E aí [Música] E aí [Música] E aí [Música] a identidade é a forma pela qual nós reconhecemos como pessoas e é um tema que tem estado no centro da nossa vida política e social e eu sou o dente dorme era algo que nunca foi posto em questão nos temos identidades religiosas familiares políticas étnicas profissionais sexuais etc hoje com as mudanças nos costumes nos moldes contemporâneos tudo isso está sendo posto em questão é é formado reconhecimento de direitos na ampliação do acesso à cidadania por outro o acirramento das Diferenças faz com que tenham surgido o fundamentalismo
religioso terrorismo associada a ele a xenofobia em relação aos migrantes como conciliar a preservação e o cultivo das identidades particulares e ao mesmo tempo a construção de um futuro comum para as futuras gerações Os desafios da identidade no mundo contemporâneo tema desta série do Café Filosófico nos dias de hoje muitas categorias sociais ganharam voz e ampliação dos seus direitos é porque se organizaram e reivindicar um reconhecimento EA aceitação de suas diferenças a questão da identidade é algo que vem ganhando relevância nos últimos 50 anos avançamos a consolidação do ideário democrático tornando visíveis demandas que antes
eram obscurecidas e silenciados esse lado positivo no entanto vem acompanhada de um lado negativo a exacerbação da importância particular de grupos em detrimento do coletivo e um desafio ainda maior o que seria a própria identidade humana como diagnosticar esses problemas nas suas causas e Como oferecer remédios para os males que elas vêm provocando o processo de construirmos identidades de alocarmos identidades de reconhecermos o demutran a identidade tem a ver com um processo que inerente à própria mente humana próprio espírito humano a maneira como nós lidamos com a experiência de sermos no mundo e dos objetos
do mundo que nos cerca que é o processo de categorização o processo de categorização é quase que impossível de ser evitado porque do ponto de vista digamos de Deus o princípio absoluto é o que que é o mundo o que que é a vida processo fluxo incessante mudança transformação nada é sólido de uma perspectiva cósmica mas nós pela escala Temporal da nossa existência e pela necessidade de estabilizarmos uma visão do mundo das coisas dos objetos dos sentimentos dos afetos e de nós mesmos Quem Somos Quem são os outros quem amigo que inimigo nós precisamos categorizar
nós precisamos criar identidades e bom então a questão da identidade ela inerente ao próprio espírito humano afirmar que uma coisa existe segundo. É também de alguma maneira afirmar o que ela não é cada identidade implica a sua o seu negativo aquilo que não é definir os limites em grande parte daquilo que é um processo que Freud chamou de maneira famosa do narcisismo das pequenas diferenças a gente pra afirmar algo precisa dizer que a gente não é outra coisa e geralmente de ficar Talvez o modo é quase um princípio afirmação de uma identidade implica sempre a
locação de um valor positivo a ela e o negativo a outra seja lá qual for a outra é por isso a identidade tá inevitavelmente associada a uma hierarquia normativa valor ativa nós e e os outros na cristãos que são salvo e se os infiéis que são condenados ao fogo eterno é gregos e bárbaros é homens e mulheres só recentemente tendo essa hierarquia sendo contestada brancos e negros civilizados primitivos aí a a lista é interminável e se talvez sejam um dos maiores e mais interessantes Desafios que a gente tem como poder é manter a importância que
a gente vai ver é fundamental na construção dessas identidades tem que a gente escorregue para uma posição na qual afirmação de uma implica A negação o a subordinação de outras a gente tem as identidades que são construídas de maneira externa e quando nos Estados Unidos se chamava e aqui no Brasil chamava os os negros e africanos essa era a maneira de de notá-los e descrevê-los de uma determinada maneira que tinham uma denotação uma descrição tinha uma conotação uma valoração negativa na e tinha um efeito performativo que que significa performativa significa que a existência daquela categoria
daquele rótulo implica efeitos na realidade porque a identidade e permite que eu me sinta de uma determinada maneira eu tenho a razões para sentir e agir dessa ou daquela forma e mais importante ainda porque ela dá autorização cultural no quase que inconsciente para que o outro haja contra mim ou em relação a mim de uma determinada maneira a passagem do termo africano para o termo negro e já implicou uma mudança nos Estados Unidos e todo mundo sabe isso foi superado pelo o surgimento da identidade black que para se afirmar nega as identidades anteriores a categoria
homossexual foi criada não pelas pessoas que poderiam reivindicar lá foram criados pelos psiquiatras europeus no final na segunda metade do século 20 século 19 até a segunda metade do século 19 homossexuais no sentido do que a gente conhece hoje ele existiram e existirão pessoas que praticavam sexo com pessoas do mesmo sexo biológico elas são bonitas em alguns países a própria lei condenava e a categoria gay é uma maneira de descrever essa mesma situação de fato mas como uma construção como a reivindicação uma positivação normativa daquela conduta que na categoria homossexual quase inevitavelmente está associada a
