Levando em conta apenas os nutrientes, essa aqui seria uma laranja que você encontraria no mercado no passado. E se você for no mercado hoje em dia, a gente pode comparar, e seria essa laranja daqui. Essa comparação entre a laranja de antigamente e a laranja de hoje em dia representa bem o que aconteceu com as frutas ultimamente.
Aliás, não só com frutas. Qualquer alimento de origem natural apresentou essa redução de nutrientes. Mas por que motivo a nossa comida está ficando menos nutritiva?
Para explicar isso, eu vou dividir esse vídeo em cinco partes. Primeiro eu vou te mostrar o que exatamente mudou nos nossos alimentos. Nem sempre é uma diferença perceptível, como no exemplo que eu acabei de dar.
Você talvez não consiga ver de cara, mas no nível microscópico muita coisa mudou. E isso faz toda a diferença. Depois eu vou explicar o que causou essa mudança.
Será que foi uma transformação natural ou será que o ser humano de algum jeito alterou a essência de alimentos que existem há milhares de anos? Logo em seguida você vai entender quais são as consequências dessa história na prática, que vão muito além do sabor. A sua saúde está sendo impactada.
E como eu não gosto de falar só de problema, eu também vou focar na solução e te ajudar a entender. Será que existe alguma forma de resolver esse problema? Ou é uma coisa que está fora do nosso alcance e só nos resta aceitar?
E por fim, é a parte mais prática desse vídeo. Se os alimentos do mundo estão ficando cada vez menos nutritivos, o que você pode fazer para garantir uma alimentação mais saudável? Só antes, muito rapidamente, sempre que eu penso sobre trocar de colchão me dá preguiça porque eu vou ter que fazer aquele negócio enorme e passar por todas as portas do meu apartamento, mas hoje em dia eu não preciso mais me preocupar com isso.
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O que exatamente significa falar que a nossa comida está ficando menos nutritiva? Isso quer dizer que os alimentos colhidos hoje em dia têm muito menos nutrientes do que os alimentos que eram colhidos antigamente. E por nutrientes, eu estou querendo dizer substâncias químicas essenciais para o funcionamento do nosso corpo, tipo ferro, cálcio, vitamina C.
Um dos estudos mais importantes que apontaram esse problema foi publicado em 2004 nos Estados Unidos. A pesquisa analisou a composição de 43 alimentos, como feijão, morango e melancia, em dois momentos diferentes, 1950 e 1999. Os resultados foram comparados e chamaram muita atenção.
Em um intervalo de menos de 50 anos, 13 nutrientes registraram mudanças. Em 7 deles, os pesquisadores não consideraram que as quedas foram estatisticamente relevantes, mas nos outros 6, o estudo identificou uma redução de nutriente significativa. No caso da proteína, que é um dos 3 grandes macronutrientes que nós precisamos consumir, os pesquisadores observaram uma queda média de 6%.
Já na riboflavina, a vitamina B2, a redução foi de aproximadamente 38%. Quase a metade! Essa é uma média, mas em cada alimento diferente foi possível detectar uma redução na quantidade de algum nutriente.
O cálcio, por exemplo, caiu mais no brócolis e na couve. O ferro teve maior redução no nabo e no pepino. E a vitamina C foi embora do aspargo e da mostarda.
E esse estudo, como eu falei, foi publicado há mais de 20 anos, mas ele já foi confirmado por outras pesquisas mais recentes. Em 2020, outro estudo apontou resultado semelhante em um alimento que é a base da nossa alimentação, o trigo. O teor de proteína no trigo diminuiu em quase 25% entre 1955 e 2016.
Os índices de ferro, zinco, manganês e magnésio também caíram. Em 2022, a revista especializada Foods publicou um artigo mostrando que vários vegetais na Austrália estavam sofrendo uma redução impressionante, com o TO de ferro caindo pela metade. É o caso do milho doce, da ervilha verde, do grão de bico e vários outros.
Ou seja, já deu pra ver que os alimentos realmente estão ficando menos nutritivos. Mas qual que é a explicação pra isso? De maneira resumida, existem dois grandes culpados.
