ÚLTIMA AULA | Do Iluminismo aos Marxismos (panorama do curso)

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Isto não é Filosofia
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sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso núcleo de Formação filosófica dessa vez aula de conclusão do curso do Iluminismo aos marxismos meu nome é Vittor Lima Eu sou seu professor de Filosofia de hoje de sempre isto aqui não é [Música] filosofia bom eu tô fazendo essa aula aqui gravada porque nós tivemos um impecílio no ao vivo e a sorte aqui foi gravar na medida em que eu eu dava aula ao vivo então vocês vão ter aula eh de modo completo aqui Não se preocupem tá a seguir vamos ao ao Panorama do Marxismo do Iluminismo
aos marxismos aproveitem Espero que sirva como uma revisão para quem assistiu ao curso inteiro Espero que sirva como uma né uma revisão no sentido de estímulo né ou uma visão primeira para quem não assistiu oo curso e que se sinta motivado a estudá o curso do Iluminismo aos marxismos faz parte do núcleo de Formação filosófica que é a nossa escola de filosofia Ah com uma formação completa para você que é só um curioso e quer se tornar um verdadeiro Pensador em filosofia nós por tempo limitado como comemoração de fechamento do curso estamos concedendo um desconto
de 15% para você entrar no núcleo de Formação filosófica e se tornar um aluno oficial um membro ou como eu gosto de chamar um João de Barro aquele que ajuda a construir a nossa casa financeiramente inclusive o link está aqui embaixo no primeiro comentário fixado e é isso Aproveite enquanto a promoção está aberta ela fecha em pouquíssimos dias agora fique com a aula Espero que você aproveite Até logo nesse Panorama nós falaremos aqui na introdução do porqu que o curso foi estruturado dessa maneira E aí Nós faremos um resumo uma síntese do primeiro módulo que
foi iluminismo do segundo que foi o módulo sobre o cant do terceiro que foi sobre idealismo e romantismo alemães do quarto que foi Hegel do quinto que foi Marx e do sexto que foi marxismos por que que o curso começou no Iluminismo o insite fundamental veio de uma provocação dos alunos vocês sabem Vocês que são Joes de Barro que em Outubro desde 2022 nós votamos anualmente qual vai ser o o curso do ano né E ali nós nós fazemos um um meio que uma reunião geral para fazer um balanço de onde nós estamos no núcleo
de formação e Para onde vamos né já há 2 outubros nós fazemos isso neste inclusive de 2024 Nós faremos de novo ali a gente fez a o balanço e em seguida a gente fez uma votação e vocês me provocaram para fazer um curso sobre Marx essa foi esse foi o curso ganhador curso sobre Marx só que o meu desafio era falar sobre Marx aá núcleo de Formação filosófica é ou não é e como é que é falar sobre Marx a lá núcleo de Formação filosófica é falar de modo profundo e para entender Marx é claro
que é preciso entender Hegel e para entender Hegel é claro que é preciso entender o contexto do idealismo e do Romantismo alemães só que para entender o idealismo e o romantismo alemães é preciso entender ali a a que ele estava eles ambos né estavam reagindo que era o iluminismo e para entender o Iluminismo é preciso sobretudo entender a sua figura Central Kant Vitor Por que não foi mais para trás porque aí uma hora tinha que ter um corte certo e o Iluminismo costuma ser considerado como um dos Marcos da filosofia moderna indo pra filosofia contemporânea
então eu resolvi parar no Iluminismo até porque lá no no no núcleo de Formação filosófica nós ainda não tínhamos e aulas sobre Iluminismo Nós já tínhamos aulas sobre rousse ah Nós já tínhamos aulas sobre David hilme cant mas não sobre Iluminismo como um todo então resolvi preencher esse esse vácuo que lá estava E aí essa foi a proposta do curso do Iluminismo aos marxismos e como nós aqui não temos a restrição exatamente da Universidade Nós não precisamos terminar num semestre curso Então eu a alonguei bastante para que o curso tivesse o tempo que ele precisasse
por isso que o curso durou mais de um ano mais de um ano eu diria que se a pessoa entrar hoje e quiser fazer o curso ela consegue fazer em dois meses ela consegue fazer em dois meses se ela assistir as aulas numa velocidade eh acelerada ela consegue fazer em dois meses se ela quiser ver tranquilamente ela consegue assistir ao curso em 4 meses tranquilamente assim eh se ela quiser fazer muito devagar ela faz num semestre entende mas esse é o o objetivo aqui do núcleo Porque nós não temos o compromisso de entregar um conteúdo
que caiba num semestre nós temos a liberdade de fazer o conteúdo que é necessário inclusive no tempo que é necessário Então essa foi a proposta é possível dizer que cada um de nós aqui que acompanha o curso tem muito mais propriedade de falar sobre Marx do que grande parte das pessoas que falam sobre Marx por aí porque nós não estudamos só o Marx inclusive eh foi um requisito que eu que eu coloquei para mim mesmo que esse curso teria que falar não só sobre o autor Marx mas sobre as interpretações do Marx para mostrar que
elas divergem muito umas das outras embora haja convergências e para mostrar que não existe o tal do Marxismo cultural aquele Espantalho que montaram para dizer que todo mundo hoje é comunista e que foi um grande Espantalho que se Montou nos últimos anos aqui no nosso país emprestado né e termo esse emprestado de uma guerra eh cultural que não começou aqui então estudar na minúcia na minúcia proposta pros nossos termos aqui né ninguém aqui quer ser um especialista em Marx nós todos aqui estamos querendo ser leigos cultos leigo culto é aquele que não é especialista no
assunto mas quer falar sobre o assunto com propriedade que ir além do superficial queer ir além daquilo que todo mundo sabe ou que finge que sabe então essa foi a proposta aqui Marxismo Talvez seja um dos assuntos mais pesquisados na internet brasileira e nós eu tenho orgulho de dizer percorremos uma jornada que raramente alguém percorre e temos um tesouro nas mãos um conhecimento que raramente Alguém tem então isso tudo se deve a vocês que financiaram esse curso financiam o núcleo de forma núcleo de Formação filosófica e sem vocês isso aqui não existiria tô muito orgulhoso
então palmas palmas não só para quem fez o curso o professor mas sobretudo pros alunos que estão aqui presentes nessa aula sala de aula virtual e que fizeram Esse negócio acontecer Muito obrigado muito obrigado tá vocês estão de parabénss por terem enfrentado essa jornada comigo ao meu lado Ok dito isto vamos então terminar a introdução e começar o panorama do Iluminismo então o Iluminismo teve essa apostila aqui ó a capa da do Panorama do Iluminismo foi essa aqui né coloquei aqui alguns nomes que nós abordamos na época nós abordamos Rousseau eh nós abordamos David nós
