NÓS MATAMOS O CÃO TINHOSO | PARTE 3/4 | FUVEST | Luís Bernardo Honwana | Resumo Análise

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PARTE 3: O livro “Nós matamos o Cão Tinhoso”, escrito pelo autor moçambicano Luís Bernardo Honwana, ...
Video Transcript:
fala Juventude tudo certinho meu continua naquela tranquilidade gente seguinte essa aqui é a parte três de um total de quatro né análises de quatro vídeos quatro episódios a respeito do livro nós matamos o cão tinhoso do escritor moçambicano Luiz Bernardo Romana se você chegou até aqui eu vou partir do pressuposto por favor hein meu eu vou partir do pressuposto de que você já assistiu a parte 1 e também já assistiu a parte 2 se você não fez isso vai lá assiste pessoal porque aqui eu não vou abordar uma série de questões que eu já abordei
lá na parte 1 outras que eu trouxe até na parte 2 Tudo bem então aqui nesse bate-papo de hoje eu vou abordar mais dois contos a gente vai falar de um conto chamado a velhota e a gente vai falar também de um conto chamado papá cobra e eu então bora lá pra análise de mais dois contos aí do ronoana a respeito esse contexto aí anticolonial aí Claro jovens antes de começar essa análise de hoje né só para dar um toque eu deixei aqui na descrição do vídeo e vou deixar passando aqui ao longo dessa análise
alguns cards também tá para você conseguir acessar facilmente as partes um dois e quatro Beleza então vai na descrição ou então sai clicando aqui nos cards Tá mas só faz isso se você tiver vendo na ordem tudo certinho quer voltar não quer voltar em outra parte enfim mas vou deixar tudo na descrição para você ter né o todo para você ter essa essa coletânea de análises aí sobre os contos desse livrão aí do ronoa Então pessoal o conto a velhota é super curtinho beleza é uma leitura bem rápida tá mas tem o seu peso Tá
mas realmente não vai trazer grandes dificuldades de leitura não tá pensa no mesmo contexto aí que eu venho abordando com vocês e a lição que fica vai ser muito parecida né Essa coisa da cautela do cuidado Então já pensa que a gente tem aqui um foco narrativo em primeira pessoa tá então o narrador aqui volta sem primeira pessoa não é o Ginho tudo bem Ginho não voltou ainda tá a gente já sabe que ele vai aparecer eu já tinha adiantado essa informação para você mas não é aqui tá então o narrador em primeira pessoa que
já começa meu de cara assim ele abre o conto contando pra gente que ele ele recebeu uma pancada ele tá ali na rua de repente ele foi atingido então ele sofre uma agressão aí o cara tá ali De boa De repente pei ele nem sabe de onde veio essa doideira aí tá de onde veio essa pancada Ele só sabe que meu irmão recebeu uma pancada ele tá caído E aí quando ele tá abrindo os olhos já no chão ele tá caído Pensa nessa situação ele tá narrando em primeira pessoa ele tá caído e quando ele
abre os olhos ele consegue né ele vai olhando de baixo para cima e ele consegue ver mais ou menos a roupa desse homem que eu agrediu então ele consegue perceber que cara é um homem e ele consegue perceber que esse homem tá usando roupas muito formais Então tá com um calçado né Muito formal provavelmente um sapato social algo do tipo tá com calçado muito formal pode ser também sei lá uma botina alguma coisa do tipo beleza Tá com uma calça bem for malzona também tá algo que lembra o que pessoal lembra alguém parece ser alguém
de muito respeito mas pode ser também alguém de algo né que representa autoridade por conta do cinto né o cinto tem uma espécie de placa né pode ser uma fivelona né então eu sinto que representa também essa questão da autoridade beleza pessoal Muito provavelmente ele não afirma isso mas dá pra gente deduzir Muito provavelmente esse narrador é um homem moçambicano Preto homem preto que foi agredido por um homem branco provavelmente um homem ligado a colonização né então pelo branco português colonizador provavelmente alguém ligado às Forças de repressão colonizadoras tá uma por que será que esse