O primeiro deles é o mau uso do solo. Nas últimas décadas, diversas técnicas e tecnologias foram desenvolvidas para aumentar a produtividade das colheitas. Só que, na prática, o que isso faz é com que plantações rendam mais frutos em menos tempo.
Essas técnicas envolvem quase todo o processo, desde a fertilização até irrigação e colheita. Mas o lado negativo é que elas acabam reduzindo a qualidade do solo. O principal estrago acontece na fertilização, especialmente quando ela é feita em excesso.
Grandes agricultores utilizam o chamado NPK, que é um conjunto de três elementos importantes para as plantas. Nitrogênio, fósforo e potássio. O nitrogênio ajuda no crescimento dos brotos.
O fósforo ajuda na floração e na frutificação. E o potássio torna a planta ainda mais resistente contra as pragas. E até aí, tudo bem, um trio perfeito.
O problema é quando essas e outras substâncias são usadas em excesso. Isso porque os nutrientes tendem a competir pela absorção. E se houver desequilíbrio, acontece a chamada inibição competitiva.
E o nutriente em excesso acaba bloqueando a absorção dos outros. Se tiver, sei lá, muito cálcio, o magnésio acaba não sendo absorvido como deveria. E isso provoca algumas consequências.
A falta de potássio, por exemplo, aumenta a concentração de aminoácidos. E isso favorece o crescimento de fungos. Já o excesso de boro gera a descoloração da folhagem dos vegetais, ou seja, todo tipo de desequilíbrio provoca alguma consequência indesejada na produção.
Os fertilizantes também servem para diminuir a acidez do solo. E agora um rápido teste, eu quero ver quem acerta. Diminuir a acidez significa reduzir ou aumentar o pH.
3, 2, 1, tempo esgotado. Quanto menor o pH, mais ácido. Ou seja, os fertilizantes ajudam a aumentar o pH, mas se eles forem usados em excesso, o pH sobe demais e nutrientes como o cobre e o ferro acabam desaparecendo.
Outra coisa que reduziu bastante hoje em dia também foi a quantidade de interações entre as plantas e os fungos que vivem no solo. Eles funcionam meio que como extensões das raízes. Eles ajudam na absorção dos nutrientes, mas esse processo é extremamente mais rápido, não dá nem tempo para que eles façam isso adequadamente.
Ou seja, essa tentativa, essa ânsia de produzir mais coisa em menos tempo é uma conta que não fecha. E uma maneira interessante de visualizar isso é a seguinte. É como se os nutrientes do solo fossem diluídos.
Eles são distribuídos por uma quantidade maior de culturas. Os nutrientes que normalmente seriam usados para produzir, digamos, 100 laranjas menos nutritivas. E muitos produtores simplesmente não se importam com isso, até porque eles ganham dinheiro pela quantidade de alimentos vendidos e não pela quantidade de nutrientes que existem nesses alimentos.
Mas lembram que eu falei que o mau uso do solo é só um de dois grandes vilões? Então, se um problema está na terra, o outro está no ar. Nossa senhora, esse gancho ficou perfeito!
Outra coisa que tem aumentado é a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. E como você aprendeu em algum momento da sua vida, as plantas fazem fotossíntese. Ou seja, elas absorvem gás carbônico da atmosfera e usam o carbono para o seu crescimento.
O que isso significa é que quando plantações ficam expostas a índices maiores de gás carbônico, as plantas vão gerar mais compostos à base de carbono, como os carboidratos. só que daí o nível de absorção de água diminui e consequentemente de nutrientes também. Um estudo recente publicado na revista Science mostrou que as concentrações de proteína, ferro, zinco e vitaminas diminuíram em 18 tipos de arroz depois que eles foram expostos a níveis maiores de dióxido de carbono.
E isso também acontece com outros alimentos. Ou seja, os dois grandes vilões da produção dos alimentos são o mau uso do solo e o excesso de dióxido de carbono lançado na atmosfera, ambos provocados pelo ser humano. O que na prática transforma dois vilões em um só, o ser humano.
