VOCÊ É O QUE VOCÊ VÊ - Luciano Subirá

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Luciano Subirá
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Amém! Vamos passar ao Ministério da Palavra, e o texto que será a nossa referência, o nosso debate, está no livro de Números, no capítulo 13 e no versículo 33. Números, capítulo 13, versículo 33. Esse é um assunto que tem me impactado muito desde a minha adolescência e juventude. Acredito, né, que uma das primeiras mensagens que eu preguei na minha vida, lá no início do ministério, foi relacionada a esse tema que eu quero compartilhar com vocês hoje, que eu entendo de Deus que devo compartilhar com vocês hoje. Números, capítulo 13, versículo 33. Você pode depois
deixar aberto esse capítulo. Pode ser que a gente consulte aqui mais ciclos, mas para resumir e dar o foco, eu quero ler a princípio 33. O texto diz assim: "Também vi os gigantes, e os filhos de Anaque são descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos olhos deles." Vou repetir a frase final aqui: "Aos nossos próprios olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos olhos deles." Quem são as pessoas que estão fazendo essa declaração? Dez dos doze espiãs enviados por Moisés para a terra de Canaã, para observar,
espiar a terra de Canaã e trazer o relato de como era a terra, de como era o povo. É que estão fazendo essa declaração. A exceção dos doze enviados são Josué e Calebe, dois que tiveram um posicionamento e um relatório completamente diferente. Neste mês, temos enfatizado tanto o sobrenatural. Eu quero chamar a sua atenção para um aspecto que parece ser um pouco mais simples do que a maioria imagina. Muitas vezes, nós nos focamos demais em entrar nesse lugar do sobrenatural e das intervenções de Deus e não percebemos que processos são simples e eles chegam quase
que a se confundir como se fossem processos naturais. E um deles, acreditem, tem muito a ver com a forma como nós nos vemos. O tema da minha mensagem hoje é: "Você é o que você vê". A maneira como nós nos vemos determina também aquilo que nós recebemos. Quando eles estão dizendo que se viram como gafanhotos, não quer dizer que eles imaginavam literalmente como gafanhotos, mas estavam dizendo: "Nós não somos nada diante desse gigante. Nós não podemos, nós não conseguimos, não há nenhuma probabilidade de reverter ou mudar essa situação. Nós seremos esmagados, devorados por eles." Aliás,
o posicionamento de Josué e Calebe, no capítulo 14, a partir do versículo 6, é justamente o contrário. Diz: "Não ao centro", e eles falam do gigante. A sua defesa é: "O Senhor é conosco, nós podemos consumi-los como pão." Enquanto os dez espiãs se viam como pessoas que seriam consumidas, derrotadas, Josué e Calebe estão dizendo: "Não, nós somos os conquistadores, nós somos os vencedores. O Senhor está conosco!" E percebemos que esses dois se viram de uma forma completamente diferente. Resultado: Josué e Calebe foram os únicos de uma geração inteira a entrar naquela terra, o lugar da
promessa de Deus. Vamos considerar algumas coisas: Todo mundo tinha o mesmo Deus, todos tinham a mesma promessa ali em Israel em relação à terra prometida. Todos estavam diante dos mesmos obstáculos, desafios que eram gigantes. Mas só dois entraram. Por que esses dois entraram e o resto de uma geração não entrou? A Bíblia também nos informa isso. Em Hebreus, no capítulo 3, versículo 19, falando da geração que não entrou em Canaã, a Bíblia diz: "Vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade." Por outro lado, percebemos que esses dois se viram de forma correta. Isso
nos ajuda a entender o que a fé tem a ver com a visão. A fé nos dá uma visão, não apenas a respeito de Deus, mas também baseada na sua palavra, nas suas promessas. Nós precisamos aprender a visualizar a concretização, a materialização da promessa. Precisamos aprender a visualizar as verdades espirituais de tal forma que uma grande convicção se forme dentro de nós e nos leve a andar baseados não nessa constância, mas nessa fé. O livro de Hebreus também diz, no capítulo 11, verso 27, que Moisés ficou firme como quem vê o invisível. A fé tem
a sua própria visão; ela muitas vezes ignora aquilo que os olhos naturais estão vendo, porque ela está cheia de uma outra visão promovida por Deus e pela sua palavra. Mas, muitas vezes, nós pensamos que aqueles que ficaram de fora foi por incredulidade. A incredulidade é apenas uma ausência de fé. A pessoa que está naquele estado de incredulidade está sendo privada do melhor de Deus. Não é que não tem nenhum tipo de fé, mas precisamos entender que muitas vezes essas pessoas não têm uma crença correta. Se não estão crendo em Deus e na sua palavra, se
não estão vendo de forma correta, é lógico que os olhos de Deus não se movem em incredulidade. Mas muitas vezes isso é baseado em uma crença errada. Hoje em dia tornou-se muito comum o uso da palavra "crenças limitadoras", e se fala muito no ambiente de mentoria, né? Mas nós precisamos entender que, muito antes de as pessoas descobrirem essas frases e observarem o impacto disso através de análise de comportamento, a palavra de Deus já nos adverte. Aliás, gosto de dizer que o entendimento errado vai te levar a uma crença errada, e a crença errada vai te
levar ao lugar, ao destino errado. Por outro lado, o entendimento correto, como o da palavra de Deus, vai nos levar a uma crença correta, que, por sua vez, nos levará ao lugar correto, ao destino correto, que é o lugar do cumprimento das palavras de Deus. E quando falamos de crenças limitadoras, aqui produzindo ainda o assunto, eu me lembro de um episódio: quando eu ainda era adolescente, no bairro perto de casa, eu me lembro de um grande terreno baldio que... Repente, foi ocupado por um circo, e eu estou passando na frente daquele circo. Eu percebi, né?
