O que é pós moderno? | EP. 1 - A filosofia pré-moderna

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Heribaldo Maia
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Video Transcript:
no debate marxista da internet vez ou outra volta e meia aparece e reaparece a questão da pós-modernidade do pós-modernismo fulano é pós-moderno tal autor é pós-moderno isso é coisa da pós-modernidade Mas finalmente que é pós-moderno que é pós-modernidade o que isso significa Será que a gente tá usando esse termo certo é para isso que hoje a gente tá começando uma série de vídeos que vai se chamar o que é pós-modernismo e vão ser um conjunto de vídeos que começa hoje fazendo um debate sobre a filosofia pré-moderna e a filosofia moderna Então o que é pós-modernismo
mas antes não se esquece participa do engajamento do canal se inscrevendo ativa o Sininho curte comenta compartilha indica o canal pros amigos pras amigas isso é muito importante se puder também chega junto no financiamento do canal seja pelo apoia-se ou pelo PX ou pelo clube de membro que tem o botão aqui embaixo os QR codes estão aparecendo aqui na tela simbora pro vídeo [Música] Então nesse primeiro vídeo da série A gente vai fazer uma breve exposição Uma Breve aulinha por assim dizer que eu tentei preparar para vocês sobre o que é pós-modernismo de maneira geral
mas o tema de hoje vai ser filosofia pré-moderna e a transição para a filosofia moderna e por que a escura desse roteiro porque a gente fala de pós-modernismo pós-modernidade Mas a gente não entende éu certo o que tá falando muitas vezes a gente fala a partir de sensos comuns que circulam pela militância que circulam entre meios marxistas entre meios enfim diversos meios Mas a gente não tem acesso acesso muitas vezes ao debate que gerou esse termo pós-modernismo que é um debate muito grande e para isso pra gente fazer como uma boa pessoa formada em História
ainda que o com formação e Filosofia na pós-graduação uma uma contextualização histórica desse debate para isso a gente a gente vai começar lá atrás o que era a filosofia antes da modernidade pra gente entender o que é a modernidade para aí se entender o que é isso que se propõe a ser uma ruptura uma quebra algo que vem posterior à modernidade que é o pós-modernismo mas nesse primeiro momento vamos lá para a filosofia pré-moderna e a transição para a filosofia moderna obviamente num caráter bastante superficial não no sentido de as informações não são Profundas e
aprofundadas mas no sentido de a gente aqui nesse primeiro momento Visa dar uma geral sobre esse assunto da filosofia antiga e medieval paraa moderna pra gente fazer essa chegada à modernidade beleza e aí é uma fotinha dos nossos queridos Ari e Platão né Aristóteles e Platão e aí um um um rosto né de Sócrates não nos grandes importantes nomes da dessa tradição filosófica que Platão e Aristóteles buscam fazer parte né o grande ponto é que que tanto a filosofia antiga quanto a filosofia do medievo quanto a filosofia medieval Elas têm por característica um debate do
que a gente chama de uma filosofia do ser o que é o ser o que é a essência das coisas O que é a essência da realidade o que faz um copo ser copo O que faz o ser humano ser ser humano qual é a essência das coisas O que é por exemplo Belo O que é o ser e portanto é uma filosofia muito calcada pela ideia da ontologia né de explicar a coisa pelo que ela é e isso surge na no pensamento grego é importante dizer uma observação que eu sempre digo quando dou aula
etc em diversos espaços é que a filosofia grega e muita gente sempre fala filosofia grega e a o eurocentrismo característico da do pensamento filosófico etc mas a filosofia grega ela tava muito mais conectada a Grécia nessa época histórica ali lá 300 400 antes de Cristo ela estava muito mais conectada ao mundo mediterrânico ao norte à civilizações do norte da África as civilizações do Oriente Médio do que a Europa propriamente dita do que o que a gente entende por Europa propriamente dita hoje esse sul da da Europa Grécia Itália todo tá muito conectado a essa influência
cultural mediterrânica do norte da África do Oriente Médio e portanto a filosofia suas questões seus debates inclusive uma série desses est adores vieram de regiões que não eram da Europa eram sei lá do ali próximo à Turquia Oriente Médio Egito enfim isso é um breve Uma Breve observação mas é na Grécia antiga que isso que se caracteriza por pensamento filosófico vem à tona filas e e o que que a gente tá falando por pensamento filosófico essa forma específica de pensar a realidade que não que Claro né tem suas especificidades e que as outras outras culturas
