Olá, pessoal. Tô aqui para falar com vocês sobre os últimos acontecimentos na Cashimira, uma região que fica entre a Índia e o Paquistão, as tensões crescentes. No último dia 23 de abril, tivemos um ataque terrorista da Frente de Resistência da região contra cidadãos indianos e isso provocou uma subida nas tensões de um conflito antigo.
é que coloca de frente duas potências nucleares é bem acirradas que já entraram em guerra no passado. Felizmente não chegamos em nenhum conflito nuclear, mas a tensão tá de volta e vou falar disso com vocês. Claro que eu preciso voltar um pouco na história primeiro para explicar por que da onde surgiu essa tensão entre esses dois países e depois eh explicar um pouco mais da divisão eh da região da Cachimira.
Eh quem administra o quê, da onde vem essa briga. Esse conflito já aconteceu em diversas ocasiões, pelo menos duas guerras entre Indo e Paquistão pela região, eh, e outros conflitos menores, ataques terroristas repetidos ao longo dos anos. E voltamos pro mesmo padrão, só que dentro de um cenário geopolítico do mundo diferente, como vocês sabem bem.
Então, quais são as consequências, os impactos, as possibilidades nos próximos momentos ou dias? Devemos assistir alguma retalhação da Índia, alguma resposta militar, respostas políticas, econômicas já foram dadas. Vou falar sobre tudo isso aqui no vídeo de hoje.
Então, vamos começar explicar para vocês eh da onde vem essa rivalidade de entre Índia e Paquistão. A história começa com eh o rage britânico, que era uma das maiores a joia da coroa coroa britânica, que era o controle eh da Índia, do subcontinente indiano, que dominou de 1858 até 1947 a Índia. Eh, e dali nós tivemos o desdobramento naquela época, durante esses quase 100 anos que os ingleses dominaram eh o subcontinente indiano, eles dividiram o território entre as áreas que eles administravam diretamente ou o que a gente conhece como estados principescos, que são pequenos regiões semiautônomas com príncipes eh que tinham uma uma submissão e à administração inglesa, mas os ingleses não estavam diretamente ali, era uma espécie de estados vassalos.
Existiam no total 562 desses estados distribuídos. E óbvio, talvez nem todo mundo tenha consciência, mas não existia, né, o Paquistão era Índia, Paquistão, tudo uma coisa só. Bangladesteh também, que é este outro eh estado aqui que vai ser criado bem depois, nos anos 70 só.
Mas tudo isso daqui era uma única administração eh dos ingleses nesse formato, ou eh com uma presença e um controle direto ou até através dos estados principescos. Vocês sabem que eu morei muitos anos fora do Brasil e foi uma experiência transformadora, enriquecedora e te muda como pessoa, te abre muitas oportunidades profissionais, te faz enxergar o mundo de um jeito diferente. E eu sei que tem muita gente que tem esse sonho, mas não sabe como materializar, como é que eu vou conseguir um visto, como é que eu vou ter a cidadania, como é que eu vou mudar de país.
E realmente isso é difícil. Mas se eu disser para vocês que existe uma empresa que te ajuda a chegar lá, a ter esse caminho para morar em outro país, essa empresa se chama Você Europeu. Eu estou aqui na Europa, em Portugal, tô muito impressionado com o país, muito receptivo, tudo bonito.
E não tem o obstáculo do idioma, que normalmente é uma barreira, né, para você mudar de país. E a você europeu, ela te ajuda a você ter cidadania, autorização, visto para morar na Europa, seja em Portugal ou na Espanha ou na Itália. É muito seguro, é muito fácil, eles são muito profissionais, eles te ajudam, criam um grupo de WhatsApp com você, é tudo simples, vão te ajudar a encontrar um melhor caminho.
Ah, é um visto, não é a cidadania, da maneira melhor para você realizar esse sonho de morar fora. Dá uma olhada, contactem a você europeu, que o seu sonho pode virar realidade. essa situação toda vai mudar, né, com o final da Segunda Guerra.
Os ingleses enfraquecidos não tinham condições mais de controlar todo esse território. E ao longo eh do tempo que eles ficaram aqui, quase 100 anos, eh eles para conseguirem governar uma das estratégias conhecidas do Império Britânico foi o dividir para conquistar. Então eles incentivaram, acirraram as divisões que existiam entre grupos, principalmente os religiosos, no caso os muçulmanos, os hindus e os si.