Apesar de não ser o momento de apresentação deles, eu percebi um enorme elefante que estava preso numa corrente, a corrente presa no chão. Uma música tocava, ele estava dançando, e aquilo me chamou a atenção, porque cada vez que a música tocava, eu estava condicionado a todo treinamento. Mas outra coisa que me chamou a atenção foi percebê-lo preso por aquela corrente. Eu fiquei pensando: “Um elefante enorme desse, que tem o poder de, com a tromba, arrancar árvores com raízes profundas, né? Que se fizer força na parede de uma casa, consegue derrubá-la, está preso numa corrente dessa?”
Eu fiquei me perguntando como isso é possível, com toda a força que esse animal tem. Em outro momento, conversando com uma outra pessoa, com um amigo, ele me contou uma história e disse: “Olha, em relação a essa questão dos elefantes, o que se diz é que, principalmente na sua condição, capturados, normalmente eles são presos quando ainda filhotes. E, quando ainda filhotes, eles são amarrados não por uma corrente, mas por uma corda. Essa corda fica presa numa estaca de madeira fincada no chão de terra. Mas, como ele ainda é um filhote, ele não tem força para
escapar. Ele tenta, tenta, até que ele desiste. De alguma forma, o elefante acaba assimilando uma imagem interior de que esse fio que prende a minha pata não pode ser rompido. E, à medida que ele cresce, ele agora tem força para arrebentar a corda, a estaca, para arrancá-la do chão ou mesmo, depois, nos grandes centros urbanos pelo mundo, como esse que eu vi, né? Quebrar aquela corrente. Mas ele está limitado por uma visão interior que foi assimilada. É bom, eu não quero discutir a psicologia dos elefantes; o fato é que isso tem sido visto ao longo
do tempo, ao longo da história e pelo mundo. Eu quero usar isso apenas como uma ilustração da ideia que apresentamos: os princípios bíblicos que regem a nossa vida. Eu quero começar, em primeiro lugar, destacando que quero classificar aqui o poder de uma autoimagem. Muitas pessoas, às vezes ouvindo a pregação do evangelho, percebo que alguns têm uma resistência enorme quando usamos termos como esse. Falei anteriormente de crenças limitadoras, agora de autoimagem, e alguns, no momento, têm uma resistência quando ouvem algumas expressões da psicologia, como autoimagem. É verdade que, por um lado, até eu me incomodo de
perceber, às vezes, né? Eu não quero generalizar, mas em alguns casos há uma psicologização exagerada, né, quando se trata da comunicação do evangelho. Mas, por outro lado, se queremos ter bom senso, nós não podemos simplesmente, à luz da palavra de Deus, jogar fora a constatação de algumas ciências. Então, a psicologia se baseia na observação do comportamento humano para simplificar, né? E falar isso numa linguagem bem leve. E, à medida que vão observando, eles reconhecem que determinados comportamentos e reações se repetem ao longo da história, em qualquer lugar e com qualquer tipo de pessoa, independente de
onde mora, raça ou cultura. Então, eles simplesmente vão fazendo essas análises, chegando a algumas conclusões. E aí temos alguns crentes que às vezes vão para aquele radicalismo de dizer: “Não, isso não é algo bíblico, isso é algo do mundo, nós não podemos aceitar.” Eu me pergunto: quando se trata da lei da gravidade, um crente fica olhando e dizendo: “Isso é coisa do mundo, isso é secular”? É claro que não, porque a própria Bíblia reconhece a lei. Não usa esse nome, assim como você não vai ver a Bíblia usando a expressão autoimagem. Não vai falar de
lei da gravidade, mas, na Bíblia, pessoas e coisas caem. Deus estabeleceu algumas regras e cuidados a respeito disso. E nós percebemos, na tentação de Jesus lá no deserto, que o próprio diabo o induz a querer se jogar do pináculo do templo, alegando que os anjos iriam segurá-lo, usando uma promessa. E Jesus, funcionando, diz: “Não tentarás o Senhor teu Deus.” Ele estava dizendo: “O próprio criador estabeleceu a lei da gravidade não para que a gente brinque com ela, mas para que a gente a reconheça.” Então, nós podemos falar a respeito, né, de outros assuntos, como semeadura
e ceifa, por exemplo. Não é um assunto só da agronomia; a Bíblia fala sobre isso, tanto no literal quanto no aspecto espiritual. Quando estava prestes a operar meu joelho, lembro que mandei uma mensagem para o ortopedista que me operou, um cristão, um amigo querido. Eu mandei para ele um texto que eu nunca tinha reparado na Bíblia, mas por aqueles dias me chamou a atenção que Ezequiel 30:21 Deus diz assim: “Filho do homem, eu quebrei o braço do faraó, rei do Egito, e eis que não foi atado para que seja tratado com remédios, nem posto numa
tala para tornar-se forte o bastante para empunhar a espada.” Deus está dando apenas um exemplo, mas nesse exemplo os pais percebem os procedimentos médicos daquela época. A antiguidade, o Egito é conhecido pelos seus procedimentos médicos desde a antiguidade, considerados, para a época, avançados. Deus está falando de um braço quebrado que tem que ser atado, tratado com remédio, precisa de uma tábua, né, e de todo um processo para tornar-se forte o bastante, porque o propósito da recuperação não é apenas garantir que o osso cicatrize no lugar certo e não de forma torta, mas que ele possa
depois se recuperar plenamente e tornar-se forte. Agora eu fico imaginando, com o radicalismo que alguns crentes têm com expressões da psicologia, se eles agem da mesma forma com relação a todas as outras ciências. Não, não posso fazer. É uma... Cirurgia como essa porque a Bíblia não fala sobre ortopedia? Na verdade, fala, né? E nós precisamos, de fato, ter apenas um pouquinho de equilíbrio. Não gosto quando as pessoas tentam adaptar a palavra de Deus à psicologia, mas quando a psicologia está reconhecendo princípios milenares que a palavra de Deus sustenta, é lógico que nós podemos simplesmente reconhecer
essa combinação. Então, espero que isso te ajude a não ter resistência, porque o que eu quero falar não é que psicólogos não têm conhecimento profundo da área. O que eu quero compartilhar aqui é a palavra de Deus. Então, vamos ver o que a Bíblia diz a respeito do poder de uma autoimagem, da forma como nós nos vemos. O que percebemos desde o versículo inicial é que, no momento crucial da nação de Israel, aqueles dez espiãs que vêm da forma errada, que se viram como gafanhotos, né, não puderam viver, experimentar e desfrutar aquilo que Deus disponibilizava.