pensavam a mesma coisa de maneiras diferentes mas que se baseava nessa concepção de a partir da do pensamento racional buscar entender o que é o ser das coisas e um grande ponto que estava nesse momento né E que tava dado para esses pensadores para eles pensarem essas questões é que se para a gente saber sobre algo é saber sobre o que é o ser desse algo né ou seja o copo é um copo por conta disso Disso disso e por isso se caracteriza por ser copo existe um problema porque na realidade as coisas como são
elas são transitórias elas mudam Então vem um debate Por que algo que é Deixa de ser o que é E vai mudando ao longo do tempo então ele é ou não é para poder caracterizar bem o que algo é era preciso um um profundo esforço intelectual para dar conta do ser da coisa que apesar de aparentemente ter alguma coerência na realidade da vida terrena mundana as coisas mudavam muito mais rapidamente fazendo com que essa Essência fosse muito mais difícil de ser capt urada do que a gente imagina e na Grécia diversos pensadores Mais especificamente né
coloquei ainda o thalis Mileto Heráclito que tem outras outras características né um pouco diferentes dessas né parmenides mas basicamente Sócrates Platão e Aristóteles e principalmente Platão e Aristóteles vão definir todo um escopo da filosofia não só pra filosofia antiga mas pra filosofia pros próximos milênios há um ditado né uma frase de um filósofo que diz que a filosofia ocidental nada mais é do que uma nota de rodapé a filosofia de Platão e Aristóteles e de certa forma isso faz algum sentido a filosofia da idade média por sua vez ela apesar de integrada a filosofia Cristã
ela também tá tentando ao integrar a filosofia a teologia Cristã ela tá tentando dar conta de problemas ou pensar os problemas do seu tempo a partir dessas questões O que é o ser o que é a essência qual com por as coisas mudam mas e porque ao mudar isso não significa que essa Essência Deixa de existir qual é a causa dessa mudança mas qual é a causa da existência da forma das Essências etc e eles bebem diretamente de Platão mas especialmente de Aristóteles cada um a sua forma os dois os dois mais importantes desse tipo
de vertente de pensamento Santo Agostinho e São Tomás de Aquino de maneiras distintas tanto a mane a filosofia clássica grega que a a gente vê como é importante o pensamento de Platão e Aristóteles porque a gente vê uma Filosofia pré-socrática na antiguidade e pós socrática ou seja Sócrates Marca uma linha de ruptura que tá calcada nessa ideia de pensar essas questões a partir de uma lógica racional de um tipo de lógica e de abordagem dos problemas de uma maneira específica enfim com a centralidade da razão e uma série de coisas e que a idade média
do seu modo ainda que pensando isso pel um viés religioso vai pensar junto desses autores em especial Platão e Aristóteles um outro ponto fundamental é que esse conjunto de pensamento que ambos estavam tentando pensar Qual era a realidade e o ser da coisa a essência né da coisa O que é o que faz com que algo seja algo que é que é o ser isso baseia estrutura um conjunto de pensamento ontológico porém metafísico né ou seja tá a realidade não vai dar a resposta a a realidade concreta ela indica que a gente vai pensar a
partir ela mas existe algo além da física que explica o ser da própria realidade né ou seja por isso metafísica além da fisicalidade do mundo né da do movimento além do movimento daquilo que que constitui a dinâmica né do dinamos portanto a esse pensamento é metafísico que não significa um pensamento irracional um idealismo e abstrato como muitas pessoas pensam a Teoria de Platão e A gente vai ver isso daqui a pouco né Essa ontologia na filosofia pré-moderna Tá ligada a dois pontos ou três pontos centrais né Na antiguidade você tem Platão com a teoria das
formas né a ideia de que a realidade sensível é uma espécie de cópia das ideias e essa cópia não é no sentido de que existe o mundo das ideias e que as ideias criam a realidade de maneira de um senso comum ainda que possa ser lido dessa forma por alguns autores mas o debate sobre a interpretação de Platônico de Platão é muito mais complexo do que isso dando a ideia de que essa ideia ao ser focada em ao se efetivar na realidade né nesse sentido de de ao você tirar uma ideia da cabeça e colocar
no mundo real ela se realiza de maneira imperfeita e por isso que você tem um mundo das ideias que é perfeito e um mundo real que ele é imperfeito porque ele é transitório ele muda ele não a gente não realiza a ideia de maneira plena e por isso que ela é imperfeita Então você teria essas duas leituras para pensar a teoria das formas de de Platão que obviamente é muito mais complexo do que isso mas a gente tá querendo reduzir para poder chegar nos pontos mais importantes Aristóteles por seu por seu modo tá pensando numa