cara foi agredido esse nosso narrador aí só que aí pessoal ao invés de o nosso narrador continuar falando dessa agressão ele vai mudar rapidamente né de assunto vai mudar rapidamente o foco ali né da sua narração e ele vai começar a falar ali meio que da casa dele aí a gente descobre que tem alguém esperando na casa dele a mãe dele tá esperando ele em casa essa mãe dele é a velhota do título Beleza ela tá esperando ele em casa mas a gente descobre que ele não tá muito afim de voltar para casa então ele
pensa Caramba mano eu tenho que voltar para casa já não tô afim de voltar para casa e eu ainda vou ter que chegar em casa e me explicar minha mãe vai perguntar qual é que é e eu fui agredido E ai meu que zica E por que que ele não quer exatamente voltar para casa é porque ele não se dá bem com a mãe não tá tudo bem na relação com a mãe mas é porque se ele voltar para casa ele vai ter vai se deparar né novamente ele vai se encontrar lá com a situação
de miséria na qual ele vive tá então é muito curioso né quando ele chega em casa que ele começa a conversar com a mãe a mãe até Deixa claro que só tem né Tem uma comida lá que se eu não me engano a mãe chama de o coco né deixou até conferir aqui se é isso mesmo na minha nas minhas anotações é exatamente isso né mãe chama de coco o coco pessoal é uma espécie de raspa de arroz né é um arroz que queimou ficou no fundo da panela e ao invés de jogar fora não
dá para desperdiçar cara então essa parte queimada é guardada né Faz um esqueminha lá e come depois e ele sabe que só tem isso né mãe fala para ele ó só tem o coco né não tem mais nada além disso então é uma situação de miséria de novo a gente lembra do quê da situação lá da família do Ginho né que era era a família do Jim eu era rica não mas olha desse narrador aqui é então percebe que a gente também tem esses comparativos socioeconômicos aí esse cara não está muito afim de voltar para
casa mas ele tem que voltar é a casa dele ele acaba voltando e quando ele chega em casa ele começa a trocar uma ideia com a mãe e aí a gente né percebe que esse conto pessoal anota aí ele é baseado no diálogo entre mãe e filho não é o conto inteiro nessa introdução a gente não tem sol diálogo né ele vai narrando e tal mas quando ele começa a conversar com a mãe quando a gente tem o início do Diálogo o diálogo Se estende Então tem um bom pedaço do conto que é só diálogo
Então você tem ali travessões travessões né o travessão travessão travessão travessão então é diálogo diálogo diálogo diálogo tá então mãe e filho vão conversar bastante nesse ponto aí ó essa altura do campeonato Eu acho que eu nem precisava te dizer mas eu vou dizer mesmo assim pessoal a mãe desse narrador Muito provavelmente representa o que né olha o título A velhota então uma mulher idosa uma mulher mais velha tá provavelmente a mãe dele representa é isso mesmo que você já entendeu você tá pensando já corretamente a mãe dele representa a sabedoria a cautela tá essa
mãe que representou cuidado que faz as perguntas certas que sabe exatamente o que deve ser perguntado mas vai evitar também fazer certas perguntas para algumas perguntas Ela já sabe a resposta porque meu é a voz da experiência tá o filho por sua vez que é um jovem né representa de novo né Essa coisa aí da né da da Euforia né da atitude emocionada e tal e faz a coisa né de maneira intempestiva se bem que olha que curioso esse narrador especificamente ele tá no meio do caminho tá justamente pessoal ele já viveu algumas coisas então
esse narrador é um narrador que sim ele é jovem ele é um revolucionário mas no diálogo com a mãe a gente vai perceber que esse jovem ele já tá sacando ele já tá começando a sacar que é necessário tomar alguns cuidados nessa luta anti Colonial aí E olha que interessante Sabe por que que o narrador tá começando a sacar isso porque ele não é filho único tá ele deixa Claro que ele tem irmãos e ele chama os irmãos né Ele e a mãe dele né chamam ali os outros filhos né os outros irmãos de Miúdos
né o fato deles serem chamados de Miúdos significa o quê pessoal que são irmãos mais novos ou seja o nosso narrador é o irmão mais velho sendo o irmão mais velho ele não pode mais agora né que ele tem irmãos né provavelmente a gente vai entendendo Vai ligando os pontos e provavelmente O que aconteceu é o seguinte no passado quando era ainda mais jovem e aí talvez ele fosse o único filho né tal ele era mais revolucionário eu tava ali fazendo rolê todo e acaba com as consequências e apanhava da polícia colonizadora das forças de
