4 RELATOS SOBRENATURAIS DE CAMINHONEIROS - História de terror

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Terror Sobrenatural
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[Música] meu nome é Antônio caminhoneiro há 25 anos e conheço cada trecho da BR 101 como a palma da minha mão faço essa rota de Curitiba para Salvador transportando cargas variadas eletrônicos Autopeças alimentos o que o frete determinar naquela noite a chuva era Implacável tinha deixado o depósito em Curitiba por volta das 9 da noite com meu Volvo Branco carregado um companheiro fiel já percorremos mais de 1 milhão de quilômetros juntos a estrada estava completamente escura o farol alto mal conseguia furar a cortina de água que descia do céu Nessas horas penso na minha família
minha esposa sempre reclama que estou mais na estrada do que em casa tenho dois filhos um de 18 e outro de 20 anos que cresceram me vendo partir e voltar de repente avistei uma figura a beira da estrada um homem com os braços levantados pedindo ajuda normalmente sou cauteloso com caronas noturnas ouvi tantas histórias sobre essa Rodovia desaparecimentos assaltos histórias de fantasmas não que eu acredite em tudo mas a experiência ensina a ser Prudente algo naquela noite me fez parar talvez a intensidade da chuva Talvez o desespero no gesto daquele homem parei o caminhão e
buzinei ele aproximou-se rapidamente e entrou Obrigado disse ele com uma voz baixa nem me olhou nos olhos suas roupas pingavam um líquido estranho no tapete não era apenas água da chuva um cheiro indefinível algo entre Barro E algo mais pairava no ar para onde vai perguntei tentando iniciar uma conversa para frente respondeu secamente Voltei minha atenção para a estrada os primeiros quilômetros foram em um silêncio absoluto até que ele começou a falar e o que ia contar mudaria tudo o que eu pensava saber sobre aquela Rodovia Foi então que ele começou a falar sua voz
era baixa quase um sussurro que mal se ouvia sobre o barulho da chuva noisa você sabe quantas pesso estada perguntou sem me olhar nos olhos limitei-me a balançar a cabeça negando algo no tom dele me fez ficar atento só no trecho entre Campos dos Goitacazes e São João da Barra mais de 30 pessoas sumiram nos últimos 5 anos disse ele com uma precisão que me intrigou começou então a descrever casos um caminhoneiro que parou para trocar um pneu e nunca mais foi visto uma família inteira que simplesmente evaporou numa viagem noturna estudantes que desapareceram sem
deixar rastros Cada história Era contada com um nível de detalhes que me deixava arrepiado não era apenas um relato parecia que ele conhecia Cada história por dentro como se tivesse estado lá as pessoas acham que são só boatos continuou mas tem algo nessa estrada algo que não se explica olhei rapidamente para ele nesse momento percebi que algo estava definitivamente errado sua pele parecia mais pálida quase translúcida Sob a Luz fraca do painel e as histórias seguiam uma após a outra cada vez mais estranhas as histórias do passageiro se tornaram cada vez mais perturbadoras ele falava
com uma precisão que me deixava inquieto como se estivesse descrevendo cenas que havia testemunhado pessoalmente em 2017 uma família inteira desapareceu nessa estrada disse ele seu olhar fixo no horizonte escuro um pai uma mãe e dois filhos pequenos último registro era um Fiat Uno vermelho próximo a um trecho isolado entre Vitória e Cachoeiro de Itapemirim meu movimento involuntário de olhar para ele fez com que notasse algo estranho o homem não piscava nem uma única vez desde que entrara no caminhão sabe o mais estranho continuou sem esperar minha resposta dias depois o carro foi encontrado intacto
as portas fechadas sem um arranhão Mas nenhum vestígio dos ocupantes a cada história sentia um desconforto maior as histórias não pareciam apenas relatos mas memórias vívidas e havia algo mais um tom de conhecimento íntimo que me fazia sentir um medo Sobrenatural tem trechos nessa estrada disse ele agora virando lentamente o rosto para mim onde o tempo parece se perder onde as pessoas simplesmente desaparecem foi quando notei algo definitivamente errado o reflexo dele no vidro lateral do caminhão estava diferente Houve um momento de silêncio antes dele começar a me contar um relato sua mão apoiada no
