[Música] [Música] [Música] [Música] a construção de um paí moderno de um Brasil moderno necessitava necess conção [Música] de um novo homem estaria so a responsabilidade da educação mas a educação deveria por sua vez no processo construtivo do Homem novo pra Nova sociedade se pautar também em propostas pedagógicas modernas e a psicologia vindo como uma ciência né uma ciência nova que vinha dar contribuições não é para a o papel do professor pro Ensino não é pra [Música] [Música] escola a história da Psicologia Educacional no Brasil é anterior ao descobrimento se considerarmos que os índios já utilizavam
recursos com nuances psicológicas para formar as novas gerações com a chegada dos portugueses as primeiras escolas do país foram criadas por Jesuítas para a catequização dos índios delas surgiram cidades como São Paulo e a certeza de que o ensino no Brasil é um processo a desafiar a combinação de conhecimentos entre a educação e a psicologia as relações entre psicologia e educação no Brasil em verdade são identificadas já desde o período da colônia quando se fala hoje da criança que tem problemas de escolarização muitas vezes essa criança era tratada eh com a expressão meninos rudes e
a essas crianças era sugerido que não se utilizasse de castigos Se você pegar a escola do século X para ensinar a ler a Bíblia vai dizer que é a verdadeira Interpretação da Bíblia não é isso a escola do século XVI século X que vai tentar civilizar esse cidadão né ela vai dizer qual é a melhor maneira dele entender os conteúdos a proclamação da república pode ser considerado um Marco para a Psicologia da educação no Brasil impulsionado pelo positivismo de republicanos influentes como Benjamin constan A universalização do ensino ganhou o tímido estatus de política pública prova
disso foi a criação em 1890 do pedagogium dirigido por Rui Barbosa e o surgimento de escolas normais em várias capitais e cidades do interior do país destinadas à formação de professores ao mesmo tempo surgem os grupos escolares concentrando vários alunos numa mesma classe sob a tutela de um único professor na hora que eu transformo o ensino em ensino obrigatório na hora que eu digo olha todas as crianças em idade escolar devem estar né todas as crianças devem estar em escola né E a escola é uma uma uma atividade enfim obrigatória para para a infância né
para para as crianças eu começo a a começar a o estado que vai fazer isso ele começa a se perguntar sobre a a eficiência desse aparelhamento que é a escola no final do século XIX a psicologia passa a ser reconhecida como uma ciência autônoma principalmente com trabalhos em leipzig com wundt e vários trabalhos nos Estados Unidos a psicologia passa a ser reconhecida não mais como uma subárea no interior da filosofia ou com uma como uma temática da pedagogia eh da Medicina da fisiologia mas passa a se constituir como uma ciência autônoma experiências em psicologia da
educação realizadas por clapa R na França Hall nos Estados Unidos e wund na Alemanha repercutem no Brasil Clemente coalo Lourenço Filho Manuel Bonfim e Isaías Alves são alguns dos protagonistas de uma nova visão da educação brasileira se eu pego crianças com a mesma idade coloco na mesma sala de aula né Com um único professor no mesmo ambiente quer dizer se todas as variáveis estão controladas por que que as crianças não aprendem igual então é esse fenômeno que vai dar origem a toda uma discussão a partir do final do 19 e do início Zinho do 20
que é como o que que está acontecendo na sala de aula que eu tenho o tal do famoso do fracasso escolar fracasso escolar é um fenômeno do final do século XIX é um fenômeno do momento em que você constitui as escolas graduadas que você estabelece uma seriação muito rígida e que você tem um exame no final do ano de passagem Então na hora que eu vou me perguntar o que que tá acontecendo por que o o os alunos não estão passando n porque tem alguns alunos que ficam retidos um aprendem e outros não e se
que eu controlei todas as variáveis a pergunta é diretamente então o problema é o aluno se o problema é o aluno quem vai me ajudar a pensar Qual que é o problema do aluno é a psicologia Então nesse momento a psicologia aparece como uma ciência auxiliar da pedagogia aliás é um é um casamento muito bom porque pra pedagogia a psicologia desse final do 19 é uma psicologia também experim início do 20 é uma Psicologia de caráter experimental a pedagogia se associa à psicologia isso também lhe confere uma espécie de caráter científico por justa posição por