Outros dois, que se viam de forma correta — e daqui a pouco vou falar melhor sobre o que é se ver da forma correta em Deus, né? —, puderam entrar nesse lugar do cumprimento da promessa do próprio Deus. Então, o que precisamos entender quando falamos a respeito do poder de uma autoimagem são declarações como, por exemplo, Provérbios 27:19. Eu vou ler em algumas versões diferentes. Vou começar primeiro na Nova Almeida Atualizada, que diz: "Como a água reflete o rosto, assim o coração reflete o que a pessoa é." Quando ele usa a expressão "a água reflete
o rosto", está falando de uma época em que a maioria das pessoas não tinha espelho, e os poucos que tinham condições, né, tinham espelhos feitos de bronze, batido e polido. E o reflexo, apesar da pessoa poder ter algo em casa, o reflexo não era assim tão perfeito. Então, a maioria das pessoas tinha um único espelho: era olhar na água o reflexo do próprio rosto. Então, a Bíblia está dizendo: "Como a água reflete o rosto, assim o coração reflete o que a pessoa é." E por isso, na Nova Tradução da Linguagem de Hoje: "Assim como a
água reflete o rosto da gente, o coração mostra o que a pessoa é." E agora, na NVI, Nova Versão Internacional: "Assim como a água reflete o rosto, o coração reflete quem nós somos." Estou fazendo questão de apresentar, né, traduções e versões diferentes do que, todas com palavras distintas, vão dizer exatamente a mesma coisa. O que a palavra de Deus está apresentando aqui é o seguinte: ao olhar a imagem refletida na água, estou vendo uma réplica exata de qual é o meu rosto. E a Bíblia está dizendo que o meu coração é uma réplica exata de
quem eu sou, o que significa que aquilo que afeta o meu coração afeta a minha identidade, afeta a minha forma de viver. Provavelmente, seja por isso que em Provérbios, no capítulo 4, versículo 23, a Escritura Sagrada diz: "Acima de tudo que se deve guardar, guarde o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida." Alguém disse: "Se você quiser macular o rio, você não precisa se preocupar em correr, né, toda a extensão do rio tentando sujar todo o leito do rio; basta apenas contaminar a fonte, o manancial, a origem dele, e todo o restante terá
sido contaminado." Estou dizendo isso porque, né, se há um lugar que afeta todas as áreas da nossa vida, é o coração. Ele é esse manancial, ele é um lugar onde a palavra de Deus está dizendo: "Acima de tudo que se deve guardar, não é a única coisa." Somos orientados a guardar muita coisa; o livro de Apocalipse diz: "Guarda o que tens, para que ninguém tome o que é teu." Nós precisamos ter a responsabilidade de cuidar de coisas preciosas. Mas, amigo, está dizendo que de tudo que você tem guardar, tem uma coisa que você tem que
preocupar mais do que as outras: "Guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida." Devo estar falando de guardar o coração apenas no sentido de não ter emoções ruins. Nós precisamos entender que isso começa a partir das nossas crenças, a partir das nossas convicções, porque aquilo que afeta o coração acaba nos definindo. E algumas dessas coisas que entram no coração, sejam sentimentos ou crenças, elas entram de que forma? Através de imagens e percepções que nós vamos ter, não só de pessoas, mas de circunstâncias e de acontecimentos. Provérbios ainda diz, no capítulo 23, versículo
7: "Porque assim como imagina em sua alma, assim ele é." A Bíblia está dizendo que assim como uma pessoa imagina, assim como ela visualiza, ela é. Aquilo que vemos define aquilo que nós nos tornamos. Ou, como eu disse inicialmente, dando o tema da mensagem: você é aquilo que você vê. A palavra de Deus nos mostra essa verdade: quem somos ou quem seremos ao longo da caminhada. Seremos gente que simplesmente se vê como gafanhoto e não avança para o lugar do cumprimento da palavra de Deus, ou seremos gente como Josué e Calebe, que, porque conseguem visualizar
a materialização da promessa divina, não lhes faltou a segurança: "O Senhor está conosco, nós vamos conquistá-los." Nós precisamos entender a importância do tipo de visão que criamos. Bom, definido aqui o poder de uma autoimagem a partir da própria palavra de Deus, eu também quero destacar o seguinte, né? Em segundo lugar, quero trabalhar a ideia de que não podemos ir a extremos. Mas antes mesmo de explorar isso melhor, a pergunta a ser feita é: como corrigir uma autoimagem errada? E a resposta para mim é uma só: pelas Escrituras Sagradas, pela palavra de Deus, pela Bíblia. Porque
a conceitos positivos sobre autoimagem que não são necessariamente bíblicos, pelo contrário, muitos são antibíblicos. Um exemplo disso é o humanismo que destaca que o homem é bom. Você pode, você consegue, mas tudo focado no homem e na habilidade humana. Nós não queremos isso. Quando vemos Josué e Calebe se destacando, eles não dizem: “Apenas não, nós não somos capazes.” Roto. E nós somos bons para caramba! Não é esse o discurso. Ele diz acerca dos gigantes: "A sua segurança mesmo diante dos gigantes". Aí eles diziam: "O Senhor está conosco; nós vamos ter (vitória)". Ou seja, a forma