E os ingleses então acirraram essa divisão. E quando você chega eh no final, quando eles já estão mais enfraquecidos, você vai ter uma uma cisão, uma separação e aí os indianos liderados pelo Gand vão declarar sua independência. Mas o Muhammed ali do lado muçulmano vai declarar uma independência para as populações, né, eh, islâmicas aqui do subcontinente.
Então, você naquele momento divide todo esse território em dois, na verdade em três lugares, né? Porque você tem a população muçulmana aqui, onde tá o Paquistão e onde tá Banglad e a Índia no meio. E e essa parte aqui de Bangladeste se torna o leste do Paquistão.
Então você tem Paquistão, leste do Paquistão, uma parte do território paquistanês foi colocado do outro lado numa numa divisão não contíua, né? uma parte do estado tava lá e a Índia no meio. Só que você tinha todos aqueles estados principescos que eu acabei de comentar, os 562.
E cada um deles tinha uma composição, uma composição. Alguns eram muito pequenos e outros eram grandes e substanciais, com uma população relevante. Eles tinham que fazer uma escolha.
Basicamente eles tinham três opções. Ou eles se juntavam com o Paquistão ou com a Índia, ou eles se tornavam autônomos e independentes. A maioria deles ou se juntou para um lado ou pro outro, a não ser três deles.
O primeiro desses eh estados principescos era o que hoje é o estado da Índia. Na época não tinha esse nome, mas hoje é o Gujarats, que mais ou menos engloba essa região aqui. Seria esse o estado e era essa esse o espaço.
E vejam, ele tinha um príncipe, um governante muçulmano, mas a maioria da população era hindu. E o príncipe muçulmano queria o quê? que essa região virasse parte do Paquistão, mas a maioria da população era hindu.
Então isso não aconteceu, ele acabou fugindo e esse estado principesco vai ficar então com a Índia. O segundo, ele tá aqui no centro do país e é o Iderabad, que é este pedaço aqui. E Iderabads, deixa eu dar um zoom aqui maior pr você, só pr vocês entenderem, né?
Aqui tá Mumbai, ó, tá aqui e Derabades tá bem no centro do país. A mesma situação, você tinha um príncipe eh islâmico e eh a maioria da população era hindu e claro, né, tava colocado no coração eh da Índia. Tivemos vários conflitos aqui, vários choques religiosos, étnicos, sectários e no final acaba ficando eh com a Índia.
E o terceiro que é o estado de Jamu Cashimira, que engloba mais ou menos aqui, ó. Então, é este pedaço aqui. Essa é a região da eh Cachimira.
E esse estado ele tinha um governante diferente dos outros, hindu e a maioria da população islâmica. Vocês já imaginam então que o governante hindu queria o quê? Que esse território fosse parte da Índia.
E é o que ele faz. Eh, mas ele também não quer se tornar eh um estado ou um território da Índia. Então ele fala assim: "Nós seremos uma região semiautônoma".
associada à Índia. Só que, como eu disse, a maioria da população aqui era muçulmana, né? Então isso já dá o início para a primeira grande tensão, ainda mais porque daqueles outros estados que eu mostrei para vocês, esse daqui claramente dá pra gente perceber que ele tá no meio, né, dos dois países, com uma parte do território colocada no que seria o Paquistão e uma outra próximo da continuidade do território indiano.
Então, ele já é o mais difícil e ele também tá colocado eh numa fronteira, numa região estratégica, tanto paraa Índia quanto pro Paquistão e em conexão com a China. Eu vou falar disso depois, quando a gente entrar na geopolítica dos dias de hoje e o que que significa esse conflito e quem que tá eh envolvido nessa história. Só voltar um pouco na história para vocês entenderem como é que foi a divisão, né, do território maior, eh, das separações do Paquistão e da Índia.
Eh, nós tínhamos um juiz eh britânico, Redcliff, e ele chegou lá para fazer essa divisão eh de acordo com as realidades religiosas e sequitárias. e ele não conhecia nada da Índia, chegou, teve seis, cinco semanas para tomar essa decisão. Isso causou muito problema, porque você tinha que eh agrupar as populações de cada uma do seu lado, eh, em territórios diferentes.
No final das contas, 15 milhões de pessoas tiveram que se deslocar de um lugar para o outro. E nesse processo, eh, acrescido da violência sectária que estava acontecendo, 500. 000 1000 pessoas morrem nessa história.
Eh, eu falei para vocês da estratégia britânica de dividir e conquistar, mas óbvio que essa estratégia não seria efetiva se as divisões não existissem. Então, não é uma coisa tão simples. Ah, os britânicos inventaram isso.
Não, eles não tiraram isso da cartola, gente. É uma combinação. Sim, eles usaram, incentivaram, acirraram, colocaram lenha na fogueira, mas a divisão existia.
