[Música] Muito bem-vindos à nossa quinta e última Live de lançamento do segundo ano do Clube de Leitura Católica da Bíblia! Não poderíamos fechar esta semana com uma chave mais dourada, ou com a chave de ouro, senão com o Padre José Eduardo, um grande estudioso da Sagrada Escritura e um pregador por antonomásia, cuja exegese, cuja atenção à Escritura e, sobretudo, a unidade do Antigo e do Novo Testamento, que é o que nós buscamos nesse Clube de Leitura, tanto nos inspira. Tenho dito a todos os alunos que aprendam com as homilias diárias. Eu não deixo de
assistir a nenhuma das homilias, que às vezes são duas por dia, inclusive para a nossa grande alegria e nosso grande deleite bíblico. Bem-vindo, Padre! Muito obrigado por ter aceito o meu convite. — Sou eu que agradeço e agradeço também as palavras elogiosas pelas quais eu sou não merecedor, né? E é isso, vamos lá então! Padre, eu gostaria de começar lhe perguntando como foi a descoberta da Sagrada Escritura e, principalmente, da dimensão católica da Escritura como unidade do Antigo e Novo Testamento e como prática litúrgica na sua vida. — Bom, então, quando eu era criança, eu
sempre tive um interesse por tudo aquilo que é místico, por tudo aquilo que é religioso e assim por diante. O meu pai ganhou uma Bíblia João Ferreira de Almeida e eu devorei aquela Bíblia, né? Com quantos anos, mais ou menos? Eu devia ter uns 9, 10 anos. Foi antes de eu me converter. Além disso, havia uma série bíblica chamada Superbook, que era um desenho bíblico, e a gente assistia aquilo. Então, quando me converti, aos 11 anos de idade, eu tinha um conhecimento bíblico bastante, digamos assim, bastante materializado, né? E era um momento em que havia
realmente interesse bíblico na Igreja Católica. A década de 90 foi uma década de muitos círculos bíblicos, círculos bíblicos semanais, cursos de catequistas, em que nós também aprendíamos a ler a Bíblia. E, com 12 anos, eu tinha um grande encontro, né? Quer dizer, o senhor era um grande leitor. Desde os 7 anos já estava lendo bastante! Eu sempre gostei de ler, desde que eu aprendi a ler. E o que acontece? Era um momento em que a Igreja estava muito voltada para a Palavra e isso, digamos assim, me formou bastante, né? Hoje eu percebo que isso não
é tão forte como foi um dia, infelizmente, né? E, é claro, depois disso, o meu convívio com a Sagrada Escritura foi crescendo. Eu não fazia pregação diária na minha paróquia, mas com a pandemia eu precisei começar, porque as pessoas diziam: "Padre, se o senhor celebra a missa sem pregação, fica esquisito!" Então, eu comecei a pregar dia a dia, né? E enfim, isso acabou chegando até hoje, digamos assim. — Não, mas foi uma grande coisa. Porque, na verdade, eu imagino a sua preparação diária de estudo, porque cada homilia sua, pelo menos nos últimos meses que eu
passei a acompanhar, são verdadeiras exegeses do texto bíblico, com recurso ao grego, ao latim, aos teólogos, aos Padres da Igreja, às figurações do Antigo Testamento. Assim, é muito impressionante a sua pregação diária, né? Uma quarta-feira aparentemente nada na liturgia, gratuita e ociosa, né? Mas normal, tem um salto exegético, assim, impressionante. — Desde um tempo para cá, eu tenho consumido bastante material de exegese e eu sempre gostei, né, de consultar o texto grego, de consultar o texto hebraico. Mas ultimamente eu tenho me preocupado um pouco mais com essa dimensão mais exegética mesmo. E para isso, me
sirvo de exegetas e de obras especializadas de exegese, né? Porque só as Bíblias com comentários não conseguem, digamos assim, nos dar conta do que está ali, né? — É verdade, mas o senhor disse que se converteu antes. O senhor era do IBGE, né? — Tá, mas aí, com 11 anos, eu comecei a praticar mesmo, né? Ótimo! E que conselhos o senhor nos daria a nós que estamos nos debruçando nessa empreitada de ler toda a Bíblia? Já estamos concluindo o primeiro ano, muitos vão renovar e continuar para aprofundar agora com os Padres da Igreja. Outros estão
entrando nesse Clube de Leitura Católica da Bíblia, que tem um plano para ler toda a Sagrada Escritura em um ano, a partir, sobretudo, dos 14 livros que o Tim Gray e o Jeff Cavins, que são da escola do Scott Hahn nos Estados Unidos, neste livro "Walking with God: A Journey Through the Bible", designam como os livros narrativos da Escritura para dar o panorama da história da salvação. Que conselho o senhor nos daria? — Olha, existem muitos métodos de leitura bíblica, né? Inclusive, recentemente, a editora Gratus publicou uma Bíblia Católica, versão 365. Então, o que acontece?
Antigamente, quando eu era adolescente, jovem, havia um método de leitura bíblica muito interessante. Bom, tinha um método dos três capítulos por dia, depois tinha o método de misturar porções. Então, você começava a dividir a Bíblia em, sei lá, 10 blocos, em 15 blocos, e você lia a Bíblia em três meses, né? Eu fiz isso várias vezes. Então, você lia um pouquinho de diversas seções: um pouquinho do Pentateuco, depois um pouquinho dos livros históricos, um pouquinho dos sapienciais, dos profetas maiores, menores, dos Evangelhos e Atos, etc., até você completar tudo e vai rotacionando isso. Não para
você gastar por dia, aí cerca de 45 minutos de leitura para cumprir o método, mas vale a pena. Agora, o método da Bíblia 365 é meio inspirado nisso, misturando Antigo e Novo... Novo Testamento para facilitar uma espécie de devocional. Então, tem muita gente que tem usado aqui na paróquia. Eu fiz experiência com algumas pessoas e quem está fazendo, está gostando muito. Eu não gosto desses métodos. Aí vem a minha, então, por exemplo, tem um famoso método do Tinman Rei, que o Padre Jonas popularizou na Igreja Católica do Brasil, que é começar pelas epístolas de São
João, ler três vezes as epístolas de São, acho que cinco vezes as epístolas de São João, aí ler o evangelho, acho que de São Marcos. Bom, enfim, você só vai ler o Antigo Testamento no terceiro ano, depois de ter lido duas vezes ou mais o Novo Testamento. Eu gosto de ler de Gênesis a Apocalipse. Por quê? Porque eu acho que essa é a divisão que está ali, né? Assim, o modo mais tradicional de entender a divisão das Sagradas Escrituras é: livros históricos, livros sapienciais, livros proféticos. Então, e o Senhor, no curso do lançamento da minha
biblioteca católica, que foi onde eu conheci o Senhor, porque eu também participei, o Senhor fala do passado, presente e futuro, também aplicáveis no Novo Testamento, né? O evangelho aconteceu, as cartas e os atos é o presente da Igreja e o Apocalipse é o futuro. É o futuro. Os livros históricos, incluindo o Pentateuco, foi o que aconteceu; os livros sapienciais refletem sobre o presente a partir deste passado; e os livros proféticos precipitam ou anunciam o futuro. Eu achei isto muito didático, muito inteligente, muito interessante. Exato, então eu sempre gosto de ler em ordem, né? Então, na