como ele se vê é a forma como eu e você deveríamos nos ver em Deus. Daqui a pouco eu vou falar um pouco melhor a respeito dessa forma correta de se ver em Deus, mas primeiro eu queria tentar consertar aqui alguns conceitos. Eu vejo pessoas que transitam entre os extremos, né? Quando falamos de autoimagem, é transição nos polos, nos extremos. Percebo alguns que têm uma autoimagem péssima, negativa: "Eu sou só um gafanhoto; eu não sou nada; eu não sou ninguém." Mas, às vezes, eles justificam esse discurso em nome da humildade. E, muitas vezes, como pastor,
eu vejo a reação das pessoas quando estamos encorajando: "Vamos trabalhar, vamos falar de Jesus, vamos evangelizar, vamos ganhar uma alma para o Senhor, vamos ajudar a cuidar delas por meio do discipulado", né? Encorajando alguns para liderarem célula. Nós trabalhamos aqui com grupos pequenos nas casas e, às vezes, alguns falam: "Não, pastor, eu não posso; eu não consigo; eu não..." Mas, diferente de alguns que estão apenas falando: "Olha, eu sou só limitado”, alguns ainda querem mascarar esse discurso com uma imagem de humildade. Eu percebo que eles estão extremamente equivocados a respeito da humildade, porque na cabeça
de muita gente, o conceito de humildade virou auto-depreciação. Então, parece que quanto mais eu me depreciar, quanto mais eu me diminuir, né? Quanto mais eu desfaço de mim mesmo, mais humilde eu sou. Olha, seguindo essa linha de pensamento, e eu quero te mostrar que a maioria de nós diria o que o outro pensa nisso. Nenhum de nós aceitaria uma pessoa dizendo que é humilde. Se alguém se posicionasse diante de nós e falasse: “Olha, vou te dizer uma coisa, eu sou humilde”, a gente ia pensar: "Não é, porque está falando que é." Agora, se isso fosse
verdade, quem é humilde não pode dizer que é humilde. Aí nós temos um conflito enorme com a declaração do próprio Senhor Jesus. Porque Jesus não apenas se chamou de humilde, mas Ele diz: "Aprenda de mim que sou manso e humilde de coração." Ele estava dizendo: "Eu não só sou humilde, mas eu sou a sua referência de humildade." Este nosso conceito estiver certo, e não está, então Jesus é que estaria errado. E nós sabemos que Ele não está errado. Porque se ser humilde é se depreciar, né? E a pessoa não pode nem dizer que é, se
assustaria, estaria falhando nisso. Há uma frase do grande escritor C.S. Lewis que diz o seguinte: "Humildade não é pensar menos de si mesmo, é pensar em si mesmo menos." Qual a diferença? A diferença é que você não se diminui, né? Você não se rebaixa. Você não se deprecia; você apenas sai do centro. E, nesse sentido, nós olhamos para o exemplo de humildade de Jesus e percebemos o quanto essa frase é verdadeira. Porque Jesus se coloca em público e diz: "Eu só falo aquilo que meu Pai fala; eu só faço aquilo que eu vejo meu Pai
fazer." O tempo todo, Jesus sai do centro, no sentido de dizer: "Não sou apenas eu, não é de mim mesmo, mas é aquilo que eu recebo do Pai." Aliás, a Bíblia diz que Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele o tempo todo. O reconhecimento e a glória são transmitidos ao Pai que o capacitava pelo poder do Espírito Santo. Mas no primeiro sermão público de Jesus, Ele se levanta na sua
cidade, Nazaré, lê o livro do Profeta Isaías, que diz que "o Espírito do Senhor está sobre mim porque me ungiu para curar", né? Para libertar, para proclamar. E Ele simplesmente se levanta e diz: "Hoje se cumpriu essa palavra." No primeiro sermão público, Ele se põe diante das pessoas e diz: "Eu sou o cara que tem a solução para as suas necessidades." Mas, obviamente, Ele não está dizendo: "Eu sou de mim mesmo." Ele está dizendo: "Eu fui ungido por Deus; eu fui habilitado e capacitado." Nós precisamos entender a importância de não ir a extremos. Não confunda
humildade com inferioridade. Muita gente tem confundido humildade com inferioridade, com mediocridade, com auto-depreciação. E isso não são coisas necessariamente compatíveis. Não nessa lógica, não nessa perspectiva. Eu falei na semana passada que esse posicionamento diante de Deus, dizendo "Eu não posso; eu não consigo", dei os exemplos de Moisés em Êxodo 4 e de Jeremias, em Jeremias 1, que são atitudes que irritam a Deus e que Deus censura. Nós precisamos nos ver de forma correta, e isso significa não ir para o terreno da inferioridade. Paulo sabia distinguir quem ele era sozinho, antes da conversão: "Eu persegui a
igreja de Deus", e quem ele era depois da conversão: "Mais pela graça de Deus trabalhei mais do que todos os apóstolos." Ele menciona que nem era digno de estar entre eles. Então, precisamos entender que a definição de quem nós somos precisa ser turbinada pela graça de Deus, pela revelação de quem Deus é. Mas percebo também que há pessoas que saem de um extremo, que é a inferioridade, que é uma forma errada de se ver, e vão para outro extremo, que é o senso de autoestima exagerado... De superioridade, o orgulho, que também é uma autoimagem errada,
é uma forma errada de se ver. Acredito que é justamente por isso que a palavra de Deus nos diz em Romanos, no capítulo 12, no versículo 3, o seguinte: "Por quê? É pela graça que me foi dada que digo a cada um de vocês que não pense de si mesmo além do que convém; pelo contrário, pense com moderação, segundo a medida de fé que Deus repartiu com cada um." Eu gastei dois capítulos inteiros no meu livro "Revelação: O Caminho para a Realização" para falar, né, desses extremos: não pensar aquém do que convém (inferioridade) e não