Então, é uma combinação de múltiplas coisas que levou a a essa situação e essa essa divisão, né, a partilha eh do subcontinente indiano, que é uma região geográfica e não política. Eu tô falando aqui de divisões políticas entre Paquistão, Índia e Bangladest. Como vocês podem perceber, eh, essa situação aqui, ela não ia ser resolvida.
Ah, tá bom. Teve toda essa partilha, essa divisão e tá tudo certo, né? 15 milhões de pessoas se deslocando, um clima tenso, 500.
000 morrendo, eh, saindo da colonização. Claramente isso não ia se sustentar. E o lugar mais apropriado para essa tensão eh se manifestar não poderia ser diferente, mas voltamos para Cashimira.
E aí quando o o príncipe aqui em Duclara eh ser parte ou semiautônoma ligada à Índia, a maioria da população que é muçulmana não aceita e o Paquistão menos ainda. Então ele incentiva guerrilheiros a virem aqui para lutar. Com isso, a Índia manda soldados e nós temos a primeira guerra eh na Cashimira entre Paquistão e Índia.
Essa história vai se repetir várias vezes ao longo da história. Eu vou contar algumas outras, mas é exatamente eh o que tá acontecendo hoje. é uma disputa na Cachimira, que é essa região aqui no norte do Paquistão e da Índia, aonde o Paquistão quer ter o controle da região inteira, a Índia também quer ter o controle e ainda existem os nativos locais que acham que eles não deveriam ser nem parte do Paquistão e nem da Índia.
Eles queriam ser um país autônomo, independente, como muitos outros e como muitas regiões com problemas parecidos. Então você tem três caminhos aí. E claro, ainda não trouxe a China pra história, mas a China também eh está envolvida e tem interesses e tem terras e territórios controlados aqui que são disputados com a Índia e outros que o Paquistão cedeu.
Depois eu vou mostrar para vocês onde estão esses territórios. Mas é um conflito que envolve então eh três grandes potências. Vejam então essa região aqui.
E aí vou dar um, vamos olhar o mapa maior, né? Ó, aqui tá o Paquistão, aqui a Índia e aqui tá a China. E essa é a região aqui de disputa.
Então, vejam, Paquistão tem um interesse, a Índia tem um interesse e a China tem um interesse. São três potências atômicas disputando a mesma região e com uma fronteira terrestre contígua, porque Paquistão faz fronteira aqui direto com a Índia, a Índia com o Paquistão, a Índia com a China, a China com o Paquistão e com a Índia. Os três têm fronteiras diretas terrestres um com outro.
Os três estão são potências nucleares. A gente não tem nenhum outro lugar no mundo que você tem três potências inimigas ou rivais. Três potências nucleares rivais ou inimigas juntas.
Se a gente olhar, sei lá, vamos pegar Coreia do Norte, então tem Coreia do Norte, a Rússia tá aqui e a China. Então, China, Coreia do Norte e Rússia se encontram também nessa região, três potências atômicas, mas eles são três aliados. Inclusive os três são partes do eixo da das ditaduras, né?
China, Rússia e Coreia do Norte. Óbvio que se o Japão tivesse uma bomba atômica, Coreia do Sul e os Estados Unidos viessem, aí sim estamos falando de um lugar, de um ponto de encontro eh de seis países nucleares. Mas o Japão não tem bomba atômica ainda.
A Coreia do Sul também não tem. E nem sabemos se os Estados Unidos quer vir aqui ajudar a Coreia do Sul, eventualmente dado tudo que tá acontecendo no mundo hoje. Eh, e qualquer outro lugar do mundo que a gente olhar, não tem.
Ah, tá. A França e o Reino Unido e a Rússia, mas não tem fronteira direto. Eh, ah, os Estados Unidos, eh, com a Rússia aqui, né?
Com a Alaska aqui, o Alaska e o território da da Rússia. Mas são duas potências. Com isso, esse conflito, ele tem um potencial monstruoso e assustador, porque sim, são três potências nucleares e três rivais, porque China e Índia tem as suas disputas territoriais aqui ao longo dessa fronteira.
Inclusive, tem um vídeo aqui no canal logo que nós assistimos o último conflito há poucos anos atrás, 4, c anos atrás, eh chamar a maior guerra do mundo. Vocês têm que assistir, é um conflito de Índia e China. E esse conflito foi travado no alto da da das montanhas eh do Himalaia, né, da cadeia de montanhas do Himalayas, a cadeia de montanhas mais alta do mundo.
