é só galera tudo bem vocês vão ver com a minha voz não tá muito legal hoje mas a gente tem que gravar toda semana disponibilizar conteúdo para vocês então vou nessa né E hoje é dia de falar do pré-modernismo um dos momentos mais importantes da literatura brasileira e mais presente sem provas principalmente no ENEM Aliás se você não viu ainda dá uma olhada no vídeo aqui no canal sobre os assuntos de literatura que mais aparecem no Exame Nacional do Ensino Médio Então bora lá porque literatura é com Alencar 1 [Música] e [Aplausos] antes de mais
nada já vou avisando para vocês que pré-modernismo não é uma escola literária não movimento organizado né pelos autores com várias características que todo mundo segue aliás por falar em escolas literárias você já sabe né que tem um e-book de todas as escolas literárias no Brasil eu vou deixar aqui o link para vocês na descrição do vídeo então você pode acessar lá você pode adquirir o seu e-book E aí até aprofundar os conhecimentos aí nas escolas literárias que a gente tá vendo aqui no nosso canal Beleza então pré-modernismo não é uma escola literária Mas a gente
pode de repente conectar os autores aí com algumas características uma vontade de falar mais do Brasil do interior do Brasil e fazer críticas sociais outra coisa a gente tem também um certo experimentalismo na linguagem uma linguagem experimental que vai ser um embrião aí porque os modernistas querem depois e não é então uma escola tá legal o que a gente vai ter então é uma literatura de transmissão a gente tá aí no início do século 20 oficialmente da gente o pré-modernismo comércio em 1902 com livro Os sertões' Euclides da Cunha estamos aí uma réplica de Brasil
muito tumultuado é uma época aí de república café com leite café por causa de qual estado São Paulo Leite Minas Gerais com preposição nada a ver a gente vai ter uma mistura aí né daquilo que vende século 19 com algumas novidades o século 20 né gente vai ter um pouquinho de cada o convencional e o inovador na poesia por exemplo a gente vai ter Eco sair do parnasianismo com Augusto dos Anjos que gosta de fazer Soneto Se bem que Augusto dos Anjos no formato lembra os parnasianos só que no conteúdo galera é totalmente diferente foi
um cara bastante no valor só que eu acho que a maior renovação tá na prosa você tá vendo aí que eu tô falando de prosa e de poesia Quad eu já tenho um vídeo aqui no nosso canal Depois você dá uma olhada lá mamãe salão da prosa a gente pode dizer que ela é muito variada né que ela tem muitas facetas uma das características é fazer denúncia é fazer crítica aí no Brasil dessa virada né dê certo aí diversas regiões do Brasil vão aparecer o interior o sertão vai emergir a gente vai sair um pouco
aí da região litorânea e vou entrar no Brasil por exemplo o Sertão da Bahia que vai aparecer no livro ou Sertões de Euclides da Cunha o Canaã Graça Aranha também vai mostrar o interior aí com os imigrantes alemães o Lima Barreto desejar um pouco mais Urbano e vai falar basicamente do Rio de Janeiro mas vai fazer muita crítica em relação à desigualdade social preconceito racial e o Monteiro Lobato é o cara do interior de São Paulo Vale do Paraíba vai mostrar as cidades interioranas abandonadas é deixados de lado no meio de tantas possibilidades você vai
é uma gigante de personagens né o sertanejo caipira o trabalhador de classe média o marginalizado negro Imigrante mas vamos falar sobre os autores pré-modernistas a começar a galera por aquele que inicia o pré-modernismo oficialmente que o Euclides da Cunha ele foi militar jornalista Engenheiro e sem dúvida a obra mais importante dele é os Sertões Euclides da Cunha Um repórter ele foi convidado a fazer a cobertura da Guerra de Canudos que aconteceu com a gente já falou lá no sertão baiano no finalzinho do século 19 mas quando ele chegou lá ele ficou tão impressionado com aquela