minha leitura anual, eu tô um pouquinho atrasado esse ano, mas eu vou, até o fim do ano, eu vou terminá-la. Eu tenho o hábito de ler a Bíblia toda, o ano inteiro, há muito tempo. Isso é extraordinário. É, quem gosta de Bíblia é assim, né? Então, essa é a coisa. No fundo, quem gosta de ler Bíblia, etc., os católicos não têm essa formação hoje em dia mais, né? Então, esse é o meu modesto apostolado, este é o meu trabalho, porque eu descobri, eu gosto de ler, também sempre gostei de ler. Venho da filosofia, da interpretação
de textos complexos da filosofia, que também fazem a exegese, por exemplo, de Platão, Aristóteles do grego ou de Santo Tomás do latim. Eu tinha essa habilidade e nunca tinha me debruçado sobre a Sagrada Escritura, mesmo tendo lido os pais da Igreja. Depois eu vi como foi absurdo, como é absurdo estudar São Tomás ou Santo Agostinho sem ter estudado a Bíblia. Na verdade, é um contrassenso, né? É uma estupidez. Na verdade, o que hoje eu acho que é importante para o leitor da Bíblia é gastar um pouco de tempo com a história de Israel. Então, você
conhecer a estrutura histórica que está por trás do texto bíblico, né? E também a geografia, porque torna-se enfadonha uma leitura que você não sabe do que você está falando, falando de uma geografia que você não conhece. Então, o ideal seria melhorar também isso para que a leitura fosse mais proveitosa, né? Então, aqui, por exemplo, eu tenho Atlas bíblico, eu tenho manuais de História de Israel que eu utilizei ao longo da vida, de modo que eu não tô perdido dentro do texto, eu consigo me localizar. Porque de fato, no Gênesis, por exemplo, aparecem listas genealógicas repletas
de nomes próprios, aparecem muitos locais, montes, lagos, vales com nomes próprios e nós não temos a mínima ideia do significado, também simbólico, e do significado etimológico desses nomes. E por isso nós consideramos ociosos esses nomes e pulamos, não damos atenção. Mas os nomes próprios têm muita importância, inclusive simbólica. Então, podemos entrar no Apocalipse. Eu considero o livro mais difícil da Escritura, acho que não sou o único. Eu considero o livro mais desafiador porque é uma linguagem realmente cifrada e simbólica. Recentemente, acho que semana retrasada, acompanhei as suas homilias quando o Ano Litúrgico leu boa parte
do livro, não todo, e o Senhor foi interpretando ponto a ponto. Eu fiquei encantado. Então, trouxe esse desafio dos símbolos do Apocalipse. Não sei quais o Senhor escolheu, ou obviamente não dá para falar de todos, mas vamos tratar disso. Então, tá bom. O Apocalipse é um livro que está no contexto de um gênero literário. O que eu quero dizer com isso? Existem vários apocalipses extrabíblicos e outros intrabíblicos. O livro de Daniel, por exemplo, é um texto de gênero apocalíptico, pelo menos parte dele. O Profeta Isaías tem ali do capítulo 24 ao 27 o pequeno Apocalipse
de Isaías. Existem textos apocalípticos, por exemplo, em Joel, em Zacarias, em Malaquias e assim por diante. O que é o gênero apocalíptico? Bom, a palavra Apocalipse significa Revelação. E aqui nós temos uma espécie de paradoxo: para revelar, eu escondo. A linguagem é cifrada, ou seja, eu estou querendo te convidar a conhecer algo de maneira enigmática. E o que acontece? Essa linguagem apocalíptica lida com os problemas do momento em que a Igreja está vivendo, em que Israel está vivendo, olhando para o passado e para o futuro. Ora, então, o que acontece, né? É como se nós
fizéssemos uma projeção do futuro com base em coisas que aconteceram no passado, valendo-nos de uma linguagem simbólica. A gente utiliza isso na nossa vida, a gente não percebe, mas, por exemplo, lá no seu trabalho, né? Quando você chega lá no seu trabalho, você fala, sei lá, né? E a cobra chegou ali, hein, entre aquelas pessoas? A cobra tem um nome? Tem um... o Cordeirinho chegou ali, exato. Então, a gente utiliza esse tipo de recurso. Figura de linguagem ao longo da vida. Só que ele só é entendido naquele contexto, né? Se nós, por exemplo, hoje, hoje
em dia, eu percebo que há pouco disso, mas mesmo assim a gente utiliza, por exemplo, imagens para falar dos políticos. Para não falar do nome, a gente usa imagens, né? Se nós fizermos um texto sacro sobre isso, então nós teríamos que usar linguagens adaptativas, né? E assim por diante. Eu não quero dar muitos exemplos aqui para não ser inconveniente, mas quem está nos assistindo de certo já deve ter sacado vários exemplos desse tipo, né? Então os Apocalipses eram textos desse tipo de relevância, ou seja, as pessoas falavam de linguagem cifrada entre elas. Todo mundo estava
entendendo o que se estava falando e, ao mesmo tempo, era compreensível só dentro daquele círculo, justamente porque estava se falando de quem está fora das estruturas, digamos assim, de poder que estão sendo denunciadas por aquele texto. Só um parêntese: isso é importante para frisar o tipo de leitura que nós propomos, que é católica, porque esse círculo é a Igreja, tanto que no caso do Apocalipse, os destinatários são as igrejas que formam uma unidade católica. Por isso que, antes, os de Israel eram os membros da Sinagoga, do templo e da Sinagoga depois. Então, qual é o
Apocalipse canônico do Novo Testamento? Este de João, porque havia muitos outros que a Igreja rechaçou como não inspirados, porque a Igreja tem para determinar o cânone e para interpretá-lo. Porque uma das coisas: eu estou recebendo muitos protestantes no clube também, padres, muitos curiosos, interessados também, alunos de outras áreas que querem entender o que é a leitura católica da Bíblia, porque é essa que me interessa, não a minha interpretação ou a interpretação literária ou uma interpretação histórica, mas uma leitura católica que seja voltada à piedade, voltada à liturgia e também voltada à interpretação da tradição apostólica
e do magistério da Igreja. Portanto, a interpretação católica canônica, que é a que tem a cifra para decifrar o livro canônico pela mesma autoridade que ela teve de canonizar. Bom, aqui tem muito pano para a manga, né? Se a gente for entrar em teologia da inspiração, da teologia do cânone, a gente vai muito longe. Vamos nos concentrar no Apocalipse. Então, o que acontece? O livro é dividido em sete visões e ter esse panorama nos ajuda muito, porque o que acontece? Se eu não perceber a estrutura do livro do Apocalipse, ela se me torna muito esotérica,
né? Não consigo me achar ali dentro e existem diversos modos de interpretar essas sete visões. Então, por exemplo, existe a leitura preterista, que enxerga todas as profecias do Apocalipse como relativas apenas àquele tempo histórico no qual ele foi escrito. Então seria uma fenômeno da Igreja naquele recorte histórico concreto. É uma leitura que não pode ser descartada, porque isso também é realidade, né? Então, eu vejo algumas pessoas sempre dizem, sempre me perguntam: "O senhor é preterista ou o senhor é futurista ou é, digamos assim, ou tem uma visão histórico-profética?" As duas coisas não são contraditórias, né?