repressão e pai né E eles esse cara deve ter feito muita coisa até por isso por ter um histórico por ter um passado esse cara mas perceba que ele já começou o conto que apanhando ele foi agredido então provavelmente esse cara tem um histórico aí que Muito provavelmente é do que de uma luta anti Colonial mas agora no momento presente ele tem irmãos então ele saca o quê ele precisa agir com mais cuidado meu esse cuidado é tão grande que durante certo momento da vida né nesse diálogo aí a gente fica sabendo que durante certo
momento da vida a mãe deixava de comer para dar comida para os filhos né só que no tempo presente no momento presente do conto né durante o diálogo não é mais só a mãe agora a mãe e o narrador deixam de comer muitas vezes para que os Miúdos possam comer então você vê que a questão do cuidado é muito forte tá isso vai ficando Claro nesse diálogo aí né e pessoal esse diálogo se inicia como né ele chega em casa ele tem que ir para casa a situação é de miséria ele não quer chegar lá
para enfrentar tudo isso mas tem que ir não tem jeito é a casa dele quando ele chega em casa de cara a mãe já pergunta meu filho o que que aconteceu Ele já sabia disso isso ia rolar e ele não queria não queria preocupar a mãe né e ele conversa ele fala não mãe não foi nada não deixa quieto E aí a mãe já fala o seguinte fala assim eles te bateram né Olha a sabedoria da mãe perceba que a mãe fala com um tom de quem já sabe do que se trata a mãe já
tá ligada tá também já só esse eles né É como se ela soubesse mesmo então ela fala meu eles eles te pegaram né eles te bateram é como se a mãe soubesse quem são eles a mãe soubesse do histórico do filho a mãe sabe e a mãe se preocupa então a mãe já fica com o coração apertadinho E aí a gente tem o início desse diálogo e todas essas informações que eu te passei aí né vão ficando cada vez mais claras pra gente através do Diálogo aí e de algumas falas né de alguns monólogos também
que esse narrador vai fazendo também E aí pessoal nesse diálogo né o narrador Deixa claro pra mãe né eles vão falando o narrador vai vai expondo algumas coisas e tal tem um momento que ele deixa muito claro que ele é um homem indignado ele fala meu eu não suporta essa situação colonial e a gente tem que falar a gente tem que falar tem que ir lá tem que ler tem que sabe criticar tem que não dá pra gente ficar nessa situação mas aí também vai lá mulher sabe a mãe vai lá Calma né acalma o
filho filho calma velho Calma relaxa fica calmo filhão tá a gente tem que tomar cuidado filho tá se você for para cima vai dar ruim vai dar ruim lembra dos Miúdos Tá calma seus irmãos lembra pense em você mesmo filho calma ah de se agir com calma e aí pessoal tem um trechinho que é muito curioso ele tá falando com a mãe ali e aí ele fala a respeito do desejo que ele tem por um futuro melhor e ele fala o que que ele deseja pros irmãos né E aí a gente acha que ele vai
falar meu eu desejo que os meus irmãos sei lá né sejam revolucionários mas não porque ele já tem também esse pensamento mais cauteloso e o que ele diz para amanhã é o seguinte eu espero que os meus irmãos né que os Miúdos tenham um futuro melhor eu espero que ele sejam diferentes de mim e não ele não disse como Espero que eles sejam diferentes de mim eu não quero que eles lutem tá Não eu quero que eles aceitem a presença do colonizador Olha isso essa é uma fala que nos frustra né você fala não cara
você acha que ele vai falar algo do tipo Poxa eu espero que o colonizador não esteja mais aqui né que a gente já tenha vencido até lá né quando eles crescerem tal que a gente já tenha vencido a colonização não mas parece que ele já entendeu que cara essa luta é tão difícil que cara será que a gente vai ganhar mesmo então o que eu espero mesmo cara depois de ter lotado tanto é que os meus irmãos cresçam aceitando que o colonizador tá aí mesmo e cara só aceita porque se eles crescerem aceitando eles vão