anormalidade desvio patologia prevenção e a psiquiatria só no só na década de 70 retirou homossexualidade da classificação de doenças psiquiátricas foi pela força do movimento gay que adentrava os congressos de psiquiatria foi uma militância muito dura e no final das contas Associação psiquiátrica americana acabou resolvendo retirar essa categoria da lista de doenças psiquiátricas e resolveu isso como por votação o que mostra o caráter é de construção normativa a partir de valores que eram culturalmente sólidos para criar algo que nos espírito da época e no espírito da Medicina era reconhecido de forma imediata como patologia redação
etc de uma maneira geral você se tornar um humano tornar-se alguém tornar-se uma pessoa passa por você se constituir como tendo uma identidade como todo o processo que diz respeito à Vida subjetiva o que implica sempre e o sujeito e o seu entorno o sujeito e o outro o outro que são semelhantes e o usou o outro com o maiúsculo como a gente dizem em na psicanálise que a cultura a linguagem o repertório Imaginário que cerca aqueles outros pessoas que nos acolhe quando nascemos investem em nós como merecedores de atenção de cuidado e reconhecimento como
humanos nós todos de alguma maneira nos inserimos encontramos um lugar simbólico que faz de nós ao mesmo tempo receptáculos da cultura e promotores da sua preservação e do Seu e do seu desenvolvimento toda a cultura precisa que aqueles que nascem nela se sintam partes dela para Que ela possa sobreviver ele chama atenção para esse detalhe para acentuar o fato de que falar de o conselho identitária é falar número um de um processo que vai muito além das escolhas e da experiência individual envolve necessariamente sempre tempo todo outros humanos envolve o tempo todo o mundo linguístico
mundo simbólico a cultura na qual esses outros humanos estão inseridos certa maneira toda a identidade é uma construção imaginária porque ela não é real como um mineral é real como Plutão é Real o que é ser um humano mesmo é algo de natureza polêmica e a inteligência artificial pelo menos quando se vislumbra o seu desenvolvimento daqui algum tempo mostra isso aquilo que é essencialmente humano não está esgotado pelo menos na nossa na nossa natureza biológica diz respeito aquilo que nós construímos por meio da linguagem por meio da cultura e se não tá na nossa natureza
biológica e outros suportes talvez não biológicos podem mentalmente fazer surgir seres coisas que sentam sintam funcionam pensem tenho dilemas parecidos com os nossos quando isso chegar acontecer se chegar acontecer a gente vai então se se der bater com essa discussão sobre até onde se estende a identidade humana para além da humanidade biológica como nós estamos cada vez mais nos torna dos ciborgues isso não vai demorar muito de todo modo voltando a construção identitária de cada um a uma vez que se dá essa construção uma vez que a gente vai engendrando esse processo e o começa
a ter algo que é uma identidade mínima estruturante na cadeia de gerações eu entendo que a ser filho eu entendo o que é ter um avô eu entendo o que é ser homem mulher eu entendo o que que é ser carioca ou Paulista esse de processo vai e destruindo e vai não só criando digamos uma etiqueta mãe imagem que permite que ela se apresenta e no mundo numa determinada maneira mas também vai moldando o próprio modo como elas se sentem como se percebem é a minha neta Helena ela tem cabelo muito encaracolado por causa da
ascendência é e para mim foi uma experiência digamos assim na primeira pessoa de algo que eu cansei de falar na terceira pessoa é você perceber como uma menina de 3 anos pode começar a sofrer pelo fato de que aprendi ao redor que o cabelo dela não é bonito e o caso da minha neta eu acho que exemplo lá ela sempre produz primeiro barulho sofrimento e é visível naqueles grupos naquelas pessoas cuja construção identitária ou pela pela natureza das características corporais ou pela natureza do grupo étnico ou pelas características de quaisquer coletivas das quais eles fazem
das coletividades os países fazem parte são dominadas são excluídas são normativamente secundárias E se eu sou branco de classe média numa sociedade como a nossa eu simplesmente nem me dou conta de que está sendo construído uma identidade que faz parte de um contexto de um conjunto de construção de dentárias nas quais essa tem um lugar de supremacia de Privilégio cuja contrapartida é ausência desses privilégios Por parte dos demais pela própria lógica da construção identitária e pelo fato de que esses privilégios sendo meio que transparentes no sentido de não visíveis são importantes na reprodução do status
