O Centro Cirúrgico pode ser considerado o coração de um hospital. É por ele que passa a maioria das pessoas que precisam dos serviços do HGU. E é nele que circula grande parte dos profissionais que trabalham aqui.
Como é o preparo do paciente? Quais cirurgias são feitas? Quais são os protocolos de segurança?
Hoje você vai conhecer como funciona o setor que move o HGU. Quando a cirurgia é programada, ela tem o nome de eletiva. Nessas situações, o paciente só chega aqui no quarto andar, se todas as etapas anteriores forem realizadas.
Desde o agendamento da cirurgia, a consulta pré-anestésica, passando pela entrega e conferência da documentação necessária para o check-in de internação. Tem que conferir exames, conferir lateralidade, quando é um órgão que tem nos dois lados, consentimento pré-anestésico, consentimento cirúrgico se vai ter alguma reserva de sangue,c tudo isso tem que estar já revisado. Se o paciente for fazer uma cirurgia em algum membro, que o corpo tenha direito e esquerdo a primeira coisa que a equipe vai conferir é a marcação da lateralidade, que é feita exclusivamente pelo médico.
Essa marcação pode ser feita no próprio consultório, porque utiliza uma caneta especial que não sai no banho. Sem essa marcação, o paciente não sobe para o centro cirúrgico. Após a marcação da lateralidade, a primeira parada do paciente aqui no bloco cirúrgico, é na sala pré-operatória, aonde são conferidas novamente todas as informações dele.
O nome completo, o tipo de cirurgia, local da cirurgia, nome do médico e se está sem pertences e adornos como lentes de contato e próteses dentárias. Então, aqui no HGU, nós trabalhamos conforme o Protocolo de Cirurgia Segura. Esse protocolo tem a finalidade de reduzir intercorrências no Centro Cirúrgico, e proporcionar segurança ao paciente.
Ele é dividido em três etapas. O primeiro é chamado de Pitstop. É realizado no momento do internamento no segundo andar, no terceiro andar e é feita toda a confirmação, se o paciente está em jejum, se tem alguma alergia Se ele está com todos os termos assinados, tudo certinho, a avaliação pré-anestésica.
Feito esse processo, ele sobe para o Centro Cirúrgico. É feito o Time-Out. Tudo ok aqui?
Então é hora de vir para a sala de cirurgia. Aqui, todos os dados do paciente são checados novamente. Pode parecer exagero, mas fazer a checagem em todas as etapas é fundamental para o protocolo de cirurgia segura.
Com a presença da equipe, cirurgião, anestesista, instrumentadora e enfermagem. Também é feito o time-out. Quando são conferidos e contados todos os materiais necessários para o procedimento.
A gente vai ver a cirurgia que e ele vai fazer, conversa com ele: Tem alergia? É hipertenso? É diabético?
Usa alguma medicação? Aí chega o anestesista, ele vai pegar avaliação anestésica quando é uma eletiva. Chega o cirurgião e a instrumentadora.
Quando todo mundo está em sala, a gente faz o time-out. Depois de tudo feito, aí que anestesia o paciente. E quando paciente, chega aqui, normalmente, ele está, sim, preocupado, nervoso com o que vai acontecer.
O nosso papel, da equipe de enfermagem, é conversar com ele, falar que está nas melhores mãos, tem a melhor equipe, que a gente vai. sempre está ali com ele e ninguém vai sair do lado dele. A próxima etapa é a anestesia.
Nenhum paciente entra no Centro Cirúrgico já sedado. Tudo conferido? Paciente anestesiado?
É hora da cirurgia. Então, acontece algumas vezes que o paciente pode vir sedado já para o Centro Cirúrgico. São exceções, mas são quando os pacientes que são muito ansiosos, muito nervosos.
Paciente que já passou por procedimento, teve problemas. . .
no momento de vir para o Centro Cirúrgico, mas a maioria não vem. Eles participam de todo o processo de punção de veias e monitorização. A gente faz o checklist para confirmar sítio cirúrgico, lateralidade, tudo o que vai ser feito com ele acordado.
Depois de tudo confirmado, a parte da segurança. aí a gente faz a sedação e começa o procedimento anestésico. Quando a cirurgia acaba, é importantíssimo fazer o sign-out, quando todos os instrumentais utilizados na cirurgia são conferidos e contados novamente.
Verificou se toda a documentação foi preenchida, e se tinha alguma peça anatômica que foi retirada do paciente, e se isso está identificado para ser encaminhado ao laboratório e o paciente volta da anestesia. Nesse momento a equipe também fica ao lado dele para que aquele rostinho que ele viu antes dele ser anestesiado, está ali presente com ele de novo. A gente também tem o cuidado do paciente, mais ainda.
Porque é um momento que o paciente mais precisa de alguém do lado. Não tem ninguém, né? Não tem um familiar.
Ele conta com a gente com nós, da enfermagem. Então nós, a enfermagem, temos que passar tranquilidade para ele, passar confiança para ele do que ele vai fazer. Como é que vai ser.
