Unknown

0 views9078 WordsCopy TextShare
Unknown
Video Transcript:
[Música] [Música] [Música] [Música] [Música] k [Música] [Música] [Música] [Música] h Olá eu sou Pedro desante e a gente tá organizando Então hoje essa aula em torno das duas tópicas do Freud né da psicanálise freudiana Ah eu sou então psicanalista ao vale a pena contar né Eu sou um psicanalista clínico e sou ao mesmo tempo professor universitário há muitos anos há 34 anos né eu tenho uma carreira dividida entre carreira acadêmica mestrado doutorado pós-doutorado publicação de livros e artigos e do outro lado né junto com ser professor e então o trabalho Clínico que é aquilo que
é o começo e o fim de todo o pensamento psicanalítico né a psicanálise é uma teoria que tem sua organização tem sua organização interna que deve ser então confrontada como sistema de pensamento como filosofia eventualmente Mas sempre é bom lembrar que a psicanálise começa e termina na clínica né o verdadeiro e mais importante motor do que a gente trabalha é o sofrimento de quem procura pela gente né essa que é a nossa digamos realidade todo o trabalho teórico ele é rico ele é importante mas ele é sobretudo uma forma de tentar entender e atender ao
sofrimento de quem procura pela gente essa aula que tem como o tema As Duas tópicas franas né ah ela foi derivada né de dois cursos que nós temos na plataforma da casa do saber um chamado Freud fundamental outro psicanálise e mitologia né são dois cursos que tão que geraram né um certo movimento uma certa quantidade de questões essa aula tem um tem vida própria né mas também tem o sentido de tentar dar uma resgatada em algumas coisas que não foram que não puderam ser aprofundadas naqueles cursos remeto vocês naturalmente à plataforma da casa saber ah
tem eu como psicanalista e diversos colegas psicanalistas de excelente qualidade ah além dos das outras dos outros temas naturalmente para vocês poderem também ah ter esse modo de acesso a conhecimento como é que começa essa história mais uma vez eu conto para vocês né que já acompanharam outros cursos meus começo da história é o neurologista Freud numa época 1886 basicamente quando não existia nem psicologia nem psiquiatria Ah o frud é um dos primeiros psicólogos por assim dizer né um dos primeiros autores de teorias da Psicologia quando tudo Tava aparecendo por ali ah O Fred tem
o qu então pacientes de com sintomas neurológicos que ele vai tentando atender tentem imaginar o que que era neurociência 140 anos atrás obviamente é uma coisa muito tosca né mas ele ia atendendo e o começo todo o gancho da psicanálise ele começar a receber pacientes com sintomas com tipo de paciente de Neurologia ou seja dores crônicas paralisias anestesias tremores convulsões ao que levaria qualquer um de nós a procurar por um neurologista hoje e então Fred examina esses pacientes Não acha uma lesão que causasse esses sintomas são estranhos eles são errados anatomicamente o Fred percebe Algo
de diferente com relação a esses sintomas que não era só porque ele não tinha exames de imagem como nós temos hoje mas era um certo eh equívoco anatômico relativo a ao posicionamento desses sintomas o frud percebe então que esses pacientes eram histéricos n isteria ter uma longa história na na história da medicina desde o Hipócrates mas pra gente hoje a gente não poderá se aprofundar muito nisso em todo caso o Freud percebe que os sintomas desses pacientes são mentais eles não são relativos a lesões cerebrais ou lesões neurológicas existem inibições existem associações das partes dos
corpos desses pacientes que fazam com que com ele não funcione corretamente pra medicina da época do Freud né o Freud no mundo de língua alemã trabalhando em Viena né a histeria era um fingimento era uma frescura já que não tinha lesão não teria doença algo muito parecido com o século XX XX vocês sabem também quando uma pessoa aparece hoje deprimida muita gente acha que é preguiça é manha falta de vontade não leer o livro de psicologia positiva de autoajuda aí você vai conseguir etc né o sofrimento desqualificado como falta de vontade né como fraqueza da
vontade né que que que acontece então com o Freud na frente dele tem um paciente dizendo Estou sofrendo me ajuda os livros de teoria os professores falam não tem nada se não tem lesão não tem doença né entre a realidade Clínica do sofrimento de um paciente e a teoria que não entende o que tá acontecendo Adivinha quem o Freud prefere né ele ele se Alia ao paciente né então importante eu tô dizendo de uma forma concisa porque em outros cursos nós já podemos trabalhar isso de outras formas com mais profundidade mas profundamente aqui a ideia
é a seguinte a história da psicanálise é a história de como o neurologista Freud Abriu mão da Neurologia para inventar uma ciência humana eu explico essa expressão num instante uma ciência humana chamada psicanálise para tentar entender e atender os pacientes histéricos ah a partir daí é claro há uma longa história do Fred tentando desenvolver uma primeira teoria da mente uma primeira compreensão do que são os sintomas histéricos sintomas de que né quando nós falamos sobre sintomas a expressão sintomas já significa que o sintoma é a expressão de alguma coisa que ele seja anterior um sintoma
é a expressão de algo de uma causa anterior não adianta nunca você remover sintomas de uma situação o sintoma é apenas a expressão A Espuma da situação Então vai o Freud atrás da pergunta se a causa desse sintoma não é eh uma lesão física anatômica cerebral química eh sintoma de qu E aí então há todo um trabalho do Freud 15 anos de clínica para ele desenvolver a seguinte ideia de novo geral né que eu tô apresentando agora de forma breve porque o assunto da aula de hoje é é um pouco outro né a ideia de
que então os sintomas desses pacientes histéricos são expressões de ideias que estão fora da consciência as pessoas têm então o seu eu a sua mente a sua consciência que é uma nuvem relativamente estável de memória de identidade a nossa identidade feita pela nossa memória pela ideia que eu faço de mim mesmo é um agrupamento de representações às quais eu tenho acesso né e eventualmente o Freud percebe que algumas representações ideias traços de memória pro frud São sinônimos as expressões né estão fora do eu ou foram implantadas fora do eu por serem impressões traumáticas experiências traumáticas