quo social e político imediatamente pensei nos milhões de Netos de brasileiros que vivem a essa mesma esse mesmo drama esse mesmo dilema então é importante pensar nessa questão da identidade e o fato positivo de que é assumido uma posição na vida cultural e política é porque isso permite que injustiças e que exclusões que atingem não só a direito os objetivos não só coisas dívida pública mas que estão entranhados no íntimo das pessoas venham a luz e a gente entenda que essas questões dizem respeito a nossa discussão sobre Que tipo de gente a gente quer ser
que tipo de espécie nós queremos ser que tipo de sociedade nós queremos construir no próximo bloco o individualismo virou um valor que às vezes se torna preponderante em relação à coletividade [Risadas] não há ser humano que não passa por um processo de construção de identidade esse processo é universal e faz parte de você se tornar alguém por outro lado existe o percurso da vida de cada um seu nascido O que tem na metrópole morei em outro país Trabalhei na floresta cada trajetória abre muitas possibilidades de construção de identidade que é sempre singular somos resultado de
nossa relação com o mundo com as pessoas que convivemos somos fruto de um contexto histórico social econômico cultural tudo isso contribui para a formação da nossa identidade mas nem sempre foi assim na antiguidade por exemplo se você nasci escravo estava fadado a esta condição se nascendo a nobreza seria Nobre identidade era algo dado determinado e pense no mundo tradicional no mundo pré-moderno o mundo onde a hierarquia da sociedade não tá aposta em questão o mundo onde estabilidade das coisas é longa a identidade no mundo como esse é claro que é muito diferente dessa que nós
estamos discutindo Porque o mundo é onde a gente cidades estão já alocados de maneira mais ou menos estável dependendo de onde você na se você é aquilo se você é servo é porque você nasceu Cerro sente opção no mundo moderno no Iluminismo e Isso muda muda com aquilo que a gente se acostumou a chamar de o desencantamento do mundo o mundo agora não espelha os desígnios divinos não espelha o mundo humano não espelha o mundo que Deus criou a natureza mundo humano é aquele que os homens fazem dele é esse o mundo moderno do Iluminismo
que então muda radicalmente a maneira como a identidade se constrói Agora você tem uma concepção de sujeito é isso autônomo Unificado livre agradeci capaz de fazer seus projetos esse sujeito do Iluminismo começa a ter o sua concepção torpedeado há séculos depois quando essa ideia de autonomia começa a ser discutida e vai sendo substituída pelo que historical chama de o sujeito sociológico na verdade seres humanos são emergem no interação com os outros significativos com os outros da sua cultura a identidade é o efeito desse entrecruzamento de relações do indivíduo com essas dimensões autoritárias ele deixa então
de ser um centro axial para ser uma espécie de pontos de sutura entre eu e o outro eu EA cultura novamente o tempo passa essas essas estruturas modernas que se criar começaram a se constituir e se consolidou no século 18 Revolução Francesa Revolução Americana iluminismo racionalismo enciclopédia ciência certo e depois com século 19 romantismo etc utopias zootopia do século 20 na segunda metade do século isso tudo faz desmoronando as grandes utopias começam a falhar em alcançar o que tinha prometido a grande política que prometia Um novo homem uma nova sociedade na verdade produziu muita desgraça
muita morto Andrade os melhores sonhos Se mostraram a e esfaqueados pelas ações humanas a revolução tecnológica que fez do mundo mais ou menos o que é hoje todos nós estamos hiperconectados todos nós sabemos o que está acontecendo o tempo todo as revoluções dos meios de comunicação as transformações culturais sociais a ideologia do individualismo que deu origem a Direitos Humanos democracia e Central foi esses a ser bando e o efeito dessa exacerbação a gente vê hoje né o individualismo virou um valor que às vezes se torna preponderante em relação à coletividade todas as críticas muito ácidas
feitas a digamos aos efeitos culturais sociais e psicológicos por consequência do avanço da simonia do neoliberalismo econômico é a construção de uma espécie de neoliberalismo social e onde a regra do cada um indivíduo por si começa a se sobrepor às expectativas de progresso coletivo de ampliação de conquistas é certo e tal nesse caldeirão é preciso lembrar um outro ponto chave o fracasso das utopias do início do século 20 essas transformações todas as paralelas elas quebraram o fim das grandes narrativas o fato de que é Sebastião do individualismo levou ao extremo a capacidade crítica do indivíduo
ao ponto de a própria ideia de autoridade ser posta em questão não é a autoridade de X Y ou Z dessa instituição dessa teoria dessa pessoa é ideia de autoridade que hoje em dia se torna para usar uma expressão do balão quase líquida Talvez o único discurso talvez a única instituição que ainda não precisa o trabalho de se justificar o discurso científico porque é Aparentemente o único que ainda fala a partir de construções que são digamos verdadeiras onde é que tem discurso sobre sobre a realidade que pode se Pretender verdadeiro no Imaginário atual é preponderantemente