Foi travado eh socos e chutos a mão sem armas entre indianos e chineses. Assistam esse vídeo aqui no canal se vocês não assistiram para entenderem esta uma das partes do conflito de Índia e China. E com o crescimento da China, a Índia tá super preocupada e com a China.
Eh, além disso, existe a rivalidade de Paquistão e Índia, que eu tô contando aqui para vocês um pouco da história, mas eh esse conflito continua hoje existindo. Talvez nos últimos anos a gente viu ele um pouco adormecido e tem algumas razões para isso. Vou falar mais paraa frente no vídeo, né?
Porque de repente parou de se falar na rivalidade, na disputa entre Paquistão e Índia, mas ela nunca foi embora. Ela tava meio que congelado e tá de volta. E China, então crescendo com a Índia, Paquistão com a Índia.
E aí tem uma aliança entre Paquistão e China. Eh, tanto que, como eu disse aqui, tem uma parte do território que o Paquistão deu pra China para ajudar, porque o Paquistão tá tentando atrair a China pro conflito, já sabe que ela é inimiga e rival da Índia, já tem outras disputas e vamos juntar tudo para quem sabe eu conseguir algo do meu lado. Percebam?
Então, é um ponto de convergência de múltiplas potências nucleares rivais eh grandes. Índia é a maior população do mundo. A China segunda maior economia, segunda maior população.
Eh, o Paquistão é o único país islâmico que tem uma bomba atômica com uma população grande também. Um dos lugares mais instáveis do mundo, eh, um dos lugares mais perigosos para a gente ter uma bomba atômica. Eu sempre falo disso.
O risco de uma organização terrorista derrubar o governo, roubar uma bomba no Paquistão é altíssimo. É mais alto do que em qualquer outro país que tenha uma bomba atômica. Eh, percebem?
Então, nós temos aqui uma combinação bastante, no mínimo, explosiva. Bom, vamos voltar um pouco então onde eu tinha parado e eu tava falando aqui, né, da região da Cachimira. E tá vendo essa?
Vocês estão percebendo aqui essa linha como ela é pontilhada? Essa é a tal da line of control, linha de controle. Esta é uma linha temporária de um cessar fogo depois dessa primeira guerra que aconteceu, né, eh, no final dos anos 40, aonde a Índia acabou ficando com 2/3 da região da Cashimira e o Paquistão com 1/3.
Mas a Índia não incorpora o território inteiro. Esses 2/3 eles ficam sendo uma região semiautônoma ligada à Índia. Não é território indiano, é a cachimira semiautônoma.
Isso vai mudar mais pra frente, mas eu vou chegar lá. E a mesma coisa acontece do lado do Paquistão, é a região da Cashimira semiautôna, como muitas outras regiões do Paquistão. Andando na história, a gente vai chegar em 1965, onde nós vamos ter uma repetição da mesma guerra pela mesma região, o mesmo conflito.
Dessa vez, quem vai mediar um acordo é a União Soviética. Esse acordo é assinado eh na União Soviética e a gente mantém as mesmas fronteiras. O acordo eh preserva a mesma linha de controle que tinha antes.
O Paquistão novamente invade. Para o Paquistão e esse território é muito crítico. Pra Índia também, mas o Paquistão entende que perder esse território que tem uma maioria e tinha uma maioria muçulmana é um sinal de fraqueza absoluta e não quer perder de jeito nenhum.
sempre o Paquistão que tá eh ofensivo aqui. A Índia é dá faz os seus movimentos, mas eh não tão eh agressiva ou de violência. Claro, quando provocada ela tem todas as vezes ela respondeu.
Bom, seguindo na história, então depois de 65 nós vamos ter uma outra guerra entre Paquistão e Índia. Só que dessa vez a guerra não é pela disputa da Cashimira, da região da Cachimira, é por uma outra região, na verdade não é uma disputa territorial específica, mas é uma divisão política que vai acontecer naquilo que eu tinha explicado para vocês, que o Paquistão ele estava dividido em dois territórios. Nós tínhamos o Paquistão do Oeste e o Paquistão do Leste, que vai virar Bangladesh.
Aí em 1970 nós tivemos eleições. Só que o seguinte acontecia aqui, eh, quem governava o país inteiro era um só país, mais de 1000 km de distância entre uma parte e a outra. Mas quem governava o país inteiro eram as forças políticas do lado de cá, do Paquistão, do Oeste.