coisa né o Brasil lutando contra o Brasil aquela Guerra Civil que ele não conseguiu fazer só a cobertura jornalística do evento ele fez galera um baita livro Demorou as cinco anos né para ele conseguir concluir e eles e para o livro aí a terra o homem à luta ou seja ele te conta onde a guerra acontece e quem participa dela que é o sertanejo e aí ele fala da Guerra em si Então a gente tem aí um estudo geológico do sertão baiano sociológico para depois a gente tem a parte narrativa né que vai falar em
detalhes o que que aconteceu nesse conflito que foi bastante sangrento a gente vai ter aí os revoltados é um jagunços do Antônio Marcelo Antônio Conselheiro que vão enfrentar soldados republicanos fortemente armados mais numerosos obviamente aqui os sertanejos lá vão perder essa batalha né o Euclides da Cunha sobrevive a isso acontecimento aí mas depois da morte dele é bastante trágica Inclusive a morte dele já está aqui em um vídeo do nosso canal sobre aquelas coisas bizarras de escritores não agora depois você vai dar uma olhada lá Graça Aranha além de pré-modernismo ele foi Modernista porque ele
vai ser um dos organizadores da semana de 22 em São Paulo o livro dele mais importante é Canaã em 1902 também igual os sertões e aí você vai ter aí dois personagens principais que são imigrantes alemães o 1000 cal e o lentes eles têm visões de mundos parecidas ambas hoje em dia bastante questionáveis né o meu carro por exemplo acredita que no Brasil Deva acontecer uma mistura da raça superior que seria e os europeus como a raça selvagem né que é um nativo E aí a gente vai ter uma mistura que vai dar uma coisa
boa já os lenços não acredita nessa mistura Ele acha que misturar o superior né com aquilo que é mais abaixo vai trazer um atraso para civilização de qualquer maneira é o romance-tese como a gente disse que tem uma visão bastante determinista das coisas o que era comum na verdade né na virada aí no século 19 para o século 20 os pré modernistas Às vezes tem essa visão aí Lima Barreto Esse foi um extinsul de classe baixos Urbano carioca que sofreu bastante por questões raciais e sociais o funcionário público Que acabou sendo excluído em decorrência do
alcoolismo Alex essa doença levou aí eu Lima Barreto as duas internações no Hospital Nacional de alienados o primeiro grande hospício feito no Brasil lá no Rio de Janeiro ele escreveu vários gêneros na verdade apesar de ter vivido um pouco aí né 42 anos escreveu crônica romance encontro enfim o livro mais importante dele um dos clássicos da literatura brasileira eu gosto muito na verdade é um dos meus preferidos é o Triste Fim de Policarpo Quaresma de 1915 galera esse romance tem como personagem principal o Policarpo Quaresma que o homem antes de tudo patriota mas ele é
um patriota daquele que você com certeza nunca viu ele não come nada estrangeiro e não planta plantas estrangeiras no Jardim dele ele fala tupi-guarani quase fluentemente conhece a cultura indígena só que a quaresma vai lutar para melhorar o país mas vai ter um fim triste é o único livro que a gente já tem aí o spoiler né já na spoiler no próprio título Ele vai tentar mudar a cultura do Brasil ou da o nosso idioma né de português pra tupi-guarani não vai ter sucesso depois ele virar agricultor vai tentar mudar a agricultura no Brasil mas
ele leva um fora digamos assim do presidente Marechal de Ferro né o Floriano Peixoto e depois ele vai tentar mudar a política brasileira também não vai ter sucesso o Marechal de Ferro como a gente vê aí nesse livro não era nada fácil né e tudo isso vai ser narrado aí de uma forma simples bem clara aquilo que a gente vai ver não é de certo modo depois a partir daí da Semana de Arte Moderna modernismo que é isso Monteiro Lobato um homem de espírito muito inquieto que foi promotor ele era advogado né foi crítico de