complementaridade essa relação né da Psicologia com a educação ela eh já vem acontecendo vamos dizer desde do século X no Brasil mais intensamente né E ela tem início a sua presença tá muito ligada aos primeiros laboratórios de Psicologia eh escolar né que começaram dentro das escolas normais ainda no sentido de avaliar a percepção dos alunos de avaliar os processos de aprendizagem né o quanto que esse aluno aprendia deixava de aprender Então essa presença da Psicologia né ela estava muito marcada por uma concepção por uma visão de avaliação esse modelo experimental da Psicologia ele não deixa
de est de uma certa maneira e aqui no Brasil fundamentalmente principalmente em São Paulo contaminado de um modelo lombrosiano ou de uma Psicologia ou de um experimentalismo associado aos determinismos raciais porque que você pode atuar mais diretamente por uma determinada classe ou um determinado fração da sociedade mais indiretamente para outra então a psicologia também vai ajudar nessa nessa discussão dos determinismos raciais né isso muito tanto que você vê o primeiro gabinete que é constituído aqui em São Paulo que é criado aqui em São Paulo gabinete de Psicologia experimental Ele também é um gabinete de antropologia
e é a antropologia do final do 19 não estamos falando da antropologia cultural de hoje estamos falando da antropologia do final do 19 que é o modelo determinista racial isso vai sendo vamos dizer assim adensado acrescentado pela entrada no Brasil também já na década de 10 a partir dos anos 1914 19115 da psicanálise né Então nesse momento os médicos começam a trazer a psicanálise pro Brasil e começam a lecionar nos cursos de formação de professores trazendo para o interior então da formação de professor a ideia de que a criança poderia não estar aprendendo não porque
ela não tivesse aptidão para isso mas sim porque ela traria algum tipo de problema emocional né advindo das primeiras relações familiares que poderiam não ser adequadas a essa criança então toda a concepção né de eh Problema Emocional de criança problema passa a fazer parte do ideário pedagógico brasileiro o pensamento predominante ainda isola o fracasso do aprendizado na criança problema mas instituições como a escola normal de São Paulo o Instituto de Psicologia de Pernambuco fundado por Ulisses Pernambucano e a escola de aperfeiçoamento pedagógico de Belo Horizonte instalam Laboratórios voltados para pesquisa em educação com foco na
relação ensino aprendizagem estimulado pelo ambiente escolar Qual que é a virada que se dá do século da década de 10 paraa década de 20 primeiro a gente tem uma guerra mundial no meio disso né Essa guerra ela é importante porque ela ela depois que a primeira guerra mundial acaba você vai ver Genebra por exemplo vai ser né ou seja o Instituto j já queou mas não só né Genebra vai ser o lugar em que você vai ter toda uma discussão sobre a educação para paz a educação vai ser pensada no movimento de construção de uma
solidariedade de uma paz universal então a pergunta é nós enquanto sociedade falhamos se falhamos é porque a gente não conseguiu construir uma sociedade solidária e pacífica pra gente fazer isso ISS a gente tem um instrumento que instrumento que é isso a escola obrigatória isso por um lado associa a psicologia ao trabalho porque essa relação solidária ela também tá ligada a uma relação de reconstrução da sociedade reconstrução do do mundo e enfim isso tem a ver com a questão da vocação e o trabalho né tanto que você vai ver o AD Ferrier vai discutir exatamente quer
dizer o princípio da escola ativa que depois a gente vai chamar de escola nova no Brasil fundamentalmente né nos anos 20 mas o que tá aí da escola Ativa é a escola da atividade é arb schol é a escola do trabalho não mais se mensura né a inteligência Mas também se verifica Qual é a dificuldade de aprendizagem que essa criança apresenta e isso traz um aporte Clínico né E no momento em que as clínicas né da começam a se implementar através da medicina pelo movimento da higiene mental e as crianças vão Então ser caminhadas para
essas clínicas psicológicas para serem avaliadas do ponto de vista da sua personalidade as mudanças Então são mais de caráter eh qualitativo né que não mais é uma questão de aprender ou não pela aptidão mas passa a ser aprender ou não pela influência do ambiente e principalmente do ambiente familiar na Constituição da personalidade dessa criança essa visão vai ser vamos dizer question ada né alguns anos depois eh por uma outra leitura do processo de aprendizagem que é trazida principalmente pela obra do Pag né pela visão da escola nova pelas concepções interacionistas da Psicologia então considerando que