Existem visões que são um pouco mais, digamos assim, instigantes, pelo menos que enxergam o Apocalipse como se tivesse a ver com as sete fases da história da Igreja. Então, por exemplo, o Bartolomeu Hauser, eu acho que é o que fez isso de uma maneira mais interessante; já havia, por exemplo, o Ricardo de São Vítor, que fez uma interpretação nesse sentido. Havia também outros padres da Igreja e escritores eclesiásticos que entenderam o Apocalipse assim. Tem o famoso comentário do Beato São Beato de Ebana do Apocalipse, que é o primeiro deles. E, bom, até hoje, teve muitos
comentários sobre o Apocalipse. O comentário do Bartolomeu Hauser que eu acho interessantíssimo, mas eu também não faço juízo de valor, né? Porque algumas pessoas perguntam se eu concordo. Disso o tema aqui não é esse, né? A gente simplesmente entende, tenta entender aquele modo de ler o Apocalipse. Então, o Bartolomeu Hauser diz que as sete igrejas são sete eras na história da Igreja. Então, a primeira, que é a Igreja de Éfeso, seria a Igreja do período apostólico, que vai desde o martírio de Santo Estevão até Nero. A Igreja de Esmirna, a palavra Smirna tem a ver
com mirra, então é a Igreja dos mártires. Vai de Nero, segundo Bartolomeu, até Constantino. Depois vem a Igreja de Pérgamo, que seria a Igreja dos Padres da Igreja, a Igreja que se dedica a escrever e a refutar as falsas doutrinas. Depois, ela vai de Constantino até Carlos Magno. Depois vem a Igreja, peraí: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira. Tiatira que seria a Igreja na decadência da Idade Média, que iria de Carlos Magno até Carlos V, século X, né? Que tem grandes luzeiros e, ao mesmo tempo, entra numa decadência. Depois, viria a quinta Igreja, que é a Igreja
de Sardes, que começaria com Carlos V, a Igreja das Revoluções, e que nós estaríamos nela hipoteticamente até hoje, né? Porque ela terminaria com um grande monarca, um grande que iria trazer um reflorecimento da Cristandade em todo o mundo. E aí entraríamos na Igreja de Filadélfia e, por último, terminada essa era gloriosa da Igreja, entraríamos na era da Igreja de Laodiceia, que é a Igreja dos tempos finais, que é quando o Senhor diz: "Eis que estou à porta e bato." A Igreja de Laodiceia... Agora, existe um outro modo de ler o Apocalipse, que é o modo
místico. Ou seja, ao invés de... Entender as sete igrejas como sete, eh, digamos, eras. Entender as sete igrejas como a totalidade das igrejas do mundo na sua, eh, digamos assim, sim, eh, natureza septiforme contemporânea. Uma leitura eh sincrônica, né? Mais, mais do que sincrônica, Mística, anagógica. Eu vejo, por exemplo, em cada uma das igrejas, o Anjo de cada igreja, etc. Por exemplo, um Sacramento. E, aí, por exemplo, a Igreja de Éfeso, eh, eh, a gente pode ver isso no texto. Deixa eu pegar aqui a minha Bíblia. Eh, então, por exemplo, ele diz assim: "Qual a
Bíblia o senhor costuma usar?" Jerusalém, CNBB, né? É, então aqui ele diz, por exemplo: "Éfeso, comecinho do capítulo: 'Ao anjo da igreja que está em Éfeso, assim fala aquele que tem em sua mão direita as sete estrelas, aquele que anda no meio dos sete candelabros de ouro.'" [Música] Etcétera. Aí diz assim lá no versículo 7: "Ao Vencedor darei como prêmio comer da árvore da vida que está no paraíso de Deus." Ou seja, é o sacramento do batismo pelo qual você entra na Árvore da Vida. E, se você não for o Vencedor, não será atingido pela
segunda morte. Seria a Fortaleza do Sacramento da Crisma. Depois, o espírito, eh, Pérgamo: "Ao Vencedor darei o Maná escondido", ou seja, Eucaristia. Então, os sete, os sete sacramentos e sete facetas da igreja que estariam presentes em todos os tempos, com eh, cada uma das sete, eh, digamos assim, eh, eh, revelações de Deus para a igreja. Então, o que acontece? Como no Apocalipse, nós temos sete visões. Então, veja, a estrutura do Apocalipse é uma estrutura cupla, né? Então, nós temos a visão das sete igrejas, depois a visão dos sete selos, depois a visão das sete trombetas.
Aí vem a visão central, que é a mais importante. Depois, nós temos as sete taças da ira de Deus, depois nós temos a visão da Babilônia, a queda da Babilônia e, por fim, a visão da Jerusalém Celeste que desce como noiva, vestida de noiva, descendo do céu. Ora, estas sete visões têm uma espécie de relação entre si, é como se fosse uma casa, sete cascas de cebola, né? A visão central é um núcleo. Ela contém, digamos assim, o núcleo do livro do Apocalipse. Então, se a gente ler aqui no capítulo 7 os sete selos, aí
depois tem as sete trombetas. E aí, eh, começa ali no capítulo 10, mais ou menos no capítulo 10, a visão central. Então, veio um anjo poderoso, que é Cristo, tal. E aí, ele eh, entrega o livrinho para ele comer, que é a pregação. Depois, o templo é medido e vêm as duas testemunhas, né? Os padres da igreja acreditavam que as duas testemunhas eram Enoque e Elias, né? Interpretando literalmente o texto do Gênesis que diz que Enoque foi arrebatado e Elias também. Bem, então eles acreditavam que os dois estão vivos, numa vida biológica, até hoje, envelhecendo,
bem velhinhos, e que eles vão descer para pregar durante a grande tribulação, quando a igreja já não mais poderá pregar, como ninguém poderá matá-los. Eles serão os únicos pregadores da Igreja, segundo os padres da igreja, eu entendi assim, né? E aí, nós entramos na visão da mulher, e do que ela é o capítulo 12, que é a igreja eh perseguida pelo diabo. No capítulo 13, nós temos o surgimento do anticristo e do falso profeta. No capítulo 14, nós temos, eh, o cordeiro que vence, né? E que julga, etc. E aí vem a visão das sete
taças e depois a queda da Babilônia e a manifestação da Jerusalém Celeste. O que acontece, eh, existe uma relação entre as sete igrejas, os sete selos, as sete trombetas e as sete taças da ira. E qual seria essa relação? Então, eh, as sete igrejas são o diagnóstico acerca daquela fase que a igreja está vivendo. Os sete selos seriam as sete revelações de Deus para aquelas igrejas, para aquelas fases da igreja, ou seja, para cada fase da igreja Deus tem uma espécie de revelação, de mensagem que ele tem para transmitir. Depois, as sete trombetas seriam as
sete ordens de pregadores. Os pregadores, nas Escrituras, são comparados a trombetas, né? Então, eles vão pregar. Então, são os sete tipos de pregadores que existiriam para estas igrejas e as sete taças seriam o juízo de Deus sobre essas igrejas por não terem escutado a pregação das sete trombetas, né? Numa estrutura simétrica analógica: primeira igreja, primeiro selo, primeira trombeta, primeira taça; segunda igreja, segundo selo, segunda trombeta, segunda taça. Exatamente isso. Exatamente é assim que, por exemplo, o Ricardo de São Vítor interpreta, o Bartolomeu House interpreta, e outros, né? Então, vamos pegar um exemplo aqui. Vamos pegar
a Igreja de Éfeso, que é a primeira igreja. A da igreja que está em Éfeso escreve assim: "Fala aquele que segura em sua mão direita as sete estrelas, aquele que anda no meio dos sete candelabros de ouro. Conheço as tuas obras, teu esforço e tua perseverança. E por que não suportas os maus? Puseste à prova os que se dizem apóstolos e não são; descobriste que são mentirosos. Então, a igreja apostólica é perseverante e suportaste, por causa do meu nome, sem desanimar. Tenho, porém, algo contra ti: abandonaste o teu amor primeiro. Lembra-te de onde caíste; arrepende-te