sofrer menos e Vão apanhar menos eu não consigo aceitar então eu vou seguir apanhando um pouquinho eu apanho menos mas eu vou seguir apanhando como acabei de apanhar eu fui agredida ali né Eu tenho um histórico eu sou um indignado eu espero que meus não sejam né então é meio frustrante isso cara ele espera que os irmãos dele aceitem a colonização é porque porque talvez esse seja o caminho é um caminho possível frustrante ruim mas é um caminho possível né de novo o nosso autor dizendo pessoal a caminhos possíveis que podem ser Mega frustrantes mas
esse caminho né que que passa pela luta o tempo todo né do caminho lá do jovem que vai e apanha e morre esse caminho desse caminho eu tô cansado então esse narrador deseja isso para os irmãos dele meio frustrante sim mas é uma possibilidade né de pensamento é uma possibilidade Eu desejo que eles só aceitem cara é muito pesado lei isso aí aqui é muito louco né porque a gente tem o desejo de mudança versus a aceitação o que que é melhor fica o questionamento não tem uma resposta tão efetiva o que a gente tem
é o nosso narrador ou o nosso autor por meio das personagens dizendo o melhor mesmo é ter calma o melhor mesmo agir com cautela isso é o melhor agora a aceitação é melhor não sei é um caminho possível Pensa aí leitor né é um caminho possível que é melhor para você leitor Pensa aí vamos pensar junto é uma discussão a se fazer tá continuar lutando aceitar então tem essa questão e a mãe também pessoal assim como madala nessa velhota ela também representa a sabedoria porque a mãe ela ela conforta o filho ela troca uma ideia
ela sabe que a luta do filho é importante mas que também é importante pensar nos Miúdos tá pensar nos filhos mais novos e tal então essa mãe também ouve o filho com calma ela sabe o que aconteceu com o filho ela sabe quem bateu no filho ela sabe que foram as forças é de repressão desse sistema colonizador ela sabe mas ela procura nem ficar né enfatizando muito reforçando e citando ela ela nem fala muito ela nem cita esses nomes porque para não inflamar o filho tá todo esse cuidado né de uma pessoa mais velha e
sábia então mais uma vez a representação da sabedoria que vem com a idade e aí para finalizar a análise desse conto que é bem curtinho a gente pode pensar aqui os Miúdos representam o futuro moçambicano mais um futuro incerto porque eles não cresceram ainda o que será dessas crianças a gente não sabe a gente tem alguns desejos e possibilidades então elas são o futuro da nação mas um futuro incerto tá o agressor do narrador por sua vez pode ser pensado como uma metáfora numa representação de todo o sistema colonizador que é opressor que é agressivo
pra caramba tá e que não pode ser sempre identificado né sei lá você não consegue sempre identifica-lo na na figura de uma pessoa né ah aquela pessoa é a colonização aquela pessoa é a colonização não a colonização é um grande sistema né nesse caso o cara nem foi identificado mas é um grande símbolo tem o cinto tem a roupa tem a coisa da autoridade tá então o agressor metaforiza né sintetiza representa todo esse sistema colonizador extremamente agressivo que invade e que não dá muitas explicações não chega agride toma conta e é isso Você colonizado que
aguente aí se vira a colonização funciona dessa maneira E aí sim pessoal depois da análise desse conto a gente chega no conto número 5 que recebe o título papá cobra e eu esse Papá te lembra alguma coisa Pois é meu é o Papá lá do conto número dois o conto do inventário tá então é nesse conto que volta o Ginho tá E nesse conto não volta sozinho o Ginho é assume papel de narrador já te adianto que aqui o foco narrativo é em primeira pessoa então aqui a gente sabe né que o narrador né é
o Ginho porque pessoal porque ele narra tudo em primeira pessoa e ele tá falando da própria família da própria casa e ele vai falando de algumas figuras que já tinham Aparecido lá naquele outro conto beleza tá por isso que a gente junta tudo agora e fala Opa era o Ginho no no conto do cantinhoso é o Ginho agora nesse conto pa pa cobra e eu e era o Ginho também no conto do inventário então a gente junta tudo tá então perceba que é um um narrador que vai passando por uma série de situações de experiências
