o Olá Sejam todos bem vindos Eu sou Professor Wesley Barbosa e no vídeo de hoje nós vamos falar sobre mimesis este que é o tema do mês de fevereiro do nosso grande projeto anual de introdução à teoria literária vamos falar da minha esses principalmente a partir da obra de Aristóteles a arte poética o poética mais claro vou trazer também a opinião de outros autores para enriquecer um pouco mais nosso debate a respeito da mimesis então gente o verde vai estar bem bacana Eu já queria pedir para você curtir comentar você possível compartilhar o vídeo para
que outras pessoas tenham acesso e claro se inscreva no canal e Ative o Sininho das notificações para que você seja informado dos futuros vídeos nosso canal está apenas começando sua trajetória esse engajamento neste momento é fundamental Então bora lá ó e eu vou deixar aqui na descrição do vídeo o link para quem se interessar em comprar algumas das obras que eu vou comentar aqui no vídeo tudo bem lembrando sempre que vocês que têm comprado através do meu link estão ajudando também a manter este canal e acha ajuda é fundamental Não apenas no meu caso mas
para todos aqueles que produzem conteúdo de qualidade aqui no YouTube então continuem apoiando hoje até claro que eu ter optado por trazer a mimesis como um tema específico em meio a 12 que serão explorados neste projeto anual de introdução à teoria literária já mostra o modo especial com meu olho este tema que realmente o tema da Mimis a questão da minha Sis para mim é uma das mais importantes na literatura é uma das que melhor definem o texto literário elas que Aristóteles Fala em outro momento um modo geral não é apenas Aristóteles que entrada da
mimesis falam em outro momento com outro objetivo mas eu acho que sim a mimesis re significada ela tem muito a ver com a própria essência do texto literário e na minha opinião é um dos elementos que Mais especificamente que servem para conceituar para demonstrar para destacar a natureza limpa do texto literário em relação às demais formas de produção humana é lógico que para isso é necessário que trabalhar adequadamente com o conceito de mimesis isso aí entra um pouco na questão da tradução tá é traduzir mim vezes não é fácil inclusive existe um certo consenso entre
os tradutores a respeito disso aqui nas tradição que me Serviu de base ou o tradutor toca neste ponto da não a respondência Total entre a mimesis aristotélica e sua tradução para o português que a costuma ser a questão da imitação e é bem verdade que sim meses não está ligada puramente a noção de imitação tal qual nós a conhecemos da gente mimetizar não seria para o pensamento aristotélico não seria por isso simplesmente copiar alguma coisa a arte que é definida por Aristóteles como uma manifestação métrica ela não teria o objetivo de trazer a realidade tal
qual ela se apresenta para o anto textual para o âmbito do objeto artístico de modo geral nele não fala apenas de literatura é e nesse sentido a até mesmo hoje em dia dá para se verificar muito da certeza e da correção deste deste conceito desta compreensão aristotélica porque se nós e talvez única médica fotografia estaria próxima de ser uma cópia do real e mesmo assim é dentro de uma de uma intenção artística a fotografia sequer ela chega copiar o Real tal qual ele é afinal de contas trabalhando com saturação ou seja um jogo de cores
sombras e etc e outros elementos é você consegue até mesmo na fotografia recriar aquela realidade que está sendo a captada então assim a mimesis não é pura e simplesmente a cópia ou Tradutor aqui desta versão que é Paulo Pinheiro Ele toma uma solução que eu acho muito pertinente que a noção de imitação criadora tá então a mimesis para Aristóteles e de acordo com a proposta é de Paulo Pinheiro seria uma imitação criadora uma imitação create Ou seja que vai além da Cópia que estabelece algo novo imitação que cria que não apenas Copie ele não utiliza
essa expressão o tempo inteiro ele apenas coloca em nota e ele vai preferir ou trazer a noção de mimese ou a nossa limitação quando ele está mesmo traduzindo o texto aristotélico mas a solução que ele encontra é para indicar ao leitor uma possível compreensão da noção de mimas é muito adequada tá eu acho interessante também a nossa em mim mas isso como recriação tão seja criar novamente é é essa que eu adoro é assim que eu entendo a questão da mimesis e tem muito a ver com a própria noção de literatura trazida por mas o