discurso científico todos os outros discursos estético religioso político eles são digamos maneira de ver as coisas são opções é tal A ciência é o que é lembre-se que até os anos 80 o mundo era bipolar do sentido de que havia dois grandes horizontes organizando Imaginário político social econômico na Horizonte do capitalismo do Mundo Livre dependendo de como se quisesse chamar e o mundo do socialismo da cortina de ferro também dependendo como se quiser chamar havia De qualquer modo horizontes alternativos que e virão junto com o muro de Berlim tão o capitalismo e e o capitalismo
na sua versão atual neoliberal financeiro a ser salvo um tomou conta e ouvir as peças de esvaziamento da capacidade de imaginação política é capaz de oferecer alternativas ao modelo global que organiza o mundo desde então nós todos estamos vivendo um jogo do qual as regras estão dadas e a gente o máximo que faz é tentar encontrar maneiras de se dar bem com as regras desse jogo porque a gente tem dificuldade hoje de entender de imaginar o que é que poderia ser um mundo que fosse completamente diferente desse que é hoje nos anos 60 muita gente
imaginava você tem os hits de um lado você tinha Os Comunistas aqui de outro você tinha uma porção de gente com as suas utopias como velas acesas essas várias tão meio apagadas EA única luz que a gente imagina que ilumina as coisas essa desse mundo que ele tá aí isso teve pelo menos um efeito positivo quem foi que aquelas bandeiras da grande política do novo homem da nova sociedade fazendo água fizeram brotar as reivindicações desses grupos que antes tinham pouquíssima voz às mulheres os negros os deficientes os índios nos anos 60 Começam a surgir as
externas identidades alternativas mesmo que hoje em dia olhando meio hedonistas né hits mas eram propostas eram modos de vida alternativos nos anos 70 isso ganham conotação política fortes com o primeiro grande movimento e talvez o mais importante de todo o século 20 o feminismo a Índia é conhecida disso todos esses outros movimentos eu queria chamar atenção agora para outros elementos que eu acho que devem fazer parte da nossa conversa sobre as identidades tem um intelectual um filósofo muito interessante chamado com ameap a ele é interessante porque ele é negro gay nasceu na Inglaterra filho de
uma mãe inglesa de origem aristocrática com o pai de Gana na época da Costa do Ouro também de origem aristocrática na era do Ouro ele encarna um pouco essa dificuldade que as pessoas têm de colocar nele algum rótulo que o uniformismo no identidade única né ele tem esse livro então aquele chama atenção para alguns aspectos comuns de toda a identidade um deles é de quem toda intensidade vem com rótulos e você ter um rótulo significa em primeiro lugar que você aprende regras para aplicar os rótulos é E essas essas esses rótulos Claro tem efeitos efeito
sobre o próprio indevido e faça se olhar no espelho ganhando isso e tem também exigências eu para poder ser x preciso me comportar para ser reconhecido pelos meus pares e para ser reconhecido pelos outros é o segundo. Importante é que a identidade constrói um lugar no mundo ele ele ele ele dá qualquer pessoa um sentimento fundamental no ser humano que é o sentimento de pertencer sentimento de pertencer ao nós de fazer parte de uma comunidade e não ser um não ser um um auto care sun excluído Total isolado um retirante esse pertencimento ele tem uma
explicação e também razões para você ser o que você é e para que se haja com você do jeito que se deve agir mais uma das coisas o últimas décadas representou é que às vezes aqui a adoção de um rótulo Ela implica um efeito positivo para própria pessoa dou um exemplo o autismo durante muito tempo era uma categoria diagnóstica considerada terrível médicos estavam em falar com os pais que achavam que o filho era autista hoje em dia você sabe a realidade é completamente diferente e uma das coisas mais interessantes de se mostra a complexidade e
riqueza desse fenômeno da identidade é que você tem que testemunhos de artistas que escrevem narrativas pessoais e mostram como o momento em que eles adotaram a identidade que eles caíram a ficha eles não agora eu entendo a minha vida entendo meu jeito de ser é porque eu sou autista Qual o efeito performativo altamente positivo que tem eu recomendo um livro que tem em português chamado Olhe nos meus olhos e Johnny Robinson desde criança de um blog então a relacionar-se com outras pessoas na adolescência os problemas se agravaram e apenas aos 40 Anos blog são foi
diagnosticado como portador da síndrome de Asperger essa súbita compreensão transformou a maneira como Robson se via e como via um Olhe nos meus olhos rapaz não posso dizer quantas vezes ouvi essa frase agressiva e dolorosa tudo começou quando entrei no primeiro grau ouvia-se comando de pais parentes professores diretores e de todo o tipo de pessoas ouvi tantas vezes que estranhava quando ninguém a preferia Às vezes a frase vinha pontuada por uma reguada despedida pelo professor ele diria olhe para mim quando estou falando com você eu me contorcia e continuava a olhar para o chão o