e de aprendizados também tá então esse Ginho aí tá aprendendo tá vivenciando muita coisa isso é bem importante olha essa situação que traz Sofrimento Traz ensinamentos aprendizados meu traz coisa pra caramba põe logo de cara a família tá ali almoçando É nesse almoço aparece até uma personagem nova que é uma mulher chamada Santina pessoal sartina é um ajudante também né então eles têm uma outra empregada isso nos faz pensar de novo mais uma vez na situação socioeconômica dessa família então Além do Mar do Nana tem a sartina também tem dois ajudantes dois empregados aí tá
e um detalhe Curioso hein a família do Ginho Como já tinha te adiantado aí né em outra parte aí das nossas análises tá eles nessa família domina a língua portuguesa a língua do colonizador ou seja uma família que teve acesso à educação tá uma dunana e a satina que são os empregados eles não Eles não dominam eles arranham o português e tal mas eles conversam aí numa outra língua num outro idioma né nesse caso aparece até né tem algumas referências especificamente ali a o idioma Ronda né falado ali em algumas regiões específicas de Moçambique tá
então essa questão linguística que é muito importante né porque essa comunicação entre eles é meio truncado inclusive é a mãe né do Ginho que os dois idiomas ela fala português e fala também ohonga é ela que que faz né Essa é que esse intermédio aí né que vai meio que intermediando né esse idioma fala um pouco com a certinho e ainda fala um pouco como a dona Ana traduz ali traduza aqui porque esses dois empregados realmente por não terem tido acesso a uma educação formal questão socioeconômica né não dominam a língua do colonizador então aqui
a gente tem de novo a questão linguística do livro isso é importante e também essa análise crítica do ponto de vista sócio-econômico e também Educacional uma coisa se associa diretamente a outra jovens rapidinho aquela brevíssima interrupção aqui hein pro nosso recadinho de sempre se você tá curtindo o vídeo faz aquele esquema lá dá um like aí meu se inscreve no canal ativa o Sininho também isso ajuda demais você não tem ideia tá faz tudo isso aí dá aquela força né meu se você curte também o insta Procura lá leio logo escreva né o canal Leia
logo escreva no insta também eu sempre posto uma coisinha ou outra lá para te ajudar também beleza e se você gosta do formato áudio procura também o leio logo escrevo aí né nessas plataformas para ter acesso ao nosso podcast também beleza feito tudo isso meu eu deixo aqui o meu muito obrigado valeu mesmo e bora voltar para análise aí e aí pessoal nesse almoço conversa vai conversa vem eles estão trocando uma ideia e Aí surge ali a informação né surge uma preocupação pelo seguinte meu a gente fica sabendo que tem alguma coisa de errado ali
na capoeira né O que que é a capoeira é um espaço específico né eles chamam de capoeira um espaço específico onde ficam as aves dessa família tá então a família que tem algumas aves né cria algumas aves e essas aves ficam lá nesse lugar que eles chamam de capoeira e na capoeira tá acontecendo alguma coisa muito esquisita os pintinhos estão desaparecendo e as galinhas estão morrendo e aí a mãe muito ligeira né A mãe já é aquela experiência ali de conhece a região a mãe já tá ligada a mãe fala ih meu isso aí é
cobra tem cobra aqui na nossa casa e é isso aí Tá embaçado né a gente tem que resolver essa situação aí a mãe né a mamãe chega no pai do Juninho chegando papai e fala para ele seguinte cara meu você tem que achar essa cobra você tem que resolver essa situação porque essa cobra pode fazer mal pode picar os nossos filhos tá tem os nossos filhos aí então você tem que resolver essa situação aí cara tá E aí se instala esse problema então né a galera tem que achar essa cobra aí que tá matando o
pintinho tá matando galinha e que pode fazer mal para os filhos então aí a gente tem o título né papá cobra e eu porque eu porque o narrador é em primeira pessoa então o Papá cobra e o eu do título é o Ginho é o narrador inclusive gente no conto aparece o termo Mamba Mamba é um termo Pra cobra mesmo beleza então Toda vez que você né Se você pegar para ler aí né você vai ver lá Mamba Opa já lembra tá um termo Pra cobra dentro do conto dentro dessa língua portuguesa falar de especificamente