que não puderam ser Integradas e absorvidas pelo eu marcadas Então desde sempre fora do Eu numa mente cindida Agora Numa Mente Consciente e numa outra memória chamada inconsciente Onde fica implantada essa representação um pouco adiante na teoria do trauma acrescenta e a teoria mais definitiva do Freud sobre conflitos psíquicos e desejos né na qual Além De traumas né nesse inconsciente também vai haver a a conteúdos reprimidos desejos que a pessoa tem que entram em conflito com outros desejos que a pessoa tem com sua identidade esse conflito gera na pessoa um sofrimento insuportável e para se
poupar para se defender desse sofrimento uma das tendências desse conflito é reprimida é expulsa para fora do eu e Vai parar Então também neste inconsciente Qual é esse primeiro modelo do Freud esse primeiro modelo do Freud vale para trauma e Vale pro conflito é a ideia de que então uma representação que não possa ser Com perdão da redundância representada mentalmente uma representação que está fora do eu ela é forte Ela é potente ela não tem uma via digamos oficial de expressão e ela vai então vazar so a forma de sintoma aquele sintoma histérico que a
gente vinha vendo que o frad viia nos seus pacientes era a expressão de uma ideia inconsciente quando ah digamos assim é uma expressão lacaniana o Real se apresenta por bem ou por mal quando uma ideia pode aparecer na sua mente enquanto ideia ela é pensamento ela é desejo ela pode ser desconfortável prazerosa desprazerosa mas lá está ela com o pensamento e de alguma forma você tem algum controle quando uma ideia não tem lugar na consciência quando você não pode pensar representar conceber acolher aquele pensamento pelo sofrimento gerado por ele ele está fora do eu mas
né ele vai vazar ele vai vazar por mal ele vai se manifestar a o sintoma é uma atuação é um comportamento que está no lugar de uma lembrança no lugar de uma representação e portanto a partir daí todo o modelo de toda a terapia O criou a primeira psicoterapia 120 anos atrás todo o princípio de boas terapias são né Ganhar consciência sobre aquele conteúdo que está inconsciente se o sintoma é o efeito e e a ideia reprimida ou traumática é a causa Quando eu puder acolher essa ideia na minha consciência Quando eu puder pensar o
impensável até então quando puder dar forma representativa para aquela experiência né o sintoma cessa a causa cessa o efeito Esse é um primeiro modelo do Freud que ele vai resumir numa fórmula muito concisa em 1899 esse modelo chama-se conflito repressão retorno do reprimido esse modelo do Freud ele é muito precioso para ele para ele vai ajudar a entender sintomas histéricos então sintomas obsessivos e então fobia então Psicose então religião então cultura durante muito tempo até os anos 20 né de 1900 até 1920 vai ter esse modelo de pensamento centrado na ideia de inconsciente que vasa
como sintoma né E é em torno desse modelo inicial do Freud né que é a primeira promessa da análise ganhe consciência e o sintoma desaparecerá conviva com a dor conviva com sofrimento mas é mais negócio conviver com o sofrimento do que fingir que ele não está lá né O que você fingir que não está lá está lá e vai te atropelar né então esse modelo vai gerar então um primeiro modelo teórico do Freud no ano de 1895 o Freud neurologista né tenta dar conta dessa a compreensão que eu muito rapidamente contei para vocês né em
um livro que ele não publicou chamado projeto de uma Psicologia para neurólogos nesse livro que o frad escreveu inteiro mas não publicou porque algo deu errado já contto o qu né o frad tenta dar conta desse mecanismo do trauma do conflito da repressão né dentro do contexto da Neurologia que eram o quê partículas materiais a célula nervosa e eletricidade que passa pela célula nervosa o frad tenta dar conta material mente disso cerebralmente disso neuronal Maise disso né mas então o livro bate num limite o Freud consegue explicar repressão deslocamento trauma sintoma mas ele não consegue
explicar consciência O Fred tem um limite no livro trabalhando neurônios partículas materiais e eletricidade ele não consegue explicar o fenômeno das qualidades psíquicas a consciência então ele desiste em gaveta esse livro ficou Até 1950 engavetado descobriu-se depois no baú de alguém e a gente Lê esse livro livro Ela é muito interessante mas o Freud desiste de tentar dar conta em termos cerebrais do que ele tava percebendo clinicamente no grande salto que vem para o livro de 1900 o clássico a Interpretação dos Sonhos onde o Freud inaugura a psicanálise de Fato né aparece então a seguinte
ideia do Freud Olha a gente vai a gente sabe que tudo que eu tô descrevendo aqui se passa no cérebro a gente sabe que não tem uma alma Imortal em jogo aqui né isso acontece cerebralmente mas nós não temos condição de explicar isso hoje que seja né nesse sentido Então a gente vai passar a trabalhar ao invés de anatomicamente a gente vai começar a trabalhar como um como ser Imagine que é como se a mente fosse assim assado ou seja o FR vai criar teoria o que que é teoria teoria é um modelo heurístico é
um modelo abstrato é um conjunto de ideias que tentam ordenar fenômenos o frad Deixa então o da anatomia para criar uma ciência humana O que que é uma ciência humana é uma ciência do sentido uma ciência da experiência da significação como a história é como algumas escolas da sociologia são né uma ciência que não é positivista não quer ser positivista quando diz ah psicanálise não é Ciência não ela não quer é Ciência no sentido positivista ela não é e ela não quer ser ela não tem um objeto diretamente observável ela não quer previsão e controle
ela é uma ciência humana do sentido o Fred então sonhou e ele sempre sonhou isso ele fala a obra inteira Dele quem sabe um dia a química e a anologia conseguem traduzir o que eu tô falando como teoria aqui esse dia não chegou eu arriscaria dizer que não vai chegar porque o Freud foi mais longe do que ele sabia que ele foi ao fazer uma ciência do sentido da significação da linguagem do afeto né A gente trabalha no campo experiencial da pessoa no campo da vivência da pessoa né de modo que é é uma das
perguntas que surgiu né ao longo da dos outros co aco saber né o quanto os avanços da neurociência os maravilhosos avanços da neurociência recentes ah contribuem paraa psicanálise né então a gente pode dizer perfeitamente sim contribuem eu acho que até em linhas Gerais mais convergem do que divergem os avanços da neurociência né No entanto a gente não precisa a Rigor né Nós não estamos em psicanálise esperando por uma fundamentação biológica né é bacana é interessante é rico a gente aprende coisa para caramba né mas o da ciência psicanálise é o campo da experiência é o
