G1 [Aplausos] [Aplausos] E aí [Aplausos] G1 e é uma escultura instalação performance poesia eu acho que exatamente estas muitas e várias disciplinas que se contém numa obra só a caracteriza muito meu trabalho E acima de tudo interessa me contar histórias ou rever a forma como nós contamos histórias histórias é que são contadas onde são contadas como são contadas e contadas por quem a história que me interessa contar o rever é exatamente uma história que a história da escravatura que formou o estado de Portugal e da Europa durante várias centenas de anos mas que não está
representada em lugar nenhum na cidade que tentam a uma política de apagamento faz parte da história que é muito importante recuperar e rever a é a cidade de Lisboa está preenchida de monumentos e espaços públicos especialmente aqui ao longo do Rio que celebram a história colonial e que tem uma linguagem extremamente patriarcal infantil homens que estão em cima de barcos e que celebram a glória de uma história com uma linguagem infantil no sentido que acreditamos em coisas como os descobrimentos sabemos que um continente com milhões de pessoas não pode ser descoberto acreditamos em palavras como
escravos sabendo que a um sistema que é pensado município osamente pensado para colocar certas pessoas fora da condição humana e assim escravizar tenta a todo mundo popular e uma linguagem semântica e visual que tem que ser a revisada tem que ser desmantelado tem que ser reinventado de novo E aí [Aplausos] com esta obra O que faz é olhar para esses barcos expor o que é que esses barcos que transportavam que Afinal nós não estamos a falar de Glória estamos a falar diz no sítio estamos a falar de portabilidade e desumanização e é muito importante começar
a repensar a história de uma nova forma para que a barbaridade não se repita E aí E aí E aí E aí [Aplausos] [Aplausos] é um processo muito intenso foi muito pele Porque todo o processo já de fazer A escultura nós começamos por trabalhar em Berlim a com uma grande equipa na cenografia nas madeiras queimar As madeiras são processos É quase performativo de fazer buracos no chão fazer a queimar a madeira colocar a madeira na água no fogo na água no lago de fogo na água no mar no ar em todo uma para formas transportal
a desenhar gravar o poema nas madeiras pintar poema em ouro com seringas foi um trabalho extremamente sensual e extremamente intenso e pessoal e depois a parte mais bela foi procurar os perfumes que vem da Periferia de Lisboa e que vem desde das várias de "e de várias gerações que vêm em couro com vozes são 16 vozes extremamente Poderosas dois bailarinos e percurso e quatro percussionistas que depois em 4 dias eu trabalhei com eles e o trabalho sempre em experimental em laboratório com o avançando e nos 4 dias é o pênis eu construo Pouco a Pouco
água formas embora já já mais ou menos desenhada só quando tu estás frente a frente com as pessoas com todas estas mulheres e com todas Estas pessoas tu depois começa a extrair as histórias e as biografias e os movimentos dos corpos e as vozes e começa a editar a como é que a história deve ser contada e isso foi um processo extremamente pele com muitas lágrimas com muito riso com muita repetição com muito ensaio G1 é quase não a magia topetes a todos quando pegas na tragédia humana e traduziz em imagens visuais em coreografia em
som em cânticos em tu querias uma magia e começa a trabalhar com não consistente mas com um comerciante Tu Não trabalhas com o facto trabalhas com significado em consenso entre as no Imaginário coletivo a e eu acho que é extremamente importante ter um espaço público primeiro porque os espaços públicos geralmente não são Dados a mulheres que geralmente quando são dados são Dados ao homens homens brancos geralmente é que fazem constroem falsos construções fábricas que se elevam no ar a e são a trabalho extremamente nos cubinhos extremamente patriarcais é uma repetição colonial e é muito importante