que o tornava mais curioso o meu pai diria olhe para mim o que você está escondendo nada olhe para mim eu olharia qualquer coisa menos ele quando era menor costumava fugir enquanto ele me perseguia sacudindo seu cinto e minha mãe às vezes me salvava outras vezes não todo mundo achava que entendia meu comportamento era simples eu não era coisa boa ninguém confia num cara que não olha você nos olhos você tem jeito de Marginal você está aprontando alguma eu tenho certeza eu não consegui entender porque eles ficavam tão agitados nem ao menos porque era tão
importante olhar nos olhos dos outros a vergonha me dominava porque eu sabia o que as pessoas esperavam que eu fizesse e mesmo assim eu não fazia não é dia de errado comigo sociopata e Psicótico eram dois dos mais comuns diagnósticos para o meu comportamento e eu li sobre pessoas como você elas não tem expressão Por que não tem sentimentos [Música] no próximo bloco como é que a gente pode ser maneiras de pensar e de nos identificarmos que nos coloquem juntos com as nossas diversidades em prol de um Horizonte comum E aí a construir uma identidade
nos traz um sentimento de pertencimento a um grupo por outro lado pode nos limitaram rótulo ter que seguir uma série de regras e exigências para poder ser reconhecido como tal mas a identidade também não é portadora de uma única característica somos plurais e podemos transitar pelas diversas ditas categorias a identidades que são mais fáceis de você resistir a elas quando querem impor de identidades religiosas por exemplo no mundo antigo não mas no mundo atual e veja o Brasil um exemplo disso eu posso ser budista e ele no candomblé eu posso ser católico esse budista e
não no centro hinduísta não posso nada mim põe você caiu possa adotar essa mas eu não sou eu não tenho que me dobrar a isso pelas regras da cultura pelo menos em boa parte dos países e outros menos né identidades políticas também eu posso mudar de opinião muita gente é de e depois vira de esquerda Não isso não acontece muito acontece geralmente é o existe um plano da negociação dessas identidades né existe um rosto mais fácil outras são mais difíceis se a cor da sua pele é negra é difícil você resistir ao fato de que
você vai ser identificado como Diego o seu campo de atuação é no outro lugar é noutra dimensão é você afirmar positivamente uma identidade que culturalmente é dominada subordinada além disso a mais duas coisas que eu gostaria de falar que são algo que é uma palavra que se vocês não conheces Vão ouvir bastante que a ideia de interseccionalidade é a ideia das interações entre identidades as identidades elas não tem essências elas não têm excesso você a gente fala assim mulher bom esse mulher é uma coisa você ser mulher branca de classe média outra coisa você é
mulher branca pobre outra coisa você negra de classe média a diferença de você ser negra morando na periferia você pode ser mulher negra e lésbica é diferente de você ser mulher negra e heterossexual isso vale para homens ele serve para tudo tudo todas as identidades ela se desdobram esses isolamentos implicam em primeiro lugar isso a gente vai estar atento ao elas implicam o reconhecimento de que pensar essencialmente sobre identidades é o primeiro arquivo não existe o negro a mulher O Judeu o brasileiro o botafoguense não existe nada disso esse rótulo e implica dentro dele uma
pluralidade uma diversidade que a gente precisa contemplar essa discussão Então ela tem a ver com a outra expressão muito corrente hoje em dia que é a questão do lugar de fala na reivindicado pelo movimento negro sobretudo e que É muita gente critica pelo fato de achar que isso significa uma exclusão de sujeitos cujas identidades não são aquelas sobre as quais eles estão falando que eu sou branco eu não posso falar pelo menos negros se eu sou seu sou homem não posso falar do problema das mulheres se eu Sou heterossexual não posso falar da questão dos
gays e por aí vai isso é uma crítica a meu ver equivocada a a ideia do lugar de fala primeiro não tem a ver com questões individuais não é o fato de que alguém individualmente teve o seu a sua voz silenciada mas é uma é uma uma noção que permite que a gente começa a adentrar uma discussão sobre Quais são as condições estruturais que fazem com que certos grupos não tem o voz certos grupos simplesmente não apareçam para falar desse e muitas vezes precisam da intermediação de outros quando eles próprios poderiam falar na primeira voz
e não por intermédio de outros essa discussão o texto não agora discussão indiscutível e sobretudo num país como o nosso o Brasil é um país doar para um país atrasado é um Paraíso Selvagem um país violento isso se expressa no silenciamento que ainda vem nos últimos poucos anos começa a ser contestado pela força desses movimentos identitários e nossa sociedade um Historiador americano Mark lilla escreveu um fez um ensaio e que ele dizia vou resumir muito o argumento ele dizia a culpa de trump ter sido eleito é o de é o fato de que o partido