o ambiente não poderia ser restrito apenas às concepções e às relações familiares né mas que o ambiente era muito mais do que isso eram as experiências que a criança tinha com os objetos da Cultura né com as interações que se davam e na vida com outras crianças na própria escola com o material pedagógico Se você pegar esses âmbulas de fotografia que existem ainda hoje lá na cetana de Campos disponíveis sobre a década de 30 eles são uma espécie de eh material didático ou material pedagógico das etapas didáticas de um ensino de um ensino todo voltado
pra escola ativa então assim como o álbum da Caetano de 1895 de 1908 melhor de 1908 ele é um álbum ilustrativo de todas as inovações do campo pedagógico que você podia ter Laboratórios quadros parietais etc o álbum de 1930 ele é ilustrativo das mudanças de método nesse album de 30 por exemplo as carteiras não são Presas no chão as carteiras são soltas e os trabalhos são em grupo dentro do grande modelo da escola ativa os alunos inclusive Se você pegar esses álbuns é muito interessante você perceber que em 1908 o professor tá lá ocupando o
lugar central dando a aula e os alunos voltados para ele no ensino intuitivo em 1930 o professor não é nem figura das das imagens das fotos são só os alunos trabalhando em liberdade ativamente engajados na sua experiência de construção do conhecimento os paradigmas da escola nova Associados a psicologia o homem novo deve ser preparado para se integrar ao processo de do país e acompanhar a mudança das instituições reflexo dessa situação é a decisão do Governo Federal de introduzir a psicologia como matéria das escolas normais dividindo a cadeira de pedagogia Helena anpof no instituto de Belo
Horizonte e noem Silveira rudolfer em São Paulo coordenavam a aplicação de testes como base de Pesquisas para consolidar a psicologia da Educação no país então a marca né psicométrica da Psicologia também se faz presente no campo da educação Isso vai lá vai desenvolver os testes não só de inteligência mas um outro tipo de teste que é o teste de maturação que de novo o Lourenço Filho vai ser um expoente porque a coisa dos Testes ABC que começam a ser publicados na década de 20 são publicados no Brasil até os anos 70 o escolanovismo ao colocar
na criança e não no professor no processo ensino aprendizagem e não nas práticas de ensino eh na aprendizagem e no desenvolvimento da criança a base da proposta pedagógica obviamente chama a psicologia como um dos seus grandes sustentáculos mais do que isso é uma pedagogia que se quer uma pedagogia científica e dentre as ciências que ela busca a psicologia será certamente uma das mais importantes Então essa perspectiva interacionista ela vai começar a fazer parte né da eh do ideário pedagógico Brasileiro né bastante reforçado pelas concepções da escola nova né de um ensino não dirigido da possibilidade
da criança eh escolher né o seu percurso no interior da própria escola mostrar os seus interesses Então essa eh leitura interacionista né da escola vai fazer com que que a psicologia né compareça na escola Ah via a teoria piagetiana e via as concepções que buscavam eh entender né quais eram os desejos e os interesses da criança no seu processo de aprendizagem então ainda numa visão bastante individualizante né a criação da cátedra de Psicologia Educacional no curso de pedagogia da USP e do sed Sapiens indicavam o curso de formação de psicólogos em gestação depois da Segunda
grande Guerra Mundial a definição de psicologia escolar ganhou contornos mais nítidos a importância da educação é um dos poucos consensos entre os dois polos da Guerra Fria A escola é um centro de convivência das diversidades problemas do sistema de ensino e do contexto social passam a ser considerados como fatores de fracasso do aprendizado Mudando o foco do aluno problema métodos pedagógicos como Montessori e piag buscam na psicologia elementos para tornar educação mais harmonizada em relação ao desenvolvimento intelectual e emocional das [Música] Crianças as escolas normais trazem talvez a grande Base pro Ensino da Psicologia por
seus Laboratórios eh Ainda que houvesse Laboratórios nos hospícios mas foram esses labor as escolas normais Talvez os primeiros centros de produção de conhecimento em psicologia a educação Claro que não sendo a única mas foi certamente o principal solo sobre o qual a psicologia no Brasil ganha o reconhecimento de sua autonomia como ciência eh estabelece formas de atuação profissional assim como a pesquisa e a publicação de obra e de mais tarde de periódicos Enfim este vínculo entre psicologia e educação é um vínculo Muito estreito e eu diria é constitutivo no Brasil os anos 50 representam a