painel parecia mais transparente Sob a Luz fraca do caminhão conheço uma história que nunca saiu em disse el a voz carreada de um peso que era só tristeza uma famía estava viajando Carlos sua espos Marina e os três filos Lucas an Pedro paou como Cada palav casse um esfor imo era umaem de Fas I visitar os avós das Crianças Saíram cedo num domingo ensolarado sem nenhum sinal de problemas o passageiro olhou diretamente para mim pela primeira vez seus olhos pareciam opacos sem brilho nunca chegaram ao destino a polícia encontrou o carro dias depois numa curva
isolada nessa BR aqui sem marcas de colisão sem sinais de violência como se simplesmente tivessem desaparecido sua voz tremeu levemente ao mencionar desaparecido como se aquela palavra escondesse um que ele mal podia conter o único sobrevivente concluiu ele quase em um sussurro fui eu uma névoa estranha parecia envolver suas palavras como se a própria memória da estrada pudesse materializar-se no ar úmido do caminhão viajávamos eu minha esposa Marina e nossos três filhos começou ele sua voz baixa era uma viagem que parecia normal no início contou que saíram de São Paulo por volta das 2as da
manhã todos dormindo no carro exceto ele que dirigia a estrada estava completamente vazia luminada apenas pelos faróis do Fiat Uno vermelho aquele mesmo Uno que ele tinha mencionado anteriormente de repente algo mudou primeiro foi um ruído estranho vindo do motor depois uma vibração diferente no volante quando olhou pelo retrovisor seus filhos dormiam e Marina Tinha a cabeça Tombada para o lado foi quando vi disse ele pausando algo se movia no acostamento algo que não era humano uma sombra algo grande mais alto que as árvores que se movimentava de forma não natural não era um animal
não era algo que ele conseguia explicar o carro começou a perder velocidade os faróis piscaram e apagaram e então o silêncio total quando acordei continuou ele estava sozinho no carro não havia sinal da minha família o banco traseiro vazio nenhum vestígio de que alguém estava ali ele disse que dirigiu por uns quilômetros procurando ajuda até encontrar uma pequena cidade à beira da estrada as ruas estavam desertas algumas luzes fracas piscando nos postes Linhares disse ele apontando para uma placa que passávamos naquele exato momento foi aqui senti um calafrio estávamos Entrando nos limites da mesma cidade
sobre a qual ele falava parei naquele posto ali apontou para um posto de gasolina abandonado chamei por ajuda Mas ninguém respondeu foi quando vi meu reflexo no vidro da loja de conveniência ele fez uma pausa suas mãos tremiam levemente percebi que estava morto eu tinha me enforcado naquela árvore ali apontou para um jequitibá enorme próximo ao posto depois que não encontrei minha família não aguentei quando voltei meus olhos para o banco do passageiro ele não estava mais lá parei o caminhão no acostamento minhas mãos tremiam no volante enquanto tentava processar o que tinha acontecido o
banco do passageiro ainda estava molhado como se alguém realmente tivesse estado ali peguei meu celular e com dedos trêmulos pesquisei notícias antigas sobre Linhares encontrei uma matéria de 5 anos atrás famía desce misteriosamente na BR101 corpo do pai é encontrado próximo a posto abandonado a foto mostrava o mesmo Fiat Uno vermelho que ele descrevera o nome da família Silva Achei que poderia ser uma coincidência sobrenome comum mas os fatos me deixaram mais intrigado o pai Carlos Silva 42 anos a esposa Marina e os três filhos nunca foram encontrados Olhei novamente para através do para-brisa a
chuva tinha diminuído e a Lua agora iluminava parcialmente o local por um momento pensei ter visto uma corda balançando em um dos Galhos mais baixos 25 anos dirigindo nessa estrada e nunca tinha vivido algo assim liguei o caminhão e parti decidido a nunca mais dar carona durante a noite mas às vezes quando passo por Linhares especialmente em noites de chuva olho pelo retrovisor esperando ver aquele homem pálido com suas roupas molhadas pedindo carona à beira da estrada e me pergunto se sua família ainda está por aí em algum lugar entre este mundo e o outro