E aí com a eleição 70, quem vai ganhar a eleição são as forças políticas do Paquistão do Leste, que ainda não era Banglad. E com isso o Paquistão do Oeste não aceita e fala não. E eles começam a brigar e ele faz o Paquistão do Oeste, né, pega os seus soldados, eles fazem um grande ataque.
3 milhões de pessoas vão morrer, eh, ter uma resistência, uma luta interna entre os dois. Nesse momento, a Índia vai entrar na guerra em Diragand era primeira ministra e a Índia entra, tem a maior rendição da história militar. Mais de 90.
000 soldados se rendem. paquistanes são retirados, enviados pro Paquistão do Oeste e Bangladeste. Muita gente daqui foge pra Índia e e aí vai nascer Banglad, vai deixar de ser Paquistão eh do leste.
Então tem o surgimento de um novo estado e o Paquistão fica só sendo eh o que era o Paquistão do Oeste. Esse território aqui tem a maioria da população aqui de Bangladeste é de muçulmanos também. como no Paquistão.
Só que tem uma diferença importante. Eh, as etnias são distintas. O povo de Bangladest, eles são de etnia bengali e os paquistaneses são de etnia majoritariamente Punjabe e Pastuns.
Então são povos diferentes, mesma religião, estiveram juntos numa mesma nação, quebraram a nação, se tornaram duas nações separadas independentes. E essa é a segundo, é o, é a terceira guerra, mas o primeiro conflito entre e Paquistão, que não são sobre o território da Cachimira. Bom, tá claro para vocês que nós estamos falando de uma rivalidade intensa, eh, bastante perigosa.
São nações imensas, eh uma rivalidade que não é só nacional por território, mas envolve uma questão religiosa, eh, étnica. E com isso, né, a Índia é um país gigante, eh, que se imagina ter um lugar no mundo e vários outros países no mundo com bombas atômicas, a Índia entende que ela também precisa ter uma bomba atômica. Começa o seu programa nuclear desenvolver as suas armas atômicas nos anos 70.
E o primeiro teste indiano acontece em 1974. O Paquistão vai demorar mais tempo no final das contas. Os dois fazem cinco testes e os dois se declaram, Índia e Paquistão se declaram países atômicos e em 1998.
A, o Paquistão é o único e primeiro país islâmico com uma bomba atômica. E o líder do seu programa nuclear, o cientista, o AK Kh, ele é uma figura que vai criar uma grande rede de venda dessa tecnologia. que vai ajudar a Coreia do Norte, que vai ajudar a Irã.
Então, grande parte da proliferação nuclear eh vem da de origem do programa nuclear paquistanês. Eh, a Índia, claro, achava que ela tinha que ter e também um território maior também consegue a bomba antes até. E é importante lembrar que os dois países nunca assinaram o tratado de não proliferação nuclear, ou seja, nunca fizeram parte, nunca quiseram fazer parte, já almejavam e vislumbravam que iriam ter a sua bomba atômica.
E isso acontece. E aqui nós temos um case, né, na história de países que entraram em guerra, porque as guerras vão continuar. Vou citar mais algumas delas aqui para vocês, aonde os dois têm bombas atômicas e não tivemos uma guerra eh nuclear, apesar dos dois países terem entrado em choque em confronto.
E aí, logo depois, então, da bomba atômica, em 99, um novo conflito, uma nova guerra entre Indi Paquistão, de novo agora pela região da Cashimira. E o conflito acontece aqui em Cargiuó. Só para vocês terem uma ideia aqui, né?
Tá a linha de controle. É, essa é a região da Cachimira. Então, o conflito vai acontecer aqui, uma das guerras dos conflitos de maior altitude da história.
E a Índia vence, o o Paquistão é obrigado a se retirar. E dali pra frente a gente não tem mais guerras formais. Nós temos conflitos de baixa intensidade, principalmente com ataques terroristas do lado do Paquistão.
O primeiro desses ataques é em 2001 contra o Congresso em Nova Deli. Eh, o Lascar Etaib, que é a organização terrorista, uma organização terrorista bastante violenta, assim, efetiva em número de mortes e a nível de Al-Qaida e Estado Islâmico. Aí em 2008 nós vamos ter aqui em Mumbai que tem até o filme conhecido que é Ataque é o Taj Mahalus.
Se vocês não assistiram assistam que conta é um pouco dessa história. E aí depois em 2019 nós vamos ter um outro ataque aqui é na região da Cashimira. E esse ataque vai provocar uma reação e bastante intensa eh da Índia.
a ponto dela mudar a constituição. Lembra que eu tinha dito que a parte da cachimira controlada pela Índia era uma região semiautônoma. Agora ela vai se tornar uma região totalmente incorporada à Índia.