abordamos k nós abordamos David pinker e o Sérgio Paulo ran pegamos dois iluministas contemporâneos né um brasileiro e um e um norte-americano Eu resumi numa tabela aqui que é o Iluminismo então nota a gente abordou o Iluminismo por um texto eh canônico clássico basilar da história da filosofia que é a resposta à pergunta o que é o Iluminismo do cant foi publicado ali em 1789 iluminismo em alemão é al clarum e esse texto é base lá para entender o que que é o Iluminismo em termos filosóficos certo aqui o cant explica o conceito de esclarecimento
ou iluminismo que são duas palavras que traduzem o termo of clarum né esclarecimento ou iluminismo ele afirma que ocorre o Iluminismo quando uma pessoa sai da menoridade que ela se impõe a si mesma ou seja uma minoridade autoimposta que é a incapacidade de pensar por si mesma sem a orientação de outras isso é o o a menoridade autoimposta ele argumenta que a responsabilidade pela menoridade é do próprio indivíduo porque a causa não está na falta de entendimento Olha que curioso mas na coragem mas na decisão daí a palavra A a frase clássica sapere Alde tem
coragem de fazer uso do teu próprio entendimento Eis o lema do esclarecimento essa ousadia é manifestada no uso público da razão entre aspas quando qualquer um enquanto erudito faz perante seu público leitor né E ali a sua emite a sua o seu parecer a sua opinião trata-se do direito de criticar aquilo sobre o que alguém detém algum conhecimento porque conhece o assunto de que fala por isso o Iluminismo de certo modo pode ser essencialmente interpretado como uma filosofia cética isto é uma filosofia que reivindica para si o direito de tudo criticar e de tudo duvidar
inclusive de si mesmo por cética cética não é só eh a dúvida pela dúvida O ceticismo né o ceticismo é sobretudo a investigação constante e a reivindicação de que tudo é passível de ser criticado isso é o ceticismo na sua origem grega lá com pirro de Elis então o ceticismo alcante filosoficamente falando é o movimento filosófico é o movimento de ideias é o movimento cultural cujo espírito é o de que é preciso criticar tudo Inclusive a si mesmo é preciso criticar tudo Inclusive a si mesmo o Iluminismo portanto não no entanto portanto é um ceticismo
nesse sentido não porque duvida de tudo mas porque reivindica o direito de tudo criticar certo inclusive esse mesmo só que esse movimento que gerou grande parte do espírito da modernidade e todos nós que nos orgulhamos de desse direito de tudo criticar somos de certo modo iluministas nós somos de certo modo bastante eh eh crentes otimistas na na na capacidade da razão né uma vez que a crítica é uma crítica racional eh nós nós iluministas nós não passamos sem crítica e a crítica veio inclusive eh de um autor que nós estudamos no no curso dois autores
melhor dizendo do Adorno e do rimer no século XX não mais no século X que é quando nasce o Iluminismo a escola de Frankfurt um grupo de pensadores críticos incluindo teodor adoro e rimer desenvolveu uma crítica do Iluminismo influenciada pelo Marxismo na chamada teoria crítica em dialética do esclarecimento um texto de 1944 o esclarecimento é pensado como um itinerário da razão para tornar o mundo compreensível e manipulável pelo homem ou seja o ímpeto do Iluminismo não seria só o de tudo criticar mas o de tudo compreender e o de tudo dominar o de tudo compreender
e o de tudo dominar só que esse domínio da Razão não é com base em qualquer tipo de razão é uma razão muito bem delimitada é uma razão por eles denominado na na esteira de outro filósofo marxista chamado lucat George lucat de razão instrumental ou seja uma razão que não se pergunta pelos fins mas só pelos meios ela quer compreender como tudo funciona para aumentar a eficiência Econômica não importa que consequência daí advenha só que a razão que que que se governa única e exclusivamente pela eficiência escolher os melhores meios para atingir os fins de
apostos e nunca questionados é uma razão destrutível uma razão destrutível a dialética do título da obra aponta para caráter contraditório do Iluminismo Qual é o caráter contraditório o Iluminismo promete a emancipação Ou seja a tal da maioridade que o Kant menciona n o pensar por conta própria no entanto ele entrega dominação ele assegura a libertação dos mitos né ismo é um grande movimento de reivindicação da ciência moderna mas vira ele mesmo uma mistificação por quê Porque a razão instrumental ela mesma nunca é questionada ela é sempre aceita como se fosse o modelo de pensar por
Excelência independentemente das consequências a que leva essa é a crítica aqui do dialética do esclarecimento dialética porque tem esse esse caráter contraditório no Iluminismo promete emancipação entrega dominação é contra mistificação mas ele próprio se mistifica né esse nesse sentido no entanto ainda no século XX principalmente na nossa atual época o livro que eu peguei aqui do pinker eh de 2020 é uma tentativa de reabilitação do Iluminismo para além dessa crítica no livro iluminismo e barbar de 1993 do autor brasileiro Pensador brasileiro filósofo brasileiro Diplomata brasileiro e ex-ministro da cultura autor da famosa lei ran Sérgio
Paulo ran diz que a crise da modernidade é segundo ele mesmo uma crise de civilização a civilização são os ideais de universalidade individualidade e autonomia a barbárie são os particularismos é O Anonimato é a sociedade do consumo é o reencantamento do mundo são as ameaças né tudo isso são ameaças ao processo democrático e e acrescente desigualdade Econômica o Iluminismo é defendido como um tipo ideal como algo para onde nós temos que nos nos direcionar é sendo uma destilação teórica do esclarecimento do século XVI e seus herdeiros e aí o Sérgio Paulo ronet não diz que
o o o Iluminismo para ele é só o que aconteceu no século 18 o Iluminismo para ele é o que aconteceu no século XVI e os seus filhos por assim dizer que ele denomina de liberalismo clássico e socialismo Ambos são filhos do Iluminismo na visão do Sérgio Paulo ranet ran quer que o conceito sirva de padrão normativo algo para o que nós nos dirigimos e que serve para que nós avaliemos o nosso presente e que guie os valores culturais e políticos atuais então o Paulo ronet é um Iluminista no sentido de nós precisamos trazer de