vagando por aquela BR eram 3 da manhã quando começo a subida da Serra do Mar o peso da carga faz meu Scania roncar mais forte nas curvas a chuva Começou assim que passei por Morretes primeiro uma Garoa fina depois uma tempestade Furiosa que faz os limpadores de para-brisa trabalharem no máximo o rádio só pega estática e o sinal do celular morreu faz tempo reduzo para a segunda marcha A neblina está tão densa que Mal consigo ver as placas de sinalização Nessas horas agradeço por conhecer cada curva dessa Serra São 16 de subida ír com mais
de 40 curvas algumas tão fechadas que é preciso manobrar o cavalo mecânico com precisão milimétrica é quando ouço pela primeira vez o som de outro motor diesel grave potente ecoando entre as paredes de pedra da Serra olho pelo retrovisor mas não vejo faróis a estrada atrás de mim está completamente vazia o barulho continua não é imaginação é o fundel de uma carreta grande daquelas antigas consigo até identificar parece um Volvo N10 pelo ronco característico do motor mas não há ninguém na estrada deve ser o eco do meu próprio caminhão penso tentando me convencer mas não
é o som vem de outro lugar como se houvesse uma estrada paralela que não posso ver na curva do vé de noiva uma das mais perigosas da Serra o barulho fica mais forte E então ouço algo que me faz arrepiar o som de freios sendo acionados pneus derrapando na pista molhada e um Ronco de motor se aproximando rapidamente instintivamente jogo o caminhão mais para a direita próximo ao paredão de pedra o som da outra carreta está tão próximo que parece estar ao meu lado mas não há nada ali Além da Escuridão do precipício e a
cortina de chuva e então no meio do barulho da tempestade escuta uma voz no rádio cortando a estática cuidado com a curva do qum 48 cuidado a voz some deixando apenas o chiado do rádio e o eco cada vez mais próximo do motor Invisível o aviso no rádio me deixou em Alerta qum 48 uma das curvas mais Traiçoeiras da Serra onde o paredão de pedra forma uma espécie de meia-lua anos atrás instalaram Barreiras de concreto depois que Vários acidentes aconteceram ali o ronco do motor fantasma agora parece acompanhar cada movimento do meu caminhão quando reduzo
ele reduz quando acelero ele acelera como uma sombra mecânica me perseguindo Serra acima olho para o odômetro qum 47 o suores corre pela minha testa apesar do frio a chuva continua castigando e a neblina parece mais densa que nunca o farol AL mal consegue iluminar alguns metros à frente de repente o rádio volta a chiar entre a estática a mesma voz não deixa ela te pegar não deixa ela te alcançar 47 km5 k o barulho do outro motor está ensurdecedor agora posso ouvir até o rangido da suspensão o chiado dos Freios parece que está logo
ao meu lado mas só vejo o abismo escuro pela janela quando entro na curva do qum 48 meu sangue gela nos reflexos das muretas de proteção mhas vejo algo impossível os faróis de uma carreta Ana não atrás de mim e sim a de mim o caminhão fantasma a do meu como se estivesse dirigindo estí dos seus faróis era diferente não amar como Modas mas de um branco azulado quase fosforescente foi quando me lembrei uma história que os caminhoneiros mais velhos contavam no posto Gaúcha lá em Curitiba em 1976 um Volvo N10 carregado de madeira tinha
desaparecido nessa mesma curva o motorista o veículo a carga tudo sumiu na neblina nunca encontraram nada nem mesmo destroços o ronco do motor fantasma aumentou pelo retrovisor viu impossível à frente de uma carreta antiga da cor de ferrugem materializando-se na neblina o para-choque amassado os faróis quebrados marcas profundas de batida na lataria no vidro do caminhão um rosto pálido me encarava a voz no rádio voltou agora mais clara Ela Quer companhia não deixa ela te pegar pisei fundo no acelerador o scânia protestou na subida íngreme mas respondeu 50 m 30 m 20 m até o
fim da curva o fantasma rugia cada vez mais próximo e então algo ainda mais aterrorizante aconteceu o retrovisor do lado direito explodiu em mil pedaços um cheiro forte de diesel e metal queimado invadiu a cabine a carreta fantasma estava tão próxima que eu podia ver os detalhes da placa antiga coberta de lama e sangue no rádio a voz começou a ficar mais clara em 76 Eu Tentei desviar mas ela não de foi quando entendi Não era o caminhão que estava me perseguindo era a própria Serra algo nela atraía os caminhões para o Abismo como um