pensar além do que convém (superioridade). Quando Ele fala de moderação, existe um ponto de equilíbrio. Onde está o ponto de equilíbrio? Ele disse que nós temos que pensar de nós mesmos com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu com cada um de nós. E daqui a pouco eu vou mexer nesse assunto. Como a fé vem? A fé vem por ouvir a palavra de Deus. Portanto, quem define é aquilo que precisamos pensar a respeito de nós mesmos: é a revelação da palavra de Deus e, talvez em questões muito pessoais, o direcionamento do Espírito Santo
com uma palavra muito pessoal. Nós precisamos entender exatamente o que somos, porque se tem gente que não faz nem o mínimo que deveria, que foi chamada a fazer, porque se vê como inferior, tem gente tentando ser e fazer mais do que deveria, o que se vê de forma errada. Alguns exemplos bíblicos: vamos lá em Apocalipse, no capítulo 2, no versículo 2. O Senhor se dirige ao anjo mensageiro da igreja de Éfeso e Ele começa de cara dizendo o seguinte: "Sei que você não pode suportar os maus e que pôs à prova os que se declaram
apóstolos e não são, e descobriu que são mentirosos." O que Deus está dizendo? Você colocou à prova gente que está dizendo que é apóstolo sem ser. A pergunta é: por que alguém diria que é apóstolo sem ser? Em primeiro lugar, se os crentes daquela época, do início da igreja, acreditassem, só havia doze apóstolos do Cordeiro e mais nenhum. Não tinha como colocar à prova nenhum outro diferente dos doze. Falando isso, é lógico. O ministério apostólico era abrangente. Além dos doze apóstolos do Cordeiro, incluindo, né, Matias, o substituto de Judas, nós temos outros que são chamados
de apóstolos: Paulo, Barnabé, vários outros no Novo Testamento. Então, eu reconheço que haviam muitos ministérios que se classificavam como apóstolos. O problema é que alguns foram levantados por Deus para ser apóstolos, e outros apenas achavam que era o lugar que deveriam ocupar. Agora, Deus está dizendo: você colocou eles à prova e os achou mentirosos. Em outras palavras, Ele está dizendo: "Nem eu reconheço eles como apóstolos. Deus fazendo. Não fui eu que estabeleci; foram eles que quiseram se reconhecer como tal." E como alguém chega a esse ponto? Porque simplesmente disse o que não devia, pensou de
si aquilo que Deus não definiu. Em 2 Coríntios, no capítulo 10, no versículo 13, eu vejo o cuidado do apóstolo Paulo em relação ao exercício do seu ministério, que é a iência, na verdade. O comentário que ele faz aos coríntios, 2 Coríntios 10:13, diz assim: "Nós, porém, não nos gloriaremos além da medida, mas respeitamos o limite da esfera de ação que Deus nos deu, que se estende até vocês." Ele está dizendo: "Existem alguns limites a serem respeitados. Um deles é a esfera de ação que Deus fez." No caso, Paulo está dizendo: "No caso de vocês,
vocês estão dentro da esfera de ação. Deus nos enviou até vocês; vocês são parte do campo de trabalho." Mas pode estar dizendo o seguinte: "Que Deus não queria em todos os lugares." Nós precisamos entender que, mesmo chamados para o ministério, envolvem determinados limites. Alguns estabelecem um limite muito cedo, onde nem Deus colocou, mas outros extrapolam os limites que o próprio Deus estabeleceu. Portanto, quando a gente fala a respeito de uma autoimagem correta, não é apenas você melhorar a maneira de se ver. Alguns, turbinados por outro pensamento, por incentivo de pessoas, por aquilo que não procede
de Deus, passaram a acreditar que eram o que não eram. Então, nós precisamos ter esse cuidado. E como nós conseguimos viver nesse lugar de cuidado? Aqui eu quero terminar falando, né, a respeito da palavra de Deus e do que ela declara a nosso respeito. Mencionei anteriormente que, assim como a água reflete a imagem do rosto, o nosso coração reflete quem nós somos. E o nosso coração tem que ser cheio da palavra de Deus, a fonte e o manancial. O primeiro versículo da Bíblia que minha mãe me fez decorar quando eu tinha 4 anos de idade
foi: "Escondi a Tua palavra no meu coração para não pecar contra Ti." Porque quando você afeta o coração, a fonte da vida, isso vai afetar completamente aquilo que você é e aquilo que você faz. E esse depósito da palavra não apenas nos ajuda a não pecar, mas nos ajuda a nos enxergar de forma correta. Eu acredito que eu e você precisamos compreender isso. Eu quero ler um texto em Tiago, Tiago, capítulo 1, versículos 22 até 25. O texto sagrado diz assim: "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos." Há um
relacionamento com a palavra de Deus onde nós podemos nos enganar. Tem gente que nem ouvir a palavra está, totalmente enganada. Tem gente que ouve e não pratica, ainda está no nível de engano. Ele continua e diz o seguinte: "Porque se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla no espelho o seu rosto natural; pois, assim que se retira, para logo se esquece de como era a sua aparência." Atenção! Atentamente na lei perfeita, a lei da liberdade, nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante. Esse era bem-aventurado no que realizar.