Tanto que não tem mais mudança aqui. Isso daqui é território da Índia dominado e controlado pela Índia. forças indianas eh exerce uma pressão, uma eh uma presença, o governo indiano tá aqui, enfim, muda completamente.
Isso certamente é um ponto muito preocupante pro Paquistão e e pros muçulmanos que estão ali, mas a gente vai ter na sequência a pandemia e aí e a mobilização social, questões que facilitariam uma resistência, né, uma continuidade da violência, eh são congeladas. Então, a pandemia ajuda para isso e na sequência, tanto a Índia quanto o Paquistão, eles começam a focar em outros problemas. É exatamente no ano seguinte, em 2020, que nós vamos ter o choque daquele que eu falei que tem um vídeo aqui no canal que vocês t que assistir, que é a maior guerra do mundo, que é entre Índia e China, vai acontecer aqui eh em 2020.
E o Paquistão, ele também começa a ficar preocupado, né, com outras coisas. E tem duas preocupações. Primeiro é com o Afeganistão.
E que o Afeganistão vocês sabem, Talibã é é um lugar super instável e você tem o Talibã do Paquistão aqui em áreas desse lado, perto da fronteira. Então o Paquistão ele começa a lidar com instabilidades causadas pelo problema no Afeganistão e por problemas internos. Politicamente o Paquistão é muito instável, vários golpes militares, líderes presos eh tem um monte de outras coisas que chamam a atenção do Paquistão.
Então ele se foca para dentro. A Índia tá focada com o problema com a China e com, enfim, seu crescimento, sua posição no mundo. Então eles eles param de olhar um pro outro, Índia e Paquistão, param de prestar atenção.
Mas eh nesse período a Índia também começa a ocupar mais, né, ou enviar mais turistas, permitir um grande turismo de indianos vindo aqui, como se fosse os Alpes, eh, da Índia. Então você tem eh uma crescimento da presença indiana na região e óbvio, eh nós tínhamos uma condição geopolítica diferente, por mais que tivesse uma rivalidade ainda nessa época, né, entre Estados Unidos, eh, e China, as grandes potências não tinham interesse em deixar esse conflito entre Paquistão e Índia correr solto. são duas potências atômicas, tem um elemento religioso nessa nessa disputa.
Eh, uma coisa que pode perder o controle e todo mundo tentava apaziguar. O cenário geopolítico hoje é diferente, como vocês sabem bem, eh, Índia e Estados Unidos estão no auge da sua guerra comercial. O eixo das ditaduras tá trabalhando ativamente em conjunto com Rússia, eh, China, Coreia do Norte, Irã.
Nós tivemos o conflito da Rússia, eh, Oriente Médio com o Irã, as suas proxis, né, o eixo da resistência contra Israel, eh, a situação com Taiwã cada vez mais perigosa. Então, assim, o mundo mudou. E um ponto importante é que os Estados Unidos antes ele tinha que ter uma boa relação com o Paquistão.
Por quê? porque ele estava muito preocupado com o que tava acontecendo aqui no Afeganistão. E o único jeito de você conseguir penetrar e ter uma presença, né, um acesso bom ao Afeganistão é via o Paquistão.
Mas aí a gente não pode esquecer também que o Bin Laden foi encontrado aonde? Foi encontrado aqui, ó, em Abodabad. E, ó, aqui já é a fronteira, né, com a Cashimira.
tá perto de Islamabads. Então, claramente, eh, os Estados Unidos, depois que abandonaram o Afeganistão, não precisam mais ter essa boa relação com o Paquistão e meio que tomaram o lado da Índia. Então, a Índia se sente mais segura.
Mas o Paquistão também eh ganhou um aliado que já era, mas mais formal ou mais presente, que é a China. A nova rota da sede. E tem aqui no canal um vídeo eh do corredor eh chinês paquistanês ou corredor paquistanês, chama o vídeo, sobre a rota da seda para o Paquistão.
E que que a a China faz? Ela constrói um porto aqui em Godwar para ela pegar o petróleo que sai aqui do Golfo Pérsico, né, do Irã, Arábia Saudita, e já para aqui nesse porto e e enviar isso daqui por gás e oduto, óleo para chegar na China. Com isso, a China não precisa fazer o quê?
Percorrer, navegar isso daqui, passar pelo estreito de Malaca e sofrer possíveis bloqueios navais. aqui, seja eh pela primeira cadeia de ilhas ou pel um fechamento do estreito, tudo isso vai dificultar a vida da China. Então, a China com a nova rota da seda começa a construir outros acessos diferentes.