ímã gigante em 76 aquele motorista tinha sido a primeira vítima mas quantos outros depois dele a curva Estava acabando agarrei o volante com força lutando contra uma força invisível que puxava meu caminhão para a esquerda em direção ao precipício o motor do Scania o as marchas rangiam então tão repentinamente quanto começou Tudo parou saí da curva do quilô 48 e a neblina se dissipou o ronco do motor fantasma foi diminuindo até sumir completamente no rádio apenas estática parei no primeiro posto que encontrei já no Alto da Serra minhas mãos tremiam quando acendi um cigarro o
frentista um senhor de idade me olhou você eu sorriu um sorriso triste deixa eu adivinhar curva do qum 48 a serra escolhe suas vítimas Você teve sorte Nunca mais fiz aquela rota de madrugada hoje quando outros caminhoneiros me perguntam sobre a serra dois e nem todo Eco é apenas um Eco meu relógio marcava 11:40 quando o tanque começou a dar sinais de que estava acabando a BR 116 estava Deserta naquele trecho e eu sabia que os postos eram raros naquela região foi quando o rádio que até então só tocava música foi interrompido por uma voz
atenção motorista na BR 116 Posto Cruzeiro oferece diesel a preço especial localizado no qum 432 após Miracatu achei estranho conhecia cada posto dessa estrada cada parada possível entanto tempo de estrada nunca tinha ouvido falar desse Posto Cruzeiro o ponteiro do combustível continuava baixando não tinha escolha quando vi uma placa pequena e desbotada indicando Posto Cruzeiro 2 Km virei à direita numa estrada de terra o posto surgiu depois de uma curva fechada era um lugar parado no tempo bombas antigas uma cobertura de zinco enferrujada uma loja de conveniência com vidros embaçados e uma lanchonete que emitia
uma luz amarelada e fraca Estacionei lá o lugar estava vazio exceto por uma F1000 antiga estacionada num canto escuro coberta de poeira o frentista apareceu sem fazer barulho era um senhor de idade usando um uniforme desbotado com um nome bordado no bolso José 1983 Boa noite ele disse com uma voz áspera quanto de diesel tanque cheio respondi tentando ignorar o arrepio que subia pela espinha enquanto ele abastecia percebi algo errado os preços no painel da bomba estavam em cruzeiros não em reais e havia algo mais perturbador quando olhei para o reflexo dele no vidro da
loja não havia nada lá melhor dar uma parada para descansar disse o frentista guardando a mangueira da bomba a noite não está boa para viajar algo na voz dele soou como um aviso não uma sugestão olhei para a lanchonete através da janela embaçada notei algumas pessoas sentadas entrei o ambiente era como uma cápsula do tempo banquetas de couro rach um balcão de fórmica amarelada cardápio escrito à mão em uma lousa antiga uma música baixa tocava num rádio de pilha Último desejo na voz de Nelson Gonçalves a garçonete se aproximou usava um uniforme tão antigo quanto
o do frentista café perguntou aceitei incapaz de falar havia algo errado com ela também sua pele tinha uma palza anmal e seus movimentos eram demais foi quando notei os outros clientes três caminhoneiros sentados em mesas diferentes todos parados olhando fixamente para suas xícaras de café nenhum deles piscava um deles virou a cabeça lentamente em minha direção reconheci seu rosto de algum lugar você não lembra de mim perguntou ano passado na Serra do Mar você passou direto quando eu pedi ajuda meu sangue gelou agora eu lembrava o camin que pedia Socorro na chuva o acidente que
vi no jornal no dia seguinte o homem morto no local o café na minha frente soltava um vapor estranho quase azulado os outros caminhoneiros começaram a se levantar arrastando suas cadeiras num rangido metálico que parecia durar uma eternidade todo mundo que passa por aqui tem uma dívida disse o primeiro caminhoneiro aproximando-se a minha era com você podia ter salvado os outros dois se aproximaram também agora eu podia ver seus rostos claramente um deles tinha marcas profundas no pescoço o outro um corte que atravessava sua testa você lembra da gente também perguntou o do pescoço marcado