consolidação da Psicologia no país o plano de metas do presidente juselino kubek acelera a industrialização surge uma nova organização social as cidades começam a receber moradores do Campo a classe média aparece como protagonista no processo econômico e cultural a educação surge como o mais eficiente instrumento de mobilidade social e de construção não só do Homem novo mas de uma nova sociedade no plano institucional educadores como Anízio Teixeira e mais tarde Darc Ribeiro e Paulo Freire propõem novas metodologias de ensino o terreno estava sendo preparado para o grande Salto do país rumo aos promissores anos 60
que aparece nos anos 50 a mesma pergunta Por que que as crianças não aprendem né que eu acho que essa que é a grande relação da Psicologia com a a pedagogia pelo menos na maneira como eu percebo né Por que as crianças não aprendem aí a discussão é o meio né porque o meio social porque a família não ajuda porque a família tem outros referentes porque a ela vem de uma classe Popular ela vem de uma ou ela vem do ensino Rural e ela tem outras entes culturais então na década de 50 a discussão ela
muda de patamar para uma outra para um outro olhar que é o olhar do mapa cultural então aqui em São Paulo a gente tem tanto no estado como no município a criação dos departamentos de assistência ao escolar né E esses departamentos eh contratavam psicólogos e esses psicólogos tinham o papel de diagnosticar quais eram os problemas que as crianças apresentavam eh no interior da escola então esse modelo né de tentar encontrar na criança a resposta a causa da dificuldade escolar passa a ter uma um respaldo institucional né então não era mais no laboratório mas era na
clínica de atendimento psicológico né Então essas clínicas elas eram especializadas para atender as crianças que tinham problemas escolares não tinha psicólogo mes nessa época não tinha psicólogo na escola isso vai até quando eu fui e Socorro vocacional começou em 1962 atessa época não se falava em psicólogo na escola nem orientador Educacional tinha nas escolas oficialmente nas públicas não tinha que é onde também usou muito a psicologia mas veio a pós-guerra a industrialização a tecnologia começava a aparecer os cérebros eletrônicos a Energia Atômica a bomba atômica já tinha sido explodida lá em n gazak e no
Brasil era preciso mudar aí no Av me até que houve o Ministério da Educação fez uma portaria e a secretária Educação de São Paulo fez uma de classes experimentais as escolas particulares também queriam mudar e outras nasceram porque ninguém tava contente com a escola para os novos tempos que eram Novos Tempos da pós-guerra em 1962 a profissão de psicólogo é reconhecida no mesmo período começam as reformas de base na educação promovidas pelo governo de João g o contexto Educacional ganha dramaticidade com o golpe militar inibindo as experiências libertárias em escolas mesmo assim até o A5
há exemplos de iniciativas revolucionárias como a escola experimental da Lapa e os ginásios vocacionais você tem um despertar pra cultura você tem um eh você tem mesmo na própria academia você tem toda uma discussão sobre a cultura ela aparece em vários momentos e ela vai essa discussão que inclusive vai carrear pro depois a discussão que que vai enfim se expandir ao longo dos anos 60 que é toda aquele movimento de maio de 68 etc que é uma outro olhar a escola como reprodutivista etc quer dizer é um olhar sobre essa diferença cultural do ponto de
vista de que elas são de naturezas diferentes eu acho que a psicologia mudou o perfil dela de eh de psicologia escolar nos anos eh no fim dos anos 60 começo dos anos 70 até então era assim e isso persistiu ainda por muitas décadas né tinha um serviço de psicologia do Estado em cada nas grandes cidades as crianças problemas que nem sempre eram problemas eram encaminhadas para esse serviço esse serviço fazia um diagnóstico e a criança ia de vez em quando lá para tratamento primeiro que era a a relação entre número de sessões e o problem
Não era condizente com a solução às vezes criança precisaria muito mais e todos os problemas eram considerados problemas de família problemas de ajustamento da criança de desagregação no lar de criança maltratada e ficava por aí a culpa tava na criança na família da criança mas jamais na escola não era professor que era mal formado não era o livro que era adequado o método que era inadequado a criança que todo o problema estava centrado na criança então algumas experiências vão acontecendo já nos anos 70 influenciadas muito pela teoria né da Psicologia institucional e das discussões dos