em Moçambique aí tem uma cena pessoal em que estão lá na capoeira o Ginho e o nandito né lembra que o nandito um dos irmãos do Ginho já tinha aparecido lá no no conto lá do inventário também beleza eles estão ali na capoeira o totó que é o cachorro que também já tinha aparecido lá na no conto lá do inventário ó os nomes aí vão aparecendo beleza Tá então o totó né mas os dois irmãos o Ginho e Nandinho tão ali na capoeira e o Ginho vê a cobra o nandito não chega a ver mas
o jinho vê fala uh tô vendo minha mãe tava certo Olha a Cobra ali tá aí caramba que que a gente vai fazer não sei porque tal tal aí nisso aparece um cachorro vindo de fora tá então tá ali o top é o cachorro da família Mas de repente chega ali na capoeira né na casa ali do Ginho chega um outro cachorro que cachorro era esse era o lobo lembra desse cachorro eu pedi pra você lembrar dele lá na primeira parte Beleza o lobo pessoal que era um mais empoladão não cachorro né é esse aí
é um cachorro de finesse um cachorro que tinha ali um Pedigree né então chega o lobo né aí a gente fica sabendo nesse conto que o lobo pessoal ele tinha um dono um que era o senhor Castro quem é o senhor Castro dono do cachorro dono do Lobo tá Lobo é só o nome do cachorro é não é um lobo tá só o nome beleza Tá quem é o dono do lobo que é esse cachorro aí é o senhor Castro que era um homem branco um homem lá Associação ao colonizador então é branco o colonizador
e esse cara é um cara que manda muito é um cara perigoso é um cara que tem poder tá então o senhor Castro é um cara embaçado velho essa informação faz toda a diferença ó aí pra você ter uma ideia o senhor Castro Tem um monte de funcionários tá vários homens pretos que são seus funcionários e ele chama os seus funcionários de meus pretos mas ela não estão assim de soberba de arro se também não tão pejorativo tá então ele é meu ele é meus pretos para cá porque meus pretos fazem isso eu mando meus
pretos eles fazem tá então tem esse tom bem pejorativo esse cara aí não é muito flor que se cheire não E aí pessoal nessa cena em que você tem o Ginho né mais o nandito que não vê a cobra daí você tem também o totó e o Lobo nessa cena ali tal né é o que que acontece meu o lobo né que chegou ali na cena agora ele chega e ele vai ali para cima da cobra quando ele vai para cima da cobra e tal meu a cobra ataca o lobo e a cobra morde nela
o Lobo o cachorro aí tá o lobo Sai gritando né sai ali meio Eita deu ruim tá ele sai e sai vazado E aí pessoal depois disso o Papá se junta com uma Donana lá o empregado eles caçam a cobra acham uma cobra e conseguem matar a cobra ele na cabeça deles o que que eles pensam beleza nos livramos do problema ufa que bom mal sabiam eles não na boa que o problema estava só começando porque passa se ele um tempo tá tudo certo tá tudo bem De repente para ali um carro né na frente
ali da casa ali do Dinho né do papá e quem que sai desse carro o senhor Castro o senhor Castro simplesmente vem ali todo o Altivo todo mala todo arrogante né chega e manda chamar-lhe o papai eu quero falar com o cara né quando para passar né ali um homem o papai aquele homem o que pessoal aquele homem né que já tinha tido um acesso à educação um cara né que já tinha lido muito lembra que nessa altura do campeonato a gente já sabe que o papai já havia sido preso lembra do conto do inventário
o papai já havia sido preso não queria ser preso de novo a casa estava sempre fechada lembra desse de desse detalhe importante tá então ele sabe que agora é necessário tomar todo cuidado então o Papá nesse momento da vida é um homem jamais cauteloso ele sabe que a luta meu Hum Tem que ter cuidado tá grava que o papai tudo isso e a gente já sabe de tudo isso com aqueles detalhes lá do conto do inventário Olha o porquê que aquele conta é importante E aí o papai o papai sai para conversar ali né com
o Sr Castro ele sai de boa ou Sr Castro tudo bem com o senhor tá tudo bem não seguinte o meu cachorro lobo foi melhor cachorro que eu já tive nessa vida melhor cachorro um cachorro caçador o lobo está morto Ele Foi picado foi mordido de cobra tá e eu recebi informações de que ele saiu daqui então ele foi mordido por uma cobra e Foi picado por uma cobra aqui na sua propriedade Ou seja é sua culpa eu quero uma indenização né você que se vire para me dar o dinheiro o Papá tenta argumentar e