teoria da substância uma ideia de unir matéria e a forma como é que a gente pensa isso e a gente vai ver isso mais um pouquinho quando chegar em Aristóteles porque é muito fundamental Aristóteles Talvez seja mais importante ao meu ver diante da tradição filosófica ocidental ainda que Platão tenha seja também bastante importante a idade média pega esse debate promovido por esses dois autores e vai usar a ideia teocêntrica de Deus como ser Supremo ou seja como a causa primeira como criador a e portanto uma ideia de uma ideia primeira o Deus né como como
essa ideia que que move o mundo que produz o mundo que rege o mundo cria-se também uma hierarquia dos seres né de anjos seres humanos animais objetos etc mas que de certa forma Em ambos os casos o que a gente vê e aqui é fundamental da gente compreender essas ideias muito Gerais que eu tô colocando para vocês é que o mundo dessa época era um mundo que produziu um tipo de pensamento que era condizente com a com o mundo em questão o conjunto de relações sociais tanto na Idade Antiga quanto na Idade Média faziam com
que as questões filosóficas dos dos tempos desses autores fossem de certa forma essa não de maneira mecânica mas que de certa forma as ferramentas para pensar o mundo tal como eles colocavam e tal como eles viviam a partir das suas questões culturais religiosas materiais econômicas políticas de formas de vida de cada época dessa produzia um tipo de pensamento que estava ligado a essa ontologia metafísica que tinha na questão do ser o que é as coisas por as coisas são assim e não de outro modo uma questão fundamental uma questão central quando a gente vai chegando
na Idade Média a gente tem uma ruptura fundamental nesse tipo de pensamento que tá talvez nesses dois maiores nomes do pensamento moderno e que talvez sejam os dois mais important Antes desse processo René descart e Emanuel Kant dentro dessa forma você vai ter para Platão a ideia de que a essência e isso é muito fundamental a essência é um aspecto eterno e mutável e portanto a forma ideal das coisas ela é imutável e eterna Ou seja a ideia a maçã a ideia de uma maçã ela é eterna ela é absoluta a a maçã como é
no mundo é que é muito diferente da maçã ideal da ideia da maçã então quando eu falo para você Eu quero comer uma maçã você não traz para mim uma laranja porque você tem uma ideia do que é uma maçã contudo a maçã que você pode trazer para mim talvez vai ser uma maçã daquela que é mais vermelhona e que é mais macenta né ariosa Eu particularmente não gosto eu gosto da maçã daquela que é mais durinha enfim mais crocante Então você vai trazer essa maçã só que é isso nós temos ideia uma ideia da
maçã que é eterna que é imutável e a realidade ela produz desvios na a realização da maçã porém essa mesma maçã que existe no mundo real e que é um desvio dessa ideia de maçã ela só é identificável ela só é conhecível porque há uma ideia eterna e mutável ideal da maçã percebe então é veja como é mais complexo do que simplesmente Platão diz que as ideias criam o mundo não é bem é isso assim é bem mais complexo né claro que a gente não vai entrar nisso aqui né o mundo sensível portanto é essa
sombra dessa realidade verdadeira não porque a ideia ela ela ela é mais real do que a própria realidade mas porque a ideia ela tem muito mais verdade sobre o ser da coisa do que a própria coisa ou seja quando eu falo eu quero uma maçã a ideia de uma maçã na minha cabeça que pode não se realizar essa ideia ela é muito mais verdadeira para mim do que é uma maçã do que muitas vezes a maçã de fato que aparece na minha fé percebe então se eu disser assim ah eu quero uma mesa nós temos
uma ideia do que é uma mesa e todas as as mesas são de certa forma um reflexo do que é a ideia Geral de mesa Mas aos ao a gente buscar uma mesa na realidade ela não necessariamente se adequa completamente essa ideia de mesa e portanto essa ideia de mesa ela tem mais verdade sobre a mesa do que a própria mesa existente ou seja ela diz mais sobre o que é o ser da coisa do que a própria coisa enquanto matéria no mundo e por isso a ideia idealizada Idealista de Platão tá nessa nesse descompasso
entre a ideia e a o mundo sensível Aristóteles ele também vai partir dessa ideia de que pra gente conceber O que é a coisa a gente precisa dar conta da essência da daquilo que não muda que é imutável daquilo que é constitutivo da existência das coisas e aí Aristóteles vai falar que existe uma substância que que é composta de matéria e forma a a a filosofia de Aristóteles portanto ela ela é mais complexa no sentido que ela é dá uma explicação um pouco mais refinada sobre essa relação e que isso produz essa substância que caracteriza