Moisés aqui no livro que nós tivemos como base para as considerações do mês de janeiro a respeito da literatura onde ele vai dizer que no e no literário cria-se uma realidade paralela ou seja uma nova realidade uma outra realidade o que seria isso senão uma recriação e o que seria isso se não fosse uma adaptação do conceito aristotélico de mimesis e para Aristóteles mímesis seria representar a realidade não da forma como ela é Mas da forma como ela poderia ser essa noção do Poder ser ela está ligada verdadeiramente e a uma recriação tá ou seja
não está presente no texto literário ou na pintura na escultura ou seja lá em que forma de arte com a qual se está lidando não está presente a realidade exata está presente a realidade recriada fruto de uma mimese criadora igual propõe aqui o Paulo Pinheiro a recriação recriação esta que estabelece uma para realidade na noção de mas o Moisés e na noção que eu gosto de seguir tá Ih a respeito disso cabe fazer uma leitura uma situação aqui de um ponto da poética de Aristóteles quando no seu Capítulo 9 do seu texto Ele disse que
com efeito o historiador eo poeta diferem entre si não por descreverem os eventos em verso ou em prosa isso aí é com isso ele já diz faz um equívoco muito grande e associar a a literatura a presença de um verso uma estrutura tá hoje em dia que nós temos outras manifestações literárias que não sejam inverso né Nós temos a prosa os romances e os contos mas ainda assim se tem muito uma noção de estrutura uma estrutura como delimitando o texto literário ou se eu teria que ser dividido em capítulos a um romance deveria ter uma
organização em parágrafos um conto deveria de ser de tal forma e etc e a realidade é bem diferente tá se não for algo que transcende a forma como nós poderemos estabelecer por exemplo como sendo literatura uma obra de Saramago ou um texto muito curioso que chegou aqui em casa certo o dia que é o peso do pássaro morto um texto é classificado como romance pela autora e eu acredito que pelo rapaz que fez a a introdução ao livro mas quem inverso tá eu ainda não me detive sobre a obra para estabelecer de acordo com a
crítica literária que eu com a qual eu comum Que tipo de texto seria aquele mas a o fato é que sim a verdade de um romance ser escrito em verso então se a estrutura é livre se a estrutura ela pode ser re significada é de acordo com as intenções ali do escritor de acordo com uma série de questões esse sim podem ser feitas outras manifestações do Engenho humano que não necessariamente sejam literatura através de uma estrutura que se aproxima do texto literário ou seja em verso numa divisão em capítulos como se fosse um romance ou
algo deste tipo Então já daí se vê que a questão extrapola a forma em si hoje em dia muito mais sexta Apolo mas já na época de Aristóteles isso aí é é significativo e o autor fala que deve se a bem mais além para que se consiga conceituar a eu que verdadeiramente é literatura tá gente é Então ele continua dizendo o poder se irão apresentar Os relatos de herodoto em versos pois não deixariam de ser relatos históricos ou se servirem ou não dos recursos da metrificação màs porque um se refere aos eventos que de fato
ocorreram ou seja o historiador Enquanto o outro aos que poderiam ter ocorrido ou seja o poeta ou seja o artista tá festa noção do que poderia ter ocorrido é aí que está a noção de mimesis para Aristóteles que vem juntamente com uma outra noção claro que a noção de verossimilhança tá a Vera semelhança ela ajuda a entender esse ter que poderiam ter ocorrido como aportando aí uma verdade inerente à obra que enfim vai justificar alguns acontecimentos que podem estar ali presente e que não necessariamente se ligam a uma realidade factual uma realidade observável é dentro
do mundo real nós fizemos e tudo isso gente faz com que a Aristóteles seja extremamente atual faz com que eu gosto tanto de suas ideias que elas sejam aplicáveis sim uma noção de literatura moderna contemporânea porque é muito do que ele coloca nós podemos justificar a partir de obras e mais obras que estão por aí como a literatura fantástica o realismo mágico todas essas obras que sim são verão Sims e são verossímeis porque a estrutura desenvolvida desde o início do texto o ambiente a mágico ali criado a possibilidade as possibilidades que foram sendo construídas estruturalmente
dentro da obra fazem com que haja uma verossimilhança é em em relação aos fatos Sobrenaturais que ali podem acontecer é o que acontece por exemplo com o livro Um dos livros que analisamos em janeiro aqui no canal a novela aura de Carlos Fuentes eu vou deixar aqui nos casos para vocês darem uma olhada a os acontecimentos ali que superam o âmbito da compreensível puramente através da realidade A Que Nós aprendemos no nosso dia de eles são justificáveis espera pela Vera a semelhança interna daquela obra Tá e isso Aristóteles a representa muito bem ao longo e