campo da Clínica é o campo da significação ele tem vida própria ele não é provisório embora o frud pudesse pensar nisso a nossa mente voltando na interpretação dos sonhos né a nossa mente a gente não costuma pensar nisso mas é espaço virtual a nossa mente é virtual não é só o computador que é virtual o telefone e a realidade virtual a nossa mente é virtual em que sentido né Onde está pega o cérebro disseca o cérebro onde está a consciência onde está né a memória onde tá isso que eu chamo de experiência esse foco de
atenção que eu dirijo a vocês e vocês estão aí me ouvindo recebem né a a nossa mente ela não é alma Imortal paraa psicanálise né nossa mente não é o nosso cérebro nasce com o nosso cérebro morre com o nosso cérebro mas não se reduz ao nosso cérebro você não reduzirá a tristeza o luto a melancolia de alguém a falta de dopamina serotonina seria uma tolice né tentar fazer a redução da experiência né a esse substrato real que lá está químico anatômico que a pessoa tem genético que a pessoa tem né então o frad cria
esse campo e ele fala olha a gente sabe que a mente é virtual a gente sabe que a gente não dá conta de descrever isso em termos neurológicos Então a gente vai fazer teoria e aí então passa de um de uma descrição para um como ser e esse como ser significa agora a criação de um primeiro modelo teórico para compreensão da mente que o frud chama de primeira tópica né O que que é tópica topos é lugar vem do latim Então vai dizer o Freud já que a nossa mente é um espaço virtual ele não
está no espaço né É uma brincadeira eterna de quem estuda psicologia e vai vai fazer a dissecação do sistema nervoso ah Cadê o superg Cadê o ID é uma espécie de piada universal de quem faz psicologia e é claro não está em lugar nenhum né a nossa mente é virtual então o que que o Freud imagina vamos imaginar de fato que a nossa mente é distribuída em lugares isso ajuda a gente a pensar em três lugares que entram em conflito entre si uma tópica é um modelo teórico da mente entendida como espaço né uma distribuição
do funcionamento da mente como espaço para ver se eu consigo entender certas dinâmicas de funcionamento mental de sintomas de saúde de doença então o frud cria o que a gente chama então lá por 1900 né de uma primeira atópica que vai durar pela obra inteira vai surgir uma segunda tópica em 1923 falaremos disso Nesta aula mesmo mas a segunda tópica não substitui a primeira Em que consiste a primeira tópica né consiste na distribuição da mente em três lugares inconsciente pré-consciente consciente são os três lugares psíquicos da primeira tópica a estrela do Pedaço É claro é
o inconsciente né mas o que é consciência o Fred chama de consciência o foco imediato da experiência esse foco que cada um de nós tem nesse instante quando está presente nessa aula quando eu tô dando essa aula para vocês a consciência é o foco imediato uma coisa por vez está na consciência ela é o mais intenso ela é o mais presente a cada momento né Às vezes eu quero prestar atenção no assunto mas uma ideia compulsiva se impõe a mim é ela que está na minha consciência não deixando a vida a presença né do que
tiver acontecendo se impor a mim né A consciência é o f foco imediato de representação a consciência ela é a superfície da mente para Freud como para niet A consciência é apenas um órgão dos Sentidos que foi feito para perceber as coisas de fora mas esse Freud e niet que são muito parecidos filosoficamente em muitas coisas Considero que essa consciência foco de imediato de atenção para fora uma hora ficou metida a besta e olhou para dentro e virou autoconsciência e deu ruim isso virou o homem fraco do niet da genealogia da moral né O Homem
do ressentimento da geneologia da moral no niet e o homem neurótico do Freud esse homem de uma autoconsciência que inibe seus impulsos inibe o fluxo do seu da sua vida em função de uma autoconsciência que inibe esse fluxo né ah falaremos mais de niet n vai aparecer mais vezes nessa aula né em todo caso que é um filósofo maravilhoso né Um pouquinho mais novo que o Freud Mas eles nunca se encontraram infelizmente né em todo caso a primeira tópica que tô colocada assim esse é essa é a consciência se se a consciência ela é apenas
a superfície ela faz uma coisa muito especial a para o Freud é apenas a consciência que sente prazer e desprazer quando uma representação chega à consciência ela tem um sabor ela tem uma qualidade psíquica prazer e desprazer e inúmeras variações possíveis né só a consciência sente isso pro Freud para o Freud não tem ódio inconsciente amor inconsciente eu posso sentir ódio e amor e não saber do quê eu posso sentir angústia e não saber do quê mas o afeto tá sempre na consciência a emoção tá sempre na consciência o objeto é que pode não tá
então a consciência é a superfí ela não é a estrela da história mas ela tem um papel de regulação muito grande na nossa vida porque paraa psicanálise pro Freud nós vivemos em busca de prazer o melhor prazer possível a cada momento levando em consideração a realidade ou alucinando não levando em consideração Mas se a gente vive em busca de prazer e apenas a consciência sente esse prazer ela certamente não é tão sem importância assim é lá que o prazer vai se dar ou não o sistema pré-consciente por sua vez significa toda a memória que eu
posso evocar quando eu bem entender todo o meu eu né que é esse banco essa nuvem razoavelmente estável de representações que configura a minha identidade um quem eu penso ser né e o meu banco de informações é do pré-consciente que estão vindo minhas palavras conforme eu preparei esse curso estou falando com vocês é a memória acessível que eu posso buscar a hora que eu entender né esse é o eu né é a mente mais ou menos equivalentes nesse momento e o outro sistema o outro sistema sim representa uma novidade né a palavra inconsciente nós sabemos
atravessou todo o século XIX o romantismo falava muito sobre inconsciente niet também isso não é uma novidade do frud falar em inconsciente né mas o frud deu para o termo inconsciente na virada do século XIX e pro século XX um sentido muito específico de lugar psíquica topos um o lugar psíquico O que é o inconsciente substantivo né é o lugar onde estão representações intoleráveis ao eu quer representações traumáticas quer desejos reprimidos representações que não têm não podem ser acolhidas pelo eu pela sua intensidade pelo seu poder disruptivo estão cindidos do pré-consciente estão nesse outro lugar
chamado inconsciente né e estando fora da consciência não funcionam segundo as regras da consciência de ordenação de temporalidade de sentido que a consciência tem tem outras regras naquele lugar essas ideias então inconscientes como eu falei no comecinho da aula agora H pouco estando fora do jogo representativo do eu elas são ainda assim muito intensas muito fortes e a sua potência será exercida se ela não pode aparecer como representação aparecerá como ato como sintoma brevemente para quem não viu os outros cursos o que que é um sintoma né Um Sintoma não é al algo de que
