boa tarde é o mundo precisa de gente e não somente de profissionais competitivos é a gente se deu conta dessa afirmativa quando em 2008 nós estamos fazendo uma oposição andamento da nossa marca e chegamos à conclusão que a gente não tava gostando dessa do que a gente estava criando é porque tudo que aparecia era mais do mesmo simplesmente fazendo mais do mesmo é ea gente acabou contratando uma empresa de consultoria em estratégia a partir da sustentabilidade mas não para tratar da sua sustentabilidade mas mostra mais para tratar especificamente da estratégia da empresa e essa e
essa consultoria veio é em vez de nos trazer respostas ela vai nos fazer perguntas e muitas perguntas e talvez a pergunta mais importante é que a gente se permitiu fazer naquele momento foi assim é a nossa empresa desaparecesse hoje que mundo perderia e depois de muito diálogo muita conversa a gente percebeu que não perderia nada mundo não perderia nada porque o mundo tá montado num sistema de grandes estoques de grandes capacidades produtivas e até mesmo os colaboradores da empresa teriam acesso novos empregos rapidamente então a gente se assustou um pouco com isso e percebeu que
nós participávamos de uma legião de batedores de carteira foi muito duro ter essa essa impressão dentro de nós né que faz o batedor de carteira né eles tenta chegar na carteira do consumidor ou do usuário mais rápido que todo mundo pegando a mais cheia esvaziado logo para não deixar espaço para o concorrente é assim que a gente se sentia que a gente pensou assim puxa mas será que esse é mesmo o nosso propósito ser batedor de carteira depois de uma história de quase 90 anos e aí nós temos quando o sinpoci então voltar lá pra
trás pra esses 80 e tantos anos que a gente tinha na época e vamos olhar o que os fundadores tinham na cabeça deles quando ele estava criando a empresa tira então dos princípios e dos valores dos fundadores nós trouxemos tudo isso o valor presente como se diz e montamos os nossos princípios construir os nossos princípios que nós possamos chamar de direcionadores que são aqueles princípios que iriam direcionar nossa atuação no mercado a nossa ação um é que nós vamos trabalhar daqui pra frente é então vou eu vou falar um pouquinho sobre esses cinco direcionadores esse
é o primeiro e talvez o mais importante deles atuamos em função das pessoas quando a gente diz que atua em função das pessoas parece uma coisa muito simples e muito óbvia e todo mundo acha que faz isso né e aqui hoje a gente já viu um monte de exemplos né mas quando a gente coloca pessoas no foco a gente percebe que o lucro passa a ser uma conseqüência e eu não combinei com thomas né gente percebe que o lucro passa a ser uma conseqüência e aí muda a história de tudo que a gente faz é
simplesmente a empresa vira vira de cabeça para baixo ou talvez de cabeça pra cima - nosso caso é de cabeça para cima enquanto direcionadores assim buscamos soluções relevantes com simplicidade que são relevantes relevantes para quem né então nós achamos nosso conceito soluções relevantes são aquelas acções aqueles relacionamentos que tem significado para as pessoas com quem a gente atua e não valor econômico o outro direcionadores assim somos éticos em todos os nossos relacionamentos que significa cético no nosso ponto de vista é significa considerar as pessoas enquanto a gente atua com elas é considerar todas as pessoas
todos os relacionamentos que a gente faz é considerar elas mas não a partir daquilo que a gente quer atuar com elas mas a partir do que elas pensam a relevância delas o significado delas qual é o significado que elas trazem pra quando elas estão atuando com a gente preservamos para a posteridade esse é o tema da sustentabilidade é preservar para a posteridade mas a questão aqui é o seguinte o que nós nos demos conta é que precisa preservar enquanto você está atuando e não depois que já atuou isso tudo aí não adianta mais recolher o
lixo então é preferível a gente previne e fazer e cuidados impactos enquanto a gente está atuando enquanto a gente está fazendo aquilo aquilo que a gente faz todos os dias a gente tá cuidando dos impactos também e atuamos em mercados éticos que valorizam a vida significa dizer que a gente não quer mais participar daquelas atividades é é que precisam que preciso se legitimar ou preciso é esse garante economicamente a partir em função de vícios ou de qualquer outra iniqüidade e sócio ambiental a gente não quer fazer parte do negócio num que não têm valorização da
vida né bem mas pra fazer tudo isso aí rodar para fazer um sistema desses rodar numa empresa de 80 anos a gente se deu conta que precisava de pessoas nessa vai reunir as pessoas que usava unir as pessoas e as organizações os parceiros com todo mundo com que a gente tivesse algum tipo de atividade e aí nós construímos esse esse nosso compromisso institucional né de unir pessoas e organizações para construir sobre para criar soluções sustentáveis é mas como é que a gente une as pessoas se elas têm graus diferentes de poder e aí não funciona
né então nós pensamos assim por que então vão começar dentro de casa e aí a gente começou a trabalhar no nosso modelo de gestão o nosso modelo hierárquico de gestão e entendemos que precisava então horizontalizar toda a nossa hierarquia e é um trabalho que tem início mas não tem fim então a gente está na caminhada a gente continua fazendo hoje a nossa organização ela é coordenada todos os processos de produção comercial financeiros enfim tudo produção é coordenado por várias é coordenadora e facilitadores que trabalham em colegiado então dessa maneira a gente acredita que começa a