Democrata e o pensamento Progressista americano abandonou a discussão institucional política e econômica em prol das da pauta das identidades e dos direitos de minorias isso teve como consequência o abandono daquela massa de rednex aquela massa de pessoas se sentiram disse privilegiadas e passaram elas próprias a usar a mesma lógica nós trabalhadores do meio-oeste e brancos é certo e tal estamos sendo escorraçado sem em detrimento de nós são feitas políticas para atender a esses grupos minoritários e tal esse povo cavalgando o ressentimento acabou votando em Trono o caricaturalmente é esse esse o argumento do líder que
provocou uma enorme discussão né a ideia dele basicamente é de que se a gente quer mudar a sociedade mesmo para atender as reivindicações e problemas de negros mulheres e sete a gente precisa de leis a gente precisa estar no governo para poder fazer políticas para dar dinheiro para para políticas de afirmação cultural para dar para fazer leis que defendem esses direitos não adianta ficar do lado de cá apenas reivindicando fazendo machos e tentando transformar a sociedade com base em uma reengenharia das consciências por quê Porque o que decide na hora do pega pra capar é
que ainda tem o poder então o nós queremos mudar o mundo temos um projeto de assumir o poder oi oi a gente vai ficar sempre nessa pauta de reivindicações particulares à Deriva de quem tiver assumido poder como esse argumento de bom e a crítica essa crítica é basicamente de novo eu vou ter que caricaturar um pouco argumento diz o seguinte na verdade isso de dizer que política identitária começou apenas a partir dos anos 70 e 80 é um engano o que acontece é que antes dos anos 70 simplesmente essas questões eram subordinadas eram submissas eram
invisíveis como é que você entende o fato de que essas essa essa essa cultura é pré ano 70 DC tal era uma cultura na qual é negros não tinham ver no lugar dos brancos mulheres eram subordinadas aos homens isso sempre foi a política Ou seja a política de classes esse argumento na verdade sempre escondeu colocou consigo colocar na ga é o fato de que ela era inerentemente fundado e organizada com base na colocação de supremacia de certas identidades e subordinação de outros como é que a gente pode conciliar e não colocar como contra apostas essas
duas aspirações legítimas se de um lado a ideia de que nós como espécie como sociedades e agora quando ele fala em sociedades a gente já não fala mais de nações as nações estão sendo completamente permeados né Quem manda mais no mundo cada vez mais são as corporações transnacionais tem quando a gente fala de sociedade de fato falando do planeta como é que a gente pode conciliar a legítima e necessária aspiração de construir um Horizonte comum onde nós nos identificamos como humanos é possível e nós nos identificamos como selar Defensores do meio ambiente ficou meio ambiente
afeta todos como é que a gente pode ter maneiras de pensar e de nos identificarmos que nos coloquem juntos com as nossas diversidades em prol de um Horizonte comum e ao mesmo tempo fazer com que essa unidade apareça para usar uma frase que é do rabi mas na pluralidade das nossas diferenças quis que ficamos se colocaram como associadas a esse é comum não silenciadas como antigamente mais a pluralidade a frase de raiva mas é a unidade da Razão aparecendo na pluralidade das suas vozes a frase muito bonita eu acho e um pouco é expressa esse
essa esse desafio que a questão das identidades coloca hoje em dia será que a gente pode conciliar o universalismo da primeira aspiração todos fazemos parte de uma mesma comunidade humana com o digamos ah ah o respeito a particularidade a singularidade desses grupos ou serão questões e horizontes inconciliáveis hoje em dia no mundo que a gente vive e é baixo a gente lê o jornal quase que todo dia tem um algo que nos choca como é que a gente sai desse esse Horizonte Sombrio que nos assola no mundo e no nosso país em particular 1 a
enfrentar este desafio é a gente pensar na dinâmica dessas condições dentárias na maneira com a gente lida com elas e que papel elas podem ter na conjugação das nossas propostas e Nossas ações políticas no próximo bloco A coisa que é mais importante para um ser humano não é nem a vida é o sentido quando eu perco totalmente o sentido da própria vida vai junto ó É sim uma época Nossa identidade era determinada data já ao nascermos foi sem dúvida uma conquista poder construir lá mas ainda que vozes antes oculta se fizeram ouvir a exacerbação de
uma podem calar ou sufocar outros quando o indivíduo Deixa de ser ele para ser apenas um membro do grupo isso é perigoso uma pergunta que veio do público é da LG E é a seguinte você levanta a questão do quanto é possível nos identificarmos como humanos Mas será que a abertura que a globalização proporcionou a queda dos muros a tecnologia Abrir novas fronteiras Será que isso não provocou ao mesmo tempo a nossa condição de desamparo A nossa condição de desamparo ela é incontornável na toda a nossa vida subjetiva individual e coletiva é uma tentativa de