outra pessoa reclama de você a coordenadora da escola fala se não fizer terapia para curar esse sintoma vai ser expulsa da escola a namorada fala se não fizer terapia não namoro mais com você isso não é um sintoma né um sintoma é algo que eu estranho em mim é uma coisa que eu acho louca em mim por que é que eu faço isso eu odeio fazer isso me faz mal não faz sentido eu jurei que nunca mais vai fiz de novo ou uma pequena inibição eu quero muito fazer isso está na hora de fazer isso
Quando surge oportunidade eu boicoto procrastino não realizo é uma inibição né então um sintoma é uma coisa que eu estranho em mim é a presença de uma espécie de loucura em mim uma coisa que eu queria muito não fazer mas se impõe compulsivamente a mim e aí parece sem sentido o que que gera o Freud é claro que parece sem sentido o sentido tá reprimido o sentido tá inconsciente e esse sintoma permanecerá como falei no começo da aula enquanto a ideia não puder ganhar consciência o sintoma é a forma de o inconsciente existir ele existe
instantaneamente tudo que está no inconsciente manifesta-se como sintoma como sonho como ato falho como o que a gente chama de formações do inconsciente as formas que o inconsciente vaza sem que a pessoa Entenda seu sentido mas atrapalhando sua vida sobretudo no sintoma ou num pesadelo on no ato falho equivocado na hora mais errada romântica possível uma troca de nome mal trocada sabem o que é que isso vira não é sabemos Ah então basicamente Essa é a ideia né da dinâmica na dinâmica da primeira tópica falando um pouquinho mais sobre ela né o que nós temos
agora é uma forma de entender a relação entre os as três instâncias consciente pré-consciente inconsciente em termos de quantidade de investimento de energia e de quantidade de afeto só uma paravra que o Freud usa também né a gente chega já na teoria das pulsões do Freud que vai ajudar a entender isso mas enfim Enfim uma quantidade de energia ajuda a entender a ver isso quem tiver lido Freud numa edição muito antiga que eu vou comentar também nessa aula da editor mago antes de 2010 conhece um palavrão chamado catexia a representação é catexis é horrível né
É uma questão da tradução inglesa ruim enfim do inglês para português a palavra é investida as representações são investidas a palavra beset em alemão investidas de energia elas podem ser muito ou pouco investidas eu vou tentar na palavra descrever isso para vocês vamos ver se eu consigo tornar isso com sentido para vocês né existe uma linha que separa de pouca energia para Mais energia e mais energia quando uma representação tem até certo nível de energia ela é exclusivamente inconsciente uma representação com sua carga quando ela ultrapassa esse patamar de energia e vai para um andar
de cima ela é pré-consciente eu evoco Quando eu bem entender quando ela chega num nível máximo de energia de investimento ela ganha consciência então a gente pode entender a relação inconsciente pré-consciente consciente em termos quantitativos a quantidade de investimento de energia que essa ideia tem uma ideia inconsciente tem pouco não consegue alçar a consciência né entendendo isso dessa forma como funciona uma repressão Digamos que uma ideia está no seu pré-consciente está na sua consciência é um desejo que entra em conflito com outros desejos que você tenha e gera um conflito que te parece ser incomp
possível não é possível ao mesmo tempo desejar essas duas coisas esse Sou ou não sou vou não vou quero não quero te consome muito intensamente então a mente aciona automaticamente esse não é voluntário esse mecanismo chamado repressão que bloqueia o acesso dessa ideia à consciência a ideia faz pressão para chegar à consciência a o pré-consciente o consciente fazem contrapressão repressão não deixam chegar né E aideia então se você não tem consciência você não sofre porque só a consciência sente isso nesse modelo quantitativo como é que é uma repressão né a repressão significa naquele modelo pouca
carga inconsciente mais pré-consciente mais ainda consciente né uma repressão significa remover a carga pré-consciente de uma representação quando você reprime você tira a carga pré-consciente a representação cai e passa a ser exclusivamente consciente até aqui mas então né é muito abstrato Espero que eu esteja conseguindo descrever para vocês essa carga que sobrou ela vira uma carga livre vira angústia pro Freud na primeira atópica a segue-se a repressão uma situação de angústia porque a carga pré-consciente que estava na ideia reprimida sobra agora como energia livre um afeto de nada angústia estar angustiado é tão desprazeroso quanto
estar com a dor que o conflito dava não é sustentável permanecer angustiado essa energia do do do da angústia vira o sintoma é essa energia que vai recarregar uma outra ideia que vira uma ideia hiper intensa obsessiva ou que vai pro corpo e vira uma conversão estérica então a repressão tira a carga de uma ideia e essa carga passa agora a transformar-se em sintoma esse modelo então foi o que eu chamei para você agora H pouco de conflito repressão retorno do reprimido o Fred ficou muito feliz quando achou essa chave e essa chave que ele
apendeu com este I Como eu disse há pouco ele passa a usar para abrir muitas outras portas a fobia deas obsessiva a paranoia a cultura a religião e ele vai abrindo e assim vão vai a teoria basicamente até os anos 20 com essa primeira tópica Faremos agora uma passagen Zinha intermediária da primeira paraa segunda tópica né que tem a ver com a questão das pulsões e tem a ver com a questão do narcisismo né porque é que foi necessário em 1923 a a elaboração de uma segunda tópica tinha alguns problemas na primeira o primeiro problema
clássico da primeira tópica é perguntar em consciente pré-consciente inconsciente quem reprime quem defende porque eu disse né que pré-consciente é a memória que eu evoco quando eu quiser mas eu não sei que eu reprimo eu não reprimo voluntariamente né então quem é que reprime fica meio sem lugar o frud dá muita atenção para o inconsciente que é a grande novidade da história e fica com menos atenção nesse assunto tem alguns problemas teóricos que o você não consegue resolver mas sobretudo ao longo dos anos 10 né o freed começou a se interessar muito pelo eu Voltou