grupos que começam a eh ser introduzidas também dentro das Clínicas de atendimento psicológicos do município e do Estado então a gente já vê alguns profissionais que não mais vão paraa escola apenas para diagnosticar as crianças mas já vão paraa escola para começar um trabalho mais com os professores e os gestores né no sentido de pensar o papel da escola e o lugar da escola mas ainda nesse momento muito atravessado pela teoria da carência cultural né que era a explicação que mais eh se fortalecia né com relação ao porquê das crianças das classes populares não aprenderem
dos anos 70 para cá criou assim uma verdadeira aversão sem nenhuma fundamentação científica contra a tecnologia Educacional e ela se desenvolveu um horror lá fora até 1970 no centro educacional de Pesquisas educacionais que tinha aqui no Rio de Janeiro São Paulo Rio Grande do Sul Recife e tinha outros que não eram tão produtivos mas esses mantinham revistas treinavam professores da de São Paulo treinava professores da América Latina inteirinha no uso de produção e tecnologia Educacional em sala de aula em todos os níveis começa a tomar mais força nos anos 1970 uma crítica profunda à psicologia
na educação e aí vários pontos podem ser enfocados eu acho que o primeiro é justamente a redução da Psicologia a algumas técnicas que a própria psicologia produziu técnicas estas que isoladas da totalidade da qual elas emergiram ou isoladas e dos objetivos que elas pudessem ter e da maneira como foram utilizadas acabaram não só por por muitos equívocos na educação assim como acabou produzindo muitos equívocos na própria Psicologia ou seja muitas críticas feitas à psicologia eu diria não seriam críticas à Psicologia de forma genérica mas a maneira como a psicologia foi percebida Como ela foi entendida
e sobretudo Como ela foi utilizada Então a gente tem uma vamos dizer assim um iato aí né da presença da Psicologia no campo da educação então não mais se tem o psicólogo atuando no campo da educação se o psicólogo fazia um atendimento Clínico com a crítica né esse lugar não é mais ocupado pela psicologia pelo menos no município de São Paulo e no Estado de São Paulo um dado importante a considerar é que entre as décadas de 60 e 70 80% do ensino no país é efetivado em escolas públicas o momento histórico corresponde a uma
certa anemia no campo da Psicologia Educacional o que provoca intensa discussão nos meios acadêmicos para delimitar as fronteiras entre psicólogo orientador Educacional e coordenador pedagógico no início dos anos 80 os filhos da classe média migram para as escolas privadas caracterizando uma espécie de que vai ter reflexos cada vez mais graves na qualidade do ensino público quando vai pro psicólogo e o psicólogo trabalha no âmbito individual clínico-terapêutico ele acaba justificando e legitimando que os problemas que ocorrem dentro da sala de aula são problemas individuais são problemas da Criança e que portanto não são problemas de ordem
pedagógica que devem ser tratados devem ser solucionados até porque muitos deles foram produzidos pelas relações dentro da sala de aula na passagem dos anos 70 para os 80 o país vivia a intensidade da transição democrática psicólogos muitos deles engajados na luta contra a ditadura passaram a refletir sobre o seu papel no processo da reconstrução Civil do Brasil e a educação estimulava uma parcela considerável dessa quando a psicologia começa a fazer uma crítica A ao americanismo que de certa maneira graava nos textos nos conteúdos trabalhados pelos cursos de Psicologia isto não está desligado ISO não está
desarticulado da Resistência à ditadura militar eu até faria uma analogia porque uma coisa era derrubar ditadura militar a outra coisa era a construção da democracia e eu creio que tanto por educadores quanto por psicólogos A questão não estava apenas em fazer a crítica aquilo que a psicologia produzia na educação e nem somente a crítica da educação tal como ela havia se constituo até então mas era também mais do que isso não bastava crítica era preciso buscar superação era preciso construir uma nova educação e principalmente para nós era necessária a construção de uma nova psicologia e
no interior da Universidade né Uma Outra experiência que a gente montou foi aqui no instituto de Psicologia o serviço de psicologia escolar né ele foi fundado em 76 né já no bojo dessa discussão de uma atuação do psicólogo né numa perspectiva de a instituição escolar e não de culpabilizar a criança pelo seu fracasso né Eh ele foi fundado pela professora Maria Elena soua pato que é a pessoa que inicia essa crítica no Brasil não é no campo da psicologia escolar tentando pensar uma outra prática do psicólogo né que leve em conta os leve em conta