E o Paquistão é um deles muito importante. O porto de Godwar tá aqui próximo do Irã e já na saída do Golfo Pérsico, uma das maiores rotas de petróleo do mundo. Então, a o Paquistão e a China se aproximam cada vez mais eh, de uma forma muito dependente.
E sem os Estados Unidos, o Paquistão fica mais com a China. E como eu disse para vocês, a China também tem regiões e interesses aqui. A China controla essa região aqui toda pontilhada, que é o Axaitin.
E quem disse que essa região é dele é a Índia. Então, a Índia diz que essa que a China tá ocupando uma região sua. Eh, e o Paquistão, o que que ele faz?
ele cede aqui um território para eh a China para ter a China do lado protegendo. Então, a região da Cachimir ela não envolve só a disputa eh de território entre Paquistão e Índia, mas a China também tem um território aqui. E esse território é super importante porque tem estradas chinesas que vão conectar, né, o Tibé tá aqui com Shinyang que tá aqui.
E ele tem que passar por aqui essas estradas. E são dois territórios mais instáveis pra China. O Tibé com a resistência dos tibetanos e os muçulmanos igures dessa outra província chinesa que temos um genocídio acontecendo aqui, campos de eh de prisões forçadas, enfim, tem um monte de outras instabilidades e esse espaço aqui também é estratégico pra China.
Com isso, então vocês estão entendendo que eh não é um conflito que envolve só o Paquistão e a Índia, mas a China está ali, tá de olho, tá presente. Os Estados Unidos hoje estariam muito mais do lado da Índia. Tanto que assim, as declarações americanas, né, com essa tensão depois do atentado terrorista, não são de não, veja, não é botar panos quentes, é falar pra Índia, olha, apoiamos você e de trazer justiça, fazer justiça e a questão do terrorismo é tão importante pra Índia que durante muitas décadas a Índia sempre teve uma posição própalestina.
Com o ataque de 7 de outubro, a Índia muda de lado e fica do lado de Israel, exatamente pela questão do fundamentalismo islâmico terrorista vindo eh do Ramás, mas é uma coisa que a Índia sofre. E assim, um detalhe importante, vale lembrar que o governo da Índia, ele tem um uma característica, uma essência nacionalista hindu. O Mode, né, que é o primeiro ministro, ele tem um partido que ele exalta e construiu a sua plataforma política na identidade hindu.
Então, um confronto em um ataque terrorista islâmico contra hindus. E o ataque foi bem brutal, porque ele ia questionando as pessoas, né, qual a sua religião e aí falava que era indu e aí matava. Foram 26 pessoas mortas.
Eh, isso mexe diretamente com o discurso do mode. Isso eh vai levá-lo a dar uma resposta militar contundente. Isso vai acontecer.
Teremos uma resposta militar. A grande pergunta é, vai ser uma resposta combinada, comedida, panos quentes, telegrafada, como foram muitos dos choques entre Israel e Irã. Os dois lados com medo de não passar da linha, já se passaram vários dias do ataque e não, a resposta ainda não veio.
Ela veio de outras maneiras não militares, né? E a primeira medida escalatória por parte da Índia foi fechar uma barragem aqui, ó, eh, de um rio que ele vai, eh, deixa eu achar aqui para vocês, Dana. Tá aqui, ó, esta barragem aqui, ó.
Tá vendo aqui a barragem? Este rio aqui, ele é um afluente do rio Indo, que é um dos berços da civilização humana e é o maior rio do Paquistão e com isso diminui o fluxo, isso afeta eh a agricultura no Paquistão. Essa foi a primeira medida.
Segunda medida, talvez se juntar, forçar os Estados Unidos, pegar o apoio dos Estados Unidos para segurar o dinheiro eh que o Paquistão tem recebido do FMI. Outro é falar com a Arábia Saudita e outros países para cortarem investimentos. E por fim, né, em última instância, certamente nós teremos uma ofensiva, um ataque militar.
E claro que a pergunta é: qual a intensidade desse ataque e qual vai ser a resposta do Paquistão? Pode ser que nenhum dos dois queiram escalar. Eh, o Paquistão tem um interesse em chamar atenção para essa história e provocar uma negociação e, óbvio, melhor ainda se a negociação for liderada pela China.
Certamente algo que a Índia não vai aceitar, mas ele quer fazer algum tipo de acordo e colocar todo mundo na mesa para forçar eh conseguir uma posição melhor pro seu lado. Esse seria uma das razões. Outra razão é que a credibilidade dos militares eh no Paquistão anda mal.