volta os ideais do Iluminismo para restaurar o que a modernidade nos prometeu mas não entregou é isso é isso e no livro o novo iluminismo de 2020 do Steven pinker que é um autor vivo ainda psicólogo da Universidade de Harvard professor da Universidade de Harvard aqui ele constata a ascensão de movimentos políticos autoritários que crescem a partir da narrativa da Falência das instituições da modernidade a sua ideia então é reabilitar As instituições modernas enfatizando por dados os seus benefícios atuais a concepção de iluminismo é meio difusa ela é histórica e conceitual ao mesmo tempo ele
reconhece a revolução científica do século X o século das luzes né que é o é outro nome pro século XVI o liberalismo clássico no século XIX como componentes dessa noção ele condensa contudo seu conceito em quatro outros razão ciência humanismo e Progresso na luta contra os geradores de ilusão que ele chama de fé Dogma Revelação a razão se refina em procedimentos rigorosos ceticismo debate aberto verificação empírica estabelecendo as bases para uma moralidade secular alicerçada na natureza humana em busca de avanços sociais mais educação Mais Saúde Mais bem-estar políticos governos mais abertos governos mais plurais e
culturais penas mais brandas mais tolerância mais pluralidade e convívio mais Pacífico então o novo iluminismo do pinker é um panfleto político né é um livro cujo cujo propósito é defender uma certa concepção política de mundo com vários dados científicos no meio ali eh bom esse é o iluminismo e esse é o movimento portanto que ficou conhecido muito mais pelo texto do Kant do que por esses outros aqui mas a gente colocou ali uma um balanço e é ele que de certo modo dá o tom da modernidade numa crença absurda na capacidade racional do homem mas
por que que isso aqui é é é chave porque o grande nome do Iluminismo que é o próprio cant né que é o próprio cant vai pegar essa reivindicação aqui e vai apostar e principalmente nessa última parte aqui o direito de criticar Inclusive a si mesmo o k é o Grand De filósofo Iluminista eh que critica a razão do ponto de vista da Razão daí ele ser conhecido pelas suas três grandes obras né A Crítica da Razão Pura A Crítica da Razão prática e a crítica da faculdade do juízo nada mais Iluminista você criticar a
razão por meio da razão né então um panoram Zinho aqui do cant o projeto das três críticas né qual que é Crítica da Razão Pura Crítica da Razão Pura eh o conceito de transcendental que não é o mesmo de transcendente não é o mesmo de transcendente o Kant não afirmou que o conhecimento gira em torno do sujeito é uma é uma é uma ideia pela qual ele é conhecido mas sim que a análise transcendental é Central não a origem do conhecimento na época o debate filosófico era em torno da pergunta qual que é a origem
do conhecimento empiristas defendiam que o conhecimento nasce na experiência racionalistas defendiam que o conhecimento já nasce com o sujeito independentemente da experiência que ele tenha outro modo de falar isso é que o conhecimento não nasce o conhecimento é inato inato o Kant vai além desse debate o Kant adota teses racionalistas e empiristas para dizer que o que importa não é a origem do conhe mas sim as condições de possibilidade do conhecimento essa é a pergunta transcendental ele distingue entre o transcendental condições de possibilidade universais e necessárias do conhecimento e o transcendente o Além da experiência
ele fala que não há nada transcendente em termos de conhecimento nada vai além da experiência no entanto a experiência não explica o conhecimento porque as condições de possibilidade do conhecimento elas mesmas não são empíricas embora n na empiria Mas isso não explica o conhecimento ele se concentra nas estruturas a priori ou seja aquelas estruturas que independem da experiência as estruturas a priori da sensibilidade e do intelecto humanos para eu ter experiências eu tenho que ter uma estrutura para receber essa experiência essa estrutura ela mesma não é experiência embora ela tenha que ser pressuposta para eu
compreender como é que a experiência se D me inecto ele também tem uma estrutura e tentar entender essas estruturas é tentar entender as condições de possibilidade de haver sensibilidade e intelecto o grande projeto dele na Crítica da Razão Pura é tentar entender como são possíveis juízos sintéticos a priori Ou seja juízos que não dependem da experiência a priori Mas eles acrescentam informação ao mundo são sintéticos ora todo Juíz que parece aqu entar informação ao mundo ou seja eh a parede é branca eh eh a lei da gravitação universal é parará parará parará todo juízo toda
afirmação sobre a realidade que acrescenta informação parece partir de uma constatação empírica no entanto partir de uma constatação empírica já dizia hilme não leva a juízos universais necessários e apenas prováveis existe então um juízo sintético a priori Ou seja que seja Universal e necessário e que acrescente informação ao mundo essa é a grande Pergunta da Crítica da Razão Pura que ele responde sim existe são juízos relativos à estrutura das condições de possibilidade do conhecimento nosso conhecimento se divide em sensível e intelectivo e os objetos são mal dados pela intuição e pelo intelecto existe uma coisa
que que é o nosso intelecto a nossa estrutura cognitiva sensibilidade e intelecto que filtra todo o acesso que temos a realidade mas filtra de modo Universal e necessário porque todo e qualquer ser racional tem essa estrutura no entanto nós nunca sabemos o que é a realidade nela mesma por quê Porque toda vez que nós a ela vamos nos dirigir ela passa por esse filtro só que nós concordamos uns com os outros embora não tenhamos acesso à realidade diretamente porque o filtro que eu tenho é o mesmo que você tem portanto nós apreendemos a realidade de
modo igual e essa apreensão é universal e necessária ela que importa certo na Crítica da Razão prática o Kant eh pega de volta a possibilidade de falar sobre a realidade ela mesma Opa sobre a realidade ela mesma que ele tinha proibido na Crítica da Razão Pura né o Kant utiliza termos muito técnicos né Muito próprios dele e fala que a realidade ela mesma aquela que não passa pelo nosso conhecimento é uma realidade numénica e a realidade que passa pelo nosso conhecimento é a realidade fenomênica eh a realidade fenomênica portanto é aquela que é filtrada pelo
nosso conhecimento a realidade numénica é aquela que não é filtrada mas que é pressuposta na Crítica da Razão Pura o Kant diz não temos acesso à realidade numénica só a fenomênica na crítica da Razão prática o Kant vai estabelecer uma espécie de acesso como ele argumenta que a existência da Lei moral isso na Crítica da Razão prática pressupõe Liberdade da vontade não há que se falar caso queiramos falar de certo e errado do ponto de vista moral se não falarmos que nós temos certa liberdade para decidir o que é certo e errado certo errado só