responder a isso então a gente precisa lidar com esse exame e no tempo é fonte de nossos maiores medos e Sofrimentos mais Justamente por isso também é fonte das nossas maiores conquistas e realizações né por isso desperta Fernando Pessoa Phillip Hoff Shakespeare são respostas a essa perplexidade essa agonia do desamparo São maneiras de tentar construir alguma coisa na que sirva de anteparo a esse sentimento de Abismo de vazio de impotência que os Amparo é pré figura né então se é assim é eu concordo que no período em que a gente tinha otopias vigorosas no Imaginário
né a gente as utopias elas funcionavam também como anteparos para esse sentimento de desamparo hoje é assim mas eu tô fazendo parte de um movimento que vai mudar o Brasil O Mundo do Planeta Então nesse sentido de fato a queda das utopias a queda do do bipolarismo a quedas Matadores eram publicou uma maior sensibilidade a esse desamparo Mas isso não é ruim porque porque as utopias tal como elas foram vividas por nós foram tão fundamentos foram digamos assim tamponamento os petistas a gente parou de se preocupar com aquilo que nós somos porque projetar vamos uma
imagem idealizada de nós mesmos como humanos no futuro enquanto a gente fazia isso as mulheres não tenho vozes deles não tenho vários enfim é muita gente que hoje tem voz não tinha dá um fato de que isso no jogo de volta para ter que encarar essa realidade de que nós somos seres um pouco à Deriva no Cosmos Como diz Max a vida é um conto contado por um idiota cheio de som e fúria que os de nada é Shakespeare se a gente olhar de maneira vocês peniana é isso diante disso cheio de fez o que
fez isso é isso a experiência humana e diante de uma coisa que a vida humana que a Rigor não tem certeza a gente poderia não existir de uma hora para outra tudo isso pode acabar a gente já chegou perto de acabar com a experiência humana no planeta nos anos 60 uma guerra nuclear ainda pode acontecer diante disso que a gente pode fazer é primeiro assumir que é assim mesmo jeito tem razão mas é isso que nos deve fazer continuar sempre permanentemente inventando maneiras mais belas mais interessantes mais solidárias mais mais férteis e a gente viver
a vida nesse sentido é o fim daquelas utopias elas trouxeram para a gente a possibilidade de poder pensar na ideia de na ideia de progresso se a gente quiser não como os não como os modernos pensavam como a realizar como a realização Essa é alcançada mas pensar mesmo na Utopia na sua raiz etimológica Utopia quer dizer em lugar nenhum uma Utopia jamais se realiza então ser gente pensar hoje né que derrubadas as grandes narrativas mesmo caçar confusão que eu tentei aqui de escrever que são as políticas que a gente vê hoje em dia a gente
pode e deve é o melhor que a gente pode fazer continuar sonhando continuar imaginando um dos melhores continuar experimentando coisas mais interessantes Isso é o que a gente pode fazer de melhor se a gente abdica disso a gente está na beira do desespero na beira da ausência de sentido que a pior coisa o que pode acontecer a um ser humano funcionar está em inglês dizia isso a coisa que é mais importante para um ser humano não é nem a vida é o sentido quando eu perco totalmente o sentido da própria vida vai junto essa experiência
é a destruição do ser humano é isso por exemplo que a tortura tenta promover na pessoa que é torturada nessa destruição do sentido de fato o que a gente pode digamos assim é jamais abandonar daquilo que a gente tem de mais incrível no Cosmos que é a possibilidade que a gente tem por conta da linguagem de inventar sentidos novos como Paulo fez quando inventou essa história que todos somos iguais como as mulheres fizeram começar a inventar que as mulheres são iguais os homens não eu como os negros começaram a dizer que Black is beautiful ou
como gays com a senhora dizer que não tem nada a ver com quem você transa do jeito que você trata não tem nada a ver com ela aqui é moral não tem a normalidade e patologia tem nada a ver é você criar um sentido que faz com que o mundo se apresenta de maneira diferente e que Horizonte e se apresente Como Ele Nos retentores de promessas Então nesse nessa acepção eu acho que a queda a queda daquelas grandes utopias abriu espaço para muita coisa ruim mas abre espaço também para a gente Reinventar a própria maneira
de entender a política a gente poder ter um uma ideia de transformação sem imaginar que algum dia a gente vai de fato chegar lá a tupia é um Horizonte a democracia é um Horizonte todas as nossas melhores dessa Horizonte entre capaz de enxergar É capaz saber vamos para lá mas a gente chegar a gente nunca chega uma época onde todos estão conectados com todos e com tudo não nos leva na direção de absolutismo sem radicalismos e uma polarização cada vez no Ah e assim devido não corre risco de se diluir nesses grupos brancos negros pobres
ricos sua Boa pergunta eu acho que tem talvez duas questões assim dentro dela primeiro a relação entre indivíduo e grupo segundo a relação entre grupos particulares e a totalidade social é de um lado nos últimos anos a gente tem visto a importância que tem o fato de que grupos minoritários se organizam com pautas próprias para poder reivindicar uma voz reivindicar legislação a reivindicar espaço público etc por outro lado de fato existe em princípio o risco de que essa lógica não digo esses movimentos mas essa lógica ao longo da história levada às suas a salvação tende