BR153 3 anos atrás estava dormindo ao volante passou por mim buzinando mas não parou para ver se eu estava bem o terceiro apenas apontou para a própria testa Paraná mês passado me viu perder o controle na curva continuou dirigindo levantei-me bruscamente derrubando a xícara o café não derramou subiu como fumaça e desapareceu no ar a garçonete bloqueava a porta o frentista estava parado na janela lá fora a noite parecia mais escura que nunca não adianta fugir disse o primeiro você tem uma escolha a fazer qual escolha perguntei minha voz tremendo ficar ou ajudar respondeu o
frentista da janela quem não para para ajudar na estrada um dia para aqui para sempre olhei ao redor a lanchonete parecia ainda mais antiga as paredes descascando revelando outras camadas de tinta por baixo o rádio ainda tocava músicas antigas mas agora parecia vir de muito longe mas tem um jeito de sair continuou o primeiro caminhoneiro se prometer que vai sempre parar sempre ajudar e dessa vez cumprir a promessa nesse momento faróis iluminaram a janela da lanchonete um caminhão estava parando no posto pela primeira vez vi um sorriso no rosto do frentista hora de escolher ele
disse eu prometo falei sem hesitar prometo que vou parar sempre a porta da lanchonete se abriu o motorista do caminhão que acabara de chegar entrou olhando confuso para o lugar Vaz e escuro porque agora estava vazio não havia mais garçonete nem os outros caminhoneiros apenas um posto abandonado há décadas corri para meu caminhão e parti hoje sempre que encontro alguém precisando de ajuda na estrada eu paro não importa a hora não importa o lugar e às vezes quando passa da meia-noite e o sono aperta evito olhar para postos abandonados à beira da estrada Principalmente quando
toca músicas antigas no rádio toda a região tem suas histórias mas nas Serras de Santa Catarina principalmente na Serra do Rio do Rastro algumas delas são sussurradas com medo real não aquele medo de lendas antigas mas um pavor que faz os caminhoneiros mais experientes mudarem suas rotas em certos dias do ano descobri isso numa terça-feira de Outubro estava no meu primeiro ano como caminhoneiro ansioso para provar meu valor a carga de soja precisava chegar em São Francisco do Sul antes do amanhecer e a serra era o caminho mais rápido o Posto Bela Vista Último Ponto
de parada antes da subida estava normalmente vazio para uma tarde de terça apenas alguns caminhões estacionados seus motoristas reunidos em volta de uma mesa no canto da lanchonete Ei garoto chamou um deles quando entrei era seu Ademir um senhor de seus 60 anos rosto marcado por décadas de estrada Que rota você vai pegar Serra do Rio do Rastro respondi pedindo um café O silêncio que seguiu foi pesado os caminhoneiros se entreolharam até que seu Ademir falou você sabe que dia é hoje terça-feira respondi dando um gole no café por seu Ademir trocou olhar com os
outros antes de continuar terça-feira 27 de outubro disse ele sua voz mais baixa faz 50 anos hoje 50 anos desde que a neblina vermelha desceu a serra uma inquietação tomou conta da lanchonete Percebi que os outros motoristas tinham parado de comer atentos à conversa em 73 continuou ele 27 caminhoneiros desapareceram Numa Noite Como Essa encontraram os caminhões vazios como se seus motoristas tivessem evaporado no ar meu tio estava lá disse outro motorista mais jovem o caminhão dele foi o terceiro que acharam vazio com o motor ainda ligado e a cada 50 anos seu Ademir baixou
ainda mais a voz dizem que a serra cobra seu preço de novo sorri tentando parecer despreocupado e vocês acreditam nessas histórias histó Ademir apontou para a janela olha lá fora você já viu nuvens dessa cor antes me levantei e fui até a janela o céu estava mesmo diferente um roxo pesado como se uma tempestade Sobrenatural Estivesse se formando acima da Serra as nuvens se moviam de forma estranha como se convergissem para um único ponto no topo da montanha T com prazo para entregar falei mais para mim mesmo que para eles esperar todo mundo que sumiu
naquela noite também tinha prazo disse um terceiro caminhoneiro até então calado era um senhor magro cabelos brancos meu irmão era um deles transportava café o caminhão foi encontrado na curva 27 ocado até o café estava lá mas dele nem Rastro seu Ademir se levantou colocou a mão no meu ombro Olha filho tem uma estrada alternativa é mais longa mas não posso Cortei ele preciso fazer essa entrega até a manhã cedo paguei o café e saí o vento tinha ficado mais forte gelado trazendo um cheiro estranho metálico Quando entrei no caminhão notei que todos os motoristas