o ser da coisa e ele vai elaborar portanto uma teoria das quatro causas né que é material formal eficiente final sendo a causa material aquilo do que é feito então esse copo aqui é feito de plástico ele é aquilo que constitui A Essência desse copo materialmente é o fato dele ser feito de plástico a sua causa formal é a sua estrutura e sua ou sua essência ou seja o que é um copo quando eu imagino o copo Eu imagino que ele tem que ter uma determinada forma e e essa determinada forma se parece mais ou
menos com algo como isso pode ser Redondo pode ser quadrado Mas ele tem que ter uma característica vasil né para abrigar líquidos não ele tem que ter um material voltando ao material que não se que seja impermeável ele tem que guardar e manter o recipiente líquido dentro de uma determinada forma por quê Porque é uma formalidade ou seja H uma idealidade formal do que é um copo que estrutura Como aquela coisa vai ser no mundo né e portanto como ele vai ser e com que material ele é feito Quais materiais podem constituir aquela coisa para
que aquela coisa cumpra os requisitos formais da daquela ideia e também é uma causa eficiente ou seja o que provoca sua existência ou seja o que o que provoca a existência desse coro posso dizer que é o trabalho a necessidade do ser humano beber água Enfim uma série de coisas que provoca essa coisa existir de uma determinada maneira e não de outra e a causa final é o seu propósito Por que esse copo existe qual é a finalidade dele para eu abrigar um líquido água cerveja um vinho qualquer coisa que seja o copo serve para
isso na na já Santo Agostinho na Idade Média Você tem uma diferença disso porque essas essa causa eficiente principalmente a causa o propósito E a finalidade vai ser explicado por Deus e portanto a verdade sobre a essência das coisas vai est explicada pela Vontade Divina Então Deus ele é a essência do ser mas ao mesmo tempo ele é o em ato o puro ser porque ele é o único ser causa de si próprio que causa todas as coisas Ou seja a filosofia medieval e a filosofia antiga elas se preocuparam com o ser das coisas Ou
seja no mundo onde as relações humanas eram muito mais fixas rígidas as relações de pod eram rígidas as relações econômicas eram rígidas muitas das relações culturais também eram rígidas as coisas mudavam muito mais lentamente era fundamental conhecer o ser das coisas porque as coisas são assim porque tal coisa é assim e não assim porque o ser humano é assim e não assado porque as coisas funcionam de determinada forma e não de outra o que caracteriza essa coisa como eu conheço esse ser se as coisas mudam ainda que pouco mas elas mudam Por que mudam isso
Car cariza esse debate da filosofia pré-moderna a partir dessas respostas metafísicas porque a realidade do mundo vai ser vista ainda que de uma perspectiva racional Mas vai ser vista como algo que dificulta a gente compreender o ser das coisas porque a realidade ela é transitória enquanto ser para ser obviamente ele precisa cumprir uma função e aqui fundamental de identidade a ideia de conceito a ideia de categoria A ideia de explicar o se e as coisas como são tá ligadas a uma ideia de identidade se algo é é porque esse algo É do jeito que é
e portanto a igual a a porque ele cumpre o requisito de identidade ou seja essa metafísica pré-moderna ela Visa compreender o mundo numa relação o mundo e o ser das coisas e do ser humano da sociedade a partir de uma lógica da identidade toda a filosofia ela é permeada pela lógica da identidade pela razão para usar esse termo que as pessoas vão enlouquecer né para pela razão identitária e aí Alguns algumas características né dessa transição Histórica de um mundo mais rígido de um mundo mais fixo você tem para começar esse processo renascimento que junto com
o processo de mercantilismo florescimento de atividades culturais e não at toa o renascimento vai ter uma uma forte explosão em Florença na Itália que é uma cidade comercial uma cidade de pulão comercial muito grande então você vai ter nesse processo a redescoberta dos clássicos e a explosão do humanismo é importante notar que essa redescoberta dos clássicos ela só é possível porque diversos diversas escolas universidades bem escribas e pessoas que cuidaram de Escrituras escritos da Grécia antiga da Roma Antiga foram foram conservados principalmente por pessoas ali universidades no norte da África Porque a Europa estava passando