arte teve aquela treta inclusive com Anita Malfatti o também empresário do petróleo dono da primeira editora do Brasil e escritor para adultos e crianças é isso aí Ah esqueci de dizer que ele foi fazendeiro porque ele herdou uma fazenda do avô dele e foi sendo fazendeiro que ele escreveu aí o primeiro livro dele de contos chamado Urupês de 1918 aí vai aparecer né A primeira personagem dele de muito sucesso que é um Jeca Tatu representando o caboclo brasileiro que ela acabou conhecendo no interior na fazenda e assim como Lima Barreto Monteiro Lobato também tem uma
linguagem coloquial cotidiana em Modernista já na verdade só que eu Lobato usa também regionalismos ele gosta bastante de trazer esse universo aí no interior de São Paulo porém o projeto que deixou o autor mais famoso Sem dúvida é a Literatura Infantil a partir de 1921 vai surgir o universo do Sítio do Picapau Amarelo que fez e no Monteiro Lobato digamos assim o pai da literatura infantil no Brasil Todas aquelas personagens maravilhosas todo aquele humor né obviamente que você deve lembrar do Sítio do Picapau Amarelo principalmente a partir da televisão que a gente teve algumas adaptações
para a televisão então a gente curtiu toda essa galera aí milha o Esponja Narizinho Pedrinho Dona Benta Tia Nastácia a gente curtiu isso aí muito na telinha da TV mas se você teve a oportunidade de ler também incrível né a criançada do início do século 20 imagina não tinha muita coisa para ler não tinha muito entretenimento de repente surge em livros com uma linguagem acessível numa linguagem que a criança entende com a graça com o outro é tão importante né porque isso na verdade para todo mundo sem dúvida o Lobato encantou gerações E você tem
também poesia gente tô falando de um cara também o admirável o Augusto dos Anjos em Soneto né que é uma forma e bastante clássica bastante conhecida já há muitos séculos só que ele faz Soneto de um jeito diferente na verdade ele é inovador em cima de uma fórmula que já existe ele é diferentão né a gente coloca ele no pré-modernismo aí só por uma questão cronológica mas ele na verdade não pode se encaixar em movimento literário nenhum escola literária nenhuma é como se ele fosse uma escola literária tá todo mundo mais ou menos aí voltado
para coisas do Brasil ele não ele fala de morte de decomposição da Carne né Tem um jeitão aí pessimista de ver o mundo é só gente pegar um soneto desse paraibano Acho que uns mais conhecidos né chamado Versos Íntimos ves ninguém assistiu ao formidável enterro de tua Última Quimera somente a ingratidão está pantera foi tua companheira em o nível acostuma-te a lama que te espera o homem que nesta terra miserável mora entre feras sente inevitável necessidade de também ser fera estou um fósforo acende teu cigarro o Beijo amigo é a véspera do escarro a mão
que afaga é a mesma que apedreja se alguém causa inda pena a tua chaga apedreja essa mão Vil que te afaga escarra nessa boca que te beija com certeza uma visão bastante pessimista da sociedade a gente mora entre feras e vai acabar sendo fera também a gente tem que ser fera também né não pode confiar em ninguém segunda se poema segunda Soneto porque a mão que afaga a mão que faz carinho é a mesma que apedreja então né apedreja essa mão Vil essa mão na que já falha ficar cospe nessa boca que te beija esteja
preparado agrida inclusive antes de ser agredido essa ideia básica aí mas é um sonho a pensar muito texto com certeza incrível você tá percebendo então que o pré-modernismo é fundamental porque vem depois em ele é um pontapé inicial para muita coisa né para esse negócio aí de linguagem Popular que a gente vai ver depois essa coisa a gente se preocupar com elementos brasileiros tudo isso vai ver nos próximos passos aqui no nosso canal Então Valeu galera Obrigadão até a próxima tchau E aí [Música]