Olá apaixonados por arte eu sou Rafael pavlina assessor e professor de arte e hoje atendendo a pedido de vocês eu vou falar um pouco mais sobre a Ana mei Barbosa o ensino de arte por meio da abordagem [Música] triangular seja bem-vinda seja bem-vindo ao meu canal Hoje a gente vai abordar um tema muito importante quando a gente fala em arte e educação a gente vai falar sobre Quem é Ana mei Barbosa e um pouco mais sobre a ância dela e da sua pesquisa pro ensino de arte no Brasil antes de começar a abordar o tema
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o seu trabalho para entender a teoria dessa estudiosa eu vou trazer alguns entendimentos dela sobre arte educação an Barbosa é Educadora professora pesquisadora e escritora nasceu no Rio de Janeiro e foi criada em Recife graduada em Direito na década de 60 pela Universidade Federal de Pernambuco e foi com o mestrado em arte e educação em 74 e educação humanas pela Boston University em 78 que ela abraçou a arte e educação atualmente Ela é professora titular aposentada da Universidade de São Paulo a USP e também professora da Universidade de ambi Morumbi no início da carreira dela
ela precisou enfrentar vários desafios por ser mulher e também por ser nordestina ela foi contaminada pela arte Como ela mesma fala e ela provoca a gente a pensar sobre o papel da arte e a sua capacidade de transformação da sociedade a Ana Barbosa ela foi aluna do Paulo Freire isso vai interferir diretamente na sua prática sobre o ensino da arte para ela não adianta a gente basear esse ensino da arte apenas na expressão Como ela mesma diz parece que ficar falando expressão resume tudo que a arte é e não é bem assim afinal de contas
a gente não tem muito como mensurar o quanto a arte mexe ou mexeu com o sentimento de uma criança mas ao mesmo tempo não adianta a gente pautar as nossas aulas de arte em dados como nome do artista nome da obra data que ela foi pintada a criança precisa compreender o contexto da obra brincar com a obra e também processar as informações com coerência a anemi Barbosa ela é uma defensora Ávida de que as crianças se desenvolvam intelectualmente e cognitivamente por meio da arte da cultura não apenas só ficar promovendo as expressões durante as aulas
para pensar e elaborar a sua tese sobre a arte educação aame Barbosa ela olhou pros tipos de ensino de arte que nós tínhamos no Brasil durante durante muito tempo se considerava que a arte era única e exclusivamente essa questão da expressão da criança de dentro para fora isso acontecia Porque durante o modernismo se acreditava muito numa linha expressionista e por isso não era uma prática mostrar as obras de arte nas aulas de arte eh porque se achava que isso ia acabar influenciando de uma forma negativa o processo criativo do aluno sim a expressão é importante
mas ela não pode resumir a arte em expressão já no pó Impressionismo a imagem das obras começou a fazer parte do ensino dando às crianças um repertório iconográfico um repertório imagético para mei Barbosa ensinar arte sem mostrar imagem é a mesma coisa que ensinar o aluno a lei escrever sem mostrar texto a imagem no ensino traz significação desenvolve o aluno eh na capacidade de um olhar atento de um olhar crítico outra visão muito importante da Ana me Barbosa é que e que também foi fundamental para esse ensino da arte de uma forma democrática é ver
que a arte não era algo só da Elite muitas pessoas eu sei ainda tem essa visão que a arte é algo elitizada mas com a abordagem triangular Isso acabou sendo desmistificado um pouco mais né começou a desconstruir esse conceito a Ana mei Barbosa ela também acreditava que quando a gente fala em diversidade de cultura é importante que a gente conheça várias diversidades né Eh isso acontece muito quando as pessoas dizem que conhecem uma cultura de um povo mas só conhecem aquela cultura que é hegemônica ou seja aquela aquela cultura que é dominante é importante que
você conheça vários tipos de Cultura dentro de uma única cultura de uma cultura maior né que não seja específico de Elite que não seja específico de uma determinada classe social na prática é como se alguém de fora do Brasil dissesse que conhece a cultura brasileira só por conhecer MPB a MPB É sim importante mas ela não é toda a nossa cultura Você conhece por exemplo a cultura musical dos calap palos Você conhece a cultura do fandango a cultura do pezinho do funk é sobre isso que a an mei Barbosa tá falando quando a gente conhece