O país tá numa situação econômica muito ruim, muita instabilidade, golpes, uma série de coisas e de repente eh você lutar, né, ou se colocar pronto para defender o país contra o seu maior inimigo, que é a Índia, isso vai levar o prestígio dos militares no Paquistão. Então, para eles, eh, faz sentido provocar um conflito agora. Eh, e por isso que incentivaram eh essa frente de resistência eh a atacar.
Eh, a Índia deve responder. Olha, gente, não não eu não me parece que isso vai virar um grande conflito, mas como eu disse para vocês, o contexto geopolítico é outro. Não existe um interesse, uma mobilização de outras forças do mundo em conjunto para conter os dois lados.
Meio que cada um tá lidando com seus problemas. Como eu falei também, nós estamos no auge de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China. Eh, todas essas coisas acontecem em parte porque depois da invasão da Rússia, Ucrânia, a desordem tem tomado conta do mundo.
Eh, é um momento propício para isso. Paraa Índia é é complicado, porque o grande foco da Índia é com a China. Eh, a nova rota da seda e a nova da e a nova rota da seda marítima tem feito um cerco que seria chamado de colar de pérolas.
A Índia. A Índia tá tentando responder com um colar de diamantes, criando alianças para cercar a a China. Muito menos efetivo, muito menos sólida e substancial do que o cerco que a China tem feito a Índia.
Mas isso daqui atrai a Índia pro centro das instabilidades todas. E todo mundo me pergunta: "Ah, qual o papel da Índia nesse choque entre o eixo das ditaduras e as democracias? " E um conflito com o Paquistão e essa instabilidade e um possível eh envolvimento ou parceria da China vai provocar a Índia eh ter que buscar aliados e talvez eh se aproximar mais dos Estados Unidos.
E aí, então, nessa situação, o tabuleiro geopolítico começa a mudar, porque a China começa a entrar efetivamente nessa disputa eh de todos esses esses movimentos maiores que até então a Índia queria ficar de fora, queria ter uma relação boa com a Rússia, com o Irã, eh tá do lado dos Estados Unidos, da Austrália, do Japão. O único país que a que a Índia realmente tem um pé atrás e se preocupa muito é com a China. Mas mesmo assim e tem nós temos assistido algumas conversas, uma tentativa.
Vale lembrar algo que eu já falei para vocês, para vocês terem uma ideia, a Índia baniu o TikTok, né? eh, muito antes dos Estados Unidos começar a ter essa discussão. Então, a Índia sabe com quem ela tá lidando em termos da China, mas ela também não quer se envolver muito em todas essas brigas do que tá acontecendo no mundo.
Mas um conflito com o Paquistão ou essa situação com o Paquistão pode forçar a Índia a precisar de mais ajuda, uma vez que Paquistão e China estão juntos aqui. E se a Índia precisar de ajuda, ela vai ter que se aproximar e começar a tomar lado. E aí a gente traz a maior população do mundo pro meio da confusão de todo o resto que tá acontecendo no mundo.
Então não dá para dizer: "Ah, isso daqui é um início de uma guerra atômica ou uma guerra nuclear". Ao longo da história, os dois países foram muito comidos, eh, mesmo quando entraram em conflito. Por outro lado, o cenário geopolítico está diferente, o mundo está mais instável, tá mais descontrolado e você não tem eh outros países em conjunto botando pressão pros dois ficarem contidos e calmos.
Tudo pode acontecer. Eh, as coisas podem acontecer não propositalmente, também nós podemos ter uma escalada eh descontrolada, não intencional. E aí sim temos que se preocupar porque nós estamos falando de duas potências atômicas e mais a China do lado.
Eh, em 2020, Índia e China já entraram em briga. Bom, eh, isso daqui tem muito assunto aqui, tem muita coisa para mostrar para vocês da disputa da Índia com a China, a geopolítica toda aqui, a expansão, posicionamento chinês na fronteira toda aqui, seja com Nepal, com Butão, com Tibé, um outro vídeo aqui no canal que vale a pena vocês assistirem que é a geopolítica da reencarnação do Dalai Lama, que Tibé, né, uma região aqui que a China controlou eh, invadiu, dominou. Eh, a reencarnação do Dalai Lama é um ponto central na capacidade da China incorporar e dominar em definitivo.
E tem uma geopolítica por trás disso. Mas é isso, tem muita coisa, vamos esperar os próximos dias ou próximas horas ou sei lá quando que vai vir a resposta indiana e vamos estar aqui acompanhando sempre. Não se esqueçam, dá like no vídeo, compartilha com seus amigos.
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