valem num contexto em que a liberdade existe é por isso que não falamos que animais a bem ou mal do ponto de vista ético animais não tem liberdade é por isso que nós não falamos que bebês fazem algo certo ou errado do ponto de vista ético Porque bebês não t liberdade a lei moral né o certo em termos Morais ou errado em termos Morais pressupõe Liberdade certo a consciência do dever a consciência do dever implica capacidade de escolher agir de maneira diferente o que sugere presença da Liberdade ou seja se eu sei que eu devo
fazer alguma coisa É porque eu sei que eu poderia não fazer eu sei que poderia não fazer no entanto eu escolho fazer e é por isso que isso é um dever para mim dever pressupõe liberdade a liberdade é entendida em termos negativos aqui como a independência da vontade em relação à lei natural né e é o conteúdo da Lei moral ou seja a liberdade é entendida como aquilo que acontece sendo ou não a natureza como é a liberdade portanto é completamente independente da natureza afal de contas nós seres humanos somos livres justamente porque não nos
restringimos a nossa genética não nos restringimos a uma uma eh única e e e simples cadeia causal ter liberdade de certo modo é sair da cadeia causal estrita da natureza isso é ter liberdade né mas a liberdade também é Vista em termos positivos com uma capacidade de se autodeterminar de acordo com a própria vontade então liberdade é negativa por qu porque ela é aquilo que não depende por isso negativo não depende da natureza ela é positiva porque ela é capaz de se autodeterminar o critica éticas que se baseiam em conteúdos argumentando que comprometem a autonomia
da vontade ele postula a existência da Liberdade da imortalidade da alma e de Deus como requisitos práticos paraa moralidade não dá para saber se o mundo opera conforme a liberdade não dá para saber se a alma é imortal não dá para saber se Deus existe por quê Porque Liberdade imortalidade da alma e Deus vão para além da experiência humana a liberdade porque diz respeito à estrutura da realidade e nós não temos como ver a estrutura da realidade a imortalidade porque diz respeito algo para além do mundo empírico e Deus igualmente no entanto esses três conceitos
diz o Kant defende o Kant tem que ser pressupostos no jargão dele postulados Porque caso não haja Liberdade imortalidade da alma e Deus não haveria lei moral ora mas há lei moral então Liberdade moralidade e Deus existem também eu não posso conhecê-los mas eu preciso pressupos postula-se conecta A Crítica da Razão Pura com a Crítica da Razão prática né então o Kant proíbe o conhecimento mas ele postula como existente Porque sem eles não faz sentido falar em certo e errado do ponto de vista ético Vitor não entendi é só um resumo para entender você tem
que ter você tem que ver a aula e tem a terceira crítica que é a crítica da faculdade do juízo na crítica da faculdade do juízo o Kant identifica um abismo entre o domínio da natureza que é a realidade fenomênica né captada pelo conhecimento em que o princípio mecânico da causalidade eficiente opera de fato é isso né quando eu tenho acesso à realidade via o meu conhecimento eu só capto a realidade via princípio de causalidade via princípio de causalidade ou seja para eu fazer com que o mundo tenha sentido eu tenho que filtrá-la por meio
de princípio causal isso causa aquilo isso causa aquilo outro sem o princípio da causalidade o mundo não faz sentido é assim que eu capto o mundo em termos de cognição o kante fala isso na Crítica da Razão Pura a a a causalidade é uma categoria do intelecto humano Universal e necessária todo ser racional que tem acesso à realidade de modo cognitivo capta a realidade por causalidade no entanto na Crítica da Razão prática o domínio não é o da natureza é o da liberdade é é a liberdade que ele tá tentando explicar lá é a realidade
numénica em que a vontade coloca para si os próprios fins de modo livre ora a liberdade parece de certo modo Contrariar o princípio da causalidade princípio da causalidade no final das contas é aquele que diz que tudo funciona e seguindo uma certa causalidade estrita no entanto a liberdade é aquela que se autodetermina independentemente da natureza tem um abismo aí entre os dois Então como é que a realidade pode pode ser composta de dois domínios tão diferentes o da liberdade e o da natureza o cant então encontra essa conexão entre os dois Nas condições de possibilidade
da faculdade do juízo por isso A Crítica da faculdade do juízo é no princípio finalístico na realidade ou seja o juízo a faculdade do juízo é aquela que faz com que nós olhemos para a realidade e falemos sobre a realidade Essa é faculdade do juízo e o Kant diz não tem como falar sobre a realidade se nós não pressupos postarmos mesmo que a que a realidade tem certa finalidade Ou seja que as coisas não acontecem por acaso elas acontecem certo seguindo certo propósito eu sei que a realidade segue finalidade não sei porque isso é um
é um conceito para além da experiência mas não faria sentido tentar entender a realidade se eu não pressupe isso diz o Kant então sem tal princípio diz o cante nenhum juízo seria possível com tal princípio a realidade como um todo além do nexo mecânico de causalidade eficiente né também pode ser Concebida a partir de uma causalidade final só que ver uma causalidade final na realidade segundo Kant é de certo modo conciliar a causalidade estrita com a autodeterminação da vontade por quê Porque a autodeterminação da vontade também segue finalidade uma finalidade que ela mesma se impõe
se seu se eu parte da da premissa de que a realidade como um todo segue certa finalidade então eu consigo entender como a liberdade nela opera que a liberdade é justamente essa faculdade de colocar para ser finalidades essa é a saída do cant Vitor muito complicado eu sei a gente explica com mais detalhes lá na na aula mas aqui eu só tô para anunciar eu quero que você entenda é que o projeto can em termos filosóficos é tentar explicar como é que nós temos acesso à realidade como é que nós temos entendimento ou compreendemos a
nossa liberdade e como é que nós juntamos esses dois mundos porque parecem ser muito distantes a realidade para seguir um nexo estrito de causalidade a liberdade para Se fugir desse nexo estrito de causalidade e conselhar os dois é um problema como é que eu conselo liberdade no mundo em que um mundo de causas e consequências uma vez que a liberdade parece ser Justamente a saída dessa dessa desse nexo estrito de causas e consequências como é que eu faço isso esse é um problemaço que vai ser herdado no idealismo alemão o idealismo alemão todo vai tentar