. . Quando a cirurgia é finalizada sem imprevistos, o paciente é direcionado para a REPAI, que é a sala de recuperação pós-anestésica.
Neste ambiente, são monitorados os dados vitais e, se precisar, é feito o controle de alguns sintomas pós-anestésicos, como náuseas, por exemplo. Então, ele sai da sala de cirurgia e vai para a sala de recuperação pós-anestésica, dentro do centro cirúrgico. O tempo de REPAI, na verdade, vai ser de acordo com a necessidade que o anestesista vê de recuperação do paciente após a anestesia.
Então, a gente avalia o nível de consciência, a força, se não tem sangramento, se não tem náusea, vômito, dor. É importante. Então, quando o paciente já está bem para ir para o quarto, normalmente ele vai para o quarto.
Alguns casos de cirurgia ambulatorial, que é como a gente chama, é feito no centro cirúrgico, sob-anestesia. Fica na sala de recuperação pós-anestésica e, quando a gente libera, o paciente já vai pra casa. As exceções são quando o paciente precisa ir à UTI, então tem um paciente grave ou que, por conta do porte cirúrgico, ele vai fazer um pós-operatório imediato.
O pós-operatório imediato é quando, logo após a cirurgia vai repousar na UTI, então ele não faz essa recuperação no centro cirúrgico, ele sai direto da sala para a UTI. ♫ Quando o paciente chega no pronto-atendimento e precisa de uma cirurgia de emergência, ele é encaminhado diretamente para a sala de cirurgia. Então, existe todo um mecanismo já pré-determinado de como isso vai acontecer.
Ao todo, o HGU conta com sete salas e uma delas sempre fica reservada, exclusivamente, para situações gravíssimas e sempre há uma equipe de plantão. Tem uma sala de cirurgia reservada para cirurgias de emergência e tem o contato direto de médico plantonista lá do Pronto Atendimenro, já avisa o cirurgião ou médico da especialidade que vai ser necessário. Isso já sobe direto em comunicação com a marcação, agenda junto com a anestesista e funciona quase que de imediato.
E a gente já vai preparando sala, preparando material, O hospital trabalha com o protocolo de segurança do paciente. Todo mundo tem que caminhar junto. Desde o PA, o atendimento ser rápido, até subir aqui para nós.
Sempre tem que estar em sintonia. Cirurgia finalizada? Hora de organizar a sala para a próxima.
Os instrumentais utilizados são encaminhados para a CME, a Central de Materiais, que irá esterilizá-los. A higienização da sala é feita com produtos e processos que garantam que o ambiente fique devidamente limpo e seguro para o próximo procedimento. Então, o SHL é o serviço de higienização e limpeza.
Após o paciente ser operado, a enfermagem depois que fazem toda a parte delas, elas chamam a higienização, nós entramos fazer a limpeza na sala. Geralmente a gente entra em duas, porque, às vezes, é muita cirurgia. Quando aé uma cirurgia contaminada, entra uma fazer a desinfecção.
Uma entra lá e a outra fica para fora, atendendo as outras salas. Daí demora um pouco mais, porque aí nós temos que fazer desinfecção nas paredes, tetos e chão. Daí quem está lá se paramenta e para sair, tira toda a paramentação.
E é assim, a gente procura dar o melhor. Porque a gente pensa nos pacientes. E, lógico, a gente procura fazer o melhor que pode.
O HGU realiza, em média, 35 cirurgias por dia, contando as agendadas, as de emergência e os partos. Nos últimos cinco anos foram quase 50 mil, sendo os partos os tipos de cirurgia mais realizadas no HGU. Pensando em uma estrutura, é um centro cirúrgico completo, tanto de material quanto de espaço, medicamentos.
. . E tudo que a gente tem de recurso aqui.
Hoje o HGU tem todas as especialidades médicas, realiza, praticamente, todos os tipos de cirurgia, em várias áreas. A cirurgia cardíaca agora, com o pronto atendimento cardiológico, também vai funcionar bem e já está interligado com a emergência, hemodinâmica e centro cirúrgico. Então o beneficiário hoje, com um problema cardiológico, pode sentir total segurança que vai ser bem atendido.
Além da parte estrutural do centro cirúrgico, a gente tem uma UTI que funciona muito bem. A gente tem um respaldo importante de UTI para casos graves e, acho que o principal, é que os médicos que trabalham aqui são todos cooperados. Então, então todo mundo se conhece, todo mundo trabalha junto diariamente.
E da parte da enfermagem, todo mundo é muito capacitado. A gente tem uma muita norma de segurança do paciente, de cirurgia. É verificado muitas coisas aqui.
Todos as nossas etapas de processamento de material, de organização da sala, de capacitação da equipe, é sempre visando a segurança do paciente. Vim para um procedimento cirúrgico é algo que já deixa o paciente ansioso. Então, ele vir passar por tudo isso e ver que a ansiedade dele foi mais saber como vai ser.
. . E chegar aqui e ver que foi tranquilo, que deu tudo certo, É isso que a gente busca garantir para todos os nossos beneficiários.