Eu já compartilhei aqui antes que quando criança, às vezes eu esquecia a imagem do meu rosto. Me dava um desespero! Eu tinha que olhar no espelho, em um vidro, em algum lugar que tivesse um reflexo e, de repente, lembrava. E assim mesmo eu brinco, né? Que talvez esse exemplo acabe mais para os homens do que para as mulheres, que gastam mais tempo na frente do espelho. Mas isso, embora tenha acontecido com mais frequência na infância, eu já percebi, né? É mesmo depois da fase adulta. Outros exemplos: me lembro de uma ocasião em que nossos pastores,
aqui no presbitério da igreja, fizemos um voto de consagração. No início, decidimos, né, todo mundo raspar cabelo e barba. E eu lembro que, cada vez que eu passava na frente do espelho e via a imagem nova, que não dizia com a lembrança da antiga, eu tinha na memória o susto que eu levava, né? Eu mesmo não ficava tentando conciliar aquilo. Ele está pegando um exemplo de uma época em que as pessoas não se olhavam todo dia no espelho. E ele, o que olha no espelho, contemplou o rosto natural, mas depois não lembra mais, ou seja,
perdeu o impacto e a influência que aquilo poderia ter. Isso é o que fala de um relacionamento superficial com a Palavra e, para mim, define a vida de muitos crentes. Porque tem gente que, quando está ali ouvindo a Palavra ministrada no domingo, compartilhando numa célula uma ministração, de repente, começa a acender dentro dele. Ele diz: "Realmente, Deus, eu sou, eu posso, eu tenho, eu consigo", e a fé começa a ser fomentada dentro dele, mas por conta de um relacionamento superficial com a Palavra. Daqui a pouco, ele já não lembra daquilo que ele viu. Ou seja,
esse tipo de gente até tem alguns lampejos, né? Alguns vislumbres daquilo que estão em Deus, mas, porque o relacionamento com a Palavra é superficial, aquilo da forma como vem desaparece. Só há um único remédio para que, de fato, possamos enxergar a nossa verdadeira identidade: é um relacionamento sério, profundo e contínuo com a Palavra de Deus. À medida que começamos, vamos entender, né? O que a Palavra de Deus diz a nosso respeito e isso muda completamente o conceito que nós temos a respeito de nós mesmos. Como uma pessoa pode olhar para si e pensar: "Eu não
sou nada, eu não sou ninguém, eu não tenho valor?" Servindo a Deus e declarando que a Palavra de Deus é a verdade, como não tem valor? Romanos, capítulo 8, versículo 32, diz que se Deus não poupou nem mesmo a seu próprio Filho, antes o entregou por amor de nós, que é o que ele tinha de melhor, como não nos dará juntamente em Cristo todas as coisas? A Bíblia está dizendo, crente, que Deus te ama, deu o que tinha de melhor e está disposto a fazer qualquer loucura por você. Como você não tem valor? Muitas vezes,
esse tipo de crença limitadora provém de uma autoimagem errada e da falta de entendimento bíblico. "Não, pastor, é que a sua história é diferente, eu fui rejeitado pelos meus pais." Davi declara no Salmo 27:10: "Ainda que o meu pai e a minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá." Quem tem o seu valor diante de Deus sabe que, mesmo que as pessoas à sua volta não reconheçam seu valor, isso não muda a forma como ele enxerga o seu próprio valor aos olhos do Criador. Nós precisamos de um relacionamento com a Palavra que nos ajude a
compreender quem, de fato, nós somos. E, de tal forma, esse relacionamento com a Palavra aconteça com seriedade, continuidade e profundidade, né? Com a coerência de dizermos que a Palavra de Deus diz. A gente não apenas ouve, a gente faz, a gente cumpre esse propósito. Isso vai fortalecendo essa convicção e ela não será roubada de nós. A Palavra de Deus diz, no livro de Amós, no capítulo 3, versículo 3: "Como andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" Como eu posso imaginar que posso caminhar com Deus e Ele fala algo a respeito de mim, mas eu
não concordo com Ele? Eu não acredito nele, eu não acho que Ele está certo e eu penso outra coisa a respeito de mim? Não faz o menor sentido eu tentar caminhar dessa forma e dessa maneira. Agora, observe quando a Palavra de Deus diz sobre pensar de forma moderada, de acordo com a medida da fé. Eu quero lembrar o que é que define a medida da fé. Romanos 10:17 diz que a fé vem por ouvir e ouvir a Palavra de Deus. Essa moderação de não pensar mais ou de não pensar menos sobre nós, corretamente, é produzida
pela Palavra de Deus. É diferente de ficar como humaninhos tentando dizer "Você é bom." Este mesmo evangelho diz: "Não, o homem é ruim, o homem é pecador, o homem é falho e imperfeito. Mas, por causa da manifestação da graça de Deus, por causa das promessas que recebeu, por causa da ação do Espírito Santo, o homem pode viver num lugar diferente." Nós estamos vivendo um tempo em que o evangelho está se tornando antropocêntrico. O homem se torna cada vez mais o centro, e nós precisamos voltar a esse lugar de um evangelho como era desde o início,
cristocêntrico. Agora, Paulo diz "Cristo em nós", o tempo todo, "em Cristo", "nele", "com Ele". E esse é o fator, né? Esse é o diferencial: nós nos vemos em Deus. Na semana passada, no domingo passado, eu falei aqui de João 13:10, quando Deus diz ao fraco: "Eu sou forte." Deus não está dizendo "Você não é fraco." É forte, Deus. Trazendo você, é fraco mesmo. Ah, tá chamando e classificando de prato, digo fraco, porque, em outras palavras, Ele está dizendo: "É isso que você é sozinho." Mas quando Ele diz: "O fraco, eu sou forte", Deus está dizendo:
"Muda o seu discurso, porque você não está mais confinado à sua própria limitação." O verso anterior fala: "Proclame guerra santa, suscitem, despertem os valentes." Deus está falando de arregimentar soldados para a guerra. Deus está dizendo: "A partir do momento em que você, fraco, é alistado no meu exército, você não vai mais lutar sozinho. Não é a sua luta; agora você vai lutar com a minha força." Então, mude seu discurso, porque agora você está andando comigo. É a respeito disso que estamos falando. Não tento exaltar aqui habilidades ou capacidades humanas, o que, apesar de Deus, desde