os processos de escolarização né que produzem a criança que fracassa o próprio Tero fracasso escolar foi cunhado por ela né Eh é uma construção teórica que ela faz né para explicar os o ma desempenho das crianças nas séries principalmente nas séries iniciais da escolarização e e ela Então institui nesse serviço não é através da contratação de quatro psicólogos uma modalidade de atuação psicológica tem tentando pensar uma forma de atuar na escola que leve em conta esses princípios de compreender o fenômeno escolar como produtor do fracasso E aí toda a discussão que a gente estava fazendo
hoje né no curso de formação que nós damos aqui para psicólogos que estão no campo da saúde no campo da educação é no sentido de mostrar para esses profissionais que a qua escolar ela tem que ser pensada na sua origem Então esse processo de retornar à escola né de tentar buscar na escola suas as origens desse encaminhamento é que sem dúvida nenhuma possibilitaria ao psicólogo que está no campo da Saúde se aproximar mais do campo da educação nos anos 90 a discussão já é outra a discussão é puxa a vida será que o o lugar
da onde a escola fala não é um lugar extremamente específico completamente Eh Ou seja que a escola não constrói ela mesmo uma cultura uma cultura escolar e essa cultura da onde ela fala ela distante de absolutamente todas as culturas da sociedade e que a criança ao ingressar na escola não precisa aprender o modo escolar de funcionamento que não é o modo social de funcionamento essa é uma outra discussão que vem mais pro final dos anos 80 do início dos anos 90 0 é criada a Associação Brasileira de psicologia escolar e Educacional a abrap foi uma
resposta a necessidade de redefinir o papel do psicólogo escolar nas instituições de ensino e na formulação de políticas públicas para educação a abrap cumpre o papel de reunir e fazer circular informações sobre a psicologia escolar e Educacional eu sonhava com isso desde o começo dos anos 60 eu stia fta de uma a gente tinha Associação de Psicologia de São Paulo mas era uma coisa geral Ah e eu achava uma falta da nada mas não era só eu que senti essa lacuna então a gente foi assim se pensando será que a gente não conseguiria criar um
organismo que pelo menos realizasse alguns eventos alguns encontros que sistematizar pelo menos a produção quer dizer eu tô interessado em psicologia escolar naquela revista tem coisa de psicologia escolar só não é não é eu ficar procurando eh um para achar um artigo correr 10 12 revistas eram pessoas doutoras pesquisadores da de várias universidades da PUC de Campinas eh e de outras eh faculdades de Psicologia mas que viram né a necessidade de criar um espaço político de discussão e um espaço também de congregar os profissionais da área né a área foi se estruturando foi ampliando suas
pesquisas né foi eh constituindo-se né como uma área realmente de aplicação de conhecimento da Psicologia E isso também vai fortalecendo os congressos da brape os espaços de atuação da própria brape hoje ela é uma associação que tem feito congressos com 1500 1600 pessoas né organizados os psicólogos ampliam seu espaço na pesquisa e na formulação de políticas públicas para a educação se você vier aqui agora no no arquivo no centro de memória da Faculdade de Educação e pedir as fotos do Centro de de de referência ou de referência centro de Regional de Pesquisas educacionais você vai
ver que o Centro Regional Ele criou uma escola modelo que Escola Modelo Essa é hoje a nossa escola de aplicação mas ainda o embrião dessa escola de aplicação as fotos que a gente tem dessa dessa escola são fantásticas são de novo fotos que mostram como que a Inovação pedagógica Entra na sala de aula então você tem as crianças sentadas no chão né em roda você tem utilização daqueles Sabe aqueles gravadores que a gente tinha grande de rolo gravador de rolo em sala de aula né trabalhando com os alunos Então você tem fotos que mostram como
que esses recursos de ponta gravador de rolo na década de 50 Me desculpe mas é um recurso de ponta hein como que porque esses discursos de pon estão sendo utilizados na sala de aula como instrumento pedagógico então de novo você tem então representações modelares dessas mudanças você vai encontrar em instituições modelares também acho que o problema da educação e aí de todos os projetos pedagógicos é esse como você transforma um experimento feito em pequena escala dentro de situações bastante de um ambiente bastante controlado para uma coisa em larga escala num ambiente nada controlado você vai
ver ainda o psicólogo presente em alguns municípios do interior né E já fazendo uma prática a partir da crítica que foi mais instaurada no início dos anos 80 e esses é os que alguns serviços que se mantém hoje em várias cidades por exemplo São Bernardo do Campo Guarulhos em 2001 quando esse grupo chega a Prefeitura de Guarulhos a rede Municipal de Educação era muito pequena e basicamente oferecia o serviço em educação infantil PR escolar a questão era não basta aumentar o acesso se isso não vier acompanhado de um projeto político pedagógico que Garanta a qualidade