a colocar uma atenção fala sobre princípios projetos que tendam a ter uma visão mais transcendente em relação a interesses particulares né que pensem a questões mais globais outro aspecto essa relação do indivíduo com o grupo porque se de um lado não existe o indivíduo isolado nenhum homem é uma ilha é verdade né William James um filósofo americano que tem uma imagem corte muito bonitas que cabe aqui ele dizia que todos nós tudo no mundo está ligado a tudo e Nós seres humanos também estão desligados não são ambiente mas nós humanos estamos ligados a experiência humana
né E ele dizia nós somos mais ou menos que nem Ilhas as Ilhas se tivessem consciência elas poderiam achar que são indivíduos isolados numa ilha não tem nada a ver com a outra ilha sem se darem conta de que por baixo da água elas são totalmente interligadas ser isso a lutar simultâneos somos assim Todos nós temos a nossa singularidade a nossa individualidade cada um abismo profundo e repetitivo tudo isso é verdade mas isso só aparece como expressão singular do nosso pertencimento a uma coletividade então nós somos também aquilo que a coletividade permite que nós sejamos
por outro lado isso é sempre uma polaridade dinâmica a o grupo embora tem essa possibilidade de fazer com que alguém que nasce aí mesmo ou como tendo a identidade pode se tornar tirânico em relação ao indivíduo e certa forma a e quando quando o indivíduo isso é muito frequente nessas modalidades de organização grupal complicadas que a gente tem hoje né quando o conduzindo quando os grupos se tornam massa eu preciso ser milhões basta ser um grupo pequeno quando o grupo prevalece totalmente em relação ao indivíduo quando o indivíduo Deixa de ser ele para ser apenas
um membro do grupo não é bom porque porque geralmente com isso o indivíduo se autoriza a dizer fazer se comportar de uma maneira que ele sozinho teria medo constrangimento ou pudor de agir então a relação entre grupo individo ela é sempre uma relação delicada um exemplo muito claro disso são os linchamentos não sei se sai mas o Brasil nos faz um demais agenciamentos no mundo a quantidade de linchamento do Brasil é Estonteante bom e você imagina Os brasileiros são tão agressivos assim vão os seres humanos são muito agressivos isso acontece sempre que os indivíduos abdicam
da sua posição de sujeitos e situado no sentimento instrumentos de um sujeito maior que não é contestado e que aparece no na figura emblemática que representa o grupo Hitler fez o que fez por conta disso os alemães Eram todos individualmente capazes daquilo que o nazismo fez não individualmente não um país educado um país culturalmente riquíssimo um país com a tradição política enorme como é que é possível isso entre outras razões não é a única mas ponto de vista dos mecanismos subjetivos certamente Esse foi um elemento né os alemães os alemães que conviveram com aquilo se
sozinhos não teriam agido daquela maneira em grupo anonimamente o parque parte da Nação E aí pode ser a nação pode ser o partido pode ser a tribo pode ser a comunidade pode ser qualquer coisa qualquer grupo pode ter esse poder de anulando o exercício da condição de sujeito do indivíduo fazer com que ele aja de maneira totalmente Inesperada para aquilo que ele seria capaz de vislumbrar como possibilidade de ação dele é um apelo a uma pelo digamos visceral a uma pelo enorme diz enorme sedução nessa passagem da condição de um sujeito que é responsável de
um sujeito que tá ali assumindo o que faz etc para aquela na qual o indivíduo grupo é responsável né você supõe que ali você nem separa de supor você delega algum outro pode ser o grupo pode ser o líder pode ser sagradas escrituras pode ser e a autoridade para definir o que é possível que não é possível tem esses dois esses essas duas polaridades dinâmicas digamos assim entre o exercício da individualidade e ao exercício da identidade grupal e exercícios a identidade grupal a relação entre esses grupos e a ideia de um âmbito mais Universal mais
transcendente eu acho que assim que caminhos mais interessantes se diz dobram quando a gente consegue impedir que essas se tornem opções excludentes quando você possa contemplar o exercício da singularidade o cidadão é um sujeito individual cidadão é um grupo e na e quando o sujeito abandona e passa a se tornar um grupo ele arrisca declaração dessa condição de cidadão agora o que é curioso né Essa aqui é a dialética da coisa o cidadão é um sujeito totalmente singular se exercitando uma condição que é universal Já que no projeto democrático todos deve temos que ser cidadão
mais reflexões no site e Facebook do Instituto CPFL e no canal do Café Filosófico no YouTube no Brasil tá longe do seu em consciência de destruição deliberada do outro é isso que a gente faz desde 1500 mas populações nativas no no Brasil é isso que durante muito tempo se fez com a cultura Negra Isso Expressa de maneira silenciosa a estrutura de dominação e passa entre outras coisas pela anulação daqueles que precisam ser mantidos subordinados [Música] E aí [Música] E aí