a se interessar muito pelo eu surgiu ao estudar paranoia ao estudar arte homossexualidade surgiu em 1910 o termo narcisismo né ah surgiu em 1910 no caso schreber numa numa recordação do Leonard 20 e virou um grande texto clássico 1914 introdução ao narcisismo ou para introduzir o narcisismo que aconteceu então o Fred criou um conceito de eu que criou novos problemas para primeira tópica ao longo da primeira tópica o Fred trabalhava com dois impulsos a ideia de que nós somos movidos por duas pulsões dois impulsos um impulso ele chamava de pulsão sexual é a mais importante
pra gente é aquela que busca prazer de toda maneira é uma descarga que busca a Catarse busca prazer a cada instante e ela se opõe a uma pulsão chamada autoconservação manutenção da vida o freed sempre achou que era importante dizer que nós temos dentro de nós dois impulsos que podem até colaborar de vez em quando mas geral estão em conflito ele achou que esse dualismo pcional era importante para dizer o quê antes do conflito entre indivíduo e sociedade que é real existe um conflito interno não é só a vida social que gera conflito eu dentro
sou rachado em dois então sempre foi importante pro F dizer Nós temos dois impulsos uma pulsão sexual que busca prazer uma outra que busca então autoconservação de vez em quando junta quase sempre estão tensas em conflito quando Freud criou parece um super detalhe mas vai ser importante paraa história o conceito de narcisismo ele falou o eu que é investido com energia narcísica ele pode receber a energia da pulão sexual dessexualização trabalhar ele pode ter afeto ele pode ter amigos o eu pode pegar o o digamos o capital da pulsão sexual dessexualizadas coisas né o Fred
fala isso e deixa solto quando chega em 1920 ele faz um outro livro dificílimo chamado além do princípio do prazer eu falo dele já já E aí ele fala gente é o seguinte eu fi meio disfarçado isso mas desde desde 2014 desculpa 1914 né eu criei um problema quando eu falei que o ego pode pegar a pulsão sexual dessexualização realidades no final eu podia dizer é uma pulsão só libido como é pro Jung por exemplo né uma pulsão só uma energia só a libido a libido pode ser autoconservação a libido pode ser prazer o eu
divide e usa para que quer então sem querer diz o Freud eu fiquei monista tinha uma pulsão só eu quero restabelecer a ideia de uma dualidade pulsional Então a primeira dualidade pulsional impulso sexual impulso de autoconservação esses dois impulsos são unificados um impulso que o Freud passa a chamar 1920 para frente pulsões de vida é a segunda dualidade pulsional versus uma outra pulsão seria um buraco mais embaixo um conceito dificílimo muito complexo chamado pulsão de morte pulsão de morte não é agressividade pulão de morte não tem sequer um objeto se tiver objeto já é de
vida misturado Mas é uma espécie de ruído de retorno ao nada é um desejo de não desejar é um ruído né que corrói as liga ações né então a par o Fred restabelece uma segunda dualidade pulsional nos anos 20 pulsões de vida que englobam a pulsão sexual de autoconservação Mas então tem um buraco mais embaixo pulsão de morte segue a dualidade e com esse desenvolvimento do conceito de eu aparecerá Finalmente né a segunda atópica o eu ganhou um papel grande demais ah já não cabia no pré-consciente seria o equivalente né no pré-consciente então em 1923
num livro chamado o eu e o isso o Freud inaugura a segunda tópica antes disso uma palavra importante sobre traduções também apareceu como dúvida nos cursos anteriores e agora especificamente faz sentido falar sobre isso né a gente conhece esse texto classicamente como o ego e o Id Ego ID superg detalhe importantíssimo o Fred jamais usou essas expressões latinas ele falava em alemão eu ir né um uir um sobre eu um super eu e um s que é um pronome ne neutro em alemão como um SA em francês o it em inglês quando eu falo em
português isso não fica legal porque isso é demonstrativo não tem a mesma força não tem o mesmo sentido mas é uma impessoalidade eu falo dele já já o Fred escrevia em alemão corrente ele queria que a linguagem fosse coloquial e você associasse muito com as palavras coloquiais só que nos anos 20 um inglês genial realmente um cara genial chamado James STR que é PS analista também resolveu traduzir sozinho na unha o Freud uma tarefa mas quando ele fez isso ele achou que era importante medicalizar a linguagem do Freud passar alguns termos para latim para suar
mais científico e médico e ele criou algumas coisinhas como para falei agora a pouco para vocês para investimento catexia ou para ato falho para praxia e Finalmente né Para eu eo sobre eu Ego e de superg né o Freud conheceu essa tradução não chegou a criticar mas ele nunca falou esses termos desse jeito né então para falar da segunda tópica vale a pena dizer que nós temos uma questão de tradução né ah o Freud foi traduzido pelo pelo strich para o inglês nos anos 20 e 30 e o Freud morreu em 39 exilado né da
invasão nazista à Áustria ele se exilou no último ano de vida ele morreu em Londres e até por isso durante décadas o centro da psicanálise mundial foi Londres e a tradução inglesa passou a ser a referência né Mundial quando traduziram Freud para português a editora imago do Rio de Janeiro traduziu o Freud traduziu o Freud do inglês porque a Inglaterra era a sede da psicanálise isso gerou uma tradução horrorosa é preciso dizer né tradução da tradução é como é que chama telefone sem fio tem coisas incríveis mal traduzidas do inglês não só a passagem do
Strange do Alemão coloquial para um inglês científico como de um inglês científico para um português mal tem tem assim pretend por Pretender É nesse nível o negócio né Mesmo serbe que a Aquela falsa falsos cognatos aula um Pois é caíram neles né uma tradução realmente muito ruim e indireta né de modo que quando velhinhos como eu estudamos psicanálise nos anos 90 até 2000 a gente não Lia em português é impossível fazer um trabalho acadêmico com aquela edição da imago porque é uma tradição muito ruimte li espanhol eu fui fazer Alemão para fazer mestrado de Filosofia
na USP aí Li o Fredo alemão esse trabalhão que a gente tinha que ter E e essa Editora imago dominava né era dona dos direitos do Freud no Brasil até 2009 quando completavam 70 anos da morte do Freud e aí a obra vira Domínio Público outras editoras puderam passar a traduzir quando foi chegando em 2009 a editora imago muito esperta começou a produzir uma tradução nova Direta do Alemão para não perder o mercado e chamaram o genial Luis Hans professor da casa do saber também H um grande intelectual né que manja de alemão muito e
