua esposa foram acusados por receberem presentes caros de magnatas, supostamente em troca de favores políticos. Uma curiosidade entre esses magnatas estaria o produtor de Hollywood que já foi indicado ao Oscar por obras como "Los Angeles: Cidade Proibida", que inclusive está no catálogo da BBC Select, Arnold Mission, além do bilionário australiano James Packer.
No Caso 2000, ele seria acusado de ter um acordo ilegal com o editor do jornal diário mais popular de Israel para garantir sempre uma boa cobertura favorável ao seu governo. No Caso 3000, a suspeita era de que vários de seus aliados tinham ofertas de defesa israelenses para realizarem a compra de submarinos alemães, manipulando processos de licitação pública em favor da construtora naval alemã. Um dos suspeitos envolvidos no caso revelou em sua delação premiada que o advogado David Primo era advogado de Natan Arova e que se encontrou com o primeiro-ministro para facilitar a concretização do polêmico acordo de submarinos.
Já no Caso 4000, ele foi acusado de ter um acordo com a maior empresa de telecomunicações do país, a gigante Bezeq Telecom Israel, em troca novamente da cobertura positiva dele e de sua esposa em um site de notícias controlado pelo ex-presidente da Bezeq. Netanyahu negou todas as acusações, que posteriormente foram arquivadas por falta de provas, e alegou estar sofrendo uma "caça às bruxas". Além dos escândalos, ele também enfrentaria protestos motivados pelo custo de vida elevado em Israel, que reuniriam mais de 200.
000 pessoas insatisfeitas com os altos custos de moradia, alimentação, saúde e educação no país. De acordo com a BBC, para um dos organizadores dos protestos durante a gestão de Netanyahu, o país teria abandonado "batalhas importantes". Como a economia é só focada obsessivamente em problemas de segurança, "mas suas polêmicas não parariam por aí".
Em 2021, Nanaho sairia do poder após 12 anos consecutivos como primeiro-ministro, mas prometeu retornar, e sua promessa novamente foi cumprida menos de 2 anos após a sua saída. Para garantir seu retorno, precisou formar alianças políticas até mesmo com figuras polêmicas por declarações extremas, como BV, que foi condenado por incitação ao racismo e apoio a organizações judaicas consideradas terroristas pelos Estados Unidos. Além disso, BV teria feito comentários ameaçadores para Itac Rabim semanas antes de seu assassinato em 1995; enquanto segurava um emblema arrancado do carro de Rabim, ele disse: "Chegamos ao seu carro, vamos chegar até ele também".
Atualmente, BV é ministro da segurança nacional de Israel, tendo sido nomeado no governo de Netan em 2022. Em 2023, após enfrentar acusações de corrupção, Nanaho ainda enfrentaria os maiores protestos já registrados na história de Israel. Ele seria criticado por supostamente tentar enfraquecer o poder judiciário e, consequentemente, o sistema de freios e contrapesos do país.
Isso porque, nesse ano, ele apresentou proposta de reestruturação judicial, que inibia a independência do judiciário, dando mais poder à Knesset, que teria maior controle sobre a nomeação de juízes para a Suprema Corte. Além disso, com a reforma, a Suprema Corte deixaria de ter a capacidade de barrar indicações, nomeações ou medidas governamentais que não fossem consideradas razoáveis. Os protestos contra essas medidas, vistas como antidemocráticas por grande parte da população, entraram para a história como os maiores protestos do país e só diminuíram quando uma tragédia sem precedentes atingiu Israel.
O dia 7 de outubro de 2023 parecia irreal, uma data que mais se assemelhava a um pesadelo, mas muitos ainda não acordaram dele. Era um ataque brutal contra Israel, coordenado a partir da Faixa de Gaza; mais de 1. 200 foram mortos e feridos no maior ataque terrorista contra Israel: mulheres, crianças, civis inocentes assassinados ou mantidos como reféns - mais de 200 reféns pelo Hamas, muitos ainda hoje, mais de um ano depois.
Após a revolta contra as reformas judiciárias antidemocráticas, cedeu espaço a outra revolta e à desconfiança crescente na população de que Nanaho, que sempre concentrou as forças de seu governo na segurança de Israel, havia falhado em proteger o país. Para agravar a situação, o Egito alegou que informes de seus serviços de inteligência que alertavam sobre um possível ataque do Hamas foram ignorados por Israel. De acordo com o Wole, as autoridades egípcias teriam ficado chocadas com a indiferença de Nanaho ao receber os alertas; os avisos teriam sido subestimados, assim como o Hamas, e as forças de segurança que deveriam estar em Gaza tinham sido deslocadas para a Jordânia.
Embora o governo tenha negado que recebeu qualquer aviso e afirmado que "nenhuma mensagem inicial veio do Egito, e o primeiro-ministro não falou nem se reuniu com o chefe da Inteligência desde a criação do governo, nem indireta nem diretamente. Isso é uma notícia completamente falsa". O ponto onde Netan prometia ser mais forte agora era considerado um fracasso, e, para tentar reverter essa falha, uma ofensiva contra o Hamas seria iniciada, persistindo até hoje e gerando ainda mais críticas internacionais em razão dos numerosos civis que morreram nos contra-ataques israelenses.
Especialmente porque o Hamas utiliza palestinos como escudos humanos e mantém seus arsenais em túneis sob locais como escolas e hospitais. Por uma triste ironia do destino, em uma entrevista para Eric Sha, mais de 7 anos antes do ocorrido, Netan contou que o maior pesadelo pessoal que enfrentou foi ter que contar aos próprios pais sobre a morte de seu irmão, Wore Min. Agora, o pesadelo se repetiria ao precisar informar a tantas famílias que seus filhos, reféns do Hamas, foram resgatados sem vida.
Em questão de pouco tempo, Taro pediria perdão e prometeria que o Hamas pagaria um preço alto por isso, mas a população palestina, uma vez que é feita de escudo pelo Hamas, também pagaria o preço, um preço que parece incalculável, de uma dívida que parece ser eterna e impossível de se quitar. Para alguns, uma solução diplomática para o conflito se provou impossível, e, para muitos, Netan representa um dos maiores obstáculos para que o conflito chegue ao fim de forma pacífica. Se você acredita que mais pessoas precisam conhecer melhor a história de Benjam Netan, recomende a assinatura da Brasil Paralelo e, para entender de maneira muito mais aprofundada sobre a guerra em Israel, não deixe de assistir ao filme "From the River to the Sea".
E para aqueles que acham que os seus segredos estão enterrados em segurança nas covas perdidas da história, tenham cuidado, pois existem três coisas que não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e as faces ocultas que eu vou revelar. Eu queria mostrar como é que está o trabalho. Ah, eu queria.
. . é, queria mostrar.
A nossa firma sempre se orgulhou do nosso processo de acompanhamento. Não importa a hora do dia, onde você esteja, sempre haverá um dos nossos representantes pronto a atender a todas as suas necessidades. Filho, quer ir à igreja comigo?
Missa? Não, obrigado, vou ficar em casa. Essa velha tá tentando arrastar ele pro cural, pra aquela gentinha.
Meu trabalho é de figurinista, contra-regra, diretor de cena, o diabo ou qualquer coisa que te permita perverter o que foi escrito. Quem é você? Eu sou o que a sua mente quiser que eu seja.
A gente tem que se manter ocupado, filho. Cabeça vazia, oficina do diabo.