o início da criação, ter colocado em nós um bom depósito, não há como negar o estrago, né, que o pecado fez e as nossas limitações. Mas há um lugar onde eu e você podemos entrar, onde nos vemos em Deus. Eu quero caminhar aqui para a conclusão, falando a respeito da história de James Aggrey, político e educador de Gana, um país da África ocidental, que teve uma grande contribuição no processo que os levou à independência. É uma história que ele contou em uma reunião de lideranças populares em 1925, para inspirá-los a se deixarem ver como fracos
e inferiores, um pensamento que, principalmente a dominação dos brancos no continente africano, tinha tentado produzir por muito tempo. Para ajudá-los nessa reforma, nessa mudança de pensamento, ele contou uma parábola, uma ilustração, e disse que o camponês achou um filhote de águia e acabou criando-a no galinheiro. Anos depois, apareceu um naturalista e começou a discutir, né, com aquele camponês. Ele disse: "Isso é uma águia, isso não é uma galinha." O camponês diz: "Não! Eu a encontrei; ela se tornou uma galinha." O naturalista bate o pé, tentando provar que não, que ele está errado, porque o camponês
está dizendo que ela deixou de ser águia há muito tempo. Ele pega aquela águia e a joga para cima, tentando ver a reação dela, se voaria, e ela simplesmente bate as asas para aterrizar como uma galinha. Ele sobe no alto do celeiro, repete o gesto, e a águia repete também o gesto, agindo como uma galinha. Mas, nessa história, diz que ele não desistiu, e esse naturalista subiu no alto da montanha, chegou no penhasco, fez com que ela olhasse para o sol e disse: "Você é uma águia, não é galinha", e jogou-a daquela grande altura. Então,
ela se debateu no início, querendo aterrisar, e provavelmente, por conta da altura, o instinto foi provocado e ela começou a voar. Ele conta essa história para concluir, dizendo: "Nós somos criados à imagem e semelhança de Deus, mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. Muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas, mas nós somos águias. Abramos as asas, voemos como as águias." Jamais precisamos tentar com os grãos que nos jogam aos pés para ciscar. E, obviamente, reconhecemos o valor daquilo que Ele fez no plano natural e emocional. Mas o que estamos falando é
maior do que isso. Não é apenas imaginar águias; é reconhecer as declarações de Deus a nosso respeito. Nós precisamos nos enxergar de forma diferente, na perspectiva da palavra de Deus. Ainda na fase da adolescência, eu fui muito impactado, principalmente por uma literatura que falava a respeito da fé, e eu me lembro de uma frase que via, né, ser continuamente repetida: "Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou, eu tenho o que a Bíblia diz que eu tenho, e eu posso o que a Bíblia diz que eu posso fazer." À medida que nós vamos
percebendo isso em Deus, isso é algo revolucionário. Me permita terminar, citando apenas alguns poucos textos bíblicos que falam daquilo que nós somos, do que nós temos e daquilo que nós podemos em Cristo Jesus. E eu quero que você, com essa dose, descarregada de uma vez só, pense se você se enxerga da forma correta ou não. De acordo com 2 Coríntios 5:17, eu sou uma nova criatura. Efésios 4:24 diz que eu fui criado em verdadeira justiça e santidade. Romanos 8:16 diz que eu sou filho de Deus, e o verso 17 diz que eu sou herdeiro de
Deus e co-herdeiro com Cristo. Apocalipse 5:10 diz que eu sou rei e sacerdote para Deus, o Pai. Segundo aos Coríntios 5:21 diz que eu sou a justiça de Deus em Cristo Jesus. Deuteronômio 28:8 diz que eu sou abençoado em todas as coisas e onde eu ponho a mão, a prosperidade, porque eu obedeço ao Senhor. O verso 13 de Deuteronômio 28 diz que eu sou cabeça e não cauda, estou sempre por cima e não por baixo. 1 Coríntios 12 diz que eu sou santificado em Cristo. Romanos 8:37 diz que eu sou mais do que vencedor. Mateus
5:13 diz que eu sou o sal da terra e a luz do mundo. 1 Pedro 2:9 diz que eu sou geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. Efésios 2:22 diz que eu sou morada de Deus no Espírito. 1 Coríntios 3:16 diz que eu sou santuário de Deus aqui na terra. Salmo 28:7 diz que eu sou forte porque o Senhor é a minha força, a força da minha vida. E 1 João 4:4 a Bíblia diz que maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo. Em Romanos
8:17, a Bíblia diz que eu sou amado de Deus, sou perdoado, livre de toda a condenação, como diz Romanos 8:1, e do domínio do pecado. Como diz Romanos 6:14, e de toda maldição, ficou muitos. Gálatas 3:13: eu sou o livro do poder do diabo, pois como está escrito lá em Colossenses 1:13, eu fui transportado do reino das trevas para o reino da luz. 1ª Pedro 2:24 diz que eu sou curado pelas pisaduras de Jesus. Salmos 47 diz que eu sou guardado pelos anjos de Deus. Preste atenção: eu sou tudo aquilo que a Bíblia diz que
eu sou, você é tudo aquilo que a Bíblia diz que você é. É, mas o que eu tenho? 1ª Coríntios 3:20 diz que eu tenho tudo que pertence ao Pai. Aliás, como citamos antes, em Romanos 8:17 somos herdeiros, herdeiros e co-herdeiros com Cristo. Lucas 10:19 diz que eu tenho autoridade sobre todo o poder do diabo em nome de Jesus. Romanos 8 mostra que eu tenho perdão dos pecados e já não há condenação para minha vida. Salmo 91:10 me mostra que eu tenho saúde em Cristo e que praga alguma chegará à minha tenda. Os versículos 11