sua poética A esse respeito eu vou citar aqui um trecho do dicionário de termos literários de mas o Moisés onde ele falando sobre o maravilhoso a a verossimilhança dentro do maravilhoso Ele diz que a intervenção exterior a fábula deve proceder da sua própria estrutura CR coerente congruente e não imposta ou enxertada com um co bom então é aí que está a noção de verossimilhança um dos elementos constituti vos mais fortes para a criação da mimesis segundo Aristóteles ao lado da noção de necessidade está este fator que a Vera semelhança que justifica a existência de uma
imitação da realidade tal qual Ela poderia ser e Não especificamente exatamente igual ao que ela é é necessário dizer que ela está feliz não foi o primeiro a tratar da questão da minhas está inclusive antes dele até tratando assim de forma mais mais direto e mais aprofundado por que define um pouco mais o que é a minha cesária estados cita mas ela não tem uma preocupação de definir os elementos que ele com os quais ele está trabalhando aqui na poética EA minha visão deles mas antes dele vem Platão e até estabelece melhora um pouco a
noção de mimesis faz compreender muito mais para quem está pegando o texto pela primeira vez alguém que pega pela primeira vez a a poética e pega pela primeira vez e a república eu diria que sai entendendo mais a noção de mim mas a partir de Platão do que a partir de Aristóteles as tá se a gente pegar só é claro o texto a pura e simples da obra não pegar as notas de rodapé e etc é na República Platão ele vai criticar um pouco a arte um pouco não ele vai criticar bastante a porque segundo
ele a arte seria uma imitação é em terceiro grau tudo bem nós teremos um plano ideal onde as coisas estariam em seu estado puro conhecido como plano das ideias e Lógico eu não vou me te ter aqui Nisso porque não objetivo a base aqui Aristóteles eu vou apenas citar Platão mas futuramente a gente entra Mais especificamente no texto Platônico tá então existiria se ter plano ideal não existiria a realidade a partir da qual a nós temos um simulacro do que seria este plano ideal tudo bem Ou seja a realidade ela já seria uma imitação inferior
as ideias tá e a arte seria uma imitação da realidade ou seja o modelo Jamais seria alcançada através da arte que em verdade não se não se não mira no modelo mas sim mira na realidade que já é uma imitação do modelo então a arte seria esta imitação em terceiro grau que antes de trazerem se a verdade que temos lá naquele modelo seria assim uma deturpação desta verdade porque afinal de contas né seria eu uma mentira em terceiro grau a diferença de Aristóteles é basicamente em relação a Platão e lógico a respeito dessa diferença gente
tratado já foram escritos tá não seria e em dois ou três minutos de vídeo que eu estabeleceria aqui definitivamente estas esta diferença mas basicamente assim nós poderíamos apontar que enquanto Platão se liga muitas têm noção da mentira e destaca o fato de que a o não com P este modelo ideal seria um problema Aristóteles ele não está preocupado com trazer para se há algo ideal mas sim é claro Ele está preocupado na forma como a o artista ele recria esta realidade recria lógico adaptando aí eu com seita Mas a partir do modo como o artista
recria a realidade é não estabelecendo uma imagem precisa mas sim uma imagem possível e a partir daí ele conduz a algo tudo bem E este algo E se nós temos a estrutura da mimesis para Aristóteles como sendo a apoiada Na necessidade e na verossimilhança esta estrutura construída adequadamente ao longo do desenvolvimento da fábula ela conduzir isso um ponto alto um momento Sublime ali daquele daquele fenômeno que seria a catar se tá a Catarse que é onde Mira Aristóteles é aí onde Aristóteles ver a grande riqueza do do da arte de um modo geral mas Mais
especificamente da tragédia que é o que ele ele é um dele se debruça melhor ela acha que nós não estamos hoje fazendo um comentário geral da arte poética de Aristóteles Hoje nós estamos trabalhando a minha Sis a partir de Aristóteles futuramente no próximo vídeo quando nós estivermos a nos dependendo de um modo geral sobre a poética eu colocarei aqui um pouco da divisão da obra em partes digamos assim o que ela privilegia mais e etc tudo bem mas a independente de ele se de ter mais viver maior grandiosidade na tragédia ou enfim dele e partir