dar voz para mais gente né e não tem aquela história do chefão chefe chefe né 1 um em cima do outro né não a gente tenta trabalhar de uma forma mais mas é mais horizontalizada é mais o e aí a gente viu a gente queria trazer assim algumas alguns símbolos que nós criamos né dentro da nossa operação lá para traduzir um pouco disse que a gente feche a gente tá fazendo um dos símbolos é as nossas rodas de conversa então a gente passou a fazer muitas rodas de conversa em uma das rodas mais interessantes que
a gente tem feito lá é a roda de chimarrão é não é uma invenção nossa é é a cópia de uma empresa parceira né agora o chimarrão funciona assim a gente toma chimarrão sentado em roda com torno de 15 pessoas por uma hora de conversa mas conversas sobre o quê né essa ótima razão já existe há mais de dez anos na empresa até pouco tempo atrás a gente conversava sobre assuntos que nós queremos levar para as pessoas a gente se deu quando assim em consideração essa com as pessoas né então a partir de um tempo
pra cá nós estamos a a à medida que as pessoas são convidadas para participar da roda elas trazem assuntos que elas querem conversar na roda ea gente vai fazendo uma roda onde todo mundo conversa sobre tudo o que traz então são 15 pessoas são 15 assuntos de todos esses assuntos a gente amar a eles todo no fim da roda então vai um ajudando o outro as pessoas epá participam na verdade da vida dos outros e aí vem assim como vêem problemas em soluções vêm coisas muito bacanas e às vezes muitos problemas né é um outro
símbolo da nossa atividade é são as nossas em função da nossa pegada de emissões de gases efeito estufa a gente visava diminuir a nossa nossa pegada ea gente viajava muito estava muita muita energia muitas emissões em viagens e nós pensamos que temos que derrubar essa essas emissões e resolvemos então parar de viajar ou viajar muito menos e aí a gente passa a fazer reuniões a partir de vídeo conferências é e aí a gente pode sim puxa mais a videoconferência não é igual a uma reunião presencial na verdade não é mesmo né mas quando você informa
que o parceiro do outro lado da linha lá o propósito pelo qual você está pedindo pra fazer essa reunião de em videoconferência ao invés de você pegar um avião e até lá gastar emitir e tudo mais o parceiro te ajuda no que ele conseguisse ajudar pra fazer com que essa reunião seja é a melhor possível e resolva da melhor forma a os seus problemas é um outro um outro exemplo outro símbolo foi nos nossos cortes sistemáticos de produtos né a gente passou a cortar uma série de produtos que nós produzimos a comercializarmos porque simplesmente eles
começaram a não bater mais no nosso propósito a gente não conseguia mais deitar a cabeça no travesseiro de nós pensa em nossa amanhã vou ter que fazer vender aquele produto como é que vou chegar para vender isso né não bate mais com o que eu estou sentindo né em produtos licenciados produtos feitos pra cadeia de indústrias com quais a gente não quer mais é trabalhar enfim uma série de produtos mas o mais bacana de tudo isso é é que assim é a vida na nossa empresa mudou muito né é mudou sistematicamente porque a gente não
tem mais um objetivo atingir nós não temos mais um porto de chegada o nosso o nosso corpo é todo dia a caminhada caminhada de todo dia que a nossa chegada então não tem mais um grande objetivo a nós vamos dobrar de tamanho nos vão triplicar não tem mais nada disso tem a caminhada como é que a gente faz a caminhada que caiba dentro do nosso propósito que caiba dentro daquilo para qual a empresa foi criada há 90 anos atrás e aí a gente acaba fazendo a gente acaba construindo é um modelo de vida é muito
mais prazeroso né é ao mesmo tempo muito complexo porque a gente precisa considerar coisas que não se considerava antes antes nós não tínhamos todo esse pensamento todo esse cuidado toda essa consideração com as pessoas a gente gostava mesmo de ganhar dinheiro e crescer o faturamento a partir do momento que bota pessoas como foco muda a sua vida e as coisas começam a ficar mais prazerosa e as pessoas perguntam mas como é que se sabe que está dando certo é só olhar nos olhos das pessoas é olhar o brilho nos olhos ea partir desse brilho nos
olhos você percebe que as pessoas estão engajadas então fazendo aquilo que elas realmente acreditam que vale a pena fazer com as pessoas então assim a gente nesse com esse brilho dos olhos a gente não precisa mais se preocupar em enganar as pessoas né é tentando convencê-las de que elas precisam comprar o seu produto porque ele é melhor do que o pior do que o do concorrente né porque são também uma opinião minha né pode ser que o usuário não tem essa mesma percepção do meu produto a gente não precisa mais é ter medo de cometer
erros porque a gente percebe que o erro faz parte da caminhada ele faz parte é resultado dos nossos aprendizados enquanto nós nos relacionamos com as pessoas e esses erros muitas vezes eles são necessários e são até muito queridos e muito almejado dentro da empresa para que a gente aprenda com eles a gente não precisa mais se preocupar com os objetivos os objetivos são a própria caminhada é a nossa é o nosso dia a dia é a partir do cotidiano que a gente constrói e tudo que a gente quer construir é então assim o que a
gente percebe talvez o mais legal de tudo isso é que a gente se percebe que não precisa mais ser um grande um super profissional competitivo a gente precisa mesmo ser a gente