e pratica as tuas obras do início. Caso contrário, se não te arrependeres, virei e removerei teu candelabro do seu lugar. Mas em teu favor tens isso: detestas as obras dos nicolaítas, que eu também detesto." Os nicolaítas, eh, existem várias interpretações para isso, mas a talvez a mais simples é aquela que diz que um dos sete diáconos da igreja, eh, ordenados em Atos 7, chama-se Nicolau. Então, ele se perverteu. E criou um tipo de doutrina que a pessoa pode fazer moralmente o que ela quiser, desde que ela creia. É uma espécie de liberalismo moral. Ele teria
se casado com uma prostituta e viria a viver um cristianismo moralmente reprovável. Então, está dizendo: "Vocês detestam as obras dos nicolaítas. Quem tem ouvido, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, darei como prêmio comer da Árvore da Vida, que está no paraíso de Deus." Muito bem, se nós lermos isso em relação ao primeiro selo, então diz, no capítulo 6, versículo 1: "Eu vi quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. O Cordeiro abriu e ouvi o primeiro dos quatro seres vivos dizer com voz como de trovão: 'Vem!'" E vi um cavalo
branco; seu cavaleiro tinha um arco e foi-lhe dada uma coroa. Saiu vencendo e para vencer. Ou seja, a igreja apostólica, que vai pregando mundo afora, é o Cristo ressuscitado que vem para vencer, e vem, e vem, e vai vencendo todas as batalhas. Aí vem a primeira trombeta, no capítulo 8, versículo 7: "O primeiro anjo tocou, e foram lançados à terra granizo de fogo misturado com sangue. A terça parte da terra foi queimada, a terça parte das árvores foi queimada, e toda a erva verde foi queimada." Ou seja, a pregação apostólica era poderosa, era granizo misturado
com fogo e o sangue de Cristo, e aquela pregação tomou a terça parte da terra, a terça parte das árvores, e toda a erva verde dos campos. Então, você tem a terra, árvore e erva. A terra e a árvore são claramente símbolos de quem está começando na vida espiritual; quem subiu na vida espiritual, e a erva é quem está no meio. Então, está dizendo que, no fundo, a terça parte da terra foi queimada. Ou seja, a terça parte daqueles judeus, daquelas pessoas que estavam em Jerusalém, se deixou levar pela pregação apostólica, a terça parte das
árvores também, e, por fim, toda a erva verde, ou seja, as almas simples, aqueles que foram levados pelo evangelho. E se a gente pega na série de taças, está aqui, no capítulo 16, versículo 2: "Partiu o primeiro anjo, despejou sua taça na terra, e surgiram úlceras malignas e repugnantes naqueles que tinham a marca da fera e adoravam a sua estátua." Quer dizer, aqueles que não quiseram escutar a pregação dos apóstolos ficaram feridos com úlceras malignas, repugnantes. Ou seja, eles não se arrependeram, não escutaram a palavra de Deus, e por isso se tornaram piores, se tornaram
mais duros. É por isso que vem a perseguição, tanto dos judeus quanto dos pagãos, porque eles ficam atormentados. Se a gente for para a segunda igreja, então Esmirna, o anjo da igreja que está em Esmirna escreve assim: "Fala o primeiro e o último, aquele que esteve morto e tornou a viver. Conheço tua tribulação." Então, aqui já é a igreja perseguida. "A tua pobreza, que tudo és rico, e a blasfêmia da parte dos que se dizem judeus, mas na realidade não são judeus, e sim sinagoga de Satanás." A primeira perseguição dos judeus: "Não tenhas medo daquilo
que vais sofrer. O diabo vai lançar alguns de vós na prisão para pô-los à prova, e passareis pela tribulação durante 10 dias." São as 10 perseguições romanas que acontecem no início da história da igreja. "Ser fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida." Mártir dos mártires. "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor não será atingido pela segunda morte." Aí vem o segundo selo. Segundo selo, capítulo 6, versículo 3: "E quando abri o segundo selo, eu ouvi o segundo ser vivo dizer: 'Vem!' E saiu outro cavalo
vermelho. Do sangue a cor dos mártires, cavalo vermelho, e ao seu cavaleiro foi dado o poder de tirar a paz da terra, de modo que os homens se matassem uns aos outros, e foi-lhe dada uma grande espada." Ou seja, a perseguição aberta contra os discípulos de Jesus. Aí vem a segunda trombeta, capítulo 8, versículo 8: "O segundo anjo tocou, e algo como uma grande montanha ardendo em chamas foi lançado ao mar. A terça parte do mar transformou-se em sangue, a terça parte das criaturas que viviam no mar morreu, e a terça parte dos navios naufragou."
Ou seja, essa montanha que cai é a pregação apostólica que vem com toda força, mas ela produz um mar de sangue por causa das perseguições da primeira fase da igreja. E aí, se a gente vai para a segunda taça da ira, o segundo anjo despejou sua taça no mar, e o mar transformou-se em sangue como de um morto, e morreram todos os seres vivos do mar. Ou seja, o martírio dos cristãos foi um castigo para os próprios pagãos, porque, de fato, Deus vai visitar com juízos os pagãos por terem produzido esse mar de sangue. Essa
correspondência parece a mais direta até agora, porque tem o mesmo elemento, que é o mar, o sangue e a cor vermelha. Exatamente. Aí vem a igreja de Pérgamo. O anjo da igreja que está em Pérgamo escreve assim: "Falo que tem a espada afiada de dois gumes." Palavra Pérgamo. "Os pregadores, os padres da igreja conheço o lugar onde moras, onde está o trono de Satanás. Mas tu mantenhas o meu nome, não renega a fidelidade para comigo, nem mesmo nos dias em que Antipas, minha testemunha fiel, foi morto entre vós, aí onde mora Satanás. Tenho, porém, algumas
coisas contra ti: tens no teu meio que mantém a doutrina de Balaão, o qual ensinou Balac a... Tropeços diante dos filhos de Israel, levando-os a comer carnes sacrificadas aos ídolos e assim a prostituir-se. Quer dizer, os hereges surgem na igreja e a igreja precisa combater os hereges, que é o que acontece nessa fase. Do mesmo modo, admite também os que mantêm a doutrina dos nicolaítas, os que mantêm a doutrina. Ele não está falando da prática, mas arrepende-se, porque, caso contrário, virei a ti depressa para combatê-los com a espada da minha boca, com a palavra, pregação,
ensino. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao Vencedor darei o Maná escondido e também uma pedrinha branca, na qual está escrito um nome novo que ninguém conhece, a não ser quem o recebe. Aí vem o terceiro selo. Capítulo 6, versículo 5: "E, quando abri o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivo dizer: 'Vem!' E vi um cavalo preto, e o seu cavaleiro tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz saindo do meio dos quatro seres vivos: 'Uma medida de trigo por um denário, três medidas de cevada por um denário;
não estragues o azeite e o vinho.'" Ou seja, o cavalo preto contrasta com o cavalo branco. É a heresia contra a verdade, e justamente ele vai com uma balança para falsificar as medidas e os pesos, como os hereges, para falsificar a doutrina da igreja. Aí vem a terceira trombeta: o terceiro anjo tocou, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes das águas. O nome da estrela é Amargor. A terça parte das águas tornou-se amargor, e muitas pessoas morreram devido às águas,
porque se tinham tornado amargas. Ou seja, a pregação dos Padres da Igreja vem justamente para dar o remédio, o remédio amargo que tira o erro e que, muitas vezes, mata, porque o homem não quer abandonar o pecado, não quer abandonar a heresia, como o livro que é comido, que também é doce na boca e amargo no estômago, né? Exatamente no estômago. E aí vem o terceiro, 16.4. O terceiro despejou sua taça nos rios e nas fontes das águas e transformaram-se em sangue. Os rios e as fontes das águas são os cristãos, né? A fonte das