fala mais Sr Castro fala mais nada se vira ou vai dar ruim para o seu lado o papai pensa e o que que ele faz Ele olha para o senhor Castro e diz senhor Castro tudo bem vou dar um jeito pessoal provavelmente ele não ia arrumar a grana ele não ia conseguir esse problema vai se estender a gente nem vai ter acesso a resolução desse problema mas na hora o que ele o que ele decide fazer é não arrumar treta com um homem que tinha relações diretas com as forças colonizadoras é melhor não bater de
frente a mensagem é a mesma é a que você já entendeu É necessário ter o que cautela o Papá aqui é a voz da experiência a gente tem que ficar de boa não vou bater de frente com esse cara então ele falastro tudo bem eu vou dar um jeito meu é muito injusto ele sabe que tem injustiça rolando ali ele não teve culpa ele a cobra não era a criação dele ele não criava cobras a cobra apareceu ali o lobo é que tinha entrado sem autorização da propriedade dele e ainda assim ele vai ter que
pagar uma indenização mas ele sabe que meu tem justiça rolando tem mas a bater de frente não pelo menos não agora então Ele Decide que ele vai pagar se ele vai pagar mesmo a gente não sabe não vai ficar sabendo mas ele toma essa decisão ele fala tá bom beleza vamos trocar essa ideia aí tá então a gente tem essa situação agora fato é que o Ginho Por que que ele consegue narrar tudo pra gente porque ele presenciou tudo isso ele viu tudo isso tá E aí o pai dele vai transmitir para ele um ensinamento
Qual é esse ensinamento exatamente o nosso narradorzinho Deixa claro que o pai dele né Depois de todos esses ensinamentos o pai dele fecha esse diálogo com uma metáfora tá então é um ensinamento que vem por meio de uma metáfora tá então o nosso narrador diz que o pai dele olhou para ele e disse né filhão o negócio é o seguinte existia não existiam dois cavalos né havia dois cavalos filhão Olha a metáfora havia dois cavalos um cavalo manso e um cavalo doido tá E os dois né tava ali convivendo com as pessoas e as pessoas
começaram a né se encher né dos dois cavalos né esses dois cavalos aí tal e o que que as pessoas resolveram fazer meu o cavalo doido foi abatido o cavalo Manso também morreu mas o cavalo Manso foi morrendo aos poucos as pessoas foram matando o cavalo Manso aos poucos ele foi morrendo também morreu mas ele morreu bem devagarinho tá então filho na vida tudo é uma escolha Você pode ser o cavalo doido e morrer rapidamente tá então você foi doido fez o que fez e morreu rapidamente ou você pode ser o cavalo Manso né não
faz o que você quer vai morrer também mas você morre aos poucos né E aí às vezes é necessário é melhor né ser o cavalo Manso tá ele fica indispensáveis só isso é um dos temas que aparecem no conto aí fica para a gente pensar pera aí mas os dois morreram que que é melhor morrer lutando e morrer rapidamente ou deixar de lutar e morrer do mesmo jeito mas morrer aos poucos que é o que a colonização faz a colonização mata aos poucos se você aceita a colonização ela vai te matar aos poucos ela vai
drenar sua vida tá se você luta ela também vai te matar né mas ela vai te matar rapidamente né Então pessoal esse conta é um quanto mais reflexivo né Fica aí para pensar embora a atitude do pai claro né deixe muito claro que ele escolheu aí ser o cavalo Manso tá e morrendo aos pouquinhos é triste pode ser mas a estratégia né você vai morrendo aos poucos mas você tem mais tempo para pelo menos ficar com a sua família Ah não mas não vale a pena é uma questão subjetiva vai de você que tá vendo
essa análise aí tá para o nosso personagem aí para o Ginho né ficam ensinamento de que é melhor ser o cavalo Manso você vai morrer também vai morrer aos poucos é dolorido mas pelo menos você vai ter tempo de ficar aqui com os seus com os seus né cuidando da sua família que é o que o Papá está fazendo questões é uma questão de escolha né são questões que ficam aí pra gente refletir pessoal e aqui a gente encerra então essa parte 3 belezinha Mas tem uma quarta parte ainda hein Faltam três contos e eu
vou analisar esses três nessa parte 4 então beleza não deixa de conferir a parte 4 para ficar aí com análise completa beleza valeu mesmo brigadones tamo junto até a parte 4 é nós ir tchau
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