Jaider Esbell - Culturas indígenas (2018)

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Itaú Cultural
Artista, escritor e produtor cultural descendente do povo Makuxi, que hoje vive na tríplice fronteir...
Video Transcript:
[Música] eu sou já e desviou eu venho de um povo chamado macuxi que vive na tríplice fronteira hoje do brasil venezuela e guiana nasceu no município de normandia que fica no extremo norte da fronteira com a guiana e hoje moro na capital boa vista do estado de roraima eu nasci é no meio das montanhas é que faz uma formação do planalto das guianas é e também de uma região muito simbólica que é o circo roraima nem que tem no monte roraima uma referência visual é cosmológica geográfica e geológica determinante para toda a estrutura da minha
existência do meu povo e o meu passeio enquanto pessoa social no grande mundo então eu venho do estado de roraima que é esse ambiente que congrega várias energias nenhum ambiente também de muito fluxo transfronteiriço e transnet 50 vêm desse universo plural a a cultura marcos tinha uma cultura que tem resistido há mais de 500 anos de contato com os europeus né então é coxa na história extra-oficial que antes de chegar ao chegarem os navios aqui no litoral é o povo mapuche já tinha contato com europeus especialmente holandeses e isso nos remete a uma subversão total
da lógica de de ideia de brasil de conquista e de ocupação então temos aí essa abertura para há um grande mundo europeu antes da da história oficial do brasil se consolidar então a partir daí a gente vê que o povo mapuche hoje nos dias atuais dentro da contemporaneidade ele continuou ocupando um espaço é de de campo imaginário bastante surpreendente é o povo mapuche hoje vive em distintas condições sociais políticas é tiete cais de contato ainda com o grande mundo então temos crianças mapuches que nascem no seu ambiente onde não se fala o português ou temos
crianças macuxis onde se fala o português onde se fala o espanhol crianças que falou as três línguas e crianças é também que convive com seus avós que também não falam o português e também falam essas línguas e tem é os mapuches que estão em outras posições sociais como é o meu caso também que falo muito bem o português e que falou o inglês e que viajam para outros países e que não tenho é uma imersão na própria língua marco china então desde que eu me compreendo por gente e ainda mais estudando essa questão da expansão
da consciência memorial sensitiva que vem por meio de sonhos e por meio de nos arrepiamos do corpo dessa coisa que não tem nome é eu já me perceber o artista é um contador de história pelo menos alguém que consiga lidar com essas questões estão na eu na suíça nesse ambiente de fronteira entre a comunidade e as pequenas cidades que chamamos de villa e aí eu eu me compreendo com uma criança curiosa neste aspecto e me vejo uma certa forma muito é solitário porque a todo o ambiente não é exatamente propício nós nascemos no ambiente já
com a presença muito forte da escola com a presença do estado da igreja e também com a presença muito forte da das realidades indígenas daquele momento estou falando de conflitos mesmo sociais conflitos políticos é como militares com fazendeiros e com a própria igreja com a própria idéia de estado então eu nasci nesse ambiente fértil pra pra essas múltiplas manifestações nair com essa vontade enorme de ser é um contador de história a partir do grande mito que me é passado pelo meu avô do mito o atacar a árvore todos os saberes então eu fui picado digamos
assim por esse inseto da curiosidade e que saber o que era isso né o conselho que eu recebi da minha mãe dos meus avós era vai estudar e talvez você consiga ser alguém na vida então eu tive que abrir mão daquela natureza fantástica da infância tive que sentar num banco de escola e passar boa parte da minha vida ali naquele ambiente imã eu fui educado é alfabetizado em casa e fui para a escola basicamente para poder estar dentro do sistema e também fazer parte de ter uma educação formal para poder existir socialmente de modo que
durante a minha trajetória de vida eu me construir disso fiz toda uma vida social de um brasileiro comum em um determinado momento da minha vida que chega sem 2016 eu peço a minha demissão depois de ser um funcionário público federal de carreira para me entregar exatamente a esse exercício plural de ser um artista pole polivalente multimidiático e também um político é das palavras dessas consciências expandidas eu acredito que a arte é o nosso truck o nosso trunfo que a gente tem ainda de estar sentado no banco de uma academia mas desse banco voar como um
beija-flor e anda pra trás pra frente que ao mesmo tempo desaparece e deixa todo mundo de novo naquele ambiente de vazio de mistério não é exatamente mais mangush mais uma uma sensação de o país estamos sim um ambiente selvagem nós estamos sendo ambiente misterioso nós estamos sim um ambiente criativo eu nasci na literatura enquanto artista eu sou deus nasce com o prêmio funarte de criação literária 2009 2010 onde o é a primeira vez que consigo acessar o edital público eu sou agraciado com uma bolsa e essa bolsa chama terreiro de macunaíma mitos lendas e histórias
em vivências né que aí eu tô falando desse ambiente desse ambiente contemporâneo desse trânsito entre mundos entre tempos que remete sim à constituição mittmann com um papel definido mas que não é simplesmente uma reprodução levando isso para minha visualidade é toda a minha plasticidade mil meu desenho figurativo também evita reproduzir literalmente os grafismos coletivas coisas sagradas dos nossos povos indígenas e também passeio é com muita habilidade com muita liberdade por vários signos universais das culturas é maiores mas dos ambientes mais representativos né meu trabalho ele eu busco resume e nessa palavra chave que a arte
indígena contemporânea então e se essas três palavras indígena contemporânea ela dá pra mim um guarda-chuva um arcabouço de possibilidades de trabalho que remete tanto a essa materialização simplesmente visual de desenhar uma tela ou pintar uma tela e colocar na parede até com uma fala com uma sensibilidade maior fazia uma espécie de encantamento uma espécie de matrimônio uma espécie de batismo espécie de de é e de amor que não é exatamente um amor de erótico mas o amor universal de uma relação ampliada do ser humano consigo mesmo e com a natureza
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