O paradoxo é que, além de vilão, o ser humano também é uma vítima dessa história. E é por isso que agora é a hora de a gente entender quais são, na prática, as consequências dessa redução dos nutrientes. Só que o maior impacto é na nossa saúde.
A gente precisa de todos esses nutrientes pra se manter funcionando direito. O ferro, por exemplo, ajuda a transportar oxigênio pelo nosso sangue. O cálcio ajuda a manter nossos ossos e dentes fortes.
A riboflavina ajuda no metabolismo de gordura. E a vitamina C ajuda no nosso sistema imunológico. Ou seja, com a redução de nutrientes, o nosso corpo fica menos preparado pra combater doenças.
E os impactos disso são sentidos basicamente por todo mundo, em todo lugar. Como eu já citei anteriormente no vídeo, houve uma redução nos nutrientes do trigo e do arroz. E esses dois alimentos contribuem com cerca de 30% de todas as calorias consumidas no mundo.
Os efeitos disso são capazes de impactar muita gente, inclusive quem nem come muitos vegetais. Se você é apaixonado por carnes e achou que estava livre desse problema, eu sinto muito, mas você pensou errado. Você pode até não consumir tantos vegetais, mas a vaca, o porco e o frango que você adora se alimentam disso o dia inteiro.
E aí vem o efeito cascata. Se a alimentação dos animais tem menos nutrientes, a sua alimentação também vai ter. Já as pessoas que não comem carne enfrentam esse problema de maneira ainda mais direta.
E se tornam vítimas de uma espécie de paradoxo. Porque muitos vegetarianos ou veganos escolhem esse tipo de dieta porque eles querem uma alimentação mais saudável. Só que daí, sem saber, eles têm tido uma alimentação menos saudável do que eles imaginam.
Só muito importante, eu não quero dizer que não estão tendo uma alimentação saudável, só é menos do que o pai, é menos do que provavelmente eles esperavam ser. Eu não sei se fez sentido ou ficou mais complexo ainda. Enfim, o que eu quero dizer é que duas pessoas com exatamente a mesma dieta, só que em épocas diferentes, vão experimentar resultados diferentes.
Ou seja, mesmo fazendo uma dieta muito parecida com a que a sua avó fazia no passado, você vai estar consumindo menos nutrientes. E além dos nutrientes, o paladar também vai estar sendo afetado. Você já percebeu como é difícil encontrar salada gostosa ultimamente?
Os nutrientes, além de serem muito importantes para o funcionamento do nosso corpo, também ajudam no paladar. Você que gosta de salada já reparou como é cada vez mais fácil de encontrar vegetais que não têm gosto de nada? E um dos motivos disso é essa redução de nutrientes, porque muitos deles, além de contribuírem para o bem-funcionamento do nosso corpo, também contribuem para o paladar das comidas.
E aí, se eles são reduzidos, isso também afeta o nosso prazer de comer alguma coisa e o gosto que a gente sente com aquilo. E todos esses problemas, infelizmente, tendem a piorar. Uma pesquisa publicada na Environmental Health Perspectives usou os modelos climáticos que prevêem qual deve ser a concentração de dióxido de carbono em 2050.
E com base nisso, estimou que o teor de proteína de alimentos como batata, arroz, trigo e cevada deve diminuir até 14%. Os pesquisadores calcularam ainda que em países como a Índia, essa mudança significa que a população vai enfrentar uma redução de 5% na injeção de proteínas no dia a dia só por causa do aumento da emissão de dióxido de carbono. Mas pelo menos isso nos dá uma pista de o que nós precisamos fazer para resolver esse problema.
Nós precisamos urgentemente reduzir nossas emissões de gás carbônico, porque além de todos os problemas que eu já citei várias vezes no canal, e que você também provavelmente está cansado de saber, o aumento dos gases do efeito estufa na nossa atmosfera também reduz o teor nutritivo dos alimentos. E isso não era uma consequência tão óbvia assim. Mas lembra que eu falei do mau uso do solo?
Por isso também é fundamental que os produtores agrícolas passem a usar os recursos naturais de maneira mais eficiente. E consciente. Em primeiro lugar, obviamente a gente precisa reduzir a quantidade desenfreada de fertilizantes que são usados na produção agrícola.