o Luiz santes coordenou três volumes Se não me engano de uma nova edição da Edit cor magago ah diretamente do Alemão excelentes volumes eu tenho os volumes uma tradução muito boa o projeto morreu né para o bem e para o mal aí Mago talvez não merecesse né ter uma boa tradução do Freud Afinal né Mas a partir daí começamos a ter de 2009 para frente felizmente nós temos o Brasil hoje traduções do Freud ele é domínio público editoras podem fazer suas traduções nós temos três traduções que vem a pena nomear que eu conheço bem a
primeira é da companhia das Letras né que tem falta um volume só para ser completado no momento quando nós gravamos essa esse curso falta o primeiro volume o resto tá traduzido levou 12 anos 13 anos mas finalmente está a tradução coordenada pelo Paulo César Souza que também coordena a a tradução do niet para companhia das Letras O que é muito oportuno né porque daí eles Realmente são autores afins né tem alguns problemas de tradução nós pistas dizemos pulsão sexual impulso sexual ele Manteve a a ideia de instinto né infelizmente porque em alemão faz sentido Traduzir
por instinto isso cria um desconforto entre os psicanalistas mas a tradução é literal Eu já peguei em alemão palavra palavra nós temos uma outra tradução muito boa também com muitos livros de bolso da editora do Rio Grande do Sul chamada lpm livro de banca barato acessível tradução Direta do Alemão muito boa também e uma outra Editora chamada autêntica também tem publicado as obras incompletas uma seleção de textos com outras opções de tradução né Elas são as traduções são diferentes mas todas do Alemão todas muito respeitáveis e todas muito boas para você estudar o Freud alemão
nessas traduções não aparece Ego e superg na compan dasas aparece eu super eu e ID porque o isso não ia ficar legal né então para começar a segunda tópica eu achei que era o momento de falar sobre traduções né ah para dizer então isso nós temos hoje felizmente excelentes traduções do Freud em alemão do Alemão para português e aparece finalmente que o Freud não dizia ég superg né Qual é o centro da segunda tópica é preciso dizer é o eu né o eu normamente entendido como uma nuvem relativamente estável de representações que Medeia a relação
entre mundo interno em mundo externo né o eu é o que a gente chamava há décadas atrás de partido de centro não é o centrão Pelo amor de Deus né é um partido de sabe o hadad é mais ou menos o Haddad um cara que faz meio Espero que quando vocês virem o curso vocês saibam quem é o Haddad mas enfim é um cara que faz meio campo né ele ouve todo mundo quer bater em todo mundo porque todo mundo é batível né mas ele Segura a Onda elegantemente negocia compõe espera partido de centro né
o eu deveria ser esse partido de centro mais ou menos maleável sofrendo a pressão do mundo interno e do mundo externo ele iria a cada momento maleavel né se adaptando as prioridades as urgências de cada instante né o pior perigo do eu é a identidade é ele querer ser idêntico a ele mesmo identidade vocês devem saber é um conceito que informa sobre a minha diferença para com os outros e a minha permanência sendo idêntico a mim mesmo ao longo do tempo o eu vira um grande neurótico quando ele pretende permanecer idêntico a si mesmo quando
o mundo interno muda o mundo de Fora muda e ele se recusa a mudar ele quer continuar sendo ele e aí ele passa a ser uma roupa curta e apertada para uma dinâmica de mundo que não cabe mais ali e essa a tensão da roupa apertada vai chamar neurose né tem uma outra Instância importante chamada super eu o sobree eu poderia ser uma tradução literal para Uber né em alemão que que é o superu é uma autoconsciência o Fred já vinha falando sobretudo sobre neurose obsessiva há décadas sobre Ah o cara é muito autocrítico ele
tem ele pede desculpa no caso do homem dos Ratos caso de 1908 que é um caso de nor sucessiva Ah ele tinha uma consciência inconsciente de descul de culpa Desculpa aí né porque consciência inconsciente é o que dá para dizer hoje né Isso vai seguindo até o Freud perceber então isso nós temos uma uma uma Instância que é um sobreeu eu sou um eu agente eu sou um eu que se auto observa F hum Pedrão isso que você acabou de falar ficou super enrolado grava pede para gravar de novo Vai não ficou legal essa gravação
né Essa formulação não tá boa eu tô agindo e eu tô observando a minha ação constante tempo esse é o sobre mas esse sobreu também ele é turbinado por muitas coisas O sobreu é constituído pelas normas sociais pela minha identificação incorporação com as normas sociais o superio é composto também por toda a agressividade que eu sinto com relação aos objetos mas que justamente por essas normas sociais eu não me permito expressar o ódio que eu tenho cada frustração que eu sofro eu sinto muita raiva do mundo e das pessoas eu quero sair Ah me vingando
né das minhas minhas frustrações mas eu não me permito isso porque as regras Morais assim não deixam toda a agressividade que eu não Expresso espontaneamente volta-se contra o próprio eu o super eu é alimentado constantemente por cada renúncia o Fred fala isso no mod está na civilização e é muito cruel você podia imaginar que quando você é boa pessoa você fica mais tranquilo com você o FR fala é o contrário quanto mais calmo e boa pessoa você é mais raivoso você ter com você para você ser calmo você está repr nendo sua agressividade com relação
ao outro Adivinha para onde ela vai volta contra você então quanto mais você renuncia mais você renuncia Quando mais você tenta ser bonzinho mais culpado você se sente o superg finalmente Vai representar eu falo rapidamente disso também uma espécie de Herdeiro do complexo de épo o superg é O Herdeiro do que um dia foi pra gente a representação do mito do pai não a pessoa do pai que é apenas o mané como nós sabemos né mas aquele mito de quando o pai parecia o mais forte dos homens quando o papai chegar você vai ver Papai
representa a cultura papai representa uma figura de pai que hoje obviamente não não é mais contemporânea das famílias da gente mas aquela figura mítica né da autoridade que inibe meu desejo que me Castra simbolicamente que me diz que eu não sou onipotente que meu narcisismo não vai rolar quem corta meu narcisismo que diz eu quero tudo ao mesmo tempo agora quem corta meu narcisismo é uma função paterna é uma representação paterna uma figura de pai autoritário Que Me enquadra na lei não é agora na sua vez a vez do seu irmão não vai ter para
você Agora é a minha vez Agora é a vez do seu amigo segura sua onda vai ter para você mas agora não é sua vez né a função paterna Castra simbolicamente castração simbólica para psicanálise é libertação tá castração não é mutilação castração é tirar você da onipotência e te lançar para um mundo de desejo e de encontros com autoridade não entendam o mal tá castrar é bom castrar não é mutilar mutilar é o que faz o pai do Psicótico né a castração tira você do da fusão narcísica e te coloca em relação com o outro