conciliar esses dois mundos o da natureza nexo de causalidade estrit e o da Liberdade saída do nexo de causalidade estrita mas antes de pro idealismo alemão nós falamos sobre o romantismo alemão né E essa aqui foi o terceiro módulo e o romantismo alemão é uma reação a essa esse domínio da Razão na cultura Europeia o romantismo é uma reação desse domínio da Razão na cultura europeia eu destaquei aqui numa das aulas do curso quatro grandes características do Romantismo a originalidade singular o todo orgânico o Anseio pelo e a ironia que que é a originalidade singular
contra a razão Universal do Iluminismo o Iluminismo focava na razão discursiva na análise empírica na aplicação prática né se não dá para eu captar pela minha linguagem lógica então eu desconsidero se não der para eu analisar empiricamente então eu desconsidero se não dá para manipular a natureza então eu desconsidero a que o romantismo valoriza a razão intuitiva e não a razão discursiva que só se mobiliza pela linguagem o romantismo valoriza o sentimento e não só a análise empírica manipulativa da realidade o romantismo valoriza a expressão artística individual e não só a aplicação prática utilitária Econômica
o romantismo sobretudo valoriza o transcendente e não o transcendental do cân transcendente mesmo aquilo que vai além do mundo empírico contra a compreensão Universal da realidade de modo discursivo empírico prático a ênfase passa a ser agora na existência particular eu me preocupo com o indivíduo com seus sentimentos com as suas vontades únicas e não com a capacidade racional de compreensão lógica da realidade Aqui tá o CNE do existência inclusive que vai florecer no século XX outra reivindicação do Romantismo é um todo orgânico contra a natureza Mecânica do do Iluminismo romantismo via a natureza como um
todo orgânico espiritual e material não só um não só outro os dois influenciados por shellin um filósofo do idealismo e hudlin que é um poeta a natureza atingindo seu ápice no espírito humano era Central para entender cultura e a história como na valorização da idade média e no espírito do Povo o vol geist eles viam a natureza não só como um nexo de causalidade estrito como tendiam a ver os iluministas eles viam a natureza como um ser vivo quase como um panteísmo panteísmo é a doutrina segundo a qual Deus é tudo tudo tem um certo
ânimo uma certa alma outra característica que eles tinham um Anseio pelo infinito sem Surto o romantismo buscava o infinito Unindo a natureza e a história humana na vida infinita o espírito do Povo representava a realidade finita enquanto a expressão individual refletia sua singularidade a razão intuitiva era preferida a discursiva visando captar a totalidade da realidade e romper limites conceituais arte filosofia e religião eram vistas como caminhos para o infinito esse Anseio por compreender o infinito e não não só de modo lógico estrito racional fazendo uso da arte da religião também é uma é uma é
um dos uma das necessidades dos românticos que vai estar presente por exemplo em Hegel tá presente por exemplo em heg e um quarto traço dos românticos é a ironia a ironia romântica é a autoconsciência bem humorada dos românticos diante de uma impossibilidade de todo o seu esforço intelectual que é expressar a realidade em sua totalidade os românticos sabem que não tem como expressar a realidade em sua totalidade ainda mais de modo não linguístico Mas eles fazem questão de dizer de de de ter disso consciência e inclusive fazer disso humor esse traço se contrasta com a
visão comum do Romantismo enfatizando racionalidade e autorreflexão o romantismo Tem sim racionalidade e autorreflexão e consciência dos próprios limites romantismo não é só um movimento e racionalista bom ISS é um resumo do do do romantismo e façamos um resumo do idealismo também né que é o movimento que aconteceu no mesmo período lembra iluminismo século XVI romantismo e idealismo século XIX século XIX o que que é o idealismo alemão o idealismo alemão durou 61 anos de 1770 a 1831 o problema do idealismo Ou seja a questão que ele tenta responder é este como fundar no sujeito
pensante que é a realidade não redutível a uma dimensão física esse sujeito pensante não é um sujeito individual como fundar no sujeito pensante a realidade pensável Ou seja a realidade que Abarca a dimensão física Esse é esse é o problema central do idealismo como fundar num sujeito pensante a realidade pensável o problema do idealismo alemão em específico é este como conceber o sujeito pensante como um sujeito absoluto e consequentemente romper o dualismo entre pensável e cognoscivel que que é o dualismo entre pensável e cognoscivel quem fez esse dualismo foi o Kant né o cognoscivel é
aquilo que passa pelo meu intelecto pela minha cognição eh passa pelas minhas condições a priori de possibilidade do conhecimento o pensável é aquilo que é que a razão tenta conceber não necessariamente o intelecto a razão é maior que o intelecto a razão tenta eh se dirigir até a realidade Sem Limites é por isso que o nome da da da obra do Kant é Crítica da Razão Pura a Razão Pura ou seja aquela que não não tem o limite da sensibilidade concebe a realidade de modo muito temerário ela acha que ela consegue captar certos objetos quando
na verdade ela não pode e essa Crítica da Razão Pura Sem os limites da empiria que o Kant faz na Crítica da Razão Pura né então uma coisa é o pensável aquilo que a razão acha que ela pode conceber outra coisa é o cognoscível aquilo que a razão pode de fato conhecer o que ela pode conhecer é a estrutura da natureza conexo de causalidade o que ela pode conceber por exemplo é a liberdade é Deus é a imortalidade da Alma só que essas duas coisas se conciliam e essa é a grande questão na dimensão filosófica
o idealismo Alemão é um constante diálogo com cant que nega a pretensão de identificar sujeito pensante e realidade pensável de um lado há uma limitação do sujeito pensante ao tentar captar a realidade pensável ele não pode ir além da empiria né de outro a realidade é pensável a razão até se dirige a realidade mas ela não pode conhecer a realidade há então um dualismo intransponível entre sujeito pensante e realidade pensável no que diz respeito ao conhecimento em termos de dimensão sociocultural a transformação social é caracterizada pela passagem da sociedade de ordens que é o antigo