Mas existem outras técnicas que também podem contribuir. Uma delas é a chamada de agricultura regenerativa. Ela aumenta a saúde do solo e leva a culturas com mais vitaminas e minerais.
E entre essas medidas está deixar o solo descansar por mais tempo, diminuindo a intensidade da produção. Também é uma boa ideia plantar as chamadas culturas de cobertura, com plantas como o trevo e a ervilhaca, que cobrem e protegem o solo. E ainda, alternar as produções cultivadas no solo, o que melhora o teor de nutrientes das plantações ao longo do tempo.
Tá bom, mas se você não é um produtor agrícola para poder implementar essas técnicas na sua lavoura, nem dono de um poço de petróleo para conseguir exportar menos combustíveis fósseis, o que você pode fazer no seu dia a dia, no seu cotidiano, para garantir uma alimentação mais saudável e nutritiva. Uma dica está na variedade da alimentação. Quem come uma quantidade ampla de frutas, legumes e vegetais aumenta a possibilidade de ingerir todos os nutrientes que precisa.
É meio que uma questão de matemática. Se alguns alimentos podem ter um teor menor de ferro, outros de zinco e outros de vitamina C e assim por diante, é só comer um pouco de tudo. É estatisticamente improvável que todos os alimentos que você consumir sofram com a redução de um mesmo nutriente.
A não ser que você seja uma pessoa que come batata doce e frango em todas as refeições. E somente isso. Se você variar a alimentação e comer um pouco de tudo, a eventual falta de nutriente em uma fruta vai ser compensada em uma outra fruta.
Mas se você realmente quer ter uma alimentação mais saudável, é muito importante que você reduza a quantidade de alimentos ultraprocessados no seu dia a dia. Você provavelmente já ouviu falar em alimentos ultraprocessados, mas não sabe exatamente o que eles significam. Eles basicamente dividem alimentos em quatro grandes grupos.
O primeiro é dos alimentos que não passam por nenhum tipo de processamento artificial. É o caso das frutas e dos vegetais. O segundo grupo é dos ingredientes naturais processados, como manteiga, sal, açúcar, vinagre.
O terceiro é formado por alimentos que misturam ingredientes dos grupos 1 e 2, e que são processados novamente para serem preservados ou saborizados. É o caso dos peixes enlatados e das carnes defumadas. E por fim, o quarto grupo é o dos ultraprocessados.
São as comidas formadas por ingredientes de uso industrial, e que passam por uma série de processos que também são industriais. Em resumo, se você precisa ler a lista de ingredientes de um alimento, ele é um ultraprocessado. E se ele contém ingredientes que você não encontra na sua cozinha, ele também é um ultraprocessado.
Eu imagino que com isso tudo já tenha ficado clara a necessidade de cuidar bem da nossa alimentação. Um ser humano sozinho, é claro, não tem a menor possibilidade de mudar a forma como o sol é utilizado ou como a energia gerada muda fora. Existem transformações que estão realmente fora da nossa alçada, mas existem outras que estão aqui bem ao nosso alcance.
Pequenas mudanças de hábito no dia a dia podem provocar grandes resultados lá na frente. E por isso termino esse vídeo com um convite a uma vida mais saudável. Pare de jogar LOL.
Tô brincando, não é isso, mas é sério, para. Você não precisa mudar por completo a sua dieta de um dia para o outro. Tá tudo bem comer uma besteira de vez em quando se isso faz você feliz, mas tente mudar um passo de cada vez.
Se você come ultra processados em todas as refeições, que tal cortar em pelo menos uma delas? Se você pede pizza ou hambúrguer toda semana, que tal fazer isso a cada 15 dias? Tudo é uma questão de hábito.
Com o passar do tempo você vai se acostumar e você vai sentir diferença na qualidade de vida. Eu tenho certeza que lá no futuro existe uma versão sua que vai te agradecer por essas mudanças que você está fazendo agora no presente. E isso é verdade mesmo.
Obrigado, Pedro do Passado! E pra você aí também, muito obrigado! E até a próxima!