com a diferença com o desejo com a busca por conquistas e realizações na vida é um longo assunto que infelizmente também não cabe totalmente nessa aula mas remeto vocês as aulas de épo de outros cursos meus e dos colegas da casa do Saber n em todo caso o a um dia meu pai representava um papai não deixa um dia eu percebo a pessoa física que o meu pai é um cara legal não é legal mas ele cai ele não sustenta mais o mito do Pai esse mito do pai que cai do pai pessoalizada é internalizado
como superg o pai morto o pai do Édipo o pai mítico é internalizado como um pai que me vigia e diz o que pode e não pode o que é certo o que é errado um pai Cruel um pai violento porque que turbinado por aquela agressividade que eu disse a vocês há pouco volta contra mim cada vez que eu abro mão da minha agressividade né então o superg é todo esse olhar é uma autoconsciência é agressividade voltada para dentro são as normas sociais e a internalização o Eu já falei isso em outros cursos também o
superego está para a função paterna como o ego está o eu né está para a função materna o nosso eu é constituído do encontro e Desencontro com aquela pessoa que exerce a função materna pra gente a gente vive fusão vive afeto um dia se separa dessa função materna e o que a gente traz Do Luto da Separação com essa função materna é o arcabouço Voltamos ao hadad Ah é o Arc bolso do próprio eu da minha estrutura do do meu eu o eu que eu tenho a minha pele o meu corpo é feito da relação
que eu tive e é da qualidade da relação que eu tiver tido com a minha mãe com a minha função materna a estrutura que eu tenho O entorno que eu tenho as fronteiras que eu tenho né são fronteiras que eu tive na relação e que na Separação com a mãe na elaboração do luto por separação transforma-se agora em meu eu o eu é herdeiro da função materna o superu por sua vez é um herdeiro da função paterna é o que eu internalizou trago para mim daquela figura de não de limite de frustração de enquadramento na
vida social o superior tem então essa cara de uma crueldade mas e que será tanto Mais Cruel membro de um paciente obsessivo que dizer ah eu sou pobrinho mas eu durmo morrendo de culpa super frustrado na vida será que aquele cara que rouba os outros dorme feliz eu dizer dorme dorme feliz para caramba quem não dorme feliz é quem renuncia Porque quanto mais renuncia se ressente por ter renunciado né É esse o mecanismo terrível do super eu que retro se retroalimenta em crueldade ao eu né a cada vez que o eu faz o que é
certo renuncia à agressividade com relação ao outro aí nós temos o Ok eu super eu e tem o isso né o ID né O que que é o id o id é muito interessante o FR define o ID como um uma impessoalidade que nos move isso É bem interessante isso é muito forte que que é uma impessoalidade que nos move né eu vou fazer mais uma citação inha aqui ao niet né niet Se não me engano humano demasiado humano criticando o descart aqui que duvida de tudo menos que tem um eu que pensa né o
o o niet umaora fala olha pensa-se Mas quem foi que disse que por trás desse pensa-se tem que ter um sujeito tem que ter um eu é um pensa-se o pensamento existe o pensamento não presume que existe um sujeito como o descart constrói na formulação do penso logo existo se eu penso eu existo gente fala não pensa-se quem foi que disse que tem que ter um sujeito atrás esse pensa-se do nit escreve-se esct Isso pensa um pronome impessoal pensa é exatamente isso esse Isso pensa esse pens é isso wid é uma impessoalidade é uma pulsional
é uma uma motivação né que me move o id não é o inconsciente ele é energia ele é impulso né ele não tem um conteúdo ele é força sobretudo e é uma força que nos move né Então esse é o Manancial pulsional que sustenta a nossa vida agora duas coisas importantes pra gente começar a amarrar essa aula uma em torno esse conceito de ID eu super eu e mundo externo o Freud em dois textos importantes de 1923 e 24 neurose e Psicose e a perda da realidade em neurose e Psicose né e o Freud acaba
dizendo o seguinte um jeito de entender o que que é neurose e Psicose é pegar a segunda tópica e dizer quando eu cede muito a realidade deixa a realidade a frustração mandar e deixa o ID de lado quando eu é arrastado para o não para a frustração da realidade ele é neurótico quando eu abandona a realidade e o superu e se deixa levar pelo id aí ele tá jogando no campo da Psicose então Fred acaba dando um pouco essa noção maleável e dinâmica dizendo o eu se aproximando demais do id psico Tiza se aproximando demais
das frustrações do superior e da realidade e ele então neuroti outra coisa importante para dizer para vocês clinicamente muito importante o Freud não fala muito sobre isso mas é uma derivação n área do Freud né é a seguinte ah quando eu falo sobre simbolização na primeira atópica condensação deslocamento na Prim formação do Son na primeira atópica simbolização na primeira atópica é trocar uma representação por outra onde eu tinha uma fantasia de matar o papai agora ten um medo de um cavalo como acontece no caso do pequeno rans eu troco uma representação por outra mas e
quando eu interpreto um conteúdo na primeira atópica eu tô buscando o conteúdo latente o conteúdo a a representação inconsciente que está por trás do sintoma quando Freud introduz o conceito de ID na segunda tópica aparece toda uma dinâmica Clínica e de simbolização diferente porque na segunda tópica a simbolização não é só uma representação por outra a simbolização pode ser pela primeira vez dar representação ao impulso que nunca teve forma é ligar pela primeira vez a pulsão a uma ideia é dar forma pela primeira vez uma interpretação não é necessariamente descobrir o que estava escondido uma
interpretação pode passar a ser dar nome para pela primeira vez a algo que nunca teve nome uma primeira ligação o ID é um manancial do novo e esse novo não tem ainda representação eu não estou apenas atrás de representações latentes e inconscientes eu estou atrás da possibilidade de dar nome voz palavra representação pela primeira vez ao impulso é todo um campo Clínico gigantesco que se abre com relação ao que é interpretação nem tudo tá reprimido algumas coisas simplesmente estão brotando pela primeira vez né e há níveis de repetição portanto que não tem a ver com