trazer uma outra leitura de um espaço público e convidar a audiência Entrar nesta história por cento eu acho que o meu trabalho que alguém ser um trabalho de Colonial é um soalho extremamente feminista que ocupam o espaço público sem cinto por muitas das vezes não se descobre Apenas quando chega se vê e cheira e toca se ele é E aí E aí oi oi E aí E aí [Música] a máxima toda a cerimónia O Ritual tem algo muito mágico que é produzir memória e quando se produz memória produz identidade quando se produzir identidade por gente
desse futuro portanto uma das políticas do colonialismo português e da opressão do colonialismo europeu foram as políticas do apagamento E essas foram feitas não só apagar os nomes que nós não temos acesso aos nossos nomes mas também apagar as cerimónias e rituais tudo foi apagado tudo foi proibido por lei não é por acaso que nós nos chamamos todos Correia Fernandes e Ferreira nós chamamos assim porque os novos africanos foram proibidos por lei a uma lei uma constituição tentar detalhadamente a vida papagaz identidades e em [Aplausos] todo trabalho foi criado à volta de um poema que
eu escrevi tanto eu convido pública entrar dentro desse barco e a experienciar o barco olhar com atenção a ver As madeiras queimadas As madeiras queimadas são muito únicas não só porque tem um cheiro muito gosto muito sensual mas também porque revelam quase uma pele uma cicatrizes uma ferida pode colocar ele totalmente chora se quando se tocam os blocos de madeira e Ah [Música] [Aplausos] eu convido um pouco público interromper normalidade a normatividade do dia a dia daquele as novas perguntas e para envolver o público em uma nova visão daquilo que eles sabem que não sabe
nem para nós começarmos a pensar realmente a produção de conhecimento a sempre ligada à poder e violência e nós muitas das vezes temos que pensar o que que nós sabemos o que é que nós não sabemos e porque a E aí [Música] o home fala fala fala fala aí [Música] E aí E aí E aí o candidato E aí e quando nós instalamos as culturas e as pessoas têm se passar para ver o poema um ritual uma cerimônia que foi desenhada propositadamente mesmo que as pessoas não se apercebam os blocos de madeira camadas estão muito
baixos para as pessoas tem que baixar para poder 10 então eu abrigo as pessoas entraram um ritual numa uma coreografia de contentação mesmo que não não sejam conscientes e [Música] E aí [Música] olá olá [Aplausos] E aí E aí G1 E aí é uma é tão belos ver como extremamente transformativo para todos estes artistas para mim era importante tira este espaço não só para mim como artista mas para ter esta plataforma partilhada com muitas outras pessoas que como eu vem da Periferia de Lisboa e são extremamente causas São extremamente a complexas e brilhantes e não
tem visibilidade absolutamente nenhuma assim como eu também não tive quando eu vivi aqui é uma uma uma uma um [Música] E aí [Música] [Música] E aí [Música] o que que é importante essa essa decisão essa escolha que sejam corpos negros um na maioria de mulheres a estar em cena a produzir EA construir esta esta peça é essa é uma pergunta que eu não tenho resposta ao mesmo tempo porque tem que ser assim porque é importante porque é urgente e porque nós temos um desfasamento com o tempo e são exatamente essas identidades esses corpos que tem
sido sistematicamente invisibilizados das plataformas e dos palcos e por essa razão mesmo são os corpos e as identidades que tem que ter visibilidade e que tem essa magia construir a escrever o futuro o a história uma história e [Música] [Aplausos] o Rômulo e [Música] era importante começar Portugal porque não só porque vem daqui mas eu sei que é um lugar que vive em absoluta política de pagamento que é muito importante é nós começamos a recuperar a história e a tornar o invisível visível e esta obra que eu queria começar daqui é que daqui vai para
fora [Música] E aí [Música] [Aplausos] [Música] E aí E aí E aí E aí E aí [Aplausos] E aí E aí [Aplausos] E aí [Aplausos] [Música] G1 E aí E aí E aí E aí E aí E aí G1 G1 E aí E aí E aí E aí G1 E aí E aí E aí E aí G1 E aí