uma cultura a gente tem que conhecer a diversidade dentro dessa mesma cultura e ainda pensando nessa questão cultural que ela propõe pra gente é que além de trabalhar a nossa cultura na sua multiplicidade a gente pode trabalhar as outras culturas ela vai chamar isso de interculturalidade que ao mesmo tempo significa conhecer a minha cultura e estabelecer relações com a cultura do outro mas para que isso aconteça além do professor mostrar diferentes tipos de cultura é preciso que haja uma diversificação também nessa amostra cultural Se o professor durante um ano inteiro por exemplo fica mostrando obras
de um certo lugar de uma certa localização como na Europa eh ao invés do professor aumentar o repertório cultural desses alunos ele tá limitando ele tá chancelando e dizendo que aquela é a arte que importa aquela é a única visão Lando o aluno de ter novas experiências então pensando em todas essas questões e a falta de metodologias específicas que valorizassem o ensino da arte o estudante Ela acabou acabou propondo uma abordagem diferente no ano de 877 ela escreveu a abordagem triangular pro ensino da arte ela não vai gostar que a gente chame de metodologia porque
ela entende que metodologia é algo específico para a prática do professor nem de proposta que proposta a escola já tá cheia então ela vai chamar de abordagem no sentido de dar essa flexibilidade ao professor e a escola para adaptar essa abordagem de acordo com a realidade de cada um de cada escola de cada lugar que a escola está inserida nesse sentido ela vai colocar os três principais Pilares ou três eixos para pensar o ensino da arte ela sugere a ideia de um triângulo como referência e Vale lembrar também que é o professor que vai criar
sua metodologia em cima desse triângulo ela vai dividir em contextualização apreciação e fazer artístico eu vou apresentar para vocês Quais são os conceitos básicos de cada um desses elementos mas é importante pensar que essa abordagem é super profunda e que precisa de um entendimento um pouco mais complexo por isso além de assistir esse vídeo aqui eu recomendo também que você assista os vídeos da própria aname Barbosa e também leer algum dos livros que ela vai mencionar a abordagem triangular primeiro é importante saber que essas abordagens né esses três eixos Não Devem ser trabalhados de forma
isolada e sim de forma complementar dialóg LG ou seja um eixo precisa conversar diretamente com os outros dois quando a gente fala na contextualização a gente tá falando na construção do entendimento do momento em que aquela obra foi criada por quem foi criada e que lugar foi criada e como ela está na história da arte nós já sabemos que muitas obras precisam ser entendidas a partir do contexto no qual ela tá inserida isso também vai se refletir lá no ensino da arte mas veja aqui eu não tô falando em ficar decorando o nome do artista
oo que a obra foi feita nem nada disso que fica estimulando essa memorização sem sentido quando eu falo na contextualização é o entendimento sobre sentido que aquela obra tem para um determinado momento específico da história num segundo momento a gente vai ter a apreciação a apreciação consiste no olhar pra imagem é você relacionar todo aquele contexto que você aprendeu com aquilo que você tá vendo a apreciação também tem a ver com o gosto com o conhecimento prévio eu já fiz um vídeo vídeo aqui no canal sobre a leitura de imagem caso você ainda não tenha
visto dá uma olhada porque esse também é um tema que a Ana mei Barbosa vai explorar bastante para uma leitura de imagem qualitativa é preciso pensar em alguns passos de leitura conhecer o contexto é um desses passos mas também deixar que a criança teça as suas próprias opiniões e gostos a partir daquilo que ela tá vendo o referencial imagético é importante mas ele não pode ser mais importante do que as outras etapas é do durante a apreciação que a gente faz a leitura daquela imagem e utilizamos todo o nosso repertório E é aquele contato que
a gente tem entre espectador e obra A terceira parte é o fazer artístico ele vai se referenciar aí a experimentação por meio da prática mas atenção cuidado com o termo releitura é preciso tomar cuidado com esse termo porque muitas vezes o professor acaba colocando uma obra no quadro pede para que os alunos copiem essa obra e quando ele não quer usar o termo Copie ele usa o termo releitura é importante a gente pensar o que significa esse termo releitura esse termo já gerou muito debate é preciso ser cuidadoso com o seu uso para ficar claro