em boa parte da Europa Ali pela idade média então parte desse Renascimento é fundamentalmente existente por conta desse trabalho de preservação dos clássicos do do mundo mediterrânico ali Grécia Roma Antiga por conta de universidades pessoas ali no norte da África e etc Então isso é um primeiro passo importante né Essa Ideia de colocar o ser humano no centro do mundo e não mais uma atividade teológica e não mais a ideia e não mais o ser é claro que ainda muito permeado pela noção metafísica mas começa ver um giro que sai dessa entidade metafísica Ou seja
que sai da ideia de explicar o mundo e a sociedade por uma por questões metafísicas e passam pela questão do ser humano o ser humano se torna o centro do do pensamento depois vem a ideia da reforma protestante que altera significativamente muda significativamente a teologia tirando essa teologia católica trazendo uma outra concepção de relação da religião com o ser humano uma interpretação mais ligada não mais a sociedade como um todo as pessoas como um todo mas a a ideia de uma interpretação muito mais individual da própria da própria Experiência Religiosa tá muito cunhada agora na
ideia individual do ser humano a salvação por um como como uma expressão individual também isso é importante isso vem logo em seguida desse processo esse processo de reforma protestante vem logo em seguida do renascimento também e como talvez não como consequência direta mas influenciado E você tem também influenciado nesse processo como parte da desse mesmo processo histórico as revoluções científicas principalmente nas ciências que hoje a gente chama de ciências duras né Na matemática em especial na Física na Astrologia na Astrologia na astronomia Astrologia o pessoal vai dizer que os signos e não sei o que
não astronomia Gente pelo amor de Deus a matemática física astronomia e você vai ter também a ideia da do estudo do corpo que vem do renascimento enfim todo esse tipo de coisa e acompanhado com isso vem as revoluções burguesas e Revoluções Industriais nos séculos seguintes né você vai ter uma explosão tecnológica decorrente dessa revolução científica e da qual caracterítica fundamentalmente um processo também de rupturas na ciência culturas no modo de fazer de pensar o mundo no modo de pensar o ser humano no modo de pensar a realidade que é fundamental Então você vai ter por
ex o surgimento influenciado por exemplo por autores como Isaac Newton e autores ligados a por exemplo Maquiavel bacon autores ligados a essa revolução científica você vai ter dentro desse escopo surgimento de toda uma filosofia e de todo um conjunto de pensamento filosófico que não vai est mais diretamente ligado a a ciências duras diret mas que vai partir das reflexões das ciências duras para estruturar um pensamento filosófico Então você vai ter o racionalismo com decartes espinos Ou seja a ideia de que a razão é essa capacidade humana de aprender né a fonte primária do conhecimento a
razão então você tem um empirismo que vai dizer que não é bem a razão a razão ela não adianta de nada sozinha por si só você precisa ter uma experiência sensorial Com base no saber você vai ter por exemplo Lock Barley hum são mais céticos em relação ao poder da razão e vai falar por exemplo de como o o empírico é fundamental nesse processo de produção do conhecimento e você vai ter Kant juntando mais ou menos essas duas essas duas vertentes tentando salvar a razão das críticas muito Poderosas que o empirismo faz a capacidade da
Razão de dar conta de tudo então Kant vai fazer essa essa junção e Kant faz um processo que é fundamental que é o que muita gente vai chamar de virada copernicana na filosofia é quando define tivamente todo esse processo termina por fazer com que a filosofia saia de uma lógica muito mais ligada a um pensamento ontológico a produção de uma ontologia e Kant pensando muito mais e se você vê desde o racionalismo é isso né como a gente conhece as coisas então a filosofia Deixa de ser uma filosofia com questões muito mais ontológicas e passa
a ser uma questão muito mais epistemológica por quê Porque você tem um processo de desenvolvimento científico de mudanças muito brutais na ordem social muito brutais e muito velozes na ordem social que demanda uma explicação que como as coisas estão mudando tanto a questão do ser se perde diante de tantas mudanças e como é uma demanda muito brutal de desenvolvimento tecnológico desenvolvimento tecnológico que já vinha muito acelerado Então se trata de saber então como a gente estrutura a o conhecimento humano como a gente conhece as coisas como a gente conhece a realidade como a gente conhece