também de uma noção Geral de arte como um todo falando aí de vários tipos de arte essa me meses ela conduziria algo e esta condução leva a uma catar se katase que enfim é um termo que se origina pelo que nós vemos aí a partir dos estudiosos e etc ela se origina do plano médico tá da Aristóteles ele tem uma formação familiar em medicina se opera um médico e Aristóteles ele tem uma formação também nesta área e acatar seria como que a purificação do corpo tudo bem o nível alguns entendem a Catarse como sendo a
o alívio do corpo né retirar as tensões do corpo a partir da contemplação ali daquele aqueles feitos colocados ali que eu já vou tratar melhor deles mas há muitos outros autores dizem que essa essa Catarse essa purgação essa Purificação ela se dá também numa e principalmente no âmbito a psíquico tá ou seja haveria ali uma Purificação dos Sentimentos da própria alma do indevido do contemplador né ou talvez não só do contemplador mas também até mesmo dos próprios atores ali envolvidos no espetáculo é a partir da contemplação daquela daquele sentimentos tá que seriam o sentimento do
pavor e da comoção indeterminado o ponto da sua poética Aristóteles o seguinte amnese tem por finalidade não apenas a ação conduzida a ser o termo mas também os acontecimentos que suscitam o pavor EA compaixão Então seria como que a observando o desenvolver daquela daquele enredo ali daquela fábula e com a situação do Herói ali demonstrada o espectador se identificando esta contemplação daquele sofrimento daquela revira-volta que se dali e que e que causa um determinado desenrolar naquele naquela tragédia naquele texto de modo geral nós ampliando este conceito para o âmbito da literatura como todos é esta
contemplação geraria a Catarse dos sentimentos que o próprio contemplador tivesse tudo bem ou seja a Maria e a purificação dos seus próprios sentimentos porém gente a mimesis ela não se dá de uma única forma tá caso ela se desse uma única forma não haveria diferença entre as artes não haveria diferença dentro da literária entre a tragédia EA comédia entre a epopeia Então para que haja essas diferenças para que nós vejamos diferença entre por exemplo no plano atual tá gente entre um romance uma música entre um poema em uma pintura e uma escultura e etc é
necessário que a imitação ela se de diferentes formas e Aristóteles ele vai falar o seguinte a respeito disso a epopeia EA poesia trágica também a cômica a composição de tiran bica EA maior parte da aula ética e da citar estica todas são tomadas em seu conjunto Produções métricas entretanto diferem umas das outras em 3 bom homem porque efetuam a amnésia em diferentes meios ou bem de diferentes objetos ou bem por que mimetizam Diferentemente Isto é não do mesmo modo então é a partir deste momento em que Aristóteles vai estabelecer aquela clássica divisão da minas né
em três aspectos ou seja os meios os objetos e os modos os meios estariam ligados à utilização de cores de melodia de ritmo da ou seja da linguagem com que aquela arte com que aquela forma mimética aquela produção médica se se produz tá então é a expressão a partir de um meio que diferencia por exemplo a dança da epopeia tá enquanto que a dança se utiliza puramente único meio de expressão da dança é o ritmo a Apple pencil e o ritmo da métrica da linguagem entendem em segundo lugar viria a expressão por meio do objeto
tá e como objeto Aristóteles coloca a a representação de homens melhores ou piores do que nós mesmos e aí estaria a diferença por exemplo entre a tragédia EA comédia embora ela se aproxima em alguns pontos mas elas têm essa diferença substancial que é o fato de a tragédia representar homens melhores EA comédia representaram homens a piores do que nós isso através das ações que são ali é desenvolvidas nesses dois tipos de obras tá e possível a diferenciação a de acordo com o modo ou seja como que é a partir de qual modo este porta se
expressa a isso tem a ver com a questão da existência de uma narrativa a existência de uma Oi e a neste ponto em que existe a diferença por exemplo entre a a epopeia de Homero por exemplo elida e uma tragédia como Édipo Rei tá embora ambas imitem seres superiores a nós tanto a epopeia quanto a tragedy elas diferenciam Pelo modo como elas são expressas a epopeia a narrativa através de versos e a tragédia sendo o drama para arrematar essa noção de mim meses a partir de Aristóteles e indo além de Aristóteles um pouco também porque