e 12 do Salmo 91 nos mostram que nós temos a proteção dos anjos de Deus, e Isaías 54:17 diz que nenhuma arma forjada contra mim prosperará. Quando olho a definição bíblica do ministério do Espírito Santo, eu descubro que eu tenho orientação, paz, alegria, consolo, conforto, ajuda e revelação da Palavra na pessoa do Espírito Santo que em mim habita. A própria alegria do Espírito Santo deveria reger a minha e a sua vida. A Constância, segundo Habacuque 3:19, diz que eu tenho pés de coça em um dos meus lugares altos. Atos 1:8 diz que eu tenho poder
para testemunhar de Cristo. Marcos 16:17-18 fala que, em nome de Jesus, eu vou expelir demônios e curar enfermos. 1ª Pedro 3:12 diz que eu tenho as minhas orações ouvidas, pois os ouvidos do Senhor estão atentos às minhas súplicas. E Tiago 5:16 diz que muito podem possuir eficácia as minhas súplicas, porque eu sou justo. A Bíblia também diz que eu sou. 1ª Coríntios 15:57: eu reconheço que a Palavra de Deus diz que eu tenho vitória em todas as áreas da minha vida por meio de Jesus, meu Senhor. 2ª Coríntios 3:17 diz que eu tenho liberdade no
Espírito. João 10:10 diz que eu tenho vida em abundância. Romanos 5:5 diz que eu tenho o amor de Deus sendo derramado no meu coração pelo Espírito Santo. 1ª João 5:3 diz que eu tenho a vida eterna. Efésios 1:3 diz que eu tenho toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais em Cristo Jesus. O Salmo 28:8 diz que eu tenho a força do Senhor. Eu tenho tudo aquilo que a Bíblia diz que eu tenho. Você tem tudo aquilo que a Bíblia diz que você tem. E, resumindo, o que eu posso? Romanos 5:17 diz que eu posso reinar
em vida. Marcos 16 já mencionei que eu posso orar pelos enfermos e cativos, e testemunhar com poder o que o Senhor confirmava a palavra deles com sinais. Eu posso exercer autoridade sobre demônios e circunstâncias, pisar em serpentes e escorpiões, e nada me fará dano algum (Lucas 10:19). Eu posso amar. Romanos 10:12 e 10 falam sobre nos amarmos mutuamente e nós podemos andar em amor. É uma declaração bíblica perdoar mutuamente, como diz Colossenses 3:13. Eu posso em tudo dar graças, como diz 1ª Tessalonicenses 5:18. Eu posso viver em saúde, em segurança e em liberdade. Aliás, de
acordo com Mateus 18:18-20, eu posso ligar e desligar na terra, em concordância com outros cristãos, e será ligado e desligado no céu. De acordo com 1ª João 5:4, eu posso vencer o mundo através da vitória que vence o mundo, que é a minha fé. De acordo com 1ª João 5:14 e 15, eu posso pedir o que quiser segundo a vontade revelada na Palavra de Deus, e segundo a vontade de Deus, que me será feito. De acordo com Tiago 1:12, eu posso vencer a aprovação. 1ª Coríntios 10:13 diz que eu posso vencer a tentação. Bom, e
como Paulo diz em Filipenses 4:13, eu posso todas as coisas naquele que me fortalece. Isso não é apenas realização; ele diz: eu aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Ele diz: eu sei enfrentar a fartura e eu sei enfrentar a escassez. Eu posso enfrentar qualquer tipo de circunstância, mesmo dias difíceis como esta pandemia, porque o Senhor me fortalece. Eu posso porque Deus me fortalece. Não se trata de ser bom, não se trata do homem ser melhor ou diferenciado; trata-se do Deus que está em nós. Trata-se do fato de que aquele que está em
nós é maior do que aquele que está no mundo. E mesmo quando eu e você estamos diante de circunstâncias desfavoráveis, como aqueles espinhos, como a nação de Israel estava ao descobrir a alta estatura do povo que habitava em Canaã, nós podemos nos agarrar a uma promessa, àquilo que Deus falou a respeito de nós. E podemos chegar a uma única conclusão: a realidade não é aquilo que meu olho natural vê, é o que Deus diz a meu respeito; é o que ele fala a respeito de mim. E, ao longo de toda a história, não são só
os exemplos bíblicos. Pessoas que se veem corretamente em Deus se tornam exatamente aquilo que elas veem, mas o ser, aquilo que vemos, infelizmente, é verdade para quem também se vê de forma errada. Eu não estou aqui para te apontar o dedo ou para fazer nenhuma acusação pelo fato de talvez você não estar se vendo como deveria. Ah, pastor, mas não sei se esses textos são realmente assim exatamente como estão escritos. Nós podemos trabalhar a ideia de que algumas aplicações. Que não são tão absolutas e generalizadas de um caso ao outro, mas qualquer coisa diferente disso
é incredulidade, é dizer adeus que a palavra dele não é verdade, e nós não podemos aceitar isso. A maneira diferente de nos vermos, Ed, vivemos determinada pela palavra de Deus e pela revelação correta. Bom, então, como eu disse antes, a ideia aqui não é acusar ninguém que não está se vendo como deveria, é te ajudar a passar a se ver como você deveria se ver. Volte à palavra de Deus. Volte à palavra de Deus. Nós somos, ler a Bíblia não apenas buscando conhecimento ou informação; ela é a fonte da nossa revelação, ela alimenta a nossa
fé, ela é alimento para o nosso espírito, ela restaura a nossa mente, a nossa forma de pensar. E um povo que anda e vive pela palavra de Deus, anda e vive-a de forma diferente. Você é aquilo que a Bíblia diz. Você erra; você tem aquilo que a Bíblia diz que você tem, e você pode aquilo que a Bíblia diz que você pode. Eu quero terminar orando com você. Eu oro que o Espírito Santo, o espírito da verdade, traga luz, revelação, entendimento da tua palavra. Abre os nossos olhos, ó Deus, para entender onde estamos. Ajudam-nos, por
favor, à aplicação personalizada que só o Senhor pode fazer, a nos movimentar em direção ao lugar onde deveríamos estar em Deus. Há uma volta à palavra, uma percepção correta. Pai, eu oro por renovação da mente; oro por mudança de pensamento; eu clamo, de fato, por essa relação com Deus que nos leva a uma revelação de nós mesmos e que afeta não apenas a nossa identidade, como também a nossa produtividade. Eu clamo por isso em nome de Jesus, em nome de Jesus, e para a glória de Deus.
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