a sociedade como a gente produz conhecimento há uma virada em que sai do por assim dizer a questão do ser ou seja o ser estava no o ser enquanto objeto né O que é o ser do objeto o objeto enquanto ser sai do centro da reflexão filosófica ou seja de certa forma o filósofo na Idade Antiga na idade medieval ele tava ele estava periférico nessa relação do Saber de certa forma entre aspas tá gente porque quem detinha a primazia do conhecimento era o objeto afinal de contas a questão era o ser do objeto era o
objeto que que me informa Ava o que ele era eu tinha que encontrar mecanismos de dar conta de aprender o ser da coisa e isso é mudado por conta de uma série de questões que eu que enfim não cabe aprofundar aqui mas a gente tá tentando pontuar aqui por essa virada copernicana que Kant vai fazer que Kant termina né que Kant faz a sua virada final colocando o sujeito enquanto sujeito do conhecimento na primazia da produção do conhecimento portanto é o sujeito do conhecimento que constrói o objeto e não objeto que nos dá a essência
do seu ser é a gente que constrói o objeto idealmente e daí o termo idealismo né não é como se cante achasse que não existia uma realidade concreta que o copo fosse só uma projeção da minha ideia não é isso é nós enquanto seres do conhecimento nós produzimos o objeto enquanto objeto do conhecimento nós produzimos idealmente o objeto enquanto objeto idealizá-la surge a pergunta se é essa questão se eu construo o objeto enquanto objeto do conhecimento se trata de saber como eu construo esse objeto como objeto do conhecimento como eu conheço o objeto que eu
construí enquanto objeto do conhecimento a pergunta filosófica Então passa a ser uma pergunta epistemológica é a virada copernicana e a conclusão que a gente chega é que enquanto a filosofia pré-moderna estabelece essas bases metafísicas e epistemológicas né também Há questões epistemológicas na filosofia antiga mas essa questões epsom lógica tá submetida a um conjunto de questões ontológicas de caráter do ser então você tem por exemplo Aristóteles criando Aristóteles e também a filosofia medieval criando modelos para dar conta do ser da realidade de conhecer a realidade e conhecer a realidade significa entender a realidade como ela é
o ser da coisa no mundo em que as relações eram mais rígidas as relações de produção eras mais rígidas e as relações portanto econômicas políticas culturais sociais eram mais rígidas haviam mudanças isso era uma questão fundamental mas basicamente o mundo era muito mais lento as mudanças eram mais lentas as coisas estavam à nossa vista por mais tempo fazendo com que a gente se perguntasse porque uma coisa é assim porque esse mundo é assim porque o belo é Belo Antes de te contar o mundo não se amou quero te dizer minha vida por porque Deus é
Deus por exemplo na idade medieval e assim por diante a modernidade traz uma relação humana acelerada uma produção científica muito veloz um mundo muito mutável com tradições sociais muito mais Frenéticas fazendo com que as coisas tenham um estatuto de permanência muito mais difícil e muito mais questionável então a modernidade traz pra gente e a gente vai falar especificamente sobre a modernidade no próximo vídeo uma ideia de um pensamento onde a razão e o sujeito da Razão estão no centro do conhecimento e portanto não é mais o objeto que é Central na produção do conhecimento na
produção da realidade da captura da realidade é como eu enquanto sujeito do conhecimento construa a realidade como objeto do conhecimento e portanto há uma diferença fundamental tal enquanto na filosofia pré-moderna seja na sua versão antiga e medieval que tem muitas diferenças os o objeto nos informava o que deveria ser conhecido nele e a partir disso você desenvolvi uma lógica uma epistem né no sentido de um conjunto de normativas para conhecer algo cuja determinação é dada pelo próprio objeto porque é o ser do objeto que existe como é independente de como eu o perceba Independente de
sua transformações independente das suas oscilações que vai delimitar como eu devo conhecer o objeto na modernidade não como tudo está mudando não há um objeto rígido fixo uma essência absoluta Mas se a questão da Essência permanece na modernidade e permanece ela permanece sobre outra forma permanece sobre a sobre o horizonte epistemológico de a gente pensar como eu como sujeito do conhecimento construo um objeto do conhecimento e portanto a questão Horizonte fonte da questão é epistemológica a relação entre o objeto e a formulação para esse objeto enquanto identidade esse objeto É isso que me permite de
afirmar que algo é alguma coisa muda drasticamente na realidade e a gente vai ver no próximo vídeo quando a gente adentrar na filosofia moderna valeu e até o próximo vídeo
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