o objetivo nunca trazer apenas uma visão tá existe aquela obra que serve de base mas existem também outras contribuições que eu trago e aqui eu quero trazer a contribuição de Luiz Costa Lima através desta obra que a mimesis e modernidade formas das sombras onde eu e a trabalhar um pouco da noção de mim meses primeiramente entre os gregos está entre os antigos e depois ele vai trazer a questão da Mimis na modernidade vai explorar isso mas o que nos interessa aqui é basicamente a onde ele vai falar sobre Aristóteles é em que ele diz que
mais do que nunca me meses não pode ser tomada como imitatio ou seja aquela noção que nós já temos abordado de que minhas meninas não é a para Aristóteles puramente uma imitação da realidade se virmos que isso não seria correto sequer empatam pois a imagem não é o duplo da coisa que se refere e porque é incapaz de representar as ideias em Platão a mimesis é sinônimo de um campo fantasmao é o outro da sombra nem sequer a própria sombra pois esta ainda suponha um corpo que a projeto em Aristóteles ao invés animes partilha das
leis que governam a física é uma potencialidade que se atualiza em um produto isso aqui é fundamental gente para entender o que é a mimesis em Aristóteles a minha meses em Aristóteles seria de acordo com Luiz Costa Lima em uma interpretação que para mim é muito importante e riquíssima ela é uma potencialidade que se atualiza em um produto Ou seja a potencialidade é que ela tem muito a ver com aquela história do aquilo que poderia ser e não que é quero isso até o ou seja existe uma realidade em potencial que pode vir a existir
que se atualiza no âmbito da obra literária no momento mesmo de produção ali daquela obra tá aí depois ele vai aprofundar um pouco mais trazendo é dois autores eu quero trazer aqui o que esses dois autores a comentam porque isso vai ser fundamental para a própria compreensão de mim esses que Luiz Costa Lima vai ajudar a desenvolver a partir de Aristóteles o primeiro autor que é o manfred fuhrmann ele diz o seguinte perguntamos se uma obra de arte que modifica o objeto imitado deveria ser chamada de imitação isso aí verdadeiramente é uma pergunta que muitas
pessoas fazem um segundo autor que vai ser e Manuel Martin Nolan ele diz o seguinte fiz jamais nos escapasse essa certeza prévia que a mim mas isso poema dualidade do real e do representado nós estaríamos mortos é preciso dizer a única aumente e ironicamente salvar esta dualidade sob pena de ver naufragar uma interpretação que não deve conduzir senão a esta questão filosoficamente subsidiária a imitação transpõe representa esprime este Lisa idealiza mínima transfigura e etc mas curtiu custe deve ser entendido que ela imita Ou seja que se refere a um real a que virasse super por
como um plano a um plano então sim existe aí de acordo com o mar senhor uma umas uma sobreposição daquele real a trazido através da Minas da ação me métrica é um real que se sobreporia um outro real que é o da realidade factual enfim mas que não se limita o Comper esta realidade palpável mas sim a fazer esta série de transformações que é a transpor representar esse primeiro a utilizar idealizar mimar transfigurar Então tudo isso estaria pressuposto na atividade criadora E aí arrematando Luiz Costa Lima ele vai trazer uma interpretação da mimesis que eu
acho muito interessante ele vai trazer a ideia de que esta recriação presente na minha esses ela não é o que se dá apenas no momento de produção da obra e cabe gente nós darmos um certo crédito ou pelo menos refletirmos a respeito da colocação dele ele disse que o próprio momento de recepção de contemplação daquela obra ele é também um momento de recreação E aí ele coloca o leitor também como responsável por uma mimesis e ele vai dizer o seguinte Vista em si mesma a mim meses é diferente como guia é ao contrário uma produção
análoga a da natureza não sendo o homólogo de algum referente tanto ao ser criada quanto ao ser recebida ela o é em função de uma estoque prévio de conhecimentos que orientam sua feitura e sua recepção Luiz Costa Lima Ele vai além tanto dos autores que se tu anteriormente como também um pouco de toda uma tradição de Interpretação da obra aristotélica Porque ele disse que não existe essa necessidade já que a mimesis é essa é possibilidade de real né o Real como poderia ser e não como é ela não teria uma dependência da realidade ela estaria
sujeito a uma série de bagagens de conhecimentos e de ideologias que são colocados e que servem para transfigurar este real seja no momento de produção da obra seja no momento de reprodução Olá seja naquele momento em que nós enquanto leitores também damos Nossa interpretação a obra e trazemos no neste é fenômeno de interpretar e de ressignificar trazemos também uma nova minha esses para ela tá E ele fim da dizendo como a demais esse estoque prévio varia de acordo com a posição histórica do receptor Isto é com a ideia de realidade trazida por sua cultura com