repressão aí de novo Lacan que é um bom leitor do frud nisso dirá o Lacan o inconsciente resiste a pulsão insiste eu consigo interpretar e tirar sintomas né que são resistência mas há planos de repetição que eu não consigo mover o frud ficar mais humilde clinicamente depois dos anos 20 ele percebe que aquele modelo Se eu ganhar consciência o sintoma some esse modelo não é não dá conta há planos de repetição há níveis profundos de repetição que mesmo uma interpretação bem feita não vai poder dissolver há um plano de insistência e repetição pulsional é um
buraco mais embaixo que a interpretação provavelmente não conseguirá alcançar né A então para começar a amarrar essa história a segunda tópica traz esses elementos a uma muita gente fala que a segunda tópica o Freud é mais fraquinho A primeira é do inconsciente ele é mais radical a segunda é do eu ela é mais psicológica mas lembre-se sempre junto com a segunda tópica pulsão de morte junto com a segunda tópica complexo de edico então a segunda tópica não é mais fraquinha não é mais psicológica Ela traz a radicalidade da poção de morte Ela traz a radicalidade
da do complexo de castração para finalizar essa aula Ah o Freud Então fez duas tópicas ele sobrepõe a desen do freid sobrepondo no EGO e o ID numa numa conferência de 32 chamada a dissecação da personalidade psíquica o Freud desenha uma sobre a outra e vale a pena dizer o seguinte para começar a fechar na primeira tópica inconsciente é um substantivo ou inconsciente é onde estão é o lugar onde estão representações excluídas na segunda tópica inconsciente volta a ser um adjetivo o ID é inconsciente o sug é quase super eu é quase inteiro inconsciente o
eu é em parte inconsciente reprimido é uma coisa inconsciente volta a ser um estado né volta a ser um adjetivo a mente é quase toda inconsciente ela não é reprimida né Ela é adjetivamente inconsciente só um pedacinho dela é consciente tá então um jeito de entender a primeira para a segunda é na primeira tópica inconsciente substantivo na segunda na segunda tópica inconsciente é um adjetivo o reprimido tá lá mas uma boa parte da mente é consciente também finalmente o Fred é um cara que inventava conceito a cada texto escreveu por 50 anos cada texto conceito
novo ele fez duas tópicas a gente poderia brincar dizendo se tivesse vivo hoje estaria na 15ª tópica o Fred não trata a sua teoria como coisa nós como freudianos filhinhos do Freud fetichizam a teoria a primeira tópica a segunda tópica o Freud não fazia isso se ele tivesse vivo ele estaria na 25ª tópica com conceito não é coisa conceito não é realidade conceito é um instrumento para pensar e sobretudo pensar a clínica se o instrumento ajuda a pensar bom instrumento se o instrumento não ajuda a pensar taca fora faz outro né a gente não deve
fetichizar a teoria né não deve transformá-la em realidade realidade é sofrimento realidade é vida realidade é a clínica né é a experiência da gente no mundo né e a psicanálise contemporânea lança a mão de muitos outros conceitos que o frad sequer podia conceber é óbvio ele morreu em 39 né mas faz parte digamos da Lealdade ao papai Freud inventar inventar criar criticar e criar novos modelos né o Freud é genial né E é claro a gente a gente tem vários outros gênios da história da psicanálise e a clínica continua nos mobilizando nos provocando né a
pensar Freud fala muito com o mundo contemporâneo né outros autores também mas mas o Freud não ajudará a pensar se você tratá-lo como texto sagrado que não pode ser mexido é para sacudir o Freud é para ele poder ajudar a gente a pensar tá bom então essa foi a nossa aula Espero que tenha podido esclarecer coisa para vocês Muito obrigado até uma próxima [Música] [Música] [Música] [Música] C [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música]
Related Videos
Freud: a sociopatologia da vida cotidiana | Renato Mezan
50:24
Freud: a sociopatologia da vida cotidiana ...
Café Filosófico CPFL
217,065 views
PSICANÁLISE E MITOLOGIA: UMA INTRODUÇÃO - Aula Gratuita com Pedro de Santi
29:11
PSICANÁLISE E MITOLOGIA: UMA INTRODUÇÃO - ...
Casa do Saber
21,447 views
Entenda o conceito de SUBLIMAÇÃO em Psicanálise
18:37
Entenda o conceito de SUBLIMAÇÃO em Psican...
Psicanálise em Humanês - Lucas Nápoli
27,336 views
O que é o Mito de Édipo? - Pedro de Santi ensina Psicanálise e Mitologia | Casa do Saber
29:58
O que é o Mito de Édipo? - Pedro de Santi ...
Casa do Saber
10,431 views
Dos conceitos fundamentais da psicanálise
1:08:08
Dos conceitos fundamentais da psicanálise
ESPEcast
4,473 views
Freud explica nossa relação com a tecnologia? - Aula com Pedro de Santi | Casa do Saber+
49:53
Freud explica nossa relação com a tecnolog...
Casa do Saber
20,327 views
Como Freud explica as Relações Humanas?
24:55
Como Freud explica as Relações Humanas?
Casa do Saber
8,296 views
Espinosa, Deus e a teoria do conhecimento - Aula com Clóvis de Barros Filho | Casa do Saber
31:02
Espinosa, Deus e a teoria do conhecimento ...
Casa do Saber
90,070 views
QUEM SOMOS NÓS? | Sigmund Freud por Luiz Felipe Pondé
1:33:59
QUEM SOMOS NÓS? | Sigmund Freud por Luiz F...
Quem Somos Nós?
1,895,304 views
A FACE OCULTA DE SIGMUND FREUD
30:49
A FACE OCULTA DE SIGMUND FREUD
Brasil Paralelo
275,973 views
Filósofo da Mente Explica Consciência e Mente - Dr. Osvaldo Pessoa | Lutz Podcast #235
2:12:21
Filósofo da Mente Explica Consciência e Me...
Lutz Podcast
106,690 views
Conceitos de Freud e Lacan: Christian Dunker fala sobre a Psicanálise da Existência | Casa do Saber+
24:01
Conceitos de Freud e Lacan: Christian Dunk...
Casa do Saber
38,089 views
Freud, Você e o Mundo: como o desamparo humano muda a sociedade? - Aula com Andrei Venturini Martins
21:24
Freud, Você e o Mundo: como o desamparo hu...
Casa do Saber
24,771 views
sigmund freud: a sociopatologia da vida cotidiana, com renato mezan
2:03:05
sigmund freud: a sociopatologia da vida co...
instituto cpfl
117,690 views
Introdução  à Psicanálise | Rubia Zecchin e Claúdia Martins
1:00:00
Introdução à Psicanálise | Rubia Zecchin ...
Instituto ESPE
66,364 views
Psicanalista: Doenças Mentais Não Existem! - Christian Dunker | Lutz Podcast #211
1:59:05
Psicanalista: Doenças Mentais Não Existem!...
Lutz Podcast
274,626 views
Introdução aos Fundamentos da Psicanálise  |  Dra. Helena Lima
1:56:21
Introdução aos Fundamentos da Psicanálise ...
Instituto ESPE
49,613 views
O jovem Dr Freud - Documentário completo e dublado - IEB Psicanálise
1:35:32
O jovem Dr Freud - Documentário completo e...
IEB Psicanálise - A academia dos terapeutas
149,627 views
A ORIGEM DA PSICANÁLISE | Daniel Omar Perez
24:27
A ORIGEM DA PSICANÁLISE | Daniel Omar Perez
ESPEcast
7,511 views
A História da psicanálise e suas vertentes | Christian Dunker | Falando nIsso
57:48
A História da psicanálise e suas vertentes...
Christian Dunker
48,502 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com