águas, o batismo; as águas são os cristãos, os rios. E ouvi o anjo das águas dizer: "Justo és Tu, Senhor, aquele que é e que era, o Santo, por ter julgado essas coisas. Pois essa gente derramou o sangue dos santos e profetas." Na imagem anterior, e Tu lhes deste sangue a beber, é o que merecem. Olhei, então, o altar falar: "Sim, Senhor Deus Todo-Poderoso, teus juízos são verdadeiros e justos." Até o altar fala, ou seja, os Padres da Igreja são uma espécie de altar que proclama a verdade. Aí, que oração, a gente tá... Isso aqui
dá trabalho, né? Isso aqui gasta bastante tempo. Depois, vem a igreja de Tiatira, a quarta igreja. Aí dizem: "Ao anjo da igreja que está em Tiatira escreve: Assim fala o Filho de Deus, aquele que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze cintilante. Conheço as tuas obras, teu amor, e tua fidelidade, teu serviço e tua perseverança; e também tuas obras recentes, mais numerosas ainda que as do início." Nós estamos, segundo a visão do Bartolome House, na Idade Média, né? "Tenho, porém, algo contra ti: toleras essa mulher Jezabel, que se profetiza,
mas engana os meus servos, ensinando a se prostituírem e a comerem carnes sacrificadas aos ídolos." Nós temos aqui, nessa fase, um grande número de cristãos hipócritas que se convertem simplesmente porque fazem parte de uma massa. Eu lhe dei prazo para se arrepender, mas ela não quer arrepender-se de sua prostituição. Eu a lançarei no leito e lançarei os que adulteram com ela numa grande tribulação. Se não se arrependerem de suas obras, farei perecer na morte os seus filhos, e então todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações e que
retribuirei a cada um de vós conforme vossas obras. A vós, porém, os outros que estais em Tiatira e não tendes a doutrina dela, e não quisestes conhecer as assim chamadas profundezas de Satanás, ou seja, doutrina esotérica, doutrina de um misticismo herético, não vos impõe uma outra obrigação: mantende bem o que tendes até que eu venha. E ao Vencedor, ao que guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre nações. Segundo a interpretação do Hauser, isso é perfeito, que foi o momento em que a igreja mais teve domínio sobre as nações. E ele
as governará com cetro de ferro; como vasos de argila se quebrarão. Assim como eu recebi do meu Pai, darei ao Vencedor a Estrela da Manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Aí vem o quarto selo. No quarto selo, diz 6.7: "E, quando abri o quarto selo, ouvi o quarto ser vivo dizer: 'Vem!' E vi um cavalo esverdeado. Na verdade, a melhor tradução seria um cavalo pardo, é aquela cor de catarro. Um cavalo pardo, e o seu cavaleiro era chamado a Morte, e o Hades o acompanhava; foi-lhe dado poder sobre a
quarta parte da Terra para que matasse pela espada, pela fome, pela peste, pelas feras da terra." Ou seja, os hipócritas, os hipócritas. O cavalo pardo entrou na igreja, e o que vão causando é isso: é morte, é amor ao que é material, e isso vai produzindo injustiça, corrupção, imoralidade. Quarta trombeta: o 8.1. O quarto anjo tocou, e foi atingida a terça parte do sol e a terça parte da lua e a terça parte das... Estrelas, o sol representa o Cristo, a lua, a igreja, as estrelas, os bispos. Ou seja, é como se a igreja tivesse
perdido um pouco do seu brilho, um terço do seu brilho, por causa dos hipócritas. Assim, escureceu a terça parte deles, e o dia perdeu um terço de sua claridade, e a noite igualmente. Ou seja, é um momento de crise. Depois, você tem a quarta taça e diz: "O quarto anjo despejou sua taça no sol, ao qual foi concedido queimar os seres humanos com fogo. Eles ficaram gravemente queimados e blasfemaram contra o nome de Deus, que tem o poder sobre essas pragas, mas não se arrependeram para dar-Lhe glória." Ou seja, se o sol é privado de
um terço do seu brilho, esse mesmo sol se torna instrumento de castigo. São aqueles papas corruptos que vêm e que etc. Então, você veja a visão do Hus Hauser; ela é interessante. A gente vai lendo assim os volumes e fica impressionado. Mas tudo isso também pode ser feito uma leitura de outro tipo, uma leitura preterista. Então, as sete igrejas são aquelas sete da Ásia mesmo, históricas. E a gente interpreta historicamente. Por exemplo, em Pérgamo se fazia pergaminho. Então, eu posso, a partir do fato de que em Pérgamo se fazia pergaminho, eu posso ler as fenotipias
que o texto apresenta. Por exemplo, aqui, Pérgamo, 2:21, diz à igreja tal: "Assim fala aquele que tem a espada afiada: Tu manténs o meu nome, não renunciaste à fidelidade para comigo, e tens a doutrina de Balaão, a doutrina dos nicolaítas, etc." Aí diz no final: "Ao Vencedor, darei um maná escondido, também uma pedrinha branca, na qual está escrito um novo nome que ninguém conhece, a não ser quem o recebe." Está escrito Pérgamo, é a cidade da escrita, onde se escreve, né? Então ele está dizendo: "Vou te entregar uma senha, um novo nome; só você vai
saber, você e eu." Então, ou seja, é possível fazer leituras do Apocalipse das maneiras mais plurais possíveis. Isso é impressionante, sem fugir da ortodoxia. É claro que também tem muito aventureiro de Apocalipse aí, falando do Apocalipse das maneiras mais diversas. Todas as épocas achavam que o Apocalipse falava delas, desde a perseguição de Nero, passando pela perseguição de Diocleciano, sempre se dizendo: "Não, agora é com Carlos Magno!" É isso aqui é o momento atual. Depois, os milenaristas, os hereges, também surfaram muito nesse texto. Mas eu acho que o senhor poderia concluir talvez falando do núcleo que
o senhor mencionou, que é o mais importante, apenas pra gente também... Porque no clube de leitura a gente não é capaz de descer a fundo em cada livro, obviamente, e o objetivo inicial, sobretudo para os que estão no primeiro ano e vão começar agora, é o panorama. É o panorama, é a sinopse. Uhum. Então, uma das coisas que eu faço é tentar passar... Eu já notei com atenção aqui esse seu esquema, mas eu apresento esquemas sinópticos e sumários dos livros e sublinho as passagens que não podem, de jeito nenhum, ser negligenciadas. Se você não entender
tudo, pelo menos esta passagem e esta mensagem, ou este núcleo, precisa ser assimilado, que é o que o senhor vai explicar agora, que é a mulher e o dragão. Isso é o núcleo final; ele meio que mostra, digamos assim, o drama da igreja na história, né? Quer dizer, nunca haverá um tempo em que a igreja vai estar confortável. Então veja, nós vemos a igreja que surge no céu, toda gloriosa. É muito interessante que a própria leitura marológica de Apocalipse 12 não precisa ser eclesiologia como a figura perfeita da igreja, então não cabem isolamentos. E então
eu vejo a Igreja perseguida pelo dragão. Porém, o texto diz o seguinte: que a igreja recebeu asas de águia para fugir ao deserto. Asas de águia, ou seja, alta contemplação para ir ao deserto, o deserto da vida espiritual. Isto, para nós, precisa ser uma mensagem definitiva. Primeiro lugar: não tem bandeira branca com o dragão. Nós não estamos aqui para entregar os pontos para o diabo, mas nós temos que saber que o nosso lugar é no deserto, é na vida espiritual, porque ali diz o texto: "Deus a alimenta por dois tempos, um tempo e meio tempo."