sua posição de classe com seus interesses e etc o que o receptor põe na obra é em princípio historicamente variável e distinto do que aí punha o criador então vejam que interessante nós a partimos aqui de Aristóteles mas nós trouxemos aqui no outro uma outra visão a visão que é a visão de Luiz Costa Lima que dialoga muito com o que eu vejo tá sobre a Literatura eu vejo o momento de ré e se deve Claro a minha trajetória de estudos até mesmo no mestrado onde eu me baseei na estética da recepção para tecer considerações
a respeito do fenômeno literário e Luiz Costa Lima Ele é filiado a estética da recepção também então tudo se casa e Luiz Costa Lima ele traz essa noção de mim mas isso como recreação como o estabelecimento de uma de uma realidade possível é como passível de extrapolar o âmbito da produção e chegar ao âmbito da recepção isso fica evidente quando nós vemos que nem sempre um autor por mais grandioso que seja e que eles sejam um sucesso de público e de crítica ele consegue falar tão especialmente tão ricamente a todas as subjetividades sempre vai ter
alguém que não vai se identificar tanto com aquele com aquele autor sempre vai ter alguém que não vai receber também a sua obra e recentemente eu fiz aqui no vídeo de Janeiro do nosso próprio poeta do ano aqui no canal que Carlos Drummond de Andrade eu fiz um comentário a respeito da máquina do mundo e um dos inscritos o Liam a quem eu deixo o meu abraço ele colocou lá Olha eu não quero aparecer arrogante mas eu não vejo muita beleza em casa Drummond de Andrade e etc enfim um autor que é sucesso de público
e de crítica e eu não vejo problema nenhum em linha assim como em várias outras pessoas não verem beleza em Carlos Drumond de Andrade isso porque para aqueles leitores o processo catártico não se deu tomando aí a nossa de Aristóteles porque porque não houve aí o diálogo perfeito entre o modo como o autor recria a realidade eo modo como leitor recria a realidade isso é extremamente possível de acontecer arte a subjetividade arte tem a ver com a preferências gostos trajetória ies.edu é muito comum e é muito aceitável que um determinado leitor não se identifique com
uma obra e claro Aristóteles tinha seu objetivo e Aristóteles não entenderia desta forma tá mas enfim o conhecimento está aí para ser aperfeiçoadas com o tempo né gente também nós formas entender que tudo morreu com os gregos é diríamos que a ciência também morreu há muito tempo o que eu não quero crer Tudo bem então lógico Aristóteles está na base da minha compreensão sobre muita coisa inclusive sobre literatura mas sempre ao espaço para gente ampliar e eu acho que Luiz Costa Lima EA estética da recepção ampliam de forma muito rica a noção de mim meses
trazendo-a para o outro lado do fenômeno literário no caso aí o lado da recepção é isso amplia demais as possibilidades de interpretação do conceito de Minas Oi e da própria natureza do texto literário como um todo o texto literário que surgiu de uma recriação da realidade mas que também é no seu ponto alto que é o ponto da o momento da Leitura que afinal de contas para isso que ele é criado para ser lido também ali se dá uma recreação te dá uma recriação da realidade se dá uma recriação da obra a obra passa re-significar
e a ser diferentes obras de acordo com os diferentes leitores nas diferentes circunstâncias de leitura em que este processo se dá então gente é isso é Lembrando que esse é o primeiro vídeo tá ainda teremos aqui um segundo vídeo onde vamos falar de um modo geral sobre a poética tá falando daí da divisão da obra como todo o seu a primazia que ela dá a tragédia entre outras coisas tá falar um pouco da tradução citar a diferença dessa tradução para outra que eu tenho aqui Aqui também é muito boa tá mostrar os pontos um de
cada uma delas aí sim Então teremos ainda o segundo vídeo sobre a poética este vídeo de hoje específico sobre a mimesis é claro que não tratamos de tudo sobre animes e seria impossível no vídeo Apenas mas apresentamos a uma proposta de a ampliação do conceito que eu acho que vale a pena se não concordar Claro ninguém é obrigado a concordar com nada mas pelo menos a refletir a respeito porque é interessante né então eu agradeço muito a audiência de vocês espero que se gostaram se engajem comentem a deixem aí sua opinião a respeito do ouvido
e do meu trabalho tudo bem Muito obrigado a todos e até o próximo vídeo E aí [Música]