regime PR sociedade de classes que é a sociedade Industrial uma sociedade altamente hierarquizada em termos de de de nobreza eh para uma sociedade altamente des opa sem hierarquias vamos facilitar né que a sociedade industrial ou pelo menos que a hierarquia tá muito mais presente na capacidade de ganhar dinheiro do que na capacidade de nascer Numa família determinada em termos de mudança sociocultural com repercussões filosóficas trata-se do momento em que o indivíduo se torna o CNE de toda a transformação social na sociedade de ordens no Antigo Regime o centro não era o indivíduo centro era a
família na sociedade de classes o centro passa a ser o indivíduo essa atmosfera é motivada motivará a crítica da sociedade individualista ou seja o idealismo alemão junto com o romantismo alemão será um movimentos de reivindicação de certa reconexão com a totalidade num contexto de pulverização social num contexto em que o indivíduo destacado da sociedade é cada vez mais valorizado Essa é a dimensão sociocultural tanto do Romantismo quanto do idealismo Qual que é a questão fundamental o ponto de partida das diversas tendências do idealismo alemão não há só uma né É uma questão fundamental como passar
da crítica do cant né que separa os domínios da realidade da liberdade e da natureza ao sistema que tenta unificar esses domínios certo como passar da crítica da separação entre os domínios ao sistema a unificação n todos os idealistas alemães o fista o shellin e o Hegel vão propor sistemas ou seja modos de unificar os domínios da realidade encontrar um sistema é unir os campos que Kant deixara separados o da Ciência da Moral e da Ordem do mundo né o da natureza o da liberdade e de como tudo isso se conecta com base em seu
dualismo intransponível entre eu e absoluto Qual que é a posição do Hegel nesse idealismo aqui de Kant partem três direções divergentes fista que enfatiza que o sujeito é o elemento unificador shellin que enfatiza que a natureza é o elemento unificador e Hegel que vai enfatizar que a história é o elemento unificador nesse sentido sujeito natureza e história seriam conceitos matriciais fundamentais que permitiriam a exploração de tudo aquilo que a herança Kantiana permitia as três grandes categorias vão ser reunidas na enciclopédia das ciências filosóficas de Hegel o sujeito se transformará em Ciência da lógica a natureza
em filosofia da natureza e a história em filosofia do Espírito Esse é o sistema do Hegel né esse é o sistema do Hegel falando em Hegel nós tivemos um módulo só sobre esse bonitinho aqui que felizmente com auxílio da Inteligência Artificial foi captado sorrindo e para resumir Hegel a gente pode pegar essa tabela aqui heg tem uma concepção de razão que é peculiar e que não é a mesma de cant cant e a separação sujeito objetos né Vamos tentar ver essa essa diferença C entende a razão como uma capacidade do pensamento do sujeito que se
dirige ao mundo externo o objeto mas nunca com ele se identificando por quê Porque a razão é justamente a a a a capacidade que o homem tem de se dirigir à natureza sem limite sem limite Quando o homem se dirige na natureza com os seus devidos limites ele tá com o seu conhecimento e não mais só com a sua razão tá com seu entendimento a razão no Cante é a capacidade que o pensamento tem de ir em relação ir em direção à natureza mas com ela nunca se identificar com ela nunca se identificar H um
dualismo inconciliável entre sujeito e objeto em cant fiste que é o primeiro grande Idealista identifica sujeito e objeto e não mais separa sujeito e objetos o dualismo cantiano no entanto conduz ao ceticismo diz o fista Por que o ceticismo conduz a a a a ideia de que eu nunca sei se de fato eu estou me referindo à realidade ou estou me enganando certo o fista insiste que a única maneira de resolver o problema é postular partir da da do princípio que eh Há uma identidade sujeito objeto eu não posso provar que é uma identidade sujeito
objeto Mas eu posso partir do princípio que sim a questão é onde se encontra essa identidade sujeito objeto né onde se encontra e o fister diz somente em um tipo de conhecimento o autoconhecimento ou seja o autoconhecimento vai ser o modelo a partir do qual todo o idealismo alemão construirá sua teoria fala assim pensa no Vitor se autoconhecendo que que tá que que tá sendo o que que tá acontecendo nesse ato mental quando o Vittor se conhece o o conhecimento do Vitor se dirige para para onde pro computador para esse copo para esse microfone não
o conhecimento do Vitor se dirige para o conhecimento do Vitor isso é autoconhecimento certo Portanto o autoconhecimento é um modelo fundamental para pensar identidade sujeito objeto o sujeito o conhecimento é o mesmo que o objeto o conhecimento isso que implica autoconhecimento sujeito e objeto são a mesma coisa a sacada do fista é E se nós concebemos a realidade como sendo um grande sujeito que se conhece a si mesmo porque se nós partimos dessa premissa não há diferença entre sujeito e objeto e é isso que ele faz é isso que ele faz somente no autoconhecimento o
sujeito que conhece é um e o mesmo em relação ao objeto conhecido o autoconhecimento então torna-se o paradigma de todo conhecimento o fister vai dizer então que para resolver o abismo que o cant inseriu entre sujeito e objeto é preciso partir de um de um princípio basilar na teoria que a gente vai construir sujeito e objeto são mesmo e a partir daí eu começo a entender como é que a realidade se estrutura e aí se desenvolve a teoria do fista que eu não vou eh colocar aqui porque isso aqui é só um resumo vem o
shellin e introduz a noção de absoluto diz o shelling que sujeito e objeto são apenas atributos de uma totalidade infinita que os Abarca o absoluto antes de serem distintos sujeito e objeto são apenas diferentes graus de organização e desenvolvimento de uma única Força Viva que tudo Abarca Então o que existe e aqui o shellin concorda eh quase integralmente com Espinosa o que existe é uma única entidade na real única substância o o Espinosa né o fala o que existe é só o absoluto esse absoluto tem graus distintos de manifestação uma H ele se manifesta como
sujeito outra H se manifesta como objeto mas sujeito e objeto não são duas coisas diferentes são apenas atributos diferentes de uma mesma cois o absoluto e redesca razão com base nisso Hegel chamará de razão justamente o que cant nega que que é razão para Hegel razão para Hegel é a identidade sujeito objeto isso que é razão para Hegel Hegel dirá que as determinações constitutivas do sujeito sujeito pensante são determinações constitutivas dos próprios seres da própria realidade se eu identifico como é que o sujeito pensante pensa eu identifico como é que a realidade inteira se estrutura