em nossa cabeça pense Qual é o sentido de uma atividade onde o aluno olha para uma obra de arte e só copia ela no seu caderno a releitura ela tem que ser um processo consciente a partir de uma contextualização daquela obra ou seja o aluno precisa entender de fato qual foi o contexto a técnica o conceito para aquela obra Aí sim ele vai criar o seu próprio trabalho vou dar um exemplo bem claro pra gente pensar nesse processo de releitura muitos de nós na nossa época de alunos fizemos o abapuru onde o professor colocou a
Tarcila do Amaral no quadro e a gente copiou aquele trabalho apenas copiar essa obra né fazer uma cópia não faz muito sentido mas quando a gente compreende Qual é o contexto que essa obra tá inserida para nós ela faz um pouco mais de sentido e a gente pode pensar em leituras por exemplo Vamos fazer uma rápida leitura de imagem para pensar na contextualização do abapuru na pintura a gente vê um homem com mãos e pés bastante grandes atrás dele um sol e um cacto também tem uma cabeça pequena que pode simbolizar uma falta de pensamento
crítico que se limita a trabalhar com a força bruta mas sem fazer reflexões ou pensar muito sendo então possível pensar numa crítica pra sociedade daquela época o homem que tá sendo representado ele aparenta uma certa tristeza uma melancolia por causa do posicionamento da sua cabeça inclinada além disso a gente pode perceber que o pé grande pode simbolizar uma conexão entre o ser humano e a terra a representação do cacto é algo que remete imediatamente à cultura local brasileira assim as assim também como as cores escolhidas pela artistas remetem à bandeira nacional sabendo desses elementos ao
invés de pedir para que os alunos apenas façam uma releitura levando em conta apenas o visual a gente pode pedir para que esses alunos pensem na no trabalho como um contexto total no conceito que a obra foi criada ou seja algo nacional que promova a crítica e Gere uma reflexão por exemplo aqui ao invés do aluno fazer o próprio abapuru né como a gente chamaria da releitura ele pode fazer algo relacionado ao consumo desenfreado ao capitalismo né algo que seja atual na sociedade que ele tá vivendo as pessoas que não refletem sobre os seus gastos
sobre a qualidade de vida a gente vive numa sociedade capitalista que muitas vezes vezes que eh tem um consumo que é mais significativo do que a própria intelectualidade Então essa pode ser uma produção artística baseada no abapuru que ela não vai necessariamente ter a ver com a representação visual do abapuru porém ela vai se utilizar do mesmo conceito que artista pensou na hora de criar sua obra algo importante para lembrar é que a gente não pode utilizar essa abordagem triangular como uma forma né como uma receita de bolo que deve ser aplicado sempre da mesma
forma nos dias de hoje a Barbosa fala muito sobre essa visão congelada que alguns professores tiveram sobre a sua proposta enquanto isso quando a gente fala da abordagem triangular que os professores precisam saber que ele se trata de uma sugestão de trabalho e que cada professor vai adaptar ali De acordo com a sua prática com a sua realidade e que ela não é fechada agora que a gente já entendeu o contexto maior sobre a aname Barbosa também sobre abordagem triangular eu quero te convidar para assistir a parte dois desse vídeo porque a gente vai continuar
pensando na abordagem triangular e vai pensar como as dimensões do conhecimento lá propostos pela bncc base Nacional como curricular podem significar sim uma ampliação dessa abordagem triangular da Ani Barbosa quero deixar uma dica aqui existem vários vídeos da própria aname Barbosa falando sobre a sua prática aqui no YouTube Inclusive eu eu vou deixar uns links das entrevistas que eu mais gosto dela aqui na descrição desse vídeo eu espero que tenha te ajudado a pensar um pouco mais sobre a abordagem triangular e quem foi essa pesquisador aí que revolucionou o ensino da arte e educação no
Brasil eu fico por aqui gostaria também de lembrar para você se inscrever no canal e dar o like caso você tenha gostado do conteúdo Ah e se você tiver alguma sugestão também de tema pros próximos vídeos não deixa de escrever aqui nos comentários Aproveita e já indica esse vídeo para alguém que tá com dúvida sobre o assunto não perca a parte dois Até breve tchau [Música] he