ainda me observavam pela janela da lanchonete seus rostos tinham uma expressão que eu nunca vou esquecer liguei o motor no rádio o locutor falava sobre previsão de tempestade na Serra olhei mais uma vez para o céu as nuvens agora tinham um tom ainda mais escuro quase Violeta são só histórias murmurei para mim mesmo engatando a primeira mas enquanto manobrava para sair do posto uma gota de chuva caiu no para-brisa era vermelha entrei na rodovia s390 lá pras 5 da tarde as primeiras curvas eram tranquilas mesmo com aquela Garoa estranha caindo tentei me concentrar na ada
ignorando as gotas vermelhas que manchavam o para-brisa o rádio começou a falhar na terceira curva entre a estática captei pedaços de uma transmissão atenção motoristas Serra do Rio do visibilidade zero cuidado com desliguei o silêncio era melhor que aquela voz entrecortada foi na curva 15 que a neblina começou a descer no começo era normal aquela brancura típica da Serra mas conforme avançava a coloração mudava o vermelho se intensificava como se a própria névoa estivesse sangrando reduzi para a segunda marcha os faróis mal conseguiam penetrar a cortina Escarlate à minha frente o caminhão parecia mais pesado
como se algo estivesse segurando ele para trás em outra curva vi o primeiro sinal um caminhão parado no Acostamento faróis acesos motor ligado vazio e na lateral escrito com a mesma substância vermelha que caía do céu faltam sete tentei ignorar o caminhão vazio e continuei subindo a neblina estava tão densa que mal conseguia ver 2 m à frente o velocímetro marcava 20 km/h mas parecia que estava arrastando toneladas extras em cada curva que passava lá estava outro caminhão abandonado todos iguais faróis acesos motor ligado ninguém dentro e em suas laterais aquela escrita vermelha que parecia
Sangue Fresco Faltam seis meu rádio ligou sozinho entre a estática uma voz rouca cantarolava uma música antiga a melodia parecia vir de todos os lados como se a própria Serra estivesse cantando mais uma curva outro caminhão faltam cinco minhas mãos apertavam o volante com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos pensei em dar meia volta mas algo me dizia que já era tarde demais o ar dentro da cabine começou a ficar estranho com aquele cheiro metálico cada vez mais forte A neblina vermelha começou a entrar pelas frestas do caminhão foi quando vi algo
se movendo dentro dela silhuetas escuras como sombras de pessoas caminhando na direção do precipício vultos que pareciam flutuar na névoa vermelha na próxima curva mais um um caminhão abandonado faltam dois o próximo caminhão apareceu na curva mais fechada da Serra falta um dizia a mensagem vermelha mas havia algo diferente neste reconhecia a pintura desbotada o adesivo antigo no para-choque era o caminhão do tio daquele motorista da lanchonete abandonado há 50 anos A neblina ficou mais densa comecei a ver vultos andando na pista silhuetas de homens caminhando em fila indiana em direção ao precipício conseguia ver
seus rostos parcialmente expressões vazias olhos sem vida o rádio voltou a funcionar a voz era Clara agora bem-vindo ao clube irmão estávamos esperando você percebi que meu caminhão estava parando sozinho como se uma força Invisível o puxasse para o acostamento o motor falhou uma duas vezes e morreu tentei dar partida nada o silêncio era luto exceto por um som distante de Passos olhei pelo retrovisor uma fila de homens se aproximava do meu caminhão 27 sombras caminhando em sincronia perfeita foi quando entendi eles precisavam do 28 o cheiro metálico ficou insuportável A neblina vermelha invadiu completamente
a cabine senti uma vontade Irresistível de sair de me juntar àquela procissão silenciosa minhas mãos se moveram sozinhas em direção à maçaneta na manhã seguinte os jornais noticiaram caminhoneiro desaparece na Serra do Rio do Rastro veículo encontrado intacto com motor ligado 50 anos depois outro jovem Motorista vai parar naquele mesmo posto seu Ademir não estará mais lá mas alguém vai perguntar você sabe que dia é hoje e na serra quando a neblina vermel descer novamente 27 sombras caminharão em direção ao precipício esperando a próxima alma para completar o ciclo
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