é esse o Insight fundamental do hegle tudo que é real é racional tudo que é racional é real a realidade ela mesma Segue uma estrutura racional porque a estrutura da razão é a mesma da estrutura da realidade que a estrutura do sujeito pensante é a mesma estrutura do objeto pensado é por isso que o regg vai fazer uma grande análise eh eh partindo da mesma ideia do fista né de que a realidade é um sujeito se conhecendo a si mesma né por isso que o regg vai fazer uma grande análise de quais as categorias que
essa que essa que esse sujeito utiliza para se conhecer a si mesmo ele vai fazer Tem categorias lógicas tem categorias naturais e tem categorias espirituais aí ele vai construir a sua ciência da lógica ciência da natureza e do Espírito o Hegel é um pós cantiano O que torna Hegel um pós cantiano é a sua tentativa de Artic particular a Constituição da realidade em si mesma e não apenas os modos de conhecer a realidade pro Hegel o modo de conhecer a realidade é a mesma coisa que a realidade nela mesma o Hegel dirá que as determinações
constitutivas do sujeito são as mesmas determinações constitutivas do objeto porque na o o objeto nada mais é que um sujeito conhecendo a si mesmo é o que disse fister o que disse shellin e o que desenvolve Hegel portanto Hegel tem uma certa metafísica embora não utilize a palavra metafísica para designar o que tá fazendo Hegel se recusa a adotar o termo metafísica e quando o emprega é em sentido negativo no entanto concebe o propósito da filosofia como conhecimento racional do absoluto Esse é propósito da filosofia o absoluto é o incondicionado é aquilo que não pode
ser abarcado nesse sentido o que heg faz é exatamente o que Kant concebia como metafísica a tentativa de conhecer o incondicionado por meio da Razão Pura é isso que o Kant dizia que não era possível e o Hegel vai dizer é possível sim Hegel usa o absoluto não em referência a uma entidade especial algo que tá fora desse mundo não não mas sim um conjunto de determinações que são a base da identidade da subjetividade e da objetividade Esse é o absoluto a tarefa da filosofia então é a arte ação das determinações da realidade e não
a demonstração de uma existência suprasensível o absoluto enreg não é algo além desse mundo o absoluto é este mundo que é composto de sujeitos e objetos que na verdade se articulam como uma coisa só tentar entender como essa articulação acontece é o papel do Hegel na sua filosofia bom isso aqui é os fundamentos do sistema do Hegel pra gente analisar cada livro em específico A fenomenologia do Espírito a ciência da lógica a filosofia do direito do heg nós remetemos ao curso e aí nós fomos para Marx desse grande dessa grande teoria chamada idealismo alemão com
esses três grandes nomes f shellin e Hegel é tentando entender a estrutura mais íntima da realidade tentando unificar os campos da natureza e da Liberdade que k houvera separado como o ápice do Iluminismo e da Razão criticando a si mesma vem não um Idealista mas um materialista preocupado não em entender a realidade mas em modificá-la estamos falando aqui Claro de Carl Marx Carl Marx que foi um aluno de Hegel um leitor de Hegel um aprendiz de Hegel mas que Partio de bases hegelianas tentou subvert Marx contra Hegel o que Marx tem contra Hegel se localiza
num escrito chamado crítica a filosofia do direito de Hegel e a filosofia do direito de Hegel por sua vez é nada mais nada menos do que parte da filosofia do espírito de Hegel e a filosofia do espírito de Hegel nada mais é do que parte da sua enciclopédia das ciências filosóficas e Su enciclopédia das ciências filosóficas nada mais é do que sua tentativa de compreender o absoluto o Hegel gosta da do número três ele sempre divide em três essas tentativas de compreensão do absoluto né ciência da lógica filosofia da natureza e filosofia do espírito dentro
da filosofia do Espírito ele tá tentando entender o absoluto quando ele se manifesta na cultura humana espírito aqui se refere cultura humana dentro da cultura humana existe a manifestação do direito quando heg fala do direito ele fala não só certo do errado do ponto de vista jurídico né mas ele fala do modo Como os seres humanos se organizam para construir as suas instituições por exemplo o estado o Hegel fala sobre o estado na sua filosofia do direito só que pro Hegel a o surgimento do Estado nada mais é do que uma decorrência lógica e não
e não contingente mas lógica do modo com a natureza como um todo se desenvolve que por sua vez é uma consequência lógica do modo como a estrutura da do absoluto se desenvolve o Marx critica a visão de Hegel sobre a relação entre o eh a sociedade e o estado né afirmando que Hegel recorre a uma transição lógica em vez de real ou seja o estado nasceria eh quase como que por um impulso de uma lei inscrita na na estrutura da realidade e não por uma contingência histórica o Marx é aquele que vai reivindicar que a
as relações humanas são antes de tudo contingentes históricas e não necessárias e universais Marx argumenta que a sociedade civil não é autosustentável Como dizia o Hegel ela deve ser criticada para resolver dois problemas fundamentais alienação e desigualdade alienação e desigualdade o Marx tá inserido num contexto de jovens inspirados por Hegel chamados de jovens hegelianos que adoravam criticar a a religião e a política do seu tempo mas faziam isso de modo a não abalar as estruturas sociais o Marx inserido Nesse contexto critica a religião mas para de criticar a religião e parte para crítica política e
social destacando que a crítica filosófica se não resultar em Ação revolucionária não deve ser feita ou de nada serve o Marx rejeita a noção de história de Hegel E propõe que a realidade fundamental Não é não é o espírito ideal é a natureza é a natureza o homem faz parte da natureza e antes da natureza nada há nada há o Marx adota dois aspectos de Hegel no entanto a dialética da realidade Ou seja a a ideia de que a realidade é fundamentalmente contraditória e o autodesenvolvimento humano ou seja a capacidade que o que os homens
têm de se auto orientar e se desenvolver mas ele se separa do idealismo regiano Porque ele acha que isso não é uma questão de estrutura lógica da realidade mas sim de lutas históricas ele enfatiza que a realidade sensível e o trabalho manual são fundamentais a alienação do produto do trabalho pode ser superada pela abolição da propriedade privada dos meios de produção que é alcançável através da revolução social né e uma transição para o comunismo o Marx entrega o integra melhor dizendo o hegelianismo de esquerda com o socialismo resumi muito né mas bom is aqui não