Dois tempos, um tempo e meio tempo tem vários significados, mas um dos significados é três anos e meio, ou seja, a ação do Ministério Público de Cristo, para dizer que Deus nos alimenta no deserto da vida espiritual, com o Evangelho, com o próprio Cristo. Então nós temos que saber a hora de ir para o deserto da oração. Quando o dragão vê que a mulher foi para o deserto, ele vai correr atrás dela. E aí ele vomita um rio contra a mulher. O que isso significa? Esse rio que ele vomita, por exemplo, Ruperto interpreta como as
heresias, são os falsos ensinos que o demônio vomita. Porque é como ele vomita um rio. Rio remete ao batismo; é um falso batismo, é uma falsa fé, é uma falsa doutrina. E o que acontece quando a mulher vai ser submersa? Você vê lá no capítulo 12: o sol não faz nada, a lua não faz nada, as estrelas não fazem nada, Deus não faz nada, Cristo não faz nada, os anjos não fazem nada. O que acontece? A terra abre a boca e engole o rio vomitado contra a mulher. A Terra que abre a boca são ruperto.
Diz que é a igreja que clama. São os clamores da igreja, são as orações da igreja que a salvam da perseguição, da tribulação. Mas outra interpretação possível é a de que, enquanto o mal vai progredindo e vai crescendo, notem que no capítulo 12, quando o dragão com sete cabeças e dez chifres é desvendado, o autor diz: "ele é a primitiva serpente", ou seja, aquela cobra virou esse monstro horroroso, esse de Amad. Então, veja, o que o autor está querendo dizer é que chega um momento em que as máscaras do demônio caem; ele precisa mostrar a
sua face e, quando isso acontece, os próprios que estavam sendo ludibriados por ele, a própria Terra, abre a boca e engole aquilo, ou seja, não tem alternativa. É interessante que o final do capítulo 12 termina com o dragão sentado na areia das praias do mar. A areia das praias do mar é um símbolo da fertilidade, porque a areia do mar é infértil; ela não produz vida, né? E aí, o que acontece é interessante. Ou seja, no capítulo 12, há como que a síntese de todas as perseguições que a igreja já passou na história. E isso
significa o quê? Que a igreja vai vencer todas as tribulações. Às vezes, elas podem perdurar mais, mas a igreja vai vencer todas elas, e o diabo vai terminar na roça; ele vai ficar na praia. E aí, ele vai chamar o anticristo, que é a besta do mar, que é uma besta terrível, uma besta que tem um poder e que quer imitar o Cristo, porque, inclusive, ela é ferida de morte; ela quase morre. Aí aparece o falso profeta, que é a segunda besta, que é a besta religiosa. Ela é um Cordeiro, mas fala com voz de
dragão. E o que acontece é que essas duas bestas serão vencidas apenas pelo Cristo; só Cristo vai poder vencê-las. O Cristo vai vencer porque ali se diz que a eles foi dado o poder de fazer guerra contra os santos e vencê-los. Ou seja, será o período mais terrível da história da igreja, a grande tribulação. Mas nós não chegamos ainda lá. É por isso que nós não podemos... Há muitos cristãos que ficam desanimados. Você quer ver uma coisa realmente diabólica? São cristãos entreguistas que dizem: "Não, a igreja já perdeu, não adianta mais lutar contra nada disso,
não adianta mais lutar contra aborto, contra ideologia de gênero, contra nenhum desses males; a igreja já perdeu. Agora, nós temos que conservar só os nossos valores e deixar que o mundo siga seu caminho.". Ou seja, entregar-se ao diabo, ao derrotismo. Não, isso é um desconhecimento daquilo que está no livro do Apocalipse. A igreja vai vencer todas as batalhas, inclusive esta que a gente está vivendo agora. A igreja vai sair vencedora dela, só que quando chegar a grande tribulação e vier o anticristo, aí é só o Cristo mesmo para vencer. Mas nós não chegamos lá. E
quem diz que nós já estamos chegando, que não sei o quê, é um bando de pessoas impressionadas que não entendem o que é a cruz. Então, diante de qualquer cruz, dizem: "Ah, é o fim do mundo, é o Apocalipse que não é, né? Fulano de tal é o falso profeta". Isso é um grande desconhecimento da própria história da igreja, que é marcada por altos e baixos e uma idealização de um certo período da história da igreja, como se tivesse havido um período perfeito, sem tribulação, que Santo teve uma vida sem cruz e sem tribulação. Não
existirá nunca, nunca, não é aqui. Agora, isso eu acho que precisa ficar muito claro para quem lê o livro do Apocalipse. Aquilo é um manual de guerra. Ali, nós estamos aprendendo a lutar, estamos aprendendo quais são as estratégias divinas para nós nos mantermos em pé e perseverantes quando as coisas ficarem difíceis. Mas, por enquanto, o que nós estamos enfrentando ainda não é o princípio das dores, não é a grande tribulação. Tem muita coisa para acontecer e tenha a certeza disso: quando chegar tanto o anticristo quanto o falso profeta, a igreja vai ter obtido uma grande
vitória e será exatamente por causa disso que o diabo vai ter que evocar o seu último instrumento de perseguição e destruição. Antes disso, nós vamos vencer todas. Excelente! Ou seja, o sentido anagógico e escatológico são os predominantes neste livro. São os predominantes, mas também tem o alegórico e o moral; tem tudo. A gente pode ler o Apocalipse de diversos modos. Excelente! Puxa, padre, muito obrigado! Que aula! Aperitivo, porque não deu para pegar quase nada; tem que ser uma coisa muito rápida, né? Não, mas o aperitivo é exatamente para o banquete celestial, né? O aperitivo do
banquete do Cordeiro, também da leitura. Muito obrigado! Certamente, eu, pelo menos, estou motivadíssima para conduzir esta leitura, sempre aprofundando e estudando. Eu tenho esse livro aqui, que sempre foi o meu guiazinho do Geraldo Morujão, né? Que foi o primeiro que me explicou o panorama geral. Depois, recorri a outros. Eu tenho, recentemente, estudado do Scott Hahn, os cadernos de estudo bíblico, que também têm uma síntese preciosa. Mas essa das sete correspondências, tomei muitas notas aqui. Já vou preparar, humildemente, uma aula a partir delas. Esta live será aula obrigatória para todos os nossos alunos, veteranos e novatos,
do nosso clube de leitura católica da Bíblia. Muito obrigado, padre! Eu agradeço. Um grande abraço para vocês todos aí e Deus os abençoe. Amém! Muito obrigado! Eu peço que os assistentes... O padre já vai se retirar e eu peço... Que vocês fiquem um instantinho para que eu explique para vocês como funcionará o Clube de Leitura Católica da Bíblia. Nós temos um panorama proposto por esses autores, Tim Grey e Jeff Cavin, de 14 livros narrativos. O livro que nós acabamos de estudar, o Apocalipse, não é um livro narrativo; é um livro profético do Novo Testamento, cuja