de ensino e basicamente assim das vagas em pré-escola Hoje há um número muito grande de crianças de 0 a 3 anos e o Fundamental e um investimento muito grande na educação de jovens e adultos todos esses e níveis de ensino são acompanhados necessariamente por uma equipe que são os núcleos formados por pedagogos e psicólogos trabalhando conjuntamente havia divisão haviam dois departamentos um departamento único exclusivo da psicologia e um departamento único exclusivo para pedagogia então entendeu-se que nada melhor do que a junção destes profissionais né num único departamento hoje a atuação eh por meio de núcleos
né a estrutura eh tem um núcleo de educação infantil educ fundamental Educação de Jovens e Adultos educação inclusiva né em todos esses núcleos tem tanto psicólogo quanto pedagogo todos trabalhando aí numa interdisciplinaridade principalmente no núcleo de educação inclusiva que tem outros profissionais não somente o psicólogo e o [Música] pedagogo escola pública ela tem como objetivo atender a todas as crianças né Independente da sua condição orgânica né socio cultural Econômica então não só apontar aquilo que o educador não sabe né mas resgatar com o educador aquilo que ele sabe também e como aquilo que ele sabe
ao longo da sua experiência pode ajudar também o aluno com uma diferença significativa né como uma deficiência uma deficiência sensorial uma deficiência física o problema de né de ento e assim por diante podemos afirmar que cabe a psicologia Educacional e a psicologia escolar contribuir junto com outros conhecimentos e principalmente em profundo diálogo com a sociologia com a antropologia com a história com a com com as neurociências eh contribuir para esse conhecimento eh que dê fundamento a um projeto pedagógico por outro lado nós temos a ação profissional do psicólogo que pode ser um mediador importante justamente
para que esses pressupostos sejam incorporados de fato na prática do professor porque é a sala de aula que de fato nos interessa em 2001 eu vim para cá para trabalhar com educadores eu acho que é uma outra frente aonde os educadores eles têm sim um corpo adormecido Não por culpa dele ele se eu tenho o meu corpo enrijecido não penso que a criança precisa ter um corpo solto então continuaríamos com sempre com essa Educação do corpo rígido sentadinho na cadeira Eu acho que o teatro assim como as outras Artes ela vem para mexer para desestruturar
essa Educação de 500 anos e aqui no Alfredo Volp onde eu tô há 3 anos eu desenvolvo o projeto de artes plásticas com eles as aulas de artes plásticas acontecem uma vez por semana e a proposta do projeto é de sensibilização pra arte tanto das Crianças quanto das professoras a gente tá aqui para oferecer um repertório novo PR as professoras e criar novos interesses pras crianças uma dessas atividades que a gente desenvolveu esse ano foi deles estarem começando a desenhar no computador essa turma que é de primeiro estágio ele estão tendo essas aulas há 3
anos já passaram por pela maioria das Ferramentas assim pintura escultura desenho com grafite com giga e agora isso o computador surgiu como um novo instrumento para [Música] eles nós temos 13 computadores não é n suficiente pras crianças mas o que os professores fazem aquilo que ele tá trabalhando aqui ele deixa em jogos se é matemática ele vai est trazendo jogos matemáticos então o nosso trabalho é assim sempre integrando laboratório de informática e a disciplinas do [Música] conhecimento é algo novo que já aconteceu na sociedade que não pode ficar fora da nossa [Música] escola a escola
surge na medida em que você precisa disseminar um outro conhecimento que é o conhecimento escrito que não é mais o con da oralidade mas que é o conhecimento da escrita né nesse percurso O que que a escola vem fazendo ela vem ajudando ela vem criando formas de lidar com a informação o que que você quer dizer ela vai dizendo o que que é o conteúdo certo do que que é o conteúdo errado e como que eu interpreto esse conjunto de informações o que o sujeito vai fazer com essas informações hoje bom aí a gente não
sabe mas é um pouco isso que a escola vai sempre fazendo Tentando mostrar ou tentando ela estabelece o que que é a verdadeira interpretação estabelece de uma maneira fluida não é tão consciente assim mas há um esforço D né acho que é um pouco isso que a escola consegue [Música] fazer a [Música] C [Música] k p [Música] C n