é uma aula das relações fundamentais de Hegel e Marx mas só dos resultados te remeto a aula no curso caso você queira entender mais isso tem muita coisa para falar de Marx mas começa uma aula de Panorama eu lembro do esquema do jof B né que é um estudioso dos marxismos livro de quem nós eh nos utilizamos para tentar entender o que que era a proposta de Marx em resumo né e segundo jof B Marx tem três palavras chave três palavras chave Praxis história e estrutura ou seja Marx parte da Concepção fundamental que talvez alicee
todo o seu seu programa teórico de que o homem a própria existência de modo materialx descordar S caso tivesse conhecido qu S diz que a essência a existência precede a essência mararia de de Heider defendes ex a própria existência ou seja o homem só existe na medida em que come bebe se veste eh produz a própria moradia mantém relações com outros homens sem isso não há homem a ideia de homem mas a ideia de homem é posterior e não anterior Então essas são as raízes da condição humana que tá localizada na relação indissociável entre homem
humanidade e natureza não existe homens sem natureza não existe né uma sem outra e porque homens tê que se coordenar para produzir a sua própria existência material eles se dividem cada um com a sua função com a sua divisão de trabalho e uma vez instaurada a divisão de trabalho a divisão de funções instaura-se uma luta de classes que é uma luta daqueles que possuem mais com aqueles que possuem menos e isso é a o verdadeiro fundamento do modo como as relações sociais se estabelecem é a Praxis Marx a partir daí entende que a história se
movimenta de certo modo ele tem um processo ele tem uma compreensão do processo histórico como dirigido por essa luta de classes para atingir formas cada vez mais elevadas de sociedade eh ele entende panto que cada organização social tem uma estrutura no terreno da luta de classes a dinâmica social é malada por fatores econômicos e interage com fatores políticos e ideológicos tem uma estrutura Econômica que é aquela produção material da própria existência o modo como as pessoas se relacionam para produzir a própria existência que interage profundamente e por vezes de modo decisivo naquilo que vai ser
política ou seja o modo daquela sociedade organizar o poder e aquilo que vai ser a ideologia ou seja o modo que aquela sociedade tem de produzir mentalidades filosofia religião arte a estrutura social é uma interação entre fatores econômicos políticos e ideológicos a história se movimenta com base na luta de classes e a luta de classes se fundamenta na divisão do trabalho que se fundamenta na concepção mais básica de humanidade que é a humanidade não existe sem a produção material da própria existência certo esse é o esquema do Marx e quando nós fos para os marxismos
né o Jeff boucher também tem um esquema marxismos Ora se articulam como restauração Ora como Renascimento e ora como reconstrução quando se se articulam como restauração são resgate de uma doutrina Original das suas distorções posteriores eh que ocorre quando a conexão entre história estrutura e Praxis É reafirmada e aqui o exemplo basilar é o Marxismo clássico que tenta reafirmar Praxis história e estrutura eh por meio de procedimentos das ciências naturais e reivindica que Marx que falava em materialismo histórico na verdade está falando de uma ciência tal qual as ciências naturais tem um renascimento de Marx
que acontece quando novas orientações mediante uma variação de premissas do argumento acontece por exemplo adota dos três termos história estrutura e Praxis dois e varia um por exemplo o Marxismo hegeliano que adota história e Praxis mas varia a o conceito de estrutura por exemplo a escola de Frankfurt teoria crítica que adota história e estrutura mas conceitua Praxis por exemplo o Marxismo estruturalista que adota Praxis e estrutura mas reconceituação também que é a completa reformulação de um argumento para ajustar os seus os objetivos as novas premissas implica repensar O que é história O que é estrutura
O que é Praxis a partir do zero e aqui tem o Marxismo analítico como a o principal representante que não partia de uma compreensão total da realidade coisa que Marx eh tem em comum com Hegel mas de um individualismo metodológico né e de método de pesquisa filosófica contemporânea muito mais empíricos e estatísticos do que filosóficos propriamente DIT Esses são os marxismos meus amigos e Herdeiros de Marx em algum sentido Marx é um Iluminista porque o Iluminismo lembra é um movimento que reivindica a crítica profunda né o Iluminismo é um ceticismo inclusive se direcionando Aim mesma
olha Marx é um dos grandes críticos da modernidade e é ele critica o que ele considera o fundamento da do modo como a realidade se estrutura que é o seu sistema econômico o seu modo de produção chamado de Capitalismo Marx é um dos grandes críticos da modernidade e nesse sentido ele é um dos grandes iluministas que tem plena confiança na capacidade racional humana não só de criticar o fundamento da realidade mas de conceber uma estrutura social via racionalidade o Marx é um anti-idealismo já tá dado desde sempre o homem sem a natureza não é o
homem basta tentar compreender o homem concreto e não o homem ideal diz o Marx portanto não é preciso partir da premissa de que o que fundamenta a a realidade é algo ideal o que fundamenta a realidade é a materialidade por quê Porque não existe homem sem natureza ponto em vez de nós tentarmos eh nos nos debater com questões eh da estrutura da realidade ela mesma que tal nós tentarmos nos debater com questões da estrutura da realidade social por quê Porque na realidade social tem gente sofrendo tem gente sendo explorada tem um sistema todo baseado na
exploração que precisa ser modificado Que tal a gente aliar teoria e prática Essa é a proposta do Marx o Marx eh junto com o seu grande parceiro intelectual engels fazem escola e geram inúmeros outros movimentos que nós já vimos eh que nem sempre concordam entre si e que formam esse caldo cultural que nós chamamos de Marxismo no singular quando na verdade nós deveríamos chamar de marxism marxism tentar entender a minúcia desses desses termos todos foi o que nós fizemos durante o curso inteiro aqui foi só um Panorama espero que vocês tenham aproveitado em termos de
revisão para quem acompanhou o curso inteiro Espero que você tenha eh aproveitado em termos de estímulo para para estudar caso você esteja vendo isto pela primeira vez
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