interpretação é simbólica. Ele não conta uma história. Os livros que nós vamos ler inicialmente são os livros que traçam a espinha dorsal da história da salvação de Israel, a começar pela criação do mundo, com o primeiro patriarca, Adão e Eva, exatamente esses que pecaram, por quem o pecado entrou no mundo, via tentação da serpente a Eva e a oferta de Eva a Adão, que é o pecado original, a queda. Exatamente a correspondência entre Gênesis 3 e Apocalipse 12 que perfazem o arco da história da salvação, mas Gênesis 1 a 11 será o primeiro módulo do
mundo originário. Depois nós iremos para o segundo módulo, que é o módulo dos patriarcas, quando começa o chamado ao povo eleito de Israel com Abraão, Isaque, Jacó e José. Esse será o segundo módulo do nosso estudo, de Gênesis 12 a 50. Depois nós vamos para o livro do Êxodo, com a saída do povo do Egito e a outorga da primeira tábua da Lei e com a primeira aliança com Moisés, Aliança do Monte Sinai. Depois nós vamos para o livro dos Números, quando Josué alcança a terra prometida, depois de 40 anos de percurso no deserto, 40
anos que é o tempo de purificação e de expurgação dos pecados e da idolatria que o povo herdou do Egito. Como nosso Senhor passou 40 anos no deserto para nos ensinar, nós renovamos, liturgicamente, na Quaresma, esses 40 dias de purgação e purificação dos nossos pecados. Aliás, o deserto é um dos símbolos centrais da Escritura e aparece, como nós acabamos de ver, no Apocalipse também. Depois iremos para os livros de Josué, Juízes e I Samuel, que são os livros que tratam da conquista da terra prometida, Canaã, e da primeira organização jurídico-política com os juízes, até que,
depois, no primeiro livro de Samuel e no segundo livro de Samuel, e o primeiro dos Reis, nós temos o capítulo relativo ao Reino Unido de Israel, que vai culminar exatamente com Davi, depois de Saul e Salomão, que é seu filho. Depois nós temos o Reino dividido com o filho de Salomão, nos primeiros e segundos livros de Reis, depois o exílio da Babilônia, ainda no segundo livro de Reis, depois o retorno à Terra Prometida com Esdras e Neemias, depois a revolta macabeia e até chegar no cumprimento messiânico com o Evangelho de Lucas, depois a Igreja, o
tempo da Igreja com o Ato dos Apóstolos. Então, prestem atenção: esses 14 livros... vejam que nós pulamos Levítico, Deuteronômio, Crônicas, né? Ester, Judite... nós pulamos muitos livros nesse percurso, porque este percurso é o curso da história da salvação com os livros narrativos. Mas nós vamos introduzir com Marcos uma introdução messiânica e intercalar os Evangelhos de Mateus e João entre esses módulos, para sempre lembrarmos o que toda a Sagrada Escritura aponta, que é nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias. Depois que nós percorrermos esses 14 livros e os três Evangelhos intercalados, nós iremos para o Novo Testamento
com as cartas de São Paulo, as cartas católicas e o Apocalipse, que nós acabamos de estudar nessa live, para só então retomarmos o Antigo Testamento com os livros que não foram lidos, mas que agora terão todo o seu sentido. Como diz Santo Agostinho, o Novo Testamento está escondido no Antigo Testamento, e o Antigo Testamento é revelado no Novo Testamento; é como se fossem espelhos, que um espelho é translúcido e perfeito, que é o Novo Testamento. O Antigo Testamento só faz sentido no Novo Testamento, a partir do Novo Testamento, né? Então, a gente vai priorizar o
Novo Testamento, como normalmente se começa, mas no contexto da história da salvação, para depois recuperar os livros históricos, sapienciais e proféticos que nós não teremos lido ainda. Além disso, no Clube de Leitura Católica da Bíblia, que é a proposta de ler a Sagrada Escritura em um ano, todos os 73 livros canônicos da Igreja Católica em um ano, nós temos dois módulos de bônus que nos auxiliam. Um deles é a história sagrada do Povo de Deus, com o contexto histórico de Israel. Como o padre José Eduardo mencionou, é importante nós termos um panorama da história e
da geografia de Israel, e nós vamos fazer isso a partir de um grande historiador católico chamado Daniel, que nos dá as coordenadas fundamentais desse percurso histórico, sobretudo enfatizando a figura dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e os reis Davi e Salomão, e também os profetas. Então, nós temos ali quatro, cinco aulas a partir do contexto histórico. Em segundo lugar, nós temos um módulo que é o de filosofia da religião, a partir de três livros sapienciais, que são os livros do Eclesiastes, de Jó e do Cântico dos Cânticos. Esses livros são tratados filosoficamente, a partir de uma
obra do Peter Kreeft, que é um eminente filósofo católico da atualidade: a vida como vaidade, a vida como sofrimento, a vida como amor. E aí nós temos um exercício de filosofia da religião. E também nós disponibilizaremos para vocês um e-book de mais de 200 páginas com todos os planos de aulas, acrescido de árvores genealógicas e mapas. É como se vocês ganhassem um resumo da Bíblia, mas não um resumo superficial, não um resumo apressado: um resumo detido de todas as nossas aulas, para que vocês tenham uma espécie de livro para poder folhear e lembrar dos principais
nomes, dos principais acontecimentos, das principais figuras. Por exemplo, esta aula do padre José Eduardo será incluída como um plano de aula que pertencerá ao nosso Clube de Leitura. Aqui, aberta e pública, eh no YouTube, os nossos alunos terão a possibilidade de aprofundá-la, de estudá-la a partir de uma organização mental. Então, agora eu vou responder às perguntas de vocês, eh convidando a que vocês cliquem no link abaixo ou no QR Code que está na tela para conhecer o clube de leitura católica da Bíblia que eu eh estou lançando e que terá o grande prazer de receber
novos alunos neste ano, enfatizando que este Clube já foi testado, já foi comprovado, já foi validado num primeiro ano por milhares de alunos. Então, vocês podem confiar que o plano de leitura que vocês receberão já foi executado, já foi exercitado, já foi traçado por milhares de alunos, então vocês têm a garantia de que funciona, né? Vamos lá! O Daniel diz: "Aqui é um livro muito difícil. É um tema interessantíssimo e é um livro difícil, por isso que eu chamei o eminente teólogo e exegeta, que é o padre José Eduardo, para nos ajudar nesse livro tão,
tão complexo." O irmão Luí de Nossa Senhora elogia e diz que é um grande sacerdote. Hã, alguém pergunta aqui: "Qual é o prazo de inscrição?" Olha, o Maon diz: "Deus me perdoe por não poder acompanhar essa live agora, mas vou assistir depois. Duas mentes apaixonantes. Glória a Deus! Muito obrigado." Bem, mais alguma pergunta? O prazo de inscrição é hoje, sexta-feira, 6 de dezembro, até às 23:59. Sejam muito bem-vindos os novos alunos, os que estão se inscrevendo. Muitas pessoas dizendo que vão se inscrever, tá aqui ó. A Edilene diz: "Pergunta: quando é o Dia da inscrição?"
Hoje é o último dia, então sejam muito bem-vindos! Cliquem no botão abaixo e se inscrevam no clube. A Miram diz: "Estou atenta, só aprendendo." Vocês talvez tenham ideia, não duvido que tenham ideia, mas talvez não tenham a noção da magnitude do universo bíblico. E a interpretação católica da Sagrada Escritura é extremamente inteligente, articulada e permite a leitura coesa e plena da Sagrada Escritura. Então, eu fico muito feliz porque eu também tenho, como a Maria Antônia, um maravilhamento ao ver um intérprete católico como Padre José Eduardo decifrando todos esses símbolos extraordinários do Apocalipse. Mas nós também
temos muitos outros livros proféticos na Sagrada Escritura, como o Livro de Daniel, uma parte do Livro de Isaías, Malaquias, e o profetismo faz parte da literatura do Antigo Testamento, como vocês sabem. A Beatriz agradece a oportunidade e gostou muito. Like, like, like! Excelente! O livro que ele menciona, eu não o conheço, mas eu anotei o nome do autor, Bartolomeu Ruser. Não, não conheço se há a tradução dessas sete eh correspondências, né? Me pareceu muito interessante, já tinha visto esta perspectiva, mas não do modo como ele a interpretou. O Aran diz que AD denota a morada
dos mortos, especialmente daqueles que não alcançaram a vida eterna. Essa dupla sugere que as calamidades desencadeadas pelo quarto selo não são apenas físicas, mas espirituais. Sem dúvida, anã eh, tudo aqui é espiritual; tudo tem uma dimensão espiritual. Sem dúvida. Na verdade, aqui tem uma linguagem que se vale de elementos metafóricos para explicar o mundo material. Então, a metáfora metafísica, pela qual a gente fala de elementos espirituais a partir dos sinais materiais. A Glória disse que já está inscrita. Excelente! Glória, muito bem-vinda, fico feliz! O Felipe perguntou se a aula é gravada. Sim, esta aula está
gravada aqui no YouTube, está aberta. Mas ela é um exemplo das muitas aulas que nós teremos dentro do clube de leitura. Então, se você gostou dessa aula e quiser ter outras aulas como esta, inclusive uma aula introdutória sobre o Apocalipse numa outra perspectiva tão didática quanto esta, já está disponível no clube. Se você entrar agora no clube, você terá cerca de 60 aulas sobre os livros da Sagrada Escritura, porque reconheço também que está bem claro e mais claro ainda fica com um plano de aula. Por isso que todas as aulas têm um plano de aula.
Eu projeto o plano de aula aqui na tela e vou comentando para que ele eh para que vocês acompanhem com toda clareza. Eh, se um dia quiser, podemos fazer uma live sobre Apocalipse. Meu foco de estudo é escatologia. Excelente! Robson, ali lhe agradece o presente dessa semana. De fato, foi uma semana muito rica, muitas lives também. Convido a que vocês assistam às lives dos dias anteriores. Tivemos o contexto histórico do nascimento de Jesus com o professor Rafael Tonom, tivemos uma reflexão sobre a Carta aos Romanos com Fernando Nascimento, as figuras de Jesus no Antigo Testamento
com o professor Eduardo Faria, as figuras de Maria no Antigo Testamento com a professora Larissa Menega, e agora os símbolos do Apocalipse com o Padre José Eduardo. Realmente foi uma semana riquíssima! Eu estou muito agradecido por ter sido prestigiado com esses grandes professores e intérpretes da Sagrada Escritura para participarem desta live de lançamento. A Edilene pergunta: "O senhor disse que há pessoas novatas e veteranas. O curso não seria somente de um ano?" Edilene, o curso é uma assinatura anual, de modo que você pode renová-la no próximo ano. E a grande maioria dos alunos atuais renovarão
as suas assinaturas para continuarem lendo a Bíblia, porque a Bíblia se desvela ao longo do tempo. E eu digo que o primeiro ano é só o começo, e que realmente, se você ler a Sagrada Escritura e se engajar na Sagrada Escritura, você não vai querer deixar de lê-la. Por isso que, para os novos alunos, perdão, para os antigos alunos, há dois módulos bônus: um da Vida de Cristo e um de Interpretação de Cristo no Antigo Testamento a partir dos Padres da Igreja. Por isso que há alunos novatos e veteranos, e você que entrou este ano.
Será enfaticamente convidada a renovar sua assinatura no final do ano que vem para continuar, porque, da minha parte, eu não pretendo parar de estudar a Sagrada Escritura e tampouco parar de ensiná-la, porque a gente aprende muito mais quando ensina. O Gilberto acabou de se inscrever. Obrigado, muito bem-vindo! Gilberto, você é um dos muitos que estão se inscrevendo agora, aproveitando as últimas horas do Clube de Leitura Católica da Bíblia. Aqui a Maria pergunta: "Onde está o link?" O link está aqui abaixo na descrição do vídeo e eu vou colá-lo aqui também no comentário que está correndo,
para você poder clicar simplesmente. Aqui, a Edilene diz que é uma excelente forma de retornar ao catolicismo, porque o Daniel disse que é católico de IBGE, mas por influência de minha mãe, estou voltando à igreja. Acha que poderia acompanhar as leituras? Sem dúvida, Daniel! A Bíblia é uma grande catequese e, numa perspectiva católica, eu sempre menciono o catecismo, a doutrina e o magistério da Igreja. Você percebeu que o Padre José Eduardo hoje falou dos sete sacramentos, por exemplo, que são a base da vida litúrgica da Igreja. Falou dos elementos centrais da nossa fé, do Credo
Apostólico. Então, a gente toca em todos os temas centrais: a queda, no caso de Adão e Eva; a promessa com Abraão; a expectativa messiânica; depois, do reinado de Davi; os profetas que antecipam Jesus Cristo; a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo; o papel do Espírito Santo na Igreja; os sete sacramentos; as viagens apostólicas de São Paulo. Então, todos os elementos fundamentais da fé católica serão apresentados na Bíblia, e a própria Igreja tem essa perspectiva bíblica, não só na liturgia, ao relacionar o Antigo e o Novo Testamento, mas na sua catequese. Prova disso é que
o Catecismo da Igreja Católica é plenamente bíblico. Inclusive, você pode assistir aos vídeos que eu gravei aqui no YouTube, são mais de 30 na playlist Bíblia, tratando exatamente do sentido católico da Bíblia, do que é a Sagrada Escritura, de qual foi formado o cânone, de como deve-se interpretar os livros da Sagrada Escritura a partir da tradição apostólica e do magistério da Igreja. Então, certamente você vai aprender a doutrina da Igreja e vai, certamente, acompanhar, sem dúvida. Bem, amigos, já chegamos às 10:20. Eu estou muito contente e continuo respondendo às perguntas quando quiserem. Aqui vocês têm
o QR code para se inscrever também, o link na descrição do vídeo. Eu agradeço muito a companhia de vocês e nos vemos dentro do Clube de Leitura Católica da Bíblia no ano de 2025, cujas inscrições vão até hoje, 1º de dezembro. Muito obrigado, um grande abraço